• Nenhum resultado encontrado

Existe diferença no posicionamento do parafuso deslizante entre as fraturas extracapsulares estáveis e instáveis?.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Existe diferença no posicionamento do parafuso deslizante entre as fraturas extracapsulares estáveis e instáveis?."

Copied!
8
0
0

Texto

(1)

w w w . r b o . o r g . b r

Artigo

original

Existe

diferenc¸a

no

posicionamento

do

parafuso

deslizante

entre

as

fraturas

extracapsulares

estáveis

e

instáveis?

Pedro

José

Labronici

a,∗

,

Rodrigo

Freitas

da

Silva

a

,

Ana

Maria

Santos

Viana

a

,

Saulo

Santos

Blunck

a

,

José

Sergio

Franco

b

,

Sergio

Ricardo

Neto

a

,

Robinson

Esteves

Santos

Pires

c,d

e

Roberto

Canto

e

aServic¸odeOrtopediaeTraumatologiaProf.Dr.DonatoD’Ângelo,HospitalSantaTeresa,Petrópolis,RJ,Brasil

bDepartamentodeOrtopediaeTraumatologia,FaculdadedeMedicina,UniversidadeFederaldoRiodeJaneiro,RiodeJaneiro,RJ,Brasil cUniversidadeFederaldeMinasGerais,BeloHorizonte,MG,Brasil

dHospitalFelícioRocho,BeloHorizonte,MG,Brasil eUniversidadedeUberlândia,MinasGerais,MG,Brasil

informações

sobre

o

artigo

Históricodoartigo:

Recebidoem3dejaneirode2014 Aceitoem27defevereirode2014

On-lineem23dejaneirode2015

Palavras-chave:

Fraturasdofêmur Fraturasdoquadril Parafusosósseos

r

e

s

u

m

o

Objetivo:Analisaradistânciaponta-ápice(DPA),oângulocervicodiafisárioeoângulode Gardenem fraturasextracapsularesinstáveiseestáveisdofêmur tratadascomplacae parafusodeslizante.

Método:Foramavaliadasradiografiasdoquadrilnasincidênciasemanteroposterior(AP) eperfilde117pacientes.Asfraturasforamclassificadascomoestáveiseinstáveis,pela classificac¸ãoAO,eareduc¸ãoobtidafoiavaliadadeacordocomoscritériosdedistância ponta-ápice(DPA>3cm),índicedealinhamentodeGarden(AP)<160◦eângulo cervicodi-afisário(AP)emvaro<125◦.Quandodoisoumaiscritériosestavampresentes,aqualidade daosteossíntesefoiclassificadacomo«nãoideal».

Resultados:OspacientescomfraturainstávelapresentaramCDAP(p=0,05) significativa-mentemaiordoqueosestáveis.Ospacientescomfraturainstável apresentaramoCD Perfil(p=0,05)significativamentemenordoqueoscomfraturaestável.Nãohouvediferenc¸a significativaentreorestantedoscritériosavaliados.

Conclusão:Esteestudonãoencontroudiferenc¸asignificativaentreasmedidasavaliadas, excetooângulocervicodiafisário.Foiconseguidaumareduc¸ãosatisfatória,tantonas fratu-rasestáveiscomonasinstáveis,quandousamosplacaeparafusodeslizantenasfraturas proximaisextracapsularesdofêmur.

©2014SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublicadoporElsevierEditora Ltda.Todososdireitosreservados.

TrabalhodesenvolvidonoServic¸odeOrtopediaeTraumatologiaProf.Dr.DonatoD’Ângelo,HospitalSantaTeresaenaFaculdadede MedicinadePetrópolis,Petrópolis,RJ,Brasil.

Autorparacorrespondência.

E-mail:plabronici@globo.com(P.J.Labronici).

http://dx.doi.org/10.1016/j.rbo.2014.02.018

(2)

Is

there

a

difference

in

the

positioning

of

sliding

screws

between

stable

and

unstable

extracapsular

fractures?

Keywords:

Femoralfractures Hipfractures Bonescrews

a

b

s

t

r

a

c

t

Objective:Toanalyzethetip-apexdistance(TAD),cervicodiaphysealangleandGardenangle instableandunstableextracapsularfracturesofthefemurtreatedwithaplateandsliding screw.

Method: Hipradiographsinanteroposterior(APandlateralviewon117patientswere eva-luated.Thefractureswereclassifiedasstableorunstable,usingtheAOclassification,and thereductionachievedwasassessedinaccordancewiththefollowingcriteria:TAD>3cm; Gardenalignmentindex(AP)<160◦;andAPcervicodiaphysealvarusangle<125.Whentwo ormorecriteriawerepresent,thequalityoftheosteosynthesiswasclassifiedas«notideal». Results: ThepatientswithunstablefracturespresentedAPcervicodiaphysealanglesthat weresignificantlygreater(p=0.05)thaninthosewithstablefractures.Thepatientswith unstablefracturespresentedlateralcervicodiaphysealanglesthatweresignificantlysmaller (p=0.05)thaninthosewithstablefractures.Therewerenosignificantdifferencesinthe remainderofthecriteriaevaluated.

