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Estudo da visão computacional aplicado à urinálise

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Academic year: 2021

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C ˆ

AMPUS CORN ´

ELIO PROC ´

OPIO

DIRETORIA DE GRADUAC

¸ ˜

AO E EDUCAC

¸ ˜

AO PROFISSIONAL

DEPARTAMENTO DE COMPUTAC

¸ ˜

AO

CURSO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE COMPUTAC

¸ ˜

AO

RENATA CARINA SOARES

ESTUDO DA VIS ˜

AO COMPUTACIONAL APLICADO `

A URIN ´

ALISE

TRABALHO DE CONCLUS ˜

AO DE CURSO

CORN ´ELIO PROC ´OPIO 2016

(2)

ESTUDO DA VIS ˜

AO COMPUTACIONAL APLICADO `

A URIN ´

ALISE

Trabalho de conclus˜ao de curso apresentado ao curso de Engenharia de Computac¸˜ao do Departamento de Computac¸˜ao da Universidade Tecnol´ogica Federal do Paran´a como requisito para obtenc¸˜ao do t´ıtulo de Bacharel em Engenharia de Computac¸˜ao.

Orientador: Prof. Dr. Pedro Henrique Bugatti

CORN ´ELIO PROC ´OPIO 2016

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Cˆampus Corn´elio Proc´opio

Diretoria de Graduac¸˜ao e Educac¸˜ao Profissional Programa de Graduac¸˜ao em Engenharia de Computac¸˜ao

Curso Superior de Engenharia de Computac¸˜ao

TERMO DE APROVAC¸ ˜AO

ESTUDO DA VIS ˜AO COMPUTACIONAL APLICADO `A URIN ´ALISE por

Renata Carina Soares

Este Trabalho de conclus˜ao de curso foi julgado adequado para obtenc¸˜ao do T´ıtulo de “Engenheiro em Curso Superior de Engenharia de Computac¸˜ao” e aprovado em sua forma final pelo Programa de Graduac¸˜ao em Engenharia de Computac¸˜ao da Universidade Tecnol´ogica Federal do Paran´a.

Corn´elio Proc´opio, 10/06/2016

Prof. Dr. Pedro Henrique Bugatti Universidade Tecnol´ogica Federal do Paran´a

Profa. Dra. Priscila Tiemi Maeda Saito Universidade Tecnol´ogica Federal do Paran´a

Prof. Dr. Claiton De Oliveira

Universidade Tecnol´ogica Federal do Paran´a

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Agradec¸o, primeiramente, a Deus que em v´arios momentos me deu forc¸as para acredi-tar que tudo daria certo, iluminado o meu caminho, os meus estudos.

Aos meus pais Osvaldo Sebasti˜ao Soares e Rosinha Leni de Jesuz Soares agradec¸o por todo apoio, dedicac¸˜ao e esforc¸o em todos os dias da minha vida e, tamb´em, no desenvolvimento deste trabalho. Sempre estavam presentes quando estava desanimada, me dando forc¸as para continuar. ´E por eles que cheguei at´e aqui, e por eles que irei mais longe. Amo-os, s˜ao os pilares da minha vida. Renan e eu somos os espelhos do que eles s˜ao, esforc¸ados e otimistas.

Agradec¸o ao meu irm˜ao Renan Francisco Soares que sempre me incentivou em tudo. ´

E a pessoa mais inteligente e esforc¸ada, por isso que chegou onde est´a, cursando doutorado na Universidade de Cranfield, na Inglaterra, tenho certeza de uma coisa, ele chegar´a onde desejar! Ao meu namorado Willian Cardoso Horikoshi agradec¸o por todo carinho, companhei-rismo e apoio desde o in´ıcio dos estudos nesta universidade. Engressamos na mesma turma e nos formaremos juntos, essa uni˜ao com certeza ser´a pra sempre.

Agradec¸o `a namorada do meu irm˜ao, Mariana Bomfim, pela amizade e apoio.

Ao meu orientador Prof. Dr. Pedro Henrique Bugatti agradec¸o pelo seu precioso tempo, conhecimento e dedicac¸˜ao direcionados em me guiar no desenvolvimento deste trabalho. Agradec¸o `a todo corpo docente que promoveram o meu desenvolvimento pessoal e profissional.

Aos meus amigos por todos esses anos de companheirismo e que n˜ao ser˜ao esquecidos. Agradec¸o ao laborat´orio de an´alises cl´ınicas Laborclin, localizado em Siqueira Cam-pos/PR, por fornecer gratuitamente as fitas reagentes.

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SOARES, Renata Carina. ESTUDO DA VIS ˜AO COMPUTACIONAL APLICADO `A URIN ´ALISE. 83 f. Trabalho de conclus˜ao de curso – Curso Superior de Engenharia de Computac¸˜ao, Univer-sidade Tecnol´ogica Federal do Paran´a. Corn´elio Proc´opio, 2016.

Existem m´aquinas para an´alise qu´ımica da urina, com base em uma fita chamada dipstick onde cada cor ´e uma substˆancia qu´ımica que reage com sustˆancias contidas na urina. M´aquinas de-senvolvidas para analisar a composic¸˜ao qu´ımica s˜ao fornecidas para laborat´orios, sendo para fins comerciais. A populac¸˜ao n˜ao possui um mecanismo simples, barato e acess´ıvel para prevenc¸˜ao de patologias e desidratac¸˜ao com base no aspecto f´ısico (colorac¸˜ao), al´em do que, muitos n˜ao possuem nem mesmo o conhecimento da importˆancia da cor que a urina apresenta. Desta forma, o presente trabalho visa fornecer a an´alise da colorac¸˜ao automaticamente, infor-mando qual ´e a cor presente no fluido e informac¸˜oes de poss´ıveis patologias ou desidratac¸˜ao com base nesta caracter´ıstica. Para tanto, no presente projeto, primeiramente, foi constru´ıdo um pequeno est´udio de fotografia com o intuito de obter uma padronizac¸˜ao e qualidades das fotografias da urina, descrevˆe-las e, posteriormente, classific´a-las automaticamente, segundo as diferentes cores que estas podem apresentar, influenciando diretamente na sa´ude do indiv´ıduo. Palavras-chave: Classificac¸˜ao, Classificadores, Descritores, Urina, Cores

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SOARES, Renata Carina. STUDY OF COMPUTER VISION APPLIED URINALYSIS. 83 f. Trabalho de conclus˜ao de curso – Curso Superior de Engenharia de Computac¸˜ao, Universidade Tecnol´ogica Federal do Paran´a. Corn´elio Proc´opio, 2016.

There are machines for chemical analysis of the urine, based on a tape called dipstick where each color is a chemical that reacts with substances contained in urine. developed machinery to analyze the chemical composition are provided for laboratories and for commercial purposes. The population does not have a simple, cheap and affordable mechanism for the prevention of disease and dehydration based on physical appearance (color), and simple, besides, many lack even the knowledge of the importance of color to the urine presents. Thus, Thus, this study aims to provide the color analysis automatically, informing what the color present in the fluid and information of possible diseases or dehydration based on this feature. Therefore, in this project, first, a small photo studio in order to get a standardization and quality of the photographs of the urine will be built, describes them and then sorts them automatically, according to the different colors that these They may have, directly influencing the health of the individual.

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FIGURA 1 An´alise f´ısica da urina, contida em um bal˜ao de vidro. . . 15 –

FIGURA 2 Instruc¸˜oes para an´alise da urina. (Courtesy of National Library of Medi-cine) . . . 16 –

FIGURA 3 Tabela usada para an´alise da urina. (Courtesy of National Library of Medicine). . . 16 –

FIGURA 4 Exame de urina com colorac¸˜ao amarelo e ligeiramente turvo. . . 17 –

FIGURA 5 Algumas poss´ıveis colorac¸˜oes que o fluido pode apresentar. . . 18 –

FIGURA 6 Org˜aos do sistema excretor. . . 21 –

FIGURA 7 Regi˜oes relacionadas `a excrec¸˜ao. . . 23 –

FIGURA 8 Urina transparente. . . 24 –

FIGURA 9 Urina cor de palha. . . 25 –

FIGURA 10 Urina com colorac¸˜ao amarelo forte. . . 26 –

FIGURA 11 Urina com espuma branca. . . 26 –

FIGURA 12 Urina com colorac¸˜ao amarelo alaranjado ao laranja. . . 27 –

FIGURA 13 Urina com colorac¸˜ao vermelha. . . 28 –

FIGURA 14 Urina com colorac¸˜ao marrom. . . 29 –

FIGURA 15 Urina com colorac¸˜ao verde ou azul. . . 30 –

FIGURA 16 Etapas de um sistema de processamento de imagens. . . 31 –

FIGURA 17 O espac¸o RGB representado por um cubo. . . 32 –

FIGURA 18 O modelo HSV representado por uma figura hexacˆonica. . . 32 –

FIGURA 19 Vizinhanc¸a de valor 4. . . 33 –

FIGURA 20 Vizinhanc¸a de valor 8. . . 33 –

FIGURA 21 Descritor BIC. . . 35 – FIGURA 22 Descritor LBP. . . 35 – FIGURA 23 Corantes. . . 44 – FIGURA 24 Recipientes. . . 44 –

FIGURA 25 Aparelho utilizado para fotografar. . . 45 –

FIGURA 26 Regi˜ao externa, geral, do est´udio. . . 46 –

FIGURA 27 Regi˜ao externa, detalhada, do est´udio. . . 46 –

FIGURA 28 Base interna, vista frontal. . . 46 –

FIGURA 29 Base interna, vista superior. . . 47 –

FIGURA 30 Conector de energia. . . 47 –

FIGURA 31 Interior do est´udio de fotografia. . . 47 –

FIGURA 32 Est´udio de fotografia. . . 48 –

FIGURA 33 Base com recipiente de (a) pl´astico e (b) regi˜ao complementar. . . 48 –

FIGURA 34 Base com recipiente de (a) vidro e (b) regi˜ao complementar. . . 49 –

FIGURA 35 Imagem obtida com recipiente de (a) pl´astico e (b) com o de vidro. . . 49 –

FIGURA 36 Notebook Dell utilizado na implementac¸˜ao. . . 49 –

FIGURA 37 Os 10 tons diferentes no estudo. . . 50 –

FIGURA 38 Material para an´alise qu´ımica. . . 51 –

FIGURA 39 Fita dipstick para an´alise qu´ımica. . . 51 –

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FIGURA 42 Amostra de colorac¸˜ao amarelo escuro. . . 53 –

