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Bases Computacionais das Ciências
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Turma 15E – Noturno – Grupo 4
Carlos Eduardo de Oliveira
Daniel de Moraes Navarro
Karoline Ariane Cassimiro
Leandro Martins Pereira
Índice
1 Introdução ... 3
2 Objetivos ... 3
3 Justificativa ... 4
4 Metodologia ... 4
5 Apresentação dos Dados e Análise dos Resultados ... 4
5.1 Pirataria de Software ... 6
5.2 Pirataria de Filmes (DVDs) ... 9
5.3 Pirataria de Jogos Digitais ... 11
5.4 Pirataria de Músicas ... 13
6 Conclusão ... 14
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1
Introdução
A entrada em cena das tecnologias digitais e principalmente a adoção de CDs e/ou DVDs como
formatos preferenciais de distribuição no mercado em geral trouxe em seu bojo a proliferação da
pirataria em escala industrial. Isso possibilitou que se executassem cópias em proporção nunca antes
realizada, com rigorosa precisão e rapidez, utilizando os mais diversos tipos de manipulação, algumas
das quais consideradas antes tecnicamente inviáveis ou restritas começaram a ser utilizadas e, a partir
disso, pode-se declarar o nascimento da chamada Pirataria Moderna.
A pirataria no meio digital é um agravante que vem preocupando todas as áreas das indústrias
de ramos digitais (Fonográfica, Cinematográfica e de Software). Segundo estimativas da Federação
Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI, sigla em inglês), o número de músicas baixadas sem
licença na internet ultrapassou a casa do 1 bilhão em 2006 somente no Brasil. Paralelamente, o
mercado das gravadoras diminuiu pela metade as vendas de CDs e DVDs nos últimos seis anos. Nessa
farra de downloads livres, a chamada “pirataria moderna” divide empresas de produtos culturais,
afetadas pela queda nas vendas, e os internautas, interessados na liberdade de acesso não só à
música, mas também ao vídeo, software e informação. [1]
Porém, mesmo ocorrendo grandes prejuízos na economia há algum tempo devido a essas
falsificações e que esta questão venha causando grande polêmica em países do mundo inteiro, onde
se observa a união de empresas e comércios de todos os lugares para buscar uma solução e lutar
contra este agravante, muitos indivíduos têm uma opinião contrária, a favor da pirataria como
alternativa para a popularização da informação, como forma de inclusão social.
Devido à existência de opiniões muito adversas sobre a pirataria, em todos os lugares do
mundo é possível perceber há cada vez mais o aumento da repercussão e de discussões sobre este
tema, que abrange todas as classes sociais, culturais e econômicas.
2
Objetivos
A partir da exposição de dados e estatísticas sobre a pirataria nos principais seguimentos de
mercado nos âmbitos nacional e internacional, discuti-los a fim de esclarecer suas causas e
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3
Justificativa
É de suma importância a discussão da problemática da pirataria nos meios digitais para que se
possa conscientizar a sociedade sobre os problemas conseqüentes. Desse modo é possível encontrar
seus fatores causadores e agir sobre eles de forma mais abrangente para minimizar sua ocorrência e
suas conseqüências. Por esses motivos e pela extensa repercussão ainda sem uma grande e efetiva
solução, escolhemos representar o Projeto Final de Bases Computacionais da Ciência com o tema
Pirataria Moderna.
4
Metodologia
A partir da pesquisa e coleta de dados reais sobre a pirataria e do tratamento estatístico
desses dados, foram especificadas informações cruciais para o combate à pirataria, como sua
influência sobre os principais mercados de produtos digitais e sua participação no Produto Interno
Bruto (PIB), por exemplo.
Uma criteriosa pesquisa em fontes reconhecidamente confiáveis, como em matérias e
pesquisas de grandes entidades noticiadoras, de institutos de pesquisa, de revistas e boletins oficiais
de instituições governamentais e não-governamentais confere credibilidade e garante a significância
dos dados apresentados.
Apesar de a pirataria atuar de forma abrangente sobre todo o mercado, os dados apresentados
estão categorizadas nos principais meios digitais: Softwares, Músicas, Filmes e Jogos de diversas
plataformas.
5
Apresentação dos Dados e Análise dos Resultados
A ACPM (Associação Antipirataria Cinema e Música) registra todos os dias os dados
relacionados à pirataria física e virtual em todo o país. Por meio das apreensões realizadas pelas
autoridades, que têm uma parceria com os agentes da associação, têm-se a possibilidade de mapear
o número de mídias piratas (CDs e DVDs) apreendidas, além do trabalho que é realizado pelo setor da
internet. Dados de novembro de 2007 mostram que, somente naquele ano, as apreensões de CDs
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Tabela 1 – Números de Pirataria segundo a ACPM
* P2P (Peer to Peer) – programa de compartilhamento.
