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XVI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DA UNAERP CAMPUS GUARUJÁ

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XVI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DA UNAERP CAMPUS GUARUJÁ

Atuação do enfermeiro no centro de materiais e esterilização frente ao desuso dos equipamentos de proteção individual pela

equipe de enfermagem

Beatriz Ranielle Cortez Discente do Curso de Enfermagem

Universidade de Ribeirão Preto – UNAERP Campus Guarujá Orientanda do Estudo.

biah_cortez_03@hotmail.com

Profa. Ms. Rosely Kalil de Freitas Castro Carrari de Amorim Docente do Curso de Enfermagem

Universidade de Ribeirão Preto – UNAERP Campus Guarujá Orientadora do Estudo.

profroselykfc@gmail.com

Este simpósio tem o apoio da Fundação Fernando Eduardo Lee.

ENFERMAGEM - Comunicação, Inovação, Tecnologia e Empreendedorismo na Saúde.

Apresentação: Pôster.

Resumo:

O trabalho científico em questão tem como objetivo discorrer sobre o uso adequado de Equipamento de Proteção Individual (EPI) no Centro de Materiais e Esterilização (CME), pela equipe de enfermagem e propor um instrumento de controle para o enfermeiro frente ao desuso destes, orientando sobre a necessidade de educação permanente no setor. O CME é considerado uma área crítica, apresentando riscos aos profissionais atuantes neste setor, tornando-os suscetíveis ao acontecimento de acidentes ocupacionais, acarretando erros devido a desatualização dos profissionais, falta de adesão ao uso de EPIs, falta de padronização das ações e a execução de técnicas inadequadas. Tratou-se de uma pesquisa descritiva realizada por meio de uma revisão bibliográfica, onde o assunto norteador foi o uso de EPI pela Equipe de Enfermagem no CME, composta pela utilização de 8 artigos científicos encontrados na Biblioteca Virtual de Saúde; uma Resolução da Diretoria Colegiada (RDC); duas Portarias e 1 Política Nacional de Educação Permanente em Saúde, instituída no ano de 2004. Sintetizando, é evidente a necessidade de instrumentos para fornecer esta visão amplificada para o enfermeiro, que, devido a sua rotina de trabalho, muitas vezes não obtém a percepção da necessidade de seus colaboradores.

Palavras-chave: Equipamento de Proteção Individual; Centro de Esterilização;

Educação Continuada em Saúde.

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2

Abstract:

The scientific paper in question aims to discuss the proper use of Personal Protective Equipment (PPE) at the Center for Materials and Sterilization (CME), by the nursing staff and propose a control instrument for the nurse against their disuse, guiding on the need for continuing education in the sector. The CME is considered a critical area, presenting risks to professionals working in this sector, making them susceptible to the event of occupational accidents, leading to errors due to outdated professionals, lack of adherence to the use of PPE, lack of standardization of actions and performing inappropriate techniques. This was a descriptive survey conducted through a literature review, where the guiding subject was the use of PPE by the Nursing Team at the CME, composed by the use of 8 scientific articles found in the Virtual Health Library;

an Collegiate Board Resolution (RDC); two Ordinances and one National Policy of Permanent Education in Health. In summary, it is evident the need for tools to provide this amplified vision to the nurse, who, due to their work routine, they often do not get the perception of the need of their employees.

Key-words: Personal Protective Equipment; Center of Sterilization; Continuing Health Education.

1. Introdução

Segundo Prochnow (2011) apud Martins, et al. (2013), os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) são descritos como dispositivos individuais utilizados pelos colaboradores com o objetivo de protege-los durante o trabalho que pode prejudicar sua saúde.

A Portaria da Secretaria de Inspeção do Trabalho e diretora do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho – SIT/DSST, nº 194 de 07 de dezembro de 2010, determina que compete ao Serviço especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho – SESMT, de acordo com a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA e os trabalhadores usuários, é recomendado ao empregador o uso de EPI adequado ao risco existente em determinada atividade. Contudo, nas empresas desobrigadas a constituir o SESMT, cabe ao empregador selecionar o EPI adequado ao risco, mediante orientações de profissionais tecnicamente habilitados.

De acordo com Borgheti, Viegas e Caregnato (2016) apud Strieder, et al.