FIGURA 43 Variac¸˜oes na amostra a partir de uma. . . 53 –

FIGURA 44 Duas amostras com colorac¸˜ao amarelo escuro. . . 54 –

FIGURA 45 Nova amostra obtida por mistura. . . 54 –

FIGURA 46 Variac¸˜oes na amostra a partir da mistura de duas. . . 54 –

FIGURA 47 25% de urina misturada com 75% de ´agua. . . 55 –

FIGURA 48 Pequena quantidade de corante inserido. . . 55 –

FIGURA 49 50% de urina misturada com 50% de ´agua. . . 55 –

FIGURA 50 Interface da aplicac¸˜ao. . . 56 –

FIGURA 51 Poss´ıveis procedimentos fornecidos pela aplicac¸˜ao. . . 57 –

FIGURA 52 Opc¸˜oes existentes na aba administrador. . . 58 –

FIGURA 53 Opc¸˜oes existentes em ”Criar arquivo...”. . . 59 –

FIGURA 54 Passos a serem seguidos pelo administrador. . . 59 –

FIGURA 55 Opc¸˜oes existentes na opc¸˜ao de “Classificac¸˜ao...”. . . 60 –

FIGURA 56 Possibilidades da opc¸˜ao ”Classificac¸˜ao...”. . . 60 –

FIGURA 57 Leitura das posic¸˜oes que ser˜ao para teste (verde), as demais para treina-mento (azul). . . 62 –

FIGURA 58 Formac¸˜ao dos arquivos do tipo bat. . . 63 –

FIGURA 59 Processo realizado para armazenar os valores da precis˜ao. . . 64 –

FIGURA 60 Possibilidades fornecidas para o usu´ario teste. . . 64 –

FIGURA 61 Possibilidades da opc¸˜ao ” ´Unico classificador...”. . . 65 –

FIGURA 62 Passos a serem seguidos pelo usu´ario real. . . 66 –

FIGURA 63 Trˆes bot˜oes a serem utilizados pelo usu´ario real. . . 66 –

FIGURA 64 Informac¸˜oes `a respeito da urina de colorac¸˜ao amarelo palha. . . 66 –

FIGURA 65 Informac¸˜oes `a respeito da urina de cor vermelho. . . 67 –

(11)

TABELA 1 Reabsorc¸˜ao de substˆancias. . . 23 –

TABELA 2 Excrec¸˜ao de substˆancias. . . 23 –

TABELA 3 Transparente ou quase transparente. . . 25 –

TABELA 4 Tonalidade amarelo forte. . . 27 –

TABELA 5 Tonalidade alaranjado. . . 27 –

TABELA 6 Tonalidade vermelho. . . 28 –

TABELA 7 Tonalidade marrom. . . 29 –

TABELA 8 Tonalidade preto. . . 29 –

TABELA 9 Estrutura de um arquivo arff (WAIKATO, 2012). . . 39 –

TABELA 10 Parˆametros para os classificadores. . . 42 –

TABELA 11 Cor respectiva de cada classe. . . 50 –

TABELA 12 Os 24 classificadores abordados. . . 58 –

TABELA 13 Descritor BIC com vizinhanc¸a 4 e classificador do tipo bayes. . . 69 –

TABELA 14 Descritor BIC com vizinhanc¸a 8 e classificador do tipo bayes. . . 70 –

TABELA 15 Comparac¸˜ao dos resultados do classificador NaiveBayesUpdateable. . . . 70 –

TABELA 16 Descritor BIC com vizinhanc¸a 4 e classificador do tipo functions. . . 71 –

TABELA 17 Descritor BIC com vizinhanc¸a 8 e classificador do tipo functions. . . 71 –

TABELA 18 Comparac¸˜ao dos resultados do classificador RBFNetwork. . . 71 –

TABELA 19 Descritor BIC com vizinhanc¸a 4 e classificador do tipo lazy. . . 72 –

TABELA 20 Descritor BIC com vizinhanc¸a 8 e classificador do tipo lazy. . . 72 –

TABELA 21 Comparac¸˜ao dos resultados do classificador IBk. . . 72 –

TABELA 22 Descritor BIC com vizinhanc¸a 4 e classificador do tipo meta. . . 73 –

TABELA 23 Descritor BIC com vizinhanc¸a 8 e classificador do tipo meta. . . 73 –

TABELA 24 Comparac¸˜ao dos resultados do classificador LogitBoost. . . 74 –

TABELA 25 Descritor BIC com vizinhanc¸a 4 e classificador do tipo rules. . . 74 –

TABELA 26 Descritor BIC com vizinhanc¸a 8 e classificador do tipo rules. . . 75 –

TABELA 27 Comparac¸˜ao dos resultados do classificador PART. . . 75 –

TABELA 28 Descritor BIC com vizinhanc¸a 4 e classificador do tipo trees. . . 76 –

TABELA 29 Descritor BIC com vizinhanc¸a 8 e classificador do tipo trees. . . 76 –

TABELA 30 Comparac¸˜ao dos resultados do classificador NBTree. . . 76 –

TABELA 31 Comparac¸˜ao de resultados relacionados a acur´acia. . . 77 –

(12)

RGB Red, Green, Blue HSV Hue, Saturation, value GCH Global Color Histogram BIC Border/Interior classification LBP Local Binary Pattern

Weka Waikato Environment for Knowledge Analysis ARFF Attribute Relation File Format

RNA Artificial Neural Network SVM Support Vector Machine K-NN K-Nearest Neighbor

NB NaiveBayes

NBM NaiveBayesMultinomial

NBMU NaiveBayesMultinomialUpdateable NBU NaiveBayesUpdateable

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1 INTRODUC¸ ˜AO . . . 14 1.1 MOTIVAC¸ ˜AO . . . 17 1.2 OBJETIVOS . . . 19 1.2.1 Objetivo Geral . . . 19 1.2.2 Objetivos Espec´ıficos . . . 19 1.3 ORGANIZAC¸ ˜AO DO TRABALHO . . . 20 2 FUNDAMENTAC¸ ˜AO TE ´ORICA . . . 21 2.1 SISTEMA EXCRETOR . . . 21 2.1.1 Filtrac¸˜ao . . . 22 2.1.2 Reabsorc¸˜ao . . . 22 2.1.3 Eliminac¸˜ao da urina . . . 23 2.1.4 Cores da urina . . . 24 2.1.4.1 Transparente . . . 24 2.1.4.2 Amarelo palha . . . 25

2.1.4.3 Amarelo Forte/ ˆAmbar/Laranja . . . 25

2.1.4.4 Vermelho/Rosa/Marrom . . . 27 2.1.4.5 Marrom/Preto . . . 29 2.1.4.6 Azul/Verde . . . 29 2.2 PROCESSAMENTO DE IMAGENS . . . 30 2.2.1 Imagem . . . 31 2.2.2 Espac¸o de cor . . . 31 2.2.3 Vizinhanc¸a de um pixel . . . 33 2.3 REPRESENTAC¸ ˜AO E DESCRIC¸ ˜AO . . . 33 2.3.1 Descritores de cor . . . 34 2.3.1.1 Histograma . . . 34

2.3.1.2 Border/Interior classification (BIC) . . . 34

2.3.2 Descritores de textura . . . 35

2.3.2.1 Local Binary Pattern (LBP) . . . 35

2.4 MINERAC¸ ˜AO DE DADOS . . . 36

2.4.1 Nomenclatura b´asica . . . 37

2.4.2 Waikato Environment for Knowledge Analysis - Weka . . . 38

2.4.2.1 Classificac¸˜ao . . . 39

3 MATERIAIS . . . 43

3.1 ETAPA 1 - CORANTES . . . 43

3.2 ETAPA 2 - RECIPIENTES . . . 44

3.3 ETAPA 3 - APARELHO PARA FOTOGRAFAR . . . 44

3.4 ETAPA 4 - EST ´UDIO DE FOTOGRAFIA . . . 45

3.5 ETAPA 5 - EQUIPAMENTO PARA IMPLEMENTAC¸ ˜AO . . . 49

3.6 BASE DE IMAGENS . . . 49

3.7 MATERIAIS PARA TRABALHOS FUTUROS . . . 50

(14)

4.2.1 Obtenc¸˜ao das amostras transparentes e de colorac¸˜ao amarelo palha e escuro . . . 53

4.2.2 Obtenc¸˜ao das amostras de colorac¸˜ao azul, marrom, rosa e verde . . . 54

4.2.3 Obtenc¸˜ao das amostras de colorac¸˜ao laranja, vermelho e preto . . . 55

4.3 IMPLEMENTAC¸ ˜AO . . . 55

4.3.1 Administrador ou usu´ario teste . . . 58

4.3.1.1 Administrador . . . 58

4.3.1.2 Usu´ario teste . . . 59

4.3.2 Usu´ario real . . . 65

4.3.3 Regi˜ao da imagem a ser considerada pelo Descritor BIC . . . 67

5 EXPERIMENTOS E RESULTADOS . . . 68

5.1 EXPERIMENTO 1 - CLASSIFICADORES TIPO BAYES . . . 69

5.2 EXPERIMENTO 2 - CLASSIFICADORES TIPO FUNCTIONS . . . 70

5.3 EXPERIMENTO 3 - CLASSIFICADORES TIPO LAZY . . . 71

5.4 EXPERIMENTO 4 - CLASSIFICADORES TIPO META . . . 73

5.5 EXPERIMENTO 5 - CLASSIFICADORES TIPO RULES . . . 74

5.6 EXPERIMENTO 6 - CLASSIFICADORES TIPO TREES . . . 75

5.7 COMPARAC¸ ˜AO DE INFORMAC¸ ˜OES OBTIDAS DOS EXPERIMENTOS . . . 76

6 CONSIDERAC¸ ˜OES FINAIS . . . 79

6.1 RESULTADOS ALCANC¸ ADOS . . . 79

6.2 TRABALHOS FUTUROS . . . 81

(15)

1 INTRODUC¸ ˜AO

Estudos envolvendo imagens e n˜ao metadados no processo de classificac¸˜ao, fazem com que pesquisadores busquem, constantemente, apresentar novas t´ecnicas e aplicac¸˜oes para diversas ´areas, como medicina, seguranc¸a, automac¸˜ao, etc. No processo de classificac¸˜ao de ima-gens envolve-se m´aquinas, o que torna o processo altamente importante, pois a precis˜ao obtida por ela torna-se mais relevante quando comparada a um ser humano em determinados casos. Quando o assunto ´e sa´ude, a sociedade espera novas tecnologias que auxiliem os profissionais ou at´e mesmo as pessoas consideradas leigas no assunto a ser considerado.

