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Elaboração do PPRA: indústria madeireira

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ELABORAÇÃO DO PPRA: INDUSTRIA MADEIREIRA

Florianópolis-SC 2018

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ELABORAÇÃO DO PPRA: INDUSTRIA MADEIREIRA

Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho da Universidade do Sul de Santa Catarina como requisito parcial à obtenção do título de Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho

Orientador: Prof. Ms. José Humberto Dias de Toledo

Florianópolis-SC 2018

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ELABORAÇÃO DO PPRA: INDUSTRIA MADEIREIRA

Esta Monografia foi julgada adequada à obtenção do título de Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho e aprovada em sua forma final pelo Curso de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho da Universidade do Sul de Santa Catarina.

Florianópolis, 21 de agosto de 2018.

______________________________________________________ Professor e orientador José Humberto Dias de Toledo, Ms.

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Ao corpo docente e à Administração da Universidade do Sul de Santa Catarina por investirem na qualidade dos serviços.

Ao orientador por acreditar, estimular e fornecer o devido suporte no trabalho. Aos meus colegas de trabalho pela contribuição através de informações que foram decisivas no decorrer das atividades.

Aos meus colegas de sala de aula pelo companheirismo, colaboração no astral durante a execução dos trabalhos em todas as disciplinas.

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Este trabalho visa avaliar a aplicação e o desenvolvimento do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais em uma indústria madeireira de pequeno porte situada na cidade de Anitápolis, no Estado de Santa Catarina. A Metodologia utilizada foi a realização de visitas na indústria com os proprietários e funcionários para conhecer as instalações, os processos produtivos e os riscos presentes nos ambientes de trabalhos. Foram realizadas analises dos ambientes e as condições de trabalhos, desenvolvendo o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA). Os dados e resultados alcançados apresentaram necessidades de melhorias nas instalações e seus ambientes de trabalhos, as não conformidades da indústria madeireira, proporcionando sugestões de melhorias e adequações aos empregadores para cumprimento dos requisitos legais e desenvolvimento do programa de gerenciamento de riscos.

Palavras-chave: Desenvolvimento. PPRA. Madeireira.

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Figura 1 – Lixadeira de cinta...30

Figura 2 – Desempenadeira...30

Figura 3 – Desengrossadeira...31

Figura 4 - Serra Fita...31

Figura 5 - Carro porta toras...32

Figura 6 e 7 – Serra circular...33

Figura 8 – Destopadeira...33

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Quadro 1 - Metodologia de Avaliação por Tipo de Agente e Equipamentos a

serem utilizados...18

Quadro 2 - Número total de colaboradores...38

Quadro 3 – Quadro Funcional...39

Quadro 4 - Análise dos Riscos Ambientais do Sócio Proprietário...43

Quadro 5 - Análise dos Riscos Ambientais do Serrador de Madeira...44

Quadro 6 - Análise dos Riscos Ambientais do Operador de Máquina...45

Quadro 7 - Análise dos Riscos Ambientais do Motorista...46

Quadro 8 - Análise dos Riscos Ambientais do Ajudante de carregamento...47

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1 INTRODUÇÃO...13 1.1 TEMA E DELIMITAÇAO...13 1.2 JUSTIFICATIVA...13 1.3 PROBLEMA DE PESQUISA...14 1.4 OBJETIVOS...15 1.4.1 OBJETIVO GERAL...15 1.4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS...15 1.5 METODOLOGIA DA PESQUISA...15 1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO...16 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...17 2.1 HIGIENE OCUPACIONAL...17

2.2 PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS...17

2.3 ESTRUTURA DO PPRA...21 2.4 DESENVOLVIMENTO DO PPRA...22 2.5 RESPONSABILIDADES...25 2.6 AGENTES DE RISCOS...26 2.6.1 Agentes Físicos...27 2.6.2 Agentes Químicos...28 2.6.3 Agentes Biológicos...29 2.6.4 Agentes Ergonômicos...29 2.7 MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS...30

2.7.1 Máquinas e Equipamentos utilizados em serrarias...31

2.7.1.1 Riscos inerentes à indústria madeireira...34

2.8 EPIS – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL...35

2.8.1 Principais EPIs para a Indústria madeireira...35

2.8.2 Obrigatoriedade...36

2.8.3 Legislação...36

2.8.4 Obrigações do empregador...36

2.8.5 Obrigações do empregado...37

2.9 FUNÇÃO DAS CORES NA SEGURANÇA...37

3 ELABORAÇÃO DO PPRA...39

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3.1.3 Distribuição dos Colaboradores...39 3.2 PRODUÇÃO...39 3.3 LAYOUT...40 4 RISCOS AMBIENTAIS...41 4.1 METODOLOGIA DE AÇÃO...41 4.1.1 Antecipação...42

4.1.2 Fase de reconhecimento e avaliação dos riscos ambientais...42

4.1.3 Avaliação dos riscos...42

4.1.4 Trajetória e Meios de Propagação dos Riscos Ambientais...42

4.2 LEVANTAMENTO DE DADOS...43

4.3 ADMINISTRAÇÃO...44

4.4 PRODUÇÃO...45

4.5 AVALIAÇÃO DA ILUMINAÇÃO...49

4.6 REGISTRO, MANUTENÇÃO E DIVULGAÇÃO DO PPRA...50

4.6.1 Registro...50

4.6.2 Manutenção...50

4.6.3 Divulgação...50

4.7 MEDIDAS DE CONTROLE...50

4.7.1 Equipamentos de Proteção Individual (EPI)...54

4.7.1.1 Capacitação dos funcionários...54

4.7.2 Treinamento...54

4.7.3 Medidas adotadas pelo Órgão Regional...54

4.8 EQUIPAMENTOS UTILIZADOS...55

5 CRONOGRAMA DE PRIORIDADES E METAS...57

6 CONCLUSÃO...62

7 SUGESTÃO PARA TRABALHOS FUTUROS...63

REFERÊNCIAS...64

ANEXOS...66

ANEXO A – COMPROVANTE DE FORNECMENTO DE EPI/UNIFORMES/JALECOS...67

ANEXO B – MODELO DE ORDEM DE SERVIÇO...68

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1 INTRODUÇÃO

O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) é uma legislação federal que especifica a NR 09, emitida pelo Ministério do Trabalho e Emprego no ano de 1994. Este Programa tem a finalidade de avaliar os riscos que o empregado sofre no seu dia a dia (OLIVEIRA; PIZA, 2016).

Este Programa é um instrumento necessário para que a direção da empresa possa ter um conhecimento detalhado das reais condições de trabalho existentes nos locais de trabalho, condições estas que contribuem diretamente para o desenvolvimento da empresa, inferindo, de forma decisiva, no rendimento de seus empregados e consequentemente na produtividade.

O PPRA é parte integrante de um conjunto mais amplo da iniciativa da empresa no campo da preservação da saúde e da integridade dos funcionários, devendo estar articulado com o disposto nas demais Normas Regulamentadores (NR’s).

Atendendo à NR-09 (Norma Regulamentadora 9), que estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como funcionários, foi realizado em uma empresa madeireira localizada em Anitápolis/SC, o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA). Ele visa à preservação da saúde e da integridade dos funcionários, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle das ocorrências de riscos ambientais existentes na empresa ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais (SALIBA et al., 2002).

1.1 TEMA E DELIMITAÇAO

Este estudo tem como tema a elaboração de um Programa de Prevenção de Riscos Ambientais de uma madeireira na cidade de Anitápolis-SC. A empresa madeireira atua no ramo de serrarias com desdobramento de madeira.

1.2 JUSTIFICATIVA

Segundo Viera (2009), o PPRA nada mais é do que ratificação, na prática, da Convenção 148 da Organização Internacional do Trabalho – OIT, pelo Brasil. Representa procedimentos técnicos correlacionados que deverão estar dispostos em um documento base,

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de uma forma sequencial, definindo qual a condição atual da organização em termos de segurança do trabalho e quais as medidas corretivas e/ou preventivas devem ser tomadas dentro de um prazo determinado. A participação dos trabalhadores, empregadores e especialistas são de fundamental importância para a consecução dos objetivos do PPRA.