(2019), a biossegurança constitui-se em um desafio para os profissionais da saúde, principalmente no campo prático de um setor pouco conhecido como o Centro de Materiais e Esterilização – CME, que preza pelo Processamento de Produtos para a Saúde – PPS, com qualidade e quantidade suficiente para o atendimento e a segurança do paciente, sendo este o setor responsável pela limpeza, inspeção, embalagem, esterilização, armazenamento e distribuição de PPS para as unidades consumidoras.

O CME é considerado uma área crítica por processar artigos resultantes

de intervenções clínicas e cirúrgicas, que podem apresentar riscos aos

profissionais atuantes neste setor, tornando-os suscetíveis ao acontecimento

de acidentes ocupacionais, podendo acarretar erros devido a desatualização

dos profissionais, falta de adesão ao uso de EPIs, falta de padronização das

ações e a execução de técnicas inadequadas. (BORGHETI; VIEGAS;

(3)

3

CAREGNATO, 2016).

Com base na Portaria MTE-GM 485: 2005 que institui a Norma Regulamentadora 32, 32.2.4.7 do objetivo e campo de aplicação, determina que Os Equipamentos de Proteção Individual - EPI, descartáveis ou não, deverão estar à disposição em número suficiente nos postos de trabalho, de forma que seja garantido o imediato fornecimento ou reposição, em suma, a Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 15, de Março de 2012, subseção I, Art 31, a mesma afirma que o trabalhador do CME e da empresa processadora deve utilizar os seguintes EPIs de acordo com a sala/área (Quadro 1).

Quadro 1: Apresentação dos EPIs utilizados no CME, subdivididos por áreas do setor.

EPIs utilizados em Sala/Área

Óculos de Proteção

Máscara Luvas

Avental Impermeável

Manga Longa

Protetor Auricular

Calçados Fechados

Recepção X X X X -

Impermeável Anti Antiderrapante

Limpeza X X

Borracha , cano

longo

X X

Impermeável Antiderrapante

Preparo Acondicionamento

Inspeção

- X X -

Se

Necessário X

Desinfecção

Química X X

Borracha , cano

longo

X -

Impermeável Antiderrapante

Fim do Quadro. Fonte: RDC nº 15, 2012.

Segundo Bugs, et al., (2017) apud Strieder, et al., (2019), as atribuições do enfermeiro no CME constitui-se de coordenar a equipe de enfermagem e as atividades desenvolvidas, avaliar e participar das etapas do processo de limpeza, dimensionar os profissionais, contribuir com ações de prevenção e controle de eventos adversos, orientar as unidades usuárias do serviço, implementar boas práticas para o processamento de PPS, assim como, padronizar o uso de produtos, materiais e equipamentos, tal como trabalhar em conjunto com o Centro de Controle de Infecções Hospitalares – CCIH da instituição, afim de planejar e validar as fases do processamento dos artigos, primando pela redução das taxas de infecção relacionada à assistência à saúde.

A Associação Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização – SOBECC (2007) apud Leite (2008), os Técnicos de Enfermagem no CME desempenham as seguintes atividades: leitura dos indicadores biológicos, de acordo com as rotinas da instituição; receber, conferir e preparar os artigos consignados;

realizar a limpeza, preparo, esterilização, guarda e a distribuição de artigos de

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4

acordo com as solicitações; preparar as caixas cirúrgicas; realizar cuidados com artigos endoscópicos em geral; monitorar lotes e cargas no processo de esterilização; revisar a listagem de caixas cirúrgicas, bem como proceder a sua reposição.

Ainda de acordo com a SOBECC (2007) apud Leite (2008), as atribuições dos Auxiliares de Enfermagem no CME seria efetuar o recebimento e limpeza dos artigos; receber e preparar roupas limpas; preparar, esterilizar, guardar e distribuir os artigos e instrumentais cirúrgicos esterilizados.

A justificativa acarreta que, durante o período de estágio supervisionado em um hospital escola, a pesquisadora aluna de bacharelado em Enfermagem presenciou o desuso de EPIs no CME pela equipe de enfermagem, notando a deficiência de conhecimento destes profissionais quanto aos EPIs e a falta de instrumentos de controle.

2. Objetivo

Discorrer sobre o uso adequado de Equipamento de Proteção Individual no Centro de Materiais e Esterilização, pela equipe de enfermagem e propor um instrumento de controle para o enfermeiro frente ao desuso destes, para que sirva de orientação sobre a necessidade de educação permanente no setor.

