QÇA/urso
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SANT CATARINA
CENTRO
DE
CIENCIAS
AGRARIAS
DEPARTAMENTO
DE AQÚICULTURA
1
Levantamento da
atividade
de
Rizipiscicultura
no
município de
Turvo-SC
Larissa
Karline
Karsten
Florianópolis
-
SC
Mlíéfi
um
M
íãsuorecfll
~
oafiyrsc
Universidade
Federal
de Santa
Catarina
Centro de
Ciências Agrárias
Departamento
de Aqüicultura
Levantamento da
atividadede
Rizipisciculturano
município
de
Turvo-SC
Florianópolis,
SC
2004
2°Semestre
mmmmám
«m
Li
IHH
HH
m
*E
~
130-5 0.284 UFSC-EUUniversidade
Federal
de Santa
Catarina
Centro de
Ciências Agrárias
Departamento
de Aqüicultura
Relatório
de
Estágio
Supervisionado
Ildo
'
ltura
Curso
de
Engenharia de
Aquicu
-
Acadêmica:
Larissa
Karline
Gm/ursc
Karsten
Orientador:
Prof.João
Bosco
Rodrigues
° ^
Marcos
José
Rosso
Su
P
ervisor:Eng
Agronomo
Empresa:
Epagn
Florianópolis,
SC
2004
2°Semestre
Nome
do
estagiário: Larissa Karline KarstenÁrea
de estágio: Rizipiscicultura/PisciculturaEmpresa
ou
órgão: EpagriEndereço: Rua:
Nereu Ramos, 494
Cidade:
Turvo-SC
Responsável: Eng.
Marcos
J oséRosso
Professor Orientador: J
oão
Bosco
RodriguesCarga
Horária:424
horasPrimeiramente gostaria de agradecer a Deus, que
sem
ele eu não estaria aqui enem
seriaquem
sou hoje.Quero
agradecertambém
aminha
família,meu
pai Lourival,minha
mãe
Lorita e aminha
irmã Luciane,além
do
meu
namorado
Femando
e de todos osmeus
amigos que sempre
estiveramdo
meu
lado parame
apoiar eme
ajudar nosmomentos
diñceis.
Agradeço
também
omeu
Professor orientador JoãoBosco
Rodrigues,que sempre
esteve
me
apoiando e ajudandoem
todos esses anos de faculdade e agorano
meu
estágio deconclusão.
Não
posso deixar de citar diversas pessoas que colaboraramna
realização demeu
estágio e,
que
pelo seu grau de envolvimentocom
a rizipiscicultra certamente poderão serde muita utilidade para
o
desenvolvimentoda
mesma
em
nosso estado.Devo
citarValmor
Fianetti, Secretário Adjunto de Agricultura de Santa Catarinaque
sempre demonstrou
muito envolvimentocom
a aqüicultura, Mathias Boll, da Epagri de Florianópolis; Eng.Marcos
José Rosso,da
Epagrido
município deTurvo
e a todosda
Epagri
do
município de Araranguá.Gostaria
também
de agradecer a todas as pessoasdo
município de Turvo:Todos da
Epagri; Flávio
Marcon,
Presidenteda
Coopersulca, o Eng.Alexandre, da Aaquatur (Associação de Aqüicultoresdo
município de Turvo) edo
Sr. Sandro Cadorin, presidenteda
O
desenvolvimentode
novas tecnologias é a basede
todo o desenvolvimento dahumanidade
e, foicom
baseem
novas tecnologiasque
saímosda
coleta para a agriculturaaltamente produtiva de nossos dias e continuamos avançando.
Com
relação aos recursos advindos das águas, deuma
forma
geralpouco avançamos na
melhoria das espécies pois, os maiores avanços foramna
melhoria das técnicas de captura,encontrando-se as técnicas de cultivo ainda
em
um
estágiopouco
avançado,em
especialem
nosso pais.
Devemos
reconhecer alguns avanços muito significativoscomo
as iniciativasdesenvolvidas
em
Santa Catarina nas áreas de miticultura e carcinicultura.Meu
focono
curso de aqüicultura foiem
peixes deágua
doceonde
as melhoriastecnológicas ainda são
pouco
difundidas.Objetivando utilizar
meu
estágio curricular para preparar-me para o trabalhoque
pretendo desenvolver profissionalmente e ao
mesmo
tempo
proporcionaruma
contribuiçãosignificativa para a aqüicultura procurei
um
localonde
poderia trabalharcom
rizipiscicultura.
Obtive o apoio
da
EPAGRI
queme
proporcionou a oportunidade de estagiar junto à seuescritório
na
cidade de Turvo-SC.A
escolhado Turvo
deve-se ao fato deque
trata-seda
referênciaem
nosso estado poisalém
de estarno
centro da região mais significativaem
rizipisciculturaem
Santa Catarina,conta
com
aCOOPERSULCA
que
é seguramenteuma
das duas empresas mais expressivasPrefeitura Municipal de
Turvo
pelo seu trabalho ecomprometi-me
com
o fornecimento aosmesmos
de cópiasdo
mesmo.
Igualmente,
houve
grande interesseda
Coopersulca que abriu as portas de seufrigorífico de peixes para que
eu
pudesse realizar diversas observações, verificando oestágio
em
que
está este outro importantíssimo elode
todo o processoque
é a comercialização.É
inegável que,sem
um
adequado
esforçona
comercialização, todos os outros esforços terãopouca
chance de sucessouma
vez quenão
haverá justa remuneraçãopara toda a cadeia produtiva. '
No
decorrerdo
estágio obtive ainda o apoio de muitas outras pessoas,demonstrando
o grau de interesseda
comunidade
pelo avanço da rizipiscicultura, mostrando que há grandes1 - Introdução 2 - Caracterização
do
município 2.1. Aspectos gerais 2.2. População 2.3. Limites 2.4.Clima
2.5 Solo3 - Caracterização
do
sistema de rizipiscicultura3. 1 _ Introdução 3.2. Descrição
do
sistema 3.3.O
peixe 3.4.Densidade
3.5.Porcentagem
3.6. Predadores 3.7.O
Arroz 3.8.O
Arroz Orgânico 4-
Materiais eMétodos
5-
Resultados e Discussões5.1. Utilização da recria na propriedade
5.2. Principais culturas
na
propriedade1. Introdução:
A
universidade funcionacomo
um
centro de difusão de tecnologias ecomo
um
laboratório de desenvolvimento mas,
nem
sempre
conseguimos estabelecer claramenteum
paralelo entre o
que aprendemos
em
sala de aula eo
que está acontecendono campo, onde
estas tecnologias precisam ser utilizadas para produzir resultados.
