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Relatório estágio profissional

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Academic year: 2021

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E S T Á G I O P R O F I S S I O N A L I Z A N T E

6 º A N O

MESTRADO INTEGRADO

EM MEDICINA

2019-2020

N O V A M E D I C A L S C H O O L - F A C U L D A D E D E C I Ê N C I A S M É D I C A S

U N I V E R S I D A D E N O V A D E L I S B O A

R E G E N T E : P R O F . D O U T O R R U I M A I O

O R I E N T A D O R : P R O F . D O U T O R L U Í S C A M P O S

R E L A T Ó R I O F I N A L

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Um especial agradecimento,

Aos meus pais e irmão, por nunca duvidarem das minhas capacidades. Aos meus amigos, por serem o pilar de todos os dias. A todos os profissionais que me cruzei, pela contribuição para a minha formação.

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Índice

1. Introdução e objetivos gerais ... 2

2. Atividades desenvolvidas ... 3

A. Estágio parcelar de Medicina Interna ... 3

B. Estágio parcelar de Cirurgia Geral ... 4

C. Estágio parcelar de Pediatria ... 5

D. Estágio parcelar de Ginecologia e Obstetrícia ... 5

E. Estágio parcelar de Psiquiatria ... 6

F. Estágio parcelar de Medicina Geral e Familiar ... 7

G. Estágio Opcional ... 7

H. Atividades extracurriculares ... 8

3. Reflexão Crítica ... 8

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1. Introdução e Objetivos Gerais

O Estágio Profissionalizante do 6ºano do Mestrado Integrado em Medicina da Nova Medical School, como o nome indica, tem como principal objetivo oferecer um contacto mais próximo daquilo que será a verdadeira prática clínica que se avizinha. O contacto prático, com a clínica, permite ao aluno adquirir e consolidar competências que têm vindo a ser desenvolvidas ao longo do curso, mas não só. É esse contacto que permite ao aluno adquirir capacidades que ultrapassam os conhecimentos teóricos, como a de trabalhar em equipa e de comunicar com outros profissionais da área da saúde, integrando equipas multidisciplinares em que assume responsabilidades e ainda, a capacidade de comunicação direta com o doente e com a família. Deste modo, o Estágio Profissionalizante consiste na passagem por diversas especialidades nomeadamente a Medicina Interna, a Cirurgia Geral, a Pediatria, a Ginecologia e Obstetrícia, a Medicina Geral e Familiar e a Psiquiatria, com o intuito de melhor preparar para prática clínica enquanto médico geral.

Para que tirasse o melhor proveito possível, deste ano que se quer profissionalizante, estabeleci os seguintes objetivos gerais: consolidar, através da prática clínica e realização de procedimentos, os conteúdos teóricos aprendidos nos últimos cinco anos; cimentar conhecimentos em áreas de menor domínio; contactar com as patologias mais frequentes de cada especialidade, adquirindo capacidade de as identificar e gerir futuramente; melhorar a comunicação com o doente, família e outros profissionais de saúde; aprofundar melhor quais as áreas de interesse pessoal, tendo em conta o seu papel na atividade clínica.

É importante salientar que, devido à pandemia mundial causada pela COVID-19, foi impossível a realização prática dos últimos estágios do calendário, que no meu caso seriam os estágios de Psiquiatria e Medicina Geral e Familiar. Para colmatar esta falha, foram-nos atribuídas uma série de tarefas para realizarmos a partir de casa, que irei descrever mais à frente. Além disso, não se concretizou a última semana do estágio de Ginecologia e Obstetrícia, tendo sido dado como terminado às 3 semanas, pelo trabalho desenvolvido até então.

Ao longo do relatório irei fazer uma breve descrição sobre as atividades desenvolvidas em cada estágio parcelar. Também farei referência ao que seria o meu estágio opcional e a razão que me levou a optar por ele. Além disso, destacarei algumas atividades extracurriculares e palestras do interesse pessoal que tive oportunidade de assistir. Por último, farei uma breve reflexão crítica acerca do meu percurso, focando a minha atenção nos objetivos a que me propus este ano.

