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V. Demonstrações Financeiras Consolidadas 1. Demonstrações Financeiras Consolidadas Relatórios de Auditoria 216

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1. Perfil Estratégico do Grupo 6 2. Indicadores Financeiros e Operacionais do Grupo 11 3. Órgãos Sociais 15 4. Estrutura de Negócios e Estrutura Societária 17 5. Estrutura de Gestão 19

II. Governo da Sociedade

1. Declaração de Cumprimento 22 2. Divulgação de Informação 23 3. Exercício de Direito de Voto e Representação de Accionistas 46 4. Regras Societárias 48 5. Órgão de Administração 49 III. Relatório Consolidado de Gestão

1. Factos Relevantes do Ano 59 2. Enquadramento Macro-Económico Internacional 61 3. Enquadramento Sectorial Internacional 63 4. Portugal 65 5. Polónia 67 6. Síntese da Actividade Consolidada do Ano 69 7. Distribuição Alimentar - Portugal 79 8. Distribuição Alimentar - Polónia 95 9. Indústria 99 10. Serviços de Marketing, Representações e Restauração 105 11. Recursos Humanos 108 12. Simplificação de Processos de Gestão Interna 109

13. Programa de Investimentos do Grupo 111

14. Perspectivas para 2007 114 15. Factos Subsequentes 123 16. Proposta de Aplicação de Resultados 124 17. Anexo ao Relatório Consolidado de Gestão 125 18. Glossário Financeiro 127

19. Contactos 129 IV. Responsabilidade Social

1. Factos Relevantes do Ano 131 2. Jerónimo Martins e a Responsabilidade Social 133 3. Ética Empresarial 134 4. Recursos Humanos 135 5. Qualidade e Segurança Alimentar 144 6. Gestão Ambiental 152 7. Mecenato 164 8. Perguntas mais Frequentes 172 V. Demonstrações Financeiras Consolidadas

1. Demonstrações Financeiras Consolidadas 179 2. Relatórios de Auditoria 216 VI. Relatório e Contas Individual

1. Relatório de Gestão 221 2. Demonstrações Financeiras Individuais 231 3. Relatórios de Auditoria 261

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MENSAGEM DO PRESIDENTE

Aos nossos Accionistas

O ano de 2006 foi marcado pela eleição de um novo Presidente da República, a recuperação da economia europeia e um bom desempenho do mercado de capitais em Portugal, animado pelas OPA’s no sector das comunicações e da banca. No entanto, salienta-se, paralelamente, a continuação da crise energética, com o agravamento dos preços da electricidade e dos combustíveis, que gerou um grande impacto no aumento dos custos operacionais do Grupo, em particular na área de logística.

Apesar disso, em Jerónimo Martins, o ano de 2006 destaca-se pelo dinamismo do Grupo, quer em Portugal quer na Polónia. Este pôde ser verificado em todas as suas áreas de negócio, mas com particular incidência na área da distribuição, sendo confirmado por um volume de negócios que atingiu os 4,4 mil milhões de euros, representando um crescimento de 15,1% relativamente ao ano anterior, influenciado decisivamente pelas cadeias de Retalho. Estes resultados confirmam o êxito das estratégias delineadas e a preferência dos consumidores pelas Insígnias de Jerónimo Martins.

Expoentes máximos deste dinamismo são as Insígnias Pingo Doce e Biedronka. Mantendo a sua estratégia de contínuo investimento em preço, o sucesso do Pingo Doce comprova-se pelo valor de vendas alcançado, 968 milhões de euros, o qual representa um crescimento de 13,4% sobre o ano anterior. Atendendo a uma comparação de vendas like-for-like, o crescimento regista a notável marca de 11,2%. Esta Insígnia apostou ainda na expansão, com a abertura de 10 novas lojas e 25 remodelações.

A Biedronka, na prossecução da sua estratégia de forte expansão orgânica, neste ano de 2006, atinge um marco de abertura de mais de 100 lojas, complementando esse plano de expansão com a remodelação de outras 57. O seu volume de vendas fixou-se nos 1,7 mil milhões de euros, apresentando um crescimento sobre o ano transacto de 27,3%, com um like-for-like de 11,8%, o que representa já cerca de 38,9% do volume de vendas consolidadas do Grupo.

Ao permanecer fiel ao seu compromisso de liderar o mercado de retalho na Polónia, a expansão de Biedronka ficou também marcada pela inauguração, no mês de Outubro em Tarnów no sudeste da Polónia, do seu sexto Centro de Distribuição, representando a criação de mais uma região com toda a sua estrutura de apoio; e no mês de Novembro em Gdansk, da nongentésima loja Biedronka. A Jerónimo Martins Dystrybucja, S.A. emprega, hoje, mais de quinze mil colaboradores por todo o País, opera 905 estabelecimentos, satisfaz mais de 421 milhões de actos de compra e está classificada em 22º lugar no ranking das maiores empresas polacas.

O sucesso destas duas Insígnias está baseado, igualmente, num forte desenvolvimento de produtos de Marca Própria, de alta qualidade, rigorosamente seleccionados e controlados. Atributos, que aliados à procura constante pela inovação, se transformam em factor de diferenciação junto dos nossos consumidores. Em Portugal, a preferência dada pelos clientes às nossas Marcas, elevou Pingo Doce para uma quota de 33% das vendas, com um crescimento de 38% face a 2005. Na Polónia, as Marcas da cadeia Biedronka atingiram uma quota de 60%, com uma evolução de 22,5%. É pois numa estratégia de diferenciação que Jerónimo Martins continuará a apostar no desenvolvimento das suas Marcas, criando nestas uma identidade clara e

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reconhecida pelo consumidor, para permitir que este as valorize como uma opção de qualidade, devendo ocupar um lugar de relevo na hora da sua decisão.

Na área da Indústria, foi um ano de continuidade, na aposta em inovação e no forte suporte de marketing às principais Marcas, possibilitando a consolidação das quotas de mercado, apesar da crescente pressão concorrencial. No ano em análise, o Grupo procedeu ao desinvestimento no sector dos Ultracongelados, ao acompanhar a decisão do parceiro Unilever de alienar esta área de negócio. Foi, igualmente, o ano da conclusão do Projecto Unify, resultando na integração, numa única estrutura, das três existentes, que culminou com a fusão formal das Companhias detidas pelos dois parceiros, com efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2007, e na criação de uma só Companhia, Unilever Jerónimo Martins, Lda., conduzindo a um ajuste das participações de Jerónimo Martins e Unilever para 45%/55%, respectivamente, da Companhia unificada.

Tal como no desenvolvimento dos seus negócios, Jerónimo Martins aposta na inovação e dinamismo na aplicação prática da sua política de Responsabilidade Social, participando no desenvolvimento do País e da sociedade onde está inserido. Das diversas iniciativas que foram levadas à prática, no ano de 2006, pode-se destacar dois casos exemplares que resultam num apoio efectivo ao desenvolvimento das gerações mais novas.

Na Polónia, através da sua Insígnia Biedronka, Jerónimo Martins investiu num programa cujo objectivo é o combate à má nutrição infantil. Assim, em associação com a Danone, a empresa polaca Lubella e o Instituto da Mãe e da Criança polaco, procedeu-se ao lançamento do primeiro produto socialmente responsável. Este produto contém as componentes vitamínicas e minerais essenciais para o saudável desenvolvimento das crianças.

Em Portugal, a aposta nas novas gerações foi desenvolvida com a criação, juntamente com mais treze empresas, da “Associação Aprender a Empreender”, a filial portuguesa da JA-YE Europe, associação portuguesa sem fins lucrativos que tem como objectivo promover os valores de responsabilidade e empreendedorismo junto das crianças e dos jovens, estando envolvidos, como voluntários, cerca de 50 quadros do Grupo em 17 escolas secundárias, atingindo-se mais de 900 alunos, neste ano de 2006.

O ano de 2007 representará o início de um novo ciclo de crescimento, fundamentado num ambicioso plano de investimentos no montante de 1.000 milhões de euros para os próximos três anos. É esta a ambição que suporta a vontade de sermos cada vez melhores e maiores nos mercados em que estamos presentes.

Ambição que vejo reflectida na atitude dos nossos colaboradores, a quem não posso deixar de agradecer o profissionalismo e a dedicação, e dos nossos Accionistas que, estou certo, continuarão a apoiar o projecto de Jerónimo Martins.