Uma
vez que, ao contrário demeus
colegas, dediqueimeus
estudos muito mais para os organismos deágua
docedo que
aos de água salgada, busqueiuma
forma
de verificar o quantomeus
conhecimentos teóricos tinham consistênciano
campo
prático.Em
meu
trabalhono
Turvo, busquei realizarum
amplo
levantamentoda
realidadedo
município e
da
regiãocom
relação à rizipiscicultura, abrangendo levantamentos sobre:Condições geográficas,
Condições climáticas,
Envolvimento
dos produtorescom
a iizicultura, Difusãoda
rizipiscicultura,Técnicas empregadas,
Resultados obtidos pelos produtores,
Condições de comercialização,
Viabilidade
econômica
da atividade,Altemativas para
o
incrementoda
atividade.Ao
longo das próximas páginas procurarei apresentar os resultados relativos a cadaum
dos pontos propostos etambém
farei algumas observações relativas àsminhas
observações quanto ao
adequado
emprego
das tecnologias que conheciem
sala de aulaou
Dentro desta ótica, produzi
um
relatório específico entregue para a Coopersulcacom
relação às
minhas
observações relativas ao processamento de pescado pelosmesmos
e amaior ou
menor
adequação de suas instalações e seus processos de abate.Igualmente realizei diversas visitas a produtores, buscando
sempre
incentiva-los aadotar a rizipiscicultura.
Pretendo já
na
introdução, definir as premissascom
as quais trabalhei e quenão
estarei discutindo e provando ao longo de
minha
exposição:A
rizipiscicultura éuma
atividade totalmente viáveleconômica
e ecologicamentecomo
já foi estabelecido por Contrimbem como
outros pesquisadores e quepodem,
serassim resumidos:
- Elimina o uso de defensivos químicos;
- Elimina a necessidade de adubação;
- Permite a eliminação
da
aração;-
Não
provoca significativas reduções deprodutividade;
- Melhoria a qualidade
da água
utilizada;- Produz
uma
produção adicional (de peixes);-
Reduz
a incidência de pragasna
lavoura pelomelhor
nivelamentodas quadras;
- Existem adequadas tecnologias para conciliar a produção de
peixes
com
arroz sobdiversas circunstâncias e diferentes preços obtidos pelas culturas;
- Existem formas de comercialização para os peixes
obtidos;
- Existe possibilidade de obter preços mais elevados para o arroz orgânico
obtido;
-
A
rizi iscicultura a`udano melhor
erenciarnento dosrecursos hídricos
uma
vezP
8
que
os lagos cheiospermitem
seu uso nosmomentos
de estiagemem
que a safra-
O
peixe mais cultivado intemacionalmente é a carpa e o segtmdomais
cultivado é
a tilápia o que leva à obvia conclusão
que
ambos
tem
ótimas possibilidades decomercialização e
mesmo
aproveitamentoem
pesca esportivano
casoda
carpanos Estados Unidos.
Desenvolvi
meu
estágioem
um
período de estiagemem
quepude
observar aimportância dos recursos hídn`cos para a viabilização dos planos dos produtores e observei
as grandes vantagens obtidas pelos que optaram pela rizipiscicultura
que
puderam
antecipar4
2
-
Caracterizaçãodo
município:2.1
-
Aspectos
Gerais:O
município deTurvo
localiza-seno Vale da
Araranguá, possuiuma
área de234,7km2, situado
na
região litoral sul catarinense. Está localizada a 28°55°34” de latitudee 49°40°45” de longitude,
com
relevo80%
plano e20%
de elevações.A
altitudemédia
éde 38 metros e a
máxima
é de400
metros.É
integrante daAMESC,
Associação deMunicípios
do Extremo
Sul Catarinense,que
écomposta
por 15 municípios.2.2
-
População:Sua
população é de 10.890 habitantes(IBGE
-
2000), sendo 5.252(50%) no meio
rural e
5.638(50%) no meio
urbano,com
uma
densidade demográfica de 46,53 hab/km2.Com
cerca de 1.300 famíliasno
meio
mral.2.3
-
Limites:Ao
nortecom
os municípios de Meleiro eMorro
Grande;Ao
sulcom
os municípios deEnno
e JacintoMachado;
Ao
lestecom
o município de Araranguá;Ao
oestecom
omunicípio de
Timbé
do
Sul. _2.4
-
Clima:
Segtmdo
a classificaçãoKoeppen, Turvo
apresenta clima subtropical úmido.A
umidade
relativado
ar fi'ioacima
de80%
durante todo o ano.A
precipitação de chuvas ébem
distribuída,embora
apresente maior concentraçãono
período maio-agosto e apresentaum
déficit hídrico nosmeses
de outubro a fevereiro,em
virtudedo
altoconsumo
de águaApresenta
uma
temperaturamédia
anual de 19° a20°C
e urna precipitação total anual de1800mm.