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2. Atividades Desenvolvidas

Ao longo do ano letivo 2019/2020 realizei um total de 6 estágios parcelares, com duração prevista de 32 semanas, que acabaram por contabilizar 23 semanas presenciais e 9 de trabalho em casa, consequência da pandemia COVID-19, como já referido. Passo à descrição de cada uma delas e a uma pequena referência ao que seria o estágio opcional por mim escolhido. Farei ainda referência às atividades extracurriculares.

A. Estágio parcelar de Medicina Interna (9 de setembro a 1 de novembro de 2019)

O estágio de Medicina Interna, sob regência do Prof. Doutor Fernando Nolasco, decorreu no Hospital Egas Moniz (HEM), no serviço de Medicina II, com duração de 8 semanas, sob orientação da Dra. Raquel Domingos. Tendo a Medicina Interna um papel central, na medicina, pela sua abordagem de um vasto leque de patologias, este estágio tem como principal objetivo específico fazer com que o aluno adquira autonomia e responsabilidade progressivas, ganhando capacidade de desempenhar tarefas indispensáveis às equipas em que se insere.

Ao longo das semanas tive a oportunidade de integrar uma equipa de forma ativa, participando em todas as atividades desenvolvidas: realização de notas de entrada; avaliação diária dos doentes internados com posterior elaboração do seu diário clínico; requisição e interpretação de exames complementares de diagnóstico; realização de pequenos procedimentos médicos como colheita de sangue venoso da veia femoral e gasometrias de sangue arterial; observação de procedimentos como aspiração de secreções e colocação de acessos periféricos e elaboração de notas de alta.

Observava diariamente 2 a 3 doentes e ao fim da manhã discutia com a equipa o estado de saúde dos mesmos e todas as decisões em relação a este, nomeadamente terapêutica e necessidade de exames complementares de diagnóstico.

É de salientar que, semanalmente, se realizava a visita médica, com a presença de outras duas equipas médicas, do Coordenador do Serviço, da Chefe da Equipa de Enfermagem e da Assistente Social. Nestas visitas discutiam-se todos os doentes atribuídos a cada equipa e eu ficava responsável por apresentar os doentes que me fossem distribuídos nesse dia.

Todas as semanas frequentava o Serviço de Urgência do Hospital São Francisco Xavier, geralmente às segundas feiras no horário da noite (a partir das 20h), tendo oportunidade de passar pelo atendimento ao balcão, pela sala de reanimação ou pelo serviço de observação.

No decorrer das semanas de estágio tive ainda oportunidade de assistir a sessões clínicas que iam decorrendo no hospital, com os temas: “Osteoporose”; “Imunodeficiências primárias”; “Síndrome de Seio Carotídeo” e “Doença de Castleman”.

Assisti ainda a 2 workshops lecionados na faculdade: “Alterações do Equilíbrio Ácido base” - Prof. Doutor Pedro Póvoa e “Decisões de fim de vida” – Dra. Camila Tapadinhas.

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Por último, apresentei um trabalho com dois colegas, acerca de “Hemorragia Digestiva” em que, com base em dois casos observados por nós na enfermaria, fizemos uma revisão teórica da abordagem do doente com hemorragia digestiva.

B. Estágio parcelar de Cirurgia Geral (4 de novembro de 2019 a 10 de janeiro de 2020)

O estágio parcelar de Cirurgia Geral, sob regência do Prof. Doutor Rui Maio, decorreu no Hospital das Forças Armadas (HFAR), com duração de 8 semanas, sob orientação da Dra. Ana Catarina Pinho e do Dr. Pedro Hart de Campos. A Cirurgia Geral é uma especialidade com elevada importância devido ao seu vasto contacto com patologia aguda e crónica, em que muitas das vezes a cirurgia é a única opção terapêutica curativa. Desta forma, o estágio tem como principais objetivos específicos conhecer as principais síndromes cirúrgicas, com base na semiologia, etiopatogenia, diagnóstico e terapêutica e ainda, adquirir capacidade de identificar patologia com necessidade cirúrgica urgente.