3. Materiais e Métodos

Tratou-se de uma pesquisa descritiva realizada por meio de uma revisão bibliográfica, onde o assunto norteador foi o uso de EPI pela Equipe de Enfermagem no CME.

A seleção de artigos foi realizada por meio de buscas na base de dados do Portal Regional da Biblioteca Virtual em Saúde – BVS, onde os descritores utilizados no DeCs para encontrar os respectivos artigos foram: Centro de Esterilização, Enfermeiros e Enfermeiras, Equipe de Enfermagem, Equipamento de Proteção Individual, Educação Continuada em Saúde. Os cruzamentos utilizados foram: Enfermeiros AND Centro de Esterilização (obtendo 177 artigos), Equipe de Enfermagem AND Centro de Esterilização (obtendo 74 artigos), Equipamento de Proteção Individual AND Equipe de Enfermagem (obtendo 34 artigos), Educação Continuada AND Centro de Esterilização (obtendo 57 artigos).

Os critérios de inclusão propostos para a seleção dos artigos encontrados foram: artigos completos na integra publicados no período de 2008 a 2019 no idioma português e inglês.

A busca foi composta pela utilização de 8 artigos científicos encontrados na BVS; 1 RDC nº 15, de março de 2012; 2 Portarias SIT/DSST nº 194, de dezembro de 2010 e Portaria MTE-GM 485 de 11 de novembro de 2005 e 1 Política Nacional de Educação Permanente em Saúde, instituída no ano de 2004; analisados e lidos na íntegra para a elaboração da Introdução, resultados e discussão desta pesquisa.

4. Resultados e Discussão

Foram encontrados e selecionados a partir dos critérios de inclusão oito

artigos científicos na BVS (Quadro 2) e uma RDC, duas portarias e uma

Política Nacional de Educação Permanente (Quadro 3).

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5

Quadro 2: Apresentação dos artigos encontrados na BVS, utilizados, por meio de cruzamentos, segundo autor, ano, título, método, sujeito/local, assunto estudado e conclusão. Guarujá, 2019.

Autor e Ano

Título Método Sujeito/

Local

Assunto Estudado

Conclusão Enfermeiros e Enfermeiras AND Centro de Esterilização

STRIED ER, A.T.

et al. 2019.

Atuação do Enfermeiro no

Processo de Limpeza em um

Centro de Material e Esterilização.

Relato de Experiência.

Hospital privado de Rio Grande

do Sul.

Contextualizar a atuação do enfermeiro no Processo de

Limpeza de Materiais Hospitalares em um CME.

Ampliar conhecimento

sobre as responsabilidade

s inerentes a atuação do enfermeiro no

CME.

BORGHETI, S.P.;

VIEGAS, K.;

CAREG NATO, R.C.A.

2016.

Biossegurança no Centro de Materiais e

Esterilização:

dúvidas dos profissionais.

Estudo exploratório

descritivo qualitativo.

Site nacional sobre risco

biológico.

Conhecer as dúvidas dos profissionais da saúde sobre

biossegurança no Centro de

Materiais e Esterilização

(CME) e refletir sobre as

respostas emitidas

A maioria dos profissionais que

encaminharam dúvidas foram enfermeiros. As

dúvidas mais frequentes sobre

biossegurança relacionavam-se

a soluções usadas, equipamentos e

materiais.

Equipe de Enfermagem AND Centro de Esterilização BUGS,

T.V. et al.

2017.

Perfil da Equipe de Enfermagem e

percepções do trabalho realizado

em uma Central de Materiais.

Análise estatística descritiva.

Hospital universitário localizado no

interior do estado do Paraná.

Traçar o perfil da equipe de enfermagem da Central de

Materiais de Esterilização (CME) de um hospital-escola

, identificando os processos de educação continuada.

Revelam-se a necessidade de

apoio a esses profissionais, que reconhecem sua prática como

fundamental, porém requerem

aprendizado, desenvolvido na

forma de educação continuada.

LEITE, F.B.

2008.

Central de Material Esterilizado

Projeto de Reestruturação e

Ampliação do Hospital regional de Francisco Sá.

Estudo exploratório

descritivo.

Hospital Regional de

Francisco Sá.

Trata da Central de

Materiais Esterilizados (CME) com a

proposta de superar alguns

desafios, para proporcionar um serviço de

qualidade.