2.5
-
Solo:Os
solosno
municípioem
sua maioria classificam-se segundo a classificação universal em:2.5.1
-
Cambissolo
Distrófico e Eutrófico: Solos jovens deboa formação
química,com
cerca de70
cm
de espessura,com
boas aptidões para milho, fumo, arroz e moranga;2.5.2
-
Gley pouco
Húmico
Distrófico e Eutrófico: Solo argilosona
superficie e arenoso a80cm
de profundidade,com
lençol freático superficial, apto para a culturado
arroz;2.5.3
-
PodzólicoVermelho
Amarelo: Originadodo
arenito, considerados solos pobres.Ocorrem
em
áreascomrelevo
suave e ondulado.São
arenososna
superficie e cascalhentos3
-
Caracterizaçãodo
Sistemade
Rizipiscicultura:3.1
-
Introdução:A
rizipiscicultura éuma
técnica altamenterecomendada
para a utilização racionalde
uma
área agrícola.É um
sistema sustentável caracterizado pelo cultivo consorciado dearroz irrigado e criação de peixes,
sem
o uso de agrotóxicos,sem
o uso deadubo
mineralsolúvel e reduzindo o uso de
máquinas
(restam mecanizadas asemeadura
e a colheita). Este¡ 1
sistema conserva o
meio
ambiente e proporciona oaumento da
renda por area.3.2
-
Descriçãodo
sistema:Para iniciar-se o sistema, o quadro de arroz deve sofrer o processo de
sistematização,
com
nivelamento de solo, construção de taipas reforçadas emontagem
deum
refúgio para os peixes.O
arroz pré-germinado deve sersemeado
entre osmeses
deoutubro e dezembro, respeitando-se
sempre
ozoneamento
agroclimático da região.No
mês
de
março
ocorre o rebaixamentodo
nívelda
água e a colheitamecânica do
arroz.Após
acolheita, o nível
da água
é elevado e colocado os peixes (Alevinos II),com
50gramas
paraque
elespossam
consumir a restevada
lavoura.Os
peixesficam
na
quadra por 8 meses,aproveitando
como
alimento a restevado
arroz, o plânctonformado
naturalmentena água
e os alimentosdo
lodo (bentônicos, sementes de invasoras e larvas de insetos). Nestesmeses
existe a redução
do banco
de sementes de invasorasdo
solo, o preparo e a fertilizaçãodo
solo através
da
açãodo
peixe e o seu crescimento.A
despesca é feitasempre
alguns diasantes
da nova
safra ser semeada.3.3
-
O
peixe:Inicialmente deve-se detenninar as espécies que serão utilizadas e as respectivas
peixes
de
várias espécies),dada
a diferença de hábitos alimentares das espécies disponíveis dentro da quadra.As
funçõesdo
peixeno
sistema são o preparodo
solo(com
eliminaçãoda
resteva),o
controle de invasoras (inços) e o controle de pragas. Tipos de peixes quecompõem
osistema:
3.3.1
-
Carpa Húngara
(Cyprinus carpia):É
a espécies de peixe que revolve o solo àprocura de insetos, organismos
do
lodo e sementes invasoras.Por
ser onívora, “ engole” 0lodo, separa o seu alimento e regurgita as sobras, realizando assim,
o
trabalho de preparodo
solo.
É
a espécie mais importanteno
sistema, pois é através dela queobtemos
o preparodo
solo para a
semeadura da próxima
safra de arroz,sem
a utilização demáquinas
e afertilização
do
solo atravésda
incorporação de esterco.3.3.2
-
Carpa
Capim
( Ctenopharzvngodon idella): Esta espécie alimenta-se de vegetaissuperiores,
como
porexemplo
a plantado
arroz egramas
boiadeiras.A
carpacapim
é aresponsável pela eliminação
da
resteva e das ervas invasoras.3.3.3
-
Carpa
Prateada eCarpa Cabeça Grande
(Hypophthalmicthys nwlitrivc e Aristichthys nobilis): Estas duas espéciespossuem
hábitos alimentares semelhantes, são filtradoras de plâncton.A
carpa prateada filtra somente o filtoplâncton e a cabeça grandesomente o
zooplâncton, aproveitando assim o alimento naturalna
água.3.3.4
-
Tilápia(Oreochromis
niIoticus): éuma
espécie deamplo
espectro alimentar, capaz de obter os nutrientes necessários ao seu crescimento diretamente de diferentes fontes,como
os detritos animais e vegetais de todos os tipos, filtrando o fitoplânctonou
de3.4
-
Densidade:
A
densidademédia
é de2500
alevinos por hectare. Considerando o alevino II,com
50 gramas.
3.5
-
Porcentagem:
Para
obterum
bom
preparodo
solo, utiliza-seo
seguinte percentual por espécie:Carpa
Húngara:60%
HCarpa Capim:
20%
Carpa
F
iltradora:10%
Tilápia:
10%
3.6
-
Predadores:Sugere-se
que no
final de cada ciclo (após a despesca), seja feita a desinfecçãodo
refúgio
com
cal virgem.Os
predadores aquáticos são: traíra, jundiá, lambari,muçum,
jacaré, lontra e cobrad'água, entre outros. Por isso deve-se utilizar barreiras ñsicas
como
filtros nas entradas e saídas de água.As
telas plásticas demalha
fina
são úteisna
entrada de canos dePVC.
Os
predadores aéreos são: garça, Martim-pescador, bem-te-vi e biguá, entre outrospássaros.
3.7
-
O
Arroz:
A
produtividade varia de 110-
140 sacosdependendo do
tipo de soloem
que
écultivado.
O
usodo
peixeno
sistematem
reduzido parapróximo de
zeroo
aparecimento decolhido
tem
sido comercializadona forma
de arroz orgânico, proporcionando ao produtorum
aumento
de10%
no
valorda
sacado
arroz.3.8
-
O
Arroz
orgânico:A
crescente preocupaçãoda
populaçãocom
a qualidade dos produtos que ingerem,ocultivo de bons hábitos alimentares,
da
saúde eda boa fonna
fisicatêm
feitocom
que a procura por produtos orgânicos seja cada vez maior.Os
alimentos orgânicos representam hojeuma
fatia significativado
mercado
nacional,que
movimenta
anualmente cerca deUS$
300
milhões, entreconsumo
interno e exportações.Porém,
se considerarmos o índice mundial,onde
seu comércio giraem
tomo
de
US$
400
bilhões ao ano,veremos que
estemercado
ainda estádando
seus primeiros passosno
Brasil.A
agricultura orgânica é o sistema de produção que exclui o uso de fertilizantessintéticos de alta solubilidade, agrotóxicos, reguladores de crescimento e aditivos para a
alimentação animal
compostos
sinteticamente. Baseia-seno
uso de estercos animais,rotação de culturas, adubação verde,
compostagem
e controle biológico de pragas e doenças.Busca
manter a estrutura e produtividadedo
solo, trabalhandoem
harmonia
com
anatureza.