A primeira semana de estágio foi dedicada a sessões teóricas e teórico-práticas que decorreram no Hospital Beatriz Ângelo (HBA). Além disso, no fim da primeira semana realizou-se o curso TEAM - Trauma Evaluation and Management (anexo Cf). As restantes 7 semanas decorreram então no HFAR, tendo a oportunidade de integrar uma equipa e acompanhar a sua vivência hospitalar: na enfermaria, recebia os doentes que eram internados para cirurgia eletiva ou avaliava os doentes no pós operatório e elaborava as respetivas notas de alta; no bloco operatório, participei por diversas vezes como 2ª ajudante e tive a oportunidade única de participar como 1ª ajudante numa herniorrafia umbilical; na consulta externa, onde observei doentes pela primeira vez ou doentes a serem seguidos em contexto pós operatório. Outro dos momentos que contribuíram para a solidificação da aprendizagem teórica foi a participação nas cirurgias de ambulatório, onde pude observar pequenas cirurgias e tive a oportunidade de participar numa excisão de um lipoma do tórax. Por último, tive ainda a oportunidade de observar alguns doentes em contexto de urgência. Como a afluência do serviço de urgência de cirurgia geral do HFAR é relativamente baixa, foi-nos dada a hipótese de acompanhar a Dra. Sílvia Silva na urgência do Hospital São Francisco Xavier para colmatar esta questão. Tendo feito o estágio no HFAR, saliento ainda a oportunidade única que nos foi dada de visitar o Centro de Epidemiologia e Intervenção Preventiva (CEIP), o Centro de Medicina Aeronáutica (CMA) e o Centro de Medicina Subaquática e Hiperbárica (CMSH).

No minicongresso que decorreu na última semana, apresentei com os meus colegas o tema “O bom, o mau e o Vilão – Abordagem diagnóstica de massas cervicais”, onde fizemos uma breve revisão acerca do disgnóstico diferencial das massas cervicais baseada em dois casos clínicos observados durante o estágio.

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C. Estágio parcelar de Pediatria (20 de janeiro a 14 de fevereiro de 2020)

O estágio parcelar de Pediatria, sob regência do Prof. Doutor Luís Varandas, decorreu no Hospital Dona Estefânia (HDE), com duração de 4 semanas, sob orientação da Dra. Marta Conde, da unidade de Reumatologia Pediátrica. A pediatria é uma especialidade com uma série de particularidades que advêm do facto tantas vezes citado por diversas pessoas de que “a criança não é um adulto em ponto pequeno”. Desta forma, são objetivos específicos deste estágio conhecer as principais patologias da criança e do adolescente, quer em contexto agudo, quer em contexto crónico e ganhar a capacidade de gerir estas patologias tendo em conta as particularidades da especialidade.

Durante as quatro semanas assisti todas as manhãs à passagem dos doentes, onde eram apresentados os entrados de cada serviço. Seguidamente, permaneci essencialmente na consulta de reumatologia pediátrica. Tive ainda oportunidade de assistir a algumas consultas de pneumologia pediátrica, imunoalergologia e a uma consulta multidisciplinar de osteogénese imperfeita. Apesar de terem sido poucas ocasiões, ainda tive oportunidade de frequentar o internamento. Além disso, assisti a broncofibroscopias e a consultas em que se faziam tentativas de adaptação ao ventilador em crianças com doença pulmonar crónica.

Semanalmente frequentei o serviço de urgência, sendo nesta altura que tinha maior oportunidade de contactar diretamente com os doentes, colhendo a história clínica e realizando o exame objetivo. Foi ainda na urgência que tive a oportunidade única de assistir à realização de uma punção lombar.