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I. Introdução

1. Perfil Estratégico do Grupo 6 2. Indicadores Financeiros e Operacionais do Grupo 11 3. Órgãos Sociais 15 4. Estrutura de Negócios e Estrutura Societária 17 4.1. Estrutura de Negócio 17 4.2. Síntese da Estrutura Societária do Grupo 18

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1. PERFIL ESTRATÉGICO DO GRUPO

Jerónimo Martins é um Grupo português de dimensão relevante, que registou, em 2006, uma facturação de 4,4 mil milhões de euros, empregando 34.675 colaboradores e no qual a área internacional representa cerca de 39% das vendas e 45% dos colaboradores. O Grupo detém um portefólio de negócios equilibrado, que conjuga a força das posições de mercado das operações de Retalho e Grosso, em Portugal, com o potencial de crescimento da operação da Biedronka, no mercado polaco, e com a maturidade e capacidade de libertação de cash flow proporcionadas pelos activos industriais da parceria com a Unilever em Portugal.

Na Distribuição Alimentar em Portugal, o Grupo ocupa, em termos agregados, a posição de liderança, operando com as Insígnias Pingo Doce (189 supermercados em Portugal Continental e 13 supermercados na Madeira), Feira Nova (nove hipermercados e 29 mini-hipers) e Recheio (31 Cash & Carries e duas plataformas de Food Service em Portugal Continental e duas lojas na Madeira), sendo o primeiro operador do mercado nos segmentos de supermercados e de Cash & Carries.

Na Polónia, a Biedronka, cadeia de lojas com um sortido de bens alimentares com qualidade e uma prática constante de preços baixos, é líder destacada no seu formato, com vantagem clara sobre os seus concorrentes em número de lojas e notoriedade da Marca. Em 2006, a Insígnia ultrapassou os 421 milhões de actos de compra e os 1,7 mil milhões de euros de facturação, detendo 905 lojas no final do ano.

Jerónimo Martins é também o maior Grupo industrial de bens de grande consumo em Portugal, através da sua parceria com a Unilever nas empresas FimaVG (Produtos Alimentares), LeverElida (Higiene Pessoal e Doméstica) e IgloOlá (Gelados), detendo posições de liderança nos mercados de Azeite, Margarinas, Ice Tea, Gelados e Detergentes Para Roupa, entre outros.

O portefólio do Grupo inclui, ainda, uma área de negócio vocacionada para Serviços de Marketing, Representações e Restauração, em que se incluem:

ƒ Jerónimo Martins Distribuição de Produtos de Consumo que representa em Portugal marcas internacionais, algumas ocupando posições de liderança na área alimentar de grande consumo e de Food Service (neste caso, através da Caterplus, que comercializa e distribui produtos específicos para este mercado), na de cosmética selectiva e na de cosmética de grande consumo (através da PGJM, resultante de uma joint-venture com o Grupo Puig);

ƒ A cadeia de Retalho Especializado Hussel com 21 lojas para comercialização de chocolates e confeitaria;

ƒ Jerónimo Martins Restauração e Serviços que se dedica ao desenvolvimento de projectos no sector da Restauração e que inclui a cadeia de quiosques de café Jeronymo, as geladarias Ben & Jerry’s e Olá e as lojas Subway, que oferecem alternativas mais saudáveis para uma refeição ligeira (sanduíches e saladas confeccionadas ao momento, segundo o conceito eat fresh - "prove frescura").

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Etapas Históricas

1792 – Abertura, por Jerónimo Martins, de uma mercearia de qualidade no Chiado.

1944 – Arranque da Fábrica Fima (indústria dedicada à produção de óleos

alimentares).

1949 - 1970 – Estabelecimento de uma parceria com a Unilever, em Portugal, para o

desenvolvimento de know-how industrial e do mercado de bens de grande consumo, tendo começado pela Fima e alargando-se, posteriormente, à Lever (Sabão e Detergentes), à Olá (Gelados) e à Iglo (Congelados).

1980 - 1995 - Forte aposta no sector da Distribuição Alimentar de bens de grande consumo (supermercados Pingo Doce; hipermercados Feira Nova; expansão do Pingo Doce para a Madeira, com a Lidosol; Cash & Carries Recheio; e Serviços de Marketing e Representações, com a JMD) e no Retalho Especializado (Hussel- lojas de chocolates e confeitaria), através de crescimento orgânico e de aquisições, e com o apoio de parcerias estratégicas (com a Delhaize, para o Pingo Doce; depois com a Ahold, a suceder à Delhaize e acompanhando Jerónimo Martins no negócio dos hipermercados; com a Booker, para o Recheio; e com a Douglas, para a Hussel).

1989 – Entrada em Bolsa, apresentando, de forma consistente e durante uma década,

significativas capitalizações bolsistas.

1995 – 2000 - Internacionalização para a Polónia (Cash & Carries Eurocash, lojas

Biedronka e hipermercados Jumbo), Brasil (supermercados Sé) e Inglaterra (cadeia de artigos de desporto Lillywhites).

Diversificação do portefólio de negócios, com entrada na Banca de Retalho, em parceria com o BCP (Expresso Atlântico), e participação no sector das Telecomunicações (Oniway).

Entrada no negócio das Águas e Turismo com a aquisição da VMPS.

2001-2002 - Reestruturação financeira, com alienação dos negócios fora do âmbito

da actividade central, redução do risco e do nível de endividamento; e reestruturação operacional com vista a maximizar a escala e as sinergias de Grupo, simplificar processos, reduzir custos e, simultaneamente, focar as unidades operacionais na dinâmica comercial dos seus segmentos.

2003 – Regresso aos lucros, prosseguindo a dinâmica de gestão.

2004-2005 – Consolidação do processo de reestruturação e refocagem na excelência

operacional, com simplificação e optimização de processos, criação de equipas multidisciplinares e agilização da Organização. Aposta na Formação de Quadros e Não-Quadros e criação da Escola de Formação Jerónimo Martins.

2006 – Regresso à expansão em Portugal, com a abertura de 10 lojas Pingo Doce e 9 lojas Feira Nova de média dimensão, e continuidade no plano de crescimento na Polónia com a abertura de 116 lojas.

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A Continuidade de uma Cultura de Pioneirismo

Em termos de mercado, o Grupo avançou com iniciativas inovadoras, tendo lançado Marcas Próprias transversais às Insígnias de Retalho Alimentar, com o objectivo de maximizar a escala e a oferta, e alargado significativamente o sortido de produtos Perecíveis seleccionados, controlados na origem e identificados com o selo da Insígnia como garantia de Qualidade e Segurança Alimentar.

Jerónimo Martins, pioneiro na vida empresarial portuguesa em vários campos, destaca-se ainda, entre outros aspectos, por ter sido a primeira empresa de Distribuição Alimentar em Portugal:

ƒ A adoptar os International Accounting Standards/International Financial Reporting Standards (IAS/IFRS), em 2000;

ƒ A arrancar com uma plataforma de Food Service no Porto, em 2002;

ƒ A implementar uma plataforma business to business (B2B) no relacionamento com os fornecedores, em 2004;

ƒ A obter, no final de 2005, da Associação Portuguesa de Certificação (APCER), a Certificação do Sistema de Gestão de Segurança Alimentar HACCP - Hazard Analysis Critical Control Point (DS 3027E: 2002) e do Sistema de Gestão Ambiental (NP EN ISO 14001: 2004), posicionando os armazéns da Gestiretalho como os primeiros em Portugal, no sector da distribuição alimentar, a conseguir este duplo reconhecimento;

ƒ A ver reconhecidas 19 lojas Recheio e as suas duas plataformas de Food Service com Certificações em Segurança Alimentar - certificação do sistema HACCP, segundo o Codex Alimentarius CAC/RCP-1-1969, Rev.4 (2003) -, passando a ser a primeira cadeia de Distribuição grossista em Portugal a obter uma certificação multisite em HACCP.

Ainda em 2005, o Grupo deu mais um passo verdadeiramente inovador no universo da Distribuição Portuguesa, ao lançar o Provedor do Cliente Jerónimo Martins.

Na Polónia, conscientes da magnitude do problema que a má nutrição representa na sociedade Polaca, a Biedronka juntamente com a Danone, a Lubella e o Instituto da Mãe e da Criança Polaco, estabeleceram, em 2006, uma parceria totalmente inédita, que visa ajudar a combater o problema da má nutrição infantil e juvenil, através do lançamento de um produto socialmente responsável. Milk Start surge, assim, como o primeiro produto a ser desenvolvido com base num exigente perfil nutricional e sob a supervisão de um Instituto independente (Instituto da Mãe e da Criança Polaco).

Missão

Jerónimo Martins é um Grupo com projecção internacional que actua no ramo alimentar, nos sectores da Distribuição e da Indústria, visando satisfazer os legítimos interesses dos seus Accionistas e contribuindo para o crescimento económico e para o desenvolvimento sustentado das regiões onde opera.

