• Nenhum resultado encontrado

GRAU D GRAU C

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2018

Share "GRAU D GRAU C"

Copied!
6
0
0

Texto

(1)

Comocitaresteartigo:MousinhoRS,etal.Avaliac¸ãodareprodutibilidadedaclassificac¸ãodeDejourparainstabilidadefemoropatelar.RevBras SOCIEDADE BRASILEIRA DE

ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA

w w w . r b o . o r g . b r

Artigo

Original

Avaliac¸ão

da

reprodutibilidade

da

classificac¸ão

de

Dejour

para

instabilidade

femoropatelar

Rodrigo

de

Souza

Mendes

Santiago

Mousinho

a

,

José

Neias

Araújo

Ribeiro

b

,

Francisco

Kartney

Sarmento

Pedrosa

a

,

Diego

Ariel

de

Lima

a,b,c,∗

,

Romeu

Krause

Gonc¸alves

a

e

José

Alberto

Dias

Leite

b,c

aInstitutodeTraumatologiaeOrtopediaRomeuKrause(Itork),Recife,PE,Brasil

bUniversidadeFederaldoCeará,DepartamentodeOrtopediaeTraumatologia,Fortaleza,CE,Brasil cCentroUniversitárioChristus(Unichristus),Fortaleza,CE,Brasil

informações

sobre

o

artigo

Históricodoartigo:

Recebidoem14desetembrode2017 Aceitoem21denovembrode2017 On-lineemxxx

Palavras-chave:

Articulac¸ãofemoropatelar Instabilidadearticular Reprodutibilidade

r

e

s

u

m

o

Objetivos:Avaliar,pelareprodutibilidadeinterobservadoreintraobservador,aclassificac¸ão propostaporDavidDejourparadescreveradisplasiatrocleardojoelho.

Métodos:Foramestudadosdezpacientescomdiagnósticodedisplasiatroclear.Três médi-cosmembrosdaSociedadeBrasileiradeCirurgiadoJoelhoforamconvidadosparaavaliar asimagens.Análisesintra-einterobservadorforamfeitascomintervalodeumasemana. Areprodutibilidadefoiavaliadaemquatrocenários:usoderadiografia;usode radiogra-fiaetomografia;usoderadiografia,consultando-seaclassificac¸ãonomomento;eusode radiografiaetomografia,consultando-seaclassificac¸ãonomomento.

Resultados: A avaliac¸ão intraobservadorapresentou resultados discordantes. Na análise interobservador,ograudeconcordânciafoibaixoparaasanálisesqueusavamapenasa radiografiaeexcelenteparaaquelasqueassociavamradiografiaetomografia.

Conclusões:Aclassificac¸ãodeDejourapresentouumabaixareprodutibilidadeintrae inte-robservador quando usadasomente a radiografiaem perfil.Demonstrou-se queouso apenasdaradiografiaparaclassificarpodegerarfaltadeuniformidadeatémesmoentre observadoresexperientes.Contudo,quandoradiografiaetomografiaforamassociadas,a reprodutibilidademelhorou.

©2017SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublicadoporElsevierEditora Ltda.Este ´eumartigoOpenAccesssobumalicenc¸aCCBY-NC-ND(http:// creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).

TrabalhodesenvolvidonoDepartamentodeOrtopediaeTraumatologia,CentroUniversitárioChristus(Unichristus),Fortaleza,CE, Brasil.

Autorparacorrespondência.

E-mail:arieldelima.diego@gmail.com(D.ArieldeLima). https://doi.org/10.1016/j.rbo.2017.11.003

(2)

Comocitaresteartigo:MousinhoRS,etal.Avaliac¸ãodareprodutibilidadedaclassificac¸ãodeDejourparainstabilidadefemoropatelar.RevBras

femoropatellar

instability

Keywords:

Femoropatellarjoint Jointinstability Reproducibility

a

b

s

t

r

a

c

t

Objectives: ToevaluatetheclassificationproposedbyDavidDejourtodescribetrochlear dysplasiaofthekneethroughinter-andintra-observerreproducibilitymeasurements. Methods: Tenpatientswithtrochleardysplasiawerestudied.Threephysiciansmembers oftheBrazilianSocietyofKneeSurgerywereinvitedtoevaluatetheimages.Intra-and inter-observeranalyzeswereperformedatone-weekintervals.Thereproducibilitywas eva-luatedinfourscenarios:usingonlyradiography;usingradiographyandtomography;using radiographyandconsultingtheclassificationatthemoment;andusingradiographyand tomography,consultingtheclassificationatthemoment.