Durante o estágio pude ainda assistir a várias sessões clínicas: “Malformações congénitas das vias pulmonares – a propósito de um caso clínico”; “AIJ – Estudo retrospetivo da Unidade de Reumatologia Pediátrica”; “Segurança do doente”; “Nutrição parentérica – Unidade de Cuidados Especiais Respiratórios e Nutricionais (UCERN)”; “Onze anos de infeções neonatais em Portugal – 2008-2018”. Assisti ainda a 3 sessões SOFIA, dedicadas a internos da especialidade e alunos de medicina: “A pediatria: Unidade de múltiplas idades?”; “A história clínica em pediatria”; “Neurodesenvolvimento”. Por último, apresentei juntamente com os meus colegas um trabalho sobre “Tumor de Wilms”, baseado num caso clínico.

D. Estágio parcelar de Ginecologia e Obstetrícia (17 de fevereiro a 13 de março 2020)

O estágio parcelar de Ginecologia e Obstetrícia, sob regência da Profª Doutora Teresinha Simões, decorreu na Maternidade Dr. Alfredo da Costa (MAC), com duração total de 4 semanas, 2 dedicadas a Obstetrícia, sob orientação do Dr. Gonçalo Cardoso e 2 dedicadas a Ginecologia, sob orientação da Dra. Carla Leitão. Devido à suspensão dos estágios clínicos a 9 de março motivados pela pandemia da COVID-19, não concluí a última semana deste estágio, que decorreria na Ginecologia.

Como se prevê, a especialidade de Ginecologia e Obstetrícia é uma especialidade que se foca na saúde da mulher e, neste contexto, os objetivos específicos prendem-se com a gestão das patologias mais frequente

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da mulher e do acompanhamento da mulher grávida, assim como a aquisição progressiva de autonomia na realização de procedimentos simples.

Em primeiro lugar, na Obstetrícia, tive oportunidade de assistir às consultas de seguimento da gravidez, nomeadamente consulta de alto risco e a consulta de diabetes e gravidez. Além disso, frequentei por variadas vezes o bloco de obstetrícia para assistir a interrupções voluntárias da gravidez ou a cesarianas eletivas. Neste contexto, tive a oportunidade de participar em duas cesarianas. Ainda na obstetrícia tive manhãs dedicas à enfermaria da materno fetal. Na Ginecologia, passei a maioria dos dias na consulta de ginecologia, para além da passagem pela enfermaria de ginecologia e pela ecografia ginecológica. No contexto da consulta tive a oportunidade única de assistir a consultas no âmbito de um ensaio cínico denominado “Spirit 1”, que pretendia estudar o efeito de um antagonista GnRh na endometriose. Pelo término antecipado do período de estágio, não tive oportunidade de frequentar as consultas de uroginecologia e de patologia do colo, o bloco de ginecologia e ainda as histeroscopias, atividades que estavam programadas para a última semana de estágio.

É de salientar ainda a participação semanal no serviço de urgência, com oportunidade de frequentar o bloco de partos e assistir a partos eutócicos e distócicos. Também foi neste contexto que pude contactar com algumas patologias ginecológicas que são alvo frequente de ida á urgência.

Ainda durante este estágio assisti a dois workshops palestrados pela Profª Doutora Teresinha Simões, denominados “The woman” e “Dilemas em gravidez múltipla – parto”.

Estava ainda planeada a apresentação de um trabalho de grupo na última semana de estágio, que acabamos apenas por realizar e enviar para a regente e respetivos tutores, sem apresentação formal. O trabalho teve como tema “Rastreio do cancro do colo do útero e da mama – A importância da prevenção secundária”.

E. Estágio parcelar de Psiquiatria (15 de março a 17 de abril de 2020)

O estágio parcelar de Psiquiatria, sob regência do Prof. Doutor Miguel Talina, foi um dos estágios parcelares que não foi possível realizar presencialmente. Para este estágio, os objetivos específicos passam por adquirir a capacidade de identificar sintomas de perturbação psiquiátrica e distingui-los do funcionamento psicológico normal, assim como identificar possíveis urgências psiquiátricas, nomeadamente aquelas que ponham em risco a integridade do próprio ou de terceiros.

