CIA ENERG MINAS GERAIS - CEMIG / CEP 4 - MUNICÍPIO 5 - UF

(1)

01.01 - IDENTIFICAÇÃO

00245-3 CIA ENERG MINAS GERAIS - CEMIG 17.155.730/0001-64

1 - CÓDIGO CVM 2 - DENOMINAÇÃO SOCIAL 3 - CNPJ

57336

4 - NIRE

José Carlos Amadi

DELOITTE TOUCHE TOHMATSU 00385-9

060.494.668-66

01.03 - DIRETOR DE RELAÇÕES COM INVESTIDORES (Endereço para Correspondência com a Companhia)

CRISTIANO CORREA DE BARROS

AV. BARBACENA, 1200 - ED. JÚLIO SOARES

30123-970 BELO HORIZONTE MG

STO AGOSTINHO

031 3349-2111 3299-4903 3299-4015 311124

031 3299-4691 3299-3864 -

01.04 - REFERÊNCIA / AUDITOR

EXERCÍCIO SOCIAL EM CURSO

01/01/2002

1 - NOME

2 - ENDEREÇO COMPLETO 3 - BAIRRO OU DISTRITO

4 - CEP 5 - MUNICÍPIO

7 - DDD 8 - TELEFONE 9 - TELEFONE 10 - TELEFONE 11 - TELEX

12 - DDD 13 - FAX 14 - FAX 15 - FAX

01.02 - SEDE

AV. BARBACENA, 1200 - ED. JÚLIO SOARES STO AGOSTINHO

30123-970 BELO HORIZONTE 031 3349-2111 3349-4903 3299-4015 311124 - 3299-3864 3299-4691 031 MG mail@cemig.com.br 1 - ENDEREÇO COMPLETO 3 - CEP 4 - MUNICÍPIO 5 - UF

6 - DDD 7 - TELEFONE 8 - TELEFONE 9 - TELEFONE 10 - TELEX

11 - DDD 12 - FAX 13 - FAX 14 - FAX

15 - E-MAIL 6 - UF mail@cemig.com.br 16 - E-MAIL 2 - BAIRRO OU DISTRITO 1 - INÍCIO 2 - TÉRMINO TRIMESTRE ATUAL

3 - NÚMERO 4 - INÍCIO 5 - TÉRMINO

TRIMESTRE ANTERIOR

6 - NÚMERO 7 - INÍCIO 8 - TÉRMINO

31/12/2002 3 01/07/2002 30/09/2002 2 01/04/2002 30/06/2002

9 - NOME/RAZÃO SOCIAL DO AUDITOR

11 - NOME DO RESPONSÁVEL TÉCNICO

10 - CÓDIGO CVM

(2)

00245-3 CIA ENERG MINAS GERAIS - CEMIG 17.155.730/0001-64

Com Ressalva

30/09/2001 30/06/2002

30/09/2002

01.06 - CARACTERÍSTICAS DA EMPRESA

01.07 - SOCIEDADES NÃO INCLUÍDAS NAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

1 - ITEM 2 - CNPJ 3 - DENOMINAÇÃO SOCIAL

Total

6 - TIPO DE CONSOLIDADO

Empresa Comercial, Industrial e Outras

1 - TIPO DE EMPRESA

Operacional

2 - TIPO DE SITUAÇÃO

Estatal

3 - NATUREZA DO CONTROLE ACIONÁRIO

INDUSTRIAL, COMERCIAL E OUTRAS

5 - ATIVIDADE PRINCIPAL Número de Ações

(Mil)

1 - TRIMESTRE ATUAL 2 - TRIMESTRE ANTERIOR

1 - Ordinárias 2 - Preferenciais 3 - Total Em Tesouraria 4 - Ordinárias 5 - Preferenciais 6 - Total Do Capital Integralizado 162.153.819 91.279.651 70.874.168

01.05 - COMPOSIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL

70.874.168 91.279.651 162.153.819 0 69.128 69.128 0 69.128 69.128 1990200 - Serviços de Eletricidade 4 - CÓDIGO ATIVIDADE

3 - IGUAL TRIMESTRE EX. ANTERIOR

69.495.478 89.504.020 158.999.498 0 67.784 67.784

7 - TIPO DO RELATÓRIO DOS AUDITORES

01.08 - PROVENTOS EM DINHEIRO DELIBERADOS E/OU PAGOS DURANTE E APÓS O TRIMESTRE

1 - ITEM 2 - EVENTO 3 - APROVAÇÃO 4 - PROVENTO 5 - INÍCIO PGTO. 6 - TIPO AÇÃO 7 - VALOR DO PROVENTO P/ AÇÃO

01 AGO 30/04/2002 Juros Sobre Capital Próprio 30/09/2002 ON 0,0006480771

02 AGO 30/04/2002 Juros Sobre Capital Próprio 30/09/2002 PN 0,0006480771

03 AGO 30/04/2002 Dividendo 30/09/2002 ON 0,0007025030

(3)

7 - QUANTIDADE DE AÇÕES EMITIDAS

00245-3

01.09 - CAPITAL SOCIAL SUBSCRITO E ALTERAÇÕES NO EXERCÍCIO SOCIAL EM CURSO

1- ITEM 2 - DATA DA ALTERAÇÃO

3 - VALOR DO CAPITAL SOCIAL (Reais Mil)

4 - VALOR DA ALTERAÇÃO (Reais Mil)

5 - ORIGEM DA ALTERAÇÃO

CIA ENERG MINAS GERAIS - CEMIG

(Mil) 8 - PREÇO DA AÇÃO NA EMISSÃO (Reais) 17.155.730/0001-64 30/04/2002 01 1.621.538 31.543Reserva de Capital 3.154.321 0,0100000000

01.10 - DIRETOR DE RELAÇÕES COM INVESTIDORES

1 - DATA 2 - ASSINATURA

(4)

02.01 - BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO (Reais Mil)

1 - CÓDIGO 2 - DESCRIÇÃO 3 - 30/09/2002 4 - 30/06/2002

1 Ativo Total 14.813.216 13.995.276

1.01 Ativo Circulante 1.811.858 1.632.435

1.01.01 Disponibilidades 348.408 368.463

1.01.02 Créditos 1.293.453 1.134.216

1.01.02.01 Consumidores e Revendedores 757.706 696.347

1.01.02.02 Consumidores - Recomposição Tarifária 264.670 248.751 1.01.02.03 Concessionários- Transporte de Energia 20.496 16.844 1.01.02.04 Tribuitos Contrib. Sociais Compensáveis 114.450 106.469

1.01.02.05 Despesas Antecipadas - CVA 136.131 65.805

1.01.03 Estoques 12.044 11.514

1.01.04 Outros 157.953 118.242

1.01.04.01 Outros Créditos 157.953 118.242

1.02 Ativo Realizável a Longo Prazo 4.724.059 4.244.686

1.02.01 Créditos Diversos 4.533.538 4.067.112

1.02.01.01 Contas a Receber do Governo do Estado MG 1.483.138 1.626.874 1.02.01.02 Consumidores - Recomposição Tarifária 1.349.013 1.353.340

1.02.01.03 Despesas Antecipadas - CVA 220.309 148.165

1.02.01.04 Créditos Tributários 686.071 513.572

1.02.01.05 Títulos e Valores Mobiliários 56.645 68.287

1.02.01.06 Racionamento - Bônus e Custos Adaptação 96.592 209.660 1.02.01.07 Revendedores - Suprimento de Energia 615.771 121.215

1.02.01.08 Estudos e Projetos Reembolsáveis 25.999 25.999

1.02.02 Créditos com Pessoas Ligadas 0 0

1.02.02.01 Com Coligadas 0 0

1.02.02.02 Com Controladas 0 0

1.02.02.03 Com Outras Pessoas Ligadas 0 0

1.02.03 Outros 190.521 177.574

1.02.03.01 Incentivos Fiscais, Depósitos e Outros 37.833 38.092

1.02.03.02 Depósitos Vinculados a Litígio 73.880 73.206

1.02.03.03 Tributos Contrib.Sociais Compensáveis 78.808 66.276

1.03 Ativo Permanente 8.277.299 8.118.155 1.03.01 Investimentos 1.021.390 884.694 1.03.01.01 Participações em Coligadas 0 0 1.03.01.02 Participações em Controladas 532.616 443.503 1.03.01.03 Outros Investimentos 488.774 441.191 1.03.02 Imobilizado 7.254.643 7.231.974 1.03.03 Diferido 1.266 1.487

(5)

02.02 - BALANÇO PATRIMONIAL PASSIVO (Reais Mil)