A ´area da sa´ude como citada, ´e extremamente importante pois envolve o bem-estar dos indiv´ıduos, o qual influencia seu modo de vida, trabalho, criatividade, etc. A sa´ude que um organismo possui pode ser expressa no pr´oprio corpo e ser visualizada. Por exemplo, assim como as olheiras apresentam como poss´ıvel causa a insˆonia, a pele demonstra les˜oes que podem ser devido a desidratac¸˜ao, entre outras doenc¸as. Determinados sinais corporais derivados de uma patologia n˜ao s˜ao visualizados com atenc¸˜ao pela sociedade, fato que ocorre com a urina, na qual alguns poss´ıveis problemas de sa´ude podem ser detectados.

O estudo da urina ´e realizado h´a muitos anos, pois encontra-se desenhos relacionados a este estudo em hier´oglifos eg´ıpcios e em desenhos dos homens das cavernas. Atualmente, a an´alise desse fluido ´e realizado em laborat´orio. Tem-se na Figura 1 a imagem referente aos primeiros m´edicos realizando a an´alise da urina, a qual estava contida em um recipiente em forma de bexiga (STRASINGER; LORENZO, 2014).

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Figura 1: An´alise f´ısica da urina, contida em um bal˜ao de vidro. Fonte: (STRASINGER; LORENZO, 2014)

Nessa ´epoca, o que n˜ao difere muito de hoje em dia, o profissional n˜ao conhecia o paciente, somente a urina o que ´e de mais interesse. As tecnologias e as novas metodologias sofisticadas utilizadas atualmente n˜ao eram encontradas naquela ´epoca, os m´edicos n˜ao tinham acesso, mas eram capazes de diagnosticar um paciente somente com a observac¸˜ao da cor, tur-bidez, odor, volume, viscosidade e, ainda, o n´ıvel de doc¸ura, que era realizado baseando-se na atrac¸˜ao de formigas.

Como pode-se observar antigamente era realizada uma an´alise f´ısica da urina, en-quanto que, agora, al´em dessa ´e necess´aria a an´alise qu´ımica e microsc´opica de sedimentos do fluido. Nomes conhecidos na hist´oria da medicina est˜ao associados ao estudo da urina como Hip´ocrates, o qual escreveu o livro “Uroscopia”. Durante a Idade M´edia, os m´edicos concentra-ram seus esforc¸os para desenvolver a arte da uroscopia, recebendo instruc¸˜oes sobre a an´alise do fluido como parte de seu treinamento, como mostra na Figura 2 (STRASINGER; LORENZO, 2014).

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Figura 2: Instruc¸˜oes para an´alise da urina. (Courtesy of National Library of Medicine) Fonte: (STRASINGER; LORENZO, 2014)

Em 1140 d.C, a tabela de cores foi criada para descrever o significado de 20 cores distintas, como pode ser visto na Figura 3.

Figura 3: Tabela usada para an´alise da urina. (Courtesy of National Library of Medicine). Fonte: (STRASINGER; LORENZO, 2014)

O estudo foi se aprimorando com o passar dos anos. Testes qu´ımicos progrediram, com o chamado “teste da formiga” e com o “teste de sabor” relacionado a glicose, para a descoberta da albuminuria pela ebulic¸˜ao da urina, em 1694, por Frederik Dekkers. Contudo, a credibilidade da urin´alise ficou comprometida quando pessoas chamadas de “Profetas do Xixi” sem credencias m´edicos, comec¸ou a oferecer previs˜oes para a sociedade cobrando uma taxa (STRASINGER; LORENZO, 2014).

(18)

Esses indiv´ıduos, em 1627, se tornaram tema de um livro publicado por Thomas Bryant. As revelac¸˜oes encontradas neste livro contribui para a formulac¸˜ao de leis de concess˜ao de licenc¸as m´edicas na Inglaterra, o qual se tornou outra contribuic¸˜ao para a urin´alise. Os avanc¸os n˜ao cessaram, no s´eculo XVII houve a invenc¸˜ao do microsc´opio por Thomas Addis. H´a duas caracter´ısticas importantes que n˜ao fizeram o exame de urina desaparecer:

1. A amostra da urina ´e facilmente coletada e rapidamente avaliada.

2. Obter informac¸˜oes, contidas na urina, sobre as principais func¸˜oes metab´olicas do corpo por um custo baixo. A informac¸˜oes referente a cor se manteve, mesmo com a evoluc¸˜ao da tecnologia (STRASINGER; LORENZO, 2014), como pode-se na Figura 4.

Figura 4: Exame de urina com colorac¸˜ao amarelo e ligeiramente turvo. Fonte: Laborat´orio Santa Paula, em Siqueira Campos/PR.

As duas caracter´ısticas est˜ao relacionadas as tendˆencias atuais que est˜ao direcionadas a medicina preventiva e reduc¸˜ao de custos m´edicos. O Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI) define que a urin´alise ´e um teste de urina r´apido, confi´avel, preciso, seguro, e de forma rent´avel e aux´ılio em diagn´osticos de doenc¸as (STRASINGER; LORENZO, 2014).

1.1 MOTIVAC¸ ˜AO

Percebe-se a importˆancia desse fluido, o qual passa despercebido pelas pessoas, mas que deveria ser analisado pelo pr´oprio indiv´ıduo em seu lar, como prevenc¸˜ao. A urina apresenta sinais significativos, os quais podem ser abordados e apresentados a populac¸˜ao para que esta se

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conscientize da importˆancia que uma “simples urina” possui. Na Figura 5 algumas cores que a urina pode apresentar.

Figura 5: Algumas poss´ıveis colorac¸˜oes que o fluido pode apresentar.

Fonte: http://www.fatosdesconhecidos.com.br/wp-content/uploads/2014/10/destaque94.jpg

A ´area da sa´ude, ´e extremamente importante pois envolve o bem-estar dos indiv´ıduos, o qual influencia seu modo de vida, trabalho, criatividade, etc. Como em qualquer tipo de profiss˜ao h´a profissionais que n˜ao possuem o conhecimento adequado, mesmo que tenha um diploma, ou que contenha o conhecimento, mas sem experiˆencia a utilizac¸˜ao de uma m´aquina de reconhecimento de doenc¸as, por meio de imagens, fornece ao profissional competente ratificac¸˜ao do resultado previsto por ele e, ainda, para aqueles com deficiˆencia em conhecimento diminuic¸˜ao de diagn´osticos incorretos.

A sa´ude que um organismo possui pode ser expressa no pr´oprio corpo e ser visuali-zada, por exemplo, assim como as olheiras apresentam como poss´ıvel causa a insˆonia, a pele demonstra les˜oes que pode ser devido a desidratac¸˜ao, entre outras doenc¸as. Determinados si-nais corporais derivados de uma patologia n˜ao s˜ao visualizados com atenc¸˜ao pela sociedade, fato que ocorre com a urina, na qual alguns poss´ıveis problemas de sa´ude podem ser detecta-dos. Alguns graves ou nem tanto, que pela simples visualizac¸˜ao di´aria pode-se ter um potencial diagn´ostico e, assim, com a ocorrˆencia de alguma anormalidade consultar um profissional da urologia o mais r´apido poss´ıvel para a realizac¸˜ao da an´alise qu´ımica.

No caso da an´alise da urina, o qual ´e um m´etodo barato, com a vantagem de poder identificar n˜ao somente problemas renais, mas tamb´em problemas relacionadas `a diabetes e as hepatopatias (KIEL; MOSKOWITZ, 1987), alguns laborat´orios possuem m´aquinas autom´aticas para determinac¸˜ao de diagn´osticos. Entretanto, a populac¸˜ao poderia realizar exame preventivos baseados na colorac¸˜ao da urina, e assim, caso houver algum anormalidade consultar um profis-sional de urologia. Assim, softwares auxilam neste processo.

A populac¸˜ao n˜ao possui um mecanismo simples, barato e acess´ıvel para prevenc¸˜ao, al´em do que, muitos n˜ao possuem nem mesmo o conhecimento da importˆancia da colorac¸˜ao que a urina apresenta. A maioria da populac¸˜ao de baixa renda e/ou escolaridade prejudicada

(20)

por algum fator n˜ao possui acesso `a internet, ou seja, `as informac¸˜oes importantes, assim como, aos estudos da colorac¸˜ao da urina, como mostra o Gr´afico 1.

Gr´afico 1. Porcentagem de pessoas que utilizaram a internet nos ´ultimos trˆes meses - 2013. Fonte:

http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/acessoainternet2013/default ods 2013.shtm

Considerando a importˆancia de prevenc¸˜ao, ser´a tomado para estudos a colorac¸˜ao da urina. Desta forma, este trabalho visa o estudo e implementac¸˜ao de uma aplicac¸˜ao para desktop que tem por objetivo fornecer as informac¸˜oes necess´arias baseando se na colorac¸˜ao da urina de um determinado indiv´ıduo. Esta caracter´ıstica f´ısica impercept´ıvel a maioria das pessoas, assim como, seus significados. Al´em disso, tais conhecimentos relacionados a ´area computacional ser˜ao utilizados em trabalhos futuros.

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 OBJETIVO GERAL

Desenvolver uma aplicac¸˜ao desktop para an´alise da colorac¸˜ao da urina por meio de t´ecnicas de vis˜ao computacional.

1.2.2 OBJETIVOS ESPEC´IFICOS

Os objetivos espec´ıficos do trabalho s˜ao:

• Estudar o fluido corp´oreo (urina), focando nas colorac¸˜oes poss´ıveis que esta pode apre-sentar;

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• Estudo e an´alise do processo de obtenc¸˜ao e de descric¸˜ao de imagens e dos m´etodos de classificac¸˜ao em relac¸˜ao ao processo de urin´alise;

• Por meio dos dois anteriores desenvolver um software para desktop eficaz e eficiente para aplicac¸˜oes futuras.