Sendo a Psiquiatria uma área da medicina de grande importância, visto que a doença mental está cada dia mais presente no nosso quotidiano, houve uma tentativa, pela parte da regência, de substituir o estágio por atividades que pudéssemos realizar a partir de casa, sem que ficássemos em desvantagem em relação aos colegas que tiveram oportunidade de realizar o estágio prático. Assim, foi-nos proposta a escrita de duas histórias clínicas detalhadas, tendo por base a visualização de consultas videogravadas. Além disso, também

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nos foi delegada a escrita de 6 vinhetas clínicas, para as quais tínhamos de elaborar 3 questões para cada, seguindo o modelo da Prova Nacional de Acesso à Especialidade de single best answer.

Por último, tínhamos de realizar um pequeno relatório, onde constassem as atividades descritas anteriormente a juntar uma pequena reflexão crítica.

F. Estágio parcelar de Medicina Geral e Familiar (20 de abril a 15 de maio de 2020)

O estágio parcelar de Medicina Geral e familiar, sob regência da Prof. Doutora Isabel Santos, foi também um dos estágios parcelares que vimos obrigados a não realizar de forma presencial. A especialidade da Medicina Geral e Familiar tem especial relevância ao nível da promoção e prevenção da saúde na população, adquirindo assim um papel preponderante na prática da medicina dos dias que correm. Como tal, são

objetivos específicos do estágio identificar e gerir os problemas mais frequentes na comunidade, adquirindo

capacidade de promover a saúde e salientar a importância da prevenção na gestão do risco.

Desta forma, para colmatar a falta de contacto com a prática clínica da especialidade, foram distribuídas uma série de tarefas que passo a descrever: a atribuição de um caso clínico com respetivas questões para responder; a escolha e justificação de um fármaco ou meio complementar diagnóstico que fizesse sentido aplicar no respetivo caso; a realização de cinco cursos online da Organização Mundial de Saúde; a realização de outros cursos online facultativos, dos quais realizei dois; a escolha de cinco consultas vídeogravadas das totais disponibilizadas para assistir e, posteriormente, escrever um comentário sobre o modelo da consulta; a apresentação de um trabalho num minicongresso online, cujo tema apresentado por mim foi “Dói-me a garganta. Não consigo Engolir”.

G. Estágio Opcional (18 a 29 de maio 2020)

Sendo o estágio opcional um estágio escolhido pelo aluno para complementar a sua formação, eu tinha optado por realizar novamente estágio de Medicina Interna, no mesmo serviço que realizei o estágio parcelar, o serviço de Medicina II do Hospital Egas Moniz. A minha escolha baseou-se em dois motivos principais: o primeiro, prendeu-se com o facto de ter tido Medicina Interna como primeiro estágio, o que me levou à necessidade de voltar a passar pela experiência mais próximo da minha atividade profissional; o segundo, por considerar que seria ainda mais proveitoso para a minha aprendizagem passar pela Medicina Interna numa fase em que já teria estudado o total de conteúdos da Medicina Interna que são alvo de avaliação na Prova Nacional de Acesso à Especialidade.

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H. Atividades extracurriculares

Como atividade extracurricular destaco a minha participação como oradora num evento intitulado “Get.in2.MedSCL 3.0.” (anexo Ba), promovido pela Associação Juvenil de Medicina da Madeira. Este evento teve como público alvo alunos do 12ºano, prestes a ingressar no ensino superior. O meu papel foi falar um pouco acerca da Nova Medical School, destacando o programa curricular, a localização, as atividades extracurriculares e, por último, falar um pouco da minha experiência pessoal, como aluna do 4ºano na altura. Destaco esta atividade por considerar que mudou a minha forma de olhar para o curso de medicina e fez-me perceber a importância de passarmos pelas experiências para podermos falar abertamente sobre elas

3. Reflexão Crítica

Tendo terminado este ano letivo com sucesso, apesar das adversidades, é altura de fazer uma breve reflexão acerca do mesmo. Posso concluir referindo que considero que, de uma forma geral, todos os objetivos propostos foram alcançados.