1 - CÓDIGO 2 - DESCRIÇÃO 3 - 30/09/2002 4 - 30/06/2002

2 Passivo Total 14.813.216 13.995.276

2.01 Passivo Circulante 2.992.402 2.210.328

2.01.01 Empréstimos e Financiamentos 909.843 413.882

2.01.02 Debêntures 0 0

2.01.03 Fornecedores 1.259.998 662.524

2.01.04 Impostos, Taxas e Contribuições 256.321 412.348

2.01.05 Dividendos a Pagar 138.833 315.240

2.01.06 Provisões 202.965 158.961

2.01.06.01 Salários e Contribuições Sociais 112.074 97.664

2.01.06.02 Encargos Regulatórios 68.776 49.175

2.01.06.03 Participações nos Lucros 22.115 12.122

2.01.07 Dívidas com Pessoas Ligadas 0 0

2.01.08 Outros 224.442 247.373

2.01.08.01 Venda Antecipada de Energia Elétrica 339 12.226

2.01.08.02 Obrigações Pós-Emprego 158.149 167.015

2.01.08.03 Outras Obrigações 65.954 68.132

2.02 Passivo Exigível a Longo Prazo 5.306.095 4.828.191

2.02.01 Empréstimos e Financiamentos 1.756.575 1.580.688

2.02.02 Debêntures 721.957 654.984

2.02.03 Provisões 334.943 325.177

2.02.03.01 Contingências 334.943 325.177

2.02.04 Dívidas com Pessoas Ligadas 0 0

2.02.05 Outros 2.492.620 2.267.342 2.02.05.01 Obrigações Pós-Emprego 1.737.556 1.726.721 2.02.05.02 Fornecedores - Suprimento 473.017 450.761 2.02.05.03 Racionamento - Sobretaxa 0 25.002 2.02.05.04 Impostos e Contribuições 217.996 0 2.02.05.05 Outras Obrigações 64.051 64.858

2.03 Resultados de Exercícios Futuros 0 0

2.05 Patrimônio Líquido 6.514.719 6.956.757

2.05.01 Capital Social Realizado 1.621.538 1.621.538

2.05.01.01 Capital Social Integralizado 1.621.538 1.621.538

2.05.02 Reservas de Capital 4.102.072 4.102.072

2.05.02.01 Ágio na Emissão de Ações 69.230 69.230

2.05.02.02 Doações e Subvenções para Investimentos 2.693.625 2.693.625 2.05.02.03 Remun. Imob. em Curso Capital Próprio 1.313.220 1.313.220 2.05.02.04 Rec. Destinado a Aumento de Capital 27.123 27.123

2.05.02.05 Correção Monetária do Capital 6 6

2.05.02.06 Ações em Tesouraria (1.132) (1.132)

2.05.03 Reservas de Reavaliação 0 0

(6)

02.02 - BALANÇO PATRIMONIAL PASSIVO (Reais Mil)

1 - CÓDIGO 2 - DESCRIÇÃO 3 -30/09/2002 4 -30/06/2002

2.05.03.02 Controladas/Coligadas 0 0 2.05.04 Reservas de Lucro 1.154.136 1.153.736 2.05.04.01 Legal 94.170 94.170 2.05.04.02 Estatutária 0 0 2.05.04.03 Para Contingências 0 0 2.05.04.04 De Lucros a Realizar 313.918 313.918 2.05.04.05 Retenção de Lucros 435.164 434.764

2.05.04.06 Especial p/ Dividendos Não Distribuídos 0 0

2.05.04.07 Outras Reservas de Lucro 310.884 310.884

(7)

03.01 - DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO (Reais Mil)

1 - CÓDIGO 2 - DESCRIÇÃO 3 - 01/07/2002 a 30/09/2002 4 - 01/01/2002 a 30/09/2002 5 - 01/07/2001 a 30/09/2001

6 - 01/01/2001 a 30/09/2001

3.01 Receita Bruta de Vendas e/ou Serviços 1.913.483 4.865.095 1.103.026 3.713.610

3.01.01 Fornecimento Bruto de Energia Elétrica 1.829.503 4.402.485 1.033.124 3.517.270

3.01.02 Recomposição Tarifária Extraordinária 7.488 268.913 0 0

3.01.03 Outras Receitas Operacionais 76.492 193.697 69.902 196.340

3.02 Deduções da Receita Bruta (424.316) (1.172.408) (275.406) (952.860)

3.03 Receita Líquida de Vendas e/ou Serviços 1.489.167 3.692.687 827.620 2.760.750

3.04 Custo de Bens e/ou Serviços Vendidos 0 0 0 0

3.05 Resultado Bruto 1.489.167 3.692.687 827.620 2.760.750 3.06 Despesas/Receitas Operacionais (2.098.322) (4.182.593) (1.100.710) (2.973.689) 3.06.01 Com Vendas 0 0 0 0 3.06.02 Gerais e Administrativas (1.432.147) (3.267.550) (908.270) (2.621.620) 3.06.02.01 Pessoal (130.238) (391.927) (124.940) (427.327) 3.06.02.02 Material (17.399) (50.873) (13.812) (46.951) 3.06.02.03 Serviço de Terceiros (66.284) (173.978) (60.922) (162.886)

3.06.02.04 Energia Comprada para Revenda (792.804) (1.455.041) (302.924) (815.005)

3.06.02.05 Depreciação / Amortização (129.647) (387.376) (127.605) (375.334)

3.06.02.06 Royalties (11.871) (33.502) (6.918) (27.671)

3.06.02.07 Provisões Operacionais (19.613) (28.032) (17.676) (31.652)

3.06.02.08 Obrigações Pós-Emprego (54.249) (162.748) (50.264) (150.794)

3.06.02.09 Conta de Consumo de Combustível - C.C.C. (92.369) (252.373) (88.268) (244.527)

3.06.02.10 Encargos de Uso de Rede de Transmissão (77.745) (219.953) (73.477) (205.303)

3.06.02.11 Gás Comprado para Revenda 0 0 0 0

3.06.02.12 Outras Despesas Operacionais (39.928) (111.747) (41.464) (134.170)

3.06.03 Financeiras (650.677) (899.265) (197.581) (366.390)

3.06.03.01 Receitas Financeiras 451.543 862.779 140.119 327.688

3.06.03.02 Despesas Financeiras (1.102.220) (1.762.044) (337.700) (694.078)

(8)

03.01 - DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO (Reais Mil)

1 - CÓDIGO 2 - DESCRIÇÃO 3 - 01/07/2002 a 30/09/2002 4 - 01/01/2002 a 30/09/2002 5 - 01/07/2001 a 30/09/2001

6 - 01/01/2001 a 30/09/2001

3.06.05 Outras Despesas Operacionais 0 0 0 0

3.06.06 Resultado da Equivalência Patrimonial (15.498) (15.778) 5.141 14.321

3.07 Resultado Operacional (609.155) (489.906) (273.090) (212.939)

3.08 Resultado Não Operacional (5.115) (18.962) (35.064) (61.546)

3.08.01 Receitas 774 1.276 11.316 16.715

3.08.02 Despesas (5.889) (20.238) (46.380) (78.261)

3.09 Resultado Antes Tributação/Participações (614.270) (508.868) (308.154) (274.485)

3.10 Provisão para IR e Contribuição Social 0 0 0 0

3.11 IR Diferido 183.044 142.737 103.506 93.515

3.12 Participações/Contribuições Estatutárias (11.212) (21.866) (4.125) (13.651)

3.12.01 Participações (11.212) (21.866) (4.125) (13.651)

3.12.01.01 Empregados (11.212) (21.866) (4.125) (13.651)

3.12.02 Contribuições 0 0 0 0

3.13 Reversão dos Juros sobre Capital Próprio 0 120.000 0 0

3.15 Lucro/Prejuízo do Período (442.438) (267.997) (208.773) (194.621)

PREJUÍZO POR AÇÃO LUCRO POR AÇÃO

NÚMERO AÇÕES, EX-TESOURARIA (Mil)

(0,00273) (0,00165) (0,00131)

162.084.691 162.084.691 158.931.714 158.931.714

(9)

04.01 - NOTAS EXPLICATIVAS

Em milhares de Reais, exceto se indicado de outra forma. 1 – CONTEXTO OPERACIONAL

A Companhia Energética de Minas Gerais – CEMIG ou “Controladora”, sociedade de capital aberto, certificado GEMEC/RCA-200-75/109, CNPJ nº 17.155.730/0001-64, é concessionária do serviço público de energia elétrica e seu acionista controlador é o Estado de Minas Gerais. Seus principais objetivos sociais são a construção e operação de sistemas de produção, transformação, transmissão, distribuição e comércio de energia elétrica, bem como o desenvolvimento de atividades nos diferentes campos da energia, com vistas à respectiva exploração econômica.

