w w w . r b o . o r g . b r
Artigo
Original
Avaliac¸ão
da
reprodutibilidade
da
classificac¸ão
de
Tronzo
para
fraturas
intertrocantéricas
do
fêmur
夽
Fernando
Abdala
Silva
Oliveira,
Ricardo
Basile
∗,
Bruno
Cézar
Brabo
Pereira
e
Rafael
Levi
Louchard
Silva
da
Cunha
HospitalMunicipalCarminoCaricchio,SãoPaulo,SP,Brasil
informações
sobre
o
artigo
Históricodoartigo:
Recebidoem24desetembrode2013 Aceitoem21denovembrode2013 On-lineem28deoutubrode2014
Palavras-chave:
Fraturasdofêmur/classificac¸ão Fraturasdofêmur/radiografias Reprodutibilidadedostestes
r
e
s
u
m
o
Objetivo:Avaliarareprodutibilidade,interobservadores,daclassificac¸ãodeTronzopara fra-turastranstrocantéricascomousodocoeficientedeconcordânciakappa().
Métodos:Foramusadas20imagensderadiografiasdoquadrilnaincidênciaanteroposterior comfraturastranstrocantéricasdofêmur,classificadas,segundoTronzo,por12 observado-res.Asimagensforamapresentadasemsequênciaefoipreenchidoumquestionáriocom todasasopc¸õesdaclassificac¸ãodeTronzo,alémdaclassificac¸ãosimplificada,coma divi-sãodeTronzoemdoisgrupos(estáveiseinstáveis).Osdadosforamanalisadospormeiodo testedeconcordânciadekappa.
Resultados: Foramencontradososseguintesíndicesdekappa:paraimagenscomfraturas estáveis (Tronzo1e2),0,11;paraimagenscomfraturas instáveis(Tronzo3,3variante, 4e5),0,52;eparaaclassificac¸ãocompleta,0,44(concordânciamoderada).Porsuavez,a classificac¸ãosimplificadanãoaumentouosíndicesdeconcordância.
Conclusão:Aclassificac¸ãodeTronzonãoéadequadaparaapráticaclínica.Sugerimosouso ouacriac¸ãodeoutrosistemaparaessetipodefratura.
©2014SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublicadoporElsevierEditora Ltda.Todososdireitosreservados.
Evaluation
of
the
reproducibility
of
the
Tronzo
classification
for
intertrochanteric
fractures
of
the
femur
Keywords:
Femoralfractures/classification Femoralfractures/radiographs Reproducibilityoftests
a
b
s
t
r
a
c
t
Objective:Toevaluatetheinter-observerreproducibilityoftheTronzoclassificationfor trans-trochantericfracturesusingthekappaconcordancecoefficient().
Methods:Twentyradiographicimagesinanteroposteriorviewonhipswithtranstrochanteric fracturesofthefemurwereused.Thesewereclassifiedby12observersusingtheTronzo method.Theimageswerepresentedinsequenceandaquestionnairecontainingallthe options oftheTronzoclassificationwasfilled out,alongwithasimplifiedclassification
夽
TrabalhodesenvolvidonoGrupodoQuadrildoHospitalMunicipalCarminoCaricchio,SãoPaulo,SP,Brasil.
∗ Autorparacorrespondência.
E-mail:ricardo-basile@uol.com.br(R.Basile).
http://dx.doi.org/10.1016/j.rbo.2013.11.005
582
rev bras ortop.2 0 1 4;49(6):581–585usingTronzodivisionsintotwogroups(stableandunstable).Thedatawereanalyzedby meansofthekappaconcordancetest.
Results: Thefollowingkappaindiceswerefound:forimageswithstablefractures(Tronzo1 and2),0.11;forimageswithunstablefractures(Tronzo3,3variant,4and5),0.52;andforthe completeclassification,0.44(moderateconcordance).Inturn,thesimplifiedclassification didnotincreasetheconcordancerates.
Conclusion: TheTronzoclassificationisunsuitableforclinicalpractice.Wesuggestthat anothersystemshouldbeusedorcreatedforthistypeoffracture.
©2014SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublishedbyElsevierEditora Ltda.Allrightsreserved.
Introduc¸ão
Afraturatranstrocantéricadofêmurocorrenaregiãoentre otrocantermaioreo menordofêmurproximal eé exclu-sivamenteextracapsular.1NoBrasil,emlevantamento feito
pelo Ministério da Saúde por meio do SUS, constatou-se que 90% dos recursos destinados a doenc¸as ortopédicas são consumidos por nove doenc¸as, entre elas a fratura transtrocantérica.2
Suas consequências para a sociedade são alarmantes. Cercadeumterc¸odospacientesmorrenoprimeiroanoapós a lesão, aproximadamente 50% tornam-se incapacitados a caminharsozinhosousubirescadase20%passama neces-sitardecuidadosdomiciliarespermanentes.3
Váriossistemastêmsidousadosparaclassificarasfraturas transtrocantéricase,assim,nortearseutratamento.Osmais comunssãoasclassificac¸õesdeTronzo,4deEvans5,6eAO.5–7
Aclassificac¸ãodeTronzoéamplamenteusadaemservic¸os deortopediaetraumatologiabrasileiros.
