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TÍTULO: CONCRETO PERMEÁVEL CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: ENGENHARIAS E ARQUITETURA SUBÁREA: ENGENHARIAS

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Academic year: 2021

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16°

TÍTULO: CONCRETO PERMEÁVEL TÍTULO:

CATEGORIA: EM ANDAMENTO CATEGORIA:

ÁREA: ENGENHARIAS E ARQUITETURA ÁREA:

SUBÁREA: ENGENHARIAS SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: ÁREA1 - FACULDADE DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): GESSIVALDO OLIVEIRA CARNEIRO AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): CLEBER MARCOS RIBEIRO DIAS ORIENTADOR(ES):

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1 RESUMO

Os concretos permeáveis vêm sendo utilizados em diversas partes do mundo por ser uma tecnologia alternativa que reduz a ocorrência de alagamentos e enchentes nas áreas urbanas, intensificados pela impermeabilização do solo. No Brasil, a utilização do concreto permeável é incipiente, porém, vem se difundido em várias regiões do país. Esse projeto tem como objetivo estudar a relação entre a permeabilidade deste tipo de concreto e os parâmetros de dosagem. No presente estudo serão utilizados os seguintes materiais: cimento Portland, sílica ativa, aditivo hiperplastificante, aditivo retentor de água e agregado graúdo com frações entre as peneiras com abertura de malha 4,75 – 25,0 mm. Na elaboração do projeto de mistura e análise dos dados serão empregados os softwares Design Expert® e Minitab®. Serão desenvolvidos corpos-de-prova cilíndricos de concreto permeável, com frações selecionadas de agregados em diversas proporções, no intuito de termos uma relação entre permeabilidade da mistura e sua composição. Este trabalho visa também desenvolver um permeâmetro com sensores de pressão e vazão monitorados por computador.

Palavras-chaves: Pavimentos permeáveis, concretos porosos, dosagem estatística,

permeabilidade.

INTRODUÇÃO

A construção civil é responsável por grande parte dos impactos ambientais causados pelas atividades humanas, principalmente por ser o setor que mais consome matérias primas naturais (AGOPYAN; JOHN, 2012). Além disso, o setor da construção é

responsável por parcela significativa do CO2 emitido para a atmosfera, sobretudo na

produção de cimento Portland, um dos materiais de construção mais utilizados no mundo. Este setor é também o principal responsável pela modificação das paisagens em áreas rurais e urbanas e, através da ocupação do solo por edificações, estradas e outros tipos de construção, impermeabiliza as superfícies gerando problemas geoambientais expressivos.

A impermeabilização das superfícies pelas construções faz com que grandes áreas que antes permitiam a infiltração da água da chuva no solo passem a conduzir este

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2 fluido de forma rápida e intensa para as regiões de vale provocando alagamentos e enchentes – problemas cada vez mais frequentes em grandes centros urbanos. Atualmente tem se verificado a crescente impermeabilização das superfícies resultante da urbanização das cidades. Em uma área com cobertura florestal, 95% da água da chuva se infiltra no solo, enquanto que nas áreas urbanas este percentual cai para apenas 5%. Com a drenagem da água através do solo, prejudicada devido às vias pavimentadas e o grande número de construções, o escoamento e o retorno ao lençol freático tornam-se mais difíceis, resultando em alterações nos leitos dos rios e dos canais e aumento no volume e constância das enchentes. Este problema é agravado pelo efeito das “ilhas de calor”, onde o aumento de temperatura em áreas densamente povoadas acaba por intensificar a precipitação. Além dos impactos decorrentes diretamente do escoamento da água, o acúmulo de detritos diversos nas superfícies das ruas, calçadas, estacionamentos e garagens acabam sendo levados para os rios e canais durantes as enxurradas. Este tipo de poluição é ainda mais difícil de controlar por não possuir uma fonte pontual definida, como o caso da descarga de esgoto de uma fábrica ou de uma residência (NEITHALATH, WEISS, and OLEK, 2003).

A urbanização problematizou o ciclo hídrico, provocada pela intensificação do escoamento superficial, impermeabilização do sítio urbano, tem como resultado enchentes, inundações, assoreamento dos rios trazendo prejuízos ao ser humano, aos governos, e ao meio ambiente. Uma das alternativas apontadas para o problema é a utilização de pavimentos com alta capacidade drenante, uma vez este tipo de pavimento permite a passagem da água para o subsolo (MERIGHI; FORTES; BANDEIRA, 2007).