A primeira empresa a manter um negócio baseado em compartilhamento de arquivos pela
Internet, o Napster, foi processada com apenas sete meses de funcionamento, pela Recording
Industry Association Of America (RIAA), devido à violação de direitos autorais. O argumento de defesa
do Napster era o fato de a distribuição do material ser feita pelos usuários da rede e a empresa ser
responsável somente pela oferta do serviço. Foi decidido que o Napster deveria ficar off-line até o
caso ser resolvido e ele entrou em decadência financeira. Hoje, além de conteúdo gratuito e dentro
da lei, o Napster também oferece download pago de música. [1]
De fato os motivos para a fácil dispersão dessas práticas são inúmeros, mas os que merecem
maior destaque é o baixo custo às vezes 10 vezes menor do que o valor original e disponibilidade
deste para download que é a prática mais utilizada atualmente devido ao crescimento da
disponibilidade de internet banda larga em grande escala, sem contar os diversos arquivos em vários
sites da internet que abrangem desde CDs completos de música até filmes que nem chegaram a ser
lançados no cinema. Um exemplo típico deste segundo caso foi o filme Tropa de Elite que antes
mesmo do seu anúncio oficial de lançamento ser divulgado, uma cópia do filme vazou e teve milhões
de cópias piratas distribuídas por download e vendidas.
Inquestionavelmente, a tecnologia P2P transformou a internet em lojas imensas de músicas,
vídeos e outros produtos culturais, nas quais o cliente obtém o que deseja sem pagar nem um
centavo. Ele só precisa instalar um software que dê lhe acesso à rede e fazer o download do que
quiser.[1]
A conseqüência natural dessa prática foi a revolta das grandes empresas, que contam com a
legislação de direitos autorais a seu favor. Portanto, o crime não está relacionado à tecnologia, mas
sim ao uso que se faz dela: obter conteúdo protegido por copyright sem pagar pela propriedade
Apreensões de Pirataria em 2007
Cds 4.371.720
DVDs 5.063.561
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intelectual. Muitas vezes é possível observar também a pirataria ligada com o crime organizado. Ela
impede a arrecadação de impostos pelo governo, sem contar que elimina e dificulta a criação de
novos empregos. [4] [5]
O agressivo combate à pirataria engloba a criação de campanhas publicitárias de
conscientização dos internautas, o desenvolvimento de programas de software de rastreamento de
downloads considerados ilegais, assim como bloqueio de cópias não autorizadas, bem como ação
judicial junto a sites e usuários considerados infratores. Esse programa de ação envolve também uma
atuação forte junto aos governos dos países onde a pirataria é mais problemática. [6]
5.1 Pirataria de Software
A indústria de softwares funciona como agente indutor do setor de Tecnologia da Informação e
para o crescimento da economia como um todo. A pirataria age na contramão do crescimento
econômico e da prosperidade do país, contribuindo para o crime organizado e impedindo o
crescimento de mercados. Em 1994, o índice de pirataria de softwares no Brasil era de 77%, ou seja,
somente 23% das vendas foram de softwares originais. Já no ano de 2002, cai o número de softwares
piratas para o índice de 55%. No entanto, por ser considerado um índice muito elevado fez com que a
indústria de software deixasse de faturar U$ 1,36 Bi.
A causa principal do índice de pirataria no Brasil ser enorme é o preço que os softwares originais
são vendidos em relação à renda da população. Entretanto, a queda do índice não significa mais
vendas devido ao fato de que um dos motivos para a queda do índice é o crescimento do uso de
softwares livres.
A BSA - Business Software Alliance -, o maior grupo internacional que procura promover
condições nas quais a indústria de Tecnologia da Informação (TI) possa prosperar e contribuir para a
prosperidade, segurança e qualidade de vida das pessoas, realizou em 2002 um estudo em 57 países,
incluindo o Brasil, para mensurar o índice de pirataria no mundo e identificou uma redução de 10
pontos percentuais no índice de pirataria de software no mundo em apenas 8 anos, passando de 49%
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1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Pirataria de Software no Brasil
Índice de Pirataria Regressão linear de Índice de Pirataria
Ín d ic e d e P ir at a ri a
Gráfico 1 – Redução do Índice de Pirataria no Brasil.