Results: Theintraobserverevaluationpresenteddiscordantresults. Intheinterobserver analysis,thedegreeofagreementwaslowfortheanalysesthatusedonlyradiographyand excellentforthoseinwhichbothradiographyandtomographywereused.

Conclusions: TheDejourclassificationpresentedalowintraandinter-observer reprodu-cibilitywhenonlytheprofileradiographywasused.Itwasdemonstratedthattheuseof theradiographyalonetoclassifymaygeneratelackofuniformityevenamong experien-cedobservers.However,whenradiographyandtomographywerecombined,reproducibility improved.

©2017SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublishedbyElsevierEditora Ltda.ThisisanopenaccessarticleundertheCCBY-NC-NDlicense(http:// creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).

Introduc¸ão

Apatela,conhecidacomoomaiorossosesamoidedocorpo humano,éfundamental na biomecânica da articulac¸ão do joelho.Temasfunc¸õesdeaumentaropodermecânicodo apa-relhoextensoreprotegeraarticulac¸ãodojoelho.1

Asíndrome patelofemoral éum termo usado para des-crever uma condic¸ão na qual o trilhamento patelar entre oscôndilosfemoraisocorredeformainadequada.Esse des-lizamento impróprio provoca dor anterior no joelho, pode levaraalterac¸õesdegenerativasouluxac¸ão/instabilidadeda articulac¸ãofemoropatelar.2

Ainstabilidadefemoropatelaréumapatologiafrequente eligadaafatorespredisponentesnamaioria dospacientes. Dentretais,adisplasiadatrócleafemoraleaalturadapatela sãoconsideradasosfatoresmaisimportantes.3

A instabilidade patelar é mais comum entre mulheres jovens,entreos10e17anos.Ataxadeluxac¸ãoapósoprimeiro episódiovariade15%a44%apóstratamentoconservador,essa taxaémaioremquemtevemaisdeumepisódio.4

Adisplasiatroclearécaracterizadapormorfologiatroclear anormalesulco“raso”.Nãoestáclarosedisplasiatroclearé causaouconsequênciadainstabilidade.Ouseja,alterac¸ões congênitaspoderiam levaràdisplasiada tróclea,queseria menos profunda e que favorecesse a instabilidade; ou se alterac¸õesmuscularesdeterminariamumtrilhamento anor-mal da patela, reduziriam a pressão femoropatelar, o que gerariaumestímuloinadequadoaodesenvolvimentoda ana-tomiadatrócleaeatornariamaisplanaedisplásica;ouse causadaporumacombinac¸ãodefatores.3,5

Exames de imagem apresentam muitos sinais, permi-temaidentificac¸ãodegrandeedepequenasanormalidades

anatômicas,auxiliam noestabelecimento doplanejamento dotratamento.6–9 Imagensradiográficasemincidência late-ral são fundamentais para avaliar e classificar a displasia troclear e para quantificar a patela alta. Incidências axiais permitem a medic¸ão dos ângulos da linha intercondilar e de congruência.10 Imagens tomográficas podem permitir a definic¸ão da distância TT–LITAGT, o valor da inclinac¸ão e ascaracterísticasrotacionaiseavaliaradisplasiatroclear.11 Aressonânciaévaliosanaluxac¸ãoagudaepodemostraruma rupturadoligamento patelofemoralmedial,alémdelesões osteocondraisecontusõesósseas.12

Adisplasiatroclearfoibemavaliadaeclassificadaatravés deexamesdeimagemporDejour.13Auxiliadoporradiografiae tomografiacomputadorizada,Dejour14classificouadisplasia emtiposA,B,CeD15(fig.1).

