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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2012 UNILEVER BRASIL

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RELATÓRIO DE

SUSTENTABILIDADE 2012

UNILEVER BRASIL

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MENSAGEM DO PRESIDENTE

PERFIL

ESTRATÉGIA

GOVERNANÇA CORPORATIVA

NOSSOS PÚBLICOS

MELHORANDO A SAÚDE

E O BEM-ESTAR

REDUZINDO O IMPACTO AMBIENTAL

MELHORANDO AS CONDIÇÕES

DE VIDA E TRABALHO

PESSOAS

RESPONSABILIDADE PELO PRODUTO

PROCESSO DE RELATO

A versão completa do Relatório de Sustentabilidade 2012 da Unilever pode ser acessada aqui. O documento traz informações contextualizadas sobre o nosso desempenho

socioambiental, ações e iniciativas nas manufaturas e não manufaturas, bem como as respostas dos

indicadores GRI.

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Pelo décimo ano consecutivo publicamos o Relatório de Susten-tabilidade da Unilever Brasil. E este é o momento em que apresen-tamos a você e ao mercado os nossos esforços no ano que passou.

A Unilever Brasil consolidou seu modelo de negócio em 2012 e reafirmou sua posição como a segunda maior operação da companhia no mundo. Encerramos o ano com um faturamento de R$ 13,6 bilhões e um crescimento muito expressivo no perío-do. Ao mesmo tempo reduzimos o nosso impacto ambiental e somamos uma série de outras conquistas relacionadas ao nosso Plano de Sustentabilidade. Dois anos depois do lançamento do Plano, posso dizer que estamos dando uma importante contri-buição para a meta global de dobrar o tamanho do negócio ao mesmo tempo em que reduzimos o impacto ambiental.

No pilar ambiental, diminuímos em 12% o consumo de água em nossas manufaturas e zeramos o envio de resíduos sólidos para aterros em quatro de nossas fábricas. Também superamos a meta de substituição dos freezers Kibon com nova tecnologia, de menor impacto ambiental.

Avançamos ainda nos outros dois pilares do Plano de Susten-tabilidade, aprimorando o perfil nutricional dos nossos produtos alimentícios e fortalecendo o relacionamento com clientes e for-necedores.

Na cadeia de suprimentos, investimos no mapeamento, en-gajamento e monitoramento dos nossos parceiros comerciais e

nos destacamos pela aquisição de 100% do óleo de palma de fornecedores membros do RSPO (Roundtable Sustainable Palm Oil), iniciativa internacional que discute e promove boas práticas no setor. Também fomos a primeira empresa a comprar créditos de açúcar, ratificando nosso apoio para a produção sustentável de insumos que utilizamos em nossos produtos.

Temos muitas iniciativas em andamento, em todas as áreas, des-de o des-desenvolvimento des-de novos produtos até as fases des-de distribuição e pós-consumo. Mas ainda temos muito para aprender, e mais ainda para fazer. Isso ficou claro em junho de 2012, quando a alta lideran-ça da Unilever global e do Brasil se encontrou na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, para acompanhar uma série de diálogos e reforçar publicamente nosso compromisso com as questões da sustentabilidade.

Uma das grandes conquistas da conferência foi ressaltar a importância das empresas no processo de definição de metas e compromissos futuros. Assumimos a parte que nos cabe, e é exatamente isso que este relatório procura mostrar aos nossos diversos públicos de relacionamento, com metas e compromis-sos, cumpridos e ainda em andamento.

Ressalto, ainda, que temos o desafio de educar e despertar a consciência do consumidor, por meio da força e do alcance das nossas marcas. Elas são um poderoso canal de comunicação, e também têm a função de mostrar que a sustentabilidade é um

caminho viável para melhorar a vida das pessoas, no presente e no futuro.

Pensando nisso, olho para 2013 e vejo que temos que continuar fazendo o que fizemos até aqui: manter o Plano de Sustentabilidade no coração do nosso negócio e seguir trabalhando com a consciên-cia de que todos se beneficonsciên-ciam com as nossas conquistas.

As prioridades são as mesmas: continuar crescendo acima do mercado, em uma taxa que permita dobrar o negócio no curto pra-zo, cortando o impacto ambiental mês a mês, com objetivos e medi-ções muito claros. E divulgarmos anualmente todos os resultados, com equilíbrio e transparência, como mostra este relatório.

Boa leitura!

Fernando Fernandez

Presidente, Unilever Brasil

MENSAgEM DO PRESIDENTE

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NEGóCIOS CATEGORIAS E MARCAS FáBRICAS E OPERAÇÕES DESTAqUES DO PERíODO METAS E COMPROMISSOS

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Somos uma empresa anglo-holandesa com presença em 190 países e atuação em quatro grandes categorias de bens de con-sumo: cuidados pessoais, alimentos, limpeza e refreshment (be-bidas de soja e sorvetes). Com a divisão Food Solutions, nossas atividades se estendem também ao segmento de alimentação fora do lar, que oferece produtos para restaurantes, hotéis,

ca-terings e estabelecimentos diversos.