Os
produtores pertencentes à Cooperativa Regional Agropecuáriado
Sul Catarinense (Coopersulca), jápossuem
o selo de certificação de produção orgânicada
Associação Orgânica,com
sedeem
Santa Catarina.O
certificado garante urna agregação de valor de 10 a15%
sobreo
preço comercial4. Materiais e
Métodos:
Foi aplicado
um
questionáriocom
os 18 rizipiscicultores da regiãoque
aindapraticam essa cultura. Foi ainda feito
um
acompanhamento
mensal nas propriedades,verificando o cultivo e
acompanhando
o produtor durante a despesca evenda
dos peixes edurante a
semeadura do
arroz.Através
do
questionário e das visitas mensais conseguimos teruma
relação muitopróxima
com
os produtores, e por issopodemos
efetuar hipótesesmais
concretas sobre asua situação
no
campo
e os problemas que eles enfrentam.Número:
... .. Data: ... ..Nome
do
Produtor: Endereço:Comunidade:
Cep:88930-000
Telefone: Cidade: Produção:( )Arroz (
)Fumo
( )Peixes( )Arroz Orgânico ( )Milho
pós-fumo
u
(
)______í
Área
deProdução
de ArrozComum:_¿__ha
Produtividade:
Produção(sc): Preço
pago:R$
Destino:Área
deProdução
de Arroz Orgânico:ha
Produtividade:
Produção(sc): Preço
pago:R$
Destino:Rizipiscicultura:
ha
Utiliza a recria: ( )sim ( )não
Utiliza o peixe: ( )Durante o ciclo
da
cultura( )Durante a entre- safra
Variedade de peixes:
( )Carpa
Comum
( )CarpaCapim
( )CarpaCabeça Grande
( )Carpa.Húngara ( )Tilápia ( )
'
Preço
pago
pelo milheiro:Qualidade dos alevinos: ( )Excelente (
)Ótima
()Boa
()Ruim
Sobrevivência dentro das quadras:
%
Produção
em
KG
por espécie:Destino
da
produção:Preço pago:
Viabilidade
do
sistema de rizipiscicultura: Planos futurosdo
produtor:Por que dá
certo?Por que
não dá certo?5
-
Resultados e Discussões:5.1
-
Utilizaçãoda
recriana
propriedade:31%
69%
Dos
18 questionários aplicados,69%
dos produtores utilizaram a recriaou
já colocarampeixes
com
um
tamanho
maior nas quadras de arroz.A
vantagem da
colocação de peixesmaiores é a diminuição
da
predação por pássaros, pois os peixescom
mais de10cm
sãodificilmente ingeridos.
Além
de possuíremuma
taxa de sobrevivência superiorna
quadras5.2
-
Principais culturasna
propriedade:10%
5%
12%
37%
10%
7%
19%
I
Arroz
comum
I
MilhoArroz orgânico
E]Peixes
I
Banana
I
Milhopós-fumo
I
Outros
O
sistema de arroz irrigadocom
sementes pré-germinadas é característico de SantaCatarina. Ele foi introduzido pelos migrantes italianos
no
Valedo
Itajaí,no
começo
do
século
XX,
e surgiu, provavelmente,em
decorrênciado
próprio ambiente da região,caracterizado pela predominância de solos argilosos
mal
drenados e pela inexistência deuma
estação de seca, dificultando o preparo convencionaldo
solo.O
aumento da
produção, a elevaçãoda
rentabilidadeda
cultura, a melhoriada
qualidade, a redução
do
custo de produção e a minimização dos danos ambientais são osprincipais motivos que
impulcionam
os orizicultores.O
arroz é a principal culturana
região, seguida pelo milho, pelofumo
e pela banana.Essa diversidade de culturas é muito importante para os agricultores, pois gera
mais
rendana
propriedade emaior
estabilidade casoalguma
cultura dê prejuízo.A
produção de arroz e sua industrializaçãoem
larga escala nos últimos anosmelhorou
significativamente a qualidade de vida
da
população de TLu'vo, elevando o município àcategoria de cidade
com
maior renda per capitado
Vale.Segimdo
oCenso
de 2000, oPIB
do
município foi de R$75.784.456,00, parauma
população depouco
mais de dez milpessoas, o
que
chega auma
média
de renda de R$6.960,00, a68
em
Santa Catarina.Em
2003
essa rendaganhou
o acréscimo significativo,com
a sacado
arrozchegando
a R$36,00, valor quase70%
maiordo
que osR$20,00
pagosna
safra passada.5.3
-
Local decompra
dos alevinos:19%
37%
13%
31%
,I
Peixe
SulICib¡en
EIAtapIan
EI OutrosI
Cerca de
37%
dos produtorescompraram
seus alevinosna
Peixe Sul.A
Peixe Sulcomo
que
produz tanto alevinoscomo
peixesno tamanho
comercial.A
qualidade e asobrevivência
(70%) foram
muito elogiadas pelos produtores.Que
ressaltaram asuperioridade dos alevinos
da
Peixe Sul.5.4
~
Destinoda
produção:6%
19%
31%
44%
il
FrigoríficoI
Pesque-Pague
ElConsumo/Açude
I]Outros
Í
O
pesque-pague é omaior
destinoda
produção,com
44%.
O
pesque-
pague
setomou
uma
opção
porque ofereceum
preçomelhor do
que o preçopago
pelo frigorífico,Coopersulca.
