com grande prazer e satisfação que mais uma vez entro em contato com você

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Data da gravação: Produtor: Itamir Neves Locutor: Itamir Neves

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Olá amigo, estamos iniciando mais um programa da série "Através da Bíblia". É com grande prazer e satisfação que mais uma vez entro em contato com você com o objetivo de dedicar esse tempo para juntos estudarmos a Palavra de Deus. Hoje nos alegramos por terminarmos mais uma etapa do nosso projeto de estudar toda a Bíblia. Hoje concluímos o estudo do livro do profeta Habacuque e já no próximo programa estaremos iniciando as nossas considerações sobre as profecias de Sofonias. Como tenho anunciado serão dez programas e espero que você já esteja preparado com o seu grupo ou mesmo sozinho para conhecermos melhor esse profeta e o que Deus falou através dele. Ao mesmo tempo em que você se prepara, desejo que o estudo de hoje, nos versos finais de Habacuque, possa estimulá-lo e encorajá-lo na sua vida pela fé. Abra a sua Bíblia e prepare suas anotações, pois o texto de hoje nos trará muitas e importantes lições. Oro para que Deus te abençoe em todas as áreas: em sua vida devocional, familiar, ministerial, profissional e nos relacionamentos que você desenvolve diariamente. Você que tem nos acompanhado sabe que logo no início registro as

correspondências que vocês nos enviam. Hoje envio um abraço para o irmão José

Lorde que completa 80 anos e que é ouvinte da RTM há 40 anos. Ele mora em Aurora do Pará. Um grande abraço e que Deus continue abençoando o irmão.

Registro o email que a Rosane nos enviou, mesmo não mencionando sua cidade

e seu estado: 1165 “Para mim tem sido uma benção este programa, louvo ao

senhor pela vida de cada um de vocês da RTM. Estou através deste e-mail fazendo o pedido dos materiais que vocês disponibilizam para nos ajudar no estudo bíblico e especificamente o livro sete passos em sua aventura da fé.

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Desde já agradeço a todos. Que o senhor Jesus Cristo abençoe a todos vocês.”

Rosane cavalheiro – email. Querida irmã, somos gratos por nos acompanhar constantemente. Como lhe respondi, em relação ao seu pedido já estamos providenciando e temos orado para que Deus continue te abençoando no estudo da sua Palavra. O estudo bíblico é fundamental no desenvolvimento de nossas vidas cristãs. Agora quero convidá-la juntamente com todos os que estão nos ouvindo para orarmos colocando nossas vidas e este programa nas mãos do Senhor: "Pai querido, obrigado pela tua preciosa graça. Faz-nos confiar e ter

certeza do teu cuidado sobre cada um de nós. Assim também te pedimos que nos ilumine nesse momento de estudo. Capacite-nos para que a Tua palavra molde o nosso caráter. Pedimos também que o Senhor nos abençoe no desenvolvimento desse projeto de estudarmos toda a tua palavra. Mesmo sem merecermos, oramos com gratidão pelo teu amor e graça, em nome de Jesus. Amém!".

Querido amigo hoje concluímos os nossos estudos no livro do profeta Habacuque. Vamos estudar os últimos três versos desse capítulo final, desse salmo de louvor e confiança que Habacuque nos deixou. Vamos estudar Hc 3.17-19. Ao considerarmos essas últimas palavras de Habacuque podemos nos aventurar e tentar imaginar o sentimento do profeta ao ouvir a resposta de Deus às suas queixas. Depois de ter argumentado, questionado e se queixado de Deus por duas razões específicas: a falta de justiça e de obediência à lei, por parte do próprio povo de Judá e, a aparente incoerência divina em mandar o exército de uma nação mais pecadora que Judá para discipliná-la, Habacuque deve ter se

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surpreendido, deve ter ficado até um pouco frustrado quando ouviu a resposta de Deus. Deus respondeu ao seu profeta que aquelas e outras questões relatadas e por ele apresentadas se definiam, eram respondidas mediante um princípio fundamental. O soberbo, o ímpio que não tem sua alma reta será destruído, mas o justo, o justificado, viverá, pela fé, viverá pela vida de confiança nas obras maravilhosas e surpreendentes de Deus. A vida de fé faz toda a diferença diante de Deus. Ao ouvir essa resposta, creio que Habacuque parou, pensou, refletiu e quando entendeu o significado maravilhoso do que Deus tinha lhe dado como resposta expressou seu louvor, sua admiração e sua confiança na oração, na verdade, um salmo, que estudamos no programa passado.