Presente no Brasil há 83 anos, a Unilever possui hoje 25 mar-cas que, juntas, oferecem mais de 700 produtos ao mercado na-cional, como Omo, Comfort, Fofo, Seda, Lux, Kibon, Hellmann’s, Knorr, Becel, Maizena, AdeS, Dove, Axe, Close Up e Rexona. Líde-res nos segmentos de detergentes em pó, desodorantes, bebidas de soja e sorvetes, entre outros, alcançamos 100% dos lares bra-sileiros, servindo cerca de 200 milhões de pessoas no país, pelo menos uma vez, ao longo de um ano. A cada segundo, cerca de 200 produtos da Unilever são consumidos no território nacional. Segunda maior operação da companhia no mundo, a Unile-ver Brasil tem sede em São Paulo (SP), onde também estão qua-tro escritórios e um Cenqua-tro de Inovação e Pesquisa com Clientes

(CiiC – Customer Insight and Innovation Center). Contamos com nove unidades de manufatura em operação, instaladas em quatro estados (São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco e Goiás), e 23 cen-tros de distribuição nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul, responsáveis pela entrega de nossos produtos aos clientes.

Até o fim de 2012, nossa equipe era composta de 13.273 fun-cionários. Mais de 90% da nossa produção é voltada para o mer-cado interno. Nos últimos anos, temos fortalecido nosso com-prometimento com práticas de gestão, comunicação e negócios voltados ao desenvolvimento sustentável. Com o lançamento do Plano de Sustentabilidade da Unilever, pretendemos influenciar a transformação do modo de vida das pessoas para um consumo consciente e responsável, ao mesmo tempo em que promove-mos a redução do nosso impacto ambiental, o aumento do im-pacto social e o crescimento da companhia.

Maior desafio da companhia hoje, a meta de dobrar de tama-nho reduzindo o impacto ambiental continua sendo uma busca e uma conquista diária em nossas atividades no Brasil. Registra-mos avanços na redução de emissões de gases de efeito estufa

LIDERANçA NO vAREjO

Segunda maior operação da companhia no mundo,

Unilever Brasil mantém-se na primeira posição

de mercado em diversas categorias em que atua

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(GEE) e aprimoramos o monitoramento de impactos relaciona-dos ao consumo de água e à geração de efluentes líquirelaciona-dos e re-síduos sólidos.

A FORÇA qUE VEM DO BRASIL

O faturamento da Unilever Brasil encerrou o ano de 2012 em R$ 13,6 bilhões. Tal desempenho reflete a presença das nossas marcas no país e a liderança que ocupamos em diversos seg-mentos de atuação, como os de detergentes em pó, produtos de higiene pessoal e bebidas.

A versão em líquido concentrado de Omo, lançada em 2010, já alcançou 50% de participação no mercado de líquidos. O

sa-NOSSA PRESENÇA

No mundo

» Operações em 190 países

» Mais de 400 marcas, 14 das quais capazes de gerar mais de 1 bilhão de euros em vendas por ano

» Crescimento de 6,9% em 2012 » 2 bilhões de pessoas usam ao menos um produto da Unilever por dia » 171 mil funcionários » 160 mil fornecedores » 252 fábricas » Liderança de mercado em sete categorias: temperos, chás, maionese e margarinas, molhos, cuidados

para a pele, sorvetes e desodorantes. No Brasil » Faturamento de R$ 13,6 bilhões em 2012 » 9 fábricas em quatro estados (SP, MG, GO e PE) » 200 produtos

consumidos por segundo

» 86% dos lares

impactados por nossos produtos ao mês (e 100% ao ano) » 13.273 funcionários » Cerca de 6 mil fornecedores » Liderança de mercado em 10 das 13 categorias em que atua » 60 novos produtos lançados em 2012 bão em pó está presente em 78% dos lares brasileiros e também

temos mais de 60% de mercado na categoria de bebidas de soja. Na categoria de cabelos, esse índice é de aproximadamente 30%, com expectativa de chegar a 35% até 2015.

Em 2012, registramos avanços em categorias e regiões tratégicas para o negócio no país, e estabelecemos metas es-pecíficas de crescimento para os próximos anos, com foco na expansão em mercados que têm se fortalecido – acompanhando a saída de milhares de brasileiros da linha da pobreza e o maior acesso da população ao mercado de bens de consumo.

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vISãO

Trabalhamos para criar um futuro melhor todos os dias. Ajudamos as pessoas a se sentirem bem, boni-tas e a aproveitar mais a vida com marcas e serviços que são bons para elas e para os outros.

Vamos inspirar as pessoas a adotar pequenas ati-tudes diárias, que, somadas, podem fazer uma gran-de diferença para o mundo.

*

CATEgORIAS E MARCAS

ALIMENTOS RefReshmeNT (soRVeTes

e BeBidAs) CuidAdos pessoAis LimpezA

*A linha Lipton é comercializada no Brasil em parceria com a Pepsico.