Devido
a falta de tilápiano mercado
e as reclamações freqüentes dosprodutores,
no
mês
deNovembro
o frigoríficocomeçou
a pagarR$1,48
peloKg
da
tilápiacom
um
rendimento de33%
de filé.A
cada1%
deaumento no
rendimentohá
um
acréscimo de
R$0,03
centavosno
preço final. Esse preço favorece os produtores queinvestiram
em
peso ena
qualidade dos seus peixes.Com
oaumento do
preço da tilápia o frigorífico, que era a segundaopção
dosO
Frigorífico de Pescados funciona desenvolvendo projetos de industrialização,treinamento de produtores e adaptação das arrozeiras tradicionais à prática
da
rizipiscicultura. Possui o Serviço de Inspeção Federal (SIP), e atende mais de 50
municípios
da
região costeirado
Estado, desde PauloLopes
até Passo de Torres.O
Frigorífico de Pescadostem
como
principal objetivo a alta qualidadedo
produtofinal, sendo assim a higiene
no
processamentodo
pescado e sua conservação, são fatorespreponderantes.
O
Frigoríficotem
capacidade de processar até cinco toneladasde
pescado por dia.A
unidade industrial está equipada
com uma
sala de recepção de matéria prima, linha deprocessamento,
onde
é feita a evisceração e a filetagemdo
peixe e ainda: túnel decongelamento, armário de placas, sala de
embalagem
climatizada,câmara
de estocagem,sala de máquinas, refeitórios e vestiários.
5.5
-
Área
de produção de arrozcomum:
6%
13%
37%
25%
19%
A
maior
parte dos produtores são pequenos proprietários,com
no
máximo
10hectares. Essa caracterização de
pequeno
proprietário favorece a piscicultura, pois a criaçãode peixes
ou
a rizipiscicultura exigeuma
grande quantidade diária detempo do
produtor.Se
o produtor tiver muitos hectares cultivados,não
consegue obteruma
homogeneidade
na produção enão
consegueacompanhar
diariamente o seu cultivo.A
vocaçãodo
município deTurvo
para a produção de arroz irrigado fazda
cidade omaior
produtor da região eum
dos maioresdo
Estado.Mas
além da
simples cultura, omunicípio agregou valor ao seu produto e industrializa praticamente toda a produção,
em
sete indústrias, entre elas
uma
cooperativa.A
Cooperativa Regional Agropecuária Sul Catarinense, Coopersulca,que
mantém
mais de 100 funcionários.A
cidadetambém
possui Luna fábrica de sementes. Para chegar auma
safra anual de quase70
mil toneladas funcionaainda toda
uma
estrutura paralela defomecimento
de implementos agrícolas, defensivos,adubos e milhares de litros de combustível,
que
movimentam
a economia.O
pulodo
gatodo
arrozem
Turvo
iniciou-sehá 20
anoscom
amudança
do
sistemade plantio, passando para 0 sistema pró-várzea,
com
lavouras totalmente irrigadas.O
sistema
deu
certo,melhorou
a produtividade,que
hoje chega a 7,300 quilos por5.6
-
Área
de produção de arroz orgânico:18%
18%
64%
}loa1,o
l1,1a2,o
|:|2,1 :_-13,0]São
em
grande parte áreas que variam de 1,1 a 2,0 hectares.A
agricultura orgânica éo
sistema de produçãoque
exclui o uso de fertilizantes sintéticosde alta solubilidade, agrotóxicos, reguladores de crescimento e aditivos para a alimentação
animal
compostos
sinteticamente. Baseia-seno
uso de estercos animais, rotação de culturas,adubação
verde,compostagem
e controle biológico de pragas e doenças.Busca
manter a5.7
-
Espécies cultivadas nas quadras:2%
14%
20%
6%
28%
°°I
Carpa
Comum
I
Carpa
Capim
El 1'|Iápia EICarpa
Prateada
I
Carpa Húngara
I
Curimbá
A
carpacapim (Ctenaphalyngodon
idella) éuma
espécie que se alimenta de vegetaissuperiores,
como
por exemplo, a plantado
arroz egramas
boiadeiras.A
carpacapim
é aresponsável pela eliminação da resteva e das ervas invasoras.
A
tilápia (Oreochromis
nilotícus) éum
peixe filtrador,porém
concentra suaação sobre
organismos fitoplanctônicos,
que
formam
a baseda
cadeia produtiva aquática.A
carpacomum
ou
húngara ( Cyprinus carpio variedade húngara) é a espéciesde
peixeque
revolve o solo à procura de insetos, organismosdo
lodo e sementes de invasoras. Por ter hábito onívoro, “engole” o lodo, separao
seu alimento e regurgita as sobras, realizando,assim, o trabalho de preparo
do
solo para asemeadura
dapróxima
safrado
arroz,sem
a5.8
-
Principais problemasna
propriedade: 19°/o%
8%
16%
11%
8%
8;/18%
I
Predação
por
pássaros
I
Roubos
EI Distância
da sede
ElQualidade
dos
alevinosI
Faltade
água
I
Preço
pago
pelo peixeI
Despesas de
adaptação das quadras
El Faltade
incentivoI
O
maior problema
das propriedades é a predação por pássaros e por outras aves.Oprodutor acaba gastando muito e
na
hora de despescar ele achaque
tem
muito peixe e acabadando
poucos quilos.É
importante ter presente que o descuidono
controleda
ação dos predadorespode
inviabilizar o sistema proposto. Deste
modo,
o ponto-chave para o sucesso darizipiscicultura
depende do
cuidadodo
produtorcom
estes predadores.Uma
técnicarecomendada
sugere que, ao final de cada ciclo (após a despesca), seja feita a desinfecçãodo
refúgiocom
cal virgem.Em
condições decampo,
observa-se que o índice normal demortalidade dos alevinos, desde a colocação até a despesca, é
da
ordem
de50%.
Muitos são os predadores que atacam os peixes, principalmente
na
fase inicial,quando
muçum
entre outros.Recomenda-se
a utilização de barreiras físicascomo
filtros nas entradas e saídas d”água.As
telas plásticas demalha
fina
são úteisna
entrada de canos dePVC.
