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Recursos e Dinâmicas

Teresa Gaspar • Cristina Milagre

• João Lima

A sessão de júri de certificação:

momentos, actores,

instrumentos

- roteiro metodológico

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Recursos e Dinâmicas

Lisboa, 2009

4

A sessão de júri de certificação:

momentos, actores,

instrumentos

- roteiro metodológico

Teresa Gaspar • Cristina Milagre

• João Lima

(4)



Título:

A sessão de júri de certificação: momentos, actores, instrumentos - roteiro metodológico

Editor:

Agência Nacional para a Qualificação, I.P. (1ª edição, Junho 2009)

Coordenação:

Maria do Carmo Gomes Maria Francisca Simões Autores: Teresa Gaspar Cristina Milagre João Lima

Design Gráfico: Modjo Design, Lda.

Adaptação do Design e Paginação: Regina Andrade Revisão ANQ, I.P. ISBN: 978-972-8743-49-9

Ficha técnica

A sessão de júri de certificação : momentos, actores, instrumentos : roteiro metodológico / Teresa Gaspar, Cristina Milagre, João Lima. - (Recursos e dinâmicas ; 4) ISBN 978-972-8743-49-9

I - MILAGRE, Cristina II - LIMA, João CDU 377 331

Biblioteca Nacional de Portugal – Catalogação na Publicação

Agência Nacional para a Qualificação, I.P.

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Índice

Nota de abertura

7

Enquadramento

9

1. A sessão de júri de certificação nos processos de RVCC

13

2. Papel dos actores envolvidos

17

3. Trabalho preparatório da sessão de júri de certificação

23

4. Funcionamento da sessão de júri de certificação

39

5. Produtos da sessão de júri e certificação conferida

45

6. Registo no SIGO de acções das etapas de validação e certificação

49

Referências bibliográficas, recursos e legislação

53

Instrumentos de trabalho

57

Quadro-síntese dos principais momentos do trabalho preparatório

de uma sessão de júri de certificação

59

Quadro-síntese dos principais momentos de uma sessão de júri

de certificação

60

Glossário conceptual e metodológico

61

Exemplos de apresentação de candidatos em sessões de júri de certificação

63

(6)
(7)



Índice de Figuras e Quadros

Figura 1 - Principais momentos do trabalho preparatório da sessão de júri de

certificação

26

Figura 2 - Situações-tipo decorrentes da sessão de validação

28

Quadro 1 - Proposta de documento-síntese do candidato a disponibilizar ao

avalidor externo

30

Quadro 2 - Resultado da análise e avaliação por parte do avaliador externo

33

Quadro 3 - Tipos de apresentações e exemplos de aplicação

35

Quadro 4 - Proposta de instrumento de registo da sessão de júri de certificação

42

Quadro 5 - Produtos da sessão de júri de certificação

48

Quadro 6 - Registos a efectuar no SIGO na etapa de validação

51

(8)
(9)



Nota de Abertura

Os Centros Novas Oportunidades constituem-se hoje como um dos principais instrumentos ao serviço da qualificação da população adulta portuguesa. É, por isso, inevitável apontar algumas das transformações de que foram alvo no âmbito da Iniciativa Novas Oportunidades. A estruturação da sua actividade como ‘porta de entrada’ para a qualificação de adultos, a incorporação sistemática da dimensão de diagnóstico e encaminhamento, a introdução do conceito de ‘complementaridade’ entre percursos de reconhecimento e percursos de formação através das certificações parciais, a introdução dos processos de reconhecimento, validação e certificação de competências profissionais na lógica da ‘dupla certificação’ são alguns dos exemplos mais ilustrativos das mudanças ocorridas.

Mas há que ter também em conta as variáveis de contexto que permitem hoje afirmar que há uma ruptura paradigmática na forma como a população portuguesa encara a aprendizagem ao longo da vida, a necessidade de qualificação e a valorização social da formação e da educação. A dimensão e o volume da procura pelos Centros Novas Oportunidades, ultrapassando as 750 mil pessoas, é um indicador assinalável. E a dimensão da rede nacional e dos profissionais envolvidos é também muito relevante – mais de 450 Centros Novas Oportunidades em funcionamento no país e mais de 7000 técnicos e formadores a trabalharem com adultos nos seus percursos de educação e formação.

A aposta em três características muito específicas – proximidade, flexibilidade e diversidade – é hoje um dos aspectos mais valorizados nas modalidades que a Iniciativa Novas Oportunidades colocou ao dispor dos cidadãos portugueses: proximidade das estruturas e dos agentes de educação-formação, flexibilidade na gestão dos percursos de qualificação e diversidade de vias para a conclusão dos trajectos de dupla certificação, ajustadas ao ritmo e necessidades de cada indivíduo.

Conceber metodológica e institucionalmente soluções inovadoras é o desafio central do actual Sistema Nacional de Qualificações. É neste contexto que a Agência Nacional para a Qualificação I.P., enquanto estrutura fundamental de apoio à concretização de um vasto conjunto de medidas que integram o Sistema Nacional de Qualificações, continuamente investe na produção de orientações que possibilitem a melhor estruturação do trabalho a desenvolver e no apoio sistemático aos modelos de intervenção definidos. O roteiro metodológico sobre a sessão de júri de certificação que agora se publica constitui mais um exemplo das orientações que, nesse sentido, têm vindo a ser produzidas.

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Enquadramento

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11

Enquadramento

O processo de reconhecimento, validação e certificação de competências (processo de RVCC) tem vindo a afirmar-se na sociedade portuguesa enquanto instrumento ao serviço da qualificação dos adultos com competências adquiridas ao longo da vida, em contextos formais, não formais e informais.

O reconhecimento, a validação e a certificação de competências tem suporte legal no Decreto-Lei nº 396/2007, de 31 de Dezembro, que estabelece o regime jurídico do Sistema Nacional de Qualificações, bem como na Portaria nº 370/2008, de 21 de Maio, que regula a criação e o funcionamento dos Centros Novas Oportunidades, bem como o reconhecimento, validação e certificação de competências.

O mesmo Decreto-Lei define que uma qualificação de nível não superior pode ser obtida, quer por via da formação, quer por via do reconhecimento de títulos adquiridos noutros países, quer ainda por via do reconhecimento, validação e certificação de competências. Define também que o Catálogo Nacional de Qualificações é o instrumento de gestão estratégica dessas qualificações e que integra, para cada qualificação aí contemplada, um referencial de formação e um referencial de competências. Incluem-se neste último os referenciais de competências-chave aplicados no âmbito dos processos de RVCC de nível básico e de nível secundário.

O enquadramento dos processos de RVCC implicou a construção de metodologias, técnicas, instrumentos e critérios de qualidade adequados ao sistema e aos seus objectivos que têm vindo a ser incorporados nos Centros Novas Oportunidades, quer através da formação de técnicos, quer pelo acompanhamento sistemático às equipas.

A Agência Nacional para a Qualificação, I.P. (ANQ), enquanto organismo que coordena e gere a rede nacional de Centros Novas Oportunidades, é responsável pela produção dos referentes metodológicos, pela formação dos técnicos e pela monitorização e acompanhamento da sua implementação prática. Com o documento que agora se publica pretende-se, efectivamente, contribuir para o reforço da qualidade e rigor técnico da etapa de certificação e mais concretamente para a realização da sessão de júri de certificação, incluindo o trabalho que a montante e a jusante esta exige.