RECONHECIMENTO

Como reflexo das práticas que desenvolvemos na ca-deia e em nossas operações, recebemos alguns reconhe-cimentos de relevância em 2012 – voltamos a figurar, por exemplo, no Guia Exame de Sustentabilidade, promovido pela revista Exame, que indica 20 empresas-modelo por suas práticas socioambientais. Confira a lista completa de prêmios e reconhecimentos do ano em www.unilever. com.br/sustentabilidade

Vamos desenvolver novas formas de fazer ne-gócios que nos permitirão dobrar o tamanho da nossa companhia ao mesmo tempo em que redu-zimos nosso impacto ambiental.

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são pAuLo

01 Vinhedo

02 Valinhos Sorvetes

03 Valinhos Cuidados Pessoais

04 Indaiatuba miNAs geRAis 05 Pouso Alegre peRNAmBuCo 07 Ipojuca 08 Garanhuns 09 Jaboatão dos Guararapes 10 Igarassu goiás 06 Goiânia 01 vINhEDO

início das operações1978

produtos fabricadosAmaciantes (Comfort e Fofo), Xampus e Condicionadores (Seda, Suave, Dimension, Dove, TRESemmé e Clear), Desodorante roll-on(Dove, Rexona e Axe), sabonetes líquidos (Lux, Lifebuoy e Dove), Loções hidratantes (Dove e Vasenol) funcionários742

RegiãoDistrito Industrial

CertificaçõesISO 9001 (desde 1999), ISO 14001 (desde 1999), TPM1

02 vALINhOS SORvETES início das operações1970

produtos fabricadosSorvete take home (potes Kibon) e Impulso

(picolés Kibon) funcionários1.339 RegiãoUrbana

Certificações ISO 9001 (desde 2001), ISO 14001 (desde 2001), TPM

03 vALINhOS CUIDADOS PESSOAIS início das operações1895

produtos fabricadosSabonete em barra (Dove, Lux, Vinólia, Lifebuoy e Fofo) funcionários1.339

Região Urbana

Certificações ISO 9001 (desde 2001), ISO 14001 (desde 2001), TPM

04 INDAIATUBA

início das operações 1982

produtos fabricados Detergente em pó (Brilhante, OMO e Surf) funcionários 622

Região Distrito Industrial

Certificações ISO 9001 (desde 2001), ISO 14001 (desde 2001), TPM

05 POUSO ALEgRE início das operações 1975 produtos fabricados Bebida à base de soja (AdeS), Caldos (Arisco e Knorr), Sopas (Arisco e Knorr), Tempero em pó (Knorr) funcionários 1.020

Região Distrito Industrial Certificação TPM

06 gOIâNIA

início das operações 1969

produtos fabricados Maionese (Arisco e Hellmann’s), molho de salada (Hellmann’s), mostarda (Arisco e Hellmann’s), temperos em pó e pasta (Arisco), sobremesas Carte D’Or, Food Solutions (Knorr Caldos, Arisco caldos, Knorr temperos, molhos quentes, Knorr Preparados), Knorr Meu Arroz funcionários 1.004

Região Distrito Industrial Certificação TPM

07 IPOjUCA

início das operações 2005 produtos fabricados Amaciante

(Comfort e Fofo), creme dental (Close Up e Pepsodent, exclusivo para exportação),

desodorante spray (Axe e Rexona), xampu, condicionador, creme para pentear (Seda), creme para tratamento (Seda), linha TRESemmé

funcionários 450

Região Distrito Industrial Certificações ISO 9001 (desde 2003), TPM 08 gARANhUNS

início das operações 1991

produtos fabricados Amido de milho (Maizena), farinha de milho com farinha de arroz para o preparo de mingaus (Arrozina), mistura à base de amido de milho para o preparo de mingaus (Cremogena), xarope de glucose (Karo) e coberturas (Karo) funcionários 185

Região Distrito Industrial

09 jABOATãO DOS gUARARAPES início das operações 1999

produtos fabricados Sorvete take home (potes Kibon e Sorvane) e Impulso (picolés Kibon), copos (Kibon) funcionários 1.025

Região Distrito Industrial 10 IgARASSU

início das operações 1997

produtos fabricados Detergente em pó (Ala, Brilhante, OMO e Surf) funcionários 337

Região Distrito Industrial

Certificação ISO 9001 (desde 2004) fáBRICAS NO BRASIL

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MELHORANDO A SAÚDE E O BEM-ESTAR

» Em Bem-Estar e Higiene, lançamos o Unilever Health Institu-te (Instituto de Saúde Unilever), divisão especializada que nos aproxima de consumidores, especialistas e profissionais da área de higiene e saúde.

» Avançamos nos diálogos setoriais sobre a redução de sódio nos alimentos, com a assinatura de acordo entre a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (Abia) e o Ministério da Saúde. O objetivo é reduzir o teor de sódio de temperos, caldos, cereais matinais e margarinas vegetais. A proposta é retirar 8,8 mil toneladas de sódio desses alimentos até 2020.

