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Parque Florestal De Santa Luzia

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Academic year: 2021

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P

P

P

Parque Florestal

arque Florestal

arque Florestal De Santa Luzia

arque Florestal

De Santa Luzia

De Santa Luzia

De Santa Luzia

Plano de Gestão Florestal

Plano de Gestão Florestal

Plano de Gestão Florestal

Plano de Gestão Florestal

Projecto Fundo Florestal Permanente

Área 2 – Promoção e Ordenamento e Gestão Florestal

(2)

Plano de Gestão Florestal – PFSL 1

ÍNDICE GERAL

1 Introdução...3

2 Enquadramento nos instrumentos de Ordenamento do Território e de Planeamento Florestal...3

3 Definição dos objectivos para O PARQUE FLORESTAL DE Santa Lúzia (PFSL)...4

4 Localização Cartográfica...5

5 Elementos Administrativos...5

5.1 Descrição da propriedade...5

5.2 Servidões legais e outras restrições de utilidade pública...5

6 Avaliação Geral dos Recursos e das suas Potencialidades...6

6.1 Condições Ecológicas e edafo-climáticas ...6

6.1.1 Clima ... 6

6.1.2 Fisiografia e Hidrografia ... 6

6.1.3 Natureza dos Solos... 7

6.1.4 Ocupação do Solo... 7

6.1.5 Caracterização Ecológica ... 8

6.2 Outros recursos e usos associados à floresta existentes ...8

6.3 Descrição das infra-estruturas ...9

6.3.1 Rede viária ... 9

6.3.2 Rede divisional/Rede de faixas de gestão de combustível (FGC)/Rede de Faixas de Compartimentação e Protecção de Linhas de Água... 9

6.4 Descrição de equipamentos próprios ...10

6.5 Análise de risco de incêndio ...10

6.5.1 Histórico do Fogo ... 10

6.5.2 Risco de Incêndio... 11

7 Compartimentação dO Parque Florestal de Uso mÚLTIPLO para efeitos de gestão..11

7.1 Zonagem segundo a(s) espécie(s) dominante(s) ...12

7.2 Modelos de silvicultura...14

7.3 Outros usos...16

8 Programa de Acções...17

8.1 Arborização/ reconversão ...17

8.2 Condução e exploração de povoamentos ...19

8.2.1 Rede viária ... 19

8.3 Rede divisional/Rede de faixas de gestão de combustível (FGC)/Rede de Faixas de Compartimentação e Protecção de Linhas de Água ...20

8.4 Outros Usos ...21

8.4.1 Cinegética ... 21

9 Revisão do Plano de Gestão Florestal...21

10 Bibliografia...22

11 ANEXOS...23

aNEXO 1 – Quadros... 1x aNEXO 2 – Cartografia...10

ÍNDICE DE QUADROS

Quadro 1 – Histórico de incêndios registados entre 2001 e 2006 na Freguesia de Arouca. .... 11

(3)

Plano de Gestão Florestal – PFSL 2

Quadro 2 – Funções dominantes e secundárias, bem como os objectivos para as parcelas... 12

Quadro 3 – Área de abrangência para cada Modelo de Silvicultura... 14

Quadro 4 – Características das espécies florestais para arborização... 19

ÍNDICE DE QUADROS – ANEXO 1

Quadro 1 – P1 - Modelo de Silvicultura para o vidoeiro (Betula pubescens), freixo (Fraxinus angustifolia), tramazeira (Sorbus aucuparia) e lodão bastardo (Celtis australis)...2

Quadro 2 – P2 - Modelo de Silvicultura para o pinheiro bravo (Pinus pinaster) X sobreiro (Quercus suber)...3

Quadro 3 – P3 - Modelo de Silvicultura para o carvalho alvarinho (Quercus robur)...5

Quadro 4 – P4 - Modelo de Silvicultura para o carvalho negral (Quercus pyrenaica) ...6

Quadro 5 – P5 - Modelo de Silvicultura para o pinheiro manso (Pinus pinea)...7

Quadro 6 – P6 - Modelo de Silvicultura para o cipreste de Lawson ...8

Quadro 7 – P7 - Modelo de Silvicultura para o pinheiro das Canárias (Pinus canariensis)...9

ÍNDICE DE CARTOGRAFIA – ANEXO 2

Carta de Localização

Carta de Condicionantes Carta de Ordenamento Carta de Rede Viária

Carta de Modelo Digital do Terreno Carta de Exposições

Carta de Declives Carta de Hidrografia Carta de Arborização Carta de Risco de Incêndio

(4)

Plano de Gestão Florestal – PFSL 3

1

INTRODUÇÃO

O Plano de Gestão Florestal do Parque Florestal de Santa Luzia (Arouca) é um instrumento de ordenamento das intervenções culturais e de exploração, que no espaço e no tempo, promove a gestão dos espaços florestais e a sustentabilidade para as gerações futuras. Sendo assim, será dada primazia à multifuncionalidade do espaço, com valorização das valências ecológicas, sociais e económicas, sem esquecer a vertente paisagística de enquadramento do Vale de Arouca.

Após o violento incêndio no Verão de 2005, toda a área se apresenta com regeneração de eucalipto (Eucalyptus globulus) e pinheiro bravo (Pinus

pinaster), sendo no entanto, intenção da Câmara Municipal de Arouca inverter

esta situação e proceder à reconversão total da área com espécies florestais autóctones. Pretende-se deste modo aliar a produção florestal com as várias vertentes lúdicas da floresta, sem esquecer inevitavelmente o papel de faixa-tampão que esta área desempenhará no ordenamento local das encostas adjacentes e na protecção à Vila de Arouca.

Desta forma, o presente Plano de Gestão operacionalizará e implementará no terreno as orientações estratégicas emanadas do Plano Regional de Ordenamento Florestal da Área Metropolitana do Porto e Entre Douro e Vouga (PROF AMP EDV). Também se baseará nos estudos conceptuais do Parque Florestal de Uso Múltiplo de Arouca (PFUMA), elaborados pela equipa multidisciplinar liderada pelo Prof. Sidónio Pardal.

2 ENQUADRAMENTO

NOS

INSTRUMENTOS

DE

ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E DE PLANEAMENTO

FLORESTAL

O Plano de Gestão Florestal aqui apresentado segue as directrizes e orientações definidas em planos de nível superior, tais como, a Estratégia Florestal Nacional, o PROF AMP EDV, o Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PMDFCI) e Plano Director Municipal (PDM).

(5)

Plano de Gestão Florestal – PFSL 4

O PROF AMP EDV, recomenda que os povoamentos florestais deverão juntamente com outros ecossistemas, criar mosaicos paisagísticos, de forma a potenciar as características ecológicas das paisagens e proteger a floresta dos incêndios.

A gestão e o ordenamento desta área florestal terá em conta a seguinte hierarquia de funcionalidades: Protecção, Recreio, Produção e

Enquadramento Estético da Paisagem. O modelo de gestão será económico,

social e ambientalmente sustentável.

Um dos programas de acção definidos no PMDFCI para o Concelho de Arouca, é aumentar a resiliência do território aos incêndios florestais, preconizando operações de Silvicultura preventiva. É também objectivo do PMDFCI a construção e manutenção da rede de infra-estruturas actuais e o seu estado actual, definindo prioridades de planeamento e execução das infra-estruturas de DFCI, face ao seu estado e risco de incêndio.

Nos termos do PDM, o Plano de Gestão Florestal deverá subordinar-se aos respectivos regimes e seus condicionantes e às necessidades e exigências de protecção recorrentes das suas características de maior sensibilidade e fragilidade do ponto de vista ecológico e ambiental.

3 DEFINIÇÃO DOS OBJECTIVOS PARA O PARQUE

FLORESTAL DE SANTA LÚZIA (PFSL)

Os objectivos estratégicos para a área em questão, e tendo em consideração orientações de instrumentos de ordenamento, passarão pela reconversão da floresta de Eucalyptus globulus existente, através de um bom ordenamento e uma gestão adequada de forma a valorizar este espaço florestal. Promover as cortinas ripícolas, com espécies autóctones, para protecção do solo, melhoria da qualidade da água e da paisagem. A gestão de combustíveis e a beneficiação e manutenção da rede de infra-estruturas terão também um papel importante na defesa da floresta contra incêndios de modo a diminuir o risco de incêndio florestal.