A sessão de júri de certificação é um momento de grande importância no âmbito dos processos de RVCC. Para além de outras funções, constitui-se como a face visível e pública que culmina todo o processo de educação/formação implícito no sistema de RVCC.

Neste âmbito, o presente Roteiro apresenta um conjunto de linhas orientadoras em torno da sessão de júri de certificação, abordando o seu enquadramento nos processos de RVCC, os actores envolvidos e o papel de cada um, bem como o trabalho a fazer antes, durante e após a sua realização.

Enquanto roteiro metodológico, contém um conjunto de ferramentas de trabalho que contribuem para a implementação de práticas de certificação adequadas, rigorosas e conceptualmente ancoradas. Para cada uma das actividades propostas, são apresentadas questões técnicas que pretendem apoiar a prática dos Centros Novas Oportunidades, bem como orientações para a construção dos necessários instrumentos de trabalho. A diversidade e a inovação são, neste contexto, valorizadas e exigidas.

Na última parte, são ainda apresentadas orientações relativas ao registo no Sistema de Informação e Gestão da Oferta Educativa e Formativa (SIGO) das acções necessárias à implementação das etapas de validação e de certificação, bem como um conjunto de instrumentos de trabalho que integram, nomeadamente, um glossário conceptual e metodológico, alguns casos práticos que ilustram as questões apresentadas e propostas de modelos de instrumentos a mobilizar pelos Centros Novas Oportunidades. Por último, importa referir que a concepção do presente roteiro metodológico contou com dois importantes conjuntos de olhares de actores do terreno. Em primeiro lugar, foi de grande importância a reflexão expressa por alguns dos avaliadores externos nos seus Relatórios de Avaliação. Em segundo lugar, a equipa contou ainda com a validação da versão final do documento por parte de um conjunto de equipas técnico-pedagógicas de Centros Novas Oportunidades. A todos expressamos o nosso agradecimento.

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1

Notas:

1. Esta publicação diz respeito, unicamente, à Sessão de Júri de Certificação de processos de RVCC escolar.

2. O enquadramento jurídico que lhe está subjacente assenta nos seguintes diplomas: Despacho nº 29856/2007, de 27 de Dezembro, e Portaria nº 370/2008, de 21 de Maio.

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1

A sessão de júri de

certificação nos

processos de RVCC

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1

1. A sessão de júri de certificação nos processos de RVCC

1.1 Etapa e momento em que ocorre

A sessão de júri de certificação corresponde à função principal da etapa de certificação e representa o culminar do processo de RVCC. Durante a sessão, cada candidato apresenta-se perante um júri. Na sequência da sessão, e em resultado dela, é formalizada a sua certificação.

O júri de certificação é composto por elementos da equipa técnico-pedagógica que acompanharam o processo de reconhecimento e validação de cada candidato, bem como por um avaliador externo.

A organização da sessão de certificação pressupõe a existência de um trabalho prévio, de preparação, que se inicia no final da etapa de validação, com a articulação entre a equipa técnico-pedagógica (que validou as competências de cada candidato) e o avaliador externo.

1.2 Funções específicas da sessão de júri de certificação

A sessão de júri de certificação representa o momento final dos processos de reconhecimento, validação e certificação de competências. Como tal, assume várias funções, designadamen-te encerramento oficial e público, legitimação social e avaliação final dos candidatos.

Encerramento oficial e público do processo

A sessão de júri de certificação constitui o momento de encerramento oficial e público do processo de cada candidato e dá corpo à etapa de certificação de competências1. Assume, assim, uma carga simbólica de grande importância.

Este encerramento é público. Nele podem participar, para além dos elementos obrigatórios (designados mais adiante), as pessoas que assim o entenderem, bem como figuras que são referências para os candidatos em processo, para o seu futuro, e para os Centros Novas Oportunidades em si mesmos. Assim, é bem-vinda e recomendável a presença de familiares e amigos dos candidatos, bem como de outros actores-chave do território.

Neste sentido, reveste-se de particular importância a divulgação e a promoção das sessões de júri de certificação junto da

comunidade local, do público-alvo, dentro do próprio Centro e de outros Centros Novas Oportunidades, assim como junto de outras instituições, públicas ou privadas (entidades empregadoras, operadores de educação-formação, estruturas regionais de educação e formação, comunicação social, etc.), por forma a concorrer para a dignificação e reconhecimento social dos processos de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências e do trabalho efectuado pelos candidatos e pelos Centros Novas Oportunidades.

Legitimação social da certificação e do processo

O carácter público desta sessão tem a ver, igualmente, com a intenção de conferir uma legitimação mais alargada da certificação, que vá para além da validação realizada pela equipa técnica envolvida.

É, portanto, o momento em que o adulto expõe os resultados do seu processo a terceiros, com vista a dar visibilidade às competências possuídas e certificadas no final do processo de RVCC.

Este aspecto é particularmente importante na medida em que pode induzir, ou potenciar, dinâmicas de valorização profissional, pessoal e social. Pretende-se, aliás, que os impactos do processo de reconhecimento, validação e certificação de competências passem também (para além da certificação em si mesma) pelo reforço da reflexividade e auto-consciência do candidato e, consequentemente, contribuam para o desenvolvimento de dinâmicas de aprendizagem ao longo da vida que conduzirão, naturalmente, a comportamentos e envolvimentos mais activos e reflectidos nas suas várias dimensões de vida (pessoais, familiares, sociais, profissionais). Além disso, este pode ser um momento de encorajamento de outros potenciais candidatos ao envolvimento no sistema de educação e formação de adultos.

Avaliação final

Esta sessão não se limita, no entanto, a um papel simbólico de fecho formal do processo, ou de mera legitimação de uma avaliação finalizada previamente pela equipa e pelo avaliador externo. Em alguns casos específicos (como se verá mais adiante), ela pode constituir, em si mesma, o momento de avaliação final do candidato, avaliação que determina a certificação oficial final.

Neste sentido, a sua organização e funcionamento podem prever actividades com objectivos avaliativos que complementem e reforcem o trabalho prévio e que contribuam para a decisão final de avaliação do candidato.

1 Ver Gomes, M. C. e Francisca Simões (2007). Carta de Qualidade dos Centros Novas Oportunidades. Lisboa: Agência Nacional para a Qualificação, I.P.

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1.3 Certificação conferida

Da sessão de júri de certificação resulta uma tomada de decisão, baseada na avaliação das competências detidas pelo candidato face ao Referencial de competências-chave para a educação e formação de adultos do nível de escolaridade para o qual se propõe, e pode consistir numa certificação total ou numa certificação parcial.

Certificação total

O candidato obtém uma certificação total sempre que certifica as unidades de competência consideradas necessárias para a obtenção de um nível de escolaridade completo, seja este correspondente ao 1º ciclo do ensino básico, ao 2º ciclo do ensino básico, ao ensino básico ou ao ensino secundário. A certificação total de competências dá origem à emissão de um certificado de qualificações, com o registo das unidades de competência certificadas e o nível de escolaridade concluído. A certificação total de competências que permita a obtenção de um nível de escolaridade (básico ou secundário) dará ainda origem à emissão de um Diploma2.

Em caso de certificação total resultante do processo de RVCC, é ainda definido com o candidato o seu Plano de Desenvolvimento Pessoal (PDP)3, que constitui um registo com propostas de continuação do percurso de qualificação/aprendizagem ao longo da vida.