1.3 ORGANIZAC¸ ˜AO DO TRABALHO

O presente trabalho apresenta a seguinte organizac¸˜ao:

• No presente Cap´ıtulo foram apresentadas as considerac¸˜oes iniciais, a motivac¸˜ao para o desenvolvimento do trabalho, assim como os objetivos para o seu desenvolvimento; • No Cap´ıtulo 2 s˜ao apresentados conceitos referentes ao processamento de imagens, bem

como t´ecnicas de extrac¸˜ao de caracter´ısticas e m´etodos de classificac¸˜ao relevantes para o contexto em quest˜ao;

• No cap´ıtulo 3 s˜ao apresentados os materiais utilizados para o desenvolvimento do traba-lho;

• No Cap´ıtulo 4 ´e apresentada a metodologia proposta para o desenvolvimento do traba-lho, bem como as t´ecnicas utilizadas durante esse processo e tamb´em os experimentos realizados com os classificadores e os resultados destes experimentos;

(22)

2 FUNDAMENTAC¸ ˜AO TE ´ORICA

2.1 SISTEMA EXCRETOR

As informac¸˜oes desta sec¸˜ao e subsec¸˜oes est˜ao baseadas em (STRASINGER; LO-RENZO, 2014), (JUNIOR; SASSON, 2002) e (EXPOENTE, 2010), com excec¸˜ao das referˆencias indicadas no texto.

A func¸˜ao desse sistema est´a relacionada a eliminac¸˜ao de substˆancias nitrogenadas, as quais podem ser ´acido ´urico, amˆonia e ureia produzidas pelo organismo. Cada substˆancia possui um n´ıvel de toxidade e solubilidade, esta relacionada com a quantidade de ´agua que ´e eliminada para que a substˆancia seja excretada.

Os seres humanos excretam ureia, produzida por meio da desaminac¸˜ao de amino´acidos que acontece, especialmente, no f´ıgado, representando quase metade dos corpos s´olidos en-contrados na urina. O organismo gera tamb´em a amˆonia devido a degradac¸˜ao de compostos orgˆanicos, contudo, ´e transformada em ureia. Essa encontra-se no sangue que passa pelos rins, o qual forma a urina e, assim, a elimina. O sistema urin´ario ´e composto por dois rins, dois ureteres, bexiga urin´aria, esf´ıncter e uretra, como mostra a Figura 6.

Figura 6: Org˜aos do sistema excretor. Fonte: (JUNIOR; SASSON, 2002)

(23)

regi˜ao abdominal, nas costas do indiv´ıduo. Esses ´org˜aos n˜ao s˜ao respons´aveis somente pela filtrac¸˜ao e posteriormente excrec¸˜ao, mas tamb´em pela osmorregulac¸˜ao que se refere ao controle da eliminac¸˜ao da ´agua e sais presentes na urina mantendo a tonicidade do sangue adequada `as necessidades das c´elulas do organismo (EXPOENTE, 2010).

2.1.1 FILTRAC¸ ˜AO

Na c´apsula renal ocorre a filtrac¸˜ao do sangue, o qual ´e trazido pela art´eria aferente esquerda para o rim esquerdo e direita para o rim direito, passa em alt´ıssima velocidade dentro do glom´erulo renal.

As substˆancias presentes no sangue como amino´acidos, ´agua, glicose, ureia e sais minerais e diversas mol´eculas pequenas ultrapassam as finas paredes desse glom´erulo. Essas substˆancias passam por entre as c´elulas da parede da c´apsula renal e e s˜ao lanc¸adas no t´ubulo contorcido proximal, formando a urina inicial (filtrado glomerular). Uma pessoa diariamente tem-se 2.000 litros de sangue passando pelos rins, originando, aproximadamente, 160 litros de urina inicial (STRASINGER; LORENZO, 2014).

2.1.2 REABSORC¸ ˜AO

Ap´os a formac¸˜ao do filtrado glomerular, as substˆancias consideradas ´uteis para o or-ganismo como hormˆonios, glicose, vitaminas e alguns sais minerais, s˜ao lanc¸adas para os ca-pilares, ramificac¸˜oes da art´eria aferente, que envolvem os n´efrons. Dos 2.000 litros de sangue que s˜ao filtrados pelos rins diariamente, aproximadamente, 160 litros s˜ao de filtrado glomerular. Pelo processo de reabsorc¸˜ao, desses 160 litros, aproximadamente, 1,5 litro se refere a urina fi-nal, o que mostra que mais de 92% de ´agua ´e reabsorvida (STRASINGER; LORENZO, 2014). A urina final ´e composta por:

• 95% de ´agua;

• 3% de ureia. Aproximadamente 1 litro de ´agua se perde para eliminar esta porcentagem de ureia. Metade desta encontrada no filtrado glomerular;

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Tabela 1: Reabsorc¸˜ao de substˆancias. Filtragem nos n´efrons

Substˆancia ou ´ıon Reabsorc¸˜ao (%) ´ Agua 99,0 S´odio 99,5 Glicose 100,0 Ureia 50,0 Creatinina 0 2.1.3 ELIMINAC¸ ˜AO DA URINA

Ap´os o processo de filtragem e reabsorc¸˜ao a chamada urina final, composta em cada n´efron, ´e direcionada a um ´unico canal denominado de ureter, como ´e apresentado na Figura 7, o qual deixa os rins em direc¸˜ao `a bexiga urin´aria, onde ´e armazenado a urina final e eliminada periodicamente pela uretra. A bexiga possui possui uma parede el´astica de musculatura lisa (JUNIOR; SASSON, 2002). As substˆancias excretadas s˜ao apresentadas na Tabela 2.

Figura 7: Regi˜oes relacionadas `a excrec¸˜ao. Fonte: (JUNIOR; SASSON, 2002)

Tabela 2: Excrec¸˜ao de substˆancias. Filtragem nos n´efrons Substˆancia ou ´ıon Excrec¸˜ao (%)

´ Agua 1,0 S´odio 0,5 Glicose 0 Ureia 50,0 Creatinina 100,0

Tem-se a chamada olig´uria que ´e uma diminuic¸˜ao na produc¸˜ao de urina quando est´a ocorrendo uma desidratac¸˜ao. Ela pode levar a chamada an´uria que ´e a cessac¸˜ao do fluxo do fluido, o que pode causar s´erios danos aos rins. Os rins produzem trˆes vezes mais urina durante o dia quando comparado a noite. Um aumento na excrec¸˜ao de urina noturna se chama noct´uria. Enquanto, que um aumento na excrec¸˜ao durante o dia chama-se de poli´uria, essa associada na maioria das vezes ao diabetes (JUNIOR; SASSON, 2002).

(25)

2.1.4 CORES DA URINA

As informac¸˜oes desta sec¸˜ao est˜ao baseadas em (STRASINGER; LORENZO, 2014), (RIBEIRO, 2012), (FULLER et al., 2008), (LIOU et al., 2013), (JOVILIANO, 2010), (SINGH et al., 2014) e (KIEL; MOSKOWITZ, 1987).

A an´alise f´ısica da urina considera a cor, turbidez, etc. Essas caracter´ısticas, como antigamente, fornecem informac¸˜oes preliminares de poss´ıveis patologias como hemorragia, doenc¸as hep´aticas, infecc¸˜ao urin´aria e alterac¸˜oes do metabolismo. Os pr´e-diagn´osticos podem ser confirmados com a an´alise qu´ımica e microsc´opica.

A colorac¸˜ao da urina n˜ao muda apenas pela presenc¸a de fatores patogˆenicos no orga-nismo, a ingest˜ao de terminados alimentos, medicac¸˜oes e vitaminas tamb´em poder provocar esta mudanc¸a (EVANS, 1979), como por exemplo, a ingest˜ao de beterraba que tinge a urina de vermelho.

Quando nota-se mudanc¸a na colorac¸˜ao habitual da urina deve-se procurar um m´edico. Que por meio de exames laboratoriais ter´a um diagn´ostico (LIOU et al., 2013).

2.1.4.1 TRANSPARENTE

Transparente ou amarelo muito claro demonstra excesso de l´ıquido, como mostra a Figura 8 e informac¸˜oes da Tabela 3.

Figura 8: Urina transparente.

Fonte: http://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/40270-o-xixi-pode-ter-11-cores-distintas-veja-o-que-isso-significa-infografico-.htm

Como descrito na subsec¸˜ao 2.1.3, um aumento na excrec¸˜ao durante o dia chama-se de poli´uria, essa associada na maioria das vezes ao diabetes. Poli´uria ´e aumento na ingest˜ao de l´ıquidos ´e, na maioria das vezes, um sintoma de alguma doenc¸a. H´a dois tipos de diabetes, em ambas a perda de ´agua ´e compensada por maior ingest˜ao dela.

• Diabetes Mellitus: ´e causada por um problema tanto na produc¸˜ao de insulina no pˆancreas quanto na func¸˜ao dessa, resultando em um aumento da concentrac¸˜ao de glicose. Os rins

(26)

recebem um excesso dessa substˆancia e, assim, necessita de mais ´agua para elimina-la. • Diabetes Insipidus: ´e causada pela diminuic¸˜ao da produc¸˜ao ou da func¸˜ao do hormˆonio

antidiur´etico (ADH). A func¸˜ao desse ´e aumentar a permeabilidade das membranas das c´elulas dos t´ubulos em relac¸˜ao `a ´agua, facilitando sua reabsorc¸˜ao. E uma disfunc¸˜ao´ hormonal da hip´ofise. Pouca ´agua ´e reabsorvida nos t´ubulos renais e, assim, ocorre a eliminac¸˜ao de grande quantidade de urina, podendo ultrapassar 20 litros/dia. Indiv´ıduos com este problema ingerem muita ´agua, sede insaci´avel, para repor a que foi perdida.

Tabela 3: Transparente ou quase transparente.

Aspecto Significado

Hidratac¸˜ao Alta ingest˜ao de l´ıquidos. Reduc¸˜ao. Patologia Poli´uria ou diabetes insipidus.

Diabetes Mellitus.

2.1.4.2 AMARELO PALHA

A colorac¸˜ao amarelo palha, apresentada na Figura 9, informa que o indiv´ıduo est´a saud´avel e bem hidratado.

Figura 9: Urina cor de palha.

Fonte: http://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/40270-o-xixi-pode-ter-11-cores-distintas-veja-o-que-isso-significa-infografico-.htm

2.1.4.3 AMARELO FORTE/ ˆAMBAR/LARANJA

Tons de amarelo s˜ao promovidos pelo pigmento chamado de urocromo. A quantidade desse pigmento que ser´a produzida depender´a do estado metab´olico do corpo, por exemplo, no caso de doenc¸as envolvendo a tire´oide e no estado de jejum, a produc¸˜ao aumenta, tamb´em quando a urina permanece em temperatura ambiente. Quando esta colorac¸˜ao se altera, mas ainda se encontra na tonalidade amarelo, se refere a hidratac¸˜ao e a concentrac¸˜ao na urina. Ou seja, est´a relacionada a concentrac¸˜ao de substˆancias. A colorac¸˜ao amarelo escuro ´e apresentada na Figura 10.

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Figura 10: Urina com colorac¸˜ao amarelo forte.