(6)

Plano de Gestão Florestal – PFSL 5

4 LOCALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA

O PFSL encontra-se representada no Anexo 2 – Carta de Localização, tem aproximadamente 120 hectares e encontra-se entre as coordenadas 190 234 metros e 192 602 metros em X, e 440 404 metros e 442 012 metros em Y do sistema de coordenadas Hayford-Gauss, Datum de Lisboa (ponto fictício). A sua área está representada na Carta Militar n.º 145.

5 ELEMENTOS ADMINISTRATIVOS

5.1 D

ESCRIÇÃO DA PROPRIEDADE

O PFSL, administrativamente, localiza-se maioritariamente na freguesia de Arouca e uma pequena parte na freguesia de Canelas do Concelho de Arouca e Distrito de Aveiro, sendo pertença do Município de Arouca. A freguesia de Arouca contribui com cerca de 113, 60 hectares, enquanto que a freguesia de Canelas apenas participa com 6,25 hectares para a área do Parque Florestal. A mesma encontra-se na área de jurisdição do Núcleo Florestal da Área Metropolitana do Porto e Entre Douro e Vouga (NF AMP EDV), inserida na área de abrangência do PROF AMP EDV, na sub-região homogénea “Serra da Freita”.

5.2 S

ERVIDÕES LEGAIS E OUTRAS RESTRIÇÕES DE UTILIDADE PÚBLICA

Segundo a Carta de Condicionantes do Concelho de Arouca o território de estudo está condicionado pela Reserva Ecológica Nacional em 72 hectares, pelo que futuras intervenções nestas áreas deverão subordinar-se aos respectivos regimes e suas condicionantes (Carta de Condicionantes).

O PFSL é atravessado no seu limite sudeste por linhas de transporte e distribuição de energia eléctrica em média tensão.

O PFSL é atravessado por 9269 metros de caminhos florestais (Carta da Rede Viária).

(7)

Plano de Gestão Florestal – PFSL 6

6 AVALIAÇÃO GERAL DOS RECURSOS E DAS SUAS

POTENCIALIDADES

6.1 C

ONDIÇÕES

E

COLÓGICAS E EDAFO

-

CLIMÁTICAS

6.1.1 C

LIMA

O estudo do clima assume grande importância, já que determina, não só as características do coberto vegetal, mas também influência no desenvolvimento das espécies existentes ou a instalar.

Precipitação

A proximidade do Oceano Atlântico e a disposição do relevo conferem à região, um clima temperado de influência marítima. Assim, o clima da região é caracterizado pela elevada precipitação apresentando uma média anual, na ordem dos 1400 a 1600 mm.

Geadas

O conhecimento do período de ocorrência de geadas, poderá contribuir para reduzir os riscos, quer pela escolhas de espécies a instalar, quer pela escolha das épocas de plantação.

A área do PFSL é caracterizada por apresentar uma frequência de 20 a 30 dias de geada por ano ao longo de dois a três meses.

Temperatura

A área de estudo apresenta uma temperatura média anual entre os 7,5 e os 10ºC.

6.1.2 F

ISIOGRAFIA E

H

IDROGRAFIA

Fisiografia

A área de estudo encontra-se enquadrada entre o Rio Agualva e o Ribeiro de Gondim. A parte que se encontra na margem direita do Rio Agualva apresenta uma exposição dominante a Sudeste enquanto que a que se encontra na

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Plano de Gestão Florestal – PFSL 7

margem esquerda do Ribeiro de Gondim apresenta uma exposição dominante a Noroeste (Carta de exposições).

A propriedade é caracterizada por um relevo acidentado. O Declive médio é de aproximadamente 22,94º, com uma amplitude de variação entre 0º e 63º (Carta de Declives). A altitude varia entre os 360 metros e 706 metros.

Hidrografia

A área de intervenção enquadra-se na sub-bacia hidrográfica do Rio Agualva. A dominância da escorrência superficial, nos terrenos xistosos e a relativamente elevada precipitação, conjugaram-se para traçar uma rede hidrográfica de elevada densidade, em que boa parte das linhas de água correspondem a cursos de água temporários. A área de estudo é delimitada pelo Rio Agualva e pelo Ribeiro de Gondim numa extensão total de 2060 metros para os quais convergem 7078 metros de linhas de água temporárias distribuídas uniformemente por toda a área (Carta de Hidrografia).

6.1.3 N

ATUREZA DOS

S

OLOS

Em termos de constituintes Geológicos, a área do PFSL tem presente por ordem de importância ocupacional os xistos e grauvaques, do Câmbrico ao Pré-câmbrico, os Granitos e rochas afins (Rochas eruptivas plutónicas). Segundo a Carta de Solos do Atlas de Portugal, a região em estudo, apresenta solos constituídos maioritariamente por xistos, associados a luvissolos, manifestando forte influência atlântica, do tipo cambissolos húmicos.

Os solos do território de estudo são dominantemente ácidos, cujo Ph se encontra entre os 4,6 e 5,5.

6.1.4 O

CUPAÇÃO DO

S

OLO

A ocupação actual do solo deriva da sua utilização nos últimos anos para a produção de material lenhoso de eucalipto (Eucalyptus globulus), o que, determinou o principal uso do solo na referida propriedade. No entanto, as

(9)

Plano de Gestão Florestal – PFSL 8

zonas de cumeada e com menor produtividade para o eucalipto eram ocupadas antes do incêndio de 2005 por pinheiro bravo (Pinus pinaster) e que no momento actual apresentam uma fraca regeneração desta mesma espécie. Os povoamentos das duas espécies apresentam-se abaixo das expectativas de produção, quer pelo facto do impacto na vitalidade da passagem do incêndio em 2005, quer pelas condições edáficas da estação.

A ocupação do solo que se abordará prende-se com a reconversão que se realizará no Parque Florestal, de forma a torná-lo palco de actividades de recreio e de lazer do concelho de Arouca. Serão privilegiadas as espécies arbóreas, arbustivas e herbáceas auctótones mais adaptadas ao local.

6.1.5 C

ARACTERIZAÇÃO

E

COLÓGICA

De acordo com a Carta Ecológica de J. de Pina Manique e Albuquerque (1982), a área da PFSL encontra-se inserida na Zona Ecológica - Fitoclimática SA.A.MA – atlântica, Atlântica, Mediterrâneo - atlântica, correspondendo ao andar Sub-Montano.

As espécies autóctones mais adaptadas são: castanheiro (Castanea sativa), pinheiro bravo (Pinus pinaster), pinheiro manso (Pinus pinea), carvalho negral (Quercus pyrenaica), carvalho alvarinho (Quercus robur), sobreiro (Quercus

suber), vidoeiro (Betula pubescens) e teixo (Taxus bacatta).

6.2 O

UTROS RECURSOS E USOS ASSOCIADOS À FLORESTA EXISTENTES

Os espaços florestais permitem uma multiplicidade de funções, tais como a produção lenhosa, protecção contra a erosão, conservação de habitats, silvopastoricia, caça, pesca, apicultura, recreio e lazer, turismo, frutos silvestres, e de usufruto de bens e serviços públicos, tais como, a fixação de carbono, oxigénio, qualidade paisagística, etc.

No Parque Florestal pretende-se proporcionar o surgimento de actividades de recreio e lazer, que potenciem o desenvolvimento do turismo ambiental, com importantes ganhos económicos e sociais.

(10)

Plano de Gestão Florestal – PFSL 9

CAÇA

Na área do PFSL podemos encontrar mamíferos, tais como, coelho (Oryctolagus cuniculus), Javali (Sus scrofa), Raposa (Vulpes vulpes), Aves sedentárias, como a Perdiz (Alectoris rufa) e Aves migratórias ou migratórias parciais, tais como as Rolas (Streptopelia spp.).