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No quadro da sua missão, são objectivos do Grupo:

ƒ Promover a máxima eficiência operacional em todas as áreas de negócio, no sentido de optimizar os resultados gerados pelos seus recursos financeiros, materiais e humanos;

ƒ Assegurar a lealdade e a máxima satisfação dos seus clientes, melhorando a sua qualidade de vida através de um firme compromisso em matéria de inovação e pela oferta da melhor proposta de valor em termos de qualidade-preço dos produtos e serviços disponibilizados;

ƒ Pautar a actuação de toda a Organização pelos mais elevados padrões de

comportamento e de Responsabilidade Social, construindo relações de

confiança com todos os seus stakeholders;

ƒ Conduzir os negócios através de Organizações dinâmicas e flexíveis, dotadas de capital humano que saiba aliar a experiência e o conhecimento acumulados à necessidade permanente de mudança, apostando na formação contínua e em práticas de gestão actuais, que garantam o alinhamento da Organização em torno dos desafios estratégicos e das actividades verdadeiramente geradoras de valor.

Identidade

Sendo há muito uma referência no seu sector de actividade e no mercado em geral, Jerónimo Martins tem uma história de mais de 214 anos, construída sobre uma enorme diversidade de acontecimentos, experiências e aprendizagens, que confere ao Grupo a solidez e a capacidade de renovação, espelhadas na força e vitalidade por que é reconhecido.

A renovação da identidade visual de Jerónimo Martins, concretizada em 2004, traduz e simboliza a profunda mudança que se tem vindo a operar no Grupo. Esta identidade visual renovada consubstancia a nova realidade de Jerónimo Martins e os três valores centrais à sua cultura e forma de estar no mercado:

O Rigor da Gestão, que garante...

ƒ A análise adequada das tendências macroeconómicas, sectoriais e de mercado; ƒ A definição das prioridades estratégicas;

ƒ O estabelecimento e a comunicação de objectivos claros e exigentes; ƒ O adequado controlo e a correcta avaliação crítica dos resultados. A Inovação Permanente, que incentiva...

ƒ O pioneirismo em processos e práticas de gestão; ƒ O dinamismo e a liderança no mercado.

A Transparência das Políticas, que promove...

ƒ A defesa prioritária dos interesses dos Accionistas;

ƒ A conduta ética da Organização em relação a todos os seus stakeholders; ƒ A avaliação objectiva dos colaboradores quanto aos respectivos desempenho e

desenvolvimento profissionais;

ƒ A Responsabilidade Social como opção estratégica;

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Jerónimo Martins é, hoje, um Grupo sólido e coeso, com uma visão clara e uma Organização orientada para a excelência profissional, preparado para construir mais uma etapa da sua já longa história, rumo a um futuro estável, sólido e duradouro.

Prioridades Estratégicas

No desenvolvimento da sua estratégia, o Grupo Jerónimo Martins assume um compromisso claro com o crescimento sólido e rentável, focando a sua actividade de gestão na criação de valor sustentável no curto, no médio e no longo-prazo, garantindo sólidas posições de liderança de mercado no conjunto dos actuais activos, bem como, assegurando a contínua preparação do crescimento futuro do Grupo através da exploração e experimentação ponderadas de novas oportunidades de negócio visando a expansão da actual carteira de activos.

A definição de objectivos anuais ambiciosos, exigentes, mas simultaneamente, exequíveis, a par de planos de desenvolvimento que acomodam as contingências e as perspectivas futuras dos mercados e capitalizam a experiência acumulada, são a chave para a contínua criação de valor para os Accionistas do Grupo Jerónimo Martins e para os seus stakeholders em geral.

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2. INDICADORES FINANCEIROS E OPERACIONAIS DO

GRUPO

2006 2005 ∆ % €’ 000.000 Distribuição Portugal 2.421 2.222 9,0% Distribuição Polónia 1.715 1.348 27,3% Indústria, Serviços e Outros 271 259 4,9%

Vendas Consolidadas 4.407 3.828 15,1% 2.106 2.153 2.170 2.222 2.421 1.485 982 1.715 1.348 1.065 270 282 271 259 259 0 500 1.000 1.500 2.000 2.500 3.000 3.500 4.000 4.500 5.000 2002* 2003* 2004 2005 2006

Distribuição Portugal Distribuição Polónia Indústria, Serviços e Outros €' 000.000

Vendas & Serviços

* inlui vendas de negócios entretanto alienados

1.453 1.180 1.160 1.249 1.358 0 200 400 600 800 1.000 1.200 1.400 1.600 2002 2003 2004 2005 2006 0% 2% 4% 6% 8% 10% 12% 14% 16% 18% 20%

Cap. Inv. Médio Margem EBITA ROIC €' 000.000 Pre-Tax ROIC 3.861 3.417 3.495 3.828 4.407 3,6% 5,5% 5,9% 5,4% 4,8% 6,8% 8,5% 8,7% 8,1% 7,2% 0 500 1.000 1.500 2.000 2.500 3.000 3.500 4.000 4.500 5.000 2002 2003 2004 2005 2006 0% 1% 2% 3% 4% 5% 6% 7% 8% 9% 10%

Vendas & Serviços Margem EBITDA Margem EBITA Margem EBITDA e EBITA

€' 000.000

* excluindo Sé, Lillywhites, Jumbo, JM&M e Eurocash mas incluindo Bakery e Diversey alienados em 2002 4.407 3.300 3.372 3.495 3.828 8,6% 8,7% 8,1% 5,6% 5,7% 5,9% 5,4% 4,8% 8,9% 7,2% 0 500 1.000 1.500 2.000 2.500 3.000 3.500 4.000 4.500 2002 2003 2004 2005 2006 0% 1% 2% 3% 4% 5% 6% 7% 8% 9% 10%

Vendas & Serviços Margem EBITDA Margem EBITA Margem EBITDA e EBITA

Comparável* €' 000.000

Pre-Tax ROIC Comparável*

1.249 1.358 1.160 1.190 1.169 0 200 400 600 800 1.000 1.200 1.400 1.600 1.800 2.000 2002 2003 2004 2005 2006 0% 2% 4% 6% 8% 10% 12% 14% 16% 18% 20%

Cap. Inv. Médio Margem EBITA ROIC

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2006 2005

Capital Investido 1.273,5 1.167,8

Dívida financeira * 679,6 707,9

(Títulos negociáveis e Depósitos Bancários) -173,4 -210,5

Dívida Líquida 506,2 497,4

Interesses minoritários 275,4 250,8

Fundos próprios 491,9 419,8

Fundos Próprios 767,3 670,6

Gearing 66,0% 74,2%

Cobertura de encargos financeiros 5,00 4,50

* incluí nd o leasing s e juro s em B alanço e o p eraçõ es d e co b ert ura €' 000.000 Ba lanço Consolida do Número de Colaboradores 178 23 1703 1 17281 19184 1264 3 100 45 1188 3 1347 2 15 491 18 079 0 5000 10000 15000 20000 25000 2002 2003 2004 2005 2006 Portugal Polónia 715 612 497 506 837 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 2002 2003 2004 2005 2006 0% 50% 100% 150% 200% 250% 300% 350%

Dívida Dívida/EBITDA Gearing

Dívida Líquida €' 000.000 -184 82 131 146 151 168 223 247 247 258 -205 -155 -105 -55 -5 45 95 145 195 245 295 2002 2003 2004 2005 2006

Resultado Líquido Cash Flow * Resultado Líquido e Cash Flow

€' 000.000

* Antes de interesses minoritários.

2 0 0 6 2 0 0 5

R es. Líquido JM 116,2 110,4

C ash F lo w 258,0 247,0

N º acçõ es o rdinárias 125.858.644 125.858.644

N º acçõ es pró prias 171.800 171.800

Valo res po r A cção (€)

R esultado Líquido 0,92 0,88

C ash F lo w 2,05 1,96

C o tação (final ano ) 17,00 12,70

€' 000.000

2006 2005 Nº Colaboradores

Final ano 34.675 30.753

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2006 2005 2004 2003 2002 Pingo Doce 189 179 178 177 179 m2 161.279 149.158 146.089 145.869 146.149 Feira Nova 38 29 28 25 24 m2 150.189 130.684 128.317 122.907 113.173 Madeira 15 15 14 15 15 m2 13.697 13.697 11.982 11.463 11.463 Recheio 33 32 32 31 32 m2 110.005 107.202 107.202 104.524 104.854 Biedronka 905 805 725 672 638 m2 452.952 394.536 348.751 317.942 298.080

Número de lojas e área de venda

5, 4 5,9 8, 4 5, 4 12 ,0 5, 5 5, 6 8, 6 5, 7 13 ,4 5,6 5,3 8,7 5, 5 14 ,5 5, 8 5, 4 8, 0 5, 4 14, 9 6, 4 5, 4 8, 2 5, 5 16 ,1 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18