Conclusion: Thisstudydidnotfindanysignificantdifferencesinthemeasurements evalua-ted,exceptinrelationtothecervicodiaphysealangle.Satisfactoryreductionwasachieved bothforthestableandfortheunstablefractures,whenweusedaplateandslidingscrew totreatproximalextracapsularfracturesofthefemur.

©2014SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublishedbyElsevierEditora Ltda.Allrightsreserved.

Introduc¸ão

Aplacaeoparafusodeslizantesãoatualmenteoimplante maisusadonafixac¸ãodafraturaintertrocanterianadofêmur.1

Issoédevidoaumacaracterísticaprópriadoseudesenho, quepermite colapsoeimpacc¸ão controladada fratura em posic¸ãoestávelcommanutenc¸ãodoângulocervicodiafisário constante,sempenetrac¸ãodacabec¸afemoral.2–4Aplacaeo

parafusodeslizantecombinamumaextremidadesemcorte pararesistiràpenetrac¸ãoeoparafusorosqueado aumenta afixac¸ãonofragmentoproximal.Agrandevantagemseriaa inserc¸ãoprofundadoparafusosemperigodeperfurac¸ão arti-culartardia,emboraacolocac¸ãodevaserprecisaparaevitar falhas.5

Acausamaiscomumdefalhadafixac¸ãodasfraturas extra-capsularestratadascomplacaeparafusodeslizanteéocut-out

doparafusonacabec¸afemoral.Suaincidênciavariaentre5,3% e16,8%.1,2,6–8Issoacontecequandooângulocervicodiafisário

colapsa emvaro eo parafuso rosqueado extrusa superior-mentepormeio dacabec¸afemoral.2,3 Baumgaertneret al.2

introduziramoconceitodadistânciaponta-ápice(DPA)como fortefatordeprognósticodessacomplicac¸ão.

ADPAfoidefinidaporBaumgaertneretal.2comoasoma

dadistância,emmilímetros,nasradiografiasemAPeperfil dapontadoparafusorosqueadoaoápicedacabec¸afemoral, comcorrec¸ãoapropriadadamagnificac¸ão.2,6,9Aliteraturatem

demonstradoqueumaDPAmaiordoque2,5cmestáassociada comriscoaumentadodefalhadoimplante2,6,9comaumento

docut-out.1–3,6,9,10 Algunsestudostêm sugeridoquevalores

menoresdoque2cmdeveriamseroideal.1

O objetivo deste estudo foi analisar a DPA, o ângulo cervicodiafisário e o ângulo de Garden em fraturas

extracapsulares instáveis e estáveis tratadas com placa e parafusodeslizante.

Material

e

métodos

Entremaiode1998ejulhode2011,408pacientescomfraturas extracapsularesinstáveiseestáveisdofêmurforam subme-tidosatratamento cirúrgicopormeio dereduc¸ãoefixac¸ão com placa eparafuso deslizante no HospitalSanta Teresa, Petrópolis,EstadodoRio.Foramexcluídos291pacientes,pois apresentavam radiografiasde perfilincorretasounão apre-sentavam uma das incidências necessárias para a análise dasmedidasdoDPA,idademenordoque60anos,fraturas patológicasetratamentocomhastecefalomedular.Todosos pacientesforamoperadosemmesadetrac¸ão.

A qualidade técnica da osteossíntese foi analisada pela observac¸ão e pelo estudo de radiografias do período pós--operatórioimediato.DeacordocomBaumgaertneretal.2,6a

DPAfoidescritacomoasomadadistância,emmilímetros, da ponta doparafusorosqueado ao ápiceda cabec¸a femo-ral,medidoemradiografiasemAPeperfilapóscorrec¸ãoda magnificac¸ão. Oângulo cervicodiafisáriofoi medidoapós a osteossíntesecomoumalinhaquepassavaatravésdocolodo fêmuredadiáfisefemoral.Adiástaseapósareduc¸ãoea oste-ossíntesetambémforammedidas.Oíndicedealinhamentode Garden,11queanalisaadirec¸ãodastrabéculas,indicaograu

(3)

Figura1–Fraturaintertrocanterianaestáveldofêmurtratadacomplacaeparafusodeslizante.

umângulotrabecularentre160◦-180tantonaincidênciaAP quantonadeperfil.

