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Atualização da 13ª edição do Manual de Direito Previdenciário Hugo Goes. Para realizar as atualizações, usaremos o seguinte método:

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Academic year: 2021

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Atualização da 13ª edição do Manual de Direito Previdenciário Hugo Goes

Para realizar as atualizações, usaremos o seguinte método:

1. Os textos que serão ​EXCLUÍDOS​ estão tachados e realçados em vermelho. 2. Os textos que serão ​ACRESCENTADOS​ estão realçados em azul.

3. Os textos que serão ​MODIFICADOS​ estão realçados em verde.

Páginas 13 a 14 – Alterar o verde.

Para os servidores públicos federais ocupantes de cargos efetivos que tiverem ingressado no serviço público a partir do início da vigência do Regime de Previdência Complementar acima referido, independentemente de sua adesão aos respectivos planos de benefícios, aplica-se o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) às aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) da União. Para os que já tinham ingressado no serviço público antes da vigência da Funpresp, o teto do RGPS somente será aplicado mediante sua prévia e expressa opção (CF, art. 40, §16). Atualmente, o teto dos benefícios do RGPS é ​R$5.645,80​.

Página 26 – Alterar o verde.

ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé.

A seletividade atua na delimitação do rol de prestações, ou seja, na escolha dos benefícios e serviços a serem mantidos pela Seguridade Social, enquanto a distributividade direciona a atuação do sistema protetivo para as pessoas com maior necessidade, definindo o grau de proteção. Os benefícios da assistência social, por exemplo, serão concedidos1 apenas aos necessitados; os benefícios salário-família e o auxílio-reclusão só serão concedidos aos beneficiários de baixa renda (atualmente, para aqueles que tenham renda mensal inferior ou igual a ​R$1.319,18​). 2

Página 106 – Acrescentar o azul.

VII – a incidência do Imposto Sobre Produtos Industrializados – IPI sobre o produto das atividades desenvolvidas nos termos do § 12 do art. 11 da Lei 8.213/91.

1 BALERA, Wagner. Noções Preliminares de Direito Previdenciário. São Paulo: Quartier Latin, 2004, p. 87.

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O empreendedor que exerça as atividades de industrialização, comercialização e prestação de serviços no âmbito rural que efetuar seu registro como Microempreendedor Individual – MEI não perderá a condição de segurado especial da Previdência Social (LC 123/06, art. 18-E, §5º).

Conforme o § 12 do art. 11 da Lei 8.213/91, a participação do segurado especial em sociedade empresária, em sociedade simples, como empresário individual ou como titular de empresa individual de responsabilidade limitada de objeto ou âmbito agrícola, agroindustrial ou agroturístico, considerada microempresa nos termos da Lei Complementar 123/2006, não o exclui de tal categoria previdenciária, desde que, mantido o exercício da sua atividade rural na forma estabelecida na Lei 8.213/91, art. 11, VII e § 1º, a pessoa jurídica componha-se apenas de segurados de igual natureza [ou seja, apenas de segurados especiais] e sedie-se no mesmo Município ou em Município limítrofe àquele em que eles desenvolvam suas atividades.

Páginas 126 a 127 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul; Alterar o verde.

XXX. o Microempreendedor Individual – MEI de que tratam os arts. 18-A e 18-C da Lei Complementar 123/06, que opte pelo recolhimento dos impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional em valores fixos mensais.

Considera-se Microempreendedor Individual – MEI o empresário individual que tenha auferido receita bruta, no ano-calendário anterior, de até R$60.000,00, optante pelo Simples Nacional e que não esteja impedido de optar pela sistemática de recolhimento aplicada ao MEI (LC 123/06, art. 18-A, §1º).

Considera-se Microempreendedor Individual – MEI o empresário individual que se enquadre na definição do art. 966 do Código Civil, ou o empreendedor que exerça as atividades de industrialização, comercialização e prestação de serviços no âmbito rural, que tenha auferido receita bruta, no ano-calendário anterior, de até R$ 81.000,00 (oitenta e um mil reais), que seja optante pelo Simples Nacional e que não esteja impedido de optar pela sistemática de recolhimento aplicada ao MEI (LC 123/06, art. 18-A, §1º).

No caso de início de atividades, o limite máximo da receita bruta para que o empresário individual se enquadre como MEI será de ​R$6.750,00 multiplicados pelo número de meses compreendido entre o início da atividade e o final do respectivo ano-calendário, consideradas as frações de meses como um mês inteiro.

Não poderá optar pela sistemática de recolhimento aplicada ao MEI o empresário individual: (a) que possua mais de um estabelecimento; (b) que participe de outra empresa como titular, sócio ou administrador; (c) que contrate empregado; ou (d) cuja atividade seja tributada pelos anexos IV ou V da Lei Complementar 123/06, salvo autorização relativa a exercício de atividade isolada na forma regulamentada pelo Comitê Gestor.

(3)

Observação:

Em regra, para que o empresário individual possa optar pela sistemática de recolhimento aplicada ao MEI, ele não pode contratar empregados (LC 123/06, art. 18-A, §4º, IV). Todavia, poderá se enquadrar como MEI o empresário individual que possua um único empregado que receba exclusivamente 1 (um) salário mínimo ou o piso salarial da categoria profissional (LC 123/06, art. 18-C).

O Microempreendedor Individual – MEI​, em regra, é segurado obrigatório do RGPS, na qualidade de contribuinte individual (RPS, art. 9º, V, “p”). ​Contudo, o empreendedor que exerça as atividades de industrialização, comercialização e prestação de serviços no âmbito rural que efetuar seu registro como MEI não perderá a condição de segurado especial da Previdência Social (LC 123/06, art. 18-E, §5º).

XXXI. O médico participante do Projeto Mais Médicos para o Brasil

Página 187 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul.

1.1.4 Perda da qualidade de segurado

No caso de perda da qualidade de segurado, para efeito de carência para a concessão dos benefícios de auxílio-doença, de aposentadoria por invalidez e de salário-maternidade, o segurado deverá contar, a partir da nova filiação à Previdência Social, com os períodos de carência exigidos para esses benefícios (Lei 8.213/91, art. 27-A).

Ou seja, para fins de concessão de auxílio-doença, de aposentadoria por invalidez e de salário-maternidade, havendo perda da qualidade de segurado e, posteriormente, havendo uma nova filiação, o segurado recomeçará do zero a contagem do seu período de carência. As contribuições recolhidas em períodos anteriores à perda da qualidade de segurado não serão computadas para efeito da carência dos benefícios de auxílio-doença, de aposentadoria por invalidez e de salário-maternidade.

No caso de perda da qualidade de segurado, para efeito de carência para a concessão dos benefícios de auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e salário-maternidade, o segurado deverá contar, a partir da nova filiação à Previdência Social, com metade dos períodos de carência exigidos para tais benefícios (Lei 8.213/91, art. 27-A). Enquanto o segurado não atingir essa quantidade de contribuições, ele não poderá recuperar, para efeito de carência, os recolhimentos anteriores à perda da qualidade de segurado. Basicamente, este pagamento funciona como uma forma de "pedágio" ao segurado que perdeu a qualidade e, posteriormente, voltou ao sistema protetivo.

Assim, no caso da aposentadoria por invalidez e do auxílio-doença, para efeito de carência, o segurado só poderá recuperar os recolhimentos anteriores

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à perda da qualidade de segurado, depois que, a partir da nova filiação à Previdência Social, recolher 6 contribuições mensais. No caso do salário-maternidade, só depois de recolher 5 contribuições mensais.

BENEFÍCIO CARÊNCIA

(em regra)

CONTRIBUIÇÕES EXIGIDAS A PARTIR DA NOVA FILIAÇÃO

Auxílio-doença 12 6

Aposentadoria por

invalidez 12 6

Salário-maternidade 10 5

Vale frisar que a regra aqui discutida somente é aplicada para os benefícios de auxílio-doença, de aposentadoria por invalidez e de salário-maternidade. Para os demais benefícios, as contribuições recolhidas em períodos anteriores à perda da qualidade de segurado serão ​sempre computadas para efeito da carência. E mesmo quando se trata de auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e salário-maternidade, a regra em tela somente será aplicada para os casos em que esses benefícios exigem carência. Há casos em que a concessão desses benefícios independe de carência (Lei 8.213/91, art. 26, II e VI).