6.3 D

ESCRIÇÃO DAS INFRA

-

ESTRUTURAS

6.3.1 R

EDE VIÁRIA

A rede viária existente na área do PFSL apresenta uma densidade de cerca de 77 metros por hectare muito acima dos 40 metros por hectare recomendados pelo PROF da AMP e EDV. (Carta da rede viária). No entanto, os trilhos propostos servem de apoio à manutenção do Parque e ao melhor acesso por parte da população.

6.3.2 R

EDE DIVISIONAL

/R

EDE DE FAIXAS DE GESTÃO DE COMBUSTÍVEL

(FGC)/R

EDE DE

F

AIXAS DE

C

OMPARTIMENTAÇÃO E

P

ROTECÇÃO DE

L

INHAS DE

Á

GUA

No Parque Florestal de Santa Luzia irão ser criadas cerca de 21,39 ha de faixas de protecção às linhas de água ocupadas com folhosas e resinosas de agulha miúda (Carta de Arborização). As espécies a utilizar, dependendo do solo e da exposição, serão o vidoeiro (Betula pubescens), freixo (Fraxinus

angustifolia), cipreste do Arizona (Cupressus arizonica) e cipreste de Lawson

(Chamaecyparis lawsoniana).

A regeneração artificial das linhas de água deve-se à destruição da flora ripícola aquando do incêndio de 2005 e pela expansão de espécies exóticas invasoras (mimosa). A recuperação das galerias ripícolas urge pela necessidade de evitar que se transformem em corredores preferenciais e de aceleração na propagação dos fogos florestais, quer devido às características topográficas quer à densidade e continuidade dos combustíveis.

Ao nível do regime hídrico e da correcção torrencial, as linhas de água revestem-se de um papel primordial na atenuação dos efeitos negativos decorridos do incêndio de 2005.

(11)

Plano de Gestão Florestal – PFSL 10

6.4 D

ESCRIÇÃO DE EQUIPAMENTOS PRÓPRIOS

O Município de Arouca possui os seguintes equipamentos que se encontram em bom estado de conservação e irão ser utilizados no apoio à manutenção dos povoamentos que irão ser instalados no Parque Florestal.

 Um tractor borracheiro de 70 Cv de potência, com uma grade de discos, muito útil na gestão de combustíveis, já que incorpora o mato de uma forma rápida, melhorando a fertilidade do solo. Este equipamento para além da melhorar a estrutura do solo evita o trabalho da sua remoção.  Cinco motorroçadora para proceder ao controlo da vegetação

espontânea de forma localizada, em povoamentos desordenados e locais onde não seja possível o controlo mecanizado devido ao declive ou outros factores, como por exemplo risco elevado de erosão;

 Duas motosserra, para efectuar redução de densidades do coberto arbóreo, selecção de varas e exploração final;

 Uma pick-up com depósito de água de 400 litros acoplado a uma moto-bomba e também com possibilidade de utilização de líquido retAgualvante;

 Uma cisterna de abastecimento de água;  Um triturador

6.5 A

NÁLISE DE RISCO DE INCÊNDIO

6.5.1 H

ISTÓRICO DO

F

OGO

Com base nos dados da DGRF entre 2001 e 2006, na freguesia de Arouca, registaram-se 88 ocorrências das quais resultaram a destruição de cerca de 34,35 hectares de povoamentos e 4,23 hectares de matos, resultando assim a destruição de 38,58 ha de áreas florestais (Quadro 1).

(12)

Plano de Gestão Florestal – PFSL 11

Quadro 1 – Histórico de incêndios registados entre 2001 e 2006 na Freguesia de Arouca.

Freguesia N.º ocorrências de Área povoamentos (ha) ardida de Área ardida de matos (ha) Área ardida total (ha)

1997 6 0,11 0,13 0,24 1998 19 9,94 1,8 11,74 1999 32 7,7 0,2 7,9 2000 4 1,6 2,1 3,7 2001 2 1,2 0 1,2 2002 14 10,4 0 10,4 2003 3 2,3 0 2,3 2004 1 0 0 0 2005 5 1,1 0 1,1 2006 Arouca 2 0 0 0 Fonte:PMDFCI Arouca.

6.5.2 R

ISCO DE

I

NCÊNDIO

A carta de risco de incêndio do PMDFCI do ano de 2007 foi estabelecida a Zonagem do Município segundo o risco de incêndio. Com base em critérios de classificação de risco de incêndio, que assentam na determinação da probabilidade de ocorrência de incêndio florestal foram estabelecidas as seguintes classes: Classe I – Muito baixo; Classe II – Baixo; Classe III – Médio; Classe IV – Elevado; Classe V – Muito Elevado (Decreto-Lei n.º 124/2006). Os critérios de classificação referidos baseiam-se, entre outros, na informação histórica sobre a ocorrência de incêndios florestais, ocupação do solo, orografia, clima e demografia (Decreto-Lei n.º 124/2006).

Segundo essa mesma carta a área do PFSL encontra-se em termo de risco de incêndio nas Classes Baixo, Médio (Fonte: PMDFCI – Município de Arouca - Carta de Risco de Incêndio), devido a esta ter sido elaborada após o incêndio de 2005, pelo que com o passar do tempo e atendendo ao crescimento da vegetação, o risco tenderá a aumentar.

7 COMPARTIMENTAÇÃO DO PARQUE FLORESTAL DE USO

MÚLTIPLO PARA EFEITOS DE GESTÃO

A necessidade de organizar e estruturar territorialmente o PFSL obrigou à diferenciação de parcelas segundo as funções/objectivos dominantes e secundários, a que compete uma função geral dominante, secundária e um objectivo específico, e a(s) espécie(s) a instalar.

(13)

Plano de Gestão Florestal – PFSL 12

7.1 Z

ONAGEM SEGUNDO A

(

S

)

ESPÉCIE

(

S

)

DOMINANTE

(

S

)

O PFSL foi dividido em 19 parcelas (Carta de arborização), com dimensões distintas consoante as condições ecológicas, de modo a facilitar futuras intervenções de gestão e de acordo com os critérios previstos no PROF AMPEDV. As parcelas são homogéneas relativamente a espécies, idades, modos de tratamento, qualidade da estação e técnicas de instalação.

Quadro 2 – Funções dominantes e secundárias, bem como os objectivos para as parcelas

Parcela Função Dominante Funções secundárias Objectivos

b) Caça a) Protecção das linhas de água, qualidade da água e da erosão do solo

c) Recreio e enquadramento

estético da Paisagem b) Enquadramento da actividade cinegética

Betula

pubescens a) Protecção (P1)

d) Protecção contra incêndios c) Melhorar a qualidade da paisagem b) Caça a) Protecção das linhas de água, qualidade da água e da erosão do

solo c) Recreio e enquadramento

estético da Paisagem b) Enquadramento da actividade cinegética

Betula pubescens x Sorbus aucuparia a) Protecção (P1)

c) Protecção contra incêndios c) Melhorar a qualidade da paisagem b) Protecção contra incêndios a) Produção de madeira de qualidade para serração

Celtis australis a) Protecção (P1)

c) Recreio e enquadramento

estético da paisagem b) Melhorar a qualidade da paisagem b) Caça a) Protecção das linhas de água, qualidade da água e da erosão do

solo Cupressus arizonica x Chamaecyparis lawsoniana a) Protecção (P6) c) Recreio e enquadramento

estético da Paisagem b) Melhorar a qualidade da paisagem b) Caça a) Protecção contra a erosão hídrica

Cupressus lusitanica X Quercus robur a) Protecção (P6, P3) c) Recreio e enquadramento

estético da Paisagem b) Melhorar a qualidade da paisagem b) Caça a) Protecção das linhas de água, qualidade da água e da erosão do

solo

Fraxinus

angustifolia a) Protecção (P1)

c) Recreio e enquadramento

estético da Paisagem b) Melhorar a qualidade da paisagem a) Protecção contra a erosão hídrica