Foiusadaaclassificac¸ãodaAOparaasfraturasdoquadril12

esubdivididas emfraturas estáveis(31A1)ouinstáveis(31

A2).(figs.1e2)Aqualidadedaosteossíntesefoiclassificada

como«ideal»ou«nãoideal»deacordocomosseguintes

cri-térios:(1) DPA>3cm, (2)índicedealinhamentodeGarden (AP)<160◦ e(3)ângulocervicodiafisário(AP) emvaro<125. Quandodoisoumaiscritériosestavampresentes,aqualidade daosteossíntesefoiclassificadacomo«nãoideal».

A tabela1 fornece a caracterizac¸ão da média, o desvio

padrão(DP),amediana,omínimoeomáximodasvariáveis numéricasdaamostratotaldoestudo.

Dos117registrosobservados,74(63,2%)sãofraturas ins-táveis,59(50,4%)sãodoladodireitoe66(56,4%)sãodosexo feminino.

Metodologia

estatística

Aanálisedescritivaapresentousobformadetabelasosdados observados,expressospormédia,desviopadrãoemediana.

A análise inferencial foi composta pelo testenão para-métrico de Mann-Whitney para comparac¸ão de variáveis numéricasentredoissubgruposdefratura(estáveleinstável) epelotestede␹2(qui-quadrado)paravariáveiscategóricas.

(4)

Tabela1–Descritivadasvariáveisnuméricas naamostratotal

Variável Média DP Mediana Mínimo Máximo

AP 1,21 0,43 1,20 0,20 2,50

Perfil 1,18 0,44 1,10 0,10 2,20

DPA 2,39 0,84 2,20 0,30 4,10

GardenAP 162,7 8,4 162 125 178

Gardenperfil 173,1 4,8 174 160 180

CDAP 135,5 11,3 134 112 170

CDperfil 171,5 5,8 172 150 180

DP,desviopadrão;AP,anteroposterior;DPA,distânciaponta-ápice;

CD,cervicodiafisário.

Fonte:HospitalSantaTeresa,Petrópolis,EstadodoRiodeJaneiro,

Brasil.

Foiusadométodonãoparamétrico,poisasvariáveisnão apresentaramdistribuic¸ãonormal(gaussiana),porcausada rejeic¸ão da hipótese de normalidade segundo o teste de Kolmogorov-Smirnov.

Ocritériodedeterminac¸ãodesignificânciaadotadofoio nívelde5%.Aanáliseestatísticafoiprocessadapelosoftware SAS6.11(SASInstitute,Inc.,Cary,NorthCarolina,EUA).

Resultados

Paraverificaraexistênciadediferenc¸aentreasvariáveisem estudo,atabela2apresentamédia,desviopadrão(DP)e medi-anadasvariáveissegundoaestabilidade(instáveleestável)e ocorrespondenteníveldescritivo(p-valor)dotestede Mann--Whitney.

Observou-se que não existe diferenc¸a significativa nas variáveisestudadasentreosdoisgruposdefratura,conforme ilustramasfiguras3–5.

Podemosdizerqueexisteumatendênciadosubgrupocom fraturainstáveldeapresentarmenorCDnoperfil(p=0,093) doqueosubgrupoestável.Emboraclinicamentesignificativa, essadiferenc¸anãofoitãoexpressiva.Alémdisso, observou--sequeosubgrupocomfraturainstávelapresentouproporc¸ão deladodireito(55,4%)semelhanteaosubgrupocomfratura estável(41,7%),comp=0,15.Também,osubgrupocomfratura instável apresentou proporc¸ão de mulheres (54,1%) seme-lhanteaosubgrupocomfraturaestável(60,5%),comp=0,50.

Fratura estável Fratura instável

180

170

160

150

140

130

120

GARDEN (graus)

PERFIL AP

Figura3–Comparac¸ãoentreasfraturasestáveis einstáveispeloângulodeGarden.

Verificou-setambémaexistênciadediferenc¸anas variá-veis emestudoentreos doisgrupos defraturas:instávele estável,separadamenteporladodireitoeesquerdo.

As tabelas3 e4apresentam média, desvio padrão(DP)

emedianadas variáveis segundo aestabilidade (instávele estável)eocorrespondenteníveldescritivo(p-valor)doteste deMann-Whitneyparaoladodireitoeesquerdo, respectiva-mente.

Observou-sequeospacientescomfraturasinstáveis apre-sentaramCDAP(p = 0,05)significativamentemaiordoque osestáveis,conformeilustraafigura6.Nãoexistediferenc¸a estatísticasignificativanasdemaisvariáveisentreosdois sub-grupos.

Observou-sequeospacientescomfraturainstável apre-sentaramo CD Perfil(p=0,05)significativamente menordo que os pacientes com fratura estável, conforme ilustra a

figura6.Nãoexistediferenc¸asignificativanasdemais

variá-veisentreosdoissubgruposdepacientes.