Página 188 – Alterar o verde; Acrescentar o azul.

Exemplo:

Joaquim inscreveu-se no RGPS como segurado facultativo e recolheu, sem atraso, 10 contribuições mensais. Em virtude de dificuldades financeiras, passou 9 meses sem recolher suas contribuições, perdendo, assim, a qualidade de segurado. Passadas as dificuldades financeiras, Joaquim voltou a contribuir, readquirindo a qualidade de segurado. Após ter recolhido mais 5 contribuições mensais, Joaquim adoeceu, ficando incapacitado para suas atividades habituais por mais de 15 dias. A enfermidade que incapacitou o segurado não está relacionada na lista de doenças em que a carência é dispensada. Nesta situação, Joaquim não terá direito ao auxílio-doença, pois a partir da nova filiação não recolheu ​6 contribuições mensais, que é a ​metade da carência exigida para fins de concessão de auxílio-doença.

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Em outras palavras, o salário de benefício é a base de cálculo das aposentadorias, do auxílio-doença e do auxílio-acidente. A partir dessa base é que será calculado o valor da renda mensal inicial desses benefícios, por meio de aplicação de percentuais previstos em lei. Por exemplo: ​em regra, a renda mensal inicial do auxílio-doença corresponde a 91% do salário de benefício. Assim, se o salário de benefício calculado for o equivalente a ​R$2.000,00​, a renda mensal inicial do auxílio-doença será de ​R$1.820,00​.

Página 200 – Alterar o verde.

Tábua de expectativa de vida – IBGE ​2016​

ambos os sexos Idade

exata Expectativa de vida Idade exata Expectativa de vida

45 anos 34,7 ​anos 56 anos 25,4​

anos

46 anos 33,8​

anos 57 anos 24,6​

anos 47 anos 32,9​

anos 58 anos 23,8​

anos 48 anos 32,1​

anos 59 anos 23,0​

anos 49 anos 31,2​

anos 60 anos 22,3​

anos 50 anos 30,3​

anos 61 anos 21,5​

anos 51 anos 29,5​

anos 62 anos 20,7​

anos

52 anos 28,7​ anos 63 anos 20,0​

anos

53 anos 27,8​

anos 64 anos 19,3​

anos 54 anos 27,0​

anos 65 anos 18,5​

anos 55 anos 26,2​

anos 66 anos 17,8​

anos

Páginas 201 a 202 – Alterar o verde.

ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé.

Exemplo 1​: Maria Marta, 47 anos de idade, contribui para a previdência desde os

17 anos de idade, contando com 30 anos de contribuição. Sua expectativa de sobrevida, de acordo com a tabela do IBGE, é de ​32,9

anos. Qual é o valor do fator previdenciário?

Resposta: Es = ​32,9​;

Tc = 30 + 5 = 35 (acréscimo para mulheres); Id = 47;

a = 0,31.

f = 35 x 0,31 x [1 + (47 + 35 x 0,31) ] = ​0,520

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Exemplo 2​: Joaquim José, ​66 anos de idade, após completar 34 anos de

contribuição, requereu aposentadoria por idade. Sua expectativa de sobrevida, de acordo com a tabela do IBGE, é de ​17,8

anos. Qual é o valor do fator previdenciário? Resposta: Es = ​17,8​; Id = ​66​; Tc = 34; a = 0,31. f = 34 x 0,31 x [1 + (​66​ + 34 x 0,31) ] = ​1,045 17,8 100

O Plenário do STF, no julgamento da ADI 2.111-MC/DF, entendeu constitucional o fator previdenciário previsto no art. 29, caput, incisos e parágrafos, da Lei 8.213/1991, com redação dada pelo art. 2º da Lei 9.876/1999

. 3

1.3 Limites da renda mensal do benefício

A regra é que a renda mensal do benefício não terá valor inferior ao do salário mínimo (hoje, ​R$954,00​), nem superior ao limite máximo do salário de contribuição (hoje, ​R$5.645,80​), respeitados os direitos adquiridos. 4

Páginas 214 a 215 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul; Alterar o verde.

A aposentadoria por invalidez é um benefício provisório, pois o segurado pode, em certos casos, recuperar-se. O segurado aposentado por invalidez poderá ser convocado a qualquer momento para avaliação das condições que ensejaram o afastamento ou a aposentadoria, concedida judicial ou administrativamente (Lei 8.213/91, art. 43, § ​4º)​. Por isso, o segurado aposentado por invalidez está obrigado, sob pena de suspensão do benefício, a submeter-se a exame médico a cargo da previdência social, processo de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado e tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos (Lei 8.213/91, art. 101). No entanto, o aposentado por invalidez que não tenha retornado à atividade estará isento desses exames ​após completar 60 anos de idade ​nos seguintes casos: (I) após completarem 55 anos ou mais de idade e quando decorridos 15 anos da data da concessão da aposentadoria por invalidez ou do auxílio-doença que a precedeu; ou (II) após completarem 60 anos de

3 STF, ADI 2.111-MC/DF, Rel. Min. Sydney Sanches, DJ 05/12/2003, p. 17. 4 Valor atualizado, a partir de ​1º/01/2018​, pela Portaria MF nº ​15, de 16/01/2018​.

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idade. Mas a referida isenção não se aplica quando o exame tem as seguintes finalidades:

I – verificar a necessidade de assistência permanente de outra pessoa para a concessão do acréscimo de 25% sobre o valor do benefício, conforme dispõe o art. 45 da Lei 8.213/91;

II – verificar a recuperação da capacidade de trabalho, mediante solicitação do aposentado que se julgar apto;

III – subsidiar autoridade judiciária na concessão de curatela, conforme dispõe o art. 110 da Lei 8.213/91.

A perícia médica do INSS terá acesso aos prontuários médicos do periciado no Sistema Único de Saúde (SUS), desde que haja a prévia anuência do periciado e seja garantido o sigilo sobre os dados dele (Lei 8.213/91, art. 101, § 4º).

É assegurado o atendimento domiciliar e hospitalar pela perícia médica e social do INSS ao segurado com dificuldades de locomoção, quando seu deslocamento, em razão de sua limitação funcional e de condições de acessibilidade, imponha-lhe ônus desproporcional e indevido (Lei 8.213/91, art. 101, § 5º).

O Estatuto do Idoso assegura ao idoso enfermo o atendimento domiciliar pela perícia médica do INSS, pelo serviço público de saúde ou pelo serviço privado de saúde, contratado ou conveniado, que integre o Sistema Único de Saúde – SUS, para expedição do laudo de saúde necessário ao exercício de seus direitos sociais e de isenção tributária (Lei 10.741/2003, art. 15, §6º).

Página 278 – Alterar o verde; Acrescentar o azul.

O fato de o reconhecimento da incapacidade ter sido feito mediante recepção da documentação médica do segurado não afasta a possibilidade de o INSS convocar o segurado, em qualquer hipótese e a qualquer tempo, para avaliação pericial (RPS, art. 75-A, § 4º). O segurado em gozo de auxílio-doença, concedido judicial ou administrativamente, poderá ser convocado a qualquer momento, para avaliação das condições que ensejaram a sua concessão e a sua manutenção (Lei 8.213/91, art. 60, § ​10​). ​O segurado que não concordar com o resultado de tal avaliação poderá apresentar, no prazo máximo de trinta dias, recurso da decisão da administração perante o Conselho de Recursos do Seguro Social, cuja análise médica pericial, se necessária, será feita pelo assistente técnico médico da junta de recursos do seguro social, perito diverso daquele que indeferiu o benefício (Lei 8.213/91, art. 60, § 11).