A eficiência do concreto poroso é devido a alta permeabilidade, razão pela qual vem sendo investigado e desenvolvido. Segundo Holtz (2011), quando o concreto permeável é aplicado em pavimentação externa, a água da chuva pode ser direcionada para o solo, diminuído a vazão que segue para o sistema de drenagem urbano e do escoamento superficial, além de repor a água nos aquíferos subterrâneos tornado o ciclo hídrico mais equilibrado.

Segundo Marchioni e Silva (2011), o concreto drenante possui um alto índice de vazios interligado, com pouca ou nenhuma quantidade de areia na mistura, permitindo a

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3 percolação de grande quantidade de águas pluviais. Quando dimensionado corretamente o grau de permeabilidade é suficiente para permitir a passagem de todo fluxo precipitado, praticamente anulando o escoamento superficial.

A bibliografia escassa sobre a concreto poroso é evidente, talvez provocada pela falta de investimentos, conservadorismo do setor e pela dificuldade na aplicação de uma tecnologia incipiente no Brasil. Por consequente, esta pesquisa pretende estabelecer parâmetros para a otimização da permeabilidade e a resistência do concreto poroso.. Diante do contexto, o presente projeto está focado na obtenção da melhor composição granulométrica do agregado com o objetivo de potencializar a permeabilidade e a resistência mecânica do concreto poroso. Esta pesquisa é justificada pelo crescente desenvolvimento na construção civil, tendo a necessidade de produtos mais eficientes, sustentáveis que amenizem os impactos causados pela ação antrópica.

OBJETIVOS Objetivo Geral

Desenvolver permeâmetro para a determinação da permeabilidade de concretos permeáveis e relacionar esta propriedade com a proporção dos materiais na mistura. Objetivos Específicos

a. Projetar o permeâmetro e escolher os sensores adequados para monitoramento da pressão e vazão;

b. Coletar e caracterizar materiais disponíveis na Região Metropolitana de Salvador (RMS), adequados ao uso na produção de concretos permeáveis; c. Elaborar projeto estatístico de mistura para estudo de formulações de

concretos permeáveis;

d. Caracterizar o desempenho mecânico e a permeabilidade de diferentes formulações de concreto poroso;

e. Estabelecer modelos estatísticos que correlacionam as propriedades dos concretos e suas formulações.

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4 METODOLOGIA.

As misturas a serem estudadas neste trabalho serão compostas de cimento Portland de alta resistência inicial (CP V ARI), agregados convencionais e alternativos da região Metropolitana de Salvador, fibras vegetais ou sintéticas, aditivos plastificantes, modificadores reológicos e aceleradores de pega. As formulações (traços) serão elaboradas empregando os softwares Design-Expert® e MINITAB 17 ®, utilizando o procedimento estatístico denominado de projeto de vértices extremos. As características dos concretos porosos tais como: resistência à compressão,

permeabilidade e porosidade serão determinadas experimentalmente e

correlacionadas com as frações dos ingredientes na mistura utilizando modelos estatísticos. Estes modelos permitirão compreender a relação existente entre a formulação dos concretos porosos e as suas propriedades e servirão de regras de misturas para concretos porosos destinados à construção de pavimentos permeáveis. A permeabilidade dos corpos de prova será determinada em equipamento desenvolvido empregando-se sensores de vazão e pressão e sistema de aquisição de baixo custo.

DESENVOLVIMENTO

A Lei de Darcy, tem por finalidade determinar a condutividade hidráulica de um meio poroso, grandeza relacionada à facilidade com que um fluído escoa através do meio. Seu valor depende da viscosidade do fluído, do índice de vazios, do grau de saturação, do tamanho e da forma das partículas, etc. segundo a qual a velocidade de percolação do fluido é diretamente proporcional ao gradiente hidráulico (Relatório de Permeabilidade – carga constante e variável (UFBA – 2006).

𝑘 =𝑄. µ. 𝐿

𝐴. 𝐻

Equação 1

Em que:

k é o coeficiente de permeabilidade (cm/s), Q é a vazão de água percolada (cm³), µ é o coeficiente de viscosidade da água na temperatura de ensaio, L é a altura do corpo-de-prova (cm), H é a carga hidráulica (cm), e A é a área da seção transversal do corpo de prova (cm²).

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5 O método da ABCP para a determinação da permeabilidade de concretos permeáveis utiliza um permeâmetro de carga variável conforme ilustrado na figura 1, demostrando a carga hidráulica sobre o corpo-de-prova sendo correspondente a altura H, variando à medida que a água percola pelo material. Registra-se o tempo de fluxo total da água pelo material em análise, sendo dessa forma, um teste que emprega a leitura de somente um ponto, diferente do método proposto no presente projeto.