Certificação parcial

O candidato obtém uma certificação parcial sempre que as unidades de competência certificadas não sejam suficientes para a obtenção do nível de escolaridade a que se propôs. A certificação parcial de competências dá origem à emissão de um certificado de qualificações com o registo das unidades de competência certificadas.

Em caso de obtenção de uma certificação parcial, o candidato deve ser encaminhado para um percurso de educação/formação,

de forma a completar a sua qualificação. O encaminhamento para formação é feito mediante a definição de um Plano Pessoal de Qualificação (PPQ), acordado e negociado com o candidato.

2 O modelo de diploma e certificado referidos constam do Anexo II à Portaria nº 370/2008, de 21 de Maio, sendo disponibilizados no SIGO.

3 No caso dos candidatos que apenas obtêm o 1º ou o 2º ciclo do ensino bási-co, deve ser definido um Plano de Desenvolvimento Pessoal com uma indicação expressa da necessidade de encaminhamento para uma solução formativa que lhe garanta a obtenção do nível básico de ensino.

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Papel dos actores

envolvidos

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1

2. Papel dos actores envolvidos

Os intervenientes que obrigatoriamente terão de estar envolvidos na sessão de júri de certificação são o candidato e os elementos que compõem o júri de certificação.

O júri de certificação, nomeado pelo director do Centro Novas Oportunidades, é constituído por:

Todos ou alguns dos elementos da equipa técnico-pedagógica4 (profissional de RVC e formadores) que acompanharam o candidato;

Avaliador externo.

Considera-se, no entanto, desejável que nela estejam também presentes o director e/ou o coordenador do Centro Novas Oportunidades e convidados.

O director do Centro Novas Oportunidades designa o membro do júri que assegura a presidência do mesmo, o qual tem voto de qualidade, devendo essa função ser assumida, preferencialmente, pelo avaliador externo.

Previamente à sessão, deve ser eleito o secretário do júri de entre os elementos que o integram. Durante cada sessão, compete a este secretário redigir e fazer aprovar, no final, a respectiva acta.

O júri de certificação só pode funcionar com, pelo menos, dois terços dos seus membros, incluindo, obrigatoriamente, o profissional de RVC que acompanhou cada um dos candidatos e o avaliador externo.

Têm papel igualmente relevante, embora não obrigatório, outros convidados da sessão de júri de certificação. •

4 É desejável que estejam presentes na sessão de júri de certificação todos os formadores que acompanharam o candidato. PRINCIPAIS ACTORES Avaliador externo Coordenador Director Candidato Outros participantes Formadores Profissional RVC

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0

Cada interveniente desempenha papéis específicos no âmbito da sessão de júri de certificação e/ou das tarefas que esta supõe, conforme se explicita em seguida.

2.1 Candidato à certificação

O candidato à certificação detém o papel principal nesta etapa, e é por ele que se realiza a sessão de júri.

Durante a sessão o candidato deve revelar autonomia e consistência necessárias para expor as competências adquiridas/validadas no processo de RVCC, através de uma apresentação preparada previamente com o apoio da equipa técnico-pedagógica e ancorada na sua história de vida (ver Quadro 3).

2.2 Avaliador externo

O avaliador externo é um elemento exterior a todo o Sistema Nacional de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências, devidamente acreditado pela Agência Nacional para a Qualificação, I.P. (conforme Despacho n.º 29856/2007, de 27 de Dezembro).

Constituem funções e inerentes responsabilidades dos avalia- dores externos5:

a) Analisar e avaliar o dossier pessoal ou o portefólio reflexivo de aprendizagens apresentado pelo candidato;

b) Interpretar a correlação entre os referenciais aplicáveis e as evidências documentadas no dossier pessoal ou no portefólio reflexivo de aprendizagens, em articulação com a equipa técnico-pedagógica do Centro Novas Oportunidades;

c) Cooperar com os outros elementos do júri, assegurando a decisão colegial da validação e certificação das competências de cada candidato presente a júri;

d) Apoiar o funcionamento do júri de processos de RVCC, assegurando a conformidade entre os princípios orientadores, as normas e procedimentos estabelecidos no âmbito do Sistema Nacional de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências e os critérios definidos pelo referido júri; e) Assegurar a confidencialidade das informações referentes a cada candidato;

f) Co-responsabilizar-se pela certificação do candidato, após a validação das competências por este evidenciadas;

g) Apoiar a orientação do candidato na concretização do seu projecto pessoal;

h) Contribuir para a rede de parcerias estratégicas entre o Centro Novas Oportunidades e outras entidades da comunidade; i) Garantir o reconhecimento social das competências validadas e certificadas do candidato presente ao júri de processos de RVCC;

j) Legitimar socialmente o processo de reconhecimento, validação e certificação de competências adquiridas por via formal, informal e não formal.

2.3 Director do Centro Novas Oportunidades

No âmbito dos processos de certificação, ao director do Centro compete, em particular:

Nomear o júri de certificação constituído no âmbito dos processos de reconhecimento, validação e certificação de competências;

Nomear o presidente do júri de certificação;

Homologar as decisões do júri de certificação, promovendo e controlando a emissão de diplomas e certificados; Homologar os diplomas e certificados emitidos por entidades promotoras de Centros Novas Oportunidades sem capacidade certificadora;

Sempre que possível, estar presente nas sessões de júri de certificação, reforçando a importância oficial e institucional do acto.

2.4 Coordenador do Centro Novas Oportunidades

O coordenador deve deter igualmente um papel crucial no âmbito dos júris de certificação. Para além das funções que lhe são inerentes, ao nível da coordenação do trabalho desenvolvido pela equipa técnico-pedagógica e cumprimento de orientações de funcionamento do Centro, deve contribuir, em especial, para a interlocução com o exterior e dinamização de parcerias institucionais, internas e externas à rede de Centros Novas Oportunidades. Nesta interlocução com o exterior, deve enquadrar-se, naturalmente, o acompanhamento e a monitorização do trabalho do avaliador externo. Assim sendo, no âmbito dos processos de certificação deve:

Apoiar o funcionamento dos júris de certificação dentro dos procedimentos e normas estabelecidas para os mesmos e concorrer para a qualidade dos destes;

Apoiar a equipa técnico-pedagógica na sua interlocução com o avaliador externo e no trabalho preparatório que • • • • • • • 5 Ponto 5 do Regulamento do procedimento de acreditação de avaliadores

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1

antecede as sessões de júri de certificação;

Apoiar o avaliador externo na sua articulação com a equipa técnico-pedagógica;

Desenvolver e dinamizar redes de contactos locais/regionais (entidades empregadoras, operadores de educação-formação, estruturas regionais de educação e educação-formação, etc.);

Divulgar as sessões de júri de certificação junto de diversos actores-chave do território.

2.5 Profissional RVC

Conjuntamente com os restantes elementos da equipa do Centro que intervêm nos processos de reconhecimento, validação e certificação de competências, o profissional de RVC tem um importante papel no trabalho preparatório de cada sessão de júri de certificação, nomeadamente no que respeita à síntese da informação de cada candidato resultante da etapa de validação, a sua apresentação e discussão com o avaliador externo, e a preparação do candidato para a respectiva sessão. Cabe-lhe ainda um papel na organização das sessões de júri de certificação, participando nas mesmas.

Durante as sessões de júri de certificação, e sempre que entender oportuno, o profissional de RVC deve intervir no sentido de apoiar o candidato a desenvolver as suas intervenções.