Em regra, a avaliação pericial é realizada pela perícia médica do INSS. Mas, nos casos de impossibilidade de realização de perícia médica pelo órgão ou setor próprio competente, assim como de efetiva incapacidade física ou técnica de implementação das atividades e de atendimento adequado à clientela da previdência social, o INSS poderá, sem ônus para os segurados, celebrar, nos termos do regulamento, convênios, termos de execução descentralizada, termos de fomento ou de colaboração, contratos não onerosos ou acordos de cooperação técnica para realização de perícia médica, por delegação ou simples

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cooperação técnica, sob sua coordenação e supervisão, com órgãos e entidades públicos ou que integrem o Sistema Único de Saúde (Lei 8.213/91, art. 60, § 5º).

Páginas 281 a 282 – Acrescentar o azul; Excluir o vermelho: Alterar o verde.

O auxílio-doença não poderá exceder a média aritmética simples dos últimos doze salários de contribuição, inclusive no caso de remuneração variável, ou, se não alcançado o número de doze, a média aritmética simples dos salários de contribuição existentes (Lei 8.213/91, art. 29, §10).

Exemplo 1

Para fins de cálculo do auxílio-doença, o salário de benefício de Lucas deu igual a R$3.000,00. A média aritmética dos 12 últimos salários de contribuição de Lucas deu igual a R$2.900,00. Neste caso, a renda mensal inicial do auxílio-doença do segurado será igual a R$2.730,00 (que corresponde a 91% de R$3.000,00).

Exemplo 2

Para fins de cálculo do auxílio-doença, o salário de benefício de Tiago deu igual a R$4.000,00. A média aritmética dos 12 últimos salários de contribuição de Tiago deu igual a R$3.500,00. Veja que 91% de R$4.000,00 dá igual a R$3.640,00. No entanto, no caso em tela, o valor do auxílio-doença não poderá exceder a R$3.500,00. Assim, neste caso, a renda mensal inicial do auxílio-doença do segurado será igual a R$3.500,00.

Para o segurado especial, a renda mensal do auxílio-doença é de um salário mínimo. Todavia, caso o segurado especial tenha optado por contribuir, facultativamente, com a alíquota de 20% sobre o salário de contribuição, a renda mensal do benefício será calculada de forma igual à aplicada para os demais segurados.

2.6.8 Data de início do benefício

O auxílio-doença será devido:

I – ao segurado empregado, ​exceto ao submetido ao contrato de trabalho intermitente, a partir do 16º dia do afastamento da atividade ou a partir da data de entrada do requerimento, se entre o afastamento e a data de entrada do requerimento decorrerem mais de 30 dias; ​e

II - ao segurado empregado submetido ao contrato de trabalho intermitente, previsto no art. 452-A da CLT, a partir da data do início da

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incapacidade ou da data de entrada do requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de 30 dias; e

III – aos demais segurados, a partir do início da incapacidade ou da data de entrada do requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de 30 dias.

Tratando-se de segurado empregado, ​exceto ao submetido ao contrato de trabalho intermitente, se requerido até o 30º dia do afastamento, o auxílio-doença será devido a contar do 16º dia do afastamento da atividade. É assim porque durante os primeiros 15 dias consecutivos de afastamento da atividade por motivo de doença ou de acidente de trabalho ou de qualquer natureza, caberá à empresa pagar ao segurado empregado o seu salário integral (Lei 8.213/91, art. 60, §3º). Quando o auxílio-doença for requerido pelo empregado após o 30º dia do afastamento, o benefício será devido a contar da data do requerimento.

O art. 452-A da CLT disciplina o denominado contrato de trabalho intermitente, que é um tipo de contrato de trabalho que remunera o trabalhador por hora ou por dia de trabalho. Os trabalhadores submetidos a esse tipo de contrato de trabalho são considerados como segurados empregados. Contudo, em relação ao auxílio-doença, o § 13 do art. 452-A da CLT estabeleceu uma regra diferente da aplicada para os demais segurados empregados. O referido dispositivo legal determina que, para o empregado submetido ao contrato de trabalho intermitente, o auxílio-doença será devido a partir da data do início da incapacidade, vedada a aplicação do disposto § 3º do art. 60 da Lei 8.213/91.

O § 3º do art. 60 da Lei 8.213/91 determina o seguinte: “durante os primeiros 15 dias consecutivos ao do afastamento da atividade por motivo de doença, incumbirá à empresa pagar ao segurado empregado o seu salário integral”. Considerando que o § 13 do art. 452-A da CLT vedou a aplicação desse dispositivo legal para o empregado intermitente, na hipótese de incapacidade temporária por prazo inferior ou igual a 15 dias, ele ficará desprovido de qualquer cobertura, seja pela previdência social ou pelo empregador, pois o auxílio-doença só será devido ao segurado que ficar incapacitado por mais de 15 dias consecutivos (Lei 8.213/91, art. 59).

Para os demais segurados, se requerido até o 30º dia do afastamento, o auxílio-doença será devido a partir da data do início da incapacidade. Quando requerido após o 30º dia do afastamento, o benefício será devido a contar da data do requerimento.

Página 283 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul; Alterar o verde.

O segurado em gozo de auxílio-doença, insuscetível de recuperação para sua atividade habitual, deverá submeter-se a processo de reabilitação profissional para exercício de outra atividade, não cessando o benefício até que seja dado como habilitado para o desempenho de nova atividade que lhe garanta

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a subsistência ou, quando considerado não recuperável, seja aposentado por invalidez.

O segurado em gozo de auxílio-doença, insuscetível de recuperação para sua atividade habitual, deverá submeter-se a processo de reabilitação profissional para o exercício de outra atividade (Lei 8.213/91, art. 62). O auxílio-doença será mantido até que o segurado seja considerado reabilitado para o desempenho de atividade que lhe garanta a subsistência ou, quando considerado não recuperável, seja aposentado por invalidez.

2.6.10 Prazo estimado para a duração do benefício

Sempre que possível, o ato de concessão ou de reativação de auxílio-doença, judicial ou administrativo, deverá fixar o prazo estimado para a duração do benefício (Lei 8.213/91, art. 60, § ​8º​). Na ausência de fixação desse prazo, o benefício cessará após o prazo de 120 dias, contado da data de concessão ou de reativação, exceto se o segurado requerer a sua prorrogação junto ao INSS (Lei 8.213/91, art. 60, § ​9º​).

Página 295 – Alterar o verde.

ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé.

O salário-família será devido, mensalmente, aos segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso que tenham salário de contribuição inferior ou igual a R$1.319,18​, na proporção do respectivo número de filhos 5

Página 296 – Alterar o verde.

Os R$360,00 citados pela art. 13 da EC 20, corrigidos pelos mesmos índices de reajuste aplicados aos demais benefícios do RGPS, correspondem, atualmente, a R$1.319,18​.

Página 297 – Alterar o verde.

I. ​R$45,00​, para o segurado com remuneração mensal não superior a ​R$877,67​; e II. ​R$31,71​, para o segurado com remuneração mensal superior a ​R$877,67 e igual ou inferior a ​R$1.319,18​.

Os valores acima são os vigentes a partir de ​1º/01/2018​, de acordo com a Portaria MF nº 15, de 16/01/2018 ​. Esses valores são corrigidos na mesma data e pelo mesmo índice de correção dos demais benefícios do RGPS.

Como se vê, os segurados que tenham remuneração mensal superior a ​R$1.319,18 não têm direito ao salário-família.

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Para fins de reconhecimento do direito ao salário-família, considera-se remuneração mensal do segurado o valor total do respectivo salário de contribuição, ainda que resultante da soma dos salários de contribuição correspondentes a atividades simultâneas (Portaria MF nº ​15/2018​, art. 4º, §1º). O direito à cota do salário-família é definido em razão da remuneração que seria devida ao empregado no mês, independentemente do número de dias efetivamente trabalhados (Portaria ​MF nº ​15/2018​, art. 4º, §2º).

Todas as importâncias que integram o salário de contribuição serão consideradas como parte integrante da remuneração do mês, exceto o 13º salário e o adicional de férias previsto no inciso XVII do art. 7º da Constituição Federal, para efeito de definição do direito à cota de salário-família (Portaria ​MF nº ​15/2018​, art. 4º, §3º).

Página 298 – Alterar o verde.