Figura 1 – Desenho esquemático do permeâmetro.

O equipamento descrito na figura 2, proposto neste projeto, possibilitará a leitura da vazão e pressão traçando em tempo real a curva de vazão x pressão, o que permitirá determinar a permeabilidade da amostra de forma mais precisa. Este ensaio será realizado após 28 dias de cura do corpo de prova, o exemplar cilíndrico é preparado de forma a evitar perda de água pelas suas laterais, uma vez que para a determinação do coeficiente de permeabilidade com acurácia, todo o volume de água deverá permear somente entre as faces superior e inferior do corpo-de-prova (BATEZINI, 2003). Após os ensaios, o levantamento dos dados segue para a próxima etapa dos cálculos, com base na lei de Darcy.

Na primeira etapa da pesquisa, nós selecionamos e caracterizamos os materiais que foram utilizados para identificarmos a permeabilidade. Na sequência, foi desenvolvido o circuito descrito na figura 1 tendo um sistema com um filtro de acrílico constituído de dois sensores de pressão, dois sensores de vazão ao longo do circuito e uma placa

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6 de aquisição de dados Arduíno. Este conjunto é essencial para identificarmos a permeabilidade no concreto poroso, uma vez que não é possível a leitura de forma visual.

RESULTADOS PRELIMINARES

Foram desenvolvidas algumas etapas fundamentais para o prosseguimento da pesquisa. O circuito mostrado na figura 2, bem como os sensores de vazão e pressão escolhidos, cujos sinais foram aquisitados através de sistema Arduíno, possibilitaram a avaliação preliminar da permeabilidade de rochas britadas. A próxima etapa será a avaliação da permeabilidade de sistemas de esferas de vidro em granulometrias projetadas. Na sequência, serão moldados corpos de prova de concretos permeáveis, justamente, para relacionarmos a permeabilidade com os parâmetros de dosagem. Espera-se como resultados da pesquisa: a) um método sofisticado de dosagem do concreto poroso que otimiza a permeabilidade e a resistência mecânica; b) contribuir ao aperfeiçoamento técnico sobre concreto drenante e; c) equipamento para análise rápida e confiável da permeabilidade de amostras de concreto permeável;

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7 FONTES CONSULTADAS

Luís Corrêa de Virgiliis, Afonso. Procedimentos de projetos e execução de

pavimentos permeáveis visando retenção e amortecimento de picos de cheias.

São Paulo, 2009. Disponível em <

file:///C:/Users/Ismael/Downloads/Dissertacao_Afonso_Luis_Correa_de_Virgiliis.pdf> . Acessado em: 14/08/16.

MERIGHI, J. V., FORTES R. M., BANDEIRA, A. Estudo da dosagem do concreto

poroso para pavimentação: características mecânicas e hídricas. Anais do 49°

Congresso Brasileiro do Concreto - CBC2007. IBRACON, 2007.

AGOPYAN V., JOHN, V. M. O Desafio da Sustentabilidade na Construção Civil -

Série Sustentabilidade [Coordenação de José Goldemberg]. São Paulo, 2011.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). Agregados -

Determinação da composição granulométrica. Rio de Janeiro 15/04/2001. Em

vigor.

HOLTZ, F. C. Uso de concreto permeável na drenagem urbana: análise da

viabilidade técnica e do impacto ambiental. 2011. 138 f, Dissertação (Mestrado em

Engenharia) – Escola de Engenharia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul,

Porta Alegre, 2011.

MARCHIONI, M. & SILVA, C. O. Pavimento Intertravado Permeável – Melhores

práticas. São Paulo, Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), 2011. 24p.

BATENZI, RAFAEL. Estudo preliminar de concretos permeáveis como

revestimento de pavimentos para área de veículos leves. São Paulo, 2013.

Relatório de permeabilidade – carga constante e variável. UFBA, 2006. Disponível

em: <http://www.geotecnia.ufba.br/arquivos/ensaios/Aula%20de%20Laboratorio%20-%20Roteiro%20-%20Permeabilidade.pdf> Acesso: 30 Agosto, 2016.

Tetracon, Concreto permeável. Disponível em: <

http://www.tetraconind.com.br/saiba-mais-sobre-como-surgiu-o-concreto-permeavel/>. Acesso: 14 de agosto, 2016.

Referências

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