» Aprimoramos o perfil nutricional de alguns produtos alimen-tícios, além de iniciar o patrocínio a projetos como o Meu Prato Saudável.

» Diversas ações centradas em Lifebuoy ao longo de 2012 dis-seminaram a importância da lavagem das mãos, atingindo mais de 5,7 milhões de pessoas no Brasil. A iniciativa envolveu parcerias com a Pastoral da Criança e o Ministério da Saúde, e mobilizou funcionários voluntários para uma grande ação no dia 15 de outubro, quando se comemora o Dia Mundial de Lavar as Mãos.

REDUZINDO O IMPACTO AMBIENTAL

» Reduzimos o consumo de água em 12% ao longo do ano.

» Na gestão de resíduos sólidos, conseguimos zerar o envio de resíduos sólidos para aterro gerados nas plantas de Indaia-tuba (SP), Goiânia (GO), Pouso Alegre (MG) e Vinhedo (SP) e su-peramos a meta de substituição das refrigeradoras Kibon para 2012. Encerramos o período com 100% dos componentes sen-do reutilizasen-dos e/ou reciclasen-dos no final da vida útil.

» Formalizamos nosso posicionamento de apoiar debates sobre o consumo consciente com o lançamento da pesquisa “O que o brasileiro pensa do meio ambiente e do consumo sustentável”, elaborada pelo Ministério do Meio Ambiente, em parceria com outras empresas.

» Os principais executivos da Unilever global e nacional – in-cluindo os presidentes Paul Polman (global) e Fernando Fer-nandez (Brasil) – compareceram à Rio+20. Na conferência mundial, lançaram manifesto público reafirmando o posiciona-mento da companhia a respeito de temas voltados ao desen-volvimento sustentável.

MELHORANDO AS CONDIÇÕES DE VIDA E TRABALHO

» O programa Compras Responsáveis aprimorou a gestão de parceiros e um questionário distribuído aos nossos quase 6 mil fornecedores abordou temas relacionados aos direitos humanos e à sustentabilidade.

» No âmbito do Programa Integrare, o resultado dos negócios foi 29% superior ao do ano anterior.

» No Brasil, iniciamos a compra de certificados de açúcar de origem sustentável e damos suporte à produção de 3,2 mil toneladas com a aquisição desses créditos.

DESTAqUES DE

2012 NO BRASIL

METAS E COMPROMISSOS

» A Unilever tem como compromisso monitorar o desem-penho de todas as suas operações ao redor do mundo em relação às principais metas do Plano de Sustentabili-dade. Para isso, todos os anos as subsidiárias relatam as ações desenvolvidas para colaborar com o cumprimento das metas quantitativas e qualitativas do documento, distribuídas em torno dos três pilares de atuação.

» Os resultados são compilados no Relatório de Progres-so do Plano de Sustentabilidade Unilever, publicado após o primeiro trimestre de cada ano com dados do período anterior. Disponível em www.unilever.com.br/ sustentabilidade, o documento reúne as principais me-tas e seu estágio atual nas operações globais.

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ESTRATégIA

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A principal orientação estratégica da Unilever no Brasil e no mundo é crescer de tamanho reduzindo o impacto ambiental das nossas atividades e operações até o ano de 2020. Esse desafio permanente é, também, a grande diretriz do Plano de Sustenta-bilidade da Unilever, lançado em 2010 pela divisão global e ado-tado pelas várias subsidiárias ao redor do mundo, e da estratégia Unilever Brasil 2012 (UB2012), divulgada em 2008.

Na prática, essas políticas sinalizam que desejamos avan-çar de forma expressiva em todos os mercados em que atua-mos, com base na inovação, na diversificação do nosso portfólio e na construção de vínculos de longo prazo com fornecedores, clientes, instituições e funcionários. Nossa estratégia de negócio traz, ainda, a necessidade de nos aproximarmos cada vez mais do consumidor, fortalecendo a marca corporativa, e investirmos em inovações capazes de manter nossa liderança em segmentos estratégicos – e cada vez mais competitivos.

Todos os anos a Unilever renova 70% do portfólio. Mantive-mos a liderança em categorias importantes para o negócio no Brasil, como sorvetes, desodorantes, bebidas à base de soja e

sabão em pó. Nesta última, destacamo-nos não só pela forte presença de Omo em todo o mercado nacional, como também pela participação de produtos como Ala em outras regiões bra-sileiras, sobretudo no Norte do país.

Outro foco de investimento recente, que põe em prática nossa ideia de aliar os negócios com boas práticas socioambientais, é o segmento de líquidos concentrados – que, hoje, contempla as marcas de detergentes OMO e Surf e de amaciantes Fofo e Comfort.

Em 2012, tornamo-nos líderes na categoria de líquidos no Brasil, que representa 13,5% do mercado de detergentes – no qual a participação dos produtos concentrados cresceu 77% em relação a 2011.