A venda de softwares originais está diretamente ligada com o mercado de TI pois, com a maior
venda de produtos originais, os impostos arrecadados crescem juntamente com as arrecadações no
setor de TI. Isto pode ser observado no Gráfico 2, onde é mostrada a relação de pirataria de software
com a porcentagem do PIB de vários países, inclusive do Brasil, de outros países emergentes, além de
grandes potências econômicas mundiais. [8]
Gráfico 2 – Relação do Índice de Pirataria com o PIB de diversos países.
Espanha Coréia Cingapura Portugal Chile Colômbia Costa Rica Rússia China Itália Dinamarca Africa do Sul
Brasil Austrália Áustria Estados Unidos França Canadá Noruega Inglaterra Japão Israel
20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 Im p o st o s d o S e to r d e T I e m r e la çã o a o P IB ( M é d ia 1 99 6-20 01 )
Média Anual do Índice de Pirataria
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Pela análise do gráfico é claramente visível que países com menores índices de pirataria, como
a Rússia e a China, por exemplo, apresentam maior participação do setor de TI no PIB e mais
benefícios são gerados para suas economias do que países com alto índice de pirataria como, por
exemplo, os EUA e a Dinamarca.
Em Dezembro de 2005, foram divulgados os resultados do segundo estudo patrocinado pela
BSA sobre os impactos econômicos gerados pela redução da pirataria onde é possível concluir que,
com a redução de 10 pontos percentuais no atual índice de pirataria de software nos próximos quatro
anos, seriam gerados mais de 2,4 milhões de novos empregos e haveria uma receita de impostos
pelos governos locais da ordem de US$ 70 milhões em todo o mundo. [3]
Tabela 2 – Ranking das Perdas em Pirataria de Software.
País Valor da Perda (US$)
Estados Unidos 6.895
Suíça 376
China 3.884
Austrália 361
França 3.191
Suécia 340
Alemanha 1.920
Indonésia 280
Reino Unido 1.802
Turquia 268
Rússia 1.625
Tailândia 259
Japão 1.621
Bélgica 257
Itália 1.564
Ucrânia 239
Canadá 779
África do Sul 212
Brasil 766
Dinamarca 199
Espanha 765
Argentina 182
Holanda 596
Arábia Saudita 178
Índia 566
Venezuela 173
México 525
Noruega 169
Coréia do Sul 400
Grécia 157
Polônia 388
Finlândia 156
MÉDIA 977,87
DESVIO PADRÃO 1428,66
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5.2 Pirataria de Filmes (DVDs)
Um estudo divulgado pelo Wall Street Journal encomendado pela Motion Picture Association
of America (MPAA), associação que representa os seis principais estúdios de cinema dos Estados
Unidos no combate contra a pirataria, anunciou que o prejuízo apenas nos EUA chega a quase US$ 1,3
milhão. Este estudo também mostrou que as perdas com as vendas de DVDs piratas de filmes e
downloads na Internet chega a US$ 6,1 bilhões anualmente em rendimentos globais. [7]
A pirataria de filme caracteriza um crime de propriedade intelectual que se refere a
mercadorias falsificadas ou pirateadas, fabricadas e vendidas em busca de lucro sem o consentimento
do dono da patente ou da marca, segundo Rand Corporation, uma instituição americana que defende
uma tese aparentemente maluca que diz que os grandes piratas de filmes andam mancomunados
com terroristas e são profundamente envolvidos com líderes de organizações criminosas. [9]
Empresas e autoridades de todo o mundo estão se unindo contra a pirataria, como, por
exemplo, a Associação de Defesa da Propriedade Intelectual (Adepi), a União Brasileira de Vídeo
(UVB), a Associação Protetora dos Direitos Intelectuais Fonográficos (Apdif), Interactive Digital
Software Association (IDSA), Business Software Alliance (BSA) e a Associação Brasileira dos Produtores
de Discos (ABPD) que fizeram uma parceria para se proteger da pirataria de audiovisuais e estão
fazendo acordos com sites de leilão e também com provedores, para removerem o material pirata
que está exposto. [10]
Em uma pesquisa encomendada pela UBV e realizada pela Datafolha em dezembro de 2006
que ouviu 535 pessoas das principais cidades brasileiras e revelou que somente 35% dos brasileiros
compram apenas DVDs e fitas de vídeo originais. Dos que optam por DVDs e fitas originais, em sua
maioria são adultos com poder aquisitivo e formação acima da média. Já os pesquisados que
assumiram consumir apenas DVDs e fitas piratas (17%) são adultos pobres e com menor escolaridade.
