Maria Rita de Assis César
A Invenção da “Adolescência” no Discurso Psicopedagógico
Campinas
1998
Maria Rita de Assis César
Este exemplar corresponde à redação final da dissertação defendida por
MARIA RITA DE ASSIS CÉSAR e aprovada pela Comissão Julgadora.
Data:
Assinatura:____________________
(Orientadora)
Dissertação apresentada, como exigência parcial para obtenção do Título de MESTRE em EDUCAÇÃO na Àrea de Concentração: Metodologia de Ensino, à Comissão Julgadora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas, sob orientação da Profa. Dra. Ana Maria Faccioli Camargo.
Comissão Julgadora:
________________________________ Profa. Dra. Ana Maria Faccioli Camargo (Orientadora)
_________________________ Prof. Dr. Joaquim Brasil Fontes
___________________________ Profa. Dra. Luzia Margareth Rago
Agradecimentos
O presente trabalho é a culminação de uma pesquisa sobre a invenção da “adolescência” no discurso psicopedagógico, ao longo da qual tive a feliz oportunidade de contar com o apoio e a dedicação de inúmeras pessoas e instituições, às quais gostaria de expressar o meu mais sincero agradecimento.
Primeiramente, agradeço à Profa. Dra. Ana Maria Faccioli Camargo, orientadora atenta e cuidadosa, capaz de acompanhar as diversas etapas de elaboração da pesquisa propondo sempre boas sugestões e críticas pertinentes, estimulando e respeitando o espaço da criação intelectual. Junto à Profa. Ana Maria, encontrei um campo vivo de reflexão, um lugar para as rupturas, para um pensamento que incorpora a idéia de tempo, possibilitando novas reflexões e diferentes formas de pensamento.
De Setembro de 1997 a Outubro de 1998, recebi financiamento da CAPES, instituição à qual sou grata pelo auxílio proporcionado.
Agradeço também aos professores que participaram do Exame de Qualificação, e que compuseram a Banca Examinadora, pelas críticas e sugestões: Prof. Dr. Joaquim Brasil Fontes, FE-UNICAMP, e Profa. Dra. Margareth Rago, IFCH-UNICAMP. Meus agradecimentos, também, à Profa. Dra. Salma Tannus Muchail, Prof. Dr. Milton Almeida, Prof. Dra. Elisa Kossovich, Profa. Dra. Ernesta Zamboni, Profa. Dra. Isaura R. F. Guimarães, bem como aos funcionários da Secretaria de Pós-Graduação, e da Biblioteca da Faculdade de Educação da UNICAMP.
Finalmente, expresso o meu muito obrigado a todos os amigos e colegas com quem pude discutir aspectos da minha Dissertação, entre os quais gostaria de mencionar Marcos Antonio Cintra, Denise Portinari, Heloísa Pait, Luís Carlos Rigo e Ana Beatriz Linardi. Agradeço também aos colegas do GEISH, Grupo de Estudo em Sexualidade Humana, FE - UNICAMP.
Agradeço à minha mãe, demais familiares e amigos, pelo apoio e amparo irrestritos, em todas as circunstâncias.
Evoco a memória de meu pai, homem da ciência de seu tempo, de quem herdei sua curiosidade pelo conhecimento e uma enorme paixão por livros e saberes.
Dedico esse trabalho ao André, com quem compartilho paixões, inclusive essa herdada de meu pai, e que me ensina a transformar sentimento em ferramenta de reflexão.
Todos os meus livros ... são, se você quiser, caixinhas de ferramenta. Se as pessoas querem abri-los, se servir dessa frase, daquela idéia, de uma análise como de uma chave de fenda ou uma torquês, para provocar um curto-circuito, desacreditar os sistemas de poder, eventualmente até os mesmos que inspiraram meus livros... pois tanto melhor.
Michel Foucault
Já que se trata de reprovar os danos da sociedade e os abusos de quem abusa, ele não hesita (...). Acha mais difícil pronuciar-se sobre os remédios, primeiro porque gostaria de certificar-se de que não provocariam danos e abusos maiores (...). Só lhe resta expor esses belos pensamentos de forma sistemática, mas um escrúpulo o retém: e se daí decorresse um modelo? Assim, prefere manter suas convicções em estado fluido, verificá-las caso a caso e fazer delas a regra implícita do próprio comportamento cotidiano, no fazer ou não-fazer, no escolher ou no excluir, no falar ou no calar-se.
Índice
página
Introdução 1
A mudança na ordem das coisas: A ciência inventa uma “adolescência” 14
“Adolescência”: Um novo território de investigação 30
Da adolescência em perigo à adolescência perigosa 63
O jovem masturbador e o Clamor do sexo 87
Kids: Fragmentos de uma morte anunciada (?) 110
ILUSTRAÇÕES:
I. Capa de Adolescência, o drama de uma idade; NÉRICI, I. (1967, 3a. ed.)
após p. 2
II. Parte do índice de La Psicologia de la Adolescência; BROOKS, D. F. (1948)
após p. 9 III. Índice de Adolescência, o despertar do sexo; TIBA, I. (1994, 2a. ed.) após p. 30
IV. Capa de L’Âme de L’Adolescente; MENDOUSSE, P. (1955)
após p. 39
V. Parte do índice de L’Âme de L’Adolescente; MENDOUSSE, P. (1955)
após p. 40
VI. Capa de A Adolescência; DEBESSE, M. (1965, 3a. ed.)
após p. 47
VII. Capa de El niño de 13 y 14 años e El niño de 15 y 16 años; GESELL, A. (1967 3a. ed.)
após p. 49
VIII. Índice de A Adolescência; DEBESSE, M. (1965, 3a. ed.)
após p. 51
IX. Parte do índice de La Psicologia de la Adolescência; BROOKS, D. F. (1948)
após p. 60
X. Foto de Hooligans or Rebels? An Oral History of Working Class Childhood
and Youth. 1889-1939, p.202; HUMPHRIES, S. (1984)
após p. 64
XI. Foto de The Vicious Girl and the Street Corner Boy: Sexuality and Gendered
Delinquent in Scottish Child-Saving Movement. 1850-1940, p.553; MANHOOD, L.; LITTLEWOOD, B. (1994)