No
caso de canais de terra que alimentam os quadros, recomenda-se filtrocom
britasgrossas.
O
segundomaior
problema
é o roubo efetuado pelos vizinhosou
por outras pessoas.O
furto é percebido
no
finaldo
cultivo assimcomo
a predação pelos pássaros.O
terceiroproblema
é a falta de incentivo, que gerauma
desestimulação nos produtores e os leva a desistirda
rizipiscicultura.Devido
à baixa profundidadeda água
e aopequeno
espaço oferecido aos peixes, aliadosàs condições de grandes variações ambientais, recomenda-se cuidado especial para evitar
grandes perdas, principalmente
em
decorrênciada
predação por aves (socós, garças,Martim
pescador, biguás, etc.) emamíferos
(lontras).(BOLL,2003)Outros problemas
também
foram citados pelos produtorescomo:
distânciada
sede,qualidade dos alevinos, falta de água, preço
pago
pelo peixe e as despesas de adaptação das quadras.5.9
-
Aspectos positivos e viabilidade:23%
33%
27%
17%
IAumento
na renda
da
propriedade
I
Vai
aumentar
a área
de
rim' pisciculturaD
Trabalho para toda
famfliaE|Ajuda no preparo
do
soloO
aumento
da renda na propriedade éum
aspecto muito positivo que estimula os produtores, poisalém do
arroz orgânico elesvendem
o peixe eeconomizam
nas horasmáquinas
eno
usode
herbicidas e inseticidas.A
rizipiscicultura gera renda eaumenta
o trabalhona
propriedade, prendendo oprodutor e toda a sua família
no
campo.A
rizipiscicultura éum
sistema indicado principalmente para pequenos emédios
produtores de arroz.
Uma
vezque
estes produtoresnão contam
com
o fator produçãoem
escala para reduzir seus custos de produção. Nestas condições, a rizipiscicultura apresenta-
5.10 -
Produtores
da
regiãode
Turvo
-
Santa
Catarina: 5. 10.1-
Hildo Scarabelot (46 anos):Foi
um
dos pioneirosda
produção orgânicana
região. Ele possuiuma
área total de15 hectares,
onde
3 hectares são de rizipiscicultura.Sua
propriedade émodelo na
região suldo
estado de Santa Catarina.Morador
da
Estrada GeralSão
Peregrino,na
Comunidade
São
Peregrino. Planta arroz, milho, feijão e banana.
Toda
produção de peixe da propriedade évendida para o frigorífico, apenas as carpas maiores são vendidas para o pesque-pague, pois
oferecem
um
melhor
preço ao produtor.A
maior reclamaçãodo
produtor é o preçopago
pelo frigorífico, que é muito baixo e isso dificulta a venda.
“O
preçodo
arroz esta muitobom
nesteano
e por issonão
estimula a produção de peixena
região.” diz Raul Scarabelot, iizipiscicultorhá
muitos anos.Foram
tiradas muitas fotos da propriedade,mas
a que maischamou
a atenção foiLuna fotol
onde
hmn
hectare de lâmina d”água estava completamente coberta de Azolla.Como
o climano
iníciodo
mês
de Setembro ainda estava muito fiio, as carpas nãoconseguiam
consumir todas as macrófitasda
água.Fomos
visitar a propriedade,no
mês
deNovembro, quando
a temperatura já havia subido muito, e depois de secapodemos
perceber que a quadra estava completamente limpa,sem nenhuma
planta. Foi ótimoperceber, o quanto o peixe trabalha
na
propriedade e o quanto torna o solo ricoem
pouco
tempo.O
arroz foi plantadoem
cima
da terra,sem
nenhum
uso de maquinário.A
água quehavia dentro
da
quadra de rizipiscicultura foi levada por gravidade para as outras quadrasde arroz
onde ficava
retida para feitilizar e assim diminuir os custoscom
adubação nasÁrea
de Rizipiscicultura coberta por Azolla:Data:18/09/2003
.&ê'.'»1;z-¿¬Í" ›..<1 1. _ _
Foto2:
Mesma
área, agora seca esem nenhuma
macrófita
Foto 3: Carpas que foram despescadas e vendidas para o pesque-pague:
l
1
5. 10.2
-
Sandro Cadorin:Presidente
da
Associação de Aqüicultoresdo
município de Turvo. Produtor de arroz,com uma
área total de 50 hectares de lâmina d°água, sendo 10 hectares de arroz orgânico e1,3 hectares de rizipiscicultura.
Toda
a sua produção é vendida para Coopersulca e os peixes são vendidos para Pesque-pague e para particulares.O
produtor acredita na viabilidadeda
rizipiscicultura,mas
deve ser feita peito da sededa propriedade, para
não
haver furtos nas quadras.O
Sr. Sandro Cadorin produz dois tiposde arroz orgânico:
com
o peixe ecom
os marrecos de pequin. Pela sua experiência de muitos anos,confirma
que o preparodo
solo e o controle das plantas invasoras só ébem
feito
no
sistemada
rizipiscicultura,ou
seja,com
o peixe fazendo a adubação e o controlebiológico.
“A
rizipiscicultura exige maior mão-de-obra dos funcionários,mas
garante maislucro para a propriedade,
além
de serum
ótimoadubo
para a água, quepode
ser utilizadaÁrea da
propriedadedo
Sr. Sandro CadorinData: 30/09/2003
Foto 2
Nesta foto
podemos
ver as plantas invasoras,como
o chapéu-de-couro, e0Foto3
Durante a despesca
podemos
perceber a qualidadeda
áreaadubada
pelo sistema de rizipiscicultura.5.10.3
-
Luiz Canever:Possui
uma
propriedadecom
18 hectares de lâmina d°água,com
1,5 hectares derizipiscicultura. Acredita
que
a rizipiscicultura éum
sistema viável,que dá
certomas
possuialguns problemas
na
sua propriedade,como
a falta d'água e as despesascom
a adaptaçãodas quadras de arroz, que possui
um
custo elevado, seguindo o produtor. “Pretendo ampliarno ano
quevem
mais 1 hectare de rizipiscicultura, e assimvou
continuar ampliando até atingir toda a propriedade.” diz Canever.Foto 1 :
A
foto mostra todo o trabalho dos peixesna
área de rizipiscicultura e mostratambém
que
o arroz já foisemeado
ecomeça
a germinar,sem
o uso de maquinário na quadra.6.