Pingo Doce Feira Nova Madeira Recheio Biedronka

2002 2003 2004 2005 2006 Vendas / m2 Moeda Local ('000) 78 2 66 1 96 568 92 5 66 0 98 59 5 92 5 66 2 102 592 1. 05 9 85 3 68 5 10 5 57 8 1.34 8 968 74 0 111 60 2 1 .715 79 8 810 0 200 400 600 800 1.000 1.200 1.400 1.600 1.800 2.000

Pingo Doce Feira Nova Madeira Recheio Biedronka

2002 2003 2004 2005 2006 Vendas €' 000,000 11 ,1 % 6, 5% 9, 7% 3, 6% 10, 1% 7, 5% 7,8% 4, 4% 10 ,4 % 7, 5 % 8, 5% 4, 9% 9, 7% 6, 7 % 8, 0% 5, 1 % 8, 2 % 6, 0% 5, 5% 5, 3% 0,0% 2,0% 4,0% 6,0% 8,0% 10,0% 12,0%

Retalho Cash & Carry Madeira Biedronka

2002 2003 2004 2005 2006

Margem EBITDA % das Vendas

(14)

Part icip ação Con solid ação 06 05 % 06 05 Supermercados (Líder) 51% I 967,6 853,4 13,4% 189 161.279 6,4 11,2% 8,2% 9,7% Hipermercados (3º operador) 51% I 739,7 685,0 8,0% 38 150.189 5,4 -0,3%

Cash & Carry (Líder) 100% I 602,2 578,2 4,1% 6,0% 6,7% 33 110.005 5,5 3,6%

(Lidosol) Supermercados 13 10.319 8,0 4,9%

75,5% I 111,1 105,1 5,7% 5,5% 8,0%

(J.G.Camacho) Cash & Carry 2 3.378 8,6 1,6%

Margarina, Azeite, Óleos alimetares, 51% P Chá gelado e Caldos Knorr

Higiene Doméstica e Higiene Pessoal 40% P

Gelados 26% P

Serviços de Marketing, Representação e 100% I

Restauração

Chocolates e Confeitaria 51% I

4.407,2 3.828,2 15,1% 7,2% 8,1% * em milhares (moeda local) I - Integral

P - Proporcional CONSOLIDADO 327,7 310,3 5,6% I 1.715,5 1.347,9 27,3% 14,2% 14,2% 16,1 11,8% 5,3% 5,1% 905 452.952 Portugal Continental Portugal Madeira Polónia Portugal

Vendas (Mil. Euros) Margem EBITDA lojas Nº 06 Área vendas (m2) 06 Vendas/ m2 * 06 LFL  % 06/05

Lojas alimentares (Líder)

D I S T R I B U I Ç Ã O A L I M E N T A I N D Ú S T R I A 100% Part icip ação Con solid ação 06 05 % 06 05 Supermercados (Líder) 51% I 967,6 853,4 13,4% 189 161.279 6,4 11,2% 8,2% 9,7% Hipermercados (3º operador) 51% I 739,7 685,0 8,0% 38 150.189 5,4 -0,3%

Cash & Carry (Líder) 100% I 602,2 578,2 4,1% 6,0% 6,7% 33 110.005 5,5 3,6%

(Lidosol) Supermercados 13 10.319 8,0 4,9%

75,5% I 111,1 105,1 5,7% 5,5% 8,0%

(J.G.Camacho) Cash & Carry 2 3.378 8,6 1,6%

Margarina, Azeite, Óleos alimetares, 51% P Chá gelado e Caldos Knorr

Higiene Doméstica e Higiene Pessoal 40% P

Gelados 26% P

Serviços de Marketing, Representação e 100% I

Restauração

Chocolates e Confeitaria 51% I

4.407,2 3.828,2 15,1% 7,2% 8,1% * em milhares (moeda local) I - Integral

P - Proporcional CONSOLIDADO 327,7 310,3 5,6% I 1.715,5 1.347,9 27,3% 14,2% 14,2% 16,1 11,8% 5,3% 5,1% 905 452.952 Portugal Continental Portugal Madeira Polónia Portugal

Vendas (Mil. Euros) Margem EBITDA lojas Nº 06 Área vendas (m2) 06 Vendas/ m2 * 06 LFL  % 06/05

Lojas alimentares (Líder)

D I S T R I B U I Ç Ã O A L I M E N T A I N D Ú S T R I A 100%

(15)

3. ÓRGÃOS SOCIAIS

Data de eleição: 15 de Abril de 2004

Composição do Conselho de Administração eleito para o triénio 2004-2006

Presidente do Conselho de Administração

Elísio Alexandre Soares dos Santos

72 anos;

Presidente do Grupo, desde Fevereiro de 1996.

Administradores Executivos:

CEO e Responsável pela Área Financeira (CFO)

Luís Maria Viana Palha da Silva

51 anos;

Presidente da Comissão Executiva, desde 2004;

Administrador Executivo de Jerónimo Martins, SGPS, S.A., desde

2001.

Responsável pelas Operações de Distribuição Alimentar

Pedro Manuel de Castro Soares dos Santos

47 anos;

Membro da Comissão Executiva;

Administrador Executivo de Jerónimo Martins, SGPS, S.A., desde

1995.

Responsável pelas Operações da Indústria e Serviços de Marketing, Representações e Restauração

José Manuel da Silveira e Castro Soares dos Santos

44 anos;

Membro da Comissão Executiva;

Administrador Executivo de Jerónimo Martins, SGPS, S.A., desde

2004.

Administradores Não-Executivos:

António Mendo Castel-Branco Borges

58 anos;

Administrador Não-Executivo de Jerónimo Martins, SGPS, S.A.,

desde 2001. Hans Eggerstedt

68 anos;

Administrador Não-Executivo de Jerónimo Martins, SGPS, S.A.,

desde 2001.

Rui de Medeiros d’Espiney Patrício

74 anos;

Administrador Não-Executivo de Jerónimo Martins, SGPS, S.A.,

(16)

Artur Eduardo Brochado dos Santos Silva

65 anos;

Administrador Não-Executivo de Jerónimo Martins, SGPS, S.A.,

desde 2004.

Manuel Fernando Macedo de Alves Monteiro

49 anos;

Administrador Não-Executivo de Jerónimo Martins, SGPS, S.A.,

desde 2004. Administrador Suplente:

Álvaro Carlos Gonzalez Troncoso Fiscal Único e Auditor Externo:

PricewaterhouseCoopers & Associados – Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda.

Palácio Sottomayor, Rua Sousa Martins, 1 – 3º, 1050-217 Lisboa Representada por:

Jorge Manuel Santos Costa, R.O.C.

Suplente:

José Manuel Henriques Bernardo Secretário da Sociedade:

Henrique Soares dos Santos

Suplente:

Margarida Martins Ramalho Presidente da Assembleia Geral*:

José Manuel Dias Loureiro Secretário da Assembleia Geral**:

António Neto Alves

* Apresentou a renúncia ao cargo no dia 29 de Novembro de 2006 ** Apresentou a renúncia ao cargo no dia 28 de Novembro de 2006

(17)

4. ESTRUTURA DE NEGÓCIOS E ESTRUTURA SOCIETÁRIA

4.1. Estrutura de Negócios

PINGO DOCE - Supermercados

FEIRA NOVA - Hipermercados / Mini-hipermercados PORTUGAL

RECHEIO - Cash & Carry D I S T R I B U I Ç Ã

O POLÓNIA BIEDRONKA - Lojas Alimentares

FIMA - Margarinas, Azeite, Óleo, Chá Gelado, Sopas e Caldos LEVER - Higiene Doméstica e Pessoal

I N D Ú S T R I A PORTUGAL

IGLOOLÁ - Gelados e Ultracongelados*

JMD - Representação e Serviços – Alimentar e Cosmética JM RESTAURAÇÃO – Retalho Especializado – Quiosques de

Café, Geladarias e Lojas de Sanduíches

S E R V I Ç O S PORTUGAL

HUSSEL - Retalho Especializado – Confeitaria e Chocolates

* Alienação do negócio de ultracongelados efectuada a 3 de Novembro de 2006, com a transferência da operação para a subsidiária Portuguesa da Permira Holding Limited.