Tabela2–Análisedasvariáveissegundoaestabilidade

Variável Instável(n=74) Estável(n=43) p-valora

Média±DP Mediana Média±DP Mediana

AP 1,23±0,43 1,2 1,17±0,43 1,2 0,58

Perfil 1,22±0,44 1,1 1,11±0,45 1 0,19

DPA 2,45±0,83 2,2 2,28±0,85 2,2 0,33

GardenAP 163,0±8,8 164 162,1±7,9 162 0,32

Gardenperfil 172,8±5,0 174 173,7±4,4 174 0,44

CDAP 135,6±11,6 133 135,5±10,8 134 0,87

CDperfil 170,7±6,5 170 172,9±4,1 172 0,093

AP,anteroposterior;DPA,distânciaponta-ápice;CD,cervicodiafisário;DP,desviopadrão. Fonte:HospitalSantaTeresa,Petrópolis,EstadodoRiodeJaneiro,Brasil.

(5)

Tabela3–Análisedasvariáveissegundoaestabilidadedoladodireito

Variável Instável(n=41) Estável(n=18) p-valora

Média±DP Mediana Média±DP Mediana

AP 1,20±0,44 1,2 1,13±0,37 1,15 0,66

Perfil 1,17±0,40 1 1,04±0,36 1,05 0,38

DPA 2,37±0,79 2,2 2,17±0,67 2,25 0,46

GardenAP 164,3±7,2 164 161,9±6,3 162 0,21

Gardenperfil 173,1±4,9 174 173,6±4,3 174,5 0,81

CDAP 137,0±11,4 135 131,4±7,6 128 0,053

CDperfil 171,9±5,4 172 172,9±3,7 172,5 0,50

AP,anteroposterior;DPA,distânciaponta-ápice;CD,cervicodiafisário;DP,desviopadrão. Fonte:HospitalSantaTeresa,Petrópolis,EstadodoRiodeJaneiro,Brasil.

a TestedeMann-Whitney.

Tabela4–Análisedasvariáveissegundoaestabilidadedoladoesquerdo

Variável Instável(n=33) Estável(n=25) p-valora

Média±DP Mediana Média±DP Mediana

AP 1,28±0,42 1,2 1,20±0,48 1,2 0,61

Perfil 1,28±0,47 1,2 1,15±0,51 1 0,28

DPA 2,56±0,87 2,4 2,35±0,96 2,1 0,34

GardenAP 161,5±10,3 164 162,3±9,0 162 0,96

Gardenperfil 172,5±5,1 172 173,8±4,5 172 0,33

CDAP 133,8±11,7 130 138,4±11,9 140 0,19

CDperfil 169,2±7,5 170 172,8±4,5 172 0,058

AP,anteroposterior;DPA,distânciaponta-ápice;CD,cervicodiafisário;DP,desviopadrão. Fonte:HospitalSantaTeresa,Petrópolis,EstadodoRiodeJaneiro,Brasil.

a TestedeMann-Whitney.

Observou-se queo subgrupo com fratura instável apre-sentouCDPerfil(p = 0,05)significativamentemenordoque osubgrupocomfraturaestável,conformeilustraafigura7. Nãoexistiudiferenc¸asignificativa,nonívelde5%,nasdemais variáveisentreosdoissubgrupos.

Fratura estável Fratura instável

180

170

160

150

140

130

120

110

100

CD (graus)

PERFIL AP

Figura4–Comparac¸ãoentreasfraturasestáveis einstáveispeloângulocervicodiafisário(CD).

Afigura8demonstraaincidênciadasfraturasestáveise

instáveisreferentesaos117pacientesanalisados.

Afigura9mostraareduc¸ãoidealenãoidealnasfraturas

estáveiseinstáveis.

Fratura estável Fratura instável

5,0

4,5

4,0

3,5

3,0

2,5

2,0

1,5

1,0

0,5

0,0

DPA

(6)

Fratrura estável Fratura instável

180

175

170

165

160

155

150

145

140

135

130

125

CD (graus)

PERFIL AP

Figura6–Comparac¸ãoentreasfraturasestáveise instáveispeloângulocervicodiafisário(CD),ladodireito.

Observamosqueasfraturasestáveisapresentaram79%de reduc¸õesideaiseasfraturasinstáveis,81%.

Discussão

Emnosso meio, amaioria das fraturas intertrocanterianas dofêmuraindaétratada com placaeparafuso deslizante. Osucessodotratamentocomessetipodeimplantedepende da impacc¸ão do segmento da cabec¸a e do colo na região

Fratura estável Fratura instável

180

175

170

165

160

155

150

145

140

135

130

125

CD

(grau

s)

PERFIL AP

Figura7–Comparac¸ãoentreasfraturasestáveis einstáveispeloângulocervicodiafisário(CD),lado esquerdo.