As crescentes mudanças tecnológicas expõem os trabalhadores a riscos ambientais nem sempre reconhecidos ou controlados, gerando necessidade de uma análise técnica periódica obedecendo às exigências legais (Portaria n 3.214/78. NR 9, MTb).

O reconhecimento e o gerenciamento de riscos evitam prejuízos financeiros e principalmente ao homem, já que a potencialidade de doenças ocupacionais e acidentes de trabalho ficam reduzidos. A organização que se preocupa com a segurança e saúde de seus trabalhadores deverá implantar definitivamente o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA em todas as suas áreas de atuação, considerando-o como uma ferramenta útil, que melhorará constantemente o ambiente de trabalho aumentando a satisfação física e mental dos colaboradores e, em consequência, a produção e a qualidade dos serviços prestados (VIEIRA, 2009).

1.3 PROBLEMA DE PESQUISA

Através do PPRA, é possível promover mais qualidade de vida no trabalho, evitando assim, o gasto do acidentado, da família dele e da empresa por causa de acidente de trabalho e doenças ocupacionais. Através do PPRA e do cumprimento das ações do PPRA na empresa, a mesma evita ser multada tanto pela falta do programa, quanto pelas não conformidades que as ações do PPRA buscam dissipar.

Quando o acidente acontece, as perdas podem alcançar todas as esferas da sociedade. O PPRA tem como foco o controle dos riscos ambientais, e consequentemente, com isso, ocorrerá a diminuição ou extinção dos acidentes de trabalho, tal como as doenças ocupacionais.

Uma empresa saudável é consequência de várias circunstâncias, como a boa relação entre os empregados e empregadores, a efetiva implantação de um ambiente saudável e seguro. Com a diminuição dos acidentes, a empresa terá mais funcionários disponíveis para a realização das atividades e consequentemente, aumentará a produtividade.

O PPRA atua de maneira direta e indiretamente no que diz a respeito da saúde e segurança dos trabalhadores, auxiliando também em outras ferramentas como o bem-estar e a qualidade de vida do trabalhador.

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Diante desse contexto essa pesquisa visa: Será que a elaboração de um PPRA em uma empresa do ramo madeireiro, promove um ambiente seguro, podendo proporcionar um ambiente adequado para os seus trabalhadores desenvolverem as suas atividades?

1.4 OBJETIVOS

1.4.1 OBJETIVO GERAL

Este estudo tem como objetivo elaborar um PPRA em uma indústria madeireira propondo medidas de controle que promovam a preservação da saúde e da integridade física dos trabalhadores, através de um processo contínuo de melhoria no ambiente de trabalho.

1.4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Identificar os riscos ambientais existentes no local de trabalho com adoção de medidas de controle;

 Monitorar a exposição dos funcionários aos riscos ambientais existentes no local de trabalho;

 Promover um procedimento de melhoria contínua no ambiente de trabalho, priorizando o bem-estar e saúde do trabalhador;

 Elaborar o PPRA seguindo as recomendações da NR 9.

1.5 METODOLOGIA DA PESQUISA

Quanto a natureza a pesquisa é aplicada pois, visa analisar os ambientes e as condições de trabalhos em uma madeireira.

Quanto à abordagem dom problema, trata-se de pesquisa quanti-qualitativa, pois busca identificar os riscos nos ambientes do trabalho e quantificar os riscos existentes.

Já, quanto aos objetivos, trata-se de uma análise exploratória envolvendo levantamento bibliográfico e experiências práticas.

Quanto aos procedimentos técnicos, envolve- se a Análise Bibliográfica, Documental, levantamento, Estudo e Caso, Ação, Participante.

Serão realizadas visitas na empresa em conjunto com os proprietários e funcionários, visando a coleta de dados para realização do estudo de caso, a fim de entender o

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processo produtivo e verificar nos ambientes de trabalho quais riscos ambientais os funcionários se encontravam expostos.

1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO

Este trabalho foi estruturado da seguinte forma:

O título 1, com seus respectivos subtítulos, apresenta a introdução, tema e delimitação do trabalho, com problema de pesquisa, objetivo geral e específicos, justificativas e metodologia de pesquisa.

O titulo 2, constitui-se de toda a fundamentação teórica do trabalho, incluindo todo o desenvolvimento e estrutura que o PPRA deve ser executado, juntamente com suas responsabilidades e os agentes de riscos, sendo eles: físicos, químicos, biológicos e ergonômicos. Neste título também foi descrito sobre as máquinas e equipamentos de proteção individuais utilizadas em madeireiras, incluindo as obrigações tanto do empregador, como do empregado, em relação a legislação pertinente.

No título 3 foi elaborado o PPRA da indústria madeireira, descrevendo as características da empresa, sua Classificação de Atividade Econômica (CNAE), a quantidade de colaboradores e seu Layout.

No título 4, refere-se riscos ambientais da empresa, descrevendo a metodologia de ação utilizada, que é a antecipação, fase de reconhecimento, avaliação dos riscos ambientais e trajetória e meios de propagação dos riscos ambientais. Este item também trata do levantamento de dados da empresa, do registro, manutenção e divulgação do PPRA, apresentando também as medidas de controle que devem ser tomadas com os resultados desse estudo, a capacitação e treinamento dos funcionários em relação à utilização correta dos EPIs. E, por último descrevendo sobre o equipamento de medição utilizado nesse estudo.

O título 5, trata de um cronograma de prioridades e metas, que a empresa deve exercer no que se diz a respeito à saúde do trabalhador.

O título 6 e 7 refere-se a conclusão do trabalho e sugestão para trabalhos futuros, respectivamente.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 HIGIENE OCUPACIONAL

Ao longo dos anos, houve sempre quem se preocupasse com a saúde dos trabalhadores, de forma que foram tomadas algumas iniciativas bastante modestas, mas sem o rigor técnico-científico necessário. Na época da Revolução Industrial, na Inglaterra, além de não se utilizarem medidas de controle, o regime de trabalho, às vezes, chegava a doze ou até dezesseis horas diárias (SPINELLI et al., 2011).

Classicamente, a higiene costuma ser definida como a ciência e arte devotada ao reconhecimento, avaliação e controle dos riscos profissionais. Esses são os fatores ambientais inerentes às atividades que podem, eventualmente, ocasionar alterações na saúde, no conforto ou na eficiência do trabalhador (COX, 1981).

Os termos utilizados no Brasil, para definir a ciência que se dedica ao estudo dos ambientes de trabalho e a prevenção das doenças causadas por eles, são: Higiene Ocupacional, Higiene Industrial e Higiene do Trabalho (SANTOS et al.,2004).

Como se percebe, a Higiene Ocupacional é o conjunto de ciências e arte que objetiva a antecipação, reconhecimento, a avaliação e o controle dos agentes ou fatores ambientais originados no local de trabalho, que podem causar doença, comprometimento da saúde e do bem-estar ou significante desconforto e ineficiência aos trabalhadores ou membros da comunidade. Portanto, esse conceito vai além da saúde do trabalhador, incluindo aspectos de bem-estar e produtividade que, embora comparativamente menos importantes, mereçam destaque.

Segundo Santos et al. (2004), “a atuação do profissional da área de Higiene Ocupacional envolve inter-relações de responsabilidade que, vistas isoladamente, são óbvias, todavia, é muito difícil lidar com elas, no dia-a-dia, quando analisadas como um todo.”

Essas inter-relações levam a conflitos pessoais sobre o certo, o conveniente, o justo e suas consequências em cada situação.