O ano de 2012 marcou ainda o encerramento do UB2012, estratégia lançada em 2008 com o objetivo principal de tornar a Unilever Brasil a segunda maior operação da companhia em quatro anos. Objetivo cumprido no campo de negócios, temos agora a missão de trazer outros pontos do UB2012, amparados pelo Plano de Sustentabilidade, para todas as etapas de nossas

O CAMINhO ATé 2020

Nos próximos anos, queremos ampliar o

negócio ao mesmo tempo em que reduzimos

os impactos ambientais na cadeia

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atividades, como o crescimento sustentável e a transformação cultural nas operações, tendo como base a inovação e a constru-ção de relações sólidas com nossos públicos de interesse.

Confira o progresso do Plano de Sustentabilidade e os avan-ços de nossa estratégia UB2012 na versão completa deste rela-tório (www.unilever.com.br/sustentabilidade).

OS AVANÇOS DO PLANO DE SUSTENTABILIDADE

O ano de 2012 foi importante para consolidar o Plano de Sus-tentabilidade Unilever como o documento de referência, orien-tação e posicionamento sobre o nosso modelo de negócios e es-tratégia de crescimento.

No período, reafirmamos a importância do plano com diver-sas práticas e iniciativas, internas e externas, em consonância com as diretrizes estratégicas dos pilares Melhorando a Saúde e o Bem-Estar, Reduzindo o Impacto Ambiental e Melhorando as Condições de Vida e Trabalho. Fortalecemos a estrutura de go-vernança por meio do Comitê de Sustentabilidade; abordamos o tema em nossa pesquisa de clima, com impacto direto em todos os mais de 13 mil funcionários da Unilever; com os fornecedo-res, aprimoramos os sistemas de monitoramento e gestão, além de organizar encontros de engajamento e fortalecer programas como o Compras Responsáveis (Responsible Sourcing); com re-lação aos clientes, demos continuidade a grandes parcerias, es-pecialmente aquelas que envolvem boas práticas de logística e distribuição dos nossos produtos.

Institucionalmente, também avançamos no diálogo com en-tidades setoriais e órgãos do governo. Exercemos participação

relevante em eventos como a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) e reforçamos parce-rias para divulgar campanhas de saúde, higiene, meio ambiente e outros temas por meio dos nossos produtos e marcas (leia mais

em Governos e Instituições).

No eixo de comunidades, avançamos no mapeamento dos

stakeholders que se relacionam com as fábricas da Unilever, uma etapa que nos apoiará na gestão de impactos e é o primeiro passo rumo a um diálogo efetivo com as pessoas presentes no entorno das unidades industriais no país (leia mais em Nossos

Públicos).

em 2012, fortalecemos a estrutura

de governança da sustentabilidade,

abordamos o tema em nossa

pesquisa de clima, aprimoramos

os sistemas de gestão dos

fornecedores e demos continuidade

a grandes parcerias com clientes.

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A Unilever Brasil, subsidiária do grupo Unilever, é uma em-presa de capital fechado no país e conta com uma estrutura de governança que segue as diretrizes da matriz anglo-holandesa. Como parte de um grupo presente em mais de 190 países, com negócios e operações de naturezas distintas, estamos estrutu-rados em três instâncias de decisão: global, regional (no nosso caso, América Latina) e local – termo que, na Unilever, é usado para designar as operações nacionais.

A instância responsável pela tomada de decisão varia de acor-do com o processo. As grandes negociações com forneceacor-dores, por exemplo, acontecem nos âmbitos global e regional. Nossas manufaturas no Brasil também respondem para o regional, en-quanto algumas áreas dos escritórios se reportam para a estru-tura local.

Nosso mais alto órgão de governança no Brasil é o Conselho Executivo, formado pela Presidência e oito Vice-Presidências. Em 2012, o cargo de Vice-Presidente de Comunicação Corpo-rativa, que também acumulava a coordenação da área para a America Latina, foi transferido para a Argentina, mas o

repor-te da Diretoria de Comunicação Corporativa e Susrepor-tentabilidade se manteve, também, ao Presidente da companhia no Brasil, o argentino Fernando Fernandez, que está nesse cargo desde se-tembro de 2011.

Responsável pelas decisões estratégicas da companhia no Brasil, o Conselho mantém diálogo com as esferas regional e global e não possui membros independentes ou não executivos. Atualmente, não possuímos um conselho externo em nossa es-trutura local de governança. O apoio aos diversos processos é feito com a constituição de comitês de gestão, que auxiliam os executivos em temas e casos específicos – como o de Sustenta-bilidade e o de Crise. Para definir a composição da alta gestão, recorremos às diretrizes globais da Unilever e consideramos as qualificações e experiências dos executivos no longo prazo.

A estruturação da nossa estratégia UB2012 e a implementa-ção global do Plano de Sustentabilidade fortaleceram a inclusão de critérios socioambientais nas esferas de decisão da compa-nhia. Como consequência, o desempenho de nossas lideranças – gerentes, diretores e vice-presidentes, por exemplo – é definido

também pelo desempenho em sustentabilidade, e não apenas a partir das metas de negócio.