A CEMIG possui participação societária nas seguintes empresas:

• Sá Carvalho S.A. (participação de 100,00%) – seus principais objetivos sociais são: produção e comercialização de energia elétrica, como concessionária do serviço público de energia elétrica, através da usina hidrelétrica de Sá Carvalho;

• Usina Térmica Ipatinga S.A. (participação de 100,00%) – seus principais objetivos sociais são: produção e comercialização, em regime de produção independente, de energia termelétrica e a vapor, através da usina térmica de Ipatinga, localizada nas instalações da Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S.A. – USIMINAS;

• Companhia de Gás de Minas Gerais – GASMIG (participação de 95,17%) – seus principais objetivos sociais são: exploração, produção, aquisição, armazenamento, transporte e distribuição de gás combustível ou de subprodutos e derivados, mediante concessão para distribuição de gás no Estado de Minas Gerais, outorgada pelo Governo do Estado de Minas Gerais; • Empresa de Infovias S.A. (“Infovias”) (participação de 94,88%) – seus principais

objetivos sociais são: prestação e exploração de serviço especializado na área de telecomunicações, por meio de sistema integrado constituído de cabos de fibra ótica, cabos coaxiais, equipamentos eletrônicos e associados (rede de multiserviços). A Infovias detém uma participação de 51,00% no capital da Way TV Belo Horizonte S.A., que atua na exploração de serviços de televisão a cabo e internet em determinadas cidades do Estado de Minas Gerais.

• Adicionalmente, a Companhia detêm participação de 100,00% nas empresas relacionadas abaixo, ainda em fase pré-operacional:

(10)

Horizontes Energia S.A. – seus principais objetivos sociais são: produção e comercialização de energia elétrica, em regime de produção independente, através das usinas hidrelétricas de Machado Mineiro e Salto do Paraopeba, localizadas no Estado de Minas Gerais e Salto do Voltão e Salto do Passo Velho, localizadas no Estado de Santa Catarina.

Cemig PCH S.A., Cemig Capim Branco Energia S.A. e UTE Barreiro S.A.. Estas empresas têm por objetivo social a produção e comercialização de energia elétrica em regime de produtor independente.

Efficientia S.A. Tem por objetivo social a prestação de serviços de eficiência, otimização e soluções energéticas através de estudos e execução de projetos, além de prestar serviços de operação e manutenção em instalações de suprimento de energia.

2 – APRESENTAÇÃO DAS INFORMAÇÕES TRIMESTRAIS

(a) Princípios de Consolidação

No trimestre atual, as demonstrações contábeis consolidadas passaram a incluir as demonstrações contábeis das empresas Horizontes Energia S.A. e Efficientia S.A. em decorrência da integralização de capital, pela CEMIG, no 3º trimestre de 2002, por meio da transferência de ativos fixos e aporte de numerário.

As informações trimestrais apresentadas foram elaboradas seguindo princípios, métodos e critérios contábeis uniformes em relação àqueles adotados no encerramento do último exercício social.

(b) Reclassificação de saldos contábeis

Para melhor comparabilidade e análise das demonstrações contábeis, a Companhia reclassificou determinados saldos de 2001, como segue:

Conta original Conta de Reclassificação Consolidado Controladora

Despesa com obrigações pós-emprego

Despesa Financeira – dívida com a

FORLUZ Despesa com Obrigações Pós-Emprego 166.231 166.231 Provisões operacionais Despesa com Obrigações Pós-Emprego (15.437) (15.437)

PASEP e COFINS incidente sobre a Receita Financeira

(11)

04.01 - NOTAS EXPLICATIVAS Receita Financeira

Despesa financeira Receita Financeira 12.404 12.404

Outras Receitas e Despesas Operacionais

Outras receitas operacionais Receita Bruta de Vendas e/ou Serviços 82.127 82.121 Outras despesas operacionais Despesas Gerais e Administrativas 126.317 125.058

Para a apresentação dos fluxos de caixa consolidado e individual constantes da Nota Explicativa nº 30, a CEMIG reclassificou os valores de Fundos Vinculados, nos montantes de R$89.313 e R$67.171, em 30 de setembro de 2001 e 31 de dezembro de 2000, respectivamente, da conta de Disponibilidades para conta redutora de Empréstimos e Financiamentos.

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3 – RECOMPOSIÇÃO TARIFÁRIA EXTRAORDINÁRIA

O Governo Federal, através da Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica, e as concessionárias distribuidoras e as geradoras de energia elétrica celebraram, em dezembro de 2001, um acordo denominado “Acordo Geral do Setor Elétrico” (“Acordo”), que define os critérios para garantia do equilíbrio econômico-financeiro dos contratos de concessão e para recomposição das receitas e perdas extraordinárias relativas ao período de vigência do Programa Emergencial de Redução do Consumo de Energia Elétrica, através de uma recomposição tarifária extraordinária.

A Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002, e a Resolução nº 91 da Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica, de 21 de dezembro de 2001, estabeleceram uma recomposição tarifária extraordinária, com entrada em vigor a partir de 27 de dezembro de 2001. Os reajustes tarifários foram definidos através da Resolução nº 130 da Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica, em 30 de abril de 2002, conforme segue:

I. Reajuste de 2,90% para os consumidores da classe Rural, Residencial (excluindo os integrantes da subclasse de Baixa Renda), iluminação pública e consumidores industriais de alta tensão em que o custo de energia elétrica represente 18,00% ou mais do custo médio de produção e que atendam a determinados requisitos relacionados com fator de carga e demanda de energia especificados na Resolução.

II. Reajuste de 7,90% para os demais Consumidores.

A Recomposição tarifária extraordinária mencionada está sendo utilizada para compensação dos itens a seguir:

a) Perdas com faturamento no período de 1º de junho de 2001 a 28 de fevereiro de 2002, correspondendo à diferença entre a receita estimada da CEMIG, caso não houvesse sido implantando o Programa Emergencial de Redução do Consumo de Energia Elétrica, e a receita verificada sobre a vigência do mesmo, conforme fórmula divulgada pela ANEEL. Não foram inc luídos o ICMS e eventuais perdas com inadimplência de consumidores, as quais não se espera serem relevantes.

b) Variações nos itens não gerenciáveis da Parcela A no período de 1º de janeiro a 25 de outubro de 2001 definidas como sendo o somatório das difer enças, positivas ou negativas, entre os valores dos custos apresentados na base de cálculo para a determinação do último reajuste tarifário anual e os desembolsos efetivamente ocorridos no período.

c) Repasse a ser efetuado às geradoras que compraram energia livre no MAE, no período de 1º de junho de 2001 a 28 de fevereiro de 2002, com preço excedente ao valor de R$49,26/MWh.

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Como a CEMIG é apenas uma repassadora às geradoras dos valores recebidos, foram incluídos neste saldo os impostos e encargos incidentes sobre a receita (PASEP, COFINS, RGR e CPMF). Estes valores podem estar sujeitos a modificação dependendo de decisão de processo judicial em andamento, movido por agentes do mercado, relativo a interpretação das regras de mercado em vigor.

Conforme a Resolução nº 484 da ANEEL, datada em 29 de agosto de 2002, a recomposição tarifária da CEMIG terá uma duração máxima de 82 meses, contados a partir de janeiro de 2002. A Administração está preparando estudos detalhados para confirmar se o prazo determinado pela ANEEL é suficiente para a recuperação destes valores.

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Os valores a serem recebidos através da recomposição tarifária extraordinária, constantes dos itens “a”, “b”, ”c”, referentes ao exercício de 2001, estão sendo atualizados, desde 1º de janeiro de 2002, pela variação da SELIC até o mês efetivo da sua compensação. Os montantes provisionados constantes dos itens “a”, ”c” referentes ao exercício de 2002 estão sendo atualizados desde 1º de março de 2002 pelos mesmos critérios.

Através das Resoluções nºs 480 a 482, de 29 de agosto de 2002, a ANEEL homologou os valores da recomposição tarifária referente as perdas com o faturamento e Parcela A. Apesar da Resolução ANEEL nº 483, de 29 de agosto de 2002, ter homologado os valores referentes a compra de energia livre durante o período do racionamento, a CEMIG optou pelo registro contábil das informações mais atualizadas, decorrente da revisão dos critérios de cálculo das operações, divulgadas em outubro de 2002 pelo MAE.

Os valores homologados pela ANEEL e montantes finais referentes à compra de energia livre divulgados pelo MAE estão refletidos nas Demonstrações Contábeis de 30 de setembro de 2002, gerando um ajuste na estimativa de receita com recomposição tarifária extraordinária, correspondendo a um acréscimo de R$7.488 no terceiro trimestre de 2002.

O ICMS incidente sobre a recomposição tarifária extraordinária, correspondente às receitas a serem faturadas, o qual é estimado em R$403.421, somente é devido por ocasião da emissão da respectiva fatura de energia elétrica a consumidores. A CEMIG, neste sentido, atua como mera repassadora do referido tributo entre os consumidores e a Receita Estadual.

Os valores a serem recebidos através da recomposição tarifária extraordinária, mencionados nos itens “a”, “b”, “c” são como segue:

Consolidado e Controladora

30/09/2002 30/06/2002

Principal

Atualização

pela SELIC Total Total

Recomposição das perdas com faturamento 876.847 113.554 990.401 943.214 Valores arrecadados de janeiro a setembro/2002 (183.201) (10.022) (193.223) (120.426)

693.646 103.532 797.178 822.788

Reembolso dos gastos com energia livre dos

geradores 449.769 58.870 508.639 484.706 Compensação dos itens não gerenciáveis da

Parcela A 245.299 62.567 307.866 294.597 1.388.714 224.969 1.613.683 1.602.091

Curto Prazo 264.670 248.751

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Em contrapartida aos valores a receber da Recomposição Tarifária Extraordinária, encontra-se registrado no Exigível a Longo Prazo o montante de R$473.017, atualizados pela SELIC, referente ao repasse a ser efetuado aos geradores da energia livre adquirida no âmbito do MAE, descrito no item “c”.