Adocumentac¸ãoexatadafraturadependedacapacidade de avaliac¸ão radiográfica e classificac¸ão. A reprodutibili-dadedepende dafacilidade docirurgião deinterpretar um sistemadeclassificac¸ão.Aposic¸ãodomembrofraturado,a técnicaradiográficaeosníveisdeexperiênciadoscirurgiões constituemfatoresquecontribuemparareprodutibilidadede umaclassificac¸ão.8
Idealmente, um sistema de classificac¸ão deveria ser de fácil aplicabilidade, confiável, ajudar na decisão do trata-mentoe,consequentemente,influenciarno resultadofinal. Osistemade classificac¸ãoidealnãodeve terdiscrepâncias interobservadores.9
Portanto,oobjetivodestetrabalhoéavaliara reproduti-bilidade,interobservadores,da classificac¸ãode Tronzopara fraturastranstrocantéricasdofêmurcomocoeficientede con-cordânciakappa().
Materiais
e
métodos
Foifeitoumestudodotipoobservacionaltransversal,noqual foramusadas20imagensderadiografiasdoquadrilna inci-dênciaemanteroposteriorcomfraturastranstrocantéricasdo fêmur.Todosospacientestinhammaisde65anosesofreram traumadebaixaenergia.Usou-secomocritériodeexclusão, paraasimagens,asfraturaspatológicasportumoresósseos,
cirurgias prévias da região do fêmur proximal e imagens de fraturas transtrocantéricas nos paciente com menos de 65anos.
As radiografiasforamclassificadas, segundoTronzo, por 12observadores:quatroespecialistasdasociedadedecirurgia dotraumaortopédico,quatroresidentesdo3◦ anoequatro residentesdo1◦ anodeumservic¸odeortopedia e trauma-tologia. Foifeitaumaexplanac¸ãopréviada classificac¸ãode Tronzo,comsuasimagensgráficasemplanilha,paratodosos observadores.
Asradiografiasdasfraturasforamapresentadasemforma de slidenosoftwarePower Point®emsequência, individual-mentenumeradasde1a20,ecadaimagemfoianalisadapor nomáximo45segundos.Duranteaapresentac¸ão,foi preen-chidooquestionárioparacoletadedadoscomtodasasopc¸ões daclassificac¸ãodeTronzo(anexo1).
As séries de radiografias foram analisadas pela classificac¸ão completa de Tronzo (seis tipos). Posterior-mente, essa classificac¸ão foi subdividida para análise dos autoresemdoissubtipossimples:fraturasestáveis(TronzoI eII)einstáveis(TronzoIII,IIIvariante,IVeV).
Em1974,Tronzosubdividiuasfraturasemcincotipos.Os tiposIeIIsãoestáveis;otipoIédescritocomoumafratura transtrocantéricaincompleta;notipoIIpodehaverfraturado pequeno trocanter,massemcominuic¸ãoposteromedial.Os tiposIIIeIVtêmcominuic¸ãoposteromedial;notipoIIIadiáfise estámedializadaeocalcarproximalencaixadonela.Quando hátambémfraturadograndetrocanter,éclassificadacomoIII variante(fig.1).NotipoIVadiáfiseestálateralizada,otrac¸oé maisverticaleacominuic¸ãogeralmenteémaior.OtipoVéum trac¸oinvertido,delateralparamedialededistalpara proxi-mal,oquetornaafraturainstável(fig.2).Naapresentac¸ãode suaclassificac¸ão,Tronzodescreveastécnicasdeosteossíntese propostasparaosváriostiposdefratura.1,4
Osdadoscoletadosforamanalisadosestatisticamentecom otestedeconcordânciadekappa.Foramusadosossoftwares SPSSV16,Minitab15eExcelOffice2007.
Resultados
Figura1–FraturatranstrocantéricatipoIIIvariante.Notarafraturadotrocântermaior.
Quando dividimos os observadores em grupos de resi-dentes e especialistas do trauma ortopédico obtivemos os seguintes resultados: residentes, 0,49 para a classificac¸ão completa, 0,18 parafraturas estáveis e 0,55 para instáveis; especialistasdotraumaortopédico,0,39parafraturas com-pletas,0,20paraestáveise0,52parainstáveis(tabela2).