Fonte: http://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/40270-o-xixi-pode-ter-11-cores-distintas-veja-o-que-isso-significa-infografico-.htm

Esta colorac¸˜ao pode ser causada, tamb´em, pela presenc¸a de pigmentos de bilirrubina, o que ´e anormal, al´em do que junto a este pigmento, h´a chances de que seja encontrado o v´ırus da hepatite, a qual pode ser detectada na an´alise qu´ımica. Se a amostra quando agitada apresentar espuma ´e um ind´ıcio destes pigmentos, enquanto, que uma urina normal quando agitada rapidamente desaparece a pequena quantidade de espuma. Quando h´a presenc¸a de espuma e ´e de cor branca significa concentrac¸˜ao de prote´ına, como mostra a Figura 11.

Figura 11: Urina com espuma branca.

Fonte: http://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/40270-o-xixi-pode-ter-11-cores-distintas-veja-o-que-isso-significa-infografico-.htm

Grandes quantidades de urobilinogˆenio quando sofrem o processo de foto-oxidac¸˜ao, tamb´em, fazem com que a urina apresente colorac¸˜ao amarelo escuro.

A cor amarelo alaranjado, mostrada na Figura 12, ´e causada pela medicac¸˜ao de phe-nazopyridine (marca Pyridium). A amostra quando agitada possui uma espuma amarela o que pode ser confundido com bilirrubina, ou azogantrisin, as quais s˜ao medicamentos para infecc¸˜ao urin´aria. Tais informac¸˜oes s˜ao resumidas nas Tabelas 4 e 5.

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Figura 12: Urina com colorac¸˜ao amarelo alaranjado ao laranja.

Fonte: http://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/40270-o-xixi-pode-ter-11-cores-distintas-veja-o-que-isso-significa-infografico-.htm

Tabela 4: Tonalidade amarelo forte.

Aspecto Significado

Hidratac¸˜ao Aumentar o consumo de l´ıquidos.

Concentrac¸˜ao

Bilirrubina (apresenta espuma amarela). Urobilinogˆenio (processo de oxidac¸˜ao). Prot´einas (apresenta espuma branca). Vitaminas do complexo B.

Medicac¸˜ao Nitrofurantoin (Antibi´otico para infecc¸˜ao urin´aria).

Tabela 5: Tonalidade alaranjado.

Aspecto Significado

Hidratac¸˜ao O organismo n˜ao est´a recebendo l´ıquido o suficiente. Medicac¸˜ao

Phenazopyridine (espuma amarela). Azogantrisin (infecc¸˜ao urin´aria). Fenindiona (anticoagulante). Concentrac¸˜ao Urobilina

Alimentac¸˜ao Corante

Patologia (Laranja) Doenc¸as relacionadas ao ducto hep´atico ou biliar.

2.1.4.4 VERMELHO/ROSA/MARROM

Amostras que apresentam estas colorac¸˜ao est˜ao relacionadas `a presenc¸a de sangue. Colorac¸˜ao ilustrativa apresentada na Figura 13. Na maioria das vezes, o sangue tinge a urina de vermelho, podendo variar do rosado ao negro, dependendo da quantidade de sangue, do pH e a durac¸˜ao do contato.

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Figura 13: Urina com colorac¸˜ao vermelha.

Fonte: http://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/40270-o-xixi-pode-ter-11-cores-distintas-veja-o-que-isso-significa-infografico-.htm

A colorac¸˜ao castanho est´a relacionada aos gl´obulos vermelhos que permaneceram, du-rante horas, em um fluido ´acido. A cor marrom est´a relacionada com a transformac¸˜ao da hemo-globina em metemohemo-globina.

A ocorrˆencia de gl´obulos vermelhos tornam a urina vermelha e turva. Uma an´alise considerando o sangue pode distinguir se ´e hemoglobin´uria (desagregac¸˜ao de hem´acias) ou mioglobin´uria (Repartic¸˜ao de m´usculos esquel´eticos).

Desconsiderando patologias a urina pode apresentar uma colorac¸˜ao avermelhada de-vido `a menstruac¸˜ao ocorrida em mulheres, assim como, pela ingest˜ao de alimentos altamente pigmentados como a beterraba, e medicamentos como rifampicina, fenolftale´ına, fenindiona, e fenotiazinas. Tais informac¸˜oes s˜ao resumidas na Tabela 6.

Tabela 6: Tonalidade vermelho.

Aspecto Significado

Ocorrˆencia

Hemoglobina. Hemoglobin´uria. Mioglobina. Mioglobin´uria. Eritr´ocitos.

Alimentac¸˜ao Beterraba (gen´etico). Contaminac¸˜ao menstrual Co´agulos, muco, etc.

Patologia Doenc¸as renais. Tumores. Infecc¸˜ao urin´aria. Problema de prost´ata. Anemia hemol´ıtica. Medicac¸˜ao

Rifampicina (antibi´otico bactericida). Que cont´em Fenolftale´ına.

Fenindiona (anticoagulante).

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2.1.4.5 MARROM/PRETO

Para amostras que contenham a colorac¸˜ao marrom (Figura 14) para o preto ´e necess´ario a realizac¸˜ao de testes adicionais. O sangue pode conter melanina ou ´acido homogent´ısico.

Figura 14: Urina com colorac¸˜ao marrom.

Fonte: http://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/40270-o-xixi-pode-ter-11-cores-distintas-veja-o-que-isso-significa-infografico-.htm

A melanina ´e um produto de oxidac¸˜ao do pigmento incolor, melanogen, produzido em excesso, quando uma melanoma maligno est´a presente. ´Acido homogent´ısico, um metab´olito da fenilalanina, provoca a cor preta para urina alcalina, isso ´e chamado de alcapton´uria. Tais informac¸˜oes s˜ao resumidas nas Tabelas 7 e 8.

Os medicamentos que produzem a colorac¸˜ao de marrom a preto s˜ao levodopa (anti-parkins´onicos), metildopa (anti-hipertensivo), derivados de fenol, e metronidazol (antibi´otico).

Tabela 7: Tonalidade marrom.

Aspecto Significado

Hidratac¸˜ao Desidratac¸˜ao grave.

Concentrac¸˜ao Acido homogent´ısico.´ Hemoglobina em repouso. Transformac¸˜ao da hemoglobina Metemoglobina.

Patologia

Doenc¸a hep´atica (dist´urbios do f´ıgado). Hepatite viral aguda. Cirrose.

Tabela 8: Tonalidade preto.

Aspecto Significado

Concentrac¸˜ao Melanoma maligno. Melanina ou melanogem.

2.1.4.6 AZUL/VERDE

Infecc¸˜oes bacterianas promovem estas colorac¸˜oes, apresentadas na Figura 15. Assim, como a infecc¸˜ao do trato urin´ario por pseudomonas, infecc¸˜oes do trato intestinal. A ingest˜ao de

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corantes pode causar a cor verde.

Figura 15: Urina com colorac¸˜ao verde ou azul.

Fonte: http://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/40270-o-xixi-pode-ter-11-cores-distintas-veja-o-que-isso-significa-infografico-.htm

O medicamento methocarbamol (relaxante muscular), causa o azul de metileno, e ami-triptilina (anti-depressivo) tamb´em. Medicamentos intravenosos oxidados podem provocar a cor verde.

2.2 PROCESSAMENTO DE IMAGENS

As informac¸˜oes desta sec¸˜ao est˜ao baseadas em (GONZALEZ; E.WOODS, 2002) e (PEREIRA, 2015), com excec¸˜ao das referˆencias indicadas no texto.

Em diversas ´areas a utilizac¸˜ao dos conceitos de processamento de imagens s˜ao, extre-mamente, importantes e transformam a realidade de uma sociedade, como por exemplo, na ´area da seguranc¸a, agricultura e sa´ude, entre outras.

Para ratificar a importˆancia, uma das ´areas mais importantes ´e a da sa´ude. Diversos indiv´ıduos recebem diagn´osticos incorretos diariamente, seja por erro m´edico ou pela falta de comprometimento do profissional da medicina. Problemas de sa´ude afetam o psicol´ogico do paciente, assim, a precis˜ao de um diagn´ostico ´e esperado. Doenc¸as pulmonares, tumores, en-tre outros, podem ser detectados por um sistema que envolve o processamento de imagens e, assim, o m´edico poder´a diagnosticar o problema com alto n´ıvel de precis˜ao. Percebe-se ent˜ao a importˆancia de aplicac¸˜oes contendo processamento de imagens. Este possui algumas etapas descritas a seguir, assim como, apresentadas na Figura 16 .

1. Problema: procedimentos do mundo real que possuem deficiˆencias e que podem ser oti-mizados por meio do sistema de processamento de imagens;

2. Aquisic¸˜ao de imagens: imagens padronizadas s˜ao armazenadas em uma base para, poste-riormente, serem requisitadas;

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4. Segmentac¸˜ao: retirar da imagem aquilo que ´e o foco do problema e, assim, eliminar´a o que n˜ao ´e de interesse da imagem;

5. Representac¸˜ao e descric¸˜ao: por meio de descritores relacionados a forma, textura ou cor, um vetor de caracter´ısticas ser´a formado, o qual descreve a imagem;

6. Reconhecimento: classificadores s˜ao utilizados nesta etapa;

7. Resultado: ap´os todas as etapas pode-se ter uma conclus˜ao para o problema.

Figura 16: Etapas de um sistema de processamento de imagens. Fonte: Autoria pr´opria.

2.2.1 IMAGEM

Uma imagem ´e definida como uma func¸˜ao bidimensional f(x,y), onde x e y s˜ao as coordenadas espaciais no plano. O resultado de f(x, y) representa o n´ıvel de cinza da imagem em um dado ponto. Para se ter uma imagem digital os valores de x, y e da intensidade devem ser valores finitos (discretos). ´E composta por um n´umero finito de elementos, denominados de pixels, cada possuindo um valor e uma localizac¸˜ao (GONZALEZ; E.WOODS, 2002).

2.2.2 ESPAC¸ O DE COR

O espac¸o de cor, geralmente mais utilizado, ´e o RGB (Red, Green e Blue) para repre-sentar cores em dados de 8 bits. Este modelo de cores ´e um espac¸o tridimensional, como mostra a Figura 17, onde os valores de cada eixo representam valores R, G e B normalizados entre 0

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e 1. Qualquer ponto no interior deste espac¸o representa uma cor derivada da combinac¸˜ao das intensidades das trˆes cores prim´arias, as quais s˜ao azul, verde e vermelho.