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Efeitos contábeis

Os efeitos no resultado do exercício de 2002 decorrentes da vigência do Programa Emergencial de Redução do Consumo de Energia Elétrica nos meses de janeiro e fevereiro de 2002, assim como ajustes nos valores contabilizados em 31 de dezembro de 2001, decorrentes da homologação da ANEEL e novas estimativas do MAE, mencionadas anteriormente, foram os seguintes: Perdas de Faturamento Compensação dos Itens da Parcela A Compra de energia livre no MAE Efeitos Fiscais Total

Receita com Recomposição Tarifária

Extraordinária 220.168 - 48.745 - 268.913 Deduções à Receita Operacional - - - (28.858) (28.858) Despesa Operacional - (1.862) (45.330) - (47.192) Receita Financeira 103.532 36.788 58.870 (8.785) 190.405 Despesa Financeira - - (54.747) - (54.747) Imposto de Renda e Contribuição Social - - - (122.268) (122.268) 323.700 34.926 7.538 (159.911) 206.253

4 – DISPONIBILIDADES

O saldo é composto como segue:

Consolidado Controladora

30/09/2002 30/06/2002 30/09/2002 30/06/2002

Contas Bancárias _37.836 _94.106 _33.366 _87.798 Aplicações Financeiras _378.137 _330.207 _315.042 _280.665 415.973 424.313 348.408 368.463

Do montante aplicado, R$147.838 referem-se a recursos obtidos através da emissão de debêntures, os quais destinam -se exclusivamente à execução do plano de investimentos da CEMIG em projetos de geração, transmissão e distribuição de energia.

Os recursos da CEMIG e suas controladas estão substancialmente aplicados em Certificados de Depósitos Bancários e operações compromissadas com debêntures de terceiros (Nota Explicativa nº 27).

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04.01 - NOTAS EXPLICATIVAS 5 – CONSUMIDORES E REVENDEDORES Consolidado Classe de Consumidor Saldos a Vencer Vencidos até 90 dias Vencidos há mais de 90 dias Total 30/09/2002 Total 30/06/2002 Residencial 179.498 106.072 10.875 296.445 269.170 Industrial 141.261 72.028 34.464 247.753 219.084 Comércio, Serviços e Outras 67.877 34.170 8.709 110.756 108.301 Rural 22.074 11.444 2.714 36.232 33.450 Poder Público 7.710 17.329 12.607 37.646 34.245 Iluminação Pública 10.448 22.569 12.885 45.902 29.494 Serviço Público 25.430 13.560 1.165 40.155 49.076 Subtotal – Consumidores 454.298 277.172 83.419 814.889 742.820 Suprimento a Outras Concessionárias 5.192 - 1.506 6.698 7.689 Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa - - (50.551) (50.551) (45.587)

459.490 277.172 34.374 771.036 704.922 Controladora Classe de Consumidor Saldos a Vencer Vencidos até 90 dias Vencidos há mais de 90 dias Total 30/09/2002 Total 30/06/2002 Residencial 179.498 106.072 10.875 296.445 269.170 Industrial 134.689 72.028 34.464 241.181 217.355 Comércio, Serviços e Outras 61.119 34.170 8.709 103.998 101.455 Rural 22.074 11.444 2.714 36.232 33.450 Poder Público 7.710 17.329 12.607 37.646 34.245 Iluminação Pública 10.448 22.569 12.885 45.902 29.494 Serviço Público 25.430 13.560 1.165 40.155 49.076 Subtotal – Consumidores 440.968 277.172 83.419 801.559 734.245 Suprimento a Outras Concessionárias 5.192 - 1.506 6.698 7.689 Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa - - (50.551) (50.551) (45.587)

446.160 277.172 34.374 757.706 696.347

6 – TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS COMPENSÁVEIS

30/09/2002 30/06/2002 30/09/2002 30/06/2002

Curto Prazo

ICMS a Recuperar 10.306 27.701 12.179 22.958 Imposto de Renda e Contribuição Social a

Compensar 114.396 98.972 98.208 83.153 Outros 7.069 1.099 4.063 358 131.771 127.772 114.450 106.469 Longo Prazo ICMS a Recuperar 93.378 76.360 78.808 66.276 93.378 76.360 78.808 66.276

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Os créditos de Imposto de Renda e Contribuição Social referem-se basicamente a impostos pagos antecipadamente e impostos retidos sobre aplicações financeiras a serem compensados futuramente.

Os créditos de ICMS a recuperar serão compensados pela CEMIG e suas Controladas, com o ICMS a pagar. Parcela substancial dos créditos de ICMS registrados no Ativo Realizável a Longo Prazo - ICMS estão sendo compensados em 48 meses, conforme Lei Estadual, e o montante de R$18.843 refere-se a créditos da controlada cuja compensação está sendo discutida judicialmente com o Governo do Estado de Minas Gerais.

7 – DESPESAS ANTECIPADAS – CVA

O saldo da Conta de Compensação de Variação de Itens da Parcela A – CVA, refere-se as variações positivas e negativas, a partir de 26 de outubro de 2001, entre a estimativa de custos não controláveis da Companhia, utilizados para definição do reajuste tarifário, e os pagamentos efetivamente ocorridos. As variações apuradas serão compensadas nos reajustes tarifários subseqüentes, sendo a composição do saldo como segue:

Consolidado e Controladora Valores a Serem Compensados até Abril/2003 Valores a Serem Compensados após Abril/2003 Total em 30/09/2002 Total em 30/06/2002

Encargos de Serviços de Sistema - ESS _- _114.379 114.379 109.074 Tarifa de compra de energia elétrica proveniente

de Itaipu Binacional

24.209 237.359 261.568 109.796 Tarifa de transporte de energia elétrica

proveniente de Itaipu Binacional

878 1.624 2.502 2.032 Quota para a Conta de Consumo de

Combustíveis – CCC

6.994 (62.363) (55.369) (22.321) Tarifa de uso das instalações de transmissão

integrantes da rede básica

6.051 26.167 32.218 13.718 Compensação financeira pela utilização de

recursos hídricos

- 1.142 1.142 1.671 38.132 318.308 356.440 213.970

Curto Prazo 136.131 65.805

Longo Prazo 220.309 148.165

Os valores demonstrados acima são atualizados pela variação da SELIC entre a data do pagamento da despesa e a sua efetiva compensação no reajuste tarifário.

(19)

Os valores a serem compensados até abril de 2003 referem-se às variações nos custos controláveis que foram incluídas no reajuste tarifário em 08 de abril de 2002 e estão sendo transferidas para o resultado mensalmente através de amortização linear.

(20)

Os valores de Encargos de Serviços de Sistemas – ESS referentes ao período de setembro de 2000 a fevereiro de 2002 foram provisionados conforme informação definitiva divulgada pelo Mercado Atacadista de Energia – MAE. Os valores referentes ao período de março a setembro de 2002 foram provisionados com base em estimativas internas da CEMIG, podendo implicar em alterações nos montantes registrados.

8 - CONTAS A RECEBER DO GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS O saldo credor remanescente da Conta de Resultado a Compensar - CRC foi repassado ao Governo do Estado de Minas Gerais em 1995, através de um contrato de cessão de créditos, de acordo com a Lei nº 8.724/93, com amortização mensal em dezessete anos, a partir de 1º de junho de 1998, com juros anuais de 6,00% e atualização monetária pela variação do IGP-DI.

No mês de outubro de 2002, foram concluídas as negociações da CEMIG com o Governo do Estado de Minas Gerais envolvendo os créditos da CRC, conforme contratos a seguir:

a) Segundo Aditivo ao Termo de Contrato Cessão da CRC, assinado em 14/10/02 Refere-se às 149 parcelas vincendas do contrato original, com vencimento de 01/01/03 a 01/05/15, no valor total de R$1.160.982, a preços de 30 de setembro de 2002, com juros de 6% ao ano e atualização monetária pela variação do IGP -DI. O Governo do Estado e a CEMIG resolveram aditar o presente aditivo mantendo-se os termos e condições do contrato original, mas incorporando a permissão para cessão dos referidos créditos para o BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, no contexto da operação prevista na Lei 10.438/02, assegurando à CEMIG a regularização do recebimento dos seus créditos oriundos do Acordo Geral do Setor Elétrico.

Esse aditivo foi formalizado com base na Lei nº 14.384, promulgada pela Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais em 11 de outubro de 2002, contemplando, inclusive, garantias para o BNDES, com a inclusão de receitas provenientes dos tributos de que trata o art.155, além das receitas a que se referem os arts.157 e 159, inciso I, alínea “a”, e inciso II, todos da Constituição da República. Esse aditivo foi aprovado pelo Conselho de Administração da CEMIG em 23 de outubro de 2002.

