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Rev. Soc. Bras. Med. Trop. vol.25 número2

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Academic year: 2018

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R e v i s ta d a S o c ie d a d e B r a s ile ir a d e M e d ic in a T r o p ic a l 2 5 ( 2 ) : 1 4 9 , a b r - ju n , 1 9 9 2

CARTA AO EDITOR

“EVOLUÇÃO D A CARDIOPATIA CHAGASICA CRÔNICA

H U M A N A NO SERTÃO DO ESTADO D A PARAÍBA, BRASIL,

NO PERÍODO D E 4 ,5 A N O S” .

Senhor Editor:

E m “ Carta ao E ditor” da R evista da Sociedade Brasileira d e M edicina T ropical 2 4 (4 ):2 5 7 ,o u t- dez, 1991, um em inente cardiologista brasileiro faz críticas ao trabalho “E volução da cardiopatia chagásica crônica hum ana no Sertão do Estado da Paraíba, B rasil, no período de 4 ,5 an os” , de minha co-autoria.

O articulista critica ter sid o incluído na Tabela 4 a taquicardia sinusal com o “evolução progressiva” da cardiopatia chagásica, em com paração de ECGs realizados em 1985 e 1989 e ele próprio ju stifica, antecipando-se, que o s autores obedeceram aos critérios d iagn ósticos form ulados pela N ew York H eart A ssociation e fala que o “b om sen so ” não invalida a sua observação. Tam bém critica o não e n c o n tr o d e e x t r a - s ís t o le s c o m o sin a l d e “n orm alização” d o E C G , constante da T abela6 do m encionado trabalho.

Ora, o em inente cardiologista, oriundo com o n ó s da E scola do R io de Janeiro, sabe m uito bem que um a taquicardia sinusal isolada, principalmente quando m enor que 120 c .p .m ., não pode ser considerada “per s i” com o sinal de progressão de um a cardiopatia. M as, por outro lado, pode representar o prim eiro sinal de um a insuficiência cardíaca. T am bém sabe o em inente m éd ico, que n ó s co m m ais de 3 0 anos d e experiência acadêm ica e de pesquisa em doença de Chagas não iríam os com eter um a ingenuidade desta natureza em um trabalho publicado em R evista do m ais alto padrão. Entretranto, tratando-se de um estudo analítico com parativo, tem os que colocar, dentro da boa m etod ologia cien tífica, os achados ev olu tivos, no caso norm ais e p ossiv elm en te anorm ais, dentro de critérios estritam ente cien tíficos balizados por padrões anteriorm ente u sados, com o o s da N ew Y ork H eart A ssociation . Tam bém sabem os que a ausência de extra-sístoles, em EC G convencional não sig n ifica “norm alização” . Entretanto, com o está descrito na m etod ologia d e um a série de

D e p a r t a m e n t o d e M e d i c i n a T r o p i c a l d a F u n d a ç ã o O s w a l d o C r u z , R i o d e J a n e i r o , R J .

trabalhos n ossos sobre análise evolu tiva da doença d e C h a g a s, u tiliz a m o s c o n c o m ita n te m e n te a observação de escuta cardíaca e do m ovim ento da agulha do E C G , registrando-se posteriorm ente as derivações convencion ais e um D 2 lon go. Tam bém n ão se r ía m o s su fic ie n te m e n te in g ê n u o s para com eterm os eq u ívocos daquela natureza.

O articulista tam bém inform a ao “laborioso grupo de investigadores brasileiros” sobre a existência de um a “Nom enclatura y C ritérios d e D iagn óstico E letrocard iográfico” para cardiopatia ch agásica crônica, elaborada pelo grupo do Program a d e Saúde Hum ana da A rgentina, reconhecendo entretanto, qu e e s s e s c r ité r io s “n ão sã o su fic ie n te m e n te difundidos entre n ó s” , sobre os quais sabem os que ele é um dos autores e por isso m esm o a nom eclatura m erece o m aior respeito. A gradecem os tam bém a inform ação sobre a futura publicação das norm as pela O rganização M undial da Saúde, entretanto, com o o n osso estudo inicial foi realizado em 1985 não poderíam os utilizar o desconhecido nem com pará- lo depois com outros critérios, dentro do que sabem os de m etodologia científica.

E m conclusão, Sr. Editor, creio que o articulista não tenha razão em suas críticas ao trabalho e tam bém ao C onselho E ditorial que o aprovou para publicação. Creio que o articulista deveria ter usado o espaço da R evista (que é m uito caro), utilizad o nas

“críticas” , para divulgar a n ova “N om enclatura y Critérios de D iagn óstico E letrocardiográfico” , que seria m uito m ais p roveitoso.

F inalm ente, Sr. E ditor, recom en d o, que o articulista seja convidado para o C onselho Editorial da R evista da Sociedade B rasileira d e M edicina Tropical, em face do seu elevad o interesse p elo s artigos publicados n essa R evista e do seu profundo conhecim ento sobre eles, m elhorando a qualid ade da R evista e evitando-se assim críticas “a p osteriori” , m enos construtivas.

A tenciosam ente,

José R odrigues Coura

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