Exemplo:

Maria e Joaquim, empregados da empresa Beta S.A., são casados e têm, em comum, quatro filhos: Mateus (16 anos de idade), Marcos (12 anos), Lucas (8 anos) e João (4 anos). A remuneração mensal de Maria é ​R$1.100,00, e a de Joaquim, R$1.200,00​. Neste caso, Maria receberá três cotas de salário-família, sendo R$31,71 o valor de cada cota, perfazendo um total de ​R$95,13​. Joaquim também receberá três cotas, sendo ​R$31,71 o valor de cada cota, perfazendo um total de R$95,13​. Note-se que, apesar da existência de quatro filhos, cada um dos segurados só terá direito a três cotas de salário-família, pois o primeiro filho (Mateus) já tem mais de 14 anos de idade.

No exemplo supra, a empresa Beta S.A. pagará, a título de salário-família, um valor total de ​R$190,26 (que corresponde a ​95,13 + ​95,13​). Quando a empresa Beta S.A. for recolher as contribuições previdenciárias incidentes sobre a remuneração dos segurados que lhes prestam serviço, terá o direito de se reembolsar desse valor despendido com o pagamento de salário-família.

O salário-família do trabalhador avulso independe do número de dias trabalhados no mês, devendo o seu pagamento corresponder ao valor integral da cota (RPS, art. 82, §2º). Já para o empregado, a cota do salário-família é devida proporcionalmente aos dias trabalhados nos meses de admissão e demissão (Portaria ​MF nº ​15/2018​, art. 4º, §4º).

Página 302 – Alterar o verde.

O restante da tabela permanece como está.

Quadro Resumo – Salário-família

Fato gerador Ser segurado de baixa renda (SC de até ​R$1.319,18​); e Ter filho (ou equiparado) até 14 anos de idade ou inválido.

Beneficiários

a) Segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso;

b) Aposentado por invalidez ou por idade; e

c) Demais aposentados a partir dos 65 anos de idade, se homens, ou 60 anos de idade, se mulheres.

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Carência Não é exigida.

Renda mensal

Uma cota em relação a cada filho (ou equiparado) até 14 anos de idade ou inválido. O valor da cota é de:

I - ​R$45,00​, para o segurado com remuneração mensal não superior a ​R$877,67​; e

II - ​R$31,71​, para o segurado com remuneração mensal superior a R$877,67​ e igual ou inferior a ​R$1.319,18​.

Página 309 – Acrescentar o azul.

Fugindo à regra geral, o salário-maternidade devido à empregada do microempreendedor individual (MEI) será pago diretamente pela Previdência Social (Lei 8.213/91, art. 72, §3º). ​No caso de empregada submetida a contrato de trabalho intermitente, o salário-maternidade também será pago diretamente pela Previdência Social CLT, art. 452-A, § 14).

Também como exceção à regra geral, na hipótese de adoção ou guarda judicial para fins de adoção, o salário-maternidade será pago diretamente pela Previdência Social, mesmo que o adotante seja segurado empregado ​ou empregada​ (Lei 8.213/91, art. 71-A, parágrafo único).

No caso de falecimento da segurada ou segurado que fizer jus ao recebimento do salário-maternidade, o benefício será pago, por todo o período ou pelo tempo restante a que teria direito, ao cônjuge ou companheiro sobrevivente que tenha a qualidade de segurado, exceto no caso do falecimento do filho ou de seu abandono, observadas as normas aplicáveis ao salário-maternidade. Nesse caso, o benefício será pago diretamente pela Previdência Social durante o período entre a data do óbito e o último dia do término do salário-maternidade originário​, mesmo que o beneficiário tenha a qualidade de segurado empregado ou empregada​.

Para os segurados trabalhador avulso, empregado doméstico, especial, contribuinte individual e facultativo, em relação a todos os fatos geradores, o salário-maternidade será pago diretamente pela Previdência Social (Lei 8.213/91, art. 72, §3º, e art. 73).

Pagamento do salário-maternidade

Fato gerador Beneficiário Quem paga?

Parto ou aborto não criminoso

Empregada

Regra geral A empresa

Empregada do MEI Previdência Social

Empregada intermitente

Previdência Social

(13)

Adoção ou guarda judicial para fins de

adoção Todos os segurados

Previdência Social

No caso de falecimento da segurada ou

segurado que fizer jus ao recebimento do salário-maternidade.

Cônjuge ou companheiro sobrevivente que tenha a qualidade de segurado.

Previdência Social

2.9.9 Incidência de contribuição previdenciária

Página 332 – Alterar o verde.

ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé.

O inciso IV do art. 201 da Constituição Federal, na redação dada pela EC 20/98, restringiu a concessão do auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda. De acordo com o art. 13 da Emenda Constitucional 20/98, “até que a lei discipline o acesso ao salário-família e auxílio-reclusão para os servidores, segurados e seus dependentes, esses benefícios serão concedidos apenas àqueles que tenham renda bruta mensal igual ou inferior a R$360,00, que, até a publicação da lei, serão corrigidos pelos mesmos índices aplicados aos benefícios do regime geral de previdência social”. Os R$360,00 citados pela art. 13 da EC 20, corrigidos pelos mesmos índices de reajuste aplicados aos demais benefícios do RGPS, correspondem, atualmente, a ​R$1.319,18​. 6

Página 333 – Alterar o verde; Acrescentar o azul.

d) Desde que o seu último salário de contribuição seja igual ou inferior a R$1.319,18​.

Página 339 – Alterar o verde.

ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé.

Será devida a pensão por morte aos dependentes se o óbito do segurado ocorrer até doze meses após o livramento (prazo de manutenção da qualidade de segurado), mesmo que os dependentes não recebam o auxílio-reclusão em razão do salário de contribuição do segurado recluso ser superior a ​R$1.319,18 (RPS, art. 118, parágrafo7 único).

6 Valor atualizado, a partir de ​1º/01/2018​, pela Portaria MF nº ​15, de 16/01/2018​. 7 Valor atualizado, a partir de ​1º/01/2018​, pela Portaria MF nº ​15, de 16/01/2018​.

(14)

Páginas 351 a 352 – Acrescentar o azul.

Na hipótese da existência simultânea de pagamento de benefício além do devido e de empréstimos concedidos por instituições financeiras, haverá prevalência do desconto do benefício recebido indevidamente pelo beneficiário (Lei 8.213/91, art. 115, §2º).

Serão inscritos em dívida ativa pela Procuradoria-Geral Federal os créditos constituídos pelo INSS em razão de benefício previdenciário ou assistencial pago indevidamente ou além do devido. Neste caso, para fins de execução judicial, aplica-se o disposto na Lei 6.830/80, que dispõe sobre a cobrança judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública.

Nos casos em que, após o óbito do aposentado, seu cônjuge, em vez de requerer a pensão por morte, continua, indevidamente, recebendo a aposentadoria do de cujus, o STJ tem entendido que não há que se falar em má-fé, mostrando-se inviável impor a restituição dos valores recebidos. Nesse sentido, confira o seguinte julgado:

Páginas 390 a 391 – Alterar o verde.

Em valores atualizados, a partir de ​01/01/2018​, a tabela de contribuição destes segurados é a seguinte:

Salário de contribuição (R$) Alíquota

Até 1.693,72 8%

De 1.693,73 até 2.822,90 9% De 2.822,91 até 5.645,80 11% [...]

A incidência não cumulativa pode ocasionar uma situação interessante, que será demonstrada através do seguinte exemplo: João recebe uma remuneração mensal de R$2.823,00​, e Pedro, ​R$2.822,00​. Apesar de João ter uma remuneração maior que a de Pedro, após o desconto da contribuição previdenciária, sua remuneração líquida será menor que a de Pedro. Vejamos:

Empregado Remuneração Alíquota Contribuição do segurado

Remuneração líquida João R$2.823,00 11% R$310,53 R$2.512,47 Pedro R$2.822,00 9% R$253,98 R$2.568,02

A forma usada para o cálculo das contribuições previdenciárias é diferente da utilizada para o cálculo do imposto de renda. No cálculo do imposto de renda da pessoa física não ocorre a distorção verificada no exemplo acima.