As Redes de Atenção à Saúde do SUS

almejam que essa microrregião

seja autossuficiente

na atenção secundária à

saúde.

Continua…

(6)

6 …continuação

Equipamento de Proteção Individual AND Equipe de Enfermagem MARTIN S,

C.L. et al. 2013.

Equipamentos de Proteção Individual: A perspectiva de trabalhadores que

sofreram queimaduras no

Trabalho.

Estudo de abordagem qualitativa.

Centro de Referência a

Queimados da região Sul

do Brasil.

Conhecer, na perspectiva

dos trabalhadores,

a importância do uso de equipamentos

de proteção individual para

prevenção de acidentes de

Trabalho.

Empregadores e profissionais de

enfermagem necessitam

investir na capacitação e treinamento dos

trabalhadores para o uso adequado dos equipamentos de proteção

individual.

Educação Continuada AND Centro de Esterilização ANDRIGUE

, K.C;

TRINDADE , L.L;

AMESTOY S.C. 2017.

Formação Acadêmica e

educação permanente:

influências nos estilos de liderança de

enfermeiros

Macro pesquisa.

Rede hospitalar de

Pelotas e Chapecó.

Conhecer as influências da

formação acadêmica e

Educação Permanente em Saúde nos

estilos de liderança adotados pelos

enfermeiros.

Destaca-se a importância de o

ensino na graduação fortalecer as

práticas de aprendizagem da liderança e entende-se que

a liderança é aperfeiçoada ao

longo da vida profissional.

DAU, G. L.;

MOURA, M. 2018.

Procedimentos, atitudes e ferramentas para

fortalecer a segurança do paciente quando o

assunto é esterilização.

Entrevista. Revista Nursing.

Precaução, novas tecnologias e

educação continuada.

E sempre tenhamos na lembrança que a

dimensão da nossa responsabilidade

vai além da técnica, ela também é pessoal, ética e

legal.

ROSSETTI, L.T. et al.

2019.

Educação permanente e gestão em saúde:

a concepção de enfermeiros

Investigação Qualitativa.

Instituição pública de

saúde do Estado de Minas Gerais

Analisar a compreensão de enfermeiros

sobre a Educação Permanente

em Saúde como ferramenta de

gestão.

A Educação Permanente em

Saúde, entendida como questionamento permanente e compartilhado do processo de

trabalho, é uma potente ferramenta para

a mudança no cotidiano dos

serviços.

Fim do quadro. Fonte: as autoras.

(7)

7

Quadro 3: Apresentação da RDC, Portaria e Política Nacional de Educação Permanente utilizadas, segundo autor, ano, título e instituição. Guarujá, 2019.

Autor Ano Título Instituição

Luiz Marinho 2005 Portaria MTE-GM

485: 2005

Ministério do Trabalho e Emprego

Ministério da Saúde

2012 Resolução – RDC

nº15 de 15 de março de 2012.

ANVISA

VILELA, R.B.V.;

BARRETO, J.M.A.

2010 Portaria nº 194

SIT/DSST, de 07 de dezembro de 2010.

Ministério da Ciência e Tecnologia.

Ministério da Saúde

2018 Política Nacional de Educação

Permanente em Saúde: O que se tem produzido para o seu fortalecimento?

Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde Departamento de Gestão da Educação na

Saúde -

DEGES/SGTES/MS

Fim do Quadro. Fonte: as autoras.

Segundo o Ministério da Saúde (2018), A Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS) instituída por meio da Portaria GM/

MS nº 198/20041, teve suas diretrizes de implementação publicadas na Portaria GM/MS nº 1.996/20071. Essa última normativa se adequou à implantação do Pacto pela Saúde, momento em que a Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), em parceria com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e com o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS), promoveu uma ampla discussão no sentido de fazer reformulações nos marcos regulatórios pelos atores do SUS nos territórios, incluindo os aspectos relacionados ao financiamento das ações de Educação Permanente em Saúde (EPS).

Educação na Saúde “consiste na produção e sistematização de conhecimentos relativos à formação e ao desenvolvimento para a atuação em saúde, envolvendo práticas de ensino, diretrizes didáticas e orientação curricular” (Brasil, 2012, p. 20).