Porfim,quandolevamosemconsiderac¸ãoadivisãodos observadores por grupos, obtivemos os seguintes resulta-dosparaogrupodosresidentesdo1◦ano:0,50para classi-ficac¸ão completa, 0,24 para fraturas estáveis e 0,66 para instáveis.Para os residentes do3◦ ano, o resultado foi de 0,53paraclassificac¸ãocompleta,0,37parafraturasestáveise 0,51parainstáveis.Eoresultadodosespecialistasemcirurgia dotraumaortopédicofoide0,39paraclassificac¸ãocompleta, 0,20parafraturasestáveise0,52parainstáveis(tabela3).
Discussão
Ocoeficientedeconcordânciakappaéfrequentementeusado quandoseavaliaaconfiabilidadeeareprodutibilidadeintra einterobservadores.Essecoeficienteforneceumaproporc¸ão emparelhada da concordância entre os observadores, que casualmenteécorreta.Osvaloreskappavariamde–1a+1;–1 indicatotaldiscordância,zeroindicaumnívelde concordân-ciafortuitoe+1indicatotalconcordância.Emtermosgerais, osvaloreskappaabaixode0,5sãoconsiderados insatisfató-rios,osvaloresentre0,5e0,75sãoconsideradossatisfatórios e adequados eos valores acima de 0,75 são considerados excelentes.8
Landisclassificoucomo:pobre(abaixode0),discreta (0-0,2),fraca(0,2-0,41),moderada(0,41-0,6),substancial(0,61-0,8) equaseperfeita(0,81-1).10
A classificac¸ão de umafratura é a basepara aescolha dotratamento.Dessaforma,éimportanteavaliaravalidade de um sistemade classificac¸ão. Gusmão et al.11 avaliaram
a classificac¸ão de Garden para fraturas do colo do fêmur eencontraramconcordânciapobrementereprodutível(0,32). Schwartsmannetal.7fizeramomesmocomaclassificac¸ão
AO para fraturas transtrocantéricas eencontraram concor-dância fraca para classificac¸ão AO completa (0,34). Pervez etal.5encontraramíndicedeconcordânciafraca(0,34)para
classificac¸ãodeEvans/Jensenparafraturastranstrocantéricas. EmnossapesquisanasbasesLilacseMedline,não encon-tramos estudo que avaliasse o índice de concordância da classificac¸ãodeTronzo.
Amaiordificuldadeparaaclassificac¸ãodeTronzo4estána
interpretac¸ãodaestabilidadedafratura,poisnasuadescric¸ão esse autor cita que a estabilidade está na cominuic¸ão da parede posteromedial, porém descreve que na fratura do tipoII(consideradaestável)opequenotrocanterpodeestar fraturado. Isso explica, provavelmente, a reprodutibilidade insignificante para as fraturas estáveis (0,11) encontrada em nosso estudo, o quecria um grandeviés naavaliac¸ão dos observadores da classificac¸ão da fratura em tipos II e III.
584
rev bras ortop.2 0 1 4;49(6):581–585Figura2–Radiografiaevidenciandofratura transtrocantéricaTronzoV.
suasespecificidades,quenãodeixamdúvidasquantoaoseu padrãodeinstabilidade.
Schipper et al.6 estudaram 20 fraturas por 15
obser-vadores, para a classificac¸ão AO completa. O valor kappa interobservador foide 0,33.Quando usaram aclassificac¸ão AO simplificada, o kappa foi de 0,67. Concluíram que a classificac¸ãoAOsimplificadatemboareprodutibilidade,mas issonãoserepetenaclassificac¸ãocompleta.Emnossoestudo asimplificac¸ãodaclassificac¸ãodeTronzoemfraturasestáveis einstáveisnãoaumentouoíndicedeconcordânciaemrelac¸ão àclassificac¸ãocompleta.
Fungetal.9relataramemumestudodaavaliac¸ãoda
repro-dutibilidadedaclassificac¸ão deEvans/Jensenque,deforma inesperada,oaumentodaexperiênciadosobservadores apre-sentouumdeclínionoíndicedeconcordânciaeinferiramque essesistemade classificac¸ãonãoestá claroouumoutroé necessário.
Em outro estudo que avaliou a classificac¸ão de Evans/Jensen, Gehrchen et al.,12 com o uso de quatro
residentes (dois seniores e dois juniores)e 52 radiografias paraavaliar aconcordância,não encontraramdiferenc¸as e levaramemconsiderac¸ãooaumentodaexperiência.
Schipperetal.,6comousodaclassificac¸ãoAO,não
obser-vouapreciáveldiferenc¸anaconcordânciadediferentesgrupos deprofissionais(residentes,cirurgiõesortopédicose radiolo-gistas).