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A cessão dos referidos créditos está inserida no contexto do Acordo Geral do Setor Elétrico, decorrente do Programa Emergencial de Redução do Consumo de Energia Elétrica, que estabeleceu que parte significativa (90%) dos direitos a ressarcimento da Companhia deveria ser realizada de forma antecipada através de um programa de financiamento ou operação de crédito equivalente, sob a responsabilidade do BNDES, objetivando a liquidação das transações de energia no âmbito do MAE e o ressarcimento quanto às perdas de faturamento e custos incorridos durante o racionamento de 2001 e 2002.

Devido a condição de estatal da CEMIG, a STN - Secretaria do Tesouro Nacional, encarregada de implementar o referido acordo, propôs a federalização dos créditos vincendos da CRC, totalizando R$1.160 milhões, como operação equivalente ao empréstimo do BNDES, visando prover os recursos necessários à CEMIG para liquidação das obrigações e direitos acima mencionados.

Em decorrência dos termos da negociação em curso, a CEMIG constituiu uma provisão no valor de R$304.310, em contrapartida de despesas financeiras, referente à diferença estimada entre o montante a receber do BNDES e o saldo em 30 de setembro de 2002 dos créditos da CRC a serem cedidos, no montante de R$1.160.982, correspondentes às parcelas do contrato original com vencimento de 01/01/03 a 01/05/2015. O valor econômico dessa operação foi estimado com a adoção da taxa de desconto anual de 12%, conforme entendimentos em curso com a STN.

Resumo da Negociação das parcelas de CRC com a STN/BNDES

Valor total da CRC vincenda em 30/09/02 1.160.982 Valor do desconto (taxa 12% ao ano) (304.310) Valor líquido estimado da operação 856.672

b) Terceiro Aditivo ao Termo de Contrato Cessão da CRC, assinado em 24/10/02 As parcelas com vencimento de 01/04/99 a 01/12/99 e de 01/03/00 a 01/12/02, no valor total de R$626.466, a preços de 30 de setembro de 2002, incluindo juros e multa sobre as parcelas em atraso, foram repactuadas com o Governo do Estado de Minas Gerais, com juros de 12,00% a.a. e atualização monetária pela variação do IGP-DI, a serem amortizados através de 149 parcelas mensais e consecutivas, de janeiro de 2003 a maio de 2015. Além da garantia original das quotas do FPE -Fundo de Participação do Estado, incluiu-se no aditivo contratual a garantia

(22)

adicional de retenção de dividendos e juros sobre o capital próprio a serem pagos ao Governo do Estado de Minas Gerais, enquanto acionista.

Esse aditivo foi formalizado com base na Lei nº 14.384, promulgada pela Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais em 11 de outubro de 2002, e aprovado pelo Conselho de Administração da CEMIG em 23 de outubro de 2002. As projeções de resultado futuro da Companhia indicam que os dividendo atribuíveis ao Governo do Estado de Minas Gerais são suficientes para assegurar a recuperação integral da parcela renegociada, no caso de inadimplência do devedor.

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9 – IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a) Créditos Tributários:

A CEMIG e suas Controladas possuem créditos tributários registrados no Ativo Realizável a Longo Prazo, de Imposto de Renda, constituídos à alíquota de 25,00% e Contribuição Social, constituídos à alíquota de 9,00%, conforme segue:

30/09/2002 30/06/2002 30/09/2002 30/06/2002

Créditos Tributários sobre -

Prejuízo Fiscal/Base Negativa 328.631 258.562 302.144 244.472 Obrigações Pós-Emprego 158.711 153.155 158.711 153.155 Provisão para Contingências 63.595 58.352 63.595 58.352 Estimativa de Desconto na Negociação do

Contas a Receber do Governo do Estado 69.270 - 69.270 - Provisão para Programa de Desligamento

Voluntário 9.784 8.943 9.784 8.943

Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa 17.225 15.080 17.225 15.080 Provisão para Desvalorização em Relação ao

Valor de Mercado - Títulos e Valores

Mobiliários 28.781 11.517 28.781 11.517 Provisão de PASEP/COFINS – Recomposição

Tarifária Extraordinária 27.647 17.209 27.647 17.209

Outros 8.990 4.917 8.914 4.844

712.634 527.735 686.071 513.572

O Conselho de Administração, em reunião realizada no dia 29 de novembro de 2002, aprovou o estudo técnico elaborado pela Diretoria Financeira da CEMIG com a projeção de lucratividade futura ajustada a valor presente que evidencia a capacidade de realização do ativo fiscal diferido em um prazo máximo de 10 anos, conforme Instrução CVM nº 371, publicada em 27 de junho 2002. Referido estudo foi também submetido a exame do Conselho Fiscal da Companhia em 29 de novembro de 2002.

Conforme as projeções da Companhia, os lucros tributáveis futuros permitiriam a realização do ativo fiscal diferido conforme estimativa a seguir:

Consolidado Controladora 2003 53.158 52.304 2004 74.842 74.084 2005 115.182 111.117 2006 144.190 139.727 2007 133.768 129.027 2008 a 2010 150.327 138.645 2011 a 2012 41.167 41.167 712.634 686.071

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b) Conciliação da Despesa com Imposto de Renda e Contribuição Social

A conciliação da despesa/benefício nominal de imposto de renda (alíquota de 25%) e da contribuição social (alíquota de 9%) com a despesa/benefício efetiva apresentada na demonstração de resultado é como segue:

Consolidado Controladora 30/09/2002 30/09/2001 30/09/2002 30/09/2001

Prejuízo Antes do Imposto de Renda, Contribuição Social e

Participações dos Empregados (533.559) (266.332) (508.868) (274.485) Imposto de Renda e Contribuição Social – Benefício Nominal 181.410 90.553 173.015 93.325 Efeitos Fiscais Incidentes sobre: -

Participações dos Empregados 7.447 4.641 7.435 4.641 Provisão (Reversão) referente à Contribuição Social sobre

Correção Monetária Complementar (6.950) (8.239) (6.950) (8.239) Resultado de Participações Societárias - - (6.685) 4.869 Contribuições e Doações Indedutíveis (3.559) (2.970) (3.559) (2.970) Ajuste Alíquota Contribuição Social – MP 66 12.921 - 12.921 - Estimativa de Desconto na Negociação do Contas a

Receber do Governo do Estado (34.196) - (34.196) -

Outros 194 1.783 756 1.889

Imposto de Renda e Contribuição Social – Benefício Efetivo 157.267 85.768 142.737 93.515

10 – BÔNUS, LÍQUIDOS DE SOBRETAXA, E CUSTOS DO PROGRAMA EMERGENCIAL DE REDUÇÃO DO CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA A RECEBER

O Governo Federal, através da Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica (“GCE”) definiu metas de consumo de energia elétrica para todos os consumidores das regiões sob o efeito do Programa Emergencial de Redução do Consumo de Energia Elétrica que vigorou no período de junho de 2001 a fevereiro de 2002. Foram concedidos bônus financeiros aos consumidores residenciais com consumo inferior à meta individual estipulada e, em contrapartida, estabelecidas, para todos os consumidores de energia elétrica, sobretaxas nas tarifas vigentes referente à parcela do consumo que excedesse às metas fixadas pela GCE.

A ANEEL estabeleceu controles e contas contábeis específicas para o registro das operações decorrentes do Programa Emergencial de Redução do Consumo de Energia Elétrica envolvendo bônus, sobretaxa e custos de operacionalização respectivos, sendo os efeitos demonstrados a seguir:

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Consolidado e Controladora 30/09/2002 30/06/2002

Ativo Realizável a Longo Prazo

- Bônus concedidos aos consumidores que tiveram consumo inferior à

meta estabelecida pela Câmara de Gestão da Crise de Energia. 68.728 181.794 - Custos de adaptação excedentes aos 2,00% sobre a sobretaxa cobrada,

previstos para implementação do plano de racionamento. 27.864 27.866 96.592 209.660

Exigível a Longo Prazo

- Sobretaxa nas tarifas em conta de consumidores que excederam à meta

de consumo estabelecida pela Câmara de Gestão da Crise de Energia. - (25.002)

Desembolso Líquido

- Valor líquido dos bônus concedidos aos consumidores e custos

incorridos pela CEMIG, em excesso à sobretaxa nas tarifas. _96.592 _184.658

Conforme Medida Provisória nº4, de 17 de outubro de 2001, o Governo Federal, através do Ministério de Minas e Energia, efetuará o repasse às concessionárias de energia elétrica, após a fiscalização da ANEEL, dos recursos necessários à cobertura do bônus concedido aos consumidores em excesso à sobretaxa nas tarifas.

Em decorrência da homologação parcial dos valores pela ANEEL, a CEMIG recebeu R$88.066 de restituição dos bônus concedidos aos consumidores no terceiro trimestre de 2002. Em 03 de outubro de 2002 a ANEEL efetuou o repasse de parcela adicional no montante de R$39.543.