De acordo com Borgheti, Viegas e Caregnato (2016), de fato, para implementação de EPIs nos serviços, são necessários investimentos em recursos físicos, materiais e pessoais, além de capacitação e motivação dos funcionários e administradores, criando novos conceitos culturais e comportamentais, corroborando Bugs, et al., (2017) afirma que o processamento de instrumentais e materiais na CME deve ser desempenhado com fundamentação no conhecimento e análise de riscos ambientais incorporados a uma estrutura física adequada, admitindo fluxo de materiais e pessoas de forma segura.

Conforme Strieder, et al., (2019), é primordial o incentivo por parte do

enfermeiro ao uso consciente dos EPIs na área de limpeza, com a finalidade de

prevenção de acidentes de trabalho. Desta maneira, a importância da atuação

exclusiva do enfermeiro na unidade de CME é notória na supervisão das

atividades diárias, quanto na padronização de produtos e procedimentos de

(8)

8

trabalho, tal como na elaboração de protocolos e principalmente na orientação de funcionários, colaborando assim para a adequada prática em todas as etapas do processamento de PPS, controle de infecções e, consequentemente, prestação de cuidado seguro aos usuários.

Segundo Rossetti et. al; (2019) afirma que a EPS é reconhecida como sendo as ações educativas realizadas à partir da identificação de falhas no serviço ou da problematização do processo de trabalho. Corroborando, Andrigue, Trindade e Amestoy (2017), destaca que a liderança representa uma competência imprescindível da prática de enfermagem nos diversos aspectos do papel do enfermeiro, afirmando ainda que, reconhece-se a formação acadêmica e a EPS como ferramentas capazes de potencializar a formação de líderes, apontando ainda a importância destas no cenário atual, no qual se necessita cada vez mais, de profissionais competentes técnico-cientificamente e capazes de gerenciar o cuidado e a equipe de enfermagem, utilizando-se o diálogo, a ética e a humanização.

De acordo Gláucya Lima Dau (2018), observam-se muitos pontos que necessitam de ajustes na prática e que geram falhas no processo dos PPS, como por exemplo, a EPS, que por sua vez, está associada ao gerenciamento de riscos por intermédio de correção de falhas e inadequação dos processos, afirmando ainda que, o enfermeiro deve assumir no CME seu papel na gestão de recursos humanos, permitindo assim, um gerenciamento efetivo do cuidar.

Martins, et al. (2013), afirma que o uso de EPIs confere proteção à integridade física e psíquica das pessoas durante a manipulação dos instrumentais de trabalho e contribui para prevenção de acidentes, embasados na compreensão de que os ambientes de trabalho, pela natureza das atividades, expõem os trabalhadores a riscos e perigos, os quais podem ser minimizados ou eliminados se houver utilização de EPI. Corroborando, Borgheti, Viegas e Caregnato (2016), reitera que para garantir eficiência e segurança nos processos de trabalho, tornam-se necessárias a constante atualização e a existência de uma postura comprometida dos profissionais que exercem suas atividades laborais e a adoção de medidas de biossegurança é prioritária para todos os setores e profissionais da saúde expostos aos riscos ocupacionais, sendo a educação fundamental.

5. Considerações finais

Esta pesquisa tem o intuito de esclarecer a importância da EPS nas instituições de saúde, abrangendo de forma simples e prática as legislações, afim de destacar a necessidade da capacitação profissional, para que desta forma, seja prestado uma assistência direta ou indireta de maneira ética, segura e professional, excluindo práticas dotadas de imprudência, imperícia ou negligência.

Neste âmbito, torna-se visível o papel desafiador do enfermeiro no setor, utilizando de sua capacidade de liderança e saber científico para dimensionar e capacitar a equipe de enfermagem e, desta forma, por meio de sua percepção para a necessidade de EPS nos setores, a prática profissional se torne mais eficiente e livre de riscos ocupacionais.

Por meio destes fatos, torna-se visível a falta de conhecimento da

equipe de enfermagem acerca dos riscos que envolvem a inutilização dos EPIs

na sala de limpeza do CME, considerado um setor crítico das instituições e

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9

pouco comentado devido à sua assistência indireta, mas de suma importância para o funcionamento dos setores das instituições.

Sintetizando, é evidente a necessidade de instrumentos para fornecer esta visão amplificada para o enfermeiro, que, devido a sua rotina de trabalho, muitas vezes não obtém a percepção da necessidade de seus colaboradores.