2.2 PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS

O conteúdo do PPRA deverá atender na íntegra o que preconiza a NR-9 do Ministério do Trabalho e Emprego e as diversas legislações do Ministério da Previdência em especial o Decreto n. 3.048/1999 e a Instrução Normativa n.º 11/2006. O PPRA deverá se

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estender a todas as áreas e ambientes de trabalho ocupados pela empresa, estando articulado com o Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO) e outras Normas Regulamentadoras (NRs). Poderão ocorrer pelo menos três situações diversas durante a realização de um PPRA, tais como: Empresas que elaboram o PPRA pela primeira vez. -Empresas que já possuem o PPRA, porém não foram realizadas medições dos agentes agressivos. - Instalações que possuem PPRA com medições efetuadas.

De acordo com a Portaria SSST n.º 25, de 29 de dezembro de 1994 Para elaboração do PPRA, a própria NR 09, no seu item 9.2 já nos define uma estrutura mínima do documento base:

“9.2 Da estrutura do PPRA.

9.2.1 O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá conter, no mínimo, a seguinte estrutura:

a) planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma; b) estratégia e metodologia de ação;

c) forma do registro, manutenção e divulgação dos dados;

d) periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA”.

A avaliação dos agentes deverá considerar as atividades necessárias para quantificar a concentração ou intensidade através de equipamentos e instrumentos compatíveis aos riscos identificados, utilizando-se de técnicas apropriadas.

Segundo Pinto Filho (2010), nesta etapa é primordial caracterizar, através de metodologias técnicas, à exposição de trabalhadores aos agentes de risco, considerando-se os limites de tolerância e o tempo de exposição, registrando sempre o tipo de instrumental utilizado, marca, modelo e calibragem.

A dose e o nível de pressão sonora média (Lavg) deverão ser obtidos através de utilização de audiodosímetro, ou de decibelímetro. O empregado portador do audiodosímetro deverá ser acompanhado durante todo o tempo, não podendo desviar-se de sua rotina de trabalho. Os Agentes químicos deverão ser avaliados, através de monitores de difusão passiva ou métodos de amostragem instantânea para avaliação de campo dos empregados (Pinto Filho, 2010).

O empregado portador do monitor deverá ser acompanhado durante todo o tempo, não podendo desviar-se de sua rotina de trabalho. A metodologia e tempo de amostragem deverão seguir as Normas da FUNDACENTRO, NIOSH e/ou ACGIH.

Após amostragem, os monitores deverão ser avaliados por laboratórios reconhecidos nacional ou internacionalmente. Não é recomendado a utilização de tubos colorimétricos para avaliação dos agentes (Pinto Filho, 2010).

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Quadro 1 - Metodologia de Avaliação por Tipo de Agente e Equipamentos a serem utilizados.

Agente NR – 15 Metodologia Equipamentos

Ruído

Anexo 1 e 2

NHO 01 da Fundacentro Medidor de Pressão Sonora, Dosímetros, Filtros de Banda de Oitava. Calor Anexo 3 NHO - 06 Fundacentro IBUTG – ISO 7.243 Árvore de Termômetros, Stress térmico eletrônico.

Radiação Ionizante Anexo 5 NHO 05 - Fundacentro (Raio X) CNEN-NE 3.01/88 (demais casos) Dosímetros de bolso, filmes, canetas, Contador

Geiger Muller,

Cintiladores e Câmaras de Ionização.

Vibração Anexo 8

ISO 2.631 – Corpo Inteiro ISO 5.349 – Mãos e Braços

Medidor de Vibração com Analisador de freqüência e acelerômetros. Frio Anexo 9 Artigo 253 da C.L.T ACGIH Termômetro e anemômetro. Agentes Químicos Gases e Vapores Anexo 11 NHO 02 – Fundacentro NHO 03 – Fundacentro NHO 04 – Fundacentro NHO 07 – Fundacentro Métodos da NIOSH

Tubos passivos, badges, tubos colorímetricos, dosímetros passivos, bombas de fole ou pistão, bomba de amostragem de baixa vazão, tubos de carvão e sílica, porta tubos e Impingers. Asbesto Anexo 12 NIOSH: 7.400; 7.402; 9.000; 9.002; Bombas de amostragem + cassete condutivo + filtro de Ester de Celulose + calibrador.

Manganês e seus compostos

Anexo 12

NIOSH 7.300 Bomba de amostragem + cassete + filtro + Calibrador. Sílica livre Anexo 12 MHA 01 D - Fundacentro NIOSH: 7.501; 7.500; 7.601; 7.602; 7.603; Bomba de amostragem + cassete + filtro PVC + Ciclone (ou não) +

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Agente NR – 15 Metodologia Equipamentos Calibrador.

Benzeno Anexo 13-A

Instrução Normativa M.T.E n.1 de 20/12/95 Bomba de amostragem Instrumentos de leitura Direta. Poeiras Minerais ACGIH NHO 02 – Fundacentro NIOSH: 7.500 Bomba de amostragem + cassete + filtro + ciclone + calibrador. Fumos e Partículas metálicas Anexos 11 e 12 NIOSH 7.300 OSHA ID – 125 Bomba de amostragem + cassete + filtro Éster de celulose + Ciclone (ou não) + Calibrador. Agentes Biológicos Anexo 14 Qualitativa: Inspeção no local; Quatitativa: Sedimentação; Filtração; Borbulhação e Impactação Conforme método escolhido.

Fonte: Pinto Filho (2010).

O programa abrange apenas os riscos ambientais, tendo sua estrutura, planejamento e etapas baseadas na linguagem e ferramentas utilizadas em Higiene Ocupacional, ciência voltada à prevenção e controle da exposição ocupacional aos riscos químicos, físicos e biológicos, que são riscos ambientais, objeto da NR-9.

O PPRA é, na essência, um programa de higiene ocupacional, ciência que visa a proteção à saúde do trabalhador, através da prevenção, controle da exposição ocupacional aos riscos físicos, químicos e biológicos, claramente definidos no contexto da NR-9 (SAAD e GIAMPAOLI, 2005).

O PPRA, em especial, é o instrumento pelo qual a Higiene Ocupacional, de forma articulada com os outros programas e com a participação dos trabalhadores, desenvolverá suas ações, por meio da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente, do controle de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, levando-se em consideração a proteção do meio ambiente e recursos naturais (SANTOS et al., 2004, p. 28).

As ações do PPRA devem ser desenvolvidas no âmbito de cada estabelecimento da empresa, sob a responsabilidade do empregador e com a participação dos trabalhadores, sendo sua abrangência e profundidade dependentes das características dos riscos e das necessidades de controle (SHERIQUE, 2004).

Para Tuffi (2011), “o PPRA é um programa fundamental na melhoria das condições de trabalho e prevenção das doenças ocupacionais, desde que bem elaborado e apoiado numa política prevencionista, comprometida com os objetivos do programa”.

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2.3 ESTRUTURA DO PPRA

Segundo SALIBA et al., 2002, a implantação do PPRA deverá ser registrada em documento-base contendo os aspectos estruturais do programa, tais como, planejamento anual, metas, cronogramas de execução, periodicidade de revisão do programa, que segundo a norma, deverá ser realizada pelo menos uma vez ao ano. Portanto, esse documento é o registro administrativo do PPRA e deverá ser elaborado com base no desenvolvimento do programa pela administração da empresa ou instituição juntamente com o SESMT, uma vez que as ações dependem da política da mesma com relação à saúde e segurança do trabalhador. O PPRA deverá conter, no mínimo:

A. Planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma – Entende-se como meta a situação à qual pretende-se chegar após a implantação do PPRA e do implemento das ações de controle, podendo haver mais de uma, conforme as situações encontradas no ambiente de trabalho. Como pode se perceber, as metas poderão ser várias, bem como as ações desencadeadas para alcança-las, portanto, é imperioso priorizar as metas, bem como suas ações, e que se estabeleça um prazo determinado para o alcance do objetivo.

B. Estratégia e metodologia de ação – Neste item, deverá ser informada a forma como se pretende alcançar a meta, no prazo estipulado, como também o método de trabalho a ser empregado.