A contribuição do segurado só incide até o teto do salário-de-contribuição (que atualmente é ​R$5.645,80​). Sobre o valor da remuneração que ultrapassar ​R$5.645,80​, o segurado não paga nada. Todavia, a contribuição da empresa (que será estudada mais

(15)

adiante) incide sobre a remuneração integral. Exemplo: o empregado cuja remuneração mensal é de R$9.000,00 terá descontado de sua remuneração a contribuição previdenciária de ​R$621,04 (que é o equivalente a 11% de ​R$5.645,80​). Mas a contribuição da empresa incidirá sobre R$9.000,00.

Página 392 – Alterar o verde.

Exemplo 2: ​o segurado tem vínculo empregatício com duas empresas.

Empresa Remuneração Salário de

contribuição Alíquota Contribuição

Alfa S.A. 4.000,00 4.000,00 11% 440,00

Beta S.A. 2.500,00 1.645,80 11% 181,04

Total 6.500,00 5.645,80 11% 621,04

Página 393 – Alterar o verde; Acrescentar o azul.

Exemplo 3: ​o segurado tem vínculo empregatício com duas empresas.

Empresa Remuneração Salário de

contribuição Percentual Contribuição

Alfa S.A. 7.000,00 5.645,80 11% 621,04

Beta S.A. 3.000,00 - - -

Total 10.000,00 5.645,80 11% 621,04

[...]

Assim, quando houver pagamento de remuneração relativa a 13º salário, este não deve ser somado à remuneração mensal para efeito de enquadramento na tabela de salários de contribuição, ou seja, aplicar-se-á a alíquota sobre os valores do 13º salário em separado.

Os segurados enquadrados como empregados que, no somatório de remunerações auferidas de um ou mais empregadores no período de um mês, independentemente do tipo de contrato de trabalho, receberem remuneração inferior ao salário mínimo mensal, poderão recolher ao RGPS a diferença entre a remuneração recebida e o valor do salário mínimo mensal, em que incidirá a mesma alíquota aplicada à contribuição do trabalhador retida pelo empregador (CLT, art. 911-A, § 1º). Na hipótese de não ser feito esse recolhimento complementar, o mês em que a remuneração total recebida pelo segurado de um ou mais empregadores for menor que o salário mínimo mensal não será considerado para fins de aquisição e manutenção de qualidade de segurado do

(16)

RGPS nem para cumprimento dos períodos de carência para concessão dos benefícios previdenciários (CLT, art. 911-A, § 2º).

A contribuição do segurado empregado é descontada pela empresa, devendo ser recolhida até o dia 20 do mês seguinte.

Página 396 – Alterar o verde.

Exemplo:

Paulo, bombeiro hidráulico, reformou a estrutura hidráulica da residência de Rosana e cobrou R$1.000,00 pelo serviço. Este foi o único serviço prestado por Paulo durante o mês de fevereiro de ​2018​. Neste caso, a contribuição previdenciária de Paulo, referente à competência ​02/2018​, será de R$200,00 (que corresponde a 20% de R$1.000,00). Paulo terá até o dia ​15/03/2018 para recolher sua contribuição por iniciativa própria, pois, neste caso, Rosana (pessoa física) não tem a obrigação de descontar a contribuição do segurado contribuinte individual.

Se no caso acima exposto, a remuneração recebida por Paulo fosse, por exemplo, de R$7.000,00, a contribuição que o segurado teria de recolher seria de ​R$1.129,16 (que corresponde a 20% de ​R$5.645,80​). Se a remuneração de Paulo tivesse sido de R$700,00, sua contribuição seria de​R$190,80 (que corresponde a 20% de ​R$954,00​). É assim porque a contribuição do contribuinte individual deve respeitar os limites (mínimo e máximo) do salário de contribuição.

Página 397 – Alterar o verde.

Exemplo:

No dia ​02/03/2018​, a advogada Rosana (segurada contribuinte individual) prestou serviço à empresa Alfa S.A. e recebeu R$7.000,00 pelos serviços prestados. No dia 25/03/2018​, Rosana prestou serviço à empresa Delta Ltda. e recebeu R$1.000,00 pelos serviços prestados.

A empresa Alfa é obrigada a descontar da remuneração de Rosana a contribuição de ​R$621,04 (que corresponde a 11% x ​R$5.645,80​). Assim, a remuneração líquida que a empresa Alfa pagou a Rosana foi de ​R$6.378,96 (que corresponde a R$7.000,00 – ​R$621,04​). A contribuição a cargo da empresa é de R$1.400,00 (que corresponde a 20% x R$7.000,00). A empresa Alfa é obrigada a recolher a contribuição descontada de Rosana juntamente com a contribuição a seu cargo até o dia ​20/04/2018​. Neste caso, o valor a ser recolhido pela empresa Alfa é de R$2.021,04​ (que corresponde a R$1.400,00 + ​R$621,04​).

A empresa Delta Ltda. não é obrigada a efetuar nenhum desconto na remuneração de Rosana, pois, no mês de ​março de 2018​, a segurada já contribuiu sobre o limite máximo do salário de contribuição (​R$5.645,80​). Todavia, a empresa Delta é obrigada a recolher a contribuição a seu cargo, no valor de R$200,00 (que corresponde a 20% de R$1.000,00).

(17)

Se, no exemplo anterior, a remuneração de Rosana na empresa Alfa tivesse sido de R$5.000,00 (em vez de R$7.000,00), a contribuição descontada da segurada pela empresa Alfa seria de R$550,00 (que corresponde a 11% x R$5.000,00). Na empresa Delta (mantendo-se a remuneração de R$1.000,00), a contribuição descontada seria de ​R$71,04 (que corresponde a 11% x ​R$645,80​). Ou seja, a empresa Delta descontaria a contribuição da segurada sobre o valor que faltava para atingir o teto de ​R$5.645,80​.

[...]

Exemplo:

Pedro, contribuinte individual, prestou serviço para a empresa Beta S.A. recebendo uma remuneração de R$700,00. Este foi o único serviço prestado por Pedro durante o mês de fevereiro de ​2018​. Neste caso, a empresa descontará da remuneração de Pedro a quantia de R$77,00 (que corresponde a 11% x R$700,00), sendo obrigada a recolher o valor descontado, juntamente com a contribuição a seu cargo, até o dia 20/03/2018​. Pedro terá de recolher, por iniciativa própria, até o dia ​15/03/2018​, a contribuição de ​R$50,80 (que corresponde a 20% de ​R$254,00​) para complementar sua contribuição mensal.

Página 400 – Alterar o verde.

Exemplo 1:

Um contribuinte individual, durante o mês de março de ​2018​, prestou serviços a uma missão diplomática, e recebeu pelo trabalho o valor de R$2.000,00. Sua contribuição, incluindo a dedução permitida por lei, será de:

• Contribuição do segurado (sem dedução) = R$400,00 (que corresponde a 20% de 2.000,00).

• Contribuição da missão diplomática = R$400,00 (que corresponde a 20% de 2.000,00).

• Possibilidade de dedução = R$180,00 (que corresponde a 45% de 400,00). • Limite de dedução = R$180,00 (que corresponde a 9% de 2.000,00).

• Contribuição do segurado = R$220,00 (que corresponde a R$400,00 – R$180,00). Obs.: Neste caso, o salário de contribuição foi de R$2.000,00.

Exemplo 2:

Um contribuinte individual (um eletricista, por exemplo) prestou serviço a outro contribuinte individual (um médico, por exemplo, em seu consultório particular) e recebeu uma remuneração de R$10.000,00.

• Neste caso, o salário de contribuição do eletricista é ​R$5.645,80​.

• Contribuição do segurado (sem dedução) = ​R$1.129,16 (que corresponde a 20% de ​R$5.645,80​).

• Contribuição patronal do médico (contribuinte individual equiparado a empresa) = R$2.000,00 (que corresponde a 20% de 10.000,00).

• Dedução (sem aplicação do limite máximo) = R$900,00 (que corresponde a 45% de 2.000,00).

• Limite máximo da dedução = ​R$508,12​ (que corresponde a 9% x ​5.645,80​).

• Contribuição do segurado = ​R$621,04 (que corresponde a ​R$1.129,16 – R$508,12​).

