CARTASAO EDITOR
Sobre Calulo Vetorial
Apenasreentementetomeionheimentodoartigo
intitulado \A algebra Geometria do Espao
Eulidi-ano eaTeoriadePauli",deJaymeVazJr., publiado
em Rev. Bras. Ens. Fis. 19 (2), 234(1997). De
an-tem~aodevodizerquequeisensibilizadoomo\grande
ahadodeCliord(de1878)",algointeligentemente
ex-tradoda
AlgebradeExtens~ao,deGrassmann,ahado
esse que,bemmaistarde, mostrouserdegrande
utili-dadeparaaMe^aniaQu^antia(MQ).
Por outro lado, omo engenheiro, usuario e
ex-professor deCalulo VetorialeFsia,quero ontestar
os termos de Vaz quanto as \inoer^enias da algebra
vetorial de Gibbs", a \infeliidade para a Fsia", ao
\apanhado de oneitos disfarado sobre o manto de
uma nota~ao falaiosa" e outros que, indiretamente,
entendo, ofenderiam os prossionaisde engenharia se
os argumentos que ele apresentou fossem realmente
verdios. Estou erto de que a RBEF n~ao se
respon-sabiliza por artigos assinados. Espero, poremque,
se-guindo osriteriosdessamesma Revista,V. Sa. possa
dar-me a oportunidade de defesa do Calulo Vetorial
perante os seus leitores. Estou submetendo a RBEF
umartigodidatioeeslareedordasitua~ao.
A proposito, Sr. Editor: por que n~ao perguntar
ao leitordesuaRevista(eduativa) seelejaimaginou
quantasgera~oesdematematios,fsioseengenheiros
todosalgoing^enuos,inoentes,navis~aodeVaz
en-goliramas\inoer^enias"doCaluloVetorialdeGibbs
(e Heaviside)? Porquen~aoinitaressesleitoresa
on-sultarasestatstiasdosultimos 108anosdepratiade
Engenharia(aomearomA.Fopplem1894)para
sa-beromoa\infeliz"FsiaClassia(aMe^ania,
espe-ialmente),quetantoosengenheirosutilizarameainda
utilizam, totalmente vetorializada, onseguiu
inviabili-zar algum engenho em vista de uma inoer^enia
her-dadaquandodaforma~aoprossionaldoengenheiro?
Lamentoasitua~aoonstrangedorariadapelos
ter-mos eargumentosinverdiosde Vaz ainda n~ao
de-tetadosemnenhumapublia~aodeDavidHestenes,a
quem devemosoresgate daalgebrade Cliordeuma
gamadebelostrabalhoseslareedores.
Furnas Centrais EletriasSA -Centro Tenologio de
EngenhariaCivil
Goi^ania-Go.
Oautor responde
Gostaria de fazer alguns omentarios aera da arta
enviada pelo Sr. Elysio Ruggeri. Nela oSr. Ruggeri
dizentenderquealgunstermos pormimutilizados no
artigoemapreia~ao \...ofenderiamosprossionaisde
engenhariaseosargumentos [apresentados℄fossem
re-almenteverdios". Vistoqueosargumentoss~ao
real-menteverdios,sintoseroportuno,antesdemaisnada,
expliitarque,emnenhummomento,tiveainten~aode
ofenderqualquerlassedeengenheiros. Mesmo assim,
ausa surpresa o fato de que uma rtia direionada
paraa algebravetorial deGibbs tivesse sido
interpre-tada omo uma rtia direionada para quem usa ou
usouesse sistema algumavez navida. Nem aelebre
rtia de P. Tait, quando viu nessa algebra uma
her-maphroditemonstrosity,hegouaserinterpretadanesse
sentido.
Poroutrolado,quandooSr. Ruggerireorrea
\uti-lidade"(seja desse sistema ou de qualqueroutro) em
sua argumenta~ao, ele se esquee que na Matematia
haumaquest~aomaisfundamentalqueeaorre~ao{e
queaFsia seutilizadisso,mais doquequalquer
ou-traCi^enia,paraestabeleerosseusavanosmesmoem
areasondeosfen^omenosdesaamosensoomum.
Con-eitosomoepiilo,alorio,eter,et. jaforamumdia
uteis. Podemosatedisutiraeradautilidadedo
on-eitodevetor,mas,umavezdeididoutilizaresse
on-eito,temos quefaz^e-loomaorre~aorequerida pela
Matematiaeaomn~aojustiaosmeios. Justiar
osmeiosombase naria~aodeengenhos,omo oSr.
Ruggerisugere,eomesmoqueaeitar omoorretaa
solu~aodeumproblemamesmoquandooalunohega
a resposta erta atraves de um raionio ou alulos
intermediarioserrados.
Finalmente,quanto aarma~aodequemeus
argu-mentos s~aoinverdios,serei breve: n~ao basta falar, e
preisoprovar!
JaymeVazJr