COMITê DE SUSTENTABILIDADE

O Comitê de Sustentabilidade foi reestruturado em 2010 para fortalecer a governança do tema e integrar os aspectos da sus-tentabilidade às instâncias de tomada de decisão. O objetivo do grupo é assegurar a disseminação do Plano Global de Sustenta-bilidade nas áreas, bem como acompanhar e encaminhar metas e indicadores de sustentabilidade, reportando-se ao Conselho Executivo. Além disso, o comitê serve como canal de comunica-ção interna e externa da companhia para o tema e desenvolve planos de comunicação e engajamento com os principais públi-cos de relacionamento.

As reuniões ocorrem mensalmente e a diretoria de Susten-tabilidade e parte dos membros do comitê participam ainda da reunião do Conselho Executivo, conforme necessário.

INSTâNCIAS DE DECISãO

Estrutura de governança no Brasil conta com

comitês como o de Sustentabilidade, que apoia

a inserção do tema na gestão do negócio

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CONSUMIDORES CLIENTES

COMUNIDADES

GOVERNOS E INSTITUIÇÕES

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A necessidade de aliarmos a condução dos negócios a práti-cas responsáveis é uma questão que se estende a toda a cadeia de valor. Nos últimos cinco anos, estruturamos diálogos, ações de engajamento e parcerias com nossos vários públicos estraté-gicos no Brasil, envolvendo funcionários, consumidores, clientes, fornecedores, comunidades de entorno, acadêmicos e institui-ções do governo.

Ao pensar em todo o ciclo de vida do produto, desde a fase de pesquisa e desenvolvimento até o pós-consumo, criamos con-dições de identificar os principais stakeholders que exercem in-fluência e são impactados pelos negócios da Unilever Brasil em cada um dos processos desse ciclo.

O primeiro levantamento, realizado em 2008, definiu três pú-blicos prioritários naquele momento: funcionários, fornecedores e clientes. Esse trabalho orientou ações específicas de engaja-mento e de redução de impactos associados à produção e à ca-deia de valor. Outros públicos, como governos, consumidores, acadêmicos e comunidades de entorno das fábricas, também têm sido contemplados por iniciativas.

CONSUMIDORES

Oferecemos diversos canais de atendimento e relacionamen-to com os consumidores, orientamo-nos por documenrelacionamen-tos e có-digos internos e externos, realizamos pesquisas para identificar tendências e comportamentos e abordamos de diversas manei-ras uma questão essencial para o nosso negócio no Bmanei-rasil e no mundo, que é a educação para o consumo consciente.

A principal ferramenta de contato do consumidor com a Uni-lever Brasil é o SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor), feito por meio de telefone, e-mail e carta. Também contamos com fanpages e perfis de nossas marcas em redes como Face-book e Twitter, que se estabeleceram como um importante ins-trumento de diálogo nos últimos anos.

Em 2012, desenvolvemos uma ferramenta online que apre-senta respostas aos principais questionamentos dos consumido-res, disponibilizada 24h por dia nos sites das nossas principais marcas. Os novos consumidores respondem por cerca de 84% dos atendimentos, o que nos traz o desafio de entender e traba-lhar a partir de dúvidas e considerações bem distintas.

Ao longo de 2012, reduzimos a equipe de atendimento em função da queda do volume de contatos registrados, que foi infe-rior ao ano de 2011, quando também registramos redução nesse indicador. Ao mesmo tempo, mantivemos os índices de satisfa-ção e registramos melhorias no atendimento por e-mail, canal em que temos investido nos últimos anos, por considerá-lo uma importante ferramenta para posicionar a Unilever e esclare-cer nossos consumidores de forma objetiva sobre suas dúvidas e considerações. No total, registramos 722.524 atendimentos, mais de 50% deles por e-mail, 38% por telefone e 5% via redes sociais. Desse total, 220 mil manifestações geraram algum de-sencadeamento.

Nos contratos que firmamos com a empresa parceira no SAC, estabelecemos índices mínimos de satisfação para essas ma-nifestações: 85%, para telefone e carta; e 70%, para e-mail. Em 2012, esses números ficaram estáveis em comparação ao ano anterior, com média geral de 80%. O índice de satisfação nos atendimentos por e-mail encerrou o período em 75% (proporção de consumidores que avaliam o serviço com notas 8, 9 ou 10). Nos atendimentos por telefone, o índice atingiu 96%.

EDUCAÇãO PARA O CONSUMO CONSCIENTE

O consumo consciente é um tema crítico para a indústria de bens de consumo e uma questão prioritária para a companhia. Aparece com relevância em nossa Matriz de Materialidade e é uma das diretrizes do Plano de Sustentabilidade. Estudos rea-lizados pela Unilever global mostram que precisamos agir em todas as fases do ciclo de vida para atingirmos nossas metas.