C. Forma de registro, manutenção e divulgação dos dados – Aqui busca-se resguardar as informações, podendo ser informatizada, visando à sua possível utilização futura, já que estes dados têm de ser preservados por 20 anos. Com relação à divulgação das informações, a própria NR já fixa alguns parâmetros: a CIPA deverá ter cópia do documento-base e alterações; todo trabalhador ou seu representante, bem como a autoridade competente, deverão ter disponível o registro de dados.

D. Periocidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA – A NR já estabelece que deverá ser efetuada, sempre que necessária e pelo menos uma vez ao ano, uma análise global do PPRA, visando a ajustes necessários e estabelecimento de metas e prioridades (SALIBA et al., 2002).

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2.4 DESENVOLVIMENTO DO PPRA

Constitui a parte mais importante do programa, uma vez que a análise e as avaliações nos postos de trabalho fornecerão subsídios para o controle dos riscos ambientais porventura existentes.

Segundo SALIBA et al., 2002, o desenvolvimento consiste nas seguintes etapas: A. Antecipação e reconhecimento

A antecipação consiste na identificação dos riscos e adoção de medidas de controle na fase de instalação do estabelecimento ou setor da empresa. Assim, poderão ser previstos o isolamento e a segregação de determinada fonte poluidora. É no planejamento das instalações que a doção das medidas de controle são mais econômicas e eficientes.

O reconhecimento consiste na identificação qualitativa dos riscos ambientais em cada posto de trabalho, principais fontes geradoras, caracterização da exposição, medidas de controle existentes, dentre outros. Esta fase deve ser realizada com bastante critério, pois, além de subsidiar o planejamento das avaliações quantitativas dos agentes ambientais, pode levar à adoção imediata de medidas de controle nas situações de risco grave e iminente.

Para esta fase alguns requisitos são essenciais:

 Conhecimento das diferentes formas em que se apresentam os agentes ambientais e dos riscos peculiares a cada atividade profissional;

 Conhecimento das características intrínsecas e propriedades tóxicas dos materiais utilizados;

 Conhecimento dos processos e operações industriais desde o recebimento da matéria-prima até o produto final acabado, incluindo possíveis subprodutos indesejáveis.

Para se obter um levantamento eficaz nessa fase é necessário que seja previamente estabelecida uma sistemática de operações que garanta a melhor cobertura possível dos riscos ambientais.

Para tanto, deverá ser estudado inicialmente um roteiro adequado para que todos os processos sejam visitados, estabelecendo-se o fluxo do processo produtivo, as interfaces e interferências nos locais de trabalho a serem avaliados.

A partir dessa fase, inclusive, deverão ser utilizadas planilhas que conterão os dados necessários à documentação do reconhecimento.

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a) Seja realizada análise de projetos de novas instalações, métodos ou processos de trabalho ou de modificação dos já existentes, visando a identificar os riscos potenciais, bem como adotar medidas de controle para sua eliminação ou redução;

b) O reconhecimento dos riscos ambientais contenha itens que possam identifica-los, que possibilitem o seu controle, bem como da eficácia das medidas a serem adotadas, além de possibilitar o estabelecimento das metas e sua hierarquização e identificação das prioridades;

c) Seja feito o planejamento das iniciativas que a empresa irá adotar com relação às fases de avaliação e controle.

Quando não forem identificados riscos ambientais nas fases de antecipação ou reconhecimento, o PPRA poderá resumir-se somente a essas fases, devendo ainda ter o registro e a divulgação dos dados.

B. Avaliação quantitativa

Nessa fase, há que se considerar que a NR-09 determina que os limites de tolerância deverão ser aqueles estabelecidos na NR-15 ou, na ausência destes, os valores de limites de exposição ocupacional adotados pelo ACGIH, ou ainda aqueles que venham a ser estabelecidos em negociação coletiva de trabalho.

Portanto, a avaliação quantitativa não se limita a somente aos agentes químicos constantes na NR-15. Para tanto deverão ser adotadas normas de avaliação expedidas pela FUNDACENRO ou NIOSH (National Institut for Ocupational Safety and Health), ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e outras.

A avaliação dos agentes ambientais consiste em determina-los quantitativamente através dos métodos padronizados, ou ainda qualitativamente através de análise e inspeção no local de trabalho.

Essa fase exige como requisito básico para proceder à avaliação o prévio conhecimento das diversas técnicas de medição instrumental.

Requer-se conhecimento básico sobre calibração de equipamentos, tempo de coleta satisfatório para determinada amostragem, tipo de análise química a ser feita, validação de amostragens, local da medição, entre outros fatores.

Deve-se tomar muito cuidado quando for obter resultados que realmente expresse as condições avaliadas e representem fielmente a exposição do trabalhador, pois qualquer um dos fatores acima mencionados é suficiente para comprometer o resultado, mascarando, portanto, a amostragem.

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Esta avaliação visa à comprovação do controle à exposição, ou inexistência dos riscos, e a fornecer subsídios para o equacionamento das medidas de controle.

C. Medidas de Controle

As medidas de controle visam a eliminar, minimizar ou controlar os riscos ambientais e devem ser aplicadas nas seguintes situações:

a) Quando for identificado, na etapa de antecipação, risco potencial à saúde; b) Quando for constatado, na fase de reconhecimento, risco evidente à saúde; c) Quando os resultados das avaliações quantitativas da exposição dos trabalhadores excederem os valores dos limites previstos na NR-15, ou, na ausência destes, os valores de limites de exposição ocupacional adotados pela ACGIH, ou aqueles que venham a ser estabelecidos em negociação coletiva de trabalho, desde que mais rigorosos do que os critérios técnico-legais estabelecidos;

d) Quando, através do controle médico da saúde, ficar caracterizado o nexo causal entre danos observados na saúde dos trabalhadores e a situação de trabalho a que eles ficam expostos.

Segundo a NR-09, medidas de controle poderão ser de ordem coletiva, administrativa ou de organização do trabalho e por uso de EPI.

Para a adoção de medidas de controle deverá ser seguida uma hierarquia na implantação, dando prioridade às medidas de caráter coletivo e dentro destas as que eliminem ou reduzem a utilização ou a formação de agentes prejudiciais à saúde (SALIBA et al., 2002).

Conforme SALIBA et al., 2002, as medidas de caráter individual devem ser utilizados como complementação às relativas ao ambiente, ou seja, serão adotadas somente quando comprovada a inviabilidade técnica de adoção de medidas coletivas ou quando estas não forem suficientes ou se encontrem em fase de estudo ou implementação e, também, quando medidas administrativas ou de organização do trabalho não forem suficientes.

Para adoção de equipamento de proteção individual deverão ser considerados: a) Adequação do EPI ao risco;

b) Orientação e treinamento sobre o correto uso; c) Estabelecimento de normas de procedimento;

d) Avaliação clínica de monitoramento da saúde do trabalhador.

Algumas medidas mais comumente utilizadas em Higiene do Trabalho são: 1. Projeto adequado;

2. Substituição do agente; 3. Modificação dos processos;

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4. Segregação ou isolamento da operação; 5. Ventilação industrial;

6. Enclausuramento; 7. Ordem e limpeza;

8. Equipamento de Proteção Individual (EPI); 9. Educação e treinamento do pessoal;

10. Exames médicos pré-admissionais e periódicos; 11. Limitação do tempo de exposição.

D. Nível de Ação

Segundo a NR-09, considera-se nível de ação o valor acima do qual devem ser iniciadas ações preventivas de forma a minimizar a probabilidade de que as exposições a agentes ambientais ultrapassem os limites da exposição. As ações devem incluir o monitoramento periódico da exposição. As ações devem incluir o monitoramento periódico da exposição. As ações devem incluir o monitoramento periódico da exposição, a informação aos trabalhadores e o controle médico.

Foi criado um nível de ação para os agentes químicos, que é igual à metade dos limites de exposição na NR-15 ou da ACGIH, e outro nível para o ruído, cuja dose é 0,5, ou seja, Leq = 80 dB (A).

E. Monitoramento

O monitoramento da exposição dos trabalhadores e das medidas de controle deverá consistir em avaliação realizada de forma sistemática e repetitiva, sempre que houver qualquer modificação operacional ou funcional. Deve-se definir grupos homogêneos de risco, estratégias de medição e tratamento estatístico dos dados (NR-09, Mte).