Após a intervenção do candidato, e numa fase final da sessão de júri, o profissional de RVC deve fazer um comentário breve e genérico sobre o candidato relativamente ao seu percurso de RVCC, reforçando as suas potencialidades e, se assim se julgar oportuno, as áreas a desenvolver.

2.6 Formadores das áreas de competências-chave

Conjuntamente com os restantes elementos da equipa do Centro que intervêm nos processos de reconhecimento, validação e certificação de competências, o formador de cada uma das áreas de competências-chave tem um importante papel no trabalho preparatório de cada sessão de júri de certificação, nomeadamente no que respeita à síntese da informação de cada candidato resultante da etapa de validação, a sua apresentação e discussão com o avaliador externo e a preparação do candidato para a respectiva sessão. Cabe-lhe ainda um papel na organização das sessões de júri de certificação, participando nas mesmas.

Durante a sessão de júri de certificação, o formador deve, sempre que considerar pertinente, pronunciar-se sobre as •

evidências contidas no portefólio reflexivo de aprendizagens, na sua área de competência, e solicitar ao candidato, através de uma pergunta ou comentário, que se pronuncie, clarifique ou demonstre determinada competência.

À semelhança do que acontece com o profissional RVC, o formador de cada uma das áreas de competências-chave deve intervir na fase final da sessão de júri, após a exposição do candidato, fazendo uma apreciação global e dando destaque aos pontos fortes e/ou às competências validadas. Em caso de obtenção de uma certificação parcial (quando seja definido um Plano Pessoal de Qualificação, que deve orientar o candidato no seu percurso formativo pós-processo de RVCC), o formador pode ainda identificar, na sessão de júri, “pontos de desenvolvimento” e/ou estratégias de superação.

2.7 Outros participantes

Por se tratar de uma sessão pública, podem assistir à sessão de júri de certificação todos os interessados, devendo cuidar-se em particular do envolvimento de:

Familiares e amigos dos candidatos à certificação;

Elementos de entidades formadoras (nomeadamente formadores de cursos EFA e formações modulares, docentes de escolas, equipas de outros Centros Novas Oportunidades, etc.);

Outros actores-chave do território, designadamente personalidades que:

Desempenhem actividades relevantes para a comunidade; Ocupem cargos em entidades públicas ou privadas com impacto local ou regional;

Potenciais empregadores;

Representantes dos organismos regionais e nacionais de educação e formação e outros actores deste domínio (Direcções Regionais de Educação, Delegações Regionais do Instituto do Emprego e Formação Profissional - IEFP). Comunicação social. • • • • • • • •

(24)
(25)



Trabalho preparatório

da sessão de júri

de certificação

(26)
(27)



A sessão de júri de certificação corresponde ao culminar do processo de RVCC, concretizando-se no momento em que o candidato se apresenta perante o júri de certificação.

O júri de certificação é composto por elementos da equipa técnico-pedagógica que acompanharam o processo de reconhecimento e validação de cada candidato e por um avaliador externo6.

Entre outros aspectos, a sessão de júri de certificação pressupõe a existência de um sólido e rigoroso trabalho prévio de preparação entre estes intervenientes.

Neste âmbito, a etapa de validação, e em particular o seu resultado, pode ser entendida como o ponto de partida para a articulação entre a equipa e o avaliador externo, na medida em que a análise e a avaliação que este último fará do portefólio reflexivo de aprendizagens de cada candidato são orientadas pelo conjunto de competências validadas pela equipa técnico-pedagógica, em função do referencial de competências-chave respectivo.

Por outras palavras, compete ao avaliador externo analisar o portefólio reflexivo de aprendizagens de cada candidato, avaliando se este contém evidências que fundamentem todas as competências validadas pela equipa técnico-pedagógica.

Desta forma, justifica-se que, num capítulo que sistematiza os vários momentos e actividades correspondentes ao trabalho de preparação da sessão de júri de certificação, se inclua informação referente à etapa de validação e às decisões que decorrem da correspondente sessão de validação que antecede o pedido de certificação.

Para além da sessão de validação final, imediatamente anterior ao pedido de certificação, neste trabalho preparatório têm ainda lugar outras actividades cuja realização é determinante para o cumprimento dos objectivos da sessão de júri de certificação. O referido trabalho preparatório deve prever, nomeadamente, as restantes sessões de validação, quando estas se justificarem, uma síntese das competências validadas, a análise do avaliador externo, uma discussão conjunta entre este e a equipa técnico-pedagógica e a preparação do candidato para a sessão de júri de certificação.

A figura seguinte pretende sistematizar esses mesmos momentos de trabalho, os quais irão ser referidos em maior detalhe ao longo do documento, juntamente com referências temporais meramente indicativas.

3. Trabalho preparatório da sessão de júri de certificação

6 A presença do avaliador externo distingue claramente o júri de certificação da(s) sessão(ões) de validação, as quais ocorrem em etapa anterior à etapa de certi-ficação e são constituídas apenas pela equipa técnico-pedagógica do Centro que acompanha o candidato no seu processo de reconhecimento.

(28)



(*) Esta sessão de validação é anterior ao pedido de certificação. Como tal, não deve confundir -se com outras sessões de validação que podem ocorrer em momentos anteriores do processo do ca nd id ato — Se ss ão d e v alid aç ão d e a pre nd iza ge ns fo rm ais e s es sã o d e v alid aç ão q ue re su lta n a c on tin ua çã o d o p ro ce ss o d e r ec on he cim en to o u f orm aç ão co m ple m en tar (c orr es po nd e a os ca so s 1 e 2 da figura 2). (**) Importa assinalar que, enquanto o PPQ é um dos produtos obrigatórios da sessão de júri de certificação (no caso de uma certificação par cial), devendo ser definido pela equipa técnico-pedagógica em articulação com o candidato no termo do processo de RVCC e o seu conteúdo comunicado, de forma sucinta, no âmbito desta sessão, o PDP , ao invés, pode ou não ser explorado na

sessão de júri, embora deva igualmente ser definido (em traços gerais) no final do processo de RVCC.

Figura 1 –

Principais momentos do trabalho preparatório da sessão de júri de certifi

cação 3.1. SESS ãO DE VALIDA çã O FINAL* 3.2. SÍNTESE DAS CO m PET êNCIAS VALIDADAS 3.3. AN áLISE DO AV ALIADOR E xTERNO 3.4. PREP ARA çã O CON ju NT A DA SESS ãO 3.5. PREP ARA çã O DA SESSãO CO m O CANDIDA TO Equipa técnico-pedagógica + Candidato Equipa técnico-pedagógica Avaliador externo Equipa técnico-pedagógica + A valiador externo Equipa técnico-pedagógica + Candidato Validação de

competências (com vista

a uma certificação par

cial

ou total) •

Elaboração de

documento-síntese de

cada candidato

Decisão da proposta a júri

de certificação

Disponibilização ao

avaliador externo dos

portefólios reflexivos de aprendizagens Disponibilização ao avaliador externo de documentos-síntese • • • • Análise do portefólio de cada candidato Análise do

documento-síntese de cada candidato

Disponibilização de

documentação à equipa

técnico-pedagógica como

resultado da sua análise • • •

Discussão conjunta sobre

avaliação final de cada

candidato Produção da primeira versão do PPQ ou do PDP** Organização da sessão de júri de certificação • • • Esclarecimentos sobre o funcionamento da sessão de júri de certificação Apoio na preparação da apresentação do candidato Discussão com o candidato da proposta de PPQ ou PDP* Organização logística da sessão • • • • TRABALHO PREP ARA TÓRIO SESSãO DE jÚRI DE CER TIFICAçã O

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3.1 Sessão de validação

A equipa técnico-pedagógica e o candidato No final da etapa de validação

Conforme especificado na Carta de Qualidade dos Centros Novas Oportunidades, a etapa de validação culmina na realização de uma sessão na qual o candidato e a equipa técnico-pedagógica, que o acompanhou no processo de reconhecimento, analisam e avaliam o portefólio reflexivo de aprendizagens face ao referencial de competências-chave e identificam as competências em condições de serem validadas, por evidenciar ou a desenvolver.