Comentários
eRecomendações:
Considero
que
para reverter o quadro etomar
a pisciculturaem
geral e arizipiscicultura
em
especialuma
atividade rentável, será necessário:1-.
A
Secretaria Estadual de Agricultura deverá instituirum
“Programa
Catarinensede Desenvolvimento
da
Rizipiscicultura” destinando esforços e recursos para omesmo.
2-
Um
órgão defomento
-
idealmente a Epagri~
deverá criarum
grupo de trabalhototalmente voltado para a atividade de:
- Pesquisa de novas tecnologias,
-
Desenvolvimento
de material instrucional,- Divulgação junto à cerealistas,
- Treinamento de extensionistas,
- Qualificação de rizicultores nas técnicas mais adequadas para a região,
3-
Amplo
programa
de parceria entre universidade egovemo
visando:- Preparação de profissionais, especialmente engenheiros de aqüicultura,
-
Programa
de estágio para aproveitamento dos universitários,-
Concurso
público visando contratação de profissionais qualificados paraafunção, incluindo os Engenheiros de Aqüicultura,
-
Desenvolvimento
de pesquisas para melhoria das técnicas e ampliar autilização dos subprodutos,
4-
Apoio
das Prefeituras dos municípios quetem
significativa produção de arrozque
deverão ter seus Secretários mmricipais treinados e preparados para formular o
5- Equacionar
o
apoio creditício aos produtores quenão
será muito dificiluma
vezque existem recursos e
um
convêniocom
um
dos bancos defomento
como
oBadesc
poderá facilitar o acessodo
produtor ao crédito,ficando
por conta dasAssociações Comerciais, Industriais e Agrícolas de cada município
ou
mesmo
da
Epagri o preenchimento dos
documentos
necessários para a obtençãodo
crédito,auxiliando efetivamente os produtores nesta burocracia,
6- Diferenciar para efeitos de análise por parte dos órgãos ambientais
da
rizicultura tradicionalcom
seus efeitos danoso sobre o ambienteda
atividade de rizipiscicultura quetem
impacto muitomenor
sobre o ambiente e facilitandoassim a liberação das licenças para os produtores que
produzem
de maneiraecologicamente mais responsável, '
7-
Fomentar
o surgimento de canais de comercializaçãomais adequados que deverá
ser conduzido pelas prefeituras municipais e que
devem
respeitar ascaracterísticas locais
podendo
ocorrer à implantação de abatedouros municipais, inclusão de peixena merenda
escolar,mais
exploração dos .pesque-pague,incentivos para a instalação de empresas que poderão explorar o pescado,
8-.
Fomentar
o surgimento de cerealistasque
sedediquem
ao arroz orgânico quealcança preços diferenciados e
ampla
aceitaçãono mercado
como
pode
verobservado
em
Revista Rural,Ano
V,número
25.Minha
conclusão é de que se, apenasuma
parte dasmedidas acima
elencadasforem
colocadasem
prática, teremosum
fantástico desenvolvimentoda
rizipiscicultura
em
nosso estado epoderemos
terem
poucos anosna
áreada
produção de pescado
um
segmento
bastante forte, aexemplo
de avicultura eEstarei distribuindo cópias
do
presente relatório para os órgãos citadosque
solicitaram cópias assim
como
para algumas prefeituras de municípios produtores dearroz
com
as quais tive contato e eventualmente para outras pessoas relacionadaspara buscar
um
maior incremento desta atividade quealém
denão
ser danosa paraomeio
ambiente, ajudará a diminuir a pressão sobre os estoques de pescado aindaexistentes nos rio e oceanos pela maior disponibilidade desta importante fonte de
.I
Íccâzurac
Í33
7. Conclusão:
A
rizipisciculturabem
aplicadaminimiza
os impactos aomeio
ambiente, porquealém
de economizarH
o
combustível usado pelo equipamento agrícola, desfavorece acompactação
e erosãodo
solo, responsáveis pelo seuempobrecimento
etambém,
pela poluição das águas superficiais e dos lençóis freáticos.O
usodo
trator é dispensado, vistoque o peixe fará todo o trabalho de revolvimento
do
solo e seus dejetos serão adubação dequalidade para o cultivo
do
arroz.A
rizipiscicultura reduz os custos de produçãodo
arroz, principalmenteno
que se refere ao preparo de solo para a safra seguinte, diminuindo o custocom
maquinário ecom
o uso de adubos químicos e herbicidas.O
peixeno
sistematem
um
efeitobenéfico
poisaduba
o solo e essa fertilizaçãofavorece a produção
do
arroz nas quadras.A
água quepermanece
nas quadras durante aentre safra serve de reserva de
água
para outras culturas e aindapode
ser usada nas outrasquadras para
adubação do
solo.O
peixe geraum
efeitobenéfico na
propriedade pois serve para o controle daspragas.
Possibilita
um
aumento
de10%
no
preçodo
arroz ecom
avenda do
peixeum
aumento da
renda de40%
na
propriedade.Possibilidade de
um
melhor
usoda
terra,com
a produção de arroz e peixe namesma
área.-A técnica
da
rizipiscicultura traz grandes vantagens à saúdehumana,
pelo fato de oEm
meu
trabalho fiquei frustrada pois, observeique
mesmo
no
lugarem
nossoestado
em
que a rizipisciculturatem
a sua maior popularização, sua difiisão ainda é muitorestrita e apresenta muito
campo
para ser desenvolvida.As
técnicasempregadas não
são equivocadas mas, aindapennitem
um
grande espaço para melhorias,A
difusão entre os produtores das melhores técnicas ainda é bastante deficiente,A
cadeia de comercialização dos produtos obtidos ainda é bastante deficiente eprecisa ser
melhor
equacionada para que possa haver ganhos maiores,A
quantidade de estudos teóricos ainda é muito limitada e a literatura disponível é limitada e precisa ser adaptada à cultura dos produtores,Persiste muita
desconfiança
dos produtoresque
sópode
seradequadamente
solucionada
com
o
maior treinamento dos extensionistasque
possuem
credibilidade junto8. Bibliografia Consultada:
BOLL,
M.G.