(18)

*

*

4.2. Síntese da Estrutura Societária do Grupo

* Fusão das Companhias detidas pelos parceiros Jerónimo Martins, SGPS, S.A. e Unilever com efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2007. A operação levará a um ajuste nas actuais participações de Jerónimo Martins e Unilever, respectivamente, para 45%/55% na Companhia unificada (Unilever – Jerónimo Martins). * Feira Nova Gestiretalho Pingo Doce JMR JG Camacho Funchalgest Lidosol II OPERAÇÕES DISTRIBUIÇÃO Recheio C&C Recheio Tand B.V. JMD (Biedronka)

FimaVG Fima Victor Guedes

Bestfoods

LeverElida Lever

IgloOlá Iglo INDÚSTRIA &

SERVIÇOS JMDPC Caterplus JM Restauração e Serviços Hussel J E R Ó N I M O M A R T I N S S G P S , S . A . 51% 100% 50% 35% 35% 100% 65% 58,5% 100% 41,5% 100% 51% 40% 100% 26% 100% 100% 100% 100% 49% 100% 100% 100% 50% 100% 51% 100% PGJM 50%

(19)

5. ESTRUTURA DE GESTÃO

Jerónimo Martins, SGPS, S.A. é a Holding do Grupo, que integra três áreas de negócio distintas: Distribuição Alimentar, Indústria, e Serviços de Marketing e Representações. A Distribuição Alimentar encontra-se dividida por áreas geográficas de actuação em Portugal e na Polónia.

Em Portugal, as Divisões Operacionais – Pingo Doce, Feira Nova, Madeira e Recheio - têm sob a sua responsabilidade as áreas de Operações, Gestão de Categorias, Marketing e Técnica, sendo apoiadas por responsáveis de Controlo de Gestão e de Recursos Humanos que reportam, em linha, à Direcção da Divisão de Negócio e, funcionalmente, às respectivas Direcções Funcionais da Holding JMH.

A estrutura de gestão segue um modelo próximo do matricial, por Divisões Operacionais e por Direcções Funcionais, por forma a maximizar as sinergias de Grupo em termos de escala, recursos e know-how, e a garantir o enfoque necessário no consumidor e nos formatos de negócio.

Em complemento, as Direcções Funcionais – Sourcing (Marca Própria), Logística, Controlo da Qualidade, Financeira, Sistemas de Informação, Provedor do Cliente, Estudos de Mercado e Expansão – encontram-se agregadas na Gestiretalho, Companhia que presta serviços às Divisões de Negócio nas respectivas áreas de actuação.

As Divisões Operacionais e as Direcções Funcionais da Distribuição estão representadas na Direcção Executiva da Distribuição, órgão que preside à coordenação e concertação das decisões estratégicas relativas ao negócio da Distribuição em Portugal.

Na Polónia, a estrutura de gestão segue um modelo em que a Direcção-Geral é directamente responsável pelas áreas de Gestão de Categorias, Marketing, Operações, Técnica, Recursos Humanos, Logística, Financeira, Controlo da Qualidade e Sistemas de Informação.

A estrutura de gestão da Indústria segue também um modelo próximo do matricial, por Divisões de Negócio e por Direcção Funcionais.

As Divisões de Negócio FimaVG, LeverElida e IgloOlá, têm sob a sua responsabilidade as áreas de Vendas, Marketing e Produção, sendo apoiadas por responsáveis de Controlo de Gestão que reportam, em linha, à Direcção da Área de Negócio e, funcionalmente, às respectivas Áreas Funcionais.

As Direcções Funcionais de Recursos Humanos, Supply Chain (que integra Compras, Planeamento, Logística, Serviço ao Cliente e Controlo da Qualidade), Financeira e Sistemas de Informação, tal como na Distribuição, prestam serviços aos negócios nas respectivas áreas de actuação.

Os Directores-Gerais das Divisões da Área da Indústria e os Directores-Gerais das Áreas Funcionais, fazem parte da National Conference, órgão que preside à coordenação das decisões estratégicas para os vários negócios industriais.

Sob a mesma Direcção-Geral, os Serviços de Marketing, Representações e

Restauração estão organizados por áreas de negócio: Jerónimo Martins Distribuição

(20)

Jerónimo Martins Restauração e Serviços. A JMD tem sob responsabilidade as áreas de Vendas, Serviço ao Cliente e Marketing; a Hussel e a Jerónimo Martins Restauração e Serviços, as respectivas Operações, o Marketing e as Compras. As Direcções Funcionais de Sistemas de Informação e Financeira prestam serviço à JMD, à Hussel e à Jerónimo Martins Restauração, reportando à mesma Direcção-Geral, que acumula ainda a responsabilidade da gestão de Recursos Humanos, em conjunto com a Direcção Funcional da Holding do Grupo. A logística é efectuada em regime de outsourcing para todas as Companhias da esfera desta área de negócio.

De Jerónimo Martins, SGPS, S.A. faz ainda parte um conjunto de Direcções Funcionais responsáveis por dar apoio e aconselhamento à Comissão Executiva, ao Conselho de Administração e a todas as Companhias do Grupo, nas matérias específicas de cada área: Recursos Humanos, Desenvolvimento e Estratégia, Planeamento e Controlo, Consolidação e Contabilidade, Auditoria Interna, Operações Financeiras e Gestão de Risco, Projectos Especiais, Relações com os Investidores, Fiscalidade, Assuntos Jurídicos, Comunicação e Segurança.

Cada uma destas Direcções Funcionais da Holding do Grupo é responsável por assegurar a consistência entre os diferentes objectivos definidos, encontrando-se as suas actividades desenvolvidas em capítulo específico, no âmbito da abordagem ao Governo da Sociedade.

(21)

II. Governo da Sociedade

1. Declaração de Cumprimento 22 2. Divulgação de Informação 23 2.1. Estrutura Organizativa e Repartição de Competências 23 2.2. Comissões Específicas 29 2.3. Sistema de Controlo de Risco 30 2.4. Evolução da Cotação das Acções 38 2.5. Política de Distribuição de Dividendos 42 2.6. Plano de Opções de Aquisição de Acções 42 2.7. Negócios entre a Sociedade e Membros do Órgão de Administração,

Titulares de Participações Qualificadas e Sociedades em Relação de Domínio ou de Grupo

42

2.8. Gabinete de Relações com Investidores 43 2.9. Comissão de Vencimentos 45 2.10. Montante de Remuneração Anual Paga ao Auditor Externo 45 3. Exercício de Direito de Voto e Representação de Accionistas 46 3.1. Regras Estatutárias sobre o Exercício de Direito de Voto 46 3.2. Antecedência Exigida para Depósito ou Bloqueio de Acções 46 3.3. Prazo para Recepção da Declaração de Voto por Correspondência 47 3.4. Número de Acções a que Corresponde Um Voto 47

4. Regras Societárias 48 4.1. Código de Conduta e Regulamentos Internos 48 4.2. Procedimentos Internos para Controlo do Risco na Actividade da Sociedade 48 4.3. Medidas Susceptíveis de Interferir com Ofertas Públicas de Aquisição 48 5. Órgão de Administração 49 5.1. Caracterização do Órgão de Administração 49 5.2. Comissão Executiva 53 5.3. Estrutura e Funcionamento do Órgão de Administração 53 5.4. Política de Remuneração do Órgão de Administração 54 5.5. Remuneração dos Membros do Órgão de Administração 55 5.6. Política de comunicações de Irregularidades alegadamente Ocorridas

no Seio da Sociedade 56 5.7. Perspectivas para 2007 56

(22)

1. DECLARAÇÃO DE CUMPRIMENTO

A Sociedade cumpre cabalmente as Recomendações da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) sobre o Governo das Sociedades Cotadas. Admite-se, porém, ser possível a interpretação de que, à luz do texto em causa, a recomendação sobre a discriminação individualizada da remuneração auferida pelos Membros do Órgão de Administração não é integralmente cumprida.

A este respeito, a Sociedade continua a considerar que existem outras opções no sentido de verificar a repartição interna das remunerações e avaliar a relação entre o desempenho de cada sector da Sociedade e o nível da remuneração dos Membros do Órgão de Administração responsáveis pelo respectivo acompanhamento, desiderato que se atinge com a indicação da remuneração global auferida pelos Administradores Executivos, por um lado, e Não-Executivos, por outro.

Acresce que o melindre interno e externo que tal divulgação possa suscitar, não contribui, na opinião do Conselho de Administração, para a melhoria de desempenho dos seus membros, pelo que a Recomendação é adoptada no que diz respeito às remunerações em termos colectivos, e com discriminação dos montantes atribuídos aos Administradores Executivos e Não-Executivos, referenciando igualmente as partes fixa e variável.

Por outro lado, considera-se que foi cumprida a recomendação relativa à apreciação, pela Assembleia Geral, de uma declaração sobre a política de remunerações dos Órgãos Sociais, embora se admita que outra interpretação da implementação dessa recomendação seja possível. De todo o modo, entende-se que a finalidade desta recomendação fica integralmente preenchida pelo facto do Relatório e Contas submetido à apreciação dos Accionistas conter a informação relevante quanto à remuneração paga no ano antecedente, bem como as principais orientações definidas quanto à matéria em questão, as quais serão seguidas pela Comissão de Vencimentos. Entende-se, ainda, que a existência desta Comissão, eleita pelos Accionistas, dá cumprimento aos objectivos que suportam esta recomendação e que, assim sendo, uma nova apreciação da política de remunerações definida por este órgão esvaziaria a sua jurisdição.

