RESUMO CICL O BÁSIC O
TÍTULO
DO RESUMO
VESÍCULA BILIAR
CURSO: ANATOMIA GASTRINTESTINAL
CONTEÚDO: YASMIN FRAGA DA SILVA ALVES CURADORIA: MARCO AURÉLIO R. F. PASSOS
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1 VESÍCULA BILIAR
A FIGURA 1 apresenta uma representação esquemática da vesícula biliar e dos ductos biliares.
FIGURA 1
Figura 1: Representação esquemática da vesícula biliar e dos ductos biliares.
Fonte: openstax.org.
A bile, um importante emulsificante de gorduras, é produzida pelo fígado e segue um caminho até chegar ao duodeno, seu local de ação. Nesse sentido, a vesícula é um importante reservatório de bile, e os ductos biliares atuam no processo de condução.
A bile é secretada pelos hepatócitos, no fígado, segue para os canalículos biliares, que drenam para os ductos biliares interlobulares e, posteriormente, para os ductos biliares coletores, formando os ductos hepáticos direito e esquerdo, que drenam para as partes funcionais do fígado. Logo após deixa- rem a porta do fígado, esses ductos formam o ducto hepático comum, que recebe o ducto cístico, e formam o ducto colédoco. Já no pâncreas, o ducto colédoco se une ao ducto pancreático principal (de Wirsung) para formar a ampola hepatopancreática (de Vater), que contém o esfíncter de Oddi e desemboca na papila duodenal maior.
1.1 Ducto colédoco
É um ducto formado pela união do ducto cístico e hepático comum.
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O suprimento arterial do ducto colédoco é realizado por três artérias:
■ parte proximal pela artéria cística, ramo da artéria hepática direita;
■ parte média pela artéria hepática direita;
■ parte retroduodenal pela artéria pancreaticoduodenal.
O ducto hepático se localiza em posição anterolateral no hilo hepático, estando a veia porta em localização mais posterior, e a artéria hepática própria anteromedial.
1.2 Anatomia topográfica da vesícula biliar
A vesícula se localiza na fossa da vesícula biliar na face visceral do fígado e pode armazenar até 50mL de bile. O fundo vesical, normalmente, encon- tra-se ao nível da nona costela, apresentando-se em contato direto com a parede abdominal.
A vesícula biliar mantém relação de sintopia importante com o lobo anatômico direito do fígado, podendo inclusive estar aderida ao parênquima hepático.
Além disso, está próxima de estruturas como o duodeno e intestino gros- so, por isso, em casos de inflamação e dilatação da vesícula biliar devido a cálculos biliares (colelitíase), esses cálculos podem se projetar para órgãos adjacentes (FIGURA 2).
FIGURA 2
Figura 2: Localização topográfica da vesícula biliar e dos ductos biliares.
Fonte: Atlas de Anatomia Humana. TANK, P. W. 2009.
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1.3 Morfologia
A vesícula biliar apresenta-se dividia em partes. O fundo é a extremidade larga e arredondada do órgão, o qual se projeta na margem inferior do fígado estando, por vezes, aderido a este. O corpo é a parte principal da vesícula, e o colo, normalmente, faz uma curva em forma de “S”.
No interior da vesícula biliar (FIGURA 3) está presente uma válvula que mantém o ducto cístico aberto, permitindo que a bile possa ser facilmente desviada para a vesícula biliar, onde será armazenada. Essa válvula, forma- da por túnica mucosa, é chamada de prega espiral e se localiza no colo da vesícula biliar na junção com o ducto cístico.
FIGURA 3
Figura 3: Vista interna da vesícula biliar e do ducto cístico.
Fonte: Atlas de Anatomia Humana. TANK, P. W. 2009.
O ducto cístico une o colo da vesícula ao ducto hepático comum.
1.4 Vascularização arterial e venosa
A irrigação arterial da vesícula biliar e do ducto cístico é realizada pela artéria cística. Esta se origina, majoritariamente, no trígono cisto-hepático (Triângulo de Calot), estendendo-se desta ao ducto cístico e, em seguida, ao colo da
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vesícula biliar. Os limites desse trígono são o ducto cístico, o ducto hepático comum e a superfície inferior do fígado (FIGURA 4).
FIGURA 4
Figura 4: Apresentação anatômica mais comum de origem da artéria cística a partir da artéria hepática direita.
Fonte: Atlas de Anatomia Humana. TANK, P. W. 2009.
Já em relação à drenagem venosa, é realizada pelas veias císticas, que drenam para o fígado.
1.5 Cálculos biliares
Os cálculos biliares, também chamados de coleções biliares, são produzidos no interior da vesícula biliar e podem impactar o fluxo desta. Eles podem ter diferentes composições:
■ cálculos de colesterol respondem por mais de 85% dos cálculos biliares, ocorrem por supersaturação de colesterol e, normalmente, resultam da secreção excessiva de colesterol (como ocorre na obesidade ou diabetes);
no entanto, pode resultar da diminuição da secreção de sais biliares (p.
ex., na fibrose cística por causa da má absorção de sais biliares) ou da deficiência de lecitina (p. ex., como ocorre em uma doença genética que cause uma forma progressiva de colestase hepática familiar);
■ cálculos pigmentados pretos são pequenos, duros e compostos de bilir- rubinato de cálcio e sais de cálcio inorgânicos (p. ex., carbonato de cálcio, fosfato de cálcio); fatores que aceleram seu aparecimento são doença hepática alcoólica, hemólise crônica e idade avançada;
■ cálculos de pigmentos marrons são amolecidos e engordurados e são formados por bilirrubinato e ácidos graxos (palmitato ou estearato de cálcio); formam-se durante processos infecciosos, inflamações e infes- tações parasitárias (p. ex., fascíola hepática na Ásia).
Esses cálculos, ao impedirem o fluxo por se alojarem no ducto cístico, podem causar inflamação da vesícula biliar, chamada de colecistite. Nesse caso, o
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paciente pode apresentar cólica biliar (que é dor espasmódica intensa, ini- cialmente, na região epigástrica, podendo irradiar para o hipocôndrio direito) ou, no momento de relaxamento da vesícula, o cálculo voltar ao interior da vesícula. Devido à inervação frênica da vesícula, esses pacientes podem, ainda, relatar dores irradiadas para o ombro direito, sendo esta a dor referida.
Em caso de infecção na vesícula biliar, colecistite, o ponto cístico ou Sinal de Murphy fornece uma importante localização topográfica desta por provocar dor pela palpação durante a inspiração profunda. Esse ponto se localiza no ângulo entre o rebordo costal direito e a borda externa do músculo reto abdominal, na linha hemiclavicular.
2 REFERÊNCIAS
1. Anatomia Gastrintestinal – Órgãos anexos – Vesícula biliar – Vias biliares (Professor Lucas Cottini da Fonseca Passos). Jaleko Acadêmicos. Disponível em: <https://www.jaleko.com.br>.
2. DRAKE, Richard L. Gray’s anatomia clínica para estudantes. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. 1192p.
3. MOORE, Keith L. Anatomia orientada para a prática clínica. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. 1128p.
4. NETTER, Frank H. Atlas de anatomia humana. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2019. 672p.
5. PAULSEN, Friedrich; WASCHKE, Jens. Sobotta: atlas de anatomia humana.
23. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015.
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