(18)

Página 405 – Alterar o verde; Excluir o Vermelho; Acrescentar o azul.

Exemplo:

No mês de março de ​2018​, o segurado Joaquim, na condição de empregado da Construtora Edifica Ltda., recebeu uma remuneração de R$4.000,00. No mesmo mês, Joaquim prestou um serviço eventual à empresa Moda Moderna Ltda., recebendo uma remuneração de R$2.500,00. Em relação à empresa Moda Moderna, Joaquim é considerado contribuinte individual. Neste caso, a contribuição descontada do segurado ocorre da seguinte forma: a Construtora Edifica desconta R$440,00 (que corresponde a 11% de 4.000,00); a Moda Moderna desconta R$181,04​ (que corresponde a 11% de ​1.645,80​).

[...]

2.3.1.4 Contribuição do segurado especial

A base de cálculo da contribuição ​deste ​do segurado ​especial é a receita bruta da comercialização da produção rural (Lei 8.212/91, art. 25); as alíquotas são as seguintes:

Contribuição Alíquota Base de cálculo

Para a Seguridade Social 1,2% Receita bruta da comercialização da produção rural

Para o RAT

Para financiamento das prestações por acidente do trabalho (RAT)

0,1% Receita bruta da comercialização da produção rural

Páginas 409 a 410 – Alterar o verde.

ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé.

Direito à Aposentadoria

por tempo de contribuição

Situação Base de cálculo Alíquota

Com direito Regra geral

Salário-de-contribuição , respeitados os limites

de ​R$954,00​ a R$5.645,80​. 8

20%

(19)

Sem direito

Regra geral Um salário mínimo. 11% Segurado facultativo

sem renda própria que se dedique exclusivamente ao trabalho doméstico no

âmbito de sua residência, desde que pertencente a família de

baixa renda.

Um salário mínimo. 5%

Se o segurado facultativo desejar ter direito à aposentadoria por tempo de contribuição, a sua contribuição será de 20% sobre o seu salário de contribuição (Lei 8.212/91, art. 21, caput). Para o segurado facultativo, o salário de contribuição é o valor por ele declarado, observado o limite máximo de ​R$5.645,80 e o limite mínimo de um salário mínimo mensal (atualmente, ​R$954,00​).

Página 424 – Alterar o verde.

Exemplo:

No mês de março de ​2018​, o resumo da folha de pagamento dos segurados que prestaram serviço à empresa Alfa Industrial Ltda. foi o seguinte:

Nome do segurado Categoria previdenciária Remuneração Joaquim Segurado empregado R$1.000,00

Rosana Segurada empregada R$2.000,00 Mateus Contribuinte individual R$7.000,00

Agora, vamos calcular as contribuições previdenciárias, levando-se em consideração que: (a) o grau de risco de acidente do trabalho desta empresa é grave; (b) o FAP da empresa é igual a 1,2773; (c) o empregado Joaquim exerce atividade com exposição a agentes nocivos, tendo direito à aposentadoria especial aos 25 anos de trabalho; (d) Rosana não está exposta a agentes nocivos; e (e) Mateus é o sócio-gerente da empresa, recebendo os R$7.000,00 a título de pro-labore:

Segurado

Contribuição da empresa incidente

sobre a remuneração do segurado Contribuição descontada do segurado Total a recolher (empresa + segurado) Para a Seguridade Social

Para o RAT (antigo SAT)

(20)

Rosana 20% x 2.000,00 3,8319% x 2.000,00 9% x 2.000,00 656,64 Mateus 20% x 7.000,00 0,00 11% x ​5.645,80 2.021,04

TOTAL R$2.000,00 R$174,96 R$881,04 3.056,00

Página 425 – Alterar o verde.

A empresa Alfa Industrial Ltda. recolherá aos cofres da Previdência Social, até o dia 20/04/2018​, o valor de ​R$3.056,00​. Ressalte-se que, neste valor, estão incluídas a parcela da contribuição a cargo da empresa e a parcela que foi descontada dos segurados.

Página 426 – Excluir o vermelho: Acrescentar o azul. ATENÇÃO: excluir também a nota de rodapé.

Em relação ao RAT (art. 22, II), as instituições financeiras seguem a regra geral. Vale dizer, o acréscimo de 2,5%, devido pelas instituições financeiras, incide somente em relação às contribuições sobre a remuneração de empregado, trabalhador avulso (art. 22, I) e contribuinte individual (art. 22, III).

Na defesa da constitucionalidade do adicional 2,5% das instituições financeiras, confira a seguinte decisão do STF:

Ementa: Processo Civil. Medida cautelar. Efeito suspensivo a recurso extraordinário. Instituição financeira. Contribuição previdenciária sobre a folha de salários. Adicional. § 1º do art. 22 da Lei nº 8.212/91. A sobrecarga imposta aos bancos comerciais e às entidades financeiras, no tocante à contribuição previdenciária sobre a folha de salários, não fere, à primeira vista, o princípio da isonomia tributária, ante a expressa previsão constitucional (Emenda de Revisão nº 1/94 e Emenda Constitucional nº 20/98, que inseriu o § 9º no art. 195 do Texto permanente). Liminar a que se nega referendo. Processo extinto. 9

Acerca do tema “contribuição adicional de 2,5% sobre a folha de salários de instituições financeiras instituída pela Lei 8.212/91”, o Supremo Tribunal Federal (STF), em 30/03/2016, no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 598.572, fixou a seguinte tese de repercussão geral:

“É constitucional a previsão legal de diferenciação de alíquotas em relação às contribuições previdenciárias incidentes sobre a folha de salários de instituições financeiras ou de entidades a elas legalmente equiparáveis, após a edição da Emenda Constitucional nº 20/1998.”

2.3.2.6 Desoneração da folha de pagamento

(21)

Página 431 – Acrescentar o azul; Excluir o vermelho; Alterar o verde.

A contribuição do produtor rural pessoa jurídica, aqui estudada, não incide sobre as receitas decorrentes de exportação de produtos, cuja comercialização ocorra a partir de 12 de dezembro de 2001, por força do disposto no inciso I do §2º do art. 149 da Constituição Federal, alterado pela Emenda Constitucional 33/2001 (IN RFB 971/2009, art. 170).

A Lei 13.606, de 9 de janeiro de 2018, acrescentou ao art. 25 da Lei 8.870/94 o seguinte parágrafo:

§ 7º O empregador pessoa jurídica poderá optar por contribuir na forma prevista no ​caput

​deste artigo ou na forma dos incisos I e II do ​caput

do art. 22 da Lei 8.212, de 24 de julho de 1991, manifestando sua opção mediante o pagamento da contribuição incidente sobre a folha de salários relativa a janeiro de cada ano, ou à primeira competência subsequente ao início da atividade rural, e será irretratável para todo o ano-calendário.

Mas de acordo com o art. 40, I, da Lei 13.606/2018, o dispositivo legal acima transcrito somente produzirá efeitos a partir de 1º de janeiro de 2019. Assim, a partir de 01/01/2019, o empregador rural pessoa jurídica terá o direito de escolher se quer recolher suas contribuições com base no art. 25, I e II da Lei 8.870/94 (sobre a receita bruta proveniente da comercialização da sua produção) ou com base no art. 22, I e II da Lei 8.212/91 (sobre a remuneração dos empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços). Já em relação ao ano de 2018, a contribuição, obrigatoriamente, incidirá sobre sobre a receita bruta proveniente da comercialização da produção rural.

Vale frisar que quando o produtor rural pessoa jurídica contrata contribuinte individual ​ou cooperativa de trabalho​, ​ele fica ​obrigado a pagar as mesmas contribuições que as empresas em geral pagam em relação a ​este ​fato gerador​.

Página 432 – Alterar o verde; Excluir o vermelho; Acrescentar o azul.

a) ​1,2% para a Seguridade Social. Esta contribuição é devida em substituição à contribuição da empresa de 20% sobre as remunerações pagas, devidas ou creditadas aos segurados empregados e trabalhadores avulsos, prevista no art. 22, I, da Lei 8.212/91.

b) 0,1% para o financiamento dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho. Esta contribuição é devida em substituição à contribuição da empresa para o RAT de 1%, 2% ou 3% sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas aos segurados empregados e trabalhadores avulsos, prevista no art. 22, II, da Lei 8.212/91.