Dado constituir um momento de balanço final do trabalho desenvolvido pelo e com o candidato, a sessão de validação só deve realizar-se quando se considere que o processo de reconhecimento foi exaustivo, isto é, quando estiverem reunidas as seguintes condições:

No âmbito da sessão de validação podem ocorrer vários tipos de situações, como indicado na figura 2. •

7 Tal implica que a equipa técnico-pedagógica, na sua maioria, considere que foram devidamente explorados os diferentes contextos de aprendizagem e experiências de vida do adulto, de acordo com as metodologias inerentes ao processo de RVCC.

8 Quando esteja em causa a obtenção de uma certificação total de nível secundário, não se deve limitar o desenvolvimento do processo à exploração e validação de apenas 44 competências.

9 Isto é, deve ser visível no portefólio reflexivo de aprendizagens a atribuição de sentido (por parte do candidato) às suas experiências de vida e, se possível, conter alguma reflexão sobre os impactos do próprio processo de RVCC na sua vida.

- Esteja estabelecido um consenso entre a equipa técnico-pedagógica relativamente às competências a validar ou a desenvolver7;

- O referencial de competências-chave tenha sido explorado de forma a maximizar o número de competências a ser validadas e certificadas8;

- O portefólio reflexivo de aprendizagens reflectir, de forma visível e coerente, as competências detidas pelo candidato e a sua ligação com o referencial de competências-chave e contiver elementos de reflexividade que devem nortear todo o processo de RVCC9.

(30)

8

Figura 2 –

Situações-tipo decorrentes da sessão de validação

ET AP A DE RECONHECI m ENTO CASO 1 São identificadas algumas áreas de dú vid a/m en os be m ex plo rad as du ran te o processo de reconhecimento. O candidato deve retomar o processo de reconhecimento para melhor explorar as áreas em que subsistem dúvidas e/ou consolidar as evidências do seu dossier pessoal/portefólio reflexivo de aprendizagens. CASO 2 As competências validadas permitem a obtenção de uma certificação parcial ; a equipa considera que o desenvolvimento de formação complementar (duração máxima de 50 horas), no Centro Novas Oportunidades, é suficiente para garantir a aquisição das competências necessárias para a obtenção de uma certificação total. O candidato desenvolve formação complementar no âmbito do Centro Novas Oportunidades. CASO 3 As competências validadas permitem a obtenção de uma certificação parcial e as competências a desenvolver são em número e/ou complexidade que excedem a duração máxima de formação complementar

por candidato no CNO (50 horas).

É elaborada e consensualizada entre o júri de validação e o candidato, a relação de competências validadas e de competências a desenvolver . CASO 4 As competências validadas são suficientes para a obtenção de uma certificação total. É elaborada e consensualizada entre o júri de validação e o candidato, a

relação de competências validadas

PPQ+Formação Externa PDP Formação Complementar ET AP A DE V ALIDA çã O (Sessão de V alidação) Certificação Parcial Certificação T otal ET AP A DE CER TIFICA çã O (Sessão de júri de Certificação)

(31)



A figura 2 sistematiza os vários casos-tipo que podem verificar-se nas verificar-sessões de validação e indica, para cada um deles, a continuação do percurso do candidato no processo de RVCC. Cada candidato é um caso e deve seguir, dentro do processo de RVCC, o seu percurso individual. É importante ter em atenção que os candidatos com competências necessárias a uma certificação parcial (casos 2 e 3) não precisam, forçosamente, de acompanhar o restante grupo de formandos em todas as sessões de reconhecimento, sendo possível para estes, sempre que se identifique que têm lacunas graves e que precisem de formação que exceda as 50 horas de duração, terminar o processo com vista a um encaminhamento para uma oferta educativa/formativa exterior ao Centro10.

Conforme consta no esquema, os casos 1 e 2 conduzem, necessariamente, à continuação do processo de reconhecimento e à realização de formação complementar, respectivamente. Assim, num momento posterior, ambos obrigam à realização de uma nova sessão de validação com o objectivo de conferir que foram clarificadas as áreas de dúvida (caso 1) ou que foram adquiridas novas competências através de formação complementar (caso 2).

Desta forma, há um momento, no percurso de RVCC, em que todos os candidatos passarão pelos casos 3 ou 4, pois essa é a condição para a finalização do próprio processo. É o momento em que a equipa técnico-pedagógica identifica claramente as competências validadas e, em função destas, considera que estão reunidas as condições necessárias à obtenção de uma certificação parcial ou total do candidato.

De sublinhar que as decisões tomadas neste âmbito devem ser sempre consensualizadas com cada candidato11. É este o momento em que, no Sistema de Informação e Gestão da Ofer-ta Educativa e Formativa (SIGO), se deve accionar o pedido de certificação, conforme referido no ponto 6 deste documento.

3.2 Síntese das competências validadas A equipa técnico-pedagógica

Após sessão de validação final

A partir da tomada de decisão sobre as competências validadas, a equipa discute e elabora o documento-síntese de cada candidato, a disponibilizar ao avaliador externo. O documento-síntese deve reflectir, não apenas os resultados da sessão de validação, mas, de modo mais abrangente, a forma como decorreu o processo de RVCC de cada candidato, conforme proposta de modelo representada no quadro seguinte.

10 No entanto, reforça-se a ideia que esta gestão dos processos no âmbito de um grupo de candidatos (gestão individualizada) é da responsabilidade da equi-pa do Centro Novas Oportunidades, devendo ser equacionada tendo em vista o equilíbrio entre a individualidade de cada processo e a necessidade de percorrer todo o referencial de competências-chave.

11 Existe a possibilidade de qualquer candidato, em qualquer momento do processo de RVCC, querer propor-se a júri de certificação. Nestes casos, a von-tade do candidato deve ser tida em conta, ainda que a decisão caiba à equipa técnico-pedagógica, em sede de validação.

(32)

0

Informações Gerais (Nível Básico e Secundário)

Identificação do candidato (nome completo, idade, situação face ao emprego); Nível de escolaridade de partida;

Nível de escolaridade a que se candidata;

Nome do profissional e formadores que acompanharam o candidato; Data de inscrição no Centro Novas Oportunidades;

Data de início e conclusão do processo de reconhecimento;

Registo de horas de formação complementar/auto-formação, etc. (caso existam).

Informações Técnicas

Síntese do relatório de acompanhamento realizado pelo(a) profissional RVC (onde podem constar informações acerca do grau de autonomia do candidato,

dificuldades sentidas, pontos fortes, atitude face ao processo, relacionamento com a equipa, etc.)13.

