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Rev. Soc. Bras. Med. Trop. vol.17 número4

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Academic year: 2018

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R evista da Sociedade Brasileira de M edicina Tropical 17:217-222, O ut-D ez, 1984

CARTA AO EDITOR

EFICÁCIA DO TRATAMENTO COM PRAZIQUANTEL EM PARASITISMO

INTESTINAL POR Hymenolepis nana REFRATÁRIA A NICLOSAMIDA.

Senhor E ditor,

R elatam os a cura da infecção pelo Hymenolepis nana, após uso de praziquantel, 25 m g/kg de peso corporal, em dose única. E xam es coprológicos feitos pelo m étodo de H offm an, Pons e J a n e r - sedim entação espontânea - ao 7°, 14.° e 21.° dia após a terapêutica com esta droga tenicida foram negativos.

Breve relato do caso: a paciente M .L .M ., 28 anos de idade, sexo fem inino, bioquím ica, estava bem e ficou sintom ática durante cerca de dois m eses, apresentando m eteorism o, dor abdom inal, diarréia e presença de m uco nas fezes. N ã o referia sintom as neurológicos. U m exam e de fezes realizado na época dem onstrou a presença de ovos de H. nana e cistos de

E. coli. Instituiu-se, então, o prim eiro esquem a tera­ pêutico com a niclosam ida, nas doses habituais^ ^ ,

dois com prim idos m astigáveis de 500m g ao dia, durante sete dias; ao cabo de sete dias, o exam e de fezes resultou positivo p ara H. nana. F o i repetido o tratam ento com a niclosam ida, no m esm o esquem a anterior, e, ocorreu novam ente falha terapêutica, evidenciando-se ovos do verm e no exam e parasito- lógico de fezes.

C om entários: dificilm ente encontram os, na p rática m édica, um paciente parasitado apenas por

H. nana, pois os indivíduos, em geral, são poliparasi- tados, o que dificulta substancialm ente ao clínico responsabilizar os sintom as apresentados ao helm into. E m am plo inquérito coprológico^ realizado pelo N úcleo de M edicina T ropical d a U F P b em 12 mu­ nicípios d a P araíba, constatam os um a prevalência d esta teníase d a ordem de 2% em m ais de 6 mil exam es de fezes realizados; todos estes pacientes portadores de H. nana eram poliparasitados.

N e sta com unicação, contam os a nossa expe­ riência com um a paciente que estava saudável e inexplicavelm ente adquiriu a infecção pelo H. nana,

tom ando-se b astante sintom ática. A parasitose em questão foi de difícil cura pois n ão respondeu a dois esquem as terapêuticos com a niclosam ida. A dm itim os que a sintom atologia intestinal apresentada foi pro­ v o cada pela him enolepiase, tendo desaparecido os

sintom as após o uso do praziquantel. A niclosam ida era até pouco tem po a droga de eleição p ara a m aioria dos casos. A tualm ente o praziquantel, em dose única de 25 mg/kg, por sua eficácia, tolerância e segurança, im põe-se com o m edicam ento de prim eira es- colha^ 7. Suas propriedades toxicológicas já foram estudadas^

R E F E R Ê N C IA S B IB L IO G R Á F IC A S

1. B a ran sk i M C , G o m e s N R , G o d o y O F , Silva A F , K o ta k a P I, G io v a n n o n i M , C a rn e iro F.° M . T e ra p ê u tic a d a ten ía se e d a H ym enolepiase nana c o m d o se o ra l ú n ica d e p ra z iq u a n te l. E stu d o d a e fic ác ia, to le râ n c ia e se­ g u ra n ça . R e v ista d o In stitu to d e M e d ic in a T ro p ic a l de S ã o P a u lo 2 2 : 8 2 -8 8 , 18 9 0.

2. C a m illo -C o u ra L . H e lm in tía se s in te stin ais. C o n sid e ra ­ ç õ es g erais sob re ep id em io lo g ia, clín ica e te ra p êu tica . A rs C u ra n d i 3: 5 -2 2 , 1 9 76 .

3. C a rv a lh o S A , C a m p o s R , A m a to N e to V, C a stilh o V L P. T ra ta m e n to , p o r m eio d o p ra z iq u a n te l, d a in fecção h u m a n a d e v id a à H ym enolepis nana. R e v is ta d o In sti­ tu to de M e d ic in a T ro p ic a l de S ã o P a u lo 2 3 :7 9 - 8 1 ,1 9 8 1 .

4. C o u ra J R , B a rro s M A , A rru d a J r E R , C o sta W , S ilv a S M , G o e s M Z N , A b re u L L . D ia g n ó stic o d e saú d e do E s ta d o d a P a ra íb a . II - E stu d o d e u m a a m o stra d a s 12 m ic ro rreg iõ è s h o m o g ên e as d o E sta d o . C e n tro de C iê n ­ c ia s d a S a ú d e d a U F P b 1: 6 -1 9 , 1 97 9 .

5. D ic io n á rio d e E sp e c ia lid a d e F a rm a c ê u tic a s, (ed ) J o rn a l B ra sile iro d e M e d ic in a , p. 2 0 4 - 5 3 1 , 1 9 8 2 .

6 . F ro h b e rg H . P ro p rie d a d e s fa rm a c o c in é tic a s y to x ic o ­ ló g icas d e i p ra ziq u an te l. S a lu d P u b lic a d ei M é x ic o 24: 6 0 5 -6 2 4 , 1 9 8 2 .

7. G ro ll E . P ra z iq u a n te l fo r c esto d e in fec tio n in m an. A c ta T ro p ic a 37: 2 9 3 -2 9 6 , 1980.

E vanizio Roque de A rruda Jr., N úcleo de M edicina Tropical, U niversidade F ed eral da P araíba.

Referências

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