Os entrevistados que adquirem tanto produtos ilegais quanto legais correspondem a 20% do total e o
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0,00% 5,00% 10,00% 15,00% 20,00% 25,00% 30,00% 35,00% 40,00%
Preferência dos Consumidores
Apenas um em três consumidores rejeita DVD pirata
Compra apenas DVD's originais Compra apenas DVD's piratas Compra DVD's originais e piratas Não Opinou
0,00% 5,00% 10,00% 15,00% 20,00% 25,00%
30,00%
Ranking de Consumo de Produtos Piratas
Brasília Belo Horizonte Recife São Paulo Rio de Janeiro Porto Alegre
Gráfico 3 – Preferência de Compra de DVDs originais e piratas pela população brasileira.
Entre os entrevistados que consomem apenas produtos piratas (17% do total), a maioria é de
Brasília (24,6%), seguida por consumidores de Belo Horizonte (22,2%), Recife (20,7%), São Paulo
(13,5%), Rio de Janeiro e Porto Alegre (9,5%). Nesta pesquisa os entrevistados foram homens e
mulheres das classes A, B e C com idade entre 16 e 54 anos. [11]
Gráfico 4 – Ranking dos estados brasileiros que mais consomem produtos piratas.
Apesar disso, por vezes tentam justificar a pirataria como forma de inclusão social devido à
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e lançamentos de originais, quando é possível comprar diversos títulos de obras pirateadas, ainda que
de qualidade inferior, por um preço que não provavelmente não chegaria à metade do valor da obra
original. [12]
5.3 Pirataria de Jogos Digitais
Mesmo que atualmente o Brasil tenha potencial para ser o maior mercado de games na
América Latina, sobretudo pelo fato de possuir população acima dos cem milhões de habitantes, área
geográfica extensa e PIB superior a US$ 500 milhões, ainda ocupa a 15ª posição no ranking mundial
de videogames, com 600 mil consoles vendidos anualmente, segundo o diretor da divisão de games e
entretenimento da Microsoft para a América Latina, Daniel Cervantes.
A baixa a representatividade do Brasil é devida ao fato de mais de 90% dos consoles
comercializados internamente serem oriundos de contrabando, que funciona como um verdadeiro
espantalho para as companhias estrangeiras, e que ocorre principalmente pelo elevado preço
resultante das tributações sobre consoles, jogos e portáteis. Se considerarmos, por exemplo, a
tributação do II (Imposto de Importação) e do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) sobre os
videogames como equivalentes às dos PCs, seriam geradas vendas de 5 milhões de consoles, que
siginifica uma redução do mercado pirata de videogames para 50%.
Gráfico 5 – Comparação da Tributação do Imposto de Importação (II) no Brasil.
* Inclui as salvaguardas, conforme Resolução CAMEX nº 35 de 13 de dezembro de 2004. Consoles*
Portáteis*
Jogos*
CD Players
DVD Players
PC s
Impressoras
28%
28%
28%
20%
20%
16%
2%
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Gráfico 6 – Comparação da Tributação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) no Brasil.
* Inclui as salvaguardas, conforme Resolução CAMEX nº 35 de 13 de dezembro de 2004.
A comparação da porcentagem da taxa de tributos federais sobre produtos eletrônicos
voltados ao entretenimento permite que se perceba claramente que a maior incidência de tributação
ocorre sobre os videogames. Este fato de nenhuma forma legaliza ou justifica legalmente a pirataria
sob nenhuma circunstância, mas serve para explicar porque o mercado pirata de videogames no Brasil
atualmente é 94% composto por comercialização de produtos piratas. [13]
Atualmente, como quase 100% dos games disponíveis são cópias ilegais (como ocorre com o
Playstation 2 e Xbox, por exemplo), os produtores de mídias para consoles são os que mais sofrem
com a venda de pirataria dentro do mercado de games.
Mesmo a Nintendo, que ainda mantém seus jogos de GameCube relativamente fora das mãos
dos piratas através de tecnologias como a chamada SecuROM, que insere um código no CD ou DVD
que não é transferido para sua cópia, invalidando o funcionamento da cópia de um CD que tenha
sido protegido com esse sistema, não pôde evitar a enxurrada de falsificações de cartuchos de Game
Boy e Game Boy Advance. Se por um lado o excesso da oferta de pirataria é usado como argumento
pelas empresas como argumento para longe do Brasil, a ausência delas acaba agravando outro
problema: não há vigilância sobre o tipo de cópias usadas em consoles que chegam por importação
ou até mesmo por contrabando. [14]
Consoles*
Portáteis*
Jogos*
CD Players
DVD Players
PC s
Impressoras
50%
40%
30%
30%
15%
15%
15%
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5.4 Pirataria de Músicas
A atuação da indústria fonográfica para constituir um mercado legítimo que acomode as novas
práticas de consumo musical numa economia digital tem sido diversificada em múltiplas iniciativas. A
proporção entre renda média e preço unitário dos CDs em lançamento no mercado revela que esse
tipo de consumo ainda pode ser considerado restrito, especialmente para os consumidores de classes
menos favorecidas. Para esses amantes de música, o principal atrativo do CD pirata é seu preço
reduzido.