F. Registro dos dados

O registro dos dados deverá ser mantido pelo empregador ou instituição, de forma a constituir um histórico técnico e administrativo do desenvolvimento do PPRA e deverá ser mantido por um período mínimo de 20 anos. Este período foi fixado para instrução de processos de aposentadoria especial e possíveis indenizações por doenças de trabalho (NR-09, Mte).

2.5 RESPONSABILIDADES

A elaboração do PPRA deverá envolver tanto a participação do empregador, através do comprometimento no cumprimento do programa como atividade permanente da

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empresa, quanto dos empregados, colaborando e participando na execução do PPRA e seguindo as orientações recebidas nos treinamentos, auxiliando também na detecção de situações que possam colocar em risco à saúde dos trabalhadores (NR-09, Mte).

Conforme a NR-09, o conhecimento e a percepção que os trabalhadores têm do processo de trabalho e dos riscos ambientais presentes, incluindo os dados consignados no Mapa de Riscos, previsto na NR-05, deverão ser considerados para fins de planejamento e execução do PPRA em todas as suas fases.

O primeiro passo desse programa é antecipar os possíveis riscos a que estarão submetidos em sua vida laboral os funcionários da empresa e todos os envolvidos no local de trabalho. Permitindo que se possa aprofundar o cuidado e a pesquisa sobre os riscos.

O segundo passo é reconhecer através de avaliação qualitativa ou quantitativa os riscos que efetivamente de fato incidem na realidade da empresa, e que podem possivelmente afetar a segurança e saúde do trabalhador. Em seguida deve-se avaliar a intensidade, modos de propagação e outras informações necessárias, para aplicação de medidas preventivas cabíveis para minimização ou eliminação dos riscos existentes.

Presta-se ainda, desde que acompanhado de profissional qualificado a dar suporte nos projetos e na implantação de novas instalações físicas e tecnológicas e ou treinamentos específicos em Saúde e segurança do Trabalho.

Além de ser fundamental na promoção e realização de atividades de conscientização, educação e orientação dos colaboradores para a prevenção de acidentes e doenças ocupacionais.

Para efeito deste, o programa deve contemplar as exigências contidas conforme determina NR-9, PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, o qual consideram riscos ambientais, os seguintes agentes de riscos: Físicos, Químicos, Biológicos e Ergonômicos.

2.6 AGENTES DE RISCOS

Os agentes de risco para a saúde são classificados em agentes físicos, químicos, biológicos e ergonômicos, existentes no ambiente de trabalho e capazes de causar danos a saúde do trabalhador. Ressalta-se que em determinados trabalhos didáticos, tais riscos, também são denominados de riscos ambientais, o que não está de acordo com a Norma NR - 9 - Programa de Prevenção de Riscos ambientais, item 9.1.5, pois, – consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que,

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em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos a saúde do trabalhador (Atlas ,2002).

2.6.1 Agentes Físicos

Consideram-se agentes de risco físico as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, ultrassom, materiais cortantes e pontiagudos, e outros. Os riscos físicos são oriundos de agentes que atuam pôr transferência de energia sobre o organismo. Dependendo da quantidade e da velocidade de energia transferida, causarão maiores ou menores conseqüências para o trabalhador ou qualquer outra pessoa. Os agentes físicos mais presentes são:

 Ruído: o ruído elevado pode produzir uma redução na capacidade auditiva do trabalhador, sendo que, segundo Sherique (2002), o ruído além dos danos auditivos, pode provocar alterações em quase todos os aparelhos ou órgãos que constituem o nosso organismo. Estes efeitos extra-auditivos podem provocar ações sobre o sistema cardiovascular, alterações endócrinas, desordens físicas e dificuldades mentais e emocionais, entre as quais irritabilidade, fadiga e outros, normalmente parte de causas de acidentes. Quanto mais altos os níveis encontrados, maior o número de trabalhadores que apresentarão início de surdez profissional e menor será o tempo em que este e outros problemas se manifestarão. O ruído é um dos principais causadores de doença do trabalho na indústria metalúrgica e metal-mecânica, mas muito pouco tem se feito para se resolver este problema, e praticamente não existem informações estatísticas sobre este fato. Em relação as vibrações mecânicas, essas podem ser subdivididas em duas categorias:

 Vibrações Localizadas: caracterizadas em operações com ferramentas manuais elétricas ou pneumáticas. Poderão produzir, em longo prazo, problemas neurovasculares nas mãos, osteoporose (perda de substância óssea), e problemas nas articulações de mãos e braços.

 Vibrações de corpo inteiro: características do trabalho a que estão expostos operadores de grandes máquinas, motoristas de caminhões e tratores, podendo produzir problemas na coluna vertebral, dores lombares, rins.

 Temperaturas Extremas: as temperaturas extremas são as condições térmicas rigorosas, em que são realizadas diversas atividades profissionais, tais como:

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 Calor Intenso: é responsável por uma série de problemas que afetam a saúde e o rendimento do trabalhador. Entre as principais doenças do calor temos a internação ou insolação, a prostração térmica, a desidratação e as cãibras do calor;

 Frio Intenso: é encontrado em diversos tipos de indústrias que utilizam câmaras frigoríficas ou em certas regiões do país, especialmente durante os meses de inverno. Poderão ocorrer enregelamentos dos membros, hipotermia (queda da temperatura corporal), lesões na epiderme, conhecida como ulceração do frio.

 Pressões Atmosféricas Anormais: são encontradas em trabalhos submersos ou realizados abaixo do nível do lençol freático. Entre os problemas mais freqüentes que afetam os trabalhadores expostos a pressões elevadas, menciona-se a intoxicação pelo gás carbônico e diversos males conhecidos como doenças descompressivas, das quais a mais grave é a embolia causada pelo nitrogênio.

 Radiações Ionizantes: são provenientes de materiais radioativos como é o caso dos raios alfa, beta e gama ou são produzidos artificialmente em equipamentos como o caso do raio x. Podem provocar diversos males à saúde, comprometendo, inclusive, gerações futuras.

 Radiações Não Ionizantes: são de natureza eletromagnética, tais como: radiações infravermelhas, ultravioleta, laser, micro-ondas. Seus principais efeitos são queimaduras na pele e nos olhos que podem ser bastante graves, conforme o tipo, intensidade e duração da exposição.

 Umidade: contato prolongado da pele, mãos, pés ou qualquer parte do corpo com água ou outros líquidos, podendo eliminar a membrana protetora da pele que ficará exposta à penetração de agentes nocivos causadores de doenças.

2.6.2 Agentes Químicos

São agentes causadores em potencial de doenças profissionais devido a sua ação química sobre o organismo dos trabalhadores. Podem ser encontrados na forma sólida, líquida e gasosa. Consideram-se agentes de risco químico as substâncias, compostas ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão.

 Névoas: são encontradas quando líquidos são pulverizados, como em operações de pinturas. São formadas normalmente quando há geração de spray.

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 Poeiras: são formadas quando um material sólido é quebrado, moído ou triturado. Sendo que quanto menor a partícula, mais tempo ela ficará suspensa no ar, e maior será a chance de ser inalada. A poeira de madeira é definida como qualquer tipo de particulado em suspensão proveniente do manuseio de madeira.

A poeira pode ser originada de diversos meios, tais como, minério, madeira, poeiras de grãos, amianto e sílica.

 Gases: são substâncias não líquida ou sólida nas condições normal de temperatura e pressão, tais como: oxigênio, nitrogênio, gás carbônico.

 Vapores: ocorrem através da evaporação de líquidos ou sólidos, geralmente são caracterizados pelos odores (cheiros), tais como: gasolina, querosene, solvente de tintas.

 Fumos: ocorrem quando um metal ou plástico é fundido (aquecido), vaporizado e resfriado rapidamente, formando partículas muito finas que ficam suspensas no ar, originadas através de soldagem, fundição, extrusão de plásticos.