Parcela dos valores a serem recebidos pela Companhia, no montante de R$23.680, encontra-se em discussão junto à ANEEL, devido a parcela da sobretaxa não faturada em função de liminar judicial. A Administração da CEMIG não espera perdas na realização destes valores.

Conforme Resolução ANEEL nº 600, de 31 de outubro de 2002, os custos de adaptação excedentes aos 2,00% da sobretaxa serão compensados, após homologação, na tarifa de energia elétrica a partir do próximo reajuste tarifário.

11 – REVENDEDORES – SUPRIMENTO DE ENERGIA

A Resolução ANEEL 447, de 23 de agosto de 2002 determinou a metodologia a ser utilizada na definição das obrigações e direitos de cada agente de mercado decorrentes das operações efetuadas no âmbito do MAE, alterando determinadas premissas anteriormente adotadas pelo setor elétrico para registro contábil das

(26)

operações. Em decorrência dos novos critérios adotados e informação divulgada pelo MAE, ocorreu um aumento no direito de ressarcimento à CEMIG, representado pela diferença entre o preço do MAE e o valor de R$49,26, registrado no Realizável a Longo Prazo em contrapartida a Receita com Suprimento não Faturado. Em contrapartida, ocorreu um acréscimo nas obrigações a pagar a título de energia livre, registradas na rubrica de fornecedores, em contrapartida à despesa com Energia Comprada para Revenda.

O valor provisionado em 30 de setembro de 2002, no montante de R$615.771,atualizado pela SELIC, será arrecadado pelas distribuidoras de energia elétrica do sistema elétrico brasileiro, através da recomposição tarifária extraordinária, e repassado diretamente à CEMIG.

Estes valores podem estar sujeitos a modificação dependendo de decisão de processo judicial em andamento, movido por agentes do mercado, relativo a interpretação das regras de mercado em vigor.

12 – INVESTIMENTOS

30/09/2002 30/06/2002 30/09/2002 30/06/2002

Em Sociedades Controladas-

Empresa de Infovias S.A. - - 175.240 168.379 Companhia de Gás de Minas Gerais –

GASMIG - - 78.368 70.409

Usina Té rmica Ipatinga S.A. - - 86.192 85.672 Sá Carvalho S.A. - - 100.182 96.817 Cemig Capim Branco Energia S.A. - - 12.022 11.600

UTE Barreiro S.A. - - 4.183 2.928

Cemig PCH S.A. - - 11.796 7.698

Horizontes Energia S.A. - - 64.066 -

Efficientia S.A. - - 567 -

- - 532.616 443.503 Em Consórcios 487.557 376.490 475.540 364.895 Ágio na Aquisição de Participação na Infovias 8.457 8.457 8.457 8.457 Em Outros Investimentos 8.477 71.650 4.777 67.839 504.491 456.597 1.021.390 884.694

O ágio constituído na aquisição de participação na Empresa de Infovias S.A. foi decorrente da aquisição de participação adicional naquela empresa ocorrida em 2002, e advém de perspectiva de lucratividade futura, a ser amortizado nos exercícios subseqüentes, em conformidade aos lucros a serem auferidos pela investida.

(27)

Os valores registrados em outros investimentos em 30 de junho de 2002 referentes às Usinas de Machado Mineiro, Salto Voltão, Salto do Paraopeba e Salto do Passo Velho, no montante de R$61.998 foram transferidos para a subsidiária integral Horizontes Energia S.A., conforme autorização da ANEEL, passando a serem avaliados através do método de equivalência patrimonial.

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a) As principais informações sobre as investidas, em 30 de setembro de 2002, são como segue:

Sociedades Controladas Participação Cemig (%) Capital Social Patrimônio Líquido Juros sobre capital próprio Lucro (prejuízo)

Empresa de Infovias S.A. 94,88 179.798 126.850 - (50.081) Companhia de Gás de Minas Gerais –

GASMIG (* ) 95,17 41.913 82.145 - 12.607 Usina Térmica Ipatinga S.A. 100,00 84.584 86.192 389 1.030 Sá Carvalho S.A. 100,00 86.833 100.182 2.789 7.771 Horizontes Energia S.A. 100,00 62.871 64.066 - - Cemig Capim Branco Energia S.A. 100,00 1 12.022 - - Cemig PCH S.A. 100,00 1 11.796 - - UTE Barreiro S.A. 100,00 1 4.183 - - Efficientia S.A. 100,00 10 567 - -

( * ) Foram consolidadas as demonstrações contábeis da GASMIG de 31 de agosto de 2002.

Encontra-se registrado nas demonstrações contábeis da Infovias, no Exigível a Longo Prazo, o valor de R$54.880 referente a adiantamento para futuro aumento de capital efetuado pela CEMIG. O relatório de revisão especial das informações trimestrais de 30 de setembro de 2002, dos auditores independentes da Infovias, encontra-se em processo de finalização. O relatório dos auditores referente às informações trimestrais de 30 de junho de 2002 conteve comentários sobre (i) a constituição de imposto de renda e contribuição social diferidos cuja realização se baseia em projeções de lucratividade futura da Administração que dependem da assinatura de contratos que no presente momento estão em negociação; (ii) a dependência de recursos adicionais, de acionistas ou terceiros, para o financiamento de suas operações, bem como para recuperação de seus ativos pelos valores registrados em suas demonstrações financeiras, até que as receitas de suas operações sejam suficientes para absorver esses valores.

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b) Consórcios

A CEMIG e sua controlada Cemig Capim Branco Energia S.A. participam em consórcios com concessões de geração de energia para os quais não foram constituídas empresa com característica jurídica independente para administrar o objeto da referida concessão, sendo mantidos o controle nos registros contábeis da CEMIG e da sua controlada, da parcela específica equivalente a participação nos bens controlados em conjunto, conforme segue:

Participação 30/09/2002 30/06/2002

Controladora Em operação

Usina de Porto Estrela 33,33% 42.577 37.365

Usina Igarapava 14,50% 50.660 51.133 Em construção Usina de Queimado 82,50% 119.056 94.354 Usina de Funil 49,00% 101.377 76.719 Usina Aimorés 49,00% 161.870 105.324 Total Controladora 475.540 364.895

Cemig Capim Branco Energia S.A.

Usinas Capim Branco I e II 20,00% 12.017 11.595

Total Consolidado 487.557 376.490 13 – IMOBILIZADO Taxa Média Anual de Depreciação % Consolidado Controladora 30/09/2002 30/06/2002 30/09/2002 30/06/2002 Imobilizações em Serviço- Geração- Hidrelétricas 2,51 5.438.456 5.436.366 5.353.872 5.351.782 Termelétricas 1,79 279.543 216.726 131.894 131.981 Transmissão 3,08 1.019.545 1.012.574 1.019.545 1.012.574 Distribuição 5,10 6.589.862 6.553.605 6.589.862 6.553.605 Administração 9,63 264.422 266.641 264.422 266.641 Outras 7,48 281.882 243.352 - - 13.873.710 13.729.264 13.359.595 13.316.583 Depreciação e Amortização Acumulada- Geração (2.095.763) (2.060.061) (2.080.079) (2.046.447) Transmissão (457.637) (449.874) (457.637) (449.874) Distribuição (2.599.490) (2.531.104) (2.599.490) (2.531.104) Administração (127.364) (122.660) (127.364) (122.660)

(30)

04.01 - NOTAS EXPLICATIVAS Outras (31.235) (23.992) - - (5.311.489) (5.187.691) (5.264.570) (5.150.085) 8.562.221 8.541.573 8.095.025 8.166.498 Imobilizações em Curso- Geração 155.455 110.894 138.506 100.051 Transmissão 97.670 77.149 97.670 77.149 Distribuição 435.427 359.197 435.427 359.197 Administração 29.496 24.829 29.496 24.829 Outras 99.535 107.401 - - 817.583 679.470 701.099 561.226 Total do Imobilizado _9.379.804 _9.221.043 _8.796.124 _8.727.724 Obrigações Especiais _(1.541.481) _(1.495.750) _(1.541.481) _(1.495.750) Total do Imobilizado Líquido _7.838.323 _7.725.293 _7.254.643 _7.231.974

As Obrigações Especiais referem -se substancialmente a contribuições de consumidores para execução de empreendimentos necessários ao atendimento de pedidos de fornecimento de energia elétrica, sendo que a eventual liquidação destas obrigações depende de disposição da ANEEL, no término das concessões de Distribuição. Conforme práticas contábeis e regulamentação específicas do setor elétrico brasileiro, os referidos valores não são atualizados ou sujeitos a amortização ou depreciação.