Tabela1–Concordânciaparaamostratotal
kappa pvalor
Estável 0,11 <0,001
Instáveis 0,52 <0,001
Completa 0,44 <0,001
Tabela2–Concordânciaportítulo
kappa pvalor
Residentes
Estável 0,18 <0,001
Instáveis 0,55 <0,001
Completa 0,49 <0,001
Especialistasdotraumaortopédico
Estável 0,20 <0,001
Instáveis 0,52 <0,001
Completa 0,39 <0,001
Tabela3–Concordânciaporgrupos
kappa pvalor
Residentesdo1◦ano
Estável 0,24 <0,001
Instáveis 0,66 <0,001
Completa ,050 <0,001
Residentesdo3◦ano
Estável 0,37 <0,001
Instáveis 0,51 <0,001
Completa 0,53 <0,001
Especialistasdotraumaortopédico
Estável 0,20 <0,001
Instáveis 0,52 <0,001
Completa 0,39 <0,001
Observamosumdeclínionoíndicedeconcordânciakappa
quando selevouemconsiderac¸ãoo aumentoda
experiên-cia dos observadores (0,50 para os residentes do 1◦ ano,
0,53 para os residentes do 3◦ ano e 0,39 para os
cirur-giõesdotraumaortopédico).Essadiferenc¸afoiinsignificante estatisticamenteselevarmosemconsiderac¸ãoosgruposde residentes. Esse resultado foiinesperado, pois,geralmente,
uma melhor formac¸ãoe uma maior experiência deveriam
implicarmaiorconfiabilidade.
Apesar de aclassificac¸ão de Tronzo ser usada em
mui-tosservic¸osdeortopedia brasileiros,napráticaseu valoré
muitoquestionável,jáqueencontramosumaconcordância
de 0,44 paraclassificac¸ão completa, considerada moderada segundoLandis.Asuasubdivisãoemfraturasestáveise ins-táveisapresentouumgrandeviés,noqualasfraturasestáveis apresentaramconcordânciadiscretaafraca(0,11)eas instá-veis,moderadaasubstancial(0,52).
Conclusão
Portanto,a de Tronzo não seenquadra nos critérios de umaclassificac¸ãoadequadaparapráticaclínica.Assim, suge-rimosousoouacriac¸ãodeoutrosistemaparaessetipode fratura.
Conflitos
de
interesse
Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.
Anexo
1.
Tabela
de
coleta
de
dados
Observador: Especialidade:
IMAGEM CLASSIFICAC¸ÃODETRONZO
– I II III IIIVARIANTE IV V
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
r
e
f
e
r
ê
n
c
i
a
s
1.KöberleG.Fraturastranstrocanterianas.RevBrasOrtop. 2001;36(9):325–9.
2.DaniWS,AzevedoE.Fraturastranstrocanterianas.Periódico nainternet,2008.Consultadoem22dejulhode2011. Disponívelem:http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp? fase=r003&idmateria=3245
3.LimaALP,AzevedoAJ,AmaralNP,FranklinCE,GiordanoV. Tratamentodasfraturasintertrocanterianascomplaca eparafusodeslizante.RevBrasOrtop.2003;38(5): 271–9.
4.TronzoRG.Symposiumonfracturesofthehip.Special considerationsinmanagement.f.OrthopClinNorthAm. 1974;5(3):571–83.
5.PervezH,ParkerMJ,PryorGA,LutchmanL,ChirodianN. Classificationoftrochantericfractureoftheproximalfemur: astudyofthereliabilityofcurrentsystems.Injury.
2002;33(8):713–5.
6.SchipperIB,SteyerbergEW,CasteleinRM,vanVugtB. RealiabilityoftheAO/ASIFclassificationforpertrochanteric femoralfractures.ActaOrthopScand.2001;72(1):36–41. 7.SchwartsmannCR,BoschinLC,MoschenGM,Gonc¸alvesRZ,
RamosASN,GusmãoPDF,etal.Classificac¸ãodasfraturas trocantéricas:avaliac¸ãodareprodutibilidadedaclassificac¸ão AO*.RevBrasOrtop.2006;41(7):264–7.
8.DirchlDR,CannadaLK.Classificationoffractures.In:Bucholz RW,HeckmanJD,Court-BrownCM,TornettaP3rd,McQueen MM,RicciWM,editors.Rockwood&Grennfracturesin adults.7thed.Philadelphia:LippincottWilliams&Wilkins;
2009.p.45–51.
9.FungW,JonssonA,BuhrenV,BhandariM.Classifying intertrochantericfracturesoftheproximalfemur:does experiencematter?MedPrincPract.2007;16(3):198–202. 10.LandisJR,KochGG.Themeasurementofobserveragreement
forcategoricaldata.Biometrics.1977;33(1):159–74.
11.GusmãoPDF,MothuesFC,RubinLA,Gonc¸alvesRZ,Telöken MA,SchwartsmannCR.Avaliac¸ãodareprodutibilidadeda classificac¸ãodeGardenparafraturasdocolofemoral.Rev BrasOrtop.2002;37(9):381–6.