No julgamento do RE 596.177/RS, o STF considerou como inconstitucional a contribuição do empregador rural pessoa física incidente sobre a

(22)

comercialização da produção rural, prevista no art. 25 da Lei 8.212/91, na redação dada pelo art. 1º da Lei 8.540/92. Acontece que a redação do art. 25 da Lei 8.212/91 que, atualmente, está em vigor é a dada pela Lei 10.256/2001. A discussão do tema com enfoque na Lei 10.256/2001 teve sua repercussão geral reconhecida pelo STF nos autos do RE 718.874/RS. Até a data da publicação da presente edição desta obra, o RE 718.874/RS ainda estava pendente de julgamento pelo STF.

O Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a constitucionalidade da contribuição do empregador rural pessoa física, prevista no art. 25 da Lei 8.212/91, na redação dada pela Lei 10.256/2001. A decisão foi tomada no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 718.874, com repercussão geral reconhecida. ​A tese de repercussão geral aprovada pelo STF sobre este tema estabelece o seguinte:

“É constitucional formal e materialmente a contribuição social do empregador rural pessoa física, instituída pela Lei 10.256/2001, incidente sobre a receita bruta obtida com a comercialização de sua produção.”

A Resolução do Senado Federal nº 15, de 12 de setembro de 2017, suspendeu a execução de dispositivos legais atinentes à contribuição previdenciária do empregador rural pessoa física incidente sobre a comercialização da produção rural, em razão de tais dispositivos terem sido declarados inconstitucionais por decisão proferida pelo STF nos autos do Recurso Extraordinário (RE) 363.852. Mas vale frisar que o RE 363.852 diz respeito apenas à contribuição do empregador rural pessoa física no período anterior à Lei 10.256/2001. A suspensão promovida pela Resolução do Senado nº 15/2017 deve se dar nos exatos limites da declaração de inconstitucionalidade afirmada pelo STF no RE 363.852. Assim, entendo que a referida resolução do Senado suspende a exigência da contribuição previdenciária do empregador rural pessoa física, incidente sobre o produto da comercialização da produção rural, tão somente em relação ao período anterior à Lei 10.256/2001. Esse também é o entendimento da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), exarado por meio do Parecer PGFN/CRJ nº 1447, de 27 de setembro de 2017. Leia abaixo, um trecho do mencionado parecer da PGFN:

“A suspensão promovida pela Resolução nº 15, de 2017, não afeta a contribuição do empregador rural pessoa física reinstituída a partir da Lei nº 10.256, de 2001, com base no art. 195, I, “b”, da CF/88 (incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998), uma vez que: (i) a tributação levada a efeito a partir de então está amparada por contexto normativo substancialmente diverso daquele submetido ao STF quando do julgamento do RE nº 363.852/MG e do RE nº 596.177/RS, aos quais a Resolução senatorial se reporta; (ii) entendimento contrário implicaria desprezo à tese firmada pelo STF no RE nº 718.874/RS, que assentou a constitucionalidade formal e material da tributação após a Lei nº 10.256, de 2001.”

(23)

Diante do exposto, entendo que as contribuições previstas nos incisos I e II do art. 25 da Lei 8.212/91, e a obrigação da empresa adquirente de retê-las, são exigíveis desde a entrada em vigor da Lei 10.256/2001.

A contribuição do empregador rural pessoa física, aqui estudada, não incide sobre as receitas decorrentes de exportação de produtos, cuja comercialização ocorra a partir de 12 de dezembro de 2001, por força do disposto no inciso I do §2º do art. 149 da Constituição Federal, alterado pela Emenda Constitucional 33/2001 (IN RFB 971/2009, art. 170).

A Lei 13.606, de 9 de janeiro de 2018, acrescentou ao art. 25 da Lei 8.212/91 o seguinte parágrafo:

§ 13. O produtor rural pessoa física poderá optar por contribuir na forma prevista no ​caput

deste artigo ou na forma dos incisos I e II do caput do art. 22 desta Lei, manifestando sua opção mediante o pagamento da contribuição incidente sobre a folha de salários relativa a janeiro de cada ano, ou à primeira competência subsequente ao início da atividade rural, e será irretratável para todo o ano-calendário.

Mas de acordo com o art. 40, I, da Lei 13.606/2018, o dispositivo legal acima transcrito somente produzirá efeitos a partir de 1º de janeiro de 2019. Assim, a partir de 01/01/2019, o empregador rural pessoa física terá o direito de escolher se quer recolher suas contribuições com base no art. 25, I e II da Lei 8.212/91 (sobre a receita bruta proveniente da comercialização da sua produção) ou com base no art. 22, I e II da Lei 8.212/91 (sobre a remuneração dos empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços). Já em relação ao ano de 2018, a contribuição, obrigatoriamente, incidirá sobre sobre a receita bruta proveniente da comercialização da produção rural.

Também vale salientar que quando o empregador rural pessoa física contrata contribuinte individual ​ou cooperativa de trabalho​, ​ele fica ​obrigado a pagar as mesmas contribuições que as empresas em geral pagam em relação a este​ ​fato​ ​gerador​.

Página 433 – Acrescentar o azul.

O Simples Nacional – Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte – é um regime tributário diferenciado, simplificado e favorecido previsto na Lei Complementar 123/2006, aplicável às Microempresas e às Empresas de Pequeno Porte, a partir de 01/07/2007. O Simples Nacional não é espécie de isenção de tributos, mas uma forma alternativa de efetuar o pagamento ao Fisco, mediante opção do contribuinte.

De acordo com o art. 3º da Lei Complementar 123/2006, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966 do Código Civil, devidamente registrados

(24)

no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que:

I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e II - no caso de empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais)​.

De acordo com o art. 13 da Lei Complementar 123/2006, o Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, dos seguintes impostos e contribuições: (a) IRPJ; (b) IPI; (c) CSLL; (d) COFINS; (e) PIS/Pasep; (f) Contribuição Patronal Previdenciária, a cargo da pessoa jurídica; (g) ICMS; e (h) ISS. Este recolhimento mensal incidirá sobre a receita bruta auferida no mês (LC 123/2006, art. 18, §3º). A alíquota varia de acordo com a receita bruta acumulada nos 12 meses anteriores ao do período de apuração (LC 123/2006, art. 18, §1º).

Página 434 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul; Alterar o verde.

2.3.2.12 Contribuição patronal do microempreendedor individual

Considera-se microempreendedor individual (MEI) o empresário individual, optante pelo Simples Nacional, que tenha auferido receita bruta, no ano-calendário anterior, de até R$60.000,00 (LC 123, art. 18-A, §1º).

Considera-se Microempreendedor Individual – MEI o empresário individual que se enquadre na definição do art. 966 do Código Civil, ou o empreendedor que exerça as atividades de industrialização, comercialização e prestação de serviços no âmbito rural, que tenha auferido receita bruta, no ano-calendário anterior, de até R$ 81.000,00 (oitenta e um mil reais), que seja optante pelo Simples Nacional e que não esteja impedido de optar pela sistemática de recolhimento aplicada ao MEI (LC 123/06, art. 18-A, §1º).

Em regra, para que o empresário individual possa optar pela sistemática de recolhimento aplicada ao MEI, ele não pode contratar empregados (LC 123/06, art. 18-A, §4º, IV). Todavia, poderá se enquadrar como MEI o empresário individual que possua um único empregado que receba exclusivamente 1 (um) salário mínimo ou o piso salarial da categoria profissional (LC 123/06, art. 18-C). Nesta hipótese, o MEI está sujeito ao recolhimento da contribuição patronal previdenciária, calculada à alíquota de 3% (três por cento) sobre o salário de contribuição do empregado que lhe presta serviço (LC 123/06, art. 18-C, §1º, III). Esta é a única contribuição patronal previdenciária a cargo do MEI.

(25)

Página 437 – Alterar o verde.

ATENÇÃO: alterar também a nota de rodapé.