14 – FORNECEDORES

30/09/2002 30/06/2002 30/09/2002 30/06/2002

Suprimento e Transporte de Energia

Elétrica - Furnas 363.255 273.874 363.255 273.874 Mercado Atacadista de Energia - MAE

Compra de Energia Livre 705.560 211.274 705.560 211.274 Encargo de Serviços do Sistema 114.379 109.074 114.379 109.074

Outros 31.089 28.987 31.027 28.987

1.214.283 623.209 1.214.221 623.209 Materiais e serviços 68.163 60.950 45.777 39.315 1.282.446 684.159 1.259.998 662.524

Os valores a pagar referentes à Compra de Energia Livre e Encargos de Serviços do Sistema para o período de setembro de 2000 a fevereiro de 2002 foram provisionados conforme informação definitiva divulgada pelo Mercado Atacadista de Energia – MAE. Os valores referentes ao período de março a setembro de 2002 foram registrados com base em estimativas internas da CEMIG. O aumento nos valores a pagar referente compra de energia livre decorre dos novos critérios adotados pelo MAE na definição das obrigações de cada agente do mercado (nota explicativa nº 11).

(31)

Estes valores podem estar sujeitos a modificação dependendo de decisão de processo judicial em andamento, movido por agentes do mercado, relativo a interpretação das regras de mercado em vigor.

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15 – IMPOSTOS, TAXAS E CONTRIBUIÇÕES

Consolidado Controladora 30/09/2002 30/06/2002 30/09/2002 30/06/2002 Curto prazo Imposto de Renda 77.855 191.489 66.633 180.849 Contribuição Social 28.507 69.531 23.820 65.105 ICMS 118.020 81.191 116.793 80.361 COFINS 29.057 61.482 28.445 60.900 INSS 7.519 7.227 7.503 7.218 Outros 14.263 18.864 13.127 17.915 275.221 429.784 256.321 412.348 Longo prazo Imposto de Renda 109.549 - 109.549 - Contribuição Social 39.438 - 39.438 - COFINS 49.708 - 49.708 - PASEP 19.301 - 19.301 - 217.996 - 217.996 -

A CEMIG transferiu, no 3º trimestre de 2002, para o Exigível a Longo Prazo, o Imposto de Renda, Contribuição Social, COFINS e PASEP incidentes sobre a receita com recomposição tarifária extraordinária, registrada nos resultados dos exercícios de 2001 e 2002. Este procedimento foi adotado em conformidade a resolução da Secretaria da Receita Federal, que permitiu a liquidação das obrigações mencionadas proporcionalmente ao faturamento dos valores em conta de energia elétrica.

16 – EMPRÉSTIMOS, FINANCIAMENTOS E DEBÊNTURES

A participação das moedas e indexadores incidentes sobre os empréstimos, financiamentos e debêntures da CEMIG é como segue:

30/09/2002 30/06/2002 30/09/2002 30/06/2002

Moedas

Dólar Norte-Americano 2.352.767 1.710.245 2.205.918 1.604.648

Euro 76.991 50.609 76.991 50.609

Unidade de Conta (cesta de moedas) 48.391 44.767 48.391 44.767 2.478.149 1.805.621 2.331.300 1.700.024

Indexadores

Índice Geral de Preços de Mercado – IGP-M 1.022.504 917.664 1.022.481 917.664 Índice Interno da Eletrobrás – FINEL 158.632 161.022 158.632 161.022 Unidade Fiscal de Referência – UFIR 93.017 95.570 93.017 95.570 Outros 23.690 23.101 16.029 15.860 1.297.843 1.197.357 1.290.159 1.190.116

Fundos Vinculados ( 1 )

Taxa do CDI – Certificado de Depósitos

Interbancários (39.383) (14.068) (39.383) (14.068) Variação do Dólar Norte-Americano (193.701) (226.518) (193.701) (226.518) (233.084) (240.586) (233.084) (240.586)

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3.542.908 2.762.392 3.388.375 2.649.554

( 1 ) Referem-se aos recursos aplicados para amortização de obrigações contraídas com a finalidade de refinanciamento de operações de cré dito em moeda estrangeira, conforme Resolução nº 2.515, de 29 de junho de 1998, do Banco Central do Brasil.

A Assembléia Geral Ordinária – AGO, em reunião realizada em 30 de abril de 2002 autorizou a emissão de debêntures, no montante total de R$90.000, nominativas e escriturais, não conversíveis em ações e desprovidas de preferência ou garantia, a serem adquiridas pelo Estado de Minas Gerais, com vencimento em 25 anos e atualização pelo IGP-M, a partir da data da emissão, sem incidência de juros. Os recursos decorrentes desta emissão serão utilizados na construção da Usina de Irapé. Em 30 de setembro de 2002, foi realizada a primeira emissão, no montante de R$22.500.

As principais moedas e indexadores utilizados para atualização monetária dos empréstimos, financiamentos e debêntures tiveram as seguintes variações:

Moedas Variação Trimestral % Variação Anual % Indexadores Variação Trimestral % Variação Anual %

Dólar Norte-Americano 36,93 67,85 IGP- M 6,82 10,54

Euro 36,44 86,74 FINEL 1,34 2,04

Unidade de Conta 35,58 75,70

17 – PROVISÕES PARA CONTINGÊNCIAS

A CEMIG e suas Controladas são partes em processos judiciais e administrativos perante vários tribunais e órgãos governamentais, oriundos do curso normal de suas operações, envolvendo questões tributárias, trabalhistas, aspectos civis e outros assuntos.

A Administração da CEMIG acredita, com base nas avaliações de seus assessores legais internos, que eventuais desembolsos em excesso aos montantes provisionados, quando do desfecho dos respectivos processos, não afetarão de forma relevante o resultado das operações e a posição financeira da CEMIG.

Para aqueles processos cujos desfechos desfavoráveis são considerados prováveis pelos seus assessores legais, a CEMIG constituiu provisões integrais para perdas potenciais.

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Consolidado e Controladora 30/09/2002 30/06/2002

Trabalhistas 63.932 60.414

Cíveis – Consumidores 80.962 78.879

Contribuição Social Incidente sobre a Correção Monetária Complementar 128.015 128.918

Finsocial 19.256 19.128

Cíveis – Outras 18.960 14.996

Outras 23.818 22.842

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Os detalhes sobre as provisões constituídas são como segue: (a) Trabalhistas

As reclamações trabalhistas referemse basicamente a questionamentos de horas -extras e adicional de periculosidade. O valor total estimado dessas reclamações é de R$79.914 em 30 de setembro de 2002 (R$75.518 em 30 de junho de 2002). A CEMIG provisionou até 30 de setembro de 2002 o montante de R$9.662 (R$5.157 de reversão de provisão até 30 de setembro de 2001) para estas causas. A CEMIG estima os valores a serem provisionados com base na opinião de seus assessores legais, na natureza dos grupos de questionamento e em decisões judiciais recentes.

(b) Reclamações Cíveis - Consumidores

Diversos consumidores industriais impetraram ações contra a CEMIG objetivando reembolso para as quantias pagas à CEMIG decorrentes do aumento de tarifa durante o plano de estabilização econômica do Governo Federal denominado “Plano Cruzado”, em 1986, alegando que tal aumento violou o controle de preços instituído por aquele plano. A CEMIG estima os valores a serem provisionados com base nos valores faturados passíveis de questionamento e com base em decisões judiciais recentes.

O valor total de exposição da Companhia nessa matéria é, aproximadamente, R$80.962 em 30 de setembro de 2002 (R$78.879 em 30 de junho de 2002), estando os valores integralmente provisionados.

(c) Contribuição Social Incidente sobre Correção Monetária Complementar A CEMIG vem deduzindo as quotas de depreciação, amortização e baixas da correção monetária complementar do imobilizado para fins de cálculo da contribuição social. A CEMIG estima que o montante referente a tal questão é de aproximadamente R$128.015 em 30 de setembro de 2002 (R$128.918 em 30 de junho de 2002), estando os valores integralmente provisionados.

(d) Finsocial

Em 1994, a CEMIG foi autuada pela Secretaria da Receita Federal em decorrência da exclusão do ICMS da base de cálculo do Finsocial, contribuição incidente sobre o faturamento extinta em 1992. A CEMIG estima que o montante ainda pendente, referente a esta questão, é de aproximadamente R$19.256 em 30 de setembro de

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2002 (R$19.128 em 30 de junho de 2002), estando os valores integralmente provisionados.

(e) Outros

Outros passivos contingentes provisionados referem-se a questi onamentos envolvendo o Governo Federal, sobre a discussão da constitucionalidade de certos tributos federais e outras reclamações, consideradas normais ao curso das operações.

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(f) Ações com avaliação de êxito provável

A CEMIG discute em juízo outras ações relevantes, para as quais dispõe de avaliação preparada por seus assessores legais internos indicando êxito possível ou provável no desfecho da causa, sendo os detalhes os seguintes:

(i) Processo Envolvendo a FORLUZ com Possível Repercussão Financeira para a CEMIG

A CEMIG está defendendo, em conjunto com a Fundação Forluminas de Seguridade Social - FORLUZ, uma reclamação do sindicato dos seus empregados (“Sindieletro”) contestando o valor das contribuições amortizantes pagas pela CEMIG à FORLUZ. O valor total envolvido nessa reclamação é de R$560.674. Nenhuma provisão foi constituída para fazer face a essa reclamação, uma vez que a Administração, com base em informações dos seus assessores legais, acredita ter argumentos de mérito para defesa judicial e conseqüentemente, não são esperadas perdas relativas a essa ação.