Como vimos acima, a classificac¸ão de Dejour é impor-tanteparaotratamentodopacientecomareferidadisplasia. Todavia,umacaracterísticaquedeveestarpresenteem qual-quer classificac¸ãoe´ı suareprodutibilidade.16 Paratanto, tal classificac¸ãodevesersimples,defácilmemorizac¸ãoeauxiliar naescolhadotratamento,orientaroprognósticoefacilitara comunicac¸ãoentreosprofissionaisdasaúde.16

Assim,oprincipal objetivodopresenteestudoéavaliar, através da medida da reprodutibilidade interobservador e intraobservador,aclassificac¸ãopropostaporDavidDejour14 usadaparadescreveradisplasiatrocleardojoelho.

Material

e

métodos

(3)

escla-Comocitaresteartigo:MousinhoRS,etal.Avaliac¸ãodareprodutibilidadedaclassificac¸ãodeDejourparainstabilidadefemoropatelar.RevBras GRAU A

Rx

TC

TC

TC

TC

Rx

Rx Rx

GRAU B GRAU D

GRAU C

Figura1–Classificac¸ãodeDisplasiaTrocleardeDejour14(radiografiaetomografia).

recidoentregueantesdoinício.Na˜ofoioferecidoincentivo financeiroparaqueparticipassemeosvoluntáriospoderiam serecusaraparticipardoestudo,ouretirarseuconsentimento aqualquermomento,semprecisarjustificar.

Foramselecionadosno ambulatório10 sujeitos aleatori-amente, sem restric¸ão de sexo ou idade, com diagnóstico de instabilidadefemoropatelar. Todos os pacientes fizeram examesradiográficos para acompanhamentodesuas pato-logias. Nenhum exame de imagemadicional foi solicitado nesteestudo.Foramusadosapenasosqueosparticipantes játinham.

Solicitamosaossujeitosda pesquisaumacópia deseus examesdeimagensmaisrecentes:umaradiografiaem inci-dênciaemperfileumatomografiacomputadorizadaemcortes transversaisdojoelhoacometidopelapatologiaequetenham sidogravadosemmídiadigital,comoCD-ROM.

Oscritériosdeexclusãoforam:indivíduosquerelatassem cirurgia prévia do joelho em questão e que não tivessem imagensradiológicasanterioresaesseprocedimento. Após aplicac¸ãodoscritérios,nenhumparticipantefoiexcluído.

Paraanalisarasimagens,foramconvidadostrês observa-doresmembrosdaSociedadeBrasileiradeCirurgiadeJoelho. AsimagensdigitalizadasforamentreguesemumCD-ROM (copiadasdepoisdaautorizac¸ãodospacientes)aos observa-dores.A fim de minimizaro viés,devido à dificuldade de interpretac¸ãooupossívelesquecimento,aclassificac¸ãoesuas variantesestãodescritasnafigura1.Asanálises radiográfi-casforamfeitasdeformacegaeprecedidadeumarevisãoda classificac¸ãomomentosantes(fig.1).

Ostrêsexaminadores,separadamenteesemcontatocom outrosexaminadores,avaliaramasimagensdos10sujeitos alocados.Primeiramenteclassificaram(DejourA,B,CouD)

apenascomaradiografiaemperfil(Análise1)edepoiscoma tomografiaeradiografia(Análise2).

Após umasemana,asmesmas imagens, randomizadas, foramexaminadaspelosmesmosavaliadores.Primeiramente classificaram(DejourA,B,CouD)apenascomaradiografia emperfil(Análise3)edepoiscomatomografiaeradiografia (Análise4).

Logo emseguida a essa segunda avaliac¸ão,os mesmos observadoresclassificaramnovamentecomaradiografiaem perfiledepoiscomatomografia,masdessavezpodiam con-sultaraclassificac¸ãonomomentodaavaliac¸ão(Análises5e 6).