2.6.3 Agentes Biológicos

São microorganismos causadores de doença, com os quais pode o trabalhador entrar em contato, no exercício de suas atividades profissionais. Entre muitas doenças causadas por agentes biológicos, inclui-se a tuberculose, a brucelose, o tétano, a malária, a febre amarela e o carbúnculo.

 Bactérias: causam as pneumonias e as inflamações purulentas;  Parasitas: sugam o homem as suas substâncias nutritivas;

 Vírus: são responsáveis pelas gripes, caxumbas, paralisia infantil;  Fungos: responsáveis pelas doenças em crianças e velhos debilitados;  Protozoários: ficam alojados no intestino, causando diarreia.

2.6.4 Agentes Ergonômicos

São agentes causadores de doença, caracterizam-se por atitudes e hábitos profissionais prejudiciais a saúde, os quais podem refletir no esqueleto e órgão do corpo. A adoção desses comportamentos no posto de trabalho pode criar deformações físicas, atitudes viciosas, modificações da estrutura óssea.

Os riscos ergonômicos decorrem do momento em que o ambiente de trabalho não está adequado ao ser humano. A melhoria das condições de trabalho deve levar em

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consideração o bem estar físico e psicológico, estando ligados a fatores externos (ambiente) e internos (plano emocional). Em síntese, quando há disfunção entre o posto de trabalho e o indivíduo.

Alguns exemplos de situações anti-ergonômicas podem ser evidenciadas através de posturas incorretas ou posições incômodas, trabalho físico pesado ou em regime de turno, além de ritmos excessivos e falta de bancos e assentos não ajustáveis, entre outros.

A exposição aos agentes de riscos pode ser adequadamente controlada, isto implica em gastos, muitas vezes, considerados supérfluos. Sabe-se que existe uma preferência pelo uso de Equipamento de Proteção Individual – EPI desconfortável e de eficiência contestada em muitos casos, e por vezes causadores de efeitos secundários, em detrimento de equipamentos de proteção coletiva.

É comum que em um mesmo ambiente fechado encontrem-se, trabalhadores operando máquinas de ruído intenso e outros trabalhadores desempenhando outras tarefas, expondo-se ao mesmo ruído.

Existem outras situações agressivas no trabalho como: ritmos de produção exigidos; atividades monótonas; exposições do corpo na realização das tarefas; movimentos forçados e cargas excessivas; inadequação corpo máquina; manutenção inadequada de máquinas e instrumentos; poluição e falta de higiene do trabalho; utilização de EPI inadequado; excesso de pessoas em lugares fechados; ventilação insuficiente; máquinas inseguras; falta de capacitação e treinamento para uso de novas tecnologias e tempo dedicado a uma determinada atividade que podem também estar relacionados às doenças profissionais e aos acidentes de trabalho.

2.7 MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

Conforme Silva (2002), muitas máquinas estão envolvidas no processo de fabricação de móveis, e estas variam de acordo com a serraria e seu sistema de produção. Assim também é no caso de indústria madeireira, pois para obter o acabamento em madeiras é necessário a utilização de várias máquinas e equipamentos. Ressalta-se os sistemas de transmissão sem proteção adequada, de maneira que, permitem o acesso dos operadores quando em funcionamento, ocasionando em determinadas ocasiões, o esmagamento de partes do corpo do operador. Alguns equipamentos, por exemplo, esmeris, lixadeiras e serras, quando desprovidos de proteção, podem lançar fragmentos contra os operadores, podendo atingir os olhos, quando estes não usarem equipamentos de proteção individual. Máquinas de

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polir, jatear e afiar – quando do contato do operador com o rebolo ou o objeto abrasivo – causam a laceração de partes do corpo, quando também estas estiverem desprovidas de proteção.

2.7.1 Máquinas e Equipamentos utilizados em serrarias

 Aparadora - Utilizada para retirar rebarbas do acabamento, sobretudo em laminações;

 Lixadeira de cinta - Acabamento de superfícies planas ou curvas. Elimina imperfeições e asperezas para que a peça possa receber o acabamento final. Compõe-se de duas colunas ligadas por uma cinta de lixa, entre as quais existe uma mesa fixa onde é apoiada a peça de madeira;

Figura 1 – Lixadeira de cinta.

Fonte: Elias Máquinas, (2018).

 Desempenadeira - Utilizada para nivelar a superfície da peça; Figura 2 – Desempenadeira.

Fonte: Ferramentas Ícaro, (2018).

 Desengrossadeira - Visa dimensionar a espessura das peças. Utilizada também na operação de desbaste, para aplainar superfícies, tornando-as uniformes. É constituída por

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uma base de ferro fundido e possui, na parte superior, uma capa de proteção cobrindo o eixo, o qual é constituído por navalhas e dois rolos de alimentação que funcionam automaticamente. Ao nível da mesa estão dispostos outros dois rolos lisos que servem para o deslize da madeira;

Figura 3 – Desengrossadeira.

Fonte: Google Imagens (2018).

 Serra Fita: A serra fita, atualmente, é a máquina mais versátil e mais empregada para o desdobro de toras, pois desdobra toras de diâmetros e densidades diferentes, com espessura de corte reduzida. Segundo Abreu (2005), essa máquina exerce um importante papel na serraria, pois é a primeira máquina do fluxo produtivo. Porém problemas nesta implica no atraso da produção;

Figura 4 - Serra Fita.

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 Desdobro principal - As operações de desdobro principal são aquelas realizadas com serras principais, equipamentos de grandes dimensões, que necessitam de um maior consumo de energia para o seu funcionamento. As reduções das dimensões de toras, diminuição da altura de corte e a facilitação do trabalho de equipamentos menores em operações secundárias são funções de serras principais. Nestas serras as toras são desdobradas longituditalmente e transversalmente.

As máquinas e equipamentos utilizados no desdobro principal são: serras de quadro ou alternativas; serras circulares; serras de fita e carro porta toras. O uso desses equipamentos nas operações principais gera produtos e subprodutos, tais como: semiblocos, blocos, pranchões, tábuas, costaneiras, serragem e cavacos (ROCHA, 2002).

 Carro porta toras:O carro porta toras é um equipamento de grande importância na operação de serraria. Possui a função de transportar as toras até a máquina de desdobro, no qual a última fixa no carro móvel.

Figura 5 - Carro porta toras.

Fonte: Autor, 2018.

 Serras Circulares - Essa máquina é utilizada nas operações de canteagem e resserragem de praticamente todos os produtos da serraria, algumas dessas máquinas são produzidas por torneiros mecânicos sob encomenda. O risco nesse equipamento ocorre quando não existem os dispositivos necessários para proporcionar proteção básica ao operador: o cutelo divisor e a coifa ou cobertura de proteção. Embora a Serra Circular pareça ser de fácil manejo, não pode ser utilizada pôr pessoas não habilitadas e qualificadas, pois é uma das máquinas que oferece muitos riscos de acidentes. Sua operação requer profissional especializado e capacitado, instalação adequada, dispositivos de proteção, regulagem e manutenção periódica;

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Figura 6 e 7 – Serra circular.

Fonte: Autor, 2018.

 Destopadeira - permite efetuar cortes com grande velocidade e precisão.

Recomendada para destopo de tábuas e pranchas. Conta com proteção na “mesa” para a lâmina, com eixo “embutido” na estrutura da máquina.

Figura 8 – Destopadeira.

Fonte: Google, 2018.

2.7.1.1 Riscos inerentes à indústria madeireira

Os trabalhadores da indústria madeireira, essencialmente as serrarias, estão sujeitos a diversos riscos. Veja a seguir alguns dos motivos que fazem o número de acidentes serem mais recorrentes na indústria de beneficiamento da madeira:

 Uso constante de equipamentos e máquinas, muitas das quais tem alto poder de causar mutilação ao trabalhador quando mal conservadas ou manejadas incorretamente;

 Falta de capacitação e falta de treinamentos específicos;

 Falta de proteções adequadas, caso dos equipamentos de segurança coletiva e, principalmente individual;

Devido ao alto número de acidentes de trabalho, os Equipamentos de Proteção Individuais (EPI) se tornam extremamente importantes na garantia da integridade física dos trabalhadores em serrarias.