Figura 17: O espac¸o RGB representado por um cubo. Fonte: (PEREIRA, 2015)

Existe o modelo HSV (Hue, Saturation e valeu). Este considera trˆes parˆametros (PE-REIRA, 2015):

• Tonalidade (H). Se refere a medida do comprimento de onda m´edio da luz que um objeto emite, variando de 0◦a 360◦;

• Saturac¸˜ao (S). Est´a relacionada a “pureza”, variando de 0 a 1; • Valor (V). Define o n´ıvel de brilho, variando de 0 a 1.

A figura 18 apresenta o modelo HSV, onde o eixo da figura hexacˆonica se refere ao valor (V), a distˆancia de um ponto P em qualquer sec¸˜ao transversal consiste no valor da saturac¸˜ao (S) e (H) ´e o ˆangulo formado pela reta que liga o ponto P ao eixo no plano do hexˆagono gerado pela sec¸˜ao transversal.

Figura 18: O modelo HSV representado por uma figura hexacˆonica. Fonte: (PEREIRA, 2015)

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2.2.3 VIZINHANC¸ A DE UM PIXEL

Uma imagem pode ser representada por f(x, y). Utiliza-se p ou q para se referir a um pixel em particular. A vizinhanc¸a pode considerar quatro, oito, ou mais pixels. A relac¸˜ao entre um dado pixel e seus vizinhos chama-se conectividade (PEREIRA, 2015). Considerando um dado pixel p de coordenadas (x,y) tem-se:

• Conectividade 4. Considera-se dois pixels vizinhos na horizontal e dois na vertical, como mostra a Figura 19. Suas coordenadas s˜ao (x+1,y), (x-1,y), (x,y+1), (x,y-1);

• Conectividade 8. Considera-se dois pixels vizinhos na horizontal, dois na vertical e quatro diagonais, como mostra a Figura 20. Suas coordenadas s˜ao (x+1, y+1),(x+1, y-1),(x-1, y+1),(x-1, y-1);

Figura 19: Vizinhanc¸a de valor 4. Fonte: (PEREIRA, 2015)

Figura 20: Vizinhanc¸a de valor 8. Fonte: (PEREIRA, 2015)

2.3 REPRESENTAC¸ ˜AO E DESCRIC¸ ˜AO

Um dos pilares para a classificac¸˜ao de imagens ´e o m´odulo de extrac¸˜ao das carac-ter´ısticas. Isso ocorre pois s˜ao as caracter´ısticas extra´ıdas das imagens que s˜ao levadas em considerac¸˜ao no processo de classificac¸˜ao. O padr˜ao de um dado objeto ´e criado por meio des-tas caracter´ısticas. Existem duas maneiras para a obtenc¸˜ao de tais caracter´ısticas, a partir de

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dados brutos ou transformados. Contudo, quando se trata de imagens, ´e usual extrair carac-ter´ısticas por meio de dados brutos (pixels da imagem) (GUDIVADA; RAGHAVAN, 1995).

Os algoritmos de extrac¸˜ao levam em considerac¸˜ao o conte´udo intr´ınseco das imagens que, normalmente, s˜ao representados por eles como vetores de caracter´ısticas para a medic¸˜ao das dissimilaridades entre duas imagens. Nas subsec¸˜oes a seguir ser˜ao apresentados alguns destes algoritmos baseados em cor, forma e textura.

2.3.1 DESCRITORES DE COR

A caracter´ıstica relacionada a cor ´e representada por um dado descritor em um sistema de cores espec´ıfico, esse sistema de cores pode ser por exemplo o RGB (red, green, blue), HSV (hue, saturation, value), dentre outros.

2.3.1.1 HISTOGRAMA

Consiste em um m´etodo que realiza a contagem de frequˆencia das intensidades de co-res diferentes de uma imagem como, por exemplo, o descritor Global Color Histogram (GCH) (SWAIN; BALLARD, 1991). Para cada intensidade, atribui-se um valor que representa a proba-bilidade da mesma ocorrer na imagem como um todo. Geralmente, ´e realizada a requantizac¸˜ao da imagem para um valor arbitr´ario (e.g. 64 cores) e, assim, calcula-se o histograma.

2.3.1.2 BORDER/INTERIOR CLASSIFICATION (BIC)

O descritor Border/Interior classification (BIC) utiliza o espac¸o de cores RGB unifor-memente quantizado em um n´umero de cores, em geral 26= 64 (STEHLING et al., 2002). Este descritor gera uma representac¸˜ao compacta e consiste em separar os dados da imagem em dois histogramas, um para os pixels de borda e outro para os pixels de interior. Ou seja, o BIC ´e representado por um vetor de caracter´ısticas de 128 posic¸˜oes, o qual ´e obtido pela concatenac¸˜ao de dois vetores de 64 posic¸˜oes, os quais s˜ao inicializados com zero, como pode ser visto na Figura 21.

O BIC pode considerar como valor de vizinhanc¸a o 4 ou 8. Se os vizinhos forem iguais a do pixel central da m´ascara ´e um pixel de interior e, assim, o conte´udo da posic¸˜ao ´e incremen-tada, o mesmo ocorre se for de borda. A posic¸˜ao incrementada ´e obtida pela combinac¸˜ao dois n´umeros mais significativos de cada banda (RGB), os quais s˜ao adicionados logo ap´os 00.

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da an´alise, sem perdas percentuais em termos de eficiˆencia. (STEHLING et al., 2002)

Figura 21: Descritor BIC. Fonte: Autoria pr´opria.

2.3.2 DESCRITORES DE TEXTURA

Esta caracter´ıstica presente nas imagens pode ser definida como sendo “um padr˜ao visual em que h´a um grande n´umero de elementos vis´ıveis arranjados de forma equˆanime com densidades variadas”, no qual um elemento corresponde a “uma regi˜ao de intensidade uniforme de forma simples que se repete dentro de um intervalo” (BUENO, 2001). N˜ao ´e simples defini-la mesmo que seja f´acil para a percepc¸˜ao humana.

2.3.2.1 LOCAL BINARY PATTERN (LBP)

O descritor Local Binary Pattern (LBP) ´e considerado robusto principalmente para detecc¸˜ao de faces (MUSCI et al., 2011). O LBP ´e representado por um vetor de caracter´ısticas de 256 posic¸˜oes, o qual ´e inicializado com zero (OJALA. et al., 1996). Como pode ser visto na Figura 22, este descritor verifica se as intensidades dos pixels vizinhos, podendo ser vizinhanc¸a 4 ou 8, geralmente 8, s˜ao menores em relac¸˜ao ao pixel central da m´ascara. Se for menor coloca-se valor zero, caso contr´ario, coloc´a-coloca-se valor um. A partir do pixel a direita da m´ascara forma-coloca-se um valor em bin´ario o qual ´e transformado para decimal. O valor obtido representa a posic¸˜ao a ser incrementada no vetor de caracter´ısticas.

Figura 22: Descritor LBP. Fonte: Autoria pr´opria.

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2.4 MINERAC¸ ˜AO DE DADOS

As informac¸˜oes desta sec¸˜ao e subsec¸˜oes est˜ao baseadas em (WITTEN et al., 2011), (SANTOS, 2008) e (LOPES, 2007), com excec¸˜ao das referˆencias indicadas no texto.

A populac¸˜ao procura padr˜oes nos dados desde que a vida humana comec¸ou, quando nossos ancestrais procuravam padr˜oes de comportamento de migrac¸˜ao animal. Por exemplo, os agricultores procuram padr˜oes de crescimento da cultura, pol´ıticos buscam padr˜oes na opini˜ao dos eleitores, etc. O trabalho de um cientista ´e descobrir padr˜oes que regem a forma como o mundo f´ısico funciona e encapsul´a-los em teorias que podem ser utilizadas para prever o que acontecer´a em novas situac¸˜oes. O trabalho do empreendedor ´e identificar oportunidades, isto ´e, padr˜oes de comportamento que podem ser transformados em um neg´ocio rent´avel explor´a-los (STRASINGER; LORENZO, 2014).

O aprendizado de m´aquina ´e uma nova tecnologia emergente para o conhecimento de minerac¸˜ao de dados, a tecnologia que muitas pessoas est˜ao comec¸ando a levar a s´erio. Os dados s˜ao armazenados eletronicamente e a busca ´e automatizada. O objetivo ´e resolver problemas atrav´es da an´alise de dados j´a presentes em bancos de dados.

H´a muitos problemas relacionados `a tomada de decis˜ao como, por exemplo, a fertilizac¸˜ao in vitro. A qual envolve a coleta de v´arios ´ovulos dos ov´arios de uma mulher, que ap´os a fertilizac¸˜ao com o parceiro ou doador de esperma, produzem v´arios embri˜oes. Alguns destes s˜ao selecionados e transferidos para o ´utero dela. O desafio ´e selecionar os “melhores” em-bri˜oes, os que tˆem mais probabilidade de sobreviver. O n´umero de recursos ´e grande o sufici-ente para tornar dif´ıcil para um embriologista avali´a-los todos ao mesmo tempo e correlacionar dados hist´oricos. O aprendizado de m´aquina tem sido investigado como uma t´ecnica para fazer a selec¸˜ao, usando um registro hist´orico de embri˜oes e dos seus resultados, como treinamento (WITTEN et al., 2011).

Nos ´ultimos anos a quantidade de dados est´a crescendo rapidamente. Estima-se que a quantidade de dados armazenados em bases de dados do mundo dobra a cada 20 meses. A an´alise manual dessas bases de dados com grandes n´umeros de atributos ou registros pode ser um processo demorado, tornando-se invi´avel. Por exemplo, os resultados obtidos da an´alise de determinados dados armazenados podem ser utilizados para atribuir maior competitividade `as empresas, as quais podem desenvolver estrat´egias mais efetivas para obtenc¸˜ao de sucesso em suas respectivas ´areas de atuac¸˜ao.

Na ´area de sa´ude e m´edica, Minerac¸˜ao de Dados tem sido usada tanto no sentido de administrac¸˜ao de servic¸os a pacientes quanto no diagn´ostico e tratamento de doenc¸as. Podem

(38)

ser encontrados trabalhos para automatizar o diagn´ostico de cˆancer cervical, cˆancer de mama, ataques card´ıacos, entre outros.

A minerac¸˜ao de dados possui como func¸˜ao extrair padr˜oes dos dados, ou seja, descobrir similaridades que possam evidenciar um padr˜ao de comportamento, se preocupando em ajustar modelos ou determinar padr˜oes a partir dos dados observados. Utiliza t´ecnicas baseadas em an´alise estat´ıstica e inteligˆencia artificial (IA). Na minerac¸˜ao de dados ´e escolhida a tarefa a ser executada e s˜ao definidos os algoritmos de regress˜ao, classificac¸˜ao, associac¸˜ao, agrupamento em clusters e sumarizac¸˜ao (LOPES, 2007).