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70%

Estáveis n = 43 Instáveis n = 74

Estáveis n = 43 Instáveis n = 74

Figura8–Comparac¸ãodonúmeroabsolutoentreas fraturasestáveiseinstáveis.

proximal dofêmurem umaposic¸ãoestável.Uma vezisso alcanc¸ado, acarga sobreafratura écompartilhada entreo ossoeoimplanteeoossoabsorveaproximadamente75%da carga transmitida.13 Kaufer14 descreveucinco variáveisque

poderiam afetararesistência doconjuntoimplantee frag-mento de fratura: 1) qualidade óssea; 2) geometria do fragmento; 3) reduc¸ão da fratura;4) modelodo implantee 5) escolhadoimplante.Dessas,astrês últimasestão sobo controledocirurgião.Segundoaliteratura,complicac¸õescom a placa e o parafuso deslizante estão em torno de 16% a 23%.Portanto,colocac¸ãoadequadadoparafusoéde funda-mental importância.15–17 Essascomplicac¸ões podem variar

entre perda da reduc¸ão,pseudartrose,consolidac¸ão viciosa

0 10 20 30 40 50 60 70 80

Estáveis Instáveis

Redução não ideal Redução ideal

(7)

comdeformidadeemvarodocolofemoral,encurtamentoou

cut-outdoparafuso.7,16,18–23Nossoobjetivoprincipalfoi

anali-saraposic¸ãodaplacaedoparafusodeslizantenacomparac¸ão dasfraturasintertrocanterianasestáveiseinstáveis.

Apesar das vantagens mecânicas da placa e do para-fusodeslizante,ocut-outdoparafusodeslizantepermanece comoumproblemasignificativo,especialmentenasfraturas instáveis. Entretanto, a fixac¸ão interna das fraturas inter-trocantéricasestáveistemdemonstradobaixaincidênciade complicac¸ões.5,7,24

Muitos autores têm tentado quantificar o posiciona-mentodoparafusodeslizante.25–27 Clawson5 recomendoua

colocac¸ão doparafuso a 6mmdoosso subcondral. Alguns autores descreverama localizac¸ão doparafuso emrelac¸ão àdistânciadoeixocentraldacabec¸aedocolofemoralem radiografiasemanteroposterioreperfil.25–27Calculavama

pro-fundidadedapenetrac¸ãodoparafusodeacordocomonúmero devoltasqueseriamnecessáriasparaavanc¸aroparafuso den-trodoosso.OsistemadenovezonasusadoporKyleetal.24

nãorepresentavaaprofundidadedapenetrac¸ãodoparafuso. Larsonetal.28 levaram emconsiderac¸ão adirec¸ãoea

pro-fundidadedoparafusoedividiramacabec¸afemoralemeixos perpendiculareseosrestantesquadrantesem11zonasem ambasasradiografias.Bridleetal.29usarameixossimilares,

masdividiramcadaradiografiaemnoveáreas.Parker30usou

umatécnicadeproporc¸ãoparadefiniradirec¸ão,masnãoa profundidade,doparafusoemambasasincidências radiográ-ficas.

Os dois principais métodos descritos para quantificar o posicionamento do parafuso são: o método de proporc¸ão descritoporParker30eodadistânciaponta-ápice(DPA)

des-critoporBaumgaertneretal.,apudEvans31 eGarden,32 que

demonstraramseressemétodoumindicadorintraoperatório útilnoposicionamentodoparafusoemsuaprofundidadeena colocac¸ãocentralnacabec¸afemoral.Essetalvezsejao indi-cadormaisimportanteparaacolocac¸ãoprecisadoparafusoe temsidodemonstradoemváriosestudosserdevalor prognós-ticoapósotratamento dasfraturasintertrocantéricas.2,17,33

UmDPA<2,5cmfoirelatadocomosendoumbom prognós-ticonosresultados.Porém,algunsestudosacreditamqueo idealseriaumDPA<2cm.2,17,33

Vários autoresrelataram quepraticamentenão existem falhasnafixac¸ãodasfraturasintertrocantéricasestáveisem duaspartes.7,34Acomplicac¸ãomecânicamaiscomumapóso

usodaplacaedoparafusodeslizanteéocolapsoprogressivo emvaroatravésda cabec¸afemoralcommigrac¸ão proximal e eventual cut-out do parafuso na cabec¸a.6,7 O

posiciona-mentoadequadodoparafusodentrodacabec¸aprotegecontra essascomplicac¸ões,6,7 porém,ainstabilidadeéumfatorde

controvérsia.26,34–36 Lindskog et al.37 demonstraram que a

idadeefraturasinstáveistambémforamfatores independen-tesparaprognósticodecut-out.Baumgaertneretal.6relataram