Por esta razão é fundamental que o empregador disponibilize a todos seus funcionários EPI’s que garantam a proteção durante as atividades diárias. A responsabilidade

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do empregador é capacitar seus funcionários quanto ao uso do EPI, orientando-os sobre a importância do uso correto de cada equipamento.

2.8 EPIS – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

EPI é Equipamento de Proteção Individual previsto na Norma Regulamentadora NR-6. O equipamento de proteção individual (EPI) é um instrumento de uso pessoal, cuja finalidade é neutralizar a ação de certos acidentes, que podem causar lesões aos trabalhadores, e protegê-los contra possíveis danos à saúde, causados pelas condições de trabalho. Equipamento de Proteção Individual é todo dispositivo ou produto, de uso individual, utilizado pelo trabalhador, destinado a proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Portanto, o EPI deve ser usado como medida de proteção, quando não for possível eliminar o risco de proteção coletiva, e caso seja necessário complementar a proteção individual.

De qualquer forma, o uso do EPI deve ser limitado, procurando-se, primeiro, eliminar ou diminuir o risco, com a adoção de medidas de proteção geral. Quando seu uso for inevitável, faz-se necessário tomar certas medidas quanto à sua seleção e indicação, pois o uso e fornecimento dos EPI é disciplinado pela NR-6.

2.8.1 Principais EPIs para a Indústria madeireira

Em serrarias, o empregador deve oferecer aos trabalhadores basicamente os mesmos equipamentos de proteção individual de outros tipos de indústrias. Veja a seguir alguns dos itens mais importantes na garantia da segurança e da saúde do trabalhador para esta atividade:

 Máscara: Evitam a inalação de poeira, partículas de serragem suspensas no ar e partículas tóxicas através das vias respiratórias. Existem 2 tipos: sem manutenção (descartáveis) e com baixa manutenção, que possuem filtros especiais para reposição;

 Viseira facial transparente: Protegem os olhos e o rosto de possíveis respingos durante o manuseio;

 Luvas: Protegem as mãos do trabalhador. Especialmente em serrarias devem ser resistentes para proteger as mãos contra possíveis cortes;

 Óculos transparentes: Protegem a área dos olhos contra poeira, serragem e partículas suspensas no ar;

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 Protetor auricular: Protegem os ouvidos de ruídos vindos dos equipamentos, comuns em serrarias;

 Avental: Produzido com material resistente a solventes orgânicos e possíveis cortes;

 Botas: Devem ser impermeáveis, preferencialmente de cano alto, além de serem resistentes aos solventes orgânicos e possíveis quedas de objetos cortantes ou perfurantes.

2.8.2 Obrigatoriedade

 Lei 6514 de 22/12/77 altera o Capítulo V do Título II da CLT, estabelecendo uma série de disposições quanto à segurança e medicina do trabalho;

 Portaria n.º 3214 / 78 aprova as Normas Regulamentadoras - NR do mesmo Capítulo.

2.8.3 Legislação

A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, de forma gratuita, EPI adequado ao risco de acordo com a NR-6, item 6.3, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:

a) Sempre que medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;

b) Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; c) Para atender situações de emergência.

2.8.4 Obrigações do empregador

a) cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho;

b) elaborar ordens de serviço sobre segurança e medicina do trabalho, dando ciência aos empregados, com os seguintes objetivos:

I - prevenir atos inseguros no desempenho do trabalho;

II - divulgar as obrigações e proibições que os empregados devam conhecer e cumprir;

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III - dar conhecimento aos empregados de que serão passíveis de punição, pelo descumprimento das ordens de serviço expedidas;

IV - determinar os procedimentos que deverão ser adotados em caso de acidente do trabalho e doenças profissionais ou do trabalho;

V - adotar medidas determinadas pelo MTb;

VI - adotar medidas para eliminar ou neutralizar a insalubridade e as condições inseguras de trabalho.

c) informar aos trabalhadores:

I - os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho;

II - os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela empresa;

III - os resultados dos exames médicos e de exames complementares de diagnóstico aos quais os próprios trabalhadores forem submetidos;

IV - os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho. d) permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalização dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho.

2.8.5 Obrigações do empregado

a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho, inclusive as ordens de serviço expedidas pelo empregador;

b) usar o EPI fornecido pelo empregador;

c) submeterse aos exames médicos previstos nas Normas Regulamentadoras -NR;

d) colaborar com a empresa na aplicação das Normas Regulamentadoras.

2.9 FUNÇÃO DAS CORES NA SEGURANÇA

Conforme Atlas (2002), e de acordo com a NR- 26 – Sinalização de Segurança, item 26.1.1, esta Norma tem por objetivo fixar cores que devem ser usadas nos locais de trabalho para prevenção de acidentes, identificando os equipamentos de segurança, delimitando áreas e identificar e advertir acerca dos riscos existentes.

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É importante salientar que a utilização de cores, segundo a NR-26, item 26.1.3, não dispensa o emprego de outras formas de prevenção, sendo que o seu uso, deve ser o mais reduzido possível, afim de não ocasionar distração, confusão e fadiga ao trabalhador.

VERMELHO – equipamento de proteção e combate a incêndio. Ex: caixa de alarme de incêndio, hidrantes, bombas de incêndio, sirene de alarme, caixas com cobertores, extintores.

AMARELO – canalização para gases não liquefeitos.

BRANCO – passarela e corredores de circulação por meio de faixas, localização de bebedouros, área em torno dos equipamentos de socorro e urgência, de combate a incêndio e outros.

PRETO – empregado para indicar as canalizações de inflamáveis e combustíveis de alta viscosidade.

AZUL – utilizado em “cuidado”, ficando seu emprego limitado a avisos quanto ao uso e movimentação de equipamentos que deverão permanecer fora de serviço.

VERDE – segurança. Ex: macas, portas de entrada de salas de curativo LARANJA – tubulações contendo ácidos;

PURPURA – perigo de radiação eletromagnéticas, portas ou aberturas de acesso a áreas com radioatividade.

LILÁS – utilizado para indicar canalizações que contenham álcalis (bases). CINZA CLARO – usado para indicar canalização de vácuos.

CINZA ESCURO – usado para indicar eletrodutos.

ALUMINIO – utilizado em canalizações contendo gases liquefeitos, inflamáveis, e combustíveis de baixa viscosidade.(óleo diesel, combustível, querosene)

MARROM – utilizado para indicar qualquer fluído não especificado pelas outras cores.

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3.1 CARACTERÍSTICAS DA EMPRESA

3.1.1 Perfil da empresa

Empresa: MADEIREIRA XXXXX

Endereço: Rua Gonçalves Junior, 315 – Centro. Cidade/Estado: Anitápolis/SC.

3.1.2 Classificação de Atividade Econômica (CNAE)

Atividade: Serrarias com desdobramento de madeira Código de Atividade: 16.10-2-01

Grau de Risco: 03 (três)

3.1.3 Distribuição dos Colaboradores

N.º Total de Colaboradores: 05 (cinco)

QUADRO FUNCIONAL Quadro 2 - Número total de colaboradores.

FUNÇÕES Nº DE FUNCIONÁRIOS Serrador de Madeiras 02 Operador de Máquina 01 Motorista 01 Ajudante de Carregamento 01 Fonte: Autor, 2018. 3.2 PRODUÇÃO

Construída em madeira, medindo, aproximadamente 300 metros quadrados, pé direito medindo 3 metros, piso de terra batida, telhas de cerâmica. Há uma parte da produção (Laminação) em que o piso é de madeira. A iluminação é natural e artificial por meio de lâmpadas fluorescentes, a ventilação é natural.

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As condições relatadas no presente trabalho refletem a situação atual da empresa no período da avaliação, sendo que neste período não houve alterações no Layout no referente à qualidade e a intensidade dos agentes nocivos presentes na planta da empresa.