(23)

1

2. DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO

2.1. Estrutura Organizativa e Repartição de Competências

O Grupo Jerónimo Martins encontra-se organizado em três áreas de negócio: (i) Distribuição Alimentar, (ii) Indústria e (iii) Serviços de Marketing, Representações e Restauração, estando a primeira, por sua vez, organizada por Áreas Geográficas e Divisões Operacionais.

2.1.1. Divisões Operacionais

O modelo de Organização de Jerónimo Martins tem como principal objectivo assegurar a especialização nos vários negócios do Grupo, com a criação de áreas geográficas e Divisões Operacionais, garantindo, assim, a proximidade necessária aos diversos mercados.

Como referido, o negócio de Distribuição Alimentar está dividido por Áreas Geográficas, tendo presentemente quatro Divisões Operacionais em Portugal – Pingo Doce (supermercados), Feira Nova (hipermercados), Recheio (cash & carries) e Madeira (supermercados e cash & carries) - e uma Divisão Operacional na Polónia - Biedronka (lojas alimentares).

1 Com efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2007, a Fima/VG – Distribuição de Produtos Alimentares, Lda.; a LeverElida – Distribuição de Produtos de Limpeza e Higiene Pessoal, Lda, a IgloOlá – Distribuição de Gelados e Ultracongelados, Lda. e a Unilever Bestfoods Portugal, Lda. foram objecto de uma fusão, originando uma única sociedade, a Unilever Jerónimo Martins, Lda..

Direcções Funcionais Centro Corporativo Serviços Indústria Distribuição Alimentar Portugal Direcções Funcionais Apoio Operacional Polónia Assessoria à Administração JMD Biedronka Lojas Alimentares Jerónimo Martins Restauração e Serviços Caterplus Hussel PGJM LeverElida IgloOlá FimaVG Pingo Doce Supermercados Madeira Supermercados Cash & Carry

Feira Nova Hipermercados

Recheio Cash & Carry

Fima Bestfoods Iglo Lever

JERONIMO MARTINS, SGPS, SA

(24)

A Indústria opera, através da parceria com a Unilever, na sociedade Unilever Jerónimo Martins, Lda., que unificou, com efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2007, os negócios que até aí se encontravam polarizados pelas Companhias FimaVG (Produtos Alimentares), LeverElida (Higiene Pessoal e Doméstica) e IgloOlá (Gelados).

No portefólio do Grupo, encontra-se ainda uma área de negócio dedicada a Serviços de Marketing, Representações e Restauração, que inclui: (i) a JMD, vocacionada para a representação em Portugal de grandes marcas internacionais (algumas com posições de liderança de mercado) de produtos alimentares de grande consumo, de cosmética premium e mass market, e que integra também a Caterplus, Companhia especializada no comércio e distribuição de produtos alimentares específicos para Food Service; (ii) a Hussel, cadeia de Retalho Especializado em comercialização de chocolates e confeitaria, com 18 lojas a nível nacional; e (iii) a Jerónimo Martins Restauração e Serviços, com a cadeia de quiosques de café Jeronymo, as geladarias Ben & Jerry’s e Olá e as lojas Subway, que disponibilizam refeições ligeiras, rápidas e saudáveis, sob o conceito “prove frescura”.

2.1.2. Direcções Funcionais de Apoio Operacional

As Direcções Funcionais ao nível da operação, garantem a maximização das sinergias de Grupo, através da utilização partilhada de recursos e de funcionalidades nos principais mercados, de forma a optimizar a eficiência da Organização e a partilha de capacidades e de know-how em matérias relevantes.

Constituem Direcções Funcionais de Apoio Operacional, a saber: o Sourcing, a Logística, o Controlo da Qualidade e Ambiente, a Financeira e os Sistemas de Informação. As Direcções Funcionais são responsáveis pela prestação de serviços às várias Divisões Operacionais da Distribuição em Portugal, de acordo com as orientações da Holding do Grupo e observando a uniformidade de políticas e de procedimentos internos.

2.1.3. Direcções Funcionais da Holding

Assuntos Jurídicos António Neto Alves Auditoria Interna Nuno Sereno Comunicação Ana Vidal Consolidação e Contabilidade António Pereira Desenvolvimento e Estratégia Margarida Martins Ramalho

Operações Financeiras Conceição Tavares Planeamento e Controlo

Ana Luísa Virginia Projectos Especiais

Francisco Martins

Recursos Humanos Inês Cavalleri

Segurança Eduardo Dias Costa

Fiscalidade Rita Marques GRUPO JERÓNIMO MARTINS

Direcções Funcionais do Centro Corporativo

Relações com Investidores Cláudia Falcão

(25)

Jerónimo Martins SGPS, S.A., enquanto Holding do Grupo, é responsável por assegurar a coerência entre os objectivos definidos e os recursos disponíveis.

À Holding cabe: (i) a definição e a implementação da estratégia de desenvolvimento do portefólio do Grupo; (ii) o planeamento e controlo estratégico dos vários negócios e a manutenção da sua consistência com os objectivos globais; (iii) a definição de políticas financeiras e o respectivo controlo; e (iv) a definição de políticas de recursos humanos, assumindo directamente a implementação da Política de Desenvolvimento de Quadros (Management Development).

As Direcções Funcionais da Holding constituem, simultaneamente, áreas de apoio ao Centro Corporativo e de prestação de serviços às Direcções Funcionais e Divisões Operacionais das Companhias do Grupo, estando organizadas da seguinte forma:

Assuntos Jurídicos – Responsável pelo acompanhamento dos assuntos societários

do Grupo e pelo estrito cumprimento das obrigações legais por parte das suas Sociedades. Apoia o Conselho de Administração na preparação e negociação de contratos em que Jerónimo Martins seja parte e lidera o desenvolvimento e implementação de estratégias para a protecção dos interesses do Grupo em caso de litígio, gerindo o aconselhamento externo.

Em 2006, a Direcção centrou a sua actividade no acompanhamento das operações de reestruturação e expansão do Grupo, bem como na supervisão do cumprimento das obrigações societárias face às novas imposições decorrentes da alteração do Código das Sociedades Comerciais.

Auditoria Interna – Avalia a qualidade e eficácia dos sistemas (operacionais e não

operacionais) de controlo interno e de controlo de risco estabelecidos pelo Conselho de Administração, e assegura a sua conformidade com o Manual de Procedimentos do Grupo; garante, ainda, o cumprimento integral dos procedimentos consignados no Manual de Operações de cada unidade de negócio e zela pelo cumprimento da legislação e da regulamentação aplicáveis às respectivas operações.

As actividades desenvolvidas por esta Direcção Funcional encontram-se detalhadas mais adiante neste capítulo.

Comunicação – Propõe e implementa as estratégias de comunicação, externa e

interna. Encontram-se sob a sua alçada as áreas de: assessoria mediática da Sociedade e das suas subsidiárias, comunicação interna, mecenato, comunicação em matéria de Responsabilidade Social, e desenvolvimento de todas as peças ou eventos que envolvam a imagem de Jerónimo Martins.

Em 2006, destaca-se, em termos de comunicação externa, o relançamento do site institucional do Grupo, com informação mais aprofundada e sistematizada, visando um melhor esclarecimento de todos os stakeholders sobre a Sociedade e as suas subsidiárias. Na área de assessoria mediática, para além de esclarecimentos diários e de vários comunicados de imprensa difundidos, foram realizados dois eventos com a Comunicação Social e membros do Conselho de Administração do Grupo.

Em matéria de comunicação interna, foram reformulados os mais importantes instrumentos do Grupo - portal My.JM.pt, revista interna “A Nossa Gente” e a revista para quadros “Workout”.

Consolidação e Contabilidade – Prepara a informação financeira consolidada de

(26)

Administração, implementando e monitorizando as políticas e os princípios contabilísticos adoptados por este órgão e comuns a todas as sociedades do Grupo. Verifica, ainda, a observância das respectivas obrigações estatutárias.

Em 2006, centrou a sua actividade na supervisão da conformidade com os normativos contabilísticos seguidos por Jerónimo Martins, apoiando as sociedades na avaliação contabilística de todas as transacções não usuais, assim como nas operações de reestruturação e expansão do Grupo.

O ano de 2006 fica ainda marcado pela implementação de um novo sistema de consolidação e reporting, o qual, conjugado com o projecto em curso de reformulação de processos e upgrade do SAP na Distribuição em Portugal, permitirão ao Grupo, num futuro próximo, agilizar, ainda mais, os seus calendários de divulgação de resultados ao mercado.

