LISTA DE EXERC´ICIOS 1 EDO II - MAP 0316
PROF: PEDRO T. P. LOPES WWW.IME.USP.BR/∼PPLOPES/EDO2
Os exerc´ıcios a seguir foram selecionados dos livros dos autores Claus Doering-Artur Lopes e Jorge Sotomayor. (S.X.Y) indica exerc´ıcio Y do cap´ıtulo X do livro do Sotomayor. (D.L.X.Y) indica exerc´ıcio Y do cap´ıtulo X do livro dos autores Claus Doering e Artur Lopes.
Exerc´ıcio 1 (S.1.1) Seja g(t) = 2
t2−1, |t| 6= 1.
a) Mostre que toda solu¸c˜ao de x0(t) = g(t) ´e da forma ϕ(t) = c + ln t − 1 t + 1 , onde c ∈ R.
b) Fa¸ca um esbo¸co destas solu¸c˜oes em Ω = {t ∈ R; |t| 6= 1} × R. (Sugest˜ao: Note que g(t) = t−11 − 1
t+1).
Exerc´ıcio 2 (S.1.2)
Seja f (x) = x22−1. Mostre que toda solu¸c˜ao de x0= f (x) diferente das solu¸c˜oes ϕ+≡ 1 e ϕ−≡ −1 ´e da forma:
ϕ(t) = 1 + ce
t
1 − cet, c 6= 0.
Qual ´e o intervalo m´aximo Ic de defini¸c˜ao destas solu¸c˜oes? Fa¸ca um esbo¸co geom´etrico das solu¸c˜oes em Ω = R2
e compare com o exerc´ıcio anterior.
Exerc´ıcio 3 (S.1.5) Seja f : R → R.
a) As equa¸c˜oes da forma
x0 = fx t
, t 6= 0
s˜ao chamadas homogˆeneas. Prove que a mudan¸ca de vari´aveis x = yt transforma equa¸c˜oes homogˆeneas em equa¸c˜oes com vari´aveis separ´aveis.
b) Resolva a equa¸c˜ao
x0 =x + t
t , x(1) = 0. Exerc´ıcio 4 (S.1.6)
Encontre os valores de α e β para os quais
x0 = αtα+ βxβ
se transforma numa equa¸c˜ao homogˆenea por meio de uma mudan¸ca de vari´aveis da forma x = ym.
Exerc´ıcio 5 (S.1.8)
Mostre que a mudan¸ca de vari´aveis x1−n= y transforma a equa¸c˜ao de Bernoulli
dx
dt = a(t)x + c(t)x
n
numa equa¸c˜ao linear.
Exerc´ıcio 6 (S.1.9) A equa¸c˜ao do tipo
x0(t) = r(t)x2+ a(t)x + b(t) (∗)
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chama-se equa¸c˜ao de Riccati. Suponha que os coeficientes da equa¸c˜ao (∗) s˜ao fun¸c˜oes cont´ınuas de t. Mostre que se ϕ1´e uma solu¸c˜ao da equa¸c˜ao (∗), ent˜ao ϕ = ϕ1+ ϕ2´e solu¸c˜ao da equa¸c˜ao (∗) se, e somente se, ϕ2´e uma solu¸c˜ao
da equa¸c˜ao de Bernoulli (veja exerc´ıcio anterior)
y0= (a(t) + 2r(t)ϕ1(t)) y + r(t)y2.
Ache as solu¸c˜oes de
x0 =x t + t
3x2− t5
sabendo que esta equa¸c˜ao admite ϕ1(t) = t como solu¸c˜ao.
Exerc´ıcio 7 (S.1.11)
Em cada um dos seguintes exemplos, encontre ou demonstre que n˜ao existe uma constante de Lipschitz nos dom´ınios indicados: a) f (t, x) = t |x|, |t| ≤ a, x ∈ Rn. b) f (t, x) = x13, |x| ≤ 1. c) f (t, x) = x1, 1 ≤ x ≤ ∞. d) f (t, x) = x2 1x2, t + x3, x23, |x| ≤ b, |t| ≤ a. Exerc´ıcio 8 (S.1.12)
Seja f : R2→ R definida por f(x, y) =p|y|. Considere a equa¸c˜ao diferencial dy
dt = f (x, y) com a condi¸c˜ao inicial
y(0) = 0.
(i) Dˆe uma solu¸c˜ao desta equa¸c˜ao. (ii) Ela ´e ´unica?
(iii) Caso a resposta de (ii) seja negativa, contradiz o Teorema de Picard? Justifique. Sugest˜ao: Use o m´etodo de vari´aveis separ´aveis para encontrar a seguinte solu¸c˜ao:
y(t) := ( x2 4, x ≥ 0 −x2 4, x ≤ 0 . Exerc´ıcio 9 (S.1.14) Seja f : R × Rn→ Rn de classe C1
e suponhamos que ϕ : R → Rn ´e a solu¸c˜ao de
x0= f (t, x), x(t0) = x0. (∗)
´
E poss´ıvel que exista t16= t0tal que ϕ(t0) = ϕ(t1), por´em ϕ0(t0) e ϕ0(t1) s˜ao linearmente independentes?