Asvariac¸õesintereintraobservadordosdadostabulados foramanalisadaspelosoftwareSPSS(StatisticalPackageforthe SocialSciences),v23, SPSS,Inc. Foramconsideradas significa-tivasascomparac¸õescomvalordepaté0,05,comintervalo deconfianc¸ade95%.Paraanálisedeconcordânciaentreos avaliadoresfoiusadoocoeficientedeconcordânciaWde

Ken-Tabela1–CoeficientedeconcordânciaWdeKendall avaliaograudeconcordânciaentreosavaliadores, deruimaexcelenteconcordância

WdeKendall Interpretac¸ão

<0,4 Ruim

0,400-0,599 Regular

0,600-0,800 Bom

(4)

Comocitaresteartigo:MousinhoRS,etal.Avaliac¸ãodareprodutibilidadedaclassificac¸ãodeDejourparainstabilidadefemoropatelar.RevBras propostas

Situac¸ão Wde

Kendall

Qui--quadrado

df Significância assintótica(p)

Análise1(Rx) 0,553 14,931 9 0,093

Análise2 (Rx+TC)

0,891 24,058 9 0,004

Análise3(Rx) 0,515 13,903 9 0,126

Análise4 (Rx+TC)

0,861 23,238 9 0,006

Análise5 (Rx+consulta)

0,606 16,354 9 0,060

Análise6 (Rx+TC+consulta)

0,883 23,840 9 0,005

1,000

0,800

0,600

0,400

0,200

Rx Rx

Rx (consulta)

Rx + TC (consulta)

V

alores de concordância(W de Kendall)

0,000

Rx +TC Rx +TC

Análise 1 Análise 3 Análise 5 Análise 2 Análise 4 Análise 6

Figura2–Variac¸ãointerobservadornasseissituac¸ões propostas.

Tabela3–Variac¸ãointraobservador

Wde Kendall

Qui-quadrado df Significância assintótica(p)

Avaliador1 0,532 28,716 9 0,001

Avaliador2 0,873 47,143 9 0,000

Avaliador3 0,397 21,422 9 0,011

dall(tabela1).Foramcategorizadosemescalaordinalcoma classificac¸ãodeDejour,naqualA=1/B=2/C=3/4=D.

Resultados

A variac¸ão interobservador foi calculada a partir de seis situac¸ões:Análise 1:avaliac¸ãodaclassificac¸ão com apenas radiografia;Análise2:avaliac¸ãocomradiografiae tomogra-fia; Análise 3: reavaliac¸ão após uma semana, com apenas radiografia; Análise 4: reavaliac¸ão após umasemana, com radiografiaetomografia;Análise5:avaliac¸ãocomradiografiae consultaàclassificac¸ãonomomento;Análise6:avaliac¸ãocom radiografiaetomografiaeconsultaàclassificac¸ãonomomento (tabela2efig.2).

Avariac¸ãointraobservadorfoiexpressaemvaloresde con-cordânciaWdeKendallentreostrêsavaliadoresparacada tipodeavaliac¸ão(tabela3efig.3).

*

*

* 0,800

0,600

0,400

0,200

0,000

V

alores de concordância(W de Kendall)

AVALIADOR 1 AVALIADOR 2 AVALIADOR 3

Figura3–Variac¸ãointraobservador(*p<0,05).

Discussão

Classificaraspatologiase´ıpra´ıticacomum,principalmentena ortopediaetraumatologia.Umbomsistemadeclassificac¸ão tem por finalidade ser simples, reprodutível e capaz de agrupar diferentes estágios de uma lesão em subgrupos homogêneos e permitir comparac¸ões, algoritmos de trata-mento eprogno´ıstico.16Oquegeralmenteacontececomas classificac¸õeséque,aolongodotempo,apareceumcasoque nãoseenquadranostiposdescritosouclassificados.Assim, algumasclassificac¸õesaolongodotempoforamsubstituídas poroutrasmaiscompletas.17