Quadro 3 – Quadro Funcional

SETOR FUNÇÃO

Administ

ração ProprietárioSócio

Pro dução Serrador de madeira Operador de máquina Motorista Ajudante de carregamento Fonte: Autor, 2018.

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Consideram-se riscos ambientais, tudo que tem potencial para gerar acidentes no trabalho, em função da sua natureza, concentração, intensidade e tempo de exposição. Divide-se em agentes físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes.

Agentes físicos: são representados pelas condições físicas no ambiente de trabalho, tais como: vibração, radiação, ruído, calor e frio que de acordo com as características do posto de trabalho, pode causar danos à saúde. Muitos fatores de ordem física exercem influências de ordem psicológica sobre as pessoas, interferindo de maneira positiva ou negativa no comportamento humano, conforme as condições em que se apresentam. Portanto, ordem e limpeza constituem um fator de influência positiva no comportamento do funcionário.

Agentes químicos: podem ser encontrados da forma gasosa, líquida, sólida e/ou pastosa. Quando absorvidos pelo organismo, produzem na grande maioria dos casos, reações diversas, dependendo da natureza, da quantidade e da forma de exposição à substância.

Agentes biológicos: são microrganismos presentes no ambiente de trabalho, tais como: vírus, bactérias, fungos, bacilos, parasitas e outros. São capazes de produzir doenças, deterioração de alimentos, mau cheiro, etc. Apresentam muita facilidade de reprodução, além de contarem com diversos processos de transmissão.

Agentes ergonômicos: é o conjunto de conhecimentos sobre o homem e seu trabalho. Tais conhecimentos são fundamentais ao planejamento de tarefas, postos e ambientes de trabalho, ferramentas, máquinas e sistema de produção a fim de que sejam utilizados com o máximo de conforto, segurança e eficiência. Os casos mais comuns de problemas ergonômicos são: esforço físico intenso, levantamento e transporte manual de peso, exigência de postura inadequada, monotonia e repetitividade.

Riscos de acidentes: são os riscos gerados pelos agentes que promovem o contato físico direto com a vítima para manifestar a sua nocividade.

4.1 METODOLOGIA DE AÇÃO

O PPRA será desenvolvido em quatro etapas, a saber:  Antecipação;

 Reconhecimento;

 Avaliação dos Riscos Ambientais;  Implementação de medidas de controle.

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Na fase de antecipação não foi constatado mudanças nos métodos e processos de trabalho.

4.1.2 Fase de reconhecimento e avaliação dos riscos ambientais

Na fase de reconhecimento foram inspecionadas as instalações, os métodos de trabalho, visando à identificação dos riscos, das fontes geradoras e possíveis trajetórias, das funções e do número de funcionários expostos, dos possíveis danos à saúde relacionados aos riscos, a caracterização das atividades e do tipo de exposição. Para tal foram observados os funcionários in loco nos setores/locais/ambientes de trabalho.

4.1.3 Avaliação dos riscos

Envolve o monitoramento dos riscos ambientais para a determinação da intensidade dos agentes físicos e concentração dos agentes, visando o dimensionamento da exposição dos trabalhadores.

A avaliação quantitativa deverá ser realizada sempre que necessária para comprovar o controle da exposição ou a inexistência dos riscos identificados na etapa de reconhecimento, dimensionar a exposição dos trabalhadores e subsidiar o equacionamento das medidas de controle:

a) Definir e planejar a estratégia de quantificação dos riscos, baseando-se nos dados e informações coletadas na etapa anterior;

b) Quantificar a concentração ou intensidade através de equipamentos e instrumentos compatíveis aos riscos identificados e utilizando-se de técnicas indicadas a seguir;

c) Verificar se os valores encontrados estão em conformidade com os Limites de Tolerância estabelecidos e o tempo de exposição dos trabalhadores;

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a) Risco físico: Ruído, Calor e frio extremo, umidade, pressões anormais, vibrações, radiações ionizantes e não ionizantes, entre outros.

 A trajetória pode ser pelo ar, por contato, se propagando por todas as direções.

b) Risco químico: Poeira, gases, vapores, produtos químicos em geral (gasolina, benzeno, etanol, óleo diesel, Xileno e Tolueno), produtos de limpeza domésticos, entre outros;

 A trajetória é pelo ar, contato e inalação e se propaga para todas as direções;

c) Risco biológico: vírus, bactérias, parasitas, protozoários, fungos e bacilos;

 A trajetória e a propagação se dão por contato e pelo ar em todas as direções.

4.2 LEVANTAMENTO DE DADOS

Para o desenvolvimento do PPRA, foram realizadas medições técnicas e inspeções de segurança nas instalações da empresa, permitindo o levantamento dos riscos ambientais a que estão expostos os trabalhadores, tendo em vista seu reconhecimento e adequado controle e proteção. Os dados obtidos nas medições técnicas foram dispostos em planilhas, referidas durante a descrição dos riscos em seus respectivos anexos. O estudo das condições de trabalho na empresa foi realizado individualmente para cada seção da empresa.

Os dados obtidos nas medições técnicas foram dispostos em planilhas, referidas posteriormente em seus respectivos anexos.

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Quadro 4 - Análise dos Riscos Ambientais do Sócio Proprietário.

Função AmbientaisRiscos ExposiçãoTipo de Fonte geradora

Tempo de exposição (horas/dia) Avaliação Quantitativa/ Qualitativa Limite de tolerância Sócio Proprietário Físico: Ruído (dentro do limite de tolerância Absorção auditiva Pessoas / máquinas e Equipamentos 8 horas

habitual 65 dB(A) 85 dB(A)

Químico:

Poeiras vegetais X X X X X

Biológico: Não

evidenciado X X X X X

Medidas de Controle existentes (EPIs e EPCs): A empresa disponibiliza aos funcionários: Cadeiras ergonômicas, extintores, sanitários higienizados, pausas para descanso.

Medidas de Controle propostas (EPIs e EPCs): Manter as medidas de controle existentes; Conscientizar e treinar sobre doenças ocupacionais e acidentes.

Outros riscos/Possíveis danos à saúde: Eventuais acidentes em geral. Observações: Não evidenciado.

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Quadro 5 - Análise dos Riscos Ambientais do Serrador de Madeira.

Função AmbientaisRiscos ExposiçãoTipo de Fonte geradora

Tempo de exposição (horas/dia) Avaliação Quantitativa/ Qualitativa Limite de tolerância Serrador de madeira Físico: Ruído (dentro do limite de tolerância Absorção auditiva Motosserra Serra Circular Serra Fita 2 horas/ intermitente 105,3 dB(A) 97,7 dB(A) 85,4 a 95,3 dB(A) 95 dB(A) Químico: Poeiras vegetais Vias

respiratórias Corte de madeira Indeterminado Qualitativa X Biológico: Não

evidenciado X X X X X

Medidas de Controle existentes (EPIs e EPCs): A empresa coloca à disposição: extintores de incêndio, cadeiras ergonômicas, sanitários higienizados, água potável, pausas para descanso, protetor auditivo CA29176/5745, luvas de proteção CA

33244/32148, avental de raspa CA 13777, vestimenta tipo capa de PVC CA 12227, jaqueta de PVC CA 28500, calça de PVC CA 29500.

Medidas de Controle propostas (EPIs e EPCs): Manter as medidas de controle existentes, conscientizar e treinar. Manter as fichas de uso e controle de EPI. Fornecer botina de segurança, óculos de proteção incolor, respirador PFF1.

Outros riscos/Possíveis danos à saúde: Não evidenciado, mas eventualmente: o ruído pode causar PAIR (Perda Auditiva Induzida pelo Ruído), dores de cabeça, irritações, zumbidos, entre outros; a exposição à poeira vegetal, devido o corte de madeira, pode causar irrtações e doenças respiratórias, como bronquites e asmas.

Observações: Todos os EPIs devem ter Certificado de Aprovação - CA.

Referências

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