No texto de hoje, ao concluir sua profecia, ao concluir a sua oração ou o seu salmo Habacuque deixou para nós a sua declaração de fé e de confiança no Senhor Deus. Habacuque expressou qual era o seu entendimento sobre a vida pela fé.

Habacuque nos mostrou nesses versos que a vida de fé é a vida de confiança em Deus. É fé para viver, é fé em Deus. Não é fé para crer que Deus pode fazer algo para nós, não é fé para a obtenção das bênçãos divinas. A vida de fé é viver pela fé para sermos homens e mulheres de fé e não para sermos homes e mulheres que conseguem o suprimento dos seus anseios e desejos. Não é fé para ter, mas fé para ser! Viver pela fé é viver desejando e servindo o Senhor em troca de nada! É a fé daqueles cuja recompensa não se mede por aquilo que conseguiram, mas se mede na possibilidade de conhecermos cada vez mais a pessoa de Deus.

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Quando servimos a Deus em busca de bênçãos estamos barganhando. Mas, quando servimos a Deus em busca de Deus aí sim estamos vivendo pela fé. Habacuque entendeu isso e expressou de forma poética essa sua compreensão. Jesus foi o exemplo máximo da vida de fé. Quando ele disse: Pai, nas tuas mãos

entrego o meu espírito (conf. Lc 23.46), ele fez sua pública profissão de fé. Essa

fé crê mesmo nas piores circunstâncias. Quando tudo dá errado, quando temos que enfrentar a morte e nos entregamos a Deus, mostramos que vivemos pela fé. Refletindo sobre esses versos finais, vamos estudá-lo sob o seguinte título:

Vivendo pela fé Hc 3.17-19 Introdução

Querido amigo, o que encontramos nesses versos pode ser considerado um desafio para todos nós. Aqui verificaremos o quanto a fé é imprescindível.

As palavras de Habacuque, a sua confissão, nesses versos, são um excelente exemplo para os que confiam em Deus, para os que querem viver pela fé.

Habacuque mostrou que em certas ocasiões parece que temos razões para duvidar. Ele mencionou a terra estéril, que não produzia figueiras e seus frutos; videira que não produzia uvas; oliveira que não produzia azeitonas e, portanto, não produziam azeite. Habacuque mencionou os campos que não produziam nenhuma espécie de alimento, mencionou o gado que não se reproduzia, as ovelhas que eram roubadas do aprisco. Habacuque descreveu uma situação desesperadora. Nessas situações, quando tudo parece se colocar contra nós,

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exatamente nesses momentos, nessas circunstâncias se vê quem vive pela fé, quem segue confiando em Deus.

Quando a situação parece insustentável, quando o mal nos atinge por completo, quando as dificuldades não são apenas imaginárias, mas são reais, provamos se vivemos ou não pela fé, provamos se continuamos crendo em Deus ou não.

Nesses momentos o desafio é nos alegrarmos no Senhor. Nesses momentos somos impulsionados a nos regozijarmos no Deus da nossa salvação. Nesses momentos somos desafiados a nos fortalecer no Senhor, somos estimulados a buscar Deus, nossa fortaleza.

Quando consideramos as situações, quando consideramos nossas circunstâncias com Deus, de fato, vivemos pela fé. Por que? Porque Deus, e não as suas bênçãos nos fortalecem, nos fazem seguir adiante. Por que? Porque Deus é a nossa fortaleza (conf. Sl 46.1-3). Porque Deus nos dá estabilidade para continuarmos andando sem tropeçar (conf. Sl 91.11-12). Porque Deus nos faz andar em lugares altos, em lugares seguros, ele nos faz andar de cabeça erguida. Quando recorremos a Deus e não às bênçãos maravilhosas que ele pode nos dar, quando o buscamos por ele ser quem ele é, estamos andando pela fé. O desafio desse texto para nós é feito através de uma pergunta que só você, somente cada um pode responder por si só: Qual é a razão da sua fé? São as bênçãos de Deus, ou o Deus das bênçãos?