Aestabilidade daarticulac¸ãofemoropatelarédegrande importânciaparaofuncionamentoadequadodomecanismo extensor do joelho e da suaarticulac¸ão como um todo.18 No entanto, ela tem um baixo grau de congruência, con-formeestabelecidopeloequilíbriodaarquiteturaósseaedas restric¸õesde tecidosmoles.Alterac¸õesanatômicasnãosão rarase,comoresultadododesequilíbriomecânico,pode ocor-rerinstabilidade.Aapresentac¸ãoclínicadainstabilidade,no entanto,apresentaumespectrodemanifestac¸ões.Assim,é importantediferenciarospacientesquetêmsintomas,mas que não apresentam anormalidades anatômicas, daqueles quetêmsubluxac¸ãoe/ouluxac¸ão.19

SegundoDeJouretal.,6destacam-sequatroprincipais fato-resanatômicosquelevamàinstabilidade:6,20

1. DisplasiadaFacePatelarouDisplasiaTroclear:oformato dafacepatelaréanormaleacontenc¸ãoósseadodesvioda patelaéperdida;6,20

2. Distânciaentreatuberosidadedatíbiae“garganta”da tró-cleafemoral(TT–LITAGT)excessiva:situac¸ãoassociadaao maualinhamentodomecanismoextensor,comaproduc¸ão deumvetoremvalgoqueagesobreapatela;6,20

3. Inclinac¸ãodapatela:situac¸ãodecorrentedainsuficiência dosrestritoresmediais,adisplasiadafacepatelartambém desempenhaumpapelimportantenasuaproduc¸ão;6,20 4. Patelaalta:situac¸ãoemqueapatela,comoprogredirda

(5)

Comocitaresteartigo:MousinhoRS,etal.Avaliac¸ãodareprodutibilidadedaclassificac¸ãodeDejourparainstabilidadefemoropatelar.RevBras Classificação

Síndrome da

patela dolorosa Luxação pontencialda patela

Luxação objetive da patela

< 2 a 3 luxações

Tratamento conservador

Sucesso Fracasso

Displasia da face paletar

Tipos B e C

Tipos C

Tipos A Nenhum procedimenrto

Correção da face petelar por elevação da face lateral Correção da face petelar

por aprofundamento do sulco

> 2 a 3 luxações

Tratamento cirúrgico

TT-LI >20 mm

Inclinação > 20 graus

Inclinação C/D > 1,2

Distalização da tuberosidade

da tíbia C/D = 1 Correção

LPFM e VMO Medialização da

tuberosidade da tíbia 10 mm > TT-LI < 15mm

Figura4–Fluxogramaparaotratamentodainstabilidadefemoropatelar.18

Otratamentodospacientespodeserconservadorou cirúr-gico,segueumfluxogramanoqualváriosfatoressãolevados emconsiderac¸ão(fig.4).18

Entre os principais fatorestemos: número de luxac¸ões; falhaounãodotratamentoconservador;distânciaTT–LITAGT aumentada; inclinac¸ão patelar aumentada; patela alta; e a displasiatroclear(quantificadapelaclassificac¸ãodeDejoure objetodenossoestudo).18,20

Ouseja,para muitosautoresaclassificac¸ãoemquestão servedeguiaparaaconduc¸ãoclínicadospacientes.Assim,é fundamentalqueaclassificac¸ãoemquestãotenhaumaboa reprodutibilidade.

Lippacher et al.21 compararam a reprodutibilidade da classificac¸ãoem50radiografiase50imagensderessonânciae chegaramàconclusãodequeaclassificac¸ãodeDejouréválida paraadisplasia,éparticularmenteútilnadiferenciac¸ãoentre asdebaixo(A)easdealtograu(B-D).

Rémy et al.22 avaliaram apenas a reprodutibilidade da classificac¸ãocomsomenteasradiografiasemperfile chega-ramàconclusãodequecomapenasaradiografiaavariac¸ão intraeinterobservadorapresentabaixaconcordância.