taxasdecut-outquevariavamde4%a20%,comaumentodas taxasnasfraturasinstáveis.Haidukewychetal.38revisaram

asfraturas instáveis (AO/OTAtipo A3.1 eA3.3)e encontra-ramtaxasdeaté56%decomplicac¸ões(cut-outepseudartrose) quando usaram a placa e o parafuso deslizante. Nossos resultadosmostraramquenãofoiencontradadiferenc¸a signi-ficativadaDPAentreasfraturasestáveis(2,28±0,85cm)eas instáveis(2,45±0,83cm).ADPAsemantevedentrodolimite

determinadoporBaumgaertnerde2,39±0,84cm(abaixode 2,5cm). Nossos dados não sustentaram a hipótese de que nasfraturasinstáveis,pelaeventualdificuldadedereduc¸ão, poderíamosencontrar umaDPAaumentada, oquepoderia favoreceroaumentodascomplicac¸ões.

Estudosemcadávereradiográficosdemonstraramqueo ângulocervicodiafisário(CD)apresenta,napopulac¸ãogeral, umamédiade127◦±7.39,40Nãoficoudemonstradadiferenc¸a

significativa em relac¸ão ao lado e ao gênero, apesar das diferenc¸asculturais.41Aavaliac¸ãoradiográficadoânguloCD

emanteroposteriormostrousermaisprecisaquandoofêmur estáemrotac¸ãointernade10◦,poisarotac¸ãoexternapode levar aumaumentoaparente doângulo CD.42 Esteestudo

demonstrouqueboareduc¸ãoéumfatorimportantepara evi-tarcomplicac¸ões.Entretanto,comonãofoianalisadointraou interobservador,nãopodemosconcluirnãohaverdiferenc¸a significativadoânguloCDemradiografiasemAPnos paci-entes estáveis e nos instáveis (135,5◦ ± 10,8e 135,6± 11,6◦,respectivamente),assimcomonasradiografiasemperfil (172,9◦±4,1e170,7±6,5,respectivamente).

Alguns trabalhos têm indicado que a reduc¸ão correta da fratura naradiografiaprincipalmenteemAPeumaboa correc¸ão doângulotrabecularemtorno de165◦-170estão associadascomumareduc¸ãodoriscodecut-out.41,43 Pervez

etal.1confirmaramovalordareduc¸ãodafraturana

radiogra-fiaemAPcomumaumentonastaxasdecut-outnasfraturas quetinhamsidoreduzidasemvaro.Areduc¸ãodafraturaeo posicionamentodoimplanteestãodiretamenterelacionados. Portanto,areduc¸ãocorretadafraturaéumpré-requisitopara acolocac¸ãodoimplante.44

Observamosqueoângulocervicodiafisárionaincidência de APfoi significativamente maiornas fraturas instáveise mostrou uma tendência à reduc¸ão em valgo. Também foi observado, naincidênciaemperfil,queoângulo cervicodi-afisáriofoisignificativamentemenornasfraturasinstáveis,o quesugereumatendênciaaodesabamentoposterior.

Conclusão

O resultado doestudo confirmou não haver diferenc¸a sig-nificativa entre as medidas avaliadas, exceto o ângulo cervicodiafisário.Equeumaboareduc¸ão,tantonasfraturas estáveiscomonasinstáveis,éumfatorimportanteparaevitar complicac¸õesquandousamosaplacaeoparafusodeslizante nasfraturasextracapsularesdofêmur.

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.

r

e

f

e

r

ê

n

c

i

a

s

1.PervezH,ParkerMJ,VowlerS.Predictionoffixationfailure

afterslidinghipscrewfixation.Injury.2004;35(10):994–8.

2.BaumgaertnerMR,CurtinSL,LindskogDM,KeggiJM.The

valueofthetip-apexdistanceinpredictingfailureoffixation

ofperitrochantericfracturesofthehip.JBoneJointSurgAm.

(8)

3. LorichDG,GellerDS,NielsonJH.Osteoporoticpertrochanteric

hipfractures:managementandcurrentcontroversies.Instr

CourseLect.2004;53:441–54.

4. JacobsRR,ArmstrongHJ,WhitakerJH,PazellJ.Treatmentof

intertrochanterichipfractureswithacompressionhipscrew

andanailplate.JTrauma.1976;16(08):599–603.

5. ClawsonDk.Trochantericfracturestreatedbythesliding

screwplatefixationmethod.JTrauma.1964;4:737–52.

6. BaumgaertnerMR,SolbergBD.Awarenessoftip-apex

distancereducesfailureoffixationoftrochantericfractures

ofthehip.JBoneJointSurgBr.1997;79(6):969–71.