Esta pesquisa, apresenta uma proposta de ficha de controle de uso de EPIs, a fim de determinar a necessidade de EPS no CME (Anexo 1), diminuindo ou aniquilando os riscos ocupacionais dos colaboradores e consequentemente, à assistência aos usuários.

6. Referências

ANDRIGUE, K.C.K.; TRINDADE, L.L.; AMESTOY, S.C. Formação Acadêmica e educação permanente: influências nos estilos de liderança de enfermeiros.

J.res: fundam. care. online. Rio de Janeiro: Out/Nov. 2017. vol. 9, n. 4, p.

971-977. Disponível em:

http://www.seer.unirio.br/index.php/cuidadofundamental/article/view/5534/pdf_1 . Acessado em: 06 de Agosto de 2019.

BORGHETI, S.P.; VIEGAS, K.; CAREGNATO, R.C.A. Biossegurança no Centro de Materiais e Esterilização: Dúvidas dos Profissionais. Revista SOBECC. São Paulo: Jan/Mar 2016. Vol.21. N.1. p. 3 – 12. Disponível em:

https://revista.sobecc.org.br/sobecc/article/view/36/12. Acessado em: 15 de maio de 2019.

BUGS, T.V. et al. Perfil da Equipe de Enfermagem e percepções do trabalho realizado em uma Central de Materiais. Revista Mineira de Enfermagem.

Minas Gerais. 2017. Disponível em:

https://www.reme.org.br/artigo/detalhes/1132. Acessado em: 5 de maio de 2019.

DAU, G. L.; MOURA, M. Procedimentos, atitudes e ferramentas para fortalecer a segurança do paciente quando o assunto é esterilização. Revista Nursing.

2018. vol. 21, n. 241, p. 2200-2203. Disponível em:

http://www.revistanursing.com.br/revistas/241-Junho2018/entrevista.pdf.

Acessado em: 15 de Agosto de 2019.

LEITE, F.B. Central de Material Esterilizado Projeto de Reestruturação e Ampliação do Hospital regional de Francisco Sá. Ministério da Saúde.

Brasília: 2008. Disponível em:

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/artigo_CME_flavia_leite.pdf. Acessado em: 11 de maio de 2019.

MARTINS, C.L. et al. Equipamentos de Proteção Individual: A perspectiva de trabalhadores que sofreram queimaduras no Trabalho. Revista Enfermagem UFSM. Rio Grande do Sul: 2013. Vol.3. p 668 – 678. Disponível em:

https://periodicos.ufsm.br/reufsm/article/view/11060. Acessado em: 28 de abril de 2019.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Resolução RDC nº 15, de 15 de março de 2012.

(10)

10

[online]. 2012. Disponível em:

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2012/rdc0015_15_03_2012.ht ml. Acessado em: 31 de maio de 2019.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Política Nacional de Educação Permanente em Saúde: O que se tem produzido para o seu fortalecimento?. 2018.

Disponível em:

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_educacao_perman ente_saude_fortalecimento.pdf. Acessado em: 02 de Agosto de 2019.

ROSSETTI, L.T. et al. Educação permanente e gestão em saúde: a concepção de enfermeiros. J.res: fundam. care. online. Rio de Janeiro: Jan/Mar 2019.

vol. 11, n. 1, p. 129-134. Disponível em:.

http://www.seer.unirio.br/index.php/cuidadofundamental/article/view/6513/pdf_1 . Acessado em: 06 de Agosto de 2019.

STRIEDER, A.T. et al. Atuação do Enfermeiro no Processo de Limpeza em um Centro de Material e Esterilização. Revista SOBECC. São Paulo: Jan/Mar 2019. Vol. 24. N.1. p 50 – 53. Disponível em:

https://revista.sobecc.org.br/sobecc/article/view/50. Acessado em: 23 de abril de 2019.

VILELA, R.B.V.; BARRETO, J.M.A. Portaria nº 194, de 07 de dezembro de 2010. [online]. Diário Oficial da União. 2010. Disponível em:

https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-06.pdf.

Acessado em: 23 de maio de 2019.

(11)

11 Anexo 1:

Controle do uso de Equipamentos de Proteção Individual no Centro de Materiais e Esterilização DIA PERÍODO AUXILIAR/TÉCNICO ASSINATURA E CARIMBO OBSERVAÇÕES

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

Gerente de Enfermagem

Referências

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