O princípio que esse texto nos apresenta pode ser visto nessa frase:

Somente quando confiamos totalmente em Deus podemos afirmar que vivemos pela fé!

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Nesse texto encontramos três afirmações sobre a vida vivida pela fé:

Só vivemos pela fé quando desconsideramos as circunstâncias da vida, v.17

3.17 Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado,

Habacuque reconheceu que haveria sofrimento naquele terrível dia da invasão da Babilônia. Na época do cerco a Jerusalém haveria completa improdutividade e grande escassez. Habacuque reconheceu que Judá teria que sofrer as maldições da Aliança Mosaica por sua desobediência (conf. Lv 26:14-39; Dt 28:15-68). Porém essa mesma Aliança tinha palavras de esperança e restauração depois do juízo, como lemos no livro de Levítico:

26.40 Mas, se confessarem a sua iniqüidade e a iniqüidade de seus pais, na infidelidade que cometeram contra mim, como também confessarem que andaram contrariamente para comigo, 41 pelo que também fui contrário a eles e os fiz entrar na terra dos seus inimigos; se o seu coração incircunciso se humilhar, e tomarem eles por bem o castigo da sua iniqüidade, 42 então, me lembrarei da minha aliança com Jacó, e também da minha aliança com Isaque, e também da minha aliança com Abraão, e da terra me lembrarei. 43 Mas a terra na sua assolação, deixada por eles, folgará nos seus sábados; e tomarão eles por bem o castigo da sua iniqüidade, visto que rejeitaram os meus juízos e a sua alma se aborreceu dos meus estatutos. 44 Mesmo assim, estando eles na terra dos seus inimigos, não os rejeitarei, nem me aborrecerei deles, para consumi-los e invalidar a minha aliança com eles,

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porque eu sou o SENHOR, seu Deus. 45 Antes, por amor deles, me lembrarei da aliança com os seus antepassados, que tirei da terra do Egito à vista das nações, para lhes ser por Deus. Eu sou o SENHOR (conf. Lv 26.40-45). Sim,

na lei que Deus tinha dado ao seu povo havia advertência contra a desobediência, mas havia promessa relativa ao arrependimento e a obediência; havia promessa para todo aquele que vivesse pela fé, em confiança obediente ao Senhor (conf. Dt 30.1-10, 32.34-43). Deus jamais abandonaria o seu povo (conf. 1.12).

Só vivemos pela fé quando nos alegramos no Senhor, que nos salva, v. 18

3.18 todavia, eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha salvação.

Mesmo que haja perda e derrota, na invasão que sofreriam dos babilônios, Yahweh é o Deus da minha salvação. Como muitos salmos de lamentação (conf. Sl 28.6-9, 35.27-28), essa oração de lamento, termina com palavras de louvor e gratidão ao Senhor. Essa oração se transforma em salmo de esperança e confiança no Senhor, pois ele é a nossa salvação. Nesse verso, Habacuque expressa sua confiança através do reconhecimento da salvação que só o Senhor pode conceder ao seu povo.

Só vivemos pela fé quando nos fortalecemos no Senhor para caminhar, v. 19

3.19 O SENHOR Deus é a minha fortaleza, e faz os meus pés como os da corça, e me faz andar altaneiramente. Ao mestre de canto. Para instrumentos de cordas.

Apesar da debilidade de Judá diante dos exércitos do império babilônicos, Yahweh é minha fortaleza. Embora tenha que contemplar e enfrentar o caos da situação descontrolada da vida nacional, Yahweh é o Senhor Deus, isto é, ele é soberano

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e controlador de todas as situações, todas as circunstâncias, de toda a história nacional e pessoal de cada um de nós.

Quando mencionou os passos firmes das corças, Habacuque declarou que mesmo em meio ao caos ele confiava que andaria seguro com o seu Deus (conf. 2Sm 22.34; Sl 18.33). Esta fé incondicional de Habacuque é produto, é o resultado, é a consequência de um processo.