Apreciação global dos formadores de cada uma das áreas de competências-chave (onde se destaquem, designadamente: o(s) ponto(s) fortes do candidato ou competências que mais se evidenciaram; as áreas de competências-chave onde apresentam maiores lacunas e/ou necessidades de aperfeiçoamento e o tipo de metodologias/estratégias de evidenciação de competências utilizadas e actividades desenvolvidas; as competências validadas na fase inicial do processo de reconhecimento com base na orientação técnica sobre validação de aprendizagens formais).

Nível Básico Nível secundário

Síntese e fundamentação da validação de competências pelos formadores. Registo de proposta de créditos por Núcleo Gerador e respectiva

fundamentação14.

Plano Pessoal de Qualificação ou Plano de Desenvolvimento Pessoal (primeira versão)

Fundamentos/justificações da proposta a júri de certificação do candidato pela equipa técnico-pedagógica Proposta de organização para a sessão de júri (opcional)

Quadro 1 – Proposta de documento-síntese do candidato a disponibilizar ao avaliador externo12

12 No capítulo dos Instrumentos de trabalho, apresenta-se um exemplo possível deste tipo de documento-síntese.

13 Apesar destes elementos de contexto serem de grande importância para uma adequada avaliação do processo e características do candidato, sugere-se que o avaliador se detenha principalmente sobre as competências do candidato e sobre a forma da sua evidenciação.

14 Relativamente ao nível secundário, a equipa técnico-pedagógica, se considerar útil, pode recorrer aos materiais de suporte à formação inseridos na Aplicação

(33)

1

Uma vez elaborado, o documento-síntese acompanha o portefólio reflexivo de aprendizagens de cada candidato, que a equipa técnico-pedagógica disponibiliza ao avaliador externo15. Neste sentido, pode ser entendido como uma “chave de leitura” do portefólio reflexivo de aprendizagens – que constitui o elemento central da função de avaliação do avaliador externo –, na medida em que sistematiza informação de segundo grau que permite aferir o nível de coerência existente entre os conteúdos do portefólio e as características específicas do processo de reconhecimento e validação de competências de cada candidato.

Ao disponibilizar estes elementos ao avaliador externo, a equipa deverá acordar com este a data para a realização da reunião conjunta, que deverá ter lugar até uma ou duas semanas depois.

3.3 Análise do avaliador externo Avaliador externo

Durante uma a duas semanas (após disponibilização do documento síntese):

O avaliador externo deve analisar e avaliar o portefólio reflexivo de aprendizagens de cada candidato, complementado com o respectivo documento-síntese.

Em resultado da sua avaliação, deve disponibilizar à equipa técnico-pedagógica um documento que sirva de base para a reunião conjunta que terá com a mesma, e que contenha o seu ponto de vista relativamente aos portefólios reflexivos de aprendizagens analisados. Se necessário, deve ainda expressar o seu ponto de vista relativamente à informação disponibilizada no documento-síntese elaborado pela equipa técnico-pedagógica.

Assim, o documento que o avaliador externo remete à equipa deve conter elementos relativos: •

À apreciação global sobre as competências validadas.

Ao registo das dúvidas ou incoerências detectadas a nível do portefólio reflexivo de aprendizagens, em particular no que se refere às competências a certificar/créditos a atribuir, que surjam a partir da análise da:

- Articulação entre a história de vida/experiências do candidato e evidências apresentadas;

- Articulação entre competências validadas e evidências contidas no portefólio reflexivo de aprendizagens; - Articulação entre competências validadas e referencial de competências-chave.

À apreciação global relativamente à síntese de cada candidato enviada pela equipa técnico-pedagógica (balanço global do processo/adulto; duração da etapa de reconhecimento; estratégias de evidenciação de competências; actividades realizadas, etc.). As propostas complementares para o PPQ, ou para o PDP, por candidato.

A proposta de organização da sessão de júri.

15 Sugere-se, caso seja possível, que a consulta dos dossiers/portefólios seja efectuada no Centro Novas Oportunidades, de modo a garantir a segurança e con-fidencialidade desejáveis.

(34)



A apreciação global do avaliador externo sobre as competências validadas em sede de sessão de validação final corresponde, em larga medida, a uma síntese sobre a avaliação que faz de cada portefólio reflexivo de aprendizagens, dada a forte interligação que existe entre estes dois elementos. De facto, o essencial da avaliação feita pelo avaliador externo centra-se na forma como o portefólio reflexivo de aprendizagens reflecte o conjunto de competências validadas pela equipa técnico-pedagógica. Neste âmbito, a avaliação feita pelo avaliador externo pode conduzir a:

i. uma concordância absoluta com as competências validadas pela equipa técnico-pedagógica, porquanto os conteúdos do portefólio reflexivo de aprendizagens são evidências inequívocas de que o candidato detém essas competências;

ii. Dúvidas sobre um eventual excesso de competências validadas, na medida em que o portefólio reflexivo de aprendizagens não contém evidências que justifiquem a validação de algumas delas;

iii. Dúvidas sobre o eventual reduzido número de competências validadas, pois há indícios no portefólio reflexivo de aprendizagens que “sugerem” que o candidato possa deter mais competências do que as que foram validadas.

A análise do avaliador externo deverá ser discutida entre este e a equipa pedagógica.

3.4 Preparação conjunta da sessão

A equipa técnico-pedagógica e o avaliador externo

Uma a duas semanas após a disponibilização do documento-síntese:

A equipa técnico-pedagógica e o avaliador externo devem reunir para proceder a uma discussão conjunta da avaliação final de cada candidato, com base no respectivo portefólio reflexivo de aprendizagens16 e nos dois documentos produzidos — documento-síntese elaborado pela equipa técnico-pedagógica para o avaliador externo e documento elaborado pelo avaliador externo, em resultado da sua análise e avaliação.

Nesta reunião, o avaliador externo deve pronunciar-se sobre a sua concordância com as opções tomadas pela equipa técnico-pedagógica, devendo, para tal, centrar-se nos aspectos contidos no documento que previamente enviou à equipa.

É fundamental que todas as dúvidas manifestadas pelo avaliador externo fiquem esclarecidas no âmbito desta reunião, tanto mais quanto se considera que a sessão de júri de certificação só poderá realizar-se quando o avaliador externo esteja de acordo com todas as opções de validação tomadas pela equipa técnico-pedagógica.

Caso o avaliador externo e a equipa não cheguem a um consenso, as opções a tomar são de variada ordem, consoante a natureza das dúvidas subsistentes, tal como apresentado no quadro 2.

16 O portefólio reflexivo de aprendizagens de cada candidato deve estar pre-sente nesta reunião, bem como na sessão de júri de certificação.

(35)



Quadro 2 – Resultado da análise e avaliação por parte do avaliador externo

O avaliador externo...

A equipa técnico-pedagógica propôs a obtenção de uma

certificação parcial

A equipa técnico-pedagógica propôs a obtenção de uma

certificação total

… concorda em absoluto com as competências validadas pela equipa técnico-pedagógica

O candidato deve apresentar

-se perante

júri de certificação

O candidato deve apresentar

-se perante

júri de certificação

… considera que o número de competências validadas não está devidamente visível no portefólio

O candidato deve

regressar à etapa de reconhecimento

, para

melhor “explorar” as competências que suscitam dúvidas (Ver

Nota 1

)

O candidato deve

regressar à etapa de reconhecimento

, para

melhor “explorar” as competências que suscitam dúvidas (Ver

Nota 1

)

… considera que é visivelmente reduzido o número de competências validadas face ao portefólio

O candidato deve

regressar à etapa de reconhecimento,

para

melhor “explorar” as competências que suscitam dúvidas (Ver

Nota 1

)

O candidato deve

regressar à etapa de reconhecimento

, para

melhor “explorar” as competências que suscitam dúvidas (Ver

Nota 1

)

… considera que é ligeiramente reduzido o número de competências validadas face ao portefólio [considera que mais algumas (número residual) competências poderiam ter sido validadas]

O candidato deve apresentar

-se perante

júri de certificação

Em sede de júri, pode haver margem para o aumento (residual) do número de competências validadas, dado o carácter avaliativo

de que esta sessão se poderá revestir

(V

er

Nota 2

)

O candidato deve apresentar

-se perante

júri de certificação.