Pinus

canariensis a) Protecção (P7)

c) Recreio e enquadramento

estético da Paisagem b) Melhorar a qualidade da paisagem

b) Caça a) Protecção contra a erosão hídrica c) Recreio e enquadramento

estético da Paisagem b) Melhorar a qualidade da paisagem

Pinus pinaster X Quercus suber

a) Protecção (P2, P3)

d) Recuperação de solos

(14)

Plano de Gestão Florestal – PFSL 13

b) Caça a) Protecção contra a erosão hídrica c) Recuperação de solos

degradados b) Melhorar a qualidade da paisagem

Pinus pinea X Cupressus arizonica X Cupressus sempervirens a) Protecção (P5, P6) d) Recreio e enquadramento

estético da Paisagem c) Enquadramento da actividade cinegética b) Recuperação de solos

degradados a) Protecção contra a erosão hídrica

Quercus

pyrenaica a) Protecção (P4) c) Recreio e enquadramento

estético da Paisagem b) Melhorar a qualidade da paisagem b) Recuperação de solos

degradados a) Protecção contra a erosão hídrica

Quercus

robur a) Protecção (P3) c) Recreio e enquadramento

estético da Paisagem b) Melhorar a qualidade da paisagem b) Recreio e enquadramento

estético da Paisagem a) Protecção contra a erosão hídrica c) Recuperação de solos

degradados b) Melhorar a qualidade da paisagem d) Produção de frutos c) Enquadramento da actividade cinegética

Quercus robur X Arbutus unedo X Araucaria araucana a) Protecção (P3) e) Caça b) Recreio e enquadramento estético da Paisagem

a) Protecção das linhas de água, qualidade da água e da erosão do solo Quercus robur X Betula pubescens a) Protecção (P3, P1) c) Recuperação de solos

degradados b) Melhorar a qualidade da paisagem b) Recuperação de solos

degradados a) Protecção contra a erosão hídrica c) Recreio e enquadramento

estético da Paisagem b) Melhorar a qualidade da paisagem

Quercus robur X Celtis australis x Arbutus unedo a) Protecção (P3, P1) d) Produção de frutos b) Recuperação de solos

degradados a) Protecção contra a erosão hídrica c) Recreio e enquadramento

estético da Paisagem b) Melhorar a qualidade da paisagem

Quercus robur X Quercus suber x Arbutus unedo a) Protecção (P3, P2) d) Produção de frutos b) Recuperação de solos

degradados a) Protecção contra a erosão hídrica c) Recreio e enquadramento

estético da Paisagem b) Melhorar a qualidade da paisagem

Quercus suber X Arbutus unedo X Araucaria araucana a) Protecção (P2) d) Produção de frutos b) Recuperação de solos

degradados a) Protecção contra a erosão hídrica c) Protecção contra incêndios b) Melhorar a qualidade da paisagem c) Recreio e enquadramento

estético da Paisagem c) Enquadramento da actividade apícola

Quercus suber X Lavandula angustifolia X Rosmarinus officinalis a) Protecção (P2) d) Apicultura Sorbus aucuparia a) Protecção (P1) b) Recreio e enquadramento

(15)

Plano de Gestão Florestal – PFSL 14

c) Caça b) Enquadramento da actividade cinegética X

Arbutus unedo

d) Produção de frutos

c) Melhorar a qualidade da paisagem

Legenda Quadro 2:

 P1 – Modelo de Silvicultura para o vidoeiro (Betula pubescens), freixo (Fraxinus angustifolia), tramazeira (Sorbus aucuparia) e lodão bastardo (Celtis australis);

 P2 – Modelo de Silvicultura para o pinheiro bravo (Pinus pinaster) x sobreiro (Quercus suber);  P3 – Modelo de Silvicultura para o carvalho alvarinho (Quercus robur);

 P4 – Modelo de Silvicultura para o carvalho negral (Quercus pyrenaica);  P5 – Modelo de Silvicultura para o pinheiro manso (Pinus pinea).

 P6 – Modelo de Silvicultura para o cipreste de Lawson (Chamaecyparis lawsoniana), cipreste comum (Cupressus sempervirens), cipreste do Buçaco (Cupressus lusitanica) e cipreste do Arizona (Cupressus

arizonica)

 P7 – Modelo de Silvicultura para o pinheiro das Canárias (Pinus canariensis)

7.2

M

ODELOS DE SILVICULTURA

No Quadro 3 estão resumidas as espécies principais, regime, estrutura e método de regeneração por Modelo de Silvicultura.

Quadro 3 – Área de abrangência para cada Modelo de Silvicultura.

Modelo Área (ha) Espécie Principal Regime Estrutura Método de Regeneração

P1 28,22

Betula pubescens, Fraxinus angustifolia,

Sorbus aucuparia Celtis australis

Alto Fuste Regular Plantação

P2 43,17 Pinus pinaster

Quercus suber Alto Fuste Regular Plantação

P3 9,90 Quercus robur Alto Fuste Regular Plantação

P4 4,02 Quercus pyrenaica Alto Fuste Regular Plantação

P5 9,00 Pinus pinea Alto Fuste Regular Plantação

P6 12,48 Chamaecyparis lawsoniana Cupressus sempervirens Cupressus lusitanica Cupressus arizonica

Alto Fuste Regular Plantação

P7 4,36 Pinus canariensis Alto Fuste Regular Plantação

O Modelo de Silvicultura do vidoeiro (Betula pubescens), do freixo (Fraxinus

angustifolia), da tramazeira (Sorbus aucuparia) e do lodão (Celtis australis) (P1)

(16)

Plano de Gestão Florestal – PFSL 15

protecção das linhas de água, qualidade da água e da erosão do solo, recuperação de solos degradados e melhoria da qualidade da paisagem. Recomenda-se que o povoamento tenha uma densidade inicial de 816 árvores por hectare.

No Quadro 2 do Anexo 1, encontra-se resumido o Modelo de Silvicultura para o pinheiro bravo (Pinus pinaster) e para o sobreiro (Quercus suber) (P2). Este modelo é indicado para recuperação de solos degradados, protecção contra a erosão hídrica e recreio e enquadramento estético da paisagem. Recomenda-se que o povoamento tenha uma densidade inicial de 625 árvores por hectare.

No Quadro 3 do Anexo 1 é apresentado o Modelo de Silvicultura para o carvalho alvarinho (Quercus robur) (P3). Este modelo é indicado para a recuperação de solos degradados, protecção contra a erosão hídrica e melhoria da paisagem. Recomenda-se que o povoamento tenha uma densidade inicial de 400 árvores por hectare.

O Modelo de Silvicultura para o carvalho negral (Quercus pyrenaica) (P4), indicado no Quadro 4 do Anexo 1, é indicado para a recuperação de solos degradados e enquadramento estético da paisagem. Densidade inicial de 400 árvores por hectare.

O Modelo de Silvicultura para o pinheiro manso (Pinus pinea) (P5), indicado no Quadro 5 do Anexo 1, é indicado para a recuperação de solos degradados e enquadramento estético da paisagem. Densidade inicial de 625 árvores por hectare.

O Modelo de Silvicultura para o cipreste de Lawson (Chamaecyparis

lawsoniana), para o cipreste comum (Cupressus sempervirens), para o cipreste

do Buçaco (Cupressus lusitanica) e para o cipreste do Arizona (Cupressus

(17)

Plano de Gestão Florestal – PFSL 16

de solos degradados e enquadramento estético da paisagem. Densidade inicial de 1111 árvores por hectare.

O Modelo de Silvicultura para os povoamentos de pinheiro das Canárias (Pinus

canariensis) (P7), indicado nos Quadro 7 do Anexo 1, é recomendado para o

controlo da erosão hídrica e melhorar a qualidade da paisagem e recreio. Densidade inicial de 625 árvores por hectare.

7.3 O

UTROS USOS

No Parque Florestal estão estabelecidos outros modelos de uso além da produção lenhosa, nomeadamente, protecção das linhas de água, recuperação de solos degradados, caça, recreio e apicultura.