UM OLhAR PARA A CADEIA DE vALOR

Nos últimos cinco anos, investimos em

ações e aprimoramos o diálogo com diversos

públicos com que nos relacionamos no Brasil

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Por isso, procuramos apoiar os consumidores atuando em diversas frentes de comunicação, que também ressaltam, além dos aspectos ambientais durante o uso e pós-consumo, os be-nefícios de alguns produtos para a saúde, o bem-estar e a quali-dade de vida das pessoas.

Uma dessas frentes envolve parcerias com o Ministério da Saúde para inserir, nas embalagens dos nossos produtos, men-sagens sobre bons hábitos de saúde, higiene e alimentação. Isso é especialmente adotado em produtos com atributos sociais – como Lifebuoy e Pureit – ou desenvolvidos com aspectos nutri-cionais, como é o caso de AdeS.

Essa relação também se estende a organizações não gover-namentais e membros da cadeia de clientes, que amplificam nossas mensagens e atingem mais públicos e consumidores. Dois exemplos são as parcerias com o Instituto Akatu em diver-sos projetos relacionados ao consumo consciente e, em alguns

de nossos clientes, as iniciativas que reforçam a importância da oferta de produtos com menor impacto socioambiental.

CLIENTES

Os produtos da Unilever estão presentes em mais de 400 mil pontos de venda em todo o Brasil, entre supermercados, far-mácias e lojas de vizinhança. É uma cadeia expressiva de clien-tes, que traz facilidades e desafios, e exige uma agenda conjunta para minimizar impactos e otimizar processos.

Desde a implantação do Plano de Sustentabilidade, temos re-forçado a comunicação dos nossos valores e da nossa cultura de negócios na cadeia de clientes por meio dos Joint Sustainability Plans (JSP, na sigla em inglês), ou Planos Conjuntos de Susten-tabilidade. O objetivo é discutir parcerias e implementar ações que tragam benefícios ambientais e econômicos para todas as partes envolvidas. Abordamos temas como a redução das

emis-sões na cadeia de suprimentos, com projetos de frota comparti-lhada e otimização da ocupação dos caminhões.

Em 2012, nosso principal avanço nesse sentido foi a assina-tura de um Plano de Negócios com o Grupo Pão de Açúcar, ini-ciativa liderada pelas áreas de Logística e Vendas. Mapeamos a pegada de emissões em nossos processos e fluxos comerciais, do transporte das fábricas aos centros de distribuição da Unile-ver, e do percurso dessas instalações aos centros de distribuição e pontos de venda do cliente. Para isso, aplicamos os dados do nosso inventário de 2011 e identificamos um volume relevante de emissões nas rotas entre os centros de distribuição e pontos de venda. Nesse plano, também acordamos a continuidade e expan-são de iniciativas de redução de emisexpan-são e custos na logística.

Também testamos, ao longo do ano, um projeto para otimizar o acondicionamento de pallets de diferentes categorias de produtos em caminhões que levam nossa produção aos centros de

distri-17

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mantemos um diálogo

amplo com vários públicos

de relacionamento. em

parceria com outras

instituições, falamos

ao consumidor sobre

consumo consciente.

Também desenvolvemos

projetos com clientes para

reduzir nossa pegada

ambiental e utilizamos a

força de nossas marcas em

campanhas do governo.

18

(19)

buição dos nossos clientes. No Nordeste, começamos a aplicar um sistema semelhante, que visa à melhoria na ocupação do ca-minhão, praticado até então apenas no estado de São Paulo.

Centro de Inovação e Pesquisa de Clientes (CiiC)

O Centro de Inovação e Pesquisa de Clientes (ou CiiC, sigla para Consumer Insight and Innovation Center) foi inaugurado em 2010 em São Paulo com a proposta de buscar soluções e realizar testes de eficiência na comunicação dos nossos produtos. Pri-meiro espaço de interação com clientes estruturado pela Unile-ver na América Latina, o CiiC nos permite reunir parceiros para analisar e modificar estratégias de negócio e comunicação por meio de estudos e simulações de ponto de venda.

No total, realizamos 126 visitas no espaço ao longo de 2012, envolvendo clientes do grande varejo e representantes de redes de farmácia, conveniência e parceiros regionais de atacado.

COMUNIDADES

As nove fábricas da Unilever no Brasil se localizam em quatro estados de três diferentes regiões do país. Essa presença nos traz a necessidade de olhar para as operações da manufatura e estruturar canais abertos de relacionamento com as comunida-des locais – um comunida-desafio abordado no Plano de Sustentabilidade e apontado também no trabalho de levantamento de públicos, que começamos a conduzir em 2012.

Temos enfrentado o desafio de engajar as comunidades ins-taladas no entorno com projetos como o mapeamento e consulta de públicos, a avaliação de impactos socioambientais e econômi-cos associados ao negócio e o uso de mecanismos de levanta-mento ambiental.