Desenvolvimento e Estratégia – Garante a avaliação contínua dos mercados, a

identificação dos riscos, oportunidades e contingências com maior relevância para a actividade do Grupo no âmbito da sua Visão, e a análise crítica dos planos de médio-longo prazo das diversas áreas de negócio. Contribui com perspectivas para o debate estratégico que conduzam a projectos de crescimento, seja no actual portefólio ou em novas áreas de negócio, e a iniciativas de mudança visando a optimização dos processos de criação de valor. Assegura ainda mecanismos de alinhamento em torno das prioridades que decorrem do debate estratégico, e o entendimento comum e generalizado sobre os principais desafios que se colocam à Organização, fomentando uma comunicação simples e objectiva.

Em 2006, esta Direcção esteve focada na consolidação dos processos de análise de mercado, na avaliação de riscos, oportunidades e contingências, e na construção de cenários de investimento alternativos, no quadro da missão do Grupo. Foi ainda dada continuidade à elaboração de materiais de formação e de comunicação interna no âmbito do programa “Orientar a Gestão para a Criação de Valor”, visando clarificar a noção de criação de valor e os conceitos financeiros subjacentes, bem como salientar a importância de ter objectivos de negócio e objectivos individuais integrados e de promover uma cultura de inovação.

Fiscalidade – Presta assessoria em matéria tributária a todas as Sociedades do

Grupo, assegurando o cumprimento da legislação em vigor e a optimização, do ponto de vista fiscal, das acções de gestão das unidades de negócio. Procede, igualmente, à gestão do contencioso fiscal de Jerónimo Martins e do relacionamento do mesmo com consultores externos e autoridades fiscais.

No âmbito da sua actividade, o Departamento Fiscal prestou, no ano de 2006, assessoria nas operações societárias de reestruturação. Adicionalmente, foram efectuados trabalhos especiais, relativamente a diversos impostos e, em particular, nas áreas do regime dos bens em circulação e documentos de transporte, tendo em vista uniformizar as políticas adoptadas pelas diversas Companhias do Grupo.

Finalmente, no decurso do ano de 2006, o Departamento Fiscal procedeu à elaboração de diversas peças processuais tendentes à defesa dos melhores interesses do Grupo junto da Administração Tributária.

Operações Financeiras – Integra duas áreas distintas: a Gestão de Risco e a Gestão

de Tesouraria. A actividade da área de Gestão de Risco, é objecto de uma descrição detalhada mais à frente neste capítulo.

(27)

A Gestão de Tesouraria tem como responsabilidade gerir a relação com as instituições financeiras que desenvolvem ou pretendem vir a desenvolver algum tipo de actividade com Jerónimo Martins, estabelecendo os critérios que essas entidades terão que cumprir.

É também função do planeamento de tesouraria, seleccionar, para todas as Companhias do Grupo, as fontes de financiamento mais indicadas a cada tipo de necessidade. O tipo de financiamento, os respectivos prazos, o custo e a documentação de suporte deverão cumprir os critérios estabelecidos pela Administração. De igual modo, cabe à tesouraria conduzir a negociação com as entidades financeiras, optimizando todos estes factores, com vista a obter as melhores condições possíveis a cada momento.

Grande parte das actividades de tesouraria de Jerónimo Martins estão centralizadas na Holding, sendo esta a estrutura que presta serviços às restantes Sociedades do Grupo. As Companhias de Distribuição Nacionais estão completamente centralizadas, enquanto as áreas da Distribuição Polónia e Representações e Restauração trabalham ainda de forma autónoma no que respeita ao processamento de pagamentos a terceiros.

Por fim, é responsabilidade da tesouraria elaborar e cumprir o orçamento de tesouraria que resulta dos planos de actividade das Companhias do Grupo.

A nova fase de investimentos de Jerónimo Martins, iniciada em 2006, levou a que se desenvolvessem actividades no sentido de adaptar as fontes de financiamento aos novos activos, que serão o suporte de crescimento do Grupo.

Planeamento e Controlo – Assegura a definição e implementação dos processos,

políticas e procedimentos na área de planeamento e controlo (planos, orçamentos e investimentos); coordena e apoia as actividades de aquisição e alienação de empresas e negócios, e as operações de reestruturação societária.

No ano de 2006, foi analisado o processo de aprovação e controlo de investimentos, de forma a encontrar formas de o agilizar sem perda de rigor, numa fase de investimentos significativos em todos os negócios do Grupo. Está previsto colocar em prática um novo processo já no decorrer do ano de 2007. Neste âmbito, e com o objectivo de retirar conclusões para projectos futuros, procedeu-se ainda à auditoria (follow-up) dos investimentos efectuados em novas lojas desde 2002.

Foram repensadas as estruturas societária e organizacional do Grupo, tendo sido apresentados diferentes cenários, que deverão ser implementados no próximo ano, com vista a simplificar a gestão e maximizar a eficiência operacional das diferentes áreas de competência.

Foi ainda acordada, com o Grupo Unilever, a reorganização dos negócios da indústria em Portugal, que incluiu a alienação do negócio de congelados e culminou com a fusão das Companhias de distribuição e comercialização de produtos alimentares, detergentes e higiene pessoal, e gelados, numa única sociedade, a 1 de Janeiro de 2007.

Finalmente, coordenaram-se e/ou apoiaram-se diferentes operações de aquisição, algumas delas entretanto concluídas, como foi o caso de 6 estabelecimentos tomados por trespasse pelo Pingo Doce.

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Projectos Especiais – Em colaboração com as diversas Divisões Operacionais da

Distribuição Alimentar em Portugal, tem como principais objectivos: (i) identificar, estabelecer prioridades e optimizar os processos existentes nas Companhias; (ii) reconhecer novas oportunidades que possam acrescentar valor aos seus clientes; (iii) aumentar a rentabilidade dos negócios; (iv) incrementar a produtividade e melhorar a competitividade nos mercados em que actuam; e (v) potenciar os processos de inovação, a responsabilização dos intervenientes e a integração do negócio com novas tecnologias de informação.

As actividades desenvolvidas por esta Direcção Funcional encontram-se detalhadas no capítulo III.

Recursos Humanos – Define e implementa as estratégias e políticas globais de

Recursos Humanos a aplicar a todo o Grupo, em particular aos seus Quadros. Assim, compete-lhe a elaboração de estratégias, políticas, normas e procedimentos de Recursos Humanos, nomeadamente nas áreas de recrutamento, formação, gestão do desempenho, gestão de carreiras e remuneração, e benefícios dos Quadros do Grupo. Cabe-lhe, igualmente, o papel de coordenação de novos projectos, zelando, ainda, pelo cumprimento das boas práticas de Recursos Humanos.

As actividades desenvolvidas por esta Direcção Funcional, em 2006, encontram-se detalhadas nos capítulos dedicados ao Relatório Consolidado de Gestão e à Responsabilidade Social.

Relações com Investidores – Constitui o interlocutor privilegiado de todos os

investidores - institucionais e privados, nacionais e estrangeiros -, bem como dos analistas que elaboram pareceres e formulam recomendações relativas ao título Jerónimo Martins.

Para além de garantir a disponibilização - através dos canais institucionais, nomeadamente do site da CMVM - de toda a informação que possa influenciar a cotação dos títulos, é responsável por prestar esclarecimentos sobre as diferentes áreas de negócio e por fornecer informação de carácter geral.

As actividades desenvolvidas por esta Direcção Funcional encontram-se detalhadas no presente capítulo.

Segurança – Define e controla os procedimentos em termos de prevenção da

segurança de pessoas e património do Grupo e faz o acompanhamento de matérias envolvendo autoridades policiais ou judiciárias, quando justificado. É responsável, ainda, pelo apoio à auditoria a sistemas de segurança e prevenção de risco. As actividades desenvolvidas por esta Direcção Funcional encontram-se igualmente detalhadas neste capítulo.

Em 2006, o Departamento de Segurança deu particular atenção ao controlo de acesso a cofres nas lojas, com vista à optimização dos respectivos procedimentos de segurança.

2.1.4. Pelouros dos Membros da Comissão Executiva

Embora exercendo colegialmente as suas funções, cada um dos Membros da Comissão Executiva tem responsabilidades de supervisão sobre determinadas áreas específicas, estando os seus pelouros distribuídos da seguinte forma:

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Luís Palha da Silva (Presidente): Desenvolvimento e Estratégia, Área Financeira,

Reporting e Controlo Operacional, Relações com Investidores, Assuntos Jurídicos, Fiscalidade, Recursos Humanos, e Comunicação.

Pedro Soares dos Santos: Operações da área de Distribuição Alimentar, incluindo

Sourcing, Logística, Controlo da Qualidade, Recursos Humanos, Segurança, e Sistemas de Informação.