O uso principal previsto para o Parque Florestal será o recreio e lazer, com a previsão de dinamização de actividades lúdicas de interesse colectivo, aliadas ao usufruto da Natureza. Assim, e no sentido de criar espaços singulares ao longo de todo o Parque, e de aumentar a sua biodiversidade, estabeleceu-se a instalação de diversos espaços (estadias) onde os visitantes podem usufruir e contemplar a natureza (carta de estadias).

O segundo uso mais importante é a protecção do solo, com especial incidência nas linhas de água, com recurso a plantação de folhosas autóctones, não só com o interesse de melhorar a qualidade da água, mas também de melhorar a qualidade da paisagem e fomentar as espécies cinegéticas e a apicultura.

(18)

Plano de Gestão Florestal – PFSL 17

8 PROGRAMA DE ACÇÕES

As acções programadas neste capítulo têm em conta as condicionantes e restrições de utilidade pública enunciadas nos capítulos anteriores.

8.1 A

RBORIZAÇÃO

/

RECONVERSÃO

Uma silvicultura correcta é a melhor gestão que na prática podemos dar aos solos florestais. Os solos florestais mal ou insuficientemente arborizados, tendem a degradar a sua fertilidade devido à erosão. A vegetação florestal defende-os e enriquece-os, especialmente porque protege e fortalece a estrutura superficial, minimizando os efeitos dos agentes meteorológicos (insolação, água e vento).

A reconversão para povoamentos de folhosas possibilitará responder às preocupações emanadas no parágrafo anterior, com a concomitante fruição do espaço pelas populações.

A utilização de algumas espécies resinosas em consociação com folhosas prende-se com a necessidade de ao nível da estação se criarem condições propícias ao estabelecimento futuro de povoamentos puros de folhosas. A utilização intensiva do espaço, com constantes mobilizações do solo, provocou a degradação da sua estrutura e consequente limitação na implantação de povoamentos com exigências edáficas acrescidas.

A reconversão dos povoamentos puros de eucalipto e pinheiro bravo do Parque Florestal para povoamentos mistos de folhosas e resinosas de agulha miúda será realizada a partir do 2.º semestre de 2008, com apoio do PRODER e do QREN (2007 – 2013).

Na instalação dos povoamentos constantes da Carta de Arborização tornar-se-á necesstornar-se-ário a eliminação da rebentação de eucalipto e da regeneração de pinheiro através do recurso a produtos fitofarmacêuticos. Este facto deve-se à

(19)

Plano de Gestão Florestal – PFSL 18

impossibilidade de arranque dos cepos de eucalipto, pois degradaria ainda mais o solo, bem como provocaria a destruição das banquetas construídas para a implantação dos povoamentos de eucalipto.

Desta forma, recorrer-se-á à utilização de fitocidas de contacto à base de glifosato, absorvidos pela parte aérea das plantas, para eliminação de rebentação de eucalipto.

Para a aplicação do fitocida utilizar-se-á um pulverizador mecânico de 300 a 600 litros montado em tractor, com rendimentos de 4 horas por hectare.

Recorrer-se-ão a produtos menos tóxicos para o operador e que tragam menos riscos para o ambiente, sendo que evitar-se-á a utilização do fitocida em zonas vizinhas das linhas de água. Evitar-se-ão as aplicações em dias de vento forte (> 20 km/h) ou dias de temperatura elevada (> 25 ºC) e baixa humidade relativa.

Os operadores qualificados para a aplicação do fitocida deverão utilizar sempre equipamento adequado de protecção e evitar qualquer contacto directo da pele e dos olhos.

No controlo da vegetação espontânea para instalação dos povoamentos recorrer-se-á a soluções motomanuais na linha de plantação, com a destruição parcial do mato através do corte da sua parte aérea até ao nível do solo. Esta intervenção evitará ainda mais a destruição da estrutura do solo, com claros benefícios para a sobrevivência das árvores e controlo da erosão.

Somente na instalação do povoamento puro de sobreiro e das espécies arbustivas de rosmaninho e alfazema se recorrerá à destruição mecânica da vegetação espontânea na linha de plantação com recurso a uma grade de discos. A inexistência de declive possibilitará desta forma uma solução mais económica, com claras vantagens na instalação do povoamento.

Na plantação privilegiar-se-á a preparação localizada do terreno, com abertura manual de covas de dimensões médias de 40x40x40 cm. As árvores terão as dimensões médias de 100/150 cm, de forma a conseguir-se povoamentos instalados a curto prazo, com a menor exposição possível do solo e minimização da erosão. O rendimento estimado por jornal será de 40 covas.

(20)

Plano de Gestão Florestal – PFSL 19

Quadro 4 – Características das espécies florestais para arborização

Modelo Área (ha) Espécie Principal Compasso Método de Regeneração

P1 28,22 Betula pubescens, Fraxinus angustifolia, Sorbus aucuparia Celtis australis 3,5 x 3,5 m Plantação P2 43,17 Pinus pinaster

Quercus suber 4,0 x 4,0 m Plantação

P3 9,90 Quercus robur 5,0 x 5,0 m Plantação

P4 4,02 Quercus pyrenaica 5,0 x 5,0 m Plantação

P5 9,00 Pinus pinea 4,0 x 4,0 m Plantação

P6 12,48 Chamaecyparis lawsoniana Cupressus sempervirens Cupressus lusitanica Cupressus arizonica 3,0 x 3,0 m Plantação

P7 4,36 Pinus canariensis 4,0 x 4,0 m Plantação

8.2 C

ONDUÇÃO E EXPLORAÇÃO DE POVOAMENTOS

A condução e exploração dos povoamentos a instalar será de acordo com os modelos de silvicultura constantes do anexo 1.

Espécies invasoras

Verifica-se a presença da mimosa (Acacia dealbata), com acentuada expansão da área infestada. O incêndio de 2005 teve forte impacto na proliferação desta espécie invasora, com forte estimulação da germinação das sementes. No controlo a esta espécie recorrer-se-á ao controlo químico e mecânico, sendo o primeiro utilizado na maioria da área infestada do Parque Florestal e o segundo nos locais onde não se recomenda a utilização fitocidas, caso das linhas de água.

8.2.1 R

EDE VIÁRIA

Como a densidade da rede viária no Parque Florestal acima dos 40 m/ha, recomendados no PROF AMPEDV, apenas se prevê a construção de ligações entre caminhos existentes (Carta da Rede Viária).

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Plano de Gestão Florestal – PFSL 20

Na construção da rede viária recorrer-se-á a escavadoras equipadas com pá, com possibilidade da incorporação da maioria dos desperdícios originados nos trabalhos de limpeza do terreno no revestimento dos taludes. Além de nítidas vantagens ambientais, possibilitará uma rápida estabilização dos taludes. Ter-se-á em atenção o sistema de drenagem, nomeadamente a construção de valetas, a instalação de drenos transversais de superfície e a colocação de manilhas.

À rede viária, existente no Parque Florestal, será dada especial atenção à sua manutenção. Será feito um “check-up” regular da rede viária e uma imediata actuação caso se justifique. Manter-se-á o sistema de drenagem livre de obstáculos que impeçam o fluxo da água. Os pontos mais sensíveis, tais como os cruzamentos com as linhas de água, troços mais inclinados serão verificados mais afincadamente. Será controlada a vegetação das bermas dos caminhos, não só para aumentar a protecção contra o fogo, mas também para aumentar a visibilidade e diminuir a humidade dos caminhos.

8.3 R

EDE DIVISIONAL

/R

EDE DE FAIXAS DE GESTÃO DE COMBUSTÍVEL

(FGC)/R

EDE DE

F

AIXAS DE

C

OMPARTIMENTAÇÃO E

P

ROTECÇÃO DE

L

INHAS DE

Á

GUA

A construção/manutenção de faixas de combustível é de extrema importância na prevenção e protecção da floresta contra incêndios, no entanto a sua eficácia depende de uma gestão correcta de combustíveis e um planeamento e ordenamento florestal adequado.