Em sede de júri, pode haver margem para o aumento (residual) do número de competências validadas, dado o carácter avaliativo

de que esta sessão se poderá revestir

Nota 1 – O regresso do candidato ao processo de reconhecimento, sendo uma situação que, no plano teórico, deve ser encarada, tem de assumir , no momento da articulação entre equipa

técnico-pedagógica e avaliador externo, um carácter absolutamente excepcional, na medida em que é indiciador de um trabalho insuficientemente desenvolvido por parte da equipa técnico-técnico-pedagógica. Nota

2 A sessão de júri de certificação pode assumir um carácter avaliativo quando se trate de um candidato à obtenção de uma certificação de nível secundário e o avaliador externo considere que o seu portefólio reflexivo de aprendizagens contém indícios de que possa deter uma ou outra (número residual) competência a mais do que aquelas que foram validadas pela equipa técnico-pedagógica. Nesta situação, já no decorrer da sessão de júri de certificação, o candidato pode ser questionado por qualquer membro do júri, e, nessa sequência, ver , eventualmente, aumentado o número de competências certificadas. O aumento do número de competências certificadas no âmbito da sessão de júri de certificação implica que se verifiquem, em simultâneo , as três seguintes condições: (a) o aumento do número de competências em causa seja sempre residual; (b) haja consenso entre os elementos do júri de certificação, em sede de momento de deliberação (ver capítulo 4), quanto à proposta de aumento das competências a certificar; e (c) a alteração no número de competências a certificar não permita alterar a situação de certificação par cial para certificação total,

(36)



Organização da sessão de júri de certificação

Na mesma reunião entre a equipa técnico-pedagógica e o avaliador externo, e nas situações em que haja condições para a calendarização da sessão de júri de certificação, esta deve também ser preparada do ponto de vista organizativo, no que concerne particularmente a:

- Marcação da data, organização e estrutura da sessão de júri (articulação entre os momentos de apresentação, debate e reflexão em contexto de sessão de júri; ordens de apresentação/intervenção; definição da duração de cada momento, etc.); - Áreas/questões a explorar pelo avaliador externo e/ou formadores em contexto de sessão de júri de certificação (apenas nos casos em que haja margem para ligeiro aumento do número de competências a certificar, conforme explicitado no quadro 2); - Reflexão acerca dos possíveis desenvolvimentos do PPQ ou do PDP (para posterior negociação com o candidato).

No seguimento das opções de certificação a levar a sessão de júri, a equipa técnico-pedagógica, em conjunto com o avaliador externo, deve, neste momento, produzir, para cada candidato em análise, uma primeira versão de Plano Pessoal de Qualificação (PPQ), ou mesmo do Plano de Desenvolvimento Pessoal (PDP), conforme a certificação a conferir ao candidato seja parcial ou total, respectivamente. Esta versão será posteriormente apresentada e negociada com o candidato17.

O avaliador externo assume, também neste âmbito, um papel de grande importância. Sendo um actor externo ao Centro e relevante no contexto da educação-formação-emprego, pode dar um contributo acrescido na proposta de vias de encaminhamento para actividades de aprendizagem ao longo da vida, que decorrem do processo de RVCC, realizado por cada candidato.

A sessão de júri de certificação só deve ser marcada quando estiverem produzidas‚ para cada candidato, uma primeira versão consensual, quer para a equipa, quer para o avaliador externo, do Certificado de Qualificações e do Plano Pessoal de Qualificação ou do Plano de Desenvolvimento Pessoal.

A marcação da sessão de júri deve ficar registada na acta desta reunião de trabalho, assim como a fundamentação da proposta que a equipa leva a essa sessão.

Para além das questões anteriormente referidas, o número de processos de candidatos que são analisados em cada reunião

constitui um indicador de rigor e qualidade das intervenções. Neste sentido, é importante reiterar a necessidade de assegurar um número razoável e limitado de processos de candidatos analisados em cada reunião, com vista a que cada um possa beneficiar de uma avaliação e discussão o mais cuidada e personalizada possível.

3.5 Preparação da sessão com o candidato A equipa técnico-pedagógica e o candidato

Uma a duas semanas antes da sessão de júri de certificação: A equipa técnico-pedagógica deve informar o candidato acerca das decisões tomadas em articulação com o avaliador externo. Uma versão preliminar de Plano Pessoal de Qualificação (ou de Plano de Desenvolvimento Pessoal) deve ser apresentada, discutida e consensualizada com o candidato.

A equipa técnico-pedagógica deve ainda preparar cada candidato para a sessão.

Em primeiro lugar, deve esclarecê-lo relativamente ao funcionamento das sessões de júri de certificação, o papel dos vários elementos participantes e recomendar-lhe o convite a diferentes pessoas para participarem na sessão, quer familiares e amigos, quer outros. No caso de concordarem quanto ao interesse em convidar actores-chave da comunidade, o coordenador ou o director do Centro assumem um importante papel no estabelecimento do contacto, endereçando os convites institucionais.

Em segundo lugar, a equipa deve apoiar o candidato na preparação da sua apresentação. Dado que um dos pressupostos •

17 Novamente se sublinha que o PDP pode ou não ser explorado (em traços gerais) na sessão de júri de certificação, embora deva ser definido pela equi-pa do Centro Novas Oportunidades com o candidato no final do processo de RVCC.

(37)



do processo RVCC é consolidar percursos de auto-aprendizagem e reflexividade a partir das suas experiências de vida, tal deve ser espelhado nesta etapa final de uma forma consistente e visível.

Neste sentido, importa que se incentive os candidatos a explicitar essa auto-reflexão ao longo do processo, fazendo a ligação entre a sua biografia (retrospectiva e, eventualmente, prospectiva – no sentido das expectativas e projectos pessoais e profissionais) e as competências adquiridas e evidenciadas.

O que importa solicitar aos candidatos deve, portanto, responder a estas questões, e cabe à equipa técnico-pedagógica preparar com cada um a apresentação que será objecto de avaliação pública na sessão de júri de certificação.

Esta apresentação deve ser balizada pelos próprios Referenciais de Competências-Chave. Não se pretende uma exposição oral acerca dos conteúdos do referencial, mas que o candidato consiga associar, reflexivamente, as suas experiências de vida/aprendizagens a um conjunto de competências constantes nos referenciais. Tal é, em si mesmo, revelador de que estes foram apropriados e integrados na história pessoal de cada um.

Por outro lado, cada apresentação é única, porque as histórias de vida dos candidatos são sempre singulares. Desta forma, não se pretende que, nestas sessões, haja excessiva uniformização das apresentações. Assim como o portefólio reflexivo de aprendizagens deve ser único, original e centrar-se no próprio candidato, a apresentação também deve reflectir a especificidade de cada um dos indivíduos.