Sugest˜ao: Note que dtd (tsen(t)) = tcos(t) + sen(t) e dtd t2sen(t) = t2
cos(t) + 2tsen(t). Seja ϕ : R → R2 a
solu¸c˜ao de (∗) com f : R × R2→ R2 dada por
f (t, (x, y)) = tcos(t) + sen(t), t2cos(t) + 2tsen(t) e condi¸c˜oes iniciais (x(0), y(0)) = (0, 0). Calcule ent˜ao ϕ(π), ϕ(2π), ϕ0(π) e ϕ0(2π).
Exerc´ıcio 10 (S.1.15)
Seja f : R × Rn → Rn cont´ınua e Lipschitziana com respeito a segunda vari´avel (Existe K > 0 tal que
kf (t, x) − f (t, y)k ≤ K kx − yk, para todo (t, x) e (t, y) ∈ R × Rn). Prove que dado (t
0, x0) ∈ R × Rn existe
uma ´unica solu¸c˜ao de
x0(t) = f (t, x), x(t0) = x0,
definida em todo R.
Exerc´ıcio 11 (S.1.16) Seja f : Rn→ Rn de classe C1
e suponhamos que ϕ : R → Rn ´e solu¸c˜ao de x0= f (x), x(t0) = x0.
a) ´E poss´ıvel que exista t16= t0 tal que ϕ(t0) = ϕ(t1), mas ϕ0(t0) 6= ϕ0(t1)?
b) Compare (a) com o exerc´ıcio 9.
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Seja f : R × Rn → Rn uma fun¸c˜ao cont´ınua tal que f (t, x) = f (t + 1, x) e f |
[0,1]×Rn ´e Lipschitziana. Prove que
toda solu¸c˜ao ϕ(t, t0, x0) (da equa¸c˜ao x0(t) = f (t, x(t)), x(t0) = x0) est´a definida para todo t ∈ R e ϕ(t, t0, x0) =
ϕ(t + 1, t0+ 1, x0).
Exerc´ıcio 13 (S.1.29) Seja H : Rn
→ Rnde classe C1
. Seja f : R×Rn
→ Rncont´ınua e Lipschitziana tal que f (t, H(x)) = DH(x).f (t, x)
para todo (t, x) ∈ R × Rn. Se f ´e Lipschtziana e ϕ(t, t
0, x0) denota a solu¸c˜ao de x0= f (t, x) que passa por (t0, x0),
prove que
ϕ(t, t0, H(x0)) = H (ϕ(t, t0, x0)) .
Exerc´ıcio 14 (S.1.30)
Se X = (X1, X2, ..., Xn) ´e um campo vetorial de classe C1em Rne V ´e uma fun¸c˜ao real diferenci´avel em Rn tal
quePn
i=1 ∂V
∂xi(x)Xi(x) ≤ 0 e V (x) ≥ |x|
2
para todo x ∈ Rn, prove que toda solu¸c˜ao de x0= X(x), x(0) = x 0, est´a
definida para todo t > 0.
Exerc´ıcio 15 (D.L.4.1)
Sejam f : E → Rnum campo cont´ınuo, em que E ⊂ Rn´e um aberto, I ⊂ R um intervalo com t0∈ I e x : I → Rn
um caminho cont´ınuo e deriv´avel tal que x(t) ∈ E para todo t ∈ I. Mostre que x ´e solu¸c˜ao de x0 = f (x), com x(t0) = x0, se, e somente se, para qualquer t ∈ I vale
x(t) = x0+
ˆ t
t0
f (x(s))ds.
Exerc´ıcio 16 (D.L.4.2)
Seja f : E → Rn um campo de classe C1
, em que E ⊂ Rn ´e um aberto. Dado y ∈ E, denotamos por I(y) o
intervalo m´aximo da solu¸c˜ao da EDO
x0= f (x) x(0) = y .
Mostre que se s, t ∈ R e x ∈ R s˜ao tais que s, s + t ∈ I(x), ent˜ao t ∈ I (φ(s, x)).
Exerc´ıcio 17 (D.L.4.3)
Sejam f : E → Rn um campo de classe C1, em que E ⊂ Rn ´e um aberto. Seja x uma solu¸c˜ao definida em toda reta e tal que limt→∞x(t) = z0, em que z0∈ E. Mostre que f (z0) = 0.
Exerc´ıcio 18 (D.L.4.5)
Seja f : R → R um campo de classe C1com uma solu¸c˜ao m´axima n˜ao constante x : I → R de x0= f (x) tal que a imagem x(I) ´e limitada. Mostre que:
a) I = R
b) x ´e estritamente mon´otona.
c) x(I) ´e um intervalo aberto limitado ]a, b[. d) f (a) = f (b) = 0.
Exerc´ıcio 19 (D.L. 4.7)
Seja x : I → Rn uma solu¸c˜ao m´axima n˜ao constante de x0= f (x). Mostre que se x n˜ao for injetora, ent˜ao:
1) O intervalo m´aximo da solu¸c˜ao ´e R.
2) Existe uma constante T > 0 tal que x(t + T ) = x(t) para todo t ∈ R. Uma solu¸c˜ao com as propriedades acima ´e chamada de peri´odica.
Exerc´ıcio 20 (D.L. 4.9) Seja f : Rn
→ Rn
um campo tal que hx, f (x)i = 0, para todo x ∈ R. Mostre que toda solu¸c˜ao m´axima x : I → Rn
de x0 = f (x) est´a definida para todo t ∈ R. Ou seja, mostre que o intervalo m´aximo de toda solu¸c˜ao m´axima ´e igual a R.