Em relação ao consolidar, através da prática clínica e realização de procedimentos, os conteúdos teóricos

aprendidos nos últimos cinco anos considero que foi cumprido nos vários estágios realizados. Destaco em

especial os estágios de: Medicina Interna, por ser aquele em que tive maior oportunidade de consolidar o meu raciocínio clínico através da prática; Ginecologia e Obstetrícia, pela componente prática ter um papel fundamental em todo o estágio, contribuindo, desta forma, para perceber alguns conceitos teóricos aprendidos anteriormente. É importante ainda referir a limitação que existe na componente prática do estágio de Pediatria, por estarmos a lidar com crianças. Apesar disso, foi-me dada a oportunidade, sempre que possível, de realizar exame objetivo.

No que toca a cimentar conhecimentos em áreas de menor domínio foi também um objetivo um pouco concretizado em cada estágio. Para tal, aproveitei durante os vários estágios para estudar e rever conteúdos que me fossem suscitando dúvidas na prática. Além disso, o próprio estudo constante para a Prova Nacional de Acesso à Especialidade permitiu a aquisição de uma grande quantidade de conhecimentos que anteriormente suscitavam dúvidas. Também é de salientar o papel preponderante dos tutores no esclarecimento de dúvidas que fossem surgindo.

No que diz respeito a contactar com as patologias mais frequentes de cada especialidade, adquirindo

capacidade de as identificar e gerir futuramente posso afirmar que foi principalmente conseguido nos

estágios de Medicina Interna, Pediatria e Ginecologia e Obstetrícia. Em Cirurgia Geral, considero que teria tido maior proveito se tivesse conseguido ter mais contacto com a patologia mais comum no serviço de urgência. Saliento ainda, que apesar da tentativa de substituição do estágio de Psiquiatria e de Medicina Geral e Familiar, este é um objetivo difícil de ver concretizado sem contacto direto com os doentes.

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No que concerne a melhorar a comunicação com o doente, família e outros profissionais de saúde considero que foi um objetivo muito bem conseguido. Destaco em especial o estágio de Medicina Interna, em que tive oportunidade de melhorar a comunicação: com o doente, pelo contacto direto; com a família, pela oportunidade de assistir a reuniões de tomada de decisões em relação ao doente ou por assistir à comunicação de más notícias; com outros profissionais de saúde, pela participação nas reuniões semanais ou quando tinha de contactar outras especialidades para pedir colaboração.

Por último, o objetivo mais singular de aprofundar melhor quais as áreas de interesse pessoal, tendo em

conta o seu papel na atividade clínica considero que foi o mais complicado de concretizar. Por um lado,

consegui confirmar o interesse por áreas como a Medicina Interna e a Pediatria, mas, por outro, sinto que me fez falta ter estágio de Medicina Geral e Familiar, área que também tenho especial interesse. Além disso, aquilo que seria um ano, a meu ver, para orientar as minhas escolhas futuras, foi um ano que abriu portas a novas áreas de interesse que não existiam anteriormente, como a Ginecologia e Obstetrícia.

Aproveito ainda para salientar o impacto negativo causado pela interrupção dos estágios e pela necessidade de manter o confinamento, na medida em que deixaram em suspenso não só as componentes letivas, como todas as atividades extracurriculares tão marcantes deste último ano, que assinalam o fim de um ciclo, como é o exemplo da cerimónia da queima das fitas.

Concluo este ano com a sensação de missão cumprida, confirmando que “a educação dum Médico é complexa”1, com noção de que esta é apenas a primeira etapa de uma jornada que se quer longa e enriquecedora. Por todas as metas que atingi e por todos os obstáculos que ultrapassei, sempre com vontade de aprender mais e ser melhor, quer como futura profissional, quer como pessoa.