Segundo o PROF AMPEDV, as FGC cumprem três funções primordiais:

 A diminuição da superfície percorrida por grandes incêndios, permitindo e facilitando uma intervenção directa de combate na frente de fogo ou nos seus flancos;

 A redução dos efeitos da passagem de grandes incêndios protegendo, de forma passiva, vias de comunicação, infra-estruturas, zonas edificadas e povoamentos florestais de valor especial;

(22)

Plano de Gestão Florestal – PFSL 21

 O isolamento de focos potenciais de ignição de incêndios, como seja, as faixas paralelas às linhas eléctricas ou à rede viária, as faixas envolventes aos parques de recreio, etc.

De acordo com o Decreto-Lei n.º 124/2006 de 28 de Junho, com a alteração do Decreto- Lei n.º 17/2009 de 14 de Janeiro, é obrigatória a gestão de combustível numa faixa exterior de protecção de largura mínima não inferior a 50 m para as casas isoladas.

No caso do Parque Florestal constata-se a presença de duas casas isoladas, presentes nos encravados, em que será dada especial importância em matéria de gestão de combustíveis na faixa adjacente às mesmas.

8.4 O

UTROS

U

SOS

8.4.1 C

INEGÉTICA

A área do Parque Florestal não está incluída em qualquer Zona de Caça, sendo de prever a sua inclusão, a curto prazo, numa das Zonas de Caça Municipais vizinhas.

O “ordenamento cinegético” é entendido como o conjunto de medidas e acções, nos domínios da conservação e exploração racional dos recursos cinegéticos, com vista à obtenção de uma produção óptima e sustentada, compatível com as potencialidades do meio e com os limites impostos pelos condicionalismos ecológicos, económicos, sociais e culturais, e respeitando as convenções internacionais e as directivas comunitárias transpostas para a legislação portuguesa.

9 REVISÃO DO PLANO DE GESTÃO FLORESTAL

Este Plano de Gestão Florestal será revisto de três em três anos, dado que se trata do ponto de viragem na ocupação do solo do Parque Florestal e necessita desta forma de enquadramento das vicissitudes da reconversão.

(23)

Plano de Gestão Florestal – PFSL 22

10 BIBLIOGRAFIA

 DIRECÇÃO GERAL DOS RECURSOS FLORESTAIS, 2003. Boas

Práticas Florestais.

 PLANO MUNICIPAL DE DEFESA DA FLORESTA CONTRA INCÊNDIOS, 2007 – Plano de Acção.

 PLANO REGIONAL DE ORDENAMENTO FLORESTAL DA ÁREA METROPOLITANA DO PORTO E ENTRE DOURO E VOUGA, 2007 –

Base de Ordenamento.

 PLANO REGIONAL DE ORDENAMENTO FLORESTAL DA ÁREA METROPOLITANA DO PORTO E ENTRE DOURO E VOUGA, 2007 –

Plano.

Sites:

 http://www.iambiente.pt/atlas/est/index.jsp

 http://www.idrha.pt/caof/

(24)

Plano de Gestão Florestal – PFSL 23

(25)

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Quadro 1 – P1 - Modelo de Silvicultura para o vidoeiro (Betula pubescens), freixo

(Fraxinus angustifolia), tramazeira (Sorbus aucuparia) e lodão bastardo (Celtis australis)

MOMENTO DE

INTERVENÇÃO INTERVENÇÃO

CRITÉRIO DE

APLICAÇÃO OBJECTIVO

Entre o 2º e o 8º ano. Limpeza da vegetação herbácea e arbustiva: manualmente, nas linhas de

plantação Quando a vegetação infestante entra em concorrência directamente com as jovens plantas. Reduzir e evitar a concorrência da vegetação herbácea e arbustiva.

Entre os 2 e os 10 m de altura total (idade provável aquando da última

intervenção:13-17 anos ).

Poda de formação sobre as plantas mais possantes e

bem conformadas.

A realizar em plantas bem distribuídas; até um

máximo de 600 árvores/ha. Efectuam-se várias passagens: a 1ª quando as árvores têm cerca de 2 m de altura total; a 2º quando as árvores têm cerca de 4 m de altura total; a 3º quando as árvores têm cerca de 6 m de altura total. Garantir árvores com forma direita e sem bifurcação.

Entre os 6 e os 14 m de altura total (idade provável aquando da última

intervenção:18-22 anos).

Desramação das melhores árvores até cerca de 300/ha.

Faz-se através de 2 a 4 passagens sucessivas, intervaladas de 2 a 4 anos. Suprimem-se os

ramos de baixo para cima. A altura a desramar nunca deverá

ser superior a 1/3 a ½ da altura total; na primeira passagem desrama-se até 2 a 3 m da altura total . Garantir a quebra da continuidade vertical dos combustíveis e a circulação entre as árvores 14 m de altura total

( idade provável: 18-22 anos).

1º desbaste: retirar aproximadamente 30% das

árvores em pé. Em simultâneo pré-designação

das árvores de futuro (escolhem-se entre 140 a

250).

Desbaste selectivo pelo alto misto. Realizar a

operação antes de haver contacto entre as

copas das árvores.

Diminuir a concorrência entre as árvores

dominantes.

18 m de altura total

( idade provável: 28-32 anos).

2º desbaste: retirar aproximadamente 30% das

árvores em pé. Em simultâneo pré-designação

das árvores de futuro (escolhem-se entre 140 a

250).

Desbaste selectivo pelo alto misto. Realizar a

operação antes de haver contacto entre as

copas das árvores.

Diminuir a concorrência entre as árvores

dominantes.

28 m de altura total

( idade provável: 49-53 anos).

3º desbaste: retirar aproximadamente 30% das

árvores em pé. Em simultâneo pré-designação

das árvores de futuro (escolhem-se entre 140 a

250).

Desbaste selectivo pelo alto misto. Realizar a

operação antes de haver contacto entre as

copas das árvores.

Diminuir a concorrência entre as árvores

dominantes.

30 m de altura total

( idade provável: 58-62 anos).

Corte final.

Modalidade do corte raso com o cuidado de

não danificar os indivíduos provenientes de regeneração natural Corresponde ao termo de explorabilidade

(27)

Quadro 2 – P2 - Modelo de Silvicultura para o pinheiro bravo (Pinus pinaster) X

sobreiro (Quercus suber) MOMENTO DE

INTERVENÇÃO INTERVENÇÃO

CRITÉRIO DE

APLICAÇÃO OBJECTIVO

A partir do 2º ano de idade.

Controlo da vegetação concorrente, sempre que

necessário, e realizada apenas em redor das

plantas.

Quando a vegetação espontânea entra em concorrência directa com as

plantas. Apenas em redor das mesmas, por a

vegetação de acompanhamento desempenhar um importante

papel de protecção, nomeadamente em relação

aos jovens sobreiros, contrariando a sua tendência

natural para ramificar e diminuindo o efeito dessecador do vento. Diminuir a concorrência relativamente à água, nutrientes e luz, não desnudando o solo, evitando a sua erosão.

Entre o 4º e o 9ºano de idade. sobreiros com tendência 1ª Desramação dos para ramificar junto ao solo.

A altura a desramar nunca deverá ser superior a 1/3 da

altura total.

Promover árvores com

fuste limpo. Entre o 10º e o 15º ano de idade. 1º Desbaste dos pinheiros bravos.

Retirar apenas as árvores defeituosas, garantindo-se uma área de coberto das copas após desbaste não

inferior a 50%. Regulação da densidade e 1ª selecção das árvores mais promissoras.

Entre o 10º e o 15º ano de idade.

1ª Desramação dos pinheiros. 2ª Desramação dos

sobreiros.

A altura a desramar nunca deverá ser superior a 1/3 da altura total. Efectuar após o

1º desbaste.

Promover árvores com fuste limpo e preferencialme nte direito até 3

m.

Entre o 20º e o 30º ano de idade. Corte final dos pinheiros bravos.

Retirar todos os pinheiros bravos, com o cuidado de não causar danos aos

sobreiros. Reduzir a densidade do povoamento, proporcionand o melhores condições de desenvolvimen to à espécie principal. Obtenção de receitas intermédias.