Na parte de mapeamento de públicos, evoluímos em 2012 com um projeto para identificar os stakeholders que se relacionam com as operações industriais da Unilever. Com o apoio de uma

consultoria externa e dando continuidade às consultas da Matriz de Materialidade, observamos os principais aspectos e questões que envolvem o relacionamento da Unilever com governos, comu-nidades, instituições e entidades vizinhas às nossas instalações. Para isso, realizamos consultas a lideranças de quatro ope-rações: Igarassu, Valinhos, Pouso Alegre e Vinhedo. Essa ativi-dade representa um primeiro passo para nos aproximarmos dos temas mais relevantes para cada uma das manufaturas e os en-terdermos. O trabalho terá continuidade ao longo de 2013, como parte de nossas ações de engajamento e relacionamento com

stakeholders.

No segundo semestre de 2012, também iniciamos um tra-balho piloto com comunidades no entorno das nossas fábricas que utilizará uma metodologia que busca a transformação das cidades em modelos mais sustentáveis. O foco é aprimorar o re-lacionamento com as comunidades em questões de sustentabi-lidade e desenvolvimento local. O piloto do programa tem início em 2013 e ocorrerá nas cidades de Valinhos (SP) e Pouso Alegre (MG), com possibilidade de expansão para todas as fábricas após dois anos de atividade.

GOVERNOS E INSTITUIÇÕES

Entendemos que o relacionamento com governos e institui-ções públicas deve refletir e amplificar nosso posicionamento a respeito das várias questões que envolvem a sustentabilidade. Queremos ter voz ativa em discussões regulatórias e setoriais, e para tanto contamos com uma área estruturada de Assuntos Governamentais e Relações Externas.

19

(20)

A equipe se reporta diretamente à alta gestão e tem a atri-buição de dialogar com os diversos stakeholders institucionais da companhia, como governos municipais, estaduais e federal, bem como as associações setoriais brasileiras.

O tema e a dimensão da discussão determinam o caminho que adotamos nesse relacionamento – diálogo direto ou via as-sociação setorial. Nas questões regulatórias que concernem aos governos estadual e federal, geralmente atuamos em parceria com entidades como Abipla (Associação Brasileira de Produtos de Limpeza e Afins), ABA (Associação Brasileira de Anunciantes), Abia (Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação) e Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos).

Nosso relacionamento direto com o governo federal envol-ve, na maioria dos casos, o apoio a campanhas institucionais e educativas desenvolvidas pela União. Aproveitamos os inúmeros canais de comunicação que temos, incluindo as embalagens de nossos produtos, para transmitir mensagens sobre saúde, bem--estar e responsabilidade socioambiental, inserindo informações que ajudam a conscientizar nossos consumidores.

Um dos parceiros mais antigos nesse sentido é o Ministério da Saúde. Desde 2007, somos reconhecidos como empresa “Par-ceira da Saúde” por atuarmos em parceria na divulgação de cam-panhas de prevenção a doenças e problemas relacionados aos hábitos inadequados de higiene e à má nutrição, por exemplo.

Também desenvolvemos ações periódicas com o Ministério do Meio Ambiente. Nosso principal compromisso é participar ativa-mente com iniciativas que podem ser incluídas no Plano de

Pro-dução e Consumo Sustentáveis (PPCS), lançado em novembro de 2011. Uma das atividades incluídas nesse Plano foi a substitui-ção do gás refrigerante em 80% das conservadoras dos sorvetes Kibon até 2020, em parceria com nosso fornecedor de freezers Metalfrio.

A UNILEVER NA RIO+20

A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), realizada em junho de 2012, mobilizou a alta direção da Unilever Brasil e global. O presidente das opera-ções brasileiras, Fernando Fernandez, o presidente global, Paul Polman, e executivos do Brasil e da Inglaterra participaram dos principais encontros da conferência.

Antes do encontro, a Unilever preparou um manifesto que foi apresentado publicamente pelos executivos das operações globais, reafirmando o posicionamento da companhia e nossas expectativas em relação ao envolvimento do meio empresarial e da indústria de bens de consumo na promoção do desenvolvi-mento sustentável. O texto aborda cinco assuntos prioritários: desmatamento, fontes sustentáveis e mudança climática, segu-rança alimentar, água, saneamento e higiene, resíduos e reci-clagem e consumo sustentável. Leia o manifesto na íntegra em

www.unilever.com.br/sustentabilidade.

20

(21)

Nutrição

Saúde e higieNe

21

(22)

Nossa atuação no eixo Melhorando a Saúde e o Bem-Estar ocorre em duas esferas: na comunicação de nossos produtos, em que buscamos ressaltar seus atributos e qualidades prin-cipais, seja do ponto de vista nutricional ou de promoção da hi-giene, da saúde e do bem-estar; e na realização de campanhas e ações apoiadas em nossas principais marcas, com destaque para Lifebuoy, Pureit e Becel – que, respectivamente, são capa-zes de trazer à tona debates sobre a correta lavagem de mãos, o acesso a água pura, tratada e