Segundo essa percepção, permitir que usuários de sistemas peer-to-peer (P2P) acessem e
baixem músicas de suas coleções através da rede assemelha-se a emprestar CDs que outros possam
ouvir. Tais práticas não costumam ser percebidas como pirataria ou crime embora essa seja a
principal forma de difusão de músicas no mundo e a maior parte dos arquivos de MP3 disponíveis
para download gratuito não possuem permissão dos detentores dos direitos autorais.
Em uma pesquisarealizada em 2005 pela Associated Press em parceria com a Ipsos e a revista
Rolling Stone, uma das mais conhecidas publicações internacionais dedicada à música, revelam que a
maior parte dos americanos considera os preços dos CDs abusivos.
Gráfico 7 – Pesquisa de satisfação dos americanos com o preço dos CDs de Músicas.
Entre os músicos, opiniões e atitudes em relação ao download gratuito de música na Internet se apresentam discrepantes. Enquanto artistas consagrados protestam publicamente contra a pirataria que lesa os direitos autorais na Internet, outros argumentam que as gravadoras ficam com a
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parte do leão do lucro das vendas de discos. Segundo essa vertente, o que importa é tornar a música conhecida e popular. [6]
6
Conclusão
Pode-se concluir que a pirataria nos meios digitais gera uma série de problemas sociais, desde
menor arrecadação de impostos até o aumento do crime organizado. Conclui-se também, que a
pirataria é estimulada pela baixa renda para a aquisição de produtos originais e pela falta de
conscientização de suas conseqüências. Pode-se diminuir a pirataria, principalmente, conscientizando
a população sobre seus males e alterando o preço dos produtos de forma que se tornem acessíveis a
todas as classes sociais. Todavia, deve-se continuar o crescimento à repressão contra a venda de
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7
Referência Bibliográfica
[1] – http://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_autoral – Direito Autoral – acesso em 02.04.09.
[2] – http://www.radiotupifm.com.br/noticias/?id=59 – Novas estatísticas da pirataria – acesso em 10.04.09.
[3] – http://images.autodesk.com/emea_s_main/files/pirataria.pdf – Pirataria Moderna Estudo Anual Global sobre Pirataria de Software da BSA – acesso em 02.05.09.
[4] – http://pt.wikipedia.org/wiki/Pirataria_moderna – Pirataria Moderna – acesso em 02.04.09.
[5] – http://piratariaedireitosautorais.blogspot.com – Direitos Autorais só quando Interessam – acesso em 02.04.09.
[6] – http://www.unirevista.unisinos.br/_pdf/UNIrev_Castro.PDF – Pirataria na Música Digital: Internet, direito autoral e novas práticas de consumo – acesso em 02.04.09.
[7] – http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI988435-EI4801,00.html – Prejuízo com pirataria de filmes é de US$ 6,1 bilhões anuais – acesso em 02.04.09.
[8] – http://www.abes.org.br/old/gruptrab/antipira_comsumo/relofipiratariaswbr-cni.pdf – Relatório Oficial da CNI – Pirataria de Software no Brasil – acesso em 10.04.09.
[9] – http://info.abril.com.br/blog/internetbuzz/20090304_listar.shtml?151470 – INFO Online: Sabe o que é pirataria de filme? Agora eu sei! – acesso em 04.03.09.
[10] – Grandes estúdios têm nova arma para combater pirataria de filmes. Revista Época, Ed. 238, 13/12/2002.
[11] – http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u68905.shtml – Apenas um em três consumidores rejeita DVD pirata, diz pesquisa – acesso em 02.04.09.
[12] – http://www.tecnologia-e-cinema.com/artigos-e-ensaios/reflexoes-sobre-a-pirataria-de-filmes-no-brasil-rafael-cruz – Pirataria como inclusão social – acesso em 02.04.09.
[13] – http://jogos.uol.com.br/reportagens/ultnot/ult2240u117.htm– Brasil tem potencial para ser gigante nos games – acesso em 10.04.09.