2.4.1 NOMENCLATURA B ´ASICA

Adota-se uma nomenclatura para as informac¸˜oes de uma base de dados (LOPES, 2007), as quais s˜ao:

• Atributos: descrevem uma caracter´ıstica ou um aspecto que as instˆancias podem possuir, ou seja, s˜ao as informac¸˜oes existentes em cada uma elas. Por exemplo, em uma tabela os atributos s˜ao as colunas desta;

• Instˆancias: s˜ao conjuntos de valores que definem as ocorrˆencias de uma base de dados. Uma instˆancia pode ter alguns atributos sem valores associados. Por exemplo, em uma tabela as instˆancias s˜ao as linhas desta;

• Valores: correspondem as informac¸˜oes que uma determinada instˆancia pode conter para cada atributo. Podendo ser valores num´ericos ou categ´oricos. Por exemplo, em uma tabela os valores s˜ao as informac¸˜oes contidas em cada uma das c´elulas desta;

• Classes: se referem `as poss´ıveis categorias em que as instˆancias podem ser agrupadas. A classe representa a informac¸˜ao que se quer extrair da base de dados, sendo, portanto, o objetivo da aprendizagem supervisionada determinar a classe correta para cada instˆancia. As classes podem ser definidas por um ´unico atributo denominado de atributo preditor, em algumas bases de dados, pois o seu valor define qual ser´a a classe na qual cada instˆancia ser´a classificada.

Os atributos podem ser classificados em quatro tipos b´asicos (LOPES, 2007):

• Categ´oricos nominais: s˜ao atributos qualitativos. Seus valores fornecem informac¸˜oes apenas para distinguir um objeto de outro. Exemplo: cor dos olhos;

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• Categ´oricos ordinais: seus valores servem n˜ao somente para distinguir os objetos, pois tamb´em permitem uma ordem natural entre eles. Exemplo: n´umero de ruas.;

• Num´ericos intervalares: n˜ao representam somente informac¸˜oes pontuais, mas subcon-juntos de sequˆencias ordenadas por uma unidade de medida. Exemplo: datas;

• Num´ericos de raz˜ao ou diferenc¸as: representac¸˜oes num´ericas significativas expres-sando relac¸˜oes entre grandezas. Exemplos: idade e massa corporal.

2.4.2 WAIKATO ENVIRONMENT FOR KNOWLEDGE ANALYSIS - WEKA

As informac¸˜oes desta subsec¸˜oes est˜ao baseadas em (BOUCKAERT et al., 2014) e (WAIKATO, 2012), com excec¸˜ao das referˆencias indicadas no texto.

Na Nova Zelˆandia, o Waikato Environment for Knowledge Analysis (Weka) surgiu na Universidade de Waikato, a qual possui como caracter´ısticas (BOUCKAERT et al., 2014):

• Implementado em Java;

• Ferramenta open source, al´em de ter c´odigo aberto e dispon´ıvel, gratuitamente, na Web; • Possui v´arios algoritmos j´a implementados para a realizac¸˜ao de minerac¸˜ao de dados; • Atualizado constantemente;

• Fornece manual referente a como utilizar a ferramenta (est´a inclusa na pasta onde foi instalado o Weka).

Esta ferramenta possui algoritmos que podem ser agrupados nas seguintes categorias (SCHMITT, 2013):

• Classificac¸˜ao: nessa categoria est˜ao implementados os mais usados algoritmos de classificac¸˜ao. Existem m´etodos bayesianos, ´arvores de decis˜ao, entre outros;

• Regress˜ao: exemplos de algoritmos de regress˜ao: regress˜ao linear simples e m´ultipla, vetorial, entre outras;

• Clusterizac¸˜ao: exemplos de algoritmos de clusterizac¸˜ao: K-means, algoritmos EM (Es-timation - Maximization), entre outros;

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• Selec¸˜ao de atributos: h´a duas abordagens filter e wrapper. Filter se refere a selec¸˜ao de atributos independente do algoritmo de minerac¸˜ao que ser´a aplicado aos atributos seleci-onados. E o Wrapper consiste em executar o algoritmo de minerac¸˜ao de dados para cada conjunto e, posteriormente, analisar os resultados obtidos.

Esta ferramenta possui seu pr´oprio formato para arquivos utilizados como entrada, o Attribute Relation File Format (ARFF) (ALCANTARA, 2012). Este formato foi desenvol-vido pela Universidade de Waikato para ser usado pelo Weka. Lembrando que outros formatos tamb´em podem ser utilizados, como por exemplo, DAT, CSV.

Na Tabela 9 pode-se observar a estrutura de um arquivo ARFF. O nome da base de dados ´e relevante para identificac¸˜ao. Na parte de definic¸˜ao de atributos deve-se definir todos os tipos de dados que a base cont´em, dando um nome a cada um deles e definindo o seu tipo. Por fim deve haver a apresentac¸˜ao dos dados. Ap´os o uso do comando @data, ser˜ao apresentados cada um em uma linha, sendo que cada atributo ser´a separado por v´ırgula.

Tabela 9: Estrutura de um arquivo arff (WAIKATO, 2012).

Informac¸˜ao Notac¸˜ao

Nome @relation ”Nome Base de Dados”

Atributos

@attribute Nome Atributo1 Tipo Atributo1 @attribute Nome Atributo2 Tipo Atributo2 @attribute Nome UltimoAtributo Tipo UltimoAtributo

Dados @data

Primeiro Atributo1, Atributo2, Atributo UltimoAtributo Segundo Atributo1, Atributo2, Atributo UltimoAtributo

´

Ultimo Atributo1, Atributo2, Atributo UltimoAtributo

2.4.2.1 CLASSIFICAC¸ ˜AO

A classificac¸˜ao ´e uma forma de analisar um conjunto de dados e extrair modelos que definem uma categoria (classe). H´a dois tipos de estilos de classificac¸˜ao (COLONHEZI, 2013):

1. Aprendizagem supervisionada: as instˆancias de treinamento cont´em as classes para exemplos e com isso ´e poss´ıvel conhecer os valores desejados como sa´ıda. Este tipo de aprendizagem pode ser dividido em duas fases. A primeira ´e chamada de treina-mento, onde o classificador ´e constru´ıdo com o objetivo de determinar o grupo ou obter a definic¸˜ao de classes por meio dos atributos obtidos como entrada, que podem ser referidos como: exemplos, instˆancias ou objetos;

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2. Aprendizagem n˜ao supervisionada: o conjunto de treinamento n˜ao possui indicac¸˜ao das classes de entradas em que s˜ao divididos, sendo necess´ario a utilizac¸˜ao de racioc´ınio probabil´ıstico para o conhecimento das classes.

Existem seis tipos de classificadores com abordagens distintas na execuc¸˜ao da tarefa de classificac¸˜ao (SOUZA, 2011). S˜ao eles :

1. Classificadores baseados em ´arvore de decis˜ao: possuem uma abordagem determin´ıstica, cuja construc¸˜ao da ´arvore ocorre conforme a informac¸˜ao extra´ıda dos dados;

Um classificador deste tipo, consiste em uma t´ecnica de classificac¸˜ao baseada em al-goritmos de particionamento sucessivo, conhecido como induc¸˜ao de ´arvore de decis˜ao, a qual decorre do princ´ıpio de dividir para conquistar para produz´ı-las. A partir da informac¸˜ao contida nos dados, cada ramo da ´arvore surge em func¸˜ao de um questio-namento de classificac¸˜ao e cada folha ´e uma partic¸˜ao do conjunto de dados contendo a sua respectiva classificac¸˜ao. Uma ´arvore de decis˜ao ´e formada pelo n´o raiz, arestas e ou-tros n´os internos e terminais, que resultam da separac¸˜ao de regisou-tros com caracter´ısticas diferentes.

2. Classificadores baseados em redes neurais artificiais: n˜ao conhecem a distribuic¸˜ao, extraindo assim, a estat´ıstica dos dados;

Trata-se de t´ecnicas n˜ao param´etricas e n˜ao-lineares, que permitem o mapeamento dos dados de entrada em associac¸˜ao com os de sa´ıda de maneira que a sa´ıda da rede consiste na classe associada `a amostra. Uma Rede Neural Artificial (RNA), an´aloga `a estrutura do c´erebro humano, ´e composta de um conjunto interligado de nodos e links direciona-dos. Consiste em um conjunto de elementos de processamento (neurˆonios), agrupados em diversas topologias e regido por procedimentos matem´aticos, como clusterizac¸˜ao de vetores, minimizac¸˜ao de erros e otimizac¸˜ao discreta, entre outros.

3. Classificadores bayesianos: Possuem uma abordagem n˜ao determin´ıstica, baseiam-se na inferˆencia probabil´ıstica. S˜ao classificadores estat´ısticos que classificam um objeto numa determinada classe, baseando-se na probabilidade deste objeto pertencer a esta classe. H´a aplicac¸˜oes em que o relacionamento entre o conjunto de atributos e o r´otulo da classe pode n˜ao ser determin´ıstico, ou seja, o r´otulo da classe de um registro de teste n˜ao pode ser previsto com certeza, mesmo que seu conjunto de atributos seja idˆentico a alguns dos exemplos de treinamento, devido a dados com ru´ıdos ou `a presenc¸a de determinados fato-res de confus˜ao que afetam a classificac¸˜ao. Como soluc¸˜ao destes problemas adota-se uma

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abordagem baseada no teorema de Bayes para a construc¸˜ao de modelos fundamentados em um princ´ıpio estat´ıstico que combina o conhecimento pr´evio das classes com novas evidˆencias extra´ıdas dos dados, ou seja, combina conhecimento a priori (probabilidade a priori ou incondicional) com dados de observac¸˜ao.

4. Classificadores baseados em vetores de suporte: consideram a teoria de aprendizado estat´ıstico para minimizar erros da classificac¸˜ao emp´ırica e maximizar a margem geom´etrica entre os resultados;

Um classificador deste tipo consiste em uma t´ecnica fundamentada na teoria de apren-dizagem estat´ıstica. Foi desenvolvida por (VAPNIK, 1995) a m´aquina de vetores de su-porte, do inglˆes Support Vector Machine (SVM), com o intuito de resolver problemas de classificac¸˜ao de padr˜oes.