EmestudofeitoporNelitzetal.23échamadaaatenc¸ãopara ovalorlimitadodaclassificac¸ão,éútilapenasparadividirem altoebaixograudedisplasia.

Nopresenteestudo,fizemosumaanáliseemquatro cená-rios para classificar: com apenas a radiografia em perfil; com a radiografia e a tomografia; com a radiografia e a classificac¸ãonomomento;ecomaradiografiaeatomografia eaclassificac¸ãonomomento.

Comovimosnasfigurasetabela2, mesmoconsultando aclassificac¸ãonomomento,avariac¸ãointerobservadorcom apenasaradiografiaemperfilapresentaWde Kendallnão muitoelevado.Todavia,asanálisesqueusaramaradiografia

etomografiaapresentaramcoeficienteWdeKendallmaiordo que0,8,oqueexpressaexcelenteconcordância.

Naavaliac¸ãointraobservador,deacordocomatabela1,um avaliadorobteveexcelenteconcordância,umregular concor-dânciaeoterceiroruimconcordância(tabela3efig.3).

Conclusão

Aclassificac¸ãodeDejourgerouumabaixareprodutibilidade intraobservadoreinterobservadorquandousadasomentea radiografiaemperfil.

Ficoudemonstradoqueousodeapenasaradiografiapara classificarpodegerarfaltadeuniformidadeatémesmoentre observadoresexperientes.

Contudo,quandousadasradiografiaetomografia associa-dasparaclassificar,areprodutibilidademelhora.

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse

r

e

f

e

r

ê

n

c

i

a

s

1.RibeiroMM,NogueiraF,SardinhaJ,JonesJH.Critérios imagiológicosdainstabilidadefemoro-patelarpor ressonânciamagnética.RevPortOrtopTraum. 2012;20(4):425–35.

(6)

Comocitaresteartigo:MousinhoRS,etal.Avaliac¸ãodareprodutibilidadedaclassificac¸ãodeDejourparainstabilidadefemoropatelar.RevBras 3. MoreiraTA,DemangeMK,GobbiRG,MustacchiZ,PécoraJR,

TíricoLE,etal.Displasiadatrócleaeinstabilidadepatelar empacientescomsíndromedeDown.RevBrasOrtop. 2015;50(2):159–63.

4. FithianDC,PaxtonEW,StoneML,SilvaP,DavisDK,EliasDA, etal.Epidemiologyandnaturalhistoryofacutepatellar dislocation.AmJSportsMed.2004;32(5):1114–21. 5. BollierM,FulkersonJP.Theroleoftrochleardysplasiain

patellofemoralinstability.AmAcadOrthopSurg. 2011;19(1):8–16.

6. DejourH,WalchG,Nove-JosserandL,GuierC.Factorsof patellarinstability:ananatomicradiographicstudy.Knee SurgSportsTraumatolArthrosc.1994;2(1):19–26.

7. SteinerTM,Torga-SpakR,TeitgeRA.Medialpatellofemoral ligamentreconstructioninpatientswithlateralpatellar instabilityandtrochleardysplasia.AmJSportsMed. 2006;34(8):1254–61.

8. WhiteBJ,ShermanOH.Patellofemoralinstability.BullNYU HospJtDis.2009;67(1):22–9.

9. FulkersonJP.Diagnosisandtreatmentofpatientswith patellofemoralpain.AmJSportsMed.2002;30(3):447–56. 10.SchöttlePB,SchmelingA,RosenstielN,WeilerA.

Radiographiclandmarksforfemoraltunnelplacementin medialpatellofemoralligamentreconstruction.AmJSports Med.2007;35(5):801–4.

11.GiganteA,PasquinelliFM,PaladiniP,UlisseS,GrecoF.The effectsofpatellartapingonpatellofemoralincongruence. Acomputedtomographystudy.AmJSportsMed. 2001;29(1):88–92.