Estudo bíoeconômícoda produção de
peixesem
polícultivo. 1994. 168p. Tese(Mestrado
em
Aqüicultura). Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis,SC.
BOLL,
M.G.;SATO,G.;
ISI-IIY,T.;ROCZANSKI,M.;
SILVEIRA,S.
Rizipisciculturaem
Santa Catarina:
uma
alternativapara a produção
sustentável de alimentos. In:SIMPÓSIO BRASILEIRO
DE
AQUICULTURA,
9., 1996, Sete Lagoas,M.G.
Resumos...Sete Lagoas: Abraq, 1996.p. 151.
CARTILHA
de rizipiscicultura. Brasília: Ministérioda
Agricultura, 1987.EPAGRI.
A
culturado
arroz irrigado pré-germínado. Florianópolis, 2002. 273p.KUBITZA,
Femando.
Tilápia: tecnologia e planejamentona
produção comercial. Jundiaí:F, Kubitza, 2000. 285p..:il.
MORAES
FILHO,
M.B. Noções
de rizzpiscícultura. Piassununga, SP: Cerla, 1983.23p.PERIN,
L.C. Rizipiscicultura; unidades demonstratívas. In:CURSO
deAprimoramento
Técnico
em
Aquacultura. Camboriú: Acarpesc, 1985. 18p. Datilografado.PINHEIRO,
J.L.P.;SEIXAS,
Z.P.O.Manual
do
rizipiscicultor. Brasília: Codevasf, 1984. 47p.REVISTA
GLOBO
RURAL,
Editora Escala- Ano
V
-N°25
- Página 18.RIBEIRO,
ElizeteMaria
Possamai. Rizipiscicultura: lucro para o agricultor,ganho
para omeio
ambiente. Florianópolis, 2001.233f. Dissertação (Mestradoem
Engenharia deProdução)
-
Programa
de Pós-Graduaçãoem
Engenharia de Produção,UFSC,
2001.Municipio:
Turvo-SC
Data:
25 de
Setembro
de
2003
Resumo
dosPontos
negativos:-
O
frigorífico encontra-seme
dificuldades para obtenção depeixes, tanto tilápias
como
carpas.Mas
não
foi feitonenhum
trabalho para incentivar os produtores a produzirempeixes. Por isso
há
uma
sazonalidade euma
heterogeneidadena
produção.-
A
nova
embalagem
do
caldo de peixe não permite a visualizaçãodo
produto,
dificultando para
o
novo consumidor
a visualizaçãodo
que ele irá consumir.A
visão éum
órgão muito importante, que estimula o apetite e a gula
do
consumidor.Se
o produto seapresenta de
forma
atrativa, oconsumidor
não terá- dúvidasna
hora de levar o produto paracasa. _
-
A
cozinha estámal
dimensionada,o
fogão não consegue atendera
quantidadede
caldo
que
amáquina
embala, faltatambém
um
sistema quebombeasse
o caldo deum
recipiente metálico grande
(como
um
tanque) direto para a envasadora, evitando a trânsitode pessoas
com
panelas pela cozinha, gerandomenos
acidentes e perdas de tempo.-
A
estrada de acesso ao frigorífico é de péssima qualidade, gerando muito atraso edificuldades
no escoamento da
produção.-
Apesar do
marketingdo
arroz ser muito grande, sinto que o peixe nãotem
tantadivulgação quanto
sena
necessária. Precisaria deum
trabalho maiorcom
escolas ecom
acomunidade, e incentivar
o
consumo
entre as crianças e os idosos (classesque
precisam demaior
atençãocom
a alimentação).O
preçodo
caldo edo
peixe deveria ser reduzido paraseus pais a
comprarem
o caldo e o peixe. '-
Vender o
couro da tilápia parauma
empresa
especializadaem
tingimento,onde
ocouro seria processado e poderia virar
um
artigo de luxo, agregandomais
valor eaumentando
a renda de pequenos curtumes.Gerando
também
para o frigoríficoum
aumento na
renda.-
Comprar
uma
despolpadeira, para aproveitarmelhor
a carcaça.A
polpado
peixepode
ser utilizadano
caldoou
em
outros produtos.Da
cabeça, das nadadeiras e dosespinhos,
pode
ser feita urna farinha de osso, deboa
qualidade, quepode
ser vendida parafábricas de ração, voltando
como
alimento para os próprios peixes.- Contratar
um
profissional qualificado,que
possa desenvolver novos produtos eque
façaum
melhor
marketing dos produtos já feitos pela Coopersulca.- Fazer
um
trabalho junto aos produtores para que elescomecem
a produzir maispeixes
na
região, assim, teriam peixes todos osmeses do
ano. Incentivar a produçãocom
o“sistema de aviários”, assim
o
produtor teria certeza davenda do
seu produto e o frigorífico-
A
higienedo
local é muitoboa
e os funcionários respeitam asnormas
de segurança.-
Os
produtos são conservados eembalados
com
controle de segurançaadequado
e dentrodas
normas
sanitárias.-
A
Coopersulca conseguiu abrirum
novo
mercado,que
ainda não é exploradono
estadode
Santa Catarina, o
mercado do
peixe fresco, que possuiboa
aceitaçãono mercado
Paranaense,
em
Cmitiba.Os
filés são apenas filetadosem
seguida são embalados eresfriados prontos para irem direto para o
mercado
consumidor.-
Possuem
diversidade de produtos para o preparo de vários pratos diferentes, auxiliando asdonas de casa
no
seu dia-a-dia.-