Neste sentido, as apresentações a preparar não devem obedecer a um formato rígido e pré-definido, sendo aconselhável que, respondendo aos aspectos aqui referidos, os tipos de apresentação variem de candidato para candidato.

O quadro que se segue indica diferentes tipos de apresentações que podem ser adoptados nas sessões de júri de certificação. De sublinhar que esta tipologia não pretende ser exaustiva, mas apenas propor vários “formatos” que podem ser mobilizados pelos candidatos e pelas equipas dos Centros Novas Oportunidades, de modo a reforçar a diversidade e a individualidade do momento de certificação de cada candidato.

Quadro 3 – Tipos de apresentações e exemplos de aplicação

Tipos de apresentação Observações

Demonstração prática ou apresentação oral de um trabalho, reforçada

com uma reflexão sobre a forma como as competências mobilizadas para a sua execução se “cruzam” com o referencial de competências-chave e como o portefólio reflexivo de aprendizagens espelha essas competências.

Quando necessário (no âmbito de processos de nível básico, em que o candidato não tenha grande capacidade expositiva), o profissional de RVC e/ou os formadores podem manter um diálogo com o candidato para que este, durante ou após a apresentação do trabalho, explicite a relação entre as competências em evidência e o referencial de competências-chave.

No caso específico de candidatos desempregados ou em situação de reconversão profissional, o trabalho apresentado pelo candidato pode visar a procura de emprego, consistindo na “exploração” de uma determinada temática profissional que ateste um conjunto de competências adequadas à ocupação de determinados postos de trabalho, e que explicite a relação destas com o referencial de competências-chave. Neste caso, assume especial importância a presença, como convidados, de potenciais empregadores ou outros representantes do mercado de emprego.

(38)



Quadro 3 – Tipos de apresentações e exemplos de aplicação (cont.)

Tipos de apresentação Observações

Apresentação do portefólio reflexivo de aprendizagens, articulando o seu

discurso na relação entre as evidências nele contidas, as actividades que permitiram tornar evidentes as competências que estão a ser certificadas, o seu percurso de vida e o referencial de competências-chave.

Quando necessário (no âmbito de processos de nível básico, em que o candidato não tenha grande capacidade expositiva), o profissional RVC e/ ou os formadores podem manter um diálogo com o adulto para que este, durante ou após a apresentação do portefólio, explicite a relação entre as competências em evidência e o referencial de competências-chave. Esta apresentação deve centrar-se na identificação das competências validadas (cruzamento com o percurso de vida).

Balanço do processo de reconhecimento desenvolvido, baseado numa

reflexão sobre a forma como as actividades desenvolvidas permitiram evidenciar as competências detidas e sobre aprendizagens feitas durante o processo de RVCC.

Este tipo de apresentação é útil quando o candidato apenas obtém uma certificação parcial, pois ao centrar-se na reflexão sobre as aprendizagens feitas, permite potenciar o reforço do seu “compromisso” para o prosseguimento do percurso de qualificação, nos termos específicos definidos no respectivo Plano Pessoal de Qualificação.

Valorização das competências que o candidato já detinha e/ou adquiriu durante o processo de reconhecimento, assim como identificação das competências a adquirir, tendo como enquadramento o percurso de vida

do adulto (percurso anterior ao desenvolvimento do processo de RVCC e percurso a seguir após conclusão do processo de RVCC) e o referencial de competências-chave.

Este tipo de apresentação é particularmente útil quando o candidato apenas obtém uma certificação parcial, pois, neste caso, a sessão de júri deve potenciar a sua sensibilização e mobilização para a conclusão do respectivo percurso de qualificação, através do encaminhamento para uma “solução” formativa. A apresentação pode, por exemplo, centrar-se numa reflexão, por parte do candidato, sobre os contornos específicos do seu Plano Pessoal de Qualificação, em função do referencial de competências-chave e dos conteúdos do portefólio reflexivo de aprendizagens, destacando os pontos fortes (valorização das competências que detém) e de desenvolvimento (*). Também em situações de obtenção de uma certificação total pode ser adoptado este tipo de apresentação, nestes casos centrada na definição de um Plano de Desenvolvimento Pessoal (PDP) em função do(s) percurso(s) de aprendizagem/qualificação que o candidato pode seguir. Nesta situação o candidato pode, por exemplo, identificar as competências que detém e destacar a sua importância para a concretização do percurso de aprendizagem/qualificação que pretende seguir.

(*) Neste caso específico, o conhecimento, por parte do candidato, do referencial de competências-chave e, quando se trate de um processo de RVCC de nível

secundário, do respectivo referencial de formação de base constante do Catálogo Nacional de Qualificações, assim como da articulação entre ambos, assume grande relevância, como garante da sua consciencialização relativamente ao percurso formativo a realizar.

Como se referiu, os tipos de apresentação aqui elencados são exemplificativos da diversidade de “formatos” que podem ser adoptados no âmbito das sessões de júri de certificação e, como tal, reflectem o seu carácter flexível. Esta flexibilidade não impede, porém, que existam alguns elementos comuns a todas as apresentações, como aqui se sintetiza:

a equipa técnico-pedagógica deve apoiar todos os candidatos no planeamento e na preparação da sessão de certificação (prática que melhora a qualidade da apresentação final);

a intervenção de cada candidato deve iniciar-se com a sua caracterização, dando-se destaque, de forma •

necessariamente sintética, aos aspectos do seu percurso de vida que possam ser relevantes para clarificar a apresentação que vai fazer e melhor compreender o seu portefólio reflexivo de aprendizagens, e às razões que o levaram a inscrever-se no Centro Novas Oportunidades e/ou a desenvolver o processo de RVCC escolar; esta explicitação inicial permitirá clarificar a relação da apresentação que seguidamente é feita por cada candidato com a sua história de vida, com as competências propostas a certificação e com as evidências que atestam essas competências incluídas no portefólio reflexivo de aprendizagens;

todas as apresentações devem incidir em conteúdos que coloquem o candidato à vontade consigo próprio e estar •

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associadas à valorização de competências que, não só detém, como procura comprovar através de evidências incluídas no portefólio reflexivo de aprendizagens;

todos devem apresentar elementos factuais relativamente ao percurso de qualificação desenvolvido (duração, número de sessões de trabalho, número de horas de formação, etc.).

No capítulo relativo aos “Instrumentos de trabalho”, apresentam-se alguns casos fictícios que ilustram os diferentes tipos de apresentações aqui indicados.

Para finalizar este momento preparatório, é importante que, uma ou duas semanas antes de cada sessão de júri de certificação, o director ou o coordenador do Centro Novas Oportunidades enderece convites a entidades e/ou actores-chave do território para participarem na sessão, realçando a importância pública do momento.

Devem ser divulgados, de forma sistemática, nas entidades promotoras e nas instituições de referência, o calendário de realização dos júris de certificação, o local onde se realizam e os nomes dos candidatos à certificação.

Sempre que se trate de uma sessão de júri de certificação parcial, que tenha em vista o encaminhamento para uma oferta educativa/formativa exterior ao Centro, devem ser convidados elementos das equipas de formação das potenciais entidades para as quais é feito encaminhamento de cada candidato, promovendo-se uma “boa prática” de articulação entre as diferentes modalidades de qualificação.

(40)
(41)



Funcionamento da sessão

de júri de certificação

(42)

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