(ii) Imposto de Renda e Contribuição Social sobre Benefícios Pós-Emprego

A Secretaria da Receita Federal, em 11 de outubro de 2001, emitiu um Auto de Infração em função dos créditos fiscais constituídos pela CEMIG em 2001, referente à mudança no método de contabilização do passivo de benefícios pós-emprego, conforme requerido pela Deliberação CVM 371/00, no montante de R$222.133. A CEMIG está procedendo à defesa do Auto de Infração junto ao Conselho de Contribuintes da Secretaria da Receita Federal. Por determinação legal, para apreciação do recurso na esfera administrativa, a Companhia contratou um seguro garantia de R$66.724, com validade de 02 anos, a partir de maio de 2002, representando 30% do valor da ação. Esta apólice não exime a CEMIG de eventuais obrigações futuras. Entretanto, não foi constituída provisão para contingências para fazer face a eventuais perdas com essa autuação, tendo em vista que a CEMIG, amparada na opinião de seus assessores legais, considera ter sólido embasamento jurídico que fundamenta os procedimentos adotados para a recuperação dos referidos créditos fiscais.

Os créditos fiscais constituídos mencionados no parágrafo anterior foram utilizados pela CEMIG na compensação das impostos federais pagos no exercício de 2001 e 2002. Em decorrência desta compensação, a Secretaria

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da Receita Federal emitiu um Auto de Infração, no montante de R$120.334. Não foi constituída provisão para contingências para fazer face a eventuais perdas com essa autuação, tendo em vista que a CEMIG, amparada na opinião de seus assessores legais, considera ter sólido embasamento jurídico que fundamenta os procedimentos adotados.

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(iii) COFINS

A CEMIG iniciou questionamentos com relação ao pagamento da COFINS em 1992. Devido à sentença judicial desfavorável, a CEMIG pagou, em 30 de julho de 1999, o montante de R$239.266. O Governo Federal está alegando que a CEMIG deve R$119.795 adicionais referentes a multas e juros pelo não pagamento da COFINS. A CEMIG está contestando tal reclamação. Nenhuma provisão foi constituída para fazer face a essa disputa, uma vez que a Administração, baseada em informações dos seus assessores legais, acredita ter argumentos de mérito para defesa judicial e conseqüentemente, não são esperadas perdas relativas a essa ação.

(iv) Atos da Agência Reguladora

A ANEEL impetrou ação administrativa contra a CEMIG afirmando que a Companhia devia R$146.099, a serem acrescidos pela variação da SELIC, ao Governo Federal, em decorrência de um alegado erro no cálculo dos créditos da CRC – Conta de Resultados a Compensar, que foram previamente utilizados para reduzir as quantias devidas ao Governo Federal. Em 31 de outubro de 2002, a ANEEL determinou que a CEMIG pagasse o referido montante, sem atualização monetária, acatando parcialmente o recurso impetrado pela Companhia. A Administração, suportada por seus assessores legais, acredita ter argumentos de mérito para defesa judicial e, portanto, não constituiu provisão para esta ação.

(v) Reclamações Cíveis - Consumidores

Diversos consumidores impetraram ações cíveis coletivas contra a CEMIG objetivando a declaração da abusividade e ilegalidade de reajustes tarifários aplicados em exercícios anteriores nas contas de energia elétrica, incluindo a recomposição tarifária extraordinária, e os encargos de capacidade emergencial cobrados a partir de 2002. A Administração, suportada por seus assessores legais, acredita ter argumentos de mérito para defesa judicial e, portanto, não constituiu provisão para estas ações.

18 – OBRIGAÇÕES PÓS-EMPREGO

A CEMIG, desde 1973, é patrocinadora da FORLUZ, pessoa jurídica sem fins lucrativos, com o objetivo de propiciar aos seus associados e participantes e aos seus dependentes e beneficiários uma renda pecuniária de suplementação de

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aposentadoria e pensão, em conformidade ao plano previdenciário a que estiverem vinculados.

A FORLUZ disponibiliza a seus associados os seguintes planos de benefícios de suplementação de aposentadoria:

Plano Misto de Benefícios Previdenciários - Plano de contribuição definida para benefícios de aposentadoria por tempo normal e benefício definido para cobertura de invalidez e morte de participante ativo. A contribuição da CEMIG é paritária às contribuições básicas mensais dos associados, sendo o único plano aberto a novas adesões de participantes.

Plano Saldado de Benefícios Previdenciários - Inclui todos os participantes aposentados que optaram por este plano e os saldos, na data de opção, dos participantes ativos que optaram pela migração do Plano de Benefício Definido para o Plano Misto, descrito anteriormente.

Plano de Benefício Definido - Plano de benefícios adotado pela FORLUZ até 1998, onde é realizada a complementação do salário real médio dos últimos anos de atividade do empregado na CEMIG em relação ao valor do benefício da Previdência Social Oficial.

A CEMIG mantém ainda, de modo independente aos planos disponibilizados pela FORLUZ, pagamento de parte do prêmio de seguros de vida para os aposentados e contribui para um plano de saúde para os empregados, aposentados e dependentes, administrado pela FORLUZ.

As movimentações no passivo líquido com obrigações pós -emprego, reconhecido em conformidade à Deliberação CVM nº 371/00, são as seguintes:

Planos de Pensão e Suplementação de Aposentadoria Outros Benefícios Pós-emprego Passivo Líquido em 30.06.2002 1.405.105 488.631 Despesa Líquida Reconhecida na Demonstração do Resultado 37.239 17.010

Contribuições Pagas (50.624) (1.656)

Passivo Líquido em 30.09.2002 1.391.720 503.985

Parte da obrigação atuarial com benefícios pós-emprego, no montante de R$1.428.910 em 30 de setembro de 2002 (R$1.429.631 em 30 de junho de 2002) foi reconhecida como obrigação a pagar

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pela CEMIG e será amortizada até junho de 2024, através de prestações mensais calculadas pelo sistema de prestações constantes (Tabela Price), reajustadas anualmente de acordo com o índice de reajuste dos salários dos empregados da CEMIG (excluindo produtividade) para o plano de benefício definido e com base no IPCA do IPEAD para os demais planos, acrescidas de 6% ao ano.

Alterações nos Planos de Saúde - A CEMIG acordou com os sindicatos modificações nos atuais Planos de Saúde que implicaram em alterações nos critérios de custeio sob responsabilidade da CEMIG, dos empregados ativos e aposentados e os tipos de cobertura a serem oferecidas para cada tipo de plano. Em decorrência do acordado, a CEMIG se compromete a efetuar um pagamento anual de R$32.600, corrigido anualmente pela variação do IGP-M, para cobertura das despesas com saúde dos empregados ativos e aposentados. A implementação das modificações será efetuada a partir de 1º de janeiro de 2003.

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19 – PATRIMÔNIO LÍQUIDO Mutação do Patrimônio Líquido:

Saldo em 30/06/2002 6.956.757

Reversão de Dividendos 400

Prejuízo no trimestre (442.438) Saldo em 30/09/2002 6.514.719

Em setembro de 1999, o Governo do Estado de Minas Gerais impetrou ação anulatória, com pedido de tutela antecipada contra o acordo de acionistas celebrado em 1997 com a Southern Electric Brasil Participações Ltda.. Em 07 de agosto de 2001, o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, através da sua 1ª Câmara Civil, sentenciou como nulo o referido acordo de acionistas. A Southern Electric Brasil Participações Ltda. recorreu da sentença, interpondo embargos declaratórios que foram rejeitados pelo Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais em 09 de outubro de 2001. A Southern Electric Brasil Participações Ltda. recorreu da sentença junto ao Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais.

20 – FORNECIMENTO BRUTO DE ENERGIA ELÉTRICA

A composição do fornecimento de energia elétrica, por classe de consumidores, é a seguinte: Consolidado (Não revisado) Nº de Consumidores MWh R$ 30/09/2002 30/09/2001 30/09/2002 30/09/2001 30/09/2002 30/09/2001 Residencial 4.586.863 4.408.866 4.710.103 5.099.463 1.275.029 1.253.810 Industrial 67.668 67.137 16.425.089 16.416.361 1.601.054 1.383.796 Comércio, Serviços e Outros 512.666 496.638 2.415.082 2.532.111 568.137 512.140 Rural 332.427 318.251 1.230.838 1.234.615 179.967 157.673 Poder Público 43.031 41.160 336.852 366.856 75.747 70.241 Iluminação Pública 2.661 2.783 657.449 656.752 94.568 82.415 Serviço Público 6.770 6.475 707.623 708.673 93.491 82.355 Consumo Próprio 1.358 1.408 37.032 39.080 - - Fornecimento não Faturado - - - - 54.868 (55.146) 5.553.444 5.342.718 26.520.068 27.053.911 3.942.861 3.487.284 Suprimento a Outras

Concessionárias 4 4 244.117 487.046 15.168 27.091 Suprimento não Faturado - - - - 473.964 28.412 Total 5.553.448 5.342.722 26.764.185 27.540.957 4.431.993 3.542.787