Entre o 28º e o 38º ano de idade. formação/3ªdesramação Poda de das melhores árvores.

Remover todos ramos laterais até uma altura de 3

m, não retirando nessa operação mais de 30% da copa viva. Impedir que o tronco se ramifique a um nível muito baixo e conferir à copa um porte equilibrado .

Entre o 37º e o 48º ano de idade.

2º Desbaste: retirar 25 a 30% das árvores em pé. A área de coberto das copas após desbaste não deverá

ser inferior a 60%.

Realizar a operação quando começa a haver contacto entre as copas das árvores.

Cortar as árvores mais próximas das seleccionadas se as copas se encontrarem juntas. Regulação da densidade, proporcionand o as condições de desafogo necessárias às árvores de futuro.

Entre o 46º e o 58º ano de idade.

3º Desbaste dos sobreiros: retirar 25 a 30% das árvores em pé. A área de coberto das copas após desbaste não deverá ser inferior a

60%.

Realizar a operação quando começa a haver contacto entre as copas das árvores. .

Cortar as árvores mais próximas das seleccionadas se as copas se encontrarem juntas. Regulação da densidade, proporcionand o as condições de desafogo necessárias às árvores de futuro. Entre 64º e o 78º ano de idade.

4º desbaste dos sobreiros: retirar aproximadamente 25 a 30% das árvores em pé. A área de coberto das copas

Realizar a operação quando começa a haver contacto entre as copas das árvores.

Cortar as árvores mais

Regulação da densidade, proporcionand o as condições

(28)

MOMENTO DE

INTERVENÇÃO INTERVENÇÃO

CRITÉRIO DE

APLICAÇÃO OBJECTIVO após desbaste não deverá

ser inferior a 60%. próximas das seleccionadas se as copas se encontrarem juntas.

de desafogo necessárias às

árvores de futuro.

Entre o 110º e o 130º ano de idade. Abate da maioria dos sobreiros iniciais do povoamento

A maioria das árvores iniciais é retirada neste período, sendo a regeneração do povoamento assegurada essencialmente por indivíduos provenientes de regeneração natural. Assegurar a perpetuidade do povoamento.

(29)

Quadro 3 – P3 - Modelo de Silvicultura para o carvalho alvarinho (Quercus robur) MOMENTO DE INTERVENÇÃO INTERVENÇÃO CRITÉRIO DE APLICAÇÃO OBJECTIVO Entre 1 m e 6 m de altura total. Limpeza da vegetação herbácea e arbustiva, manualmente, nas linhas

de plantação.

Quando a vegetação infestante entra em concorrência directamente com as jovens

plantas.

Reduzir e evitar a concorrência da vegetação herbácea e arbustiva.

Entre 3 e 6 m de altura total. Limpeza do povoamento se a densidade exceder 1000 plantas/ha; se inferior, efectuar a rolagem.

Eliminar árvores mal conformadas ou corrigir a sua forma, consoante se faça a limpeza ou a rolagem.

Obter uma população homogénea de árvores de qualidade. Realiza-se quando as árvores têm uma altura dominante compreendida entre 1,5 e 3 m. Poda de formação sobre as plantas mais

possantes e bem conformadas

A realizar em plantas bem distribuídas; até um máximo de 400 árvores/ha. Podem efectuar-se duas passagens: a 1ª quando as árvores têm entre 1,5 e 2 m de altura; a 2º quando as árvores têm

entre 2 e 3 m de altura;

Garantir árvores com forma direita e sem bifurcação. Entre os 3-5 m, os 5-8 m e os 8-12 m de altura total. Desramação das melhores árvores até cerca de 300 árv./ha em

três intervenções escalonadas no tempo

Suprimem-se os ramos de baixo para cima. A altura a desramar nunca deverá ser superior a 1/3 a

1/2 da altura total;

Melhorar a qualidade da madeira, através do aumento da proporção de lenho limpo, sem nós, até uma

altura de 4 a 6 m. 10 m de altura total ( idade provável: 18 a 22 anos). 1º desbaste: retirar 15 a 25% das árvores em pé. Em simultâneo pré-designação das árvores

de futuro (escolhem-se entre 60 a 100).

Desbaste selectivo pelo alto misto. Realizar a operação quando começa a haver contacto entre as

copas das árvores.

Diminuir a concorrência entre as árvores dominantes. Obtenção de

receitas intermédias. 16 m de altura total ( idade provável 35 a 39 anos). 2º desbaste: retirar aproximadamente 25 a 30% das árvores em pé.

Desbaste selectivo pelo alto misto. Realizar a operação quando começa a haver contacto entre as

copas das árvores.

Diminuir a concorrência entre as árvores dominantes. Obtenção de

receitas intermédias. 21 m de altura total ( idade provável 53 a 57 anos). 3º desbaste: retirar aproximadamente 25 a

30% das árvores em pé. Desbaste selectivo pelo baixo.

Diminuir a concorrência entre as árvores. Obtenção de receitas

intermédias. 26 m de altura total (idade provável: 82 a 86 anos) 4º desbaste: retirar aproximadamente 25 a 30% das árvores em pé.

Desbaste selectivo pelo baixo, com a preocupação de não

danificar os indivíduos provenientes da regeneração

natural.

Diminuir a concorrência entre as árvores. Obtenção de receitas

intermédias. 30 m de altura total ( idade provável 118 a 122 anos). Corte de realização. Exploração de 60 a 80 árvores/ha.

Optar pela modalidade do corte raso, com a preocupação de não

danificar os indivíduos provenientes da regeneração

natural.

Corresponde ao termo de explorabilidade e à obtenção da receita principal do povoamento.

(30)

Quadro 4 – P4 - Modelo de Silvicultura para o carvalho negral (Quercus pyrenaica)

MOMENTO DE INTERVENÇÃO INTERVENÇÃO CRITÉRIO DE APLICAÇÃO OBJECTIVO Entre 1 e 6 m de altura total. Limpeza da vegetação herbácea e arbustiva, manualmente, as linhas de plantação.

Quando a vegetação espontânea entra em concorrência directamente com as jovens

plantas.

Reduzir e evitar a concorrência da vegetação

herbácea e arbustiva. Garantir uma actividade fotossintética máxima e um completo desenvolvimento da folhagem Entre os 3 e os 6 m de altura total.

Poda de formação das plantas mais possantes e bem conformadas.

A poda de formação deve ser aplicada até as árvores terem um diâmetro, a 1.30 m, de

20 cm.

Obter uma população homogénea de árvores de qualidade. Entre os 2 e os 10 m de altura total (idade provável aquando da última intervenção:13 a 17 anos). Poda de formação sobre as plantas mais

possantes e bem conformadas.

A realizar em plantas bem distribuídas; até um máximo de 400 árvores/ha. Efectuam-se

várias passagens: a 1ª quando as árvores têm cerca de 2 m de altura total; a 2º quando

as árvores têm cerca de 4 m de altura total; a 3º quando as árvores têm cerca de 6 m de altura total; na última passagem, o diâmetro do tronco a 1,30 m de altura deverá ser de

20 cm.

Garantir árvores com forma direita e sem bifurcação.

Entre os 4 e os 13 m de altura

total .

Desramação das melhores árvores até

cerca de 300/ha.

Faz-se através de 2 a 4 passagens sucessivas, intervaladas de 2 a 4 anos, suprimindo-se os ramos de baixo para cima.

A altura a desramar nunca deverá ser superior a 1/3 a 1/2 da altura total. Na primeira passagem desrama-se até 2 a 3 m

da altura total. Aquando da última intervenção, as árvores deverão ter uma

idade provável de 20 anos.

Melhorar a qualidade da madeira, através do aumento da proporção de lenho limpo, sem nós, até uma altura de 6 a 7m. Entre os 7 e os 12 m de altura total (idade provável: 14 a 19 anos). 1º desbaste: retirar aproximadamente 30% das árvores em pé. Em simultâneo pré-designação das árvores

de futuro (escolhem-se entre 140 a 250).