12.CarrillonY,AbidiH,DejourD,FantinoO,MoyenB,Tran-Minh VA.Patellarinstability:assessmentonMRimagesby measuringthelateraltrochlearinclination-initialexperience. Radiology.2000;216(2):582–5.

13.DejourH,WalchG.Lapathologiefemoro-patellaire.In: 6émesJourneesLyonnaisesdeChirurgieduGenou.Lyon, decembre.1987.

1998;56(2217):1466–71.

15.BurmannRC,LocksR,PozziJF,KonkewiczER,SouzaMP. Avaliac¸ãodosfatorespredisponentesnasinstabilidades femoropatelares.ActaOrtopBras.2011;19(1):37–40.

16.AlbuquerqueRP,GiordanoV,SturmL,AzevedoJúniorV,Leão A,AmaralNP.Análisedareprodutibilidadedetrês

classificac¸õesparaaosteoartrosedojoelho.RevBrasOrtop. 2008;43(8):329–35.

17.Gonc¸alvesFB,RochaFA,AlbuquerqueRP,MozellaAP,Crespo B,CobraH.Avaliac¸ãodareprodutibilidadedasdiferentes descric¸õesdaclassificac¸ãodeKellgreneLawrencepara osteoartritedojoelho.RevBrasOrtop.2016;51(6):687–9. 18.ScottWN.Insall&Scottsurgeryoftheknee.Philadelphia:

ChurchillLivingstone;2011.

19.AzarFM,CanaleST,BeatyJH.Campbell’soperative orthopaedics.Philadelphia:ElsevierHealthSciences;2013. 20.ScottWN.Insall&ScottSurgeryoftheKnee.Philadelphia:

ElsevierHealthSciences;2017.

21.LippacherS,DejourD,ElsharkawiM,DornacherD,RingC, DreyhauptJ,etal.ObserveragreementontheDejour trochleardysplasiaclassification:acomparisonoftruelateral radiographsandaxialmagneticresonanceimages.AmJ SportsMed.2012;40(4):837–43.

22.RémyF,ChantelotC,FontaineC,DemondionX,MigaudH, GougeonF.Inter-andintraobserverreproducibilityin radiographicdiagnosisandclassificationoffemoraltrochlear dysplasia.SurgRadiolAnat.1998;20(4):285–9.

Imagem

Figura 1 – Classificac¸ão de Displasia Troclear de Dejour 14 (radiografia e tomografia).
Tabela 3 – Variac¸ão intraobservador W de Kendall Qui-quadrado df Significânciaassintótica (p) Avaliador 1 0,532 28,716 9 0,001 Avaliador 2 0,873 47,143 9 0,000 Avaliador 3 0,397 21,422 9 0,011
Figura 4 – Fluxograma para o tratamento da instabilidade femoropatelar. 18

Referências

Documentos relacionados

Considerando que o numero de creanças em idade escolar, na cidade de Juiz de Fora, é superior ao que se acha actualmente matriculado no primeiro grupo daquela cidade, que

Para um maior detalhamento dos principais problemas encontrados no setor de Oxicorte foram analisados documentos fornecidos pelo setor de PCP, os quais são

(e) T2-weighted FatSat coronal MR image, 10 months latter from image B. In the follow-up 10 months later, some loss of thickness and fissuring are seen in the

k) uso de equipamentos e técnicas de proteção; l) participação do servidor em atividades comunitárias. Observa-se que as questões atribuídas aos quatro níveis de

Nessa medida, procedeu-se inicialmente à revisão da literatura disponível sobre a resiliência, com especial ênfase na sua relação com a prática desportiva e o suporte social,

A proporçáo de indivíduos que declaram considerar a hipótese de vir a trabalhar no estrangeiro no futuro é maior entle os jovens e jovens adultos do que

Estudos sobre privação de sono sugerem que neurônios da área pré-óptica lateral e do núcleo pré-óptico lateral se- jam também responsáveis pelos mecanismos que regulam o

Os principais agressores são os companheiros das vítimas, seus pais, seus filhos, vizinhos ou algum outro parente (WAISELFISZ, 2015). Desconhecidos também são