No início desse processo houve um diálogo com Deus, um diálogo franco, aberto e honesto. Nesse diálogo o profeta pôde apresentar a Deus as suas dúvidas, as suas queixas e as suas perplexidades. O processo teve sequência com as respostas de Deus. Deus respondeu que as injustiças do seu povo seriam castigadas por um exército estrangeiro. Habacuque ao saber que eram os babilônios o instrumento da justiça divina, ficou perplexo e novamente se colocou diante de Deus. Deus novamente respondeu ao seu profeta assegurando-lhe de que mesmo sendo seu instrumento, levantado por ele, porque tinha se excedido no seu papel, a Babilônia também seria castigada, seria destruída.

O processo terminou quando Habacuque entendeu como Deus avaliava aquela situação e o que Deus requer daqueles que desejam agradá-lo. Quando Habacuque entendeu que o que importa é a vida de fé, que o requisito divino é vivermos pela fé, ele mudou. Habacuque reconheceu a grandiosidade de Deus em suas manifestações ao longo da história. Habacuque clamou por mais uma vitória divina. Habacuque apelou, pediu a salvação do Senhor. Ao ter essas atitudes, o coração do profeta estava pleno de alegria, cheio de confiança, a vida do profeta fora transformada. Agora Habacuque sabia o que era viver pela fé. E, não tardou,

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do reconhecimento passou à prática. Pela fé ele louvou e bendisse a Deus! Depois desse processo, realizado em diversas etapas, o profeta de Deus, podia demonstrar essa fé incondicional! Será que temos esse tipo de fé? Ou só cremos ao recebermos as bênçãos de Deus?

Querido amigo, a descoberta de Habacuque é o desafio que se coloca para cada um de nós: mesmo que não entendamos tudo, podemos saber, poder estar seguros que temos um Deus soberano, um Deus que controla a nossa história, um Deus que é nossa fortaleza e nos fortalece e um Deus que nos salva! Portanto, o que ele pede de nós, a atitude que ele quer ver em nós é um descanso silencioso, uma confiança inabalável, pois ele tem cuidado de nós! (conf. 1Pe 5.6-7).

Ainda no verso 19 temos um final indicativo de como usar esse salmo de louvor e gratidão a Deus. As expressões: Ao mestre de canto. Para instrumentos de

cordas, demonstram que essa oração foi usada nas celebrações como um salmo,

como um cântico de louvor. O oficio do diretor do coral, certamente um levita, aparece diversas vezes no livro dos Salmos (conf. Sl 4, 5, 6, 51 a 62 e 1Cr 15.21; 23.4). Assim também a referência aos instrumentos de corda, que deveriam acompanhar esse cântico também a encontramos em outros salmos (conf. Sl 4, 6, 54, 55, 61, nos seus títulos). Essas referências, essas indicações mostram também que o conteúdo dessa poesia foi usado na adoração do povo. A fé em meio a tempos difíceis que Habacuque expressou nesse cântico continua sendo um exemplo, através dos séculos, para todos os que desejam viver pela fé!

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Diante da revelação maravilhosa, do cuidado divino o profeta ora ao Senhor em profunda adoração. Ainda que as maiores adversidades acometessem a existência de Habacuque, ele se alegraria no Senhor. O exultar do profeta é a salvação de Deus, apesar dos contra-tempos desta vida.

Habacuque apresentou-nos um quadro de transtorno das coisas naturais: tudo o que a natureza poderia produzir pode falhar. Os homens confiam piamente na natureza e na força do trabalho, mas às vezes ficam decepcionados. Alegram-se quando vêem o que a natureza e o seu trabalho produzem, porém não esperam no Deus da salvação.

Ao final da sua oração Habacuque louvou ao Senhor. Por confiar em Deus, Deus tornou-se a sua força. Os pés do profeta se tornariam ágeis e fortes como os pés das corças que andam por lugares inatingíveis a outros animais do campo, e o profeta, segundo a força do Senhor, trilharia esses caminhos altos.

Este trecho final da oração de Habacuque é semelhante a declaração de Paulo:

Digo isto, não por causa da pobreza, porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação. Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez; tudo posso naquele que me fortalece (Fl 4.11-13).

Querido amigo que Deus te fortaleça a viver pela fé. Um abraço. Até o próximo programa com a introdução a Sofonias. 2670