José Soares dos Santos: Operações da área da Indústria e Serviços de Marketing,

Representações e Restauração.

2.2. Comissões Específicas

2.2.1. Comissão de Ética

A Comissão de Ética do Grupo Jerónimo Martins é actualmente constituída pela Dra. Ana Vidal (Directora de Comunicação), que preside, pelo Dr. Hugo Cunha (Director de Recursos Humanos do Recheio), pelo Dr. António Neto Alves (Director do Departamento Jurídico da Sociedade), pelo Professor Leslaw Kanski (Director do Departamento Jurídico da Jerónimo Martins Dystrybucja) e pela Dra. Ewa Micinska (Directora de Operações Sul da Jeronimo Martins Dystrybucja). Reportando ao Presidente do Conselho de Administração da Sociedade, tem como missão acompanhar, com isenção e independência, a divulgação e o cumprimento do Código de Conduta do Grupo em todas as Companhias que o integram.

No desempenho das suas atribuições, compete em concreto à Comissão de Ética: (i) estabelecer os canais de comunicação com os destinatários do Código de Conduta do Grupo Jerónimo Martins e recolher as informações que lhe sejam dirigidas a este propósito; (ii) zelar pela existência de um sistema adequado de controlo interno do cumprimento do Código de Conduta, procedendo designadamente à avaliação das recomendações resultantes destas acções de controlo; (iii) apreciar as questões que, no âmbito do cumprimento do Código de Conduta do Grupo, lhe sejam submetidas pelo Conselho de Administração do mesmo e pela Comissão de Auditoria, e, ainda, analisar, em abstracto, aquelas que sejam levantadas por qualquer colaborador, cliente ou parceiro de negócio através do sistema de comunicação de irregularidades implementado; e (iv) submeter ao Conselho de Administração da Sociedade a adopção de quaisquer medidas que considere convenientes neste âmbito, incluindo a revisão de procedimentos internos, bem como propostas de alteração do Código de Conduta do Grupo Jerónimo Martins.

Durante 2006, a Comissão de Ética reuniu doze vezes, tendo examinado as diversas questões que lhe foram sendo colocadas, quer pela Comissão Executiva, quer pelos colaboradores do Grupo, quer por terceiros. No ano em questão, foi ainda submetido à apreciação da Comissão Executiva o Código de Conduta dos Fornecedores do Grupo, o qual pretende adequar a actuação destes às práticas de responsabilidade social seguidas pela Sociedade.

2.2.2. Comissão de Controlo Interno

A Comissão de Controlo Interno, nomeada pelo Conselho de Administração e reportando à Comissão de Auditoria, tem como competências específicas a avaliação da qualidade e fiabilidade do sistema de controlo interno e do processo de preparação das demonstrações financeiras, bem como a avaliação da qualidade do processo de monitorização em vigor nas Companhias de Jerónimo Martins, visando assegurar o

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cumprimento das leis e regulamentos a que estas estão sujeitas. No desempenho desta última atribuição, compete à Comissão de Controlo Interno obter informações regulares sobre as contingências, de natureza legal ou fiscal, que afectam as Companhias do Grupo.

A Comissão de Controlo Interno reúne mensalmente e é composta por um Presidente

(Dr. David Duarte) e três Vogais (Dr. José Gomes Miguel, Dr. Nuno Sereno e Dr. Henrique Santos), não sendo qualquer dos elementos Administrador da Sociedade.

Durante o ano de 2006, a Comissão de Controlo Interno realizou dez reuniões, prosseguindo as suas actividades de supervisão e avaliação dos riscos e processos críticos e tendo apreciado os relatórios preparados pelo Departamento de Auditoria Interna. Uma vez que nestas reuniões é convidado a participar um representante da Auditoria Externa, são também dadas a conhecer a esta Comissão as conclusões dos trabalhos de auditoria externa que têm lugar ao longo do ano.

2.2.3. Comissão de Auditoria

Constituída em 2004, no âmbito do Conselho de Administração, a Comissão de Auditoria tem como competências a avaliação da estrutura e governo societários e a supervisão dos processos de Gestão de Risco de Jerónimo Martins. Em particular, compete à Comissão de Auditoria, no desempenho das suas atribuições, submeter ao Conselho de Administração da Sociedade a política e as medidas de governo societário a adoptar pelo Grupo. No exercício da sua actividade, a Comissão supervisiona a conformidade das demonstrações financeiras da Sociedade. No âmbito das suas competências de supervisão do processo de Gestão de Risco, cabe-lhe aprovar os planos de actividade nessa área, acompanhar a sua execução e zelar pela existência de um sistema adequado de controlo interno da Gestão de Risco com vista ao efectivo cumprimento dos seus objectivos.

A Comissão de Auditoria, que conta como membros três Administradores Não-Executivos - Sr. Alexandre Soares dos Santos (Presidente), Dr. Artur Santos Silva e Prof. Doutor António Borges (sendo este último considerado Administrador Independente, à luz do disposto na nova redacção do n.º 2 do Artigo 1.º do Regulamento da CMVM 07/2001, tal como alterada pelo Regulamento 10/2005), reuniu quatro vezes durante o ano de 2006, tendo prestado particular atenção às questões relacionadas com a adaptação das regras societárias decorrente da alteração ao Código das Sociedades Comerciais e monitorizado as actividades da Comissão de Controlo Interno.

2.3. Sistema de Controlo de Risco

2.3.1. Gestão de Risco

A Sociedade, e em particular o Conselho de Administração, dedicam grande atenção aos riscos subjacentes ao seu negócio. A continuidade dos negócios depende, de forma crítica, da eliminação ou controlo de riscos que podem materialmente afectar os seus activos (pessoas, informação, equipamentos e instalações), comprometendo, assim, os objectivos estratégicos delineados. Para formalizar esta preocupação, foi instituída, no ano de 2006, a Política de Gestão de Risco.

Pela dimensão e dispersão geográfica das actividades de Jerónimo Martins, o sucesso na gestão de riscos depende da participação de todos os colaboradores, que devem assumir essa preocupação como parte integrante das suas funções, nomeadamente

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através da identificação e reporte de riscos associados à sua área. Todas as actividades têm de ser desenvolvidas com a compreensão do que é o risco e a consciência do potencial impacto de eventos inesperados sobre a Sociedade e a sua reputação.

Objectivos da Gestão de Risco

No Grupo, a Gestão de Risco visa cumprir os seguintes objectivos:

ƒ Promover a identificação, avaliação, tratamento e monitorização de riscos, de acordo com uma metodologia comum a todo o Grupo;

ƒ Aferir regularmente os pontos fortes e fracos dos vectores-chave de criação de valor (key value drivers);

ƒ Desenvolver e implementar programas de cobertura e prevenção de riscos; ƒ Integrar a Gestão de Risco no planeamento dos negócios;

ƒ Promover a consciencialização dos colaboradores em matéria de riscos e dos efeitos positivos e negativos de todos os processos que influenciam as operações e que constituem fontes de criação de valor;

ƒ Melhorar os processos de tomada de decisão e de definição de prioridades, pela compreensão estruturada dos processos de negócio do Grupo, da sua volatilidade e das suas oportunidades e ameaças.

O Processo da Gestão de Risco (PGR)

A avaliação de riscos visa, em primeira instância, distinguir o que é irrelevante do que é material e requer uma gestão activa. Envolve a consideração das fontes de risco, da probabilidade de ocorrência e das consequências da sua manifestação no contexto do ambiente de controlo. Os controlos podem incidir quer sobre a probabilidade de ocorrência de um evento, quer sobre a extensão das suas consequências.

O PGR possui uma natureza cíclica, que contempla (i) a identificação e avaliação de riscos; (ii) a definição de estratégias de gestão; (iii) a implementação dos processos de controlo; e (iv) a monitorização do processo.

O PGR implementado no Grupo está alinhado com a norma da Federation of European Risk Management Associations (FERMA), por se entender que constitui um modelo de boas práticas.

Os objectivos definidos durante o processo de planeamento estratégico e operacional são o ponto de partida do PGR. Nesse momento, são identificados e avaliados factores internos e externos que possam comprometer o cumprimento das metas fixadas. Esta abordagem centra-se no conceito de Economic Value Added (EVA) e parte de uma análise aos key value drivers que estão na base quer do resultado operacional quer do custo de capital, procurando identificar os factores de incerteza que pesam sobre o processo de geração de valor.

Desenvolve-se, assim, uma perspectiva sistematizada e interligada de riscos inerentes a processos, funções e Direcções organizacionais.

2.3.2. Organização da Gestão de Risco

As áreas de risco cuja gestão determinou a sua alocação a departamentos específicos são as seguintes:

Referências

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