O salário-família é devido ao empregado com salário de contribuição de até R$1.319,18​. 10

Página 439 – Alterar o verde.

Exemplo:

Anderlaine trabalha como empregada doméstica na residência de Kerolaine. No mês de fevereiro de ​2018​, a remuneração mensal de Anderlaine foi de R$7.000,00. Nesse caso, incidiram as seguintes contribuições previdenciárias:

I - Contribuições previdenciárias a cargo da empregadora doméstica: a) 8% X ​5.645,80​ = ​451,66

b) 0,8% X ​5.645,80​ = ​45,17

II - Contribuição descontada da empregada doméstica = 11% X ​5.645,80​ = ​621,04 No caso em tela, a empregadora doméstica ficou obrigada a recolher aos cofres da Previdência Social, até o dia ​07/03/2018​, o valor de ​R$1.117,87 (que corresponde à soma das contribuições da empregadora com a da empregada).

Página 443 – Acrescentar o azul.

A Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS tem como base de cálculo o faturamento mensal, assim entendido o total das receitas auferidas pela pessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou classificação contábil (Lei 10.833/2003, art. 1º, caput). Assim, a base de cálculo compreende a receita bruta da venda de bens e serviços nas operações em conta própria ou alheia e todas as demais receitas auferidas pela pessoa jurídica (Lei 10.833/2003, art. 1º, §1º).

Acerca do tema “inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da COFINS”, o Supremo Tribunal Federal (STF), em 15/03/2017, no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 574.706, estabeleceu a seguinte tese de repercussão geral:

“O ICMS não compõe a base de cálculo para a incidência do PIS e da COFINS.”

Em regra, as alíquotas da COFINS são as seguintes: (I) 3%, no caso das pessoas jurídicas sujeitas ao regime de incidência cumulativa (Lei 9.718/98, art.

(26)

8º); e (II) 7,6%, no caso das pessoas jurídicas sujeitas ao regime de incidência não cumulativa (Lei 10.833/2003, art. 2º, caput).

Página 449 – Alterar o verde.

Segurado Conceito de salário de contribuição Limites

Mínimo Máximo

Empregado e trabalhador

avulso

A remuneração auferida em uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua

forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do

empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou

sentença normativa O piso salarial legal ou normativo da categoria ou, inexistindo piso salarial, o salário mínimo, tomado no seu valor mensal, diário ou horário, conforme o ajustado e o tempo de trabalho efetivo durante o mês R$5.645,80 11 Empregado doméstico

A remuneração registrada na carteira profissional e/ou na Carteira de Trabalho e

Previdência Social

Contribuinte individual

A remuneração auferida em uma ou mais empresas ou pelo exercício de sua atividade

por conta própria, durante o mês

O salário mínimo mensal

(atualmente, R$954,00​) Facultativo O valor por ele declarado

Página 451 – Acrescentar o azul.

Valor pago para o trabalho – é a parcela paga ou fornecida, em dinheiro ou em utilidades, ao trabalhador com o objetivo de dar condições ou facilitar a execução do trabalho.

De acordo com o § 11 do art. 201 da Constituição Federal, os ganhos habituais do empregado, a qualquer título, serão incorporados ao salário para efeito de contribuição previdenciária e conseqüente repercussão em benefícios, nos casos e na forma da lei. Seguindo esse comando constitucional, o Supremo Tribunal Federal (STF), em 29/03/2017, ao analisar o tema “alcance da expressão ‘folha de salários’ para fins de instituição de contribuição social sobre o total das remunerações”, no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 565160, estabeleceu a seguinte tese de repercussão geral:

(27)

“A contribuição social a cargo do empregador incide sobre ganhos habituais do empregado, quer anteriores ou posteriores à Emenda Constitucional nº 20/1998.”

De acordo como o disposto no §2º do art. 22 da Lei 8.212/91, as parcelas que não integram o salário de contribuição também não integram a remuneração. Assim, podemos afirmar que todas as parcelas que integram a base de cálculo da contribuição do segurado também integram a base de cálculo da contribuição da empresa. A diferença é que, em relação aos segurados, a base de cálculo respeita os limites (mínimo e máximo) do salário de contribuição. A base de cálculo da contribuição da empresa não respeita esses limites: incide sobre o total da remuneração paga, devida ou creditada ao segurado.

Página 452 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul.

A palavra salário tem a sua origem semântica no latim salarium, que significa sal, o qual já foi utilizado em Roma como forma de pagamento, servindo de moeda de troca.

Salário é a parcela da remuneração paga diretamente pelo empregador. De acordo com o disposto no §1º do art. 457 da CLT, “integram o salário, não só a importância fixa estipulada (salário-base), como também as comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagens (quando ultrapassem 50% do salário percebido pelo empregado) e abonos pagos pelo empregador”.

Salário é a parcela da remuneração paga diretamente pelo empregador. De acordo com o disposto no §1º do art. 457 da CLT, “integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais e de função e as comissões pagas pelo empregador”.

II. Saldo de salário pago na rescisão do contrato de trabalho.

Páginas 455 a 456 – Excluir o vermelho; Alterar o verde ATENÇÃO: acrescentar também a nota de rodapé.

A egrégia Primeira Seção do STJ, ao apreciar o REsp 1.358.281/SP na sessão realizada em 23/04/2014, decidiu, por unanimidade, que incide contribuição previdenciária sobre o adicional de horas extras. Vale frisar que o REsp 1.358.281/SP foi submetido à sistemática de julgamento dos recursos repetitivos (CPC, art. 543C), passando a ser considerado como paradigma a ser observado pelas instâncias inferiores, quando se depararem com questão idêntica (CPC, art. 543-C, § 7º).

(28)

IX. O valor total das diárias para viagem, quando excederem a 50% da remuneração mensal do empregado.

As diárias têm por fim indenizar despesas com deslocamento, hospedagem, alimentação e manutenção do empregado, quando este for obrigado a viajar para executar as determinações do empregador.

A transitoriedade do deslocamento do empregado é essencial para caracterizar o pagamento como diária. Quando há transferência, não se pode falar em diárias. 12

Visando a evitar que salários sejam rotulados de diárias, a CLT adotou um critério prático, simples porque de aritmética elementar: faz computar como salário as diárias que excedam de 50% do salário percebido pelo empregado (CLT, art. 457, §§1º e 2º).

O valor das diárias para viagens, quando excedente a 50% da remuneração mensal, integra o salário de contribuição pelo seu valor total (Lei 8.212/91, art. 28, §8º). Para efeito de verificação do limite de 50% não será computado, no cálculo da remuneração, o valor das diárias. A esse respeito, o TST editou a seguinte Súmula:

Súmula 101: Integram o salário, pelo seu valor total e para efeitos indenizatórios, as diárias de viagem que excedam a 50% do salário do empregado, enquanto perdurarem as viagens.

Se, por exemplo, a remuneração mensal do empregado é de R$1.000,00 e, durante o mês, recebeu diárias para viagens no valor de R$600,00, a contribuição previdenciária (tanto a do empregador como a do empregado) incidirá sobre R$1.600,00. Todavia, se as diárias recebidas tivessem o valor de R$500,00, a base de cálculo da contribuição previdenciária seria R$1.000,00. Neste último caso, pelo fato de não ter excedido a 50% da remuneração, o valor das diárias fica fora do campo de incidência da contribuição previdenciária.

IX​. Adicionais de insalubridade, periculosidade e noturno. Página 458 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul.

Gorjeta é a parte da remuneração do empregado que é paga por terceiros (clientes). De acordo com o §3º do art. 457 da CLT, “considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado, como também aquela que for cobrada pela empresa ao cliente, como adicional nas contas, ​o valor cobrado pela empresa, como serviço ou adicional, a qualquer título, e destinada à distribuição aos empregados”. O melhor exemplo de gorjetas são aqueles conhecidos 10% que pagamos aos garçons quando vamos aos restaurantes. A contribuição previdenciária incide sobre as gorjetas. 13 Nesse sentido, confira o seguinte julgado do STJ:

12​SUSSEKIND, Arnaldo. Op. cit. p. 429.

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