Finalizo com especial agradecimento a todos o que fizeram parte deste meu percurso, em especial a todos os profissionais de saúde que se cruzaram no meu caminho. A verdade é que cada um deles, de uma forma ou de outra, contribuíram para a minha formação e enriquecerem de forma inevitável a minha aprendizagem. Destaco ainda todos aqueles que me mostraram que o doente é muito mais do que os sinais e sintomas que apresenta e transmitiram a importância de tratar o doente e não a doença, fazendo com que citações como “You treat a disease: you win, you lose. You treat a person, I guarantee you win, no matter the outcome” (Patch Adams) sirvam de fio condutor para a minha prática clínica futura.

1 Victorino, Rui Manuel et al.; O Licenciado Médico em Portugal | Core Graduates Learning Outcomes Project; Faculdade de

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4. Anexos

A. Cronograma das atividades desenvolvidas B. Atividades extracurriculares

a. Certificado “Get.in2.MedSCL 3.0”

C. Cursos e conferências frequentados durante o 6º ano do MIM

a. Workshop Urgências em ORL (setembro 2019)

b. “Encontros da Academia: Arritmologia para não electrofisiologistas – dúvidas do dia-a-dia”- Sociedade Portuguesa de Cardiologia (setembro 2019)

c. Mesa redonda: Emergência éticas – AEFCM (outubro 2019) d. Abuso sexual infantil - AEFCM (outubro 2019)

e. II Jornadas de Medicina Geral e Familiar – Hospital Cuf Descobertas (outubro 2019) f. Curso TEAM (novembro 2019)

g. Prescrição social – AEFCM (abril 2020) h. Burnout em Medicina – AEFCM (abril 2020)

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A. Cronograma das atividades desenvolvidas

Estágio Parcelar Data realização Unidades de Saúde Tutores Trabalhos realizados

(autores)

Medicina Interna 9 de setembro a 1 de novembro de

2019

Hospital Egas Moniz (HEM) Dra. Raquel Domingos Hemorragia Digestiva (Gonçalo Perry da Câmara, João Madeira,

Sofia Abreu)

Cirurgia Geral 4 de novembro de 2019 a 10 de janeiro de 2020

Hospital das Forças Armadas (HFAR) Dr. Ana Catarina Pinho/ Dr. Pedro Hart campos O bom, o mau, e o Vilão - Abordagem diagnóstica de massas cervicais

(Ana Beatriz Silva, João Sá, Sofia Abreu) Pediatria 20 de janeiro a 14 de fevereiro de 2020 Hospital Dona Estefânia (HDE) Dra. Marta Conde Tumor de Wilms

(João Madeira, Serafim Soares, Sofia Abreu,

Sofia Correia) Ginecologia e Obstetrícia 17 de fevereiro a 13 de março 2020 Maternidade Dr. Alfredo da Costa (MAC) Dra. Carla Leitão / Dr. Gonçalo Cardoso Rastreio do cancro do colo do útero e da mama – A importância da prevenção secundária (Mafalda Guimarães, Sara Meireles, Sofia

Abreu) Psiquiatria 15 de março a 17 de abril de 2020 * * - Medicina Geral e Familiar 20 de abril a 15 de maio de 2020 * * Dói-me a garganta. Não consigo engolir. (Sofia Abreu)

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B. Atividades extracurriculares

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C. Cursos e conferências frequentados durante o 6ºano do MIM

a. Workshop Urgências em ORL (setembro 2019)

b. “Encontros da Academia: Arritmologia para não electrofisiologistas – dúvidas do dia-a-dia”- Sociedade Portuguesa de Cardiologia (setembro 2019)

(16)

c. Mesa redonda: Emergência éticas – AEFCM (outubro 2019)

(17)

e. II Jornadas de Medicina Geral e Familiar – Hospital Cuf Descobertas (outubro 2019)

(18)

g. Prescrição social – AEFCM (abril 2020) ´

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Referências

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