5. Classificadores de vizinho mais pr´oximo: do inglˆes K-Nearest Neighbor (K-NN). Bus-cam encontrar todos os exemplos de treinamento poss´ıveis, que sejam relativamente se-melhantes aos atributos do exemplo de teste;

Um classificador deste tipo possui como objetivo encontrar todos os exemplos de treina-mento que sejam relativamente similares aos atributos do exemplo de teste. Estes exem-plos s˜ao denominados vizinhos mais pr´oximos e podem ser utilizados para determinar o r´otulo da classe como exemplo de teste. Uma desvantagem desta abordagem est´a re-lacionada ao fato de que alguns registros de testes podem n˜ao ser classificados por n˜ao corresponderem a nenhum exemplo de treinamento. Ent˜ao, assim que a lista de vizinhos mais pr´oximos for obtida pelo algoritmo de classificac¸˜ao, o exemplo de teste ´e classifi-cado baseado na classe majorit´aria dos mais pr´oximos.

6. Classificadores baseados em regras: realizam a classificac¸˜ao se baseando em registros a partir de um conjunto de regras.

A expressividade de um conjunto de regras ´e praticamente equivalente `aquela de uma ´arvore de decis˜ao, porque uma ´arvore de decis˜ao pode ser representada por um conjunto de regras completas e mutuamente excludentes. Tanto os classificadores de ´arvores de decis˜ao quanto os baseados em regras criam partic¸˜oes retil´ıneas do espac¸o de atributos e atribuem uma classe a cada partic¸˜ao.

Para a realizac¸˜ao da classificac¸˜ao das imagens a ferramenta Weka ´e essencial. Os algoritmos de aprendizagem referentes aos de classificac¸˜ao est˜ao contidos na classe classifiers. Nessa classe h´a os classificadores bayes, functions, lazy, meta, rules, trees, os quais foram utilizados nos experimentos.

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H´a uma quantidade de opc¸˜oes para entradas e definic¸˜oes para os classificadores no Weka (WAIKATO, 2015), as mais importantes s˜ao apresentadas na Tabela 10.

Tabela 10: Parˆametros para os classificadores. Parˆametros Significado

-t Especifica o arquivo de treinamento (formato arff). -T

Especifica o arquivo de teste (formato arff).

Se esse parˆametro estiver ausente, uma validac¸˜ao cruzada ser´a realizada.

-x Determina o n´umero de pastas para o cross-validation. Esse ser´a realizado somente se o -T estiver ausente. -p

Se um arquivo teste ´e especificado, este parˆametro mostra as previs˜oes para todas as instˆancias do teste, caso, contr´ario, nada ´e apresentado.

-i

Uma descric¸˜ao mais detalhada do desempenho por meio de precis˜ao, recall, taxa positiva verdade-e-falso ´e adicionada a sa´ıda com esse parˆametro. Todos estes valores tamb´em podem ser calculados a partir da matriz de confus˜ao.

-o Apresenta detalhes como custos, tempo, etc.

Com os arquivos de treinamento e teste, executa-se o Weka, dois comandos s˜ao ne-cess´arios, um para obter informac¸˜oes de classificac¸˜ao para cada instˆancia do teste (1) e outro para obter o tempo de execuc¸˜ao (2).

1. java -cp weka.jar weka.classifiers.tipo do classificador.nome do classificador -k -t cami-nho do arquivo treinamento (arff)-T caminho do arquivo teste (arff) -p 0 > caminho onde salvar, nome e tipo do arquivo de sa´ıda (txt)

2. java -cp weka.jar weka.classifiers.tipo do classificador.nome do classificador -k -t cami-nho do arquivo treinamento (arff) -T caminho do arquivo teste (arff) -p -o > caminho onde salvar, nome e tipo do arquivo de sa´ıda (txt)

(44)

3 MATERIAIS

O presente trabalho possui dois fatores importantes para a concretizac¸˜ao do projeto, os quais s˜ao: criac¸˜ao da base de imagens e implementac¸˜ao da aplicac¸˜ao. Em cada etapa foram utilizados alguns materiais para a obtenc¸˜ao dos resultados.

Para formar a base de imagens as etapas 1 a 4 foram executadas. A implementac¸˜ao do c´odigo est´a relacionada a etapa 5.

3.1 ETAPA 1 - CORANTES

Obteve-se urina de trˆes indiv´ıduos em hor´arios variados. Urina com colorac¸˜ao anormal (azul, verde, entre outras) n˜ao foi obtida, assim, a utilizac¸˜ao de corantes substituiu a colorac¸˜ao azul, rosa, marrom, preto, verde e vermelho. Seis colorac¸˜oes de corantes, como mostra a Figura 23, foram utilizados: 1. Laranja; 2. Rosa; 3. Vermelho; 4. Azul; 5. Verde; 6. Marrom.

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Figura 23: Corantes. Fonte: Autoria pr´opria.

3.2 ETAPA 2 - RECIPIENTES

Utilizou-se dois tipos de recipientes para armazenamento da urina, como mostra a Fi-gura 24, um com colorac¸˜ao avermelhada, normalmente, s˜ao vendidos somente para laborat´orios. Assim, este foi fornecido pelo laborat´orio Santa Paula, localizado na cidade de Siqueira Cam-pos. Este recipiente foi usado para a criac¸˜ao da base de imagens. Enquanto, que o outro recipi-ente foi utilizado para armazenar o fluido do indiv´ıduo para, posteriormrecipi-ente, serem repassados para o outro recipiente para obtenc¸˜ao das fotografias.

Figura 24: Recipientes. Fonte: Autoria pr´opria.

3.3 ETAPA 3 - APARELHO PARA FOTOGRAFAR

Para fotografar os recipientes com a urina utilizou-se um celular da marca Motorola, modelo segunda gerac¸˜ao, mem´oria 16GB, cˆamera 8MP, apresentado na Figura 25.

(46)

Figura 25: Aparelho utilizado para fotografar.

Fonte: http://i4.zst.com.br/images/smartphone-motorola-moto-g-colors-edition-xt1033-camera-5-0-mp-desbloqueado-2-chips-16-gb-android-4-3-jelly-bean-wi-fi-3g-photo22064371-12-3-2e.jpg

As configurac¸˜oes utilizadas da cˆamera:

• HDR desativado; • Flash desativado;

• Controle de foco/exposic¸˜ao ativado; • Foto: Tela cheia.

3.4 ETAPA 4 - EST ´UDIO DE FOTOGRAFIA

Para que as imagens fossem capturadas com qualidade e padronizadas foi projetado e constru´ıdo um pequeno est´udio de fotografia. No processo de projec¸˜ao as seguintes medidas foram aplicadas:

• Externo geral. Base possui tamanho 16x16 cm, enquanto, que a altura corresponde a 19 cm, dos quais 3 cm correspondem a base, como mostra a Figura 26. O est´udio ´e composto por duas regi˜oes. Regi˜ao da base (at´e 3 cm) e regi˜ao complementar, as quais s˜ao separ´aveis, ou seja, pode-se desconectar essas partes. Esta caracter´ıstica ´e relevante pois manutenc¸˜oes e limpezas podem ser realizadas com facilidade.

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Figura 26: Regi˜ao externa, geral, do est´udio. Fonte: Autoria pr´opria.

• Externo detalhado. A regi˜ao complementar, possui duas aberturas, apresentada na Figura 27. Uma frontal de 7x8 cm e uma superior de 8x8 cm. A frontal ´e destinada a fotografia, enquanto, que a superior `a inserc¸˜ao do recipiente.

Figura 27: Regi˜ao externa, detalhada, do est´udio. Fonte: Autoria pr´opria.

• Base interna. Desconsiderando a regi˜ao complementar, a base possui uma regi˜ao se-cund´aria, a qual corresponde `a altura de 0,7 cm, como mostra a Figura 28 e 14,5x14,5 cm de ´area, como mostra a Figura 29 .

Figura 28: Base interna, vista frontal. Fonte: Autoria pr´opria.

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Figura 29: Base interna, vista superior. Fonte: Autoria pr´opria.

• Interno da regi˜ao complementar. Utilizou-se como fonte de iluminac¸˜ao leds de colorac¸˜ao branca. Tais leds est˜ao inseridos nesta regi˜ao e, por meio de uma pequena abertura no est´udio, seu conector possui acesso `a regi˜ao externa para conex˜ao com a energia, apre-sentado na Figura 30.

Figura 30: Conector de energia. Fonte: Autoria pr´opria.

Por meio da abertura superior tem-se acesso ao interior do est´udio, como mostra a Figura 31. No qual est´a inserido uma pequena base para o posicionamento do recipiente.

Figura 31: Interior do est´udio de fotografia. Fonte: Autoria pr´opria.

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Figura 32: Est´udio de fotografia. Fonte: Autoria pr´opria.

Na Figura 33 pode-se visualizar a regi˜ao da base e a complementar. Na base est´a um recipiente de colorac¸˜ao branca, dentro do qual estar´a o objeto em estudo, e a regi˜ao comple-mentar, na qual esta inseridos os leds.

Figura 33: Base com recipiente de (a) pl´astico e (b) regi˜ao complementar. Fonte: Autoria pr´opria.

Um recipiente de vidro foi constru´ıdo e envolvido por cartolina branca, como mostra a Figura 34 , contudo, o vidro proporciona um tom azulado `a imagem, apesar da cartolina, assim, a qualidade desta fica comprometida (Figura 35). Portanto, este recipiente foi desconsiderado.

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Figura 34: Base com recipiente de (a) vidro e (b) regi˜ao complementar. Fonte: Autoria pr´opria.

Figura 35: Imagem obtida com recipiente de (a) pl´astico e (b) com o de vidro. Fonte: Autoria pr´opria.

3.5 ETAPA 5 - EQUIPAMENTO PARA IMPLEMENTAC¸ ˜AO

Utilizou-se para a implementac¸˜ao e obtenc¸˜ao dos resultados um Notebook, marca Dell, como mostra a Figura 36, com processador Intel Core i5 de 2,4 GHz e mem´oria RAM de 6GB.

Figura 36: Notebook Dell utilizado na implementac¸˜ao.

Fonte: http://isuba.s8.com.br/produtos/01/00/item/113059/1/113059172SZ.jpg

3.6 BASE DE IMAGENS

A base de imagens criada possui no total 450 imagens, sendo dividida em 10 clas-ses, onde cada uma possui 45 imagens, com pequenas variac¸˜oes de tonalidade. Cada classe correspondente `a colorac¸˜ao da urina como mostra a Tabela 11 e a Figura 37.

Referências

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