Desbaste selectivo pelo alto misto. Realizar a operação quando começa a haver contacto entre as copas das árvores.

Diminuir a concorrência entre as árvores dominantes. 13 a 16 m de altura total (idade provável: 18 a 23 anos). 2º desbaste: retirar aproximadamente 40% das árvores em pé. Aquando desta intervenção, poderá realizar-se também a 3ª desramação.

Desbaste selectivo pelo alto misto. Realizar a operação quando começa a haver contacto entre as copas das árvores.

Diminuir a concorrência entre as árvores dominantes. 16 a 20m de altura total ( idade provável: 24 a 30 anos). 3º desbaste: retirar aproximadamente 25%

das árvores em pé Desbaste selectivo pelo alto misto.

Diminuir a concorrência entre as árvores dominantes. 20 a 24 m de altura total (idade provável: 27 a 33 anos) 4º desbaste: retirar aproximadamente 25%

das árvores em pé. Desbaste selectivo pelo alto misto.

Diminuir a concorrência entre as árvores dominantes. 24 a 26 m de altura total (idade provável: 33 a 39 anos). 5º desbaste: retirar aproximadamente 25% das árvores em pé, para os Carvalhos.

Desbaste selectivo pelo baixo no caso do

Carvalho. Diminuir a concorrência entre as árvores. 25 m de altura total (idade provável: 40 a 46 anos). 6º desbaste: retirar aproximadamente 25%

das árvores em pé Desbaste selectivo pelo baixo.

Diminuir a concorrência entre as árvores. 28 m de altura total (idade provável: 49 a 53 anos). 7º desbaste: retirar aproximadamente 25

% das árvores em pé. Desbaste selectivo pelo baixo.

Diminuir a concorrência entre as árvores. 30 m de altura total (idade provável: 58 a 62 anos).

Corte final: exploração de, aproximadamente,

80 árvores/ha.

Optar pela modalidade do corte raso, com o cuidado de não danificar os indivíduos

provenientes de regeneração natural eventualmente presentes.

Corresponde ao termo de explorabilidade e à obtenção da receita principal do povoamento.

(31)

Quadro 5 – P5 - Modelo de Silvicultura para o pinheiro manso (Pinus pinea) MOMENTO DE INTERVENÇÃO INTERVENÇÃO CRITÉRIO DE APLICAÇÃO OBJECTIVO Entre a retancha e os 15 anos.

Limpezas de mato: manualmente, nas linhas de plantação.

Limpeza de mato suplementar: realizada mecanicamente ou manualmente, nas entrelinhas.

Quando a vegetação espontânea entra em concorrência directamente com as jovens plantas. Quando o estrato arbustivo entra em contacto com a parte

inferior da copa.

Reduzir a concorrência pela luz,

água e elementos minerais. Diminuir o risco de

incêndio.

Entre os 20 e os 25 anos. 1º desbaste: retirar 20% das árvores. Desbaste selectivo pelo baixo. Aumentar o espaçamento entre as árvores, estimulando o seu crescimento em diâmetro .

Entre os 20 e os 25 anos. 1ª Desramação.

A efectuar sobre o fuste . Remover apenas os ramos do 1/3 inicial do tronco. Melhorar a qualidade da madeira, através do aumento da proporção de lenho limpo. Minimizar o risco de incêndio, provocando descontinuidade entre o material combustível (ramos e matos). Entre os 25 e os 30 anos. 2º desbaste: retirar 20% das árvores. Desbaste selectivo pelo baixo.

Aumentar o espaçamento entre as

árvores, estimulando o seu crescimento em

diâmetro . Entre os 30 e os 35 anos. 3º desbaste: retirar 20% das árvores. Desbaste selectivo pelo baixo.

Aumentar o espaçamento entre as

árvores, estimulando o seu crescimento em

diâmetro . Entre os 35 e os 40 anos. 4º desbaste: retirar 20% das árvores. Desbaste selectivo pelo baixo.

Aumentar o espaçamento entre as

árvores, estimulando o seu crescimento em

diâmetro . Entre os 50 e os 60 anos. 5º desbaste: retirar 20% das árvores. Desbaste selectivo pelo baixo.

Aumentar o espaçamento entre as

árvores, estimulando o seu crescimento em

diâmetro . Entre os 80 e os 100 anos. Corte final. deverá ser de 300 a A densidade final

400 árvores/ha.

Corresponde ao termo de explorabilidade

(32)

Quadro 6 – P6 - Modelo de Silvicultura para o cipreste de Lawson

(Chamaecyparis lawsoniana), cipreste comum (Cupressus sempervirens), cipreste do Buçaco (Cupressus lusitanica) e cipreste do Arizona (Cupressus

arizonica)

MOMENTO DE

INTERVENÇÃO INTERVENÇÃO

CRITÉRIO DE

APLICAÇÃO OBJECTIVO

Entre a retancha e os 10 anos.

2 a 3 limpezas de mato: manualmente, nas linhas de

plantação.

Limpeza de mato suplementar: realizada mecanicamente ou manualmente, nas entrelinhas.

Quando a vegetação espontânea entra em concorrência directamente com

as jovens plantas. Quando o estrato arbustivo entra em contacto com a parte

inferior da copa. Reduzir a concorrência pela luz, água e elementos minerais. Diminuir o risco de incêndio. Entre os 4 e os 8 anos. 1º Desramação

Realizar esta operação após a limpeza do povoamento, desramando até 1/3 da altura

total.

Reduzir a continuidade

vertical dos combustíveis Entre os 13 e os 20 anos. 1º desbaste: retirar entre 30% e 40% das árvores. Desbaste selectivo pelo baixo.

Selecção das árvores que chegarão a corte

final. Entre os 30 e os 35 anos. 2º desbaste: retirar entre 20% e 30% das árvores. Desbaste selectivo pelo baixo.

Selecção das árvores que chegarão a corte

final. Entre os 40 e os 45 anos. Corte final. A densidade final deverá ser de

300 a 500 árvores/ha.

Corresponde ao termo de explorabilidade

(33)

Quadro 7 – P7 - Modelo de Silvicultura para o pinheiro das Canárias (Pinus

canariensis)

MOMENTO DE

INTERVENÇÃO INTERVENÇÃO

CRITÉRIO DE

APLICAÇÃO OBJECTIVO

Entre a retancha e os 10 anos.

2 a 3 limpezas de mato: manualmente, nas linhas

de plantação. Limpeza de mato suplementar: realizada mecanicamente ou manualmente, nas entrelinhas. Quando a vegetação espontânea entra em concorrência directamente

com as jovens plantas. Quando o estrato arbustivo

entra em contacto com a parte inferior da copa.

Reduzir a concorrência pela luz,

água e elementos minerais. Diminuir o risco de

incêndio.

Período provável: 10 a 15 anos.

Desramação das árvores que atingirão o corte final (300 a 500), feita até aos 3-4 metros de altura. Realizar

em duas a três intervenções.

Só se desramam árvores com DAP compreendido entre os 10 cm e os 15 cm. Não se devem cortar ramos com mais de 2 a 3 cm de

diâmetro de base.

Reduzir a continuidade vertical

dos combustíveis.

Entre os 25 e os 30 anos. 1º desbaste: retirar entre 20% a 30% das árvores. Desbaste selectivo pelo baixo. Selecção das árvores que chegarão a corte final. Entre os 35 e os 40 anos. 2º desbaste: retirar entre

20% a 30% das árvores

Desbaste selectivo pelo baixo. Realizar a operação

quando houver contacto entre as copas das árvores.

Selecção das árvores que chegarão a corte

final. Entre os 50 e os 55 anos. Corte final. A densidade final deverá ser de 300 a 500 árvores. Corresponde ao termo de

(34)

(35)

Ficha Técnica:

Título: Plano de Gestão Florestal – Parque Florestal de Santa Luzia Proponente: Câmara Municipal de Arouca

Responsável pela elaboração: Eng. Pedro Quaresma

O Técnico Responsável O Proponente

(Pedro Quaresma) (Artur Neves)

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