7. DavisTR,SherJL,HorsmanA,SimpsonM,PorterBB,

CheckettsRG.IntertrochantericfemoralfracturesMechanical

failureafterinternalfixation.JBoneJointSurgBr.

1990;72(1):26–31.

8. JensenJS,TøndevoldE,MossingN.Unstabletrochanteric

fracturestreatedwiththeslidingscrew-platesystem.A

biomechanicalstudyofunstabletrochantericfractures.III

ActaOrthopScand.1978;49(4):392–7.

9. StapleySA,KumarBA,ParkerMJ.Thepredictionoffixation

failureofintertrochantericfracturesofthefemurusingthe

slidinghipscrew:whichisthebestmethod?JBoneJointSurg

Br.2000;82Suppl1:56.

10.WaltonNP,Wynn-JonesH,WardMS,WimhurstJA.Femoral

neck-shaftangleinextra-capsularproximalfemoralfracture

fixation;doesitmakeaTADofdifference?Injury.

2005;36(11):1361–4.

11.LyTV,SwiontkowskiMF.Treatmentoffemoralneckfractures

inyoungadults.JBoneJointSurgAm.2008;90(10):2254–66.

12.MarshJL,SlongoTF,AgelJ,BroderickJS,CreeveyW,DeCoster TA,etal.Fractureanddislocationclassificationcompendium –2007:OrthopaedicTraumaAssociationclassification, database,andoutcomescommittee.JOrthopTrauma. 2007;21:(Suppl10):S1-133.

13.FrankelVH,BursteinAH.Orthopedicsbiomecanics.The

applicationofengeneeringtothemusculoskeletalsystem

Philladelphia:LeaandFebiger;1970.

14.KauferH.Mechanicsofthetreatmentofhipinjuries.Clin

OrthopRelatRes.1980;(146):53–61.

15.BannisterGC,GibsonAG,AckroydCE,NewmanJH.The

fixationandprognosisoftrochantericfractures.A

randomizedprospectivecontrolledtrial.ClinOrthopRelat

Res.1990;(254):242–6.

16.SimpsonAH,VartyK,DoddCA.Slidinghipscrews:modes

offailure.Injury.1989;20(4):227–31.

17.WolfgangGL,BryantMH,O’NeillJP.Treatmentof

intertrochantericfractureofthefemurusingslidingscrew

platefixation.ClinOrthopRelatRes.1982;(163):148–58.

18.KauferH,MatthewsLS,SonstegardD.Stablefixation

ofintertrochantericfractures.JBoneJointSurgAm.

1974;56(5):899–907.

19.KyleRF.Fracturesoftheproximalpartofthefemur.JBone

JointSurgAm.1994;76:924–50.

20.MadsenJE,NaessL,AuneAK,AlhoA,EkelandA,StrømsøeK.

Dynamichipscrewwithtrochantericstabilizingplateinthe

treatmentofunstableproximalfemoralfractures:a

comparativestudywiththeGammanailandcompression

hipscrew.JOrthopTrauma.1998;12(4):241–8.

21.LiuM,YangZ,PeiF,HuangF,ChenS,XiangZ.Ameta-analysis

oftheGammanailanddynamichipscrewintreating

peritrochantericfractures.IntOrthop.2010;34(3):323–8.

22.NordinS,ZulkifliO,FaishamWI.Mechanicalfailureof

DynamicHipScrew(DHS)fixationinintertrochanteric

fractureofthefemur.MedJMalaysia.2001;56SupplD:12–7.

23.SaarenpääI,HeikkinenT,RistiniemiJ,HyvönenP,LeppilahtiJ,

JalovaaraP.Functionalcomparisonofthedynamichipscrew

andtheGammalockingnailintrochanterichipfractures:a

matched-pairstudyof268patients.IntOrthop.

2009;33(1):255–60.

24.KyleRF,GustiloRB,PremerRF.Analysisofsixhundredand

twenty-twointertrochanterichipfractures.JBoneJointSurg

Am.1979;61(2):216–21.

25.DohertyJHJr,LydenJP.Intertrochantericfracturesofthehip

treatedwiththehipcompressionscrew:analysisof

problems.ClinOrthopRelatRes.1979;(141):184–7.

26.GreiderJLJr,HorowitzM.Clinicalevaluationofthesliding

compressionscrewin121hipfractures.SouthMedJ.

1980;73(10):1343–8.

27.MulhollandRC,GunnDR.Slidingscrewplatefixation

ofintertrochantericfemoralfractures.JTrauma.

1972;12(7):581–91.

28.LarssonS,FribergS,HanssonLI.Trochantericfractures.

Mobility,complications,andmortalityin607casestreated

withthesliding-screwtechnique.ClinOrthopRelatRes.

1990;(260):232–41.

