Mcel tem sido delapidada desde 2012, dívidas ascendem a 12,8 biliões de meticais
Escrito por {ga=aderito-caldeira}
Quarta, 28 Fevereiro 2018 07:49 - Actualizado em Quarta, 28 Fevereiro 2018 09:49
Os Relatórios e Contas da Moçambique Celular (Mcel) analisados em exclusivo pelo @Verdade revelam que desde 2012 a empresa estatal, comandada pelo político Teodato Hunguana, foi deliberadamente delapidada e enfraquecida tendo acumulado até 2016 uma dívida líquida de 12,8 biliões de meticais da qual 5,1 biliões são responsabilidades com
fornecedores e 3,8 biliões compromissos com a banca nacional e estrangeira. Paradoxalmente no ano em que a Mcel começou a perder negócio a Vodacom Moçambique (VM), empresa onde o ex-Presidente Armando Guebuza e antiga primeira dama Graça Machel têm interesses comerciais, iniciou o seu crescimento até a actual liderança do mercado de telefonia móvel.
“As telecomunicações em Moçambique desencadearam uma abrupta expansão tecnológica entre 2012 e 2014, com maior ênfase para a cobertura rural, bem como para a redução dos custos dos dados e dos serviços de fibra para casa” pode-se ler no segundo Relatório de Regulação publicado pelo Instituto Nacional das Comunicações de Moçambique. Ironicamente o início desse “boom” nas telecomunicações móveis no nosso país marca o princípio do fim da primeira empresa do ramo: a Mcel.
Mcel tem sido delapidada desde 2012, dívidas ascendem a 12,8 biliões de meticais
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O volume de negócios reduziu de 9.014.702.431 meticais para 9.014.153.760 com o resultado líquido do exercício de 2012 a fechar em 688.092.319 meticais, contra 1.090.802.552 meticais de 2011. O passivo não corrente desse ano fiscal foi de 2.752.999.092 meticais e o passivo corrente cifrou-se em 4.574.938.386 meticais.
No ano seguinte, o volume de negócios da Mcel voltou a cair para pouco mais de 8,1 biliões de meticais e o resultado líquido do exercício reduziu para apenas 175.665.471 de meticais, todavia continuava a manter os seus pouco mais de 4 milhões de clientes mesmo com a entrada de um terceiro operador no mercado, a Movitel, que tinha chegado aos 6 milhões de subscritores.
Mcel tem sido delapidada desde 2012, dívidas ascendem a 12,8 biliões de meticais
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Vodacom cresce enquanto Mcel é falida sob comando de Teodato Hunguana
Entretanto em 2014, no último ano do mandato de Armando Guebuza como Presidente de Moçambique, que é accionista da Vodacom Moçambique através da Intelec Holdings, a Moçambique Celular começou a perder grande parte dos clientes institucionais, nunca ficou claro se o abandono foi forçado ou opcional, e o seu volume de negócios desceu para 6,6 biliões de meticais registando pela primeira vez resultados negativos de 831.708.488 meticais.
Mcel tem sido delapidada desde 2012, dívidas ascendem a 12,8 biliões de meticais
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Essa administração ruinosa deixou a Mcel tecnicamente falida no exercício de 2016. “(...) As responsabilidade correntes da empresa excedem os seus activos correntes, no montante de 8.250.332.723 meticais e os resultados transitados apresentam-se negativos, no montante de 6.189.102.319 meticais, incluindo o prejuízo do exercício, no montante de 4.439.938.249 meticais”, refere o Auditor Externo no Relatório e Contas a que o @Verdade teve acesso com exclusividade.
Mcel tem sido delapidada desde 2012, dívidas ascendem a 12,8 biliões de meticais
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O volume de negócios em 2016 voltou a diminuir quedando-se em 4.987.407.061 meticais. A Moçambique Celular perdeu dinheiro na venda de recargas, nas interligações, na venda de telemóveis e até na facturação dos seus clientes com contratos. Cresceram ligeiramente a receitas de roaming dos serviços de USSD vendidos a um banco comercial.
Mcel tem sido delapidada desde 2012, dívidas ascendem a 12,8 biliões de meticais
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“Todo o mundo foi comendo e ninguém podia apontar o dedo a ninguém, era um forrobodó”
A estatal de telefonia móvel tem dívidas em todos os principais bancos nacionais e ainda com três instituições financeiras estrangeiras. Os maiores compromissos são correntes são com o Millenium Bim, 729 milhões de meticais, ao Standard Bank deve cerca de 372 milhões de meticais e ao Banco Comercial e de Investimentos deve aproximadamente 320 milhões de meticais.
Ironicamente até ao liquidado Nosso Banco a Mcel, já em situação de falência, foi pedir um empréstimo de 43 milhões de meticais, mas que no total custou 48.911.194 meticais, que foi disponibilizado antes mesmo da celebração do contrato. “Actualmente, decorrem negociações com a Comissão Liquidatária para o reembolso dos valores adiantados mas, não existem prazos para o reembolso do valor”, pode- se ler no Realtório a que o @Verdade teve acesso.
Mcel tem sido delapidada desde 2012, dívidas ascendem a 12,8 biliões de meticais
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