29.BridleSH,PatelAD,BircherM,CalvertPT.Fixationof

intertrochantericfracturesofthefemur.Arandomised

prospectivecomparisonoftheGammanailandthedynamic

hipscrew.JBoneandJointSurgBr.1991;73(2):330–4.

30.ParkerMJ.Cutting-outofthedynamichipscrewrelatedtoits

position.JBoneJointSurgBr.1992;74(4):625.

31.EvansEM.Trochantericfractures;areviewof110cases

treatedbynail-platefixation.JBoneJointSurgBr.

1951;33(2):192–204.

32.GardenRS.Low-anglefixationinfracturesofthefemoral

neck.JBoneJointSurgBr.1961;43:647–63.

33.LevyRN,CapozziJD,MontMA.Intertrochanterichip

fractures.In:BrownerD,JupiterJ,LevineA,TaftonP,editors.

Skeletaltrauma:fractures,dislocations,ligamentousinjuries.

Philadelphia:Saunders;1992.p.1442–84.

34.WatsonJT,MoedBR,CramerKE,KargesDE.Comparisonof

thecompressionhipscrewwiththeMedoffslidingplatefor

intertrochantericfractures.ClinOrthopRelatRes.

1998;(348):79–86.

35.ChirodianN,ArchB,ParkerMJ.Slidinghipscrewfixation

oftrochanterichipfractures:outcomeof1024procedures.

Injury.2005;36(6):793–800.

36.LarssonS,FribergS,HanssonLI.Trochantericfractures

Influenceofreductionandimplantpositiononimpaction

andcomplications.ClinOrthopRelatRes.1990;(259):130–9.

37.LindskogDM,BaumgaertnerMR.Unstableintertrochanteric

hipfracturesintheelderly.JAmAcadOrthopSurg.

2004;12(3):179–90.

38.HaidukewychGJ.Intertrochantericfractures:tentipsto

improveresults.JBoneJointSurgAm.2009;91(3):712–9.

39.IsaacB,VettivelS,PrasadR,JeyaseelanL,ChandiG.Prediction

offemoralneck-shaftanglefromthelengthofthefemoral

neck.ClinAnat.1997;10(5):318–23.

40.ReikerasO,HoisethA,ReigstadA,FonstelienE.Femoralneck

angles:aspecimenstudywithspecialregardtobilateral

differences.ActaOrthopScand.1982;53(5):775–9.

41.ParkerMJ.Valgusreductionoftrochantericfractures.Injury.

1993;24(5):313–6.

42.KayRM,JakiKA,SkaggsDL.Theeffectoffemoralrotationon

theprojectedfemoralneck-shaftangle.JPaediatrOrthop.

2000;20(6):736–9.

43.BonamoJJ,AccettolaAB.Treatmentofintertrochanteric

fractureswithaslidingnail-plate.JTrauma.1982;22(3):

205–15.

44.LimaALP,AzevedoFilhoAJ,AmaralNP,FranklinCE,Giordano

V.Tratamentodasfraturasintertrocanterianascomplacae

Referências

Documentos relacionados

para avaliar a taxa de consolidac¸ão das fraturas do polo proxi- mal do escafoide com o uso de EONV associado à fixac¸ão com parafuso de Herbert; 11 pacientes foram avaliados

Objetivo: Avaliar a integridade do tendão do supraespinal por meio da ultrassonografia (US) em pacientes submetidos à fixac¸ão de fraturas da extremidade proximal do úmero (FEPU)

Objetivo: demonstrar uma técnica cirúrgica para o tratamento das fraturas do colo do quinto metacarpo por meio de reduc¸ão por manipulac¸ão intrafocal e fixac¸ão percutânea com

Os pacientes com lesão tipo II (1, 2 e 9) foram subme- tidos a tratamento cirúrgico, o 1 e o 9 foram tratados com reduc¸ão aberta e fixac¸ão interna (Rafi) com dois parafusos

Levados em considerac¸ão os observadores em geral, encontra- mos os seguintes índices de kappa: para imagens com fraturas estável, 0,11; para imagens com fraturas instáveis, 0,52;

Método: Estudo retrospectivo composto por 24 pacientes com fraturas diafisárias instáveis do fêmur com idade entre cinco e 12 anos, submetidos a tratamento cirúrgico com

AVALIAÇÃO PROSPECTIVA DA EVOLUÇÃO CLÍNICA, RADIOGRÁFICA E FUNCIONAL DO TRATAMENTO DAS FRATURAS TROCANTÉRICAS INSTÁVEIS DO FÊMUR COM HASTE CEFALOMEDULAR.. PROSPECTIVE ASSESSMENT

Objetivo: Comparar os resultados do tratamento cirúrgico entre placa volar com estabilidade angular e placas ortogonais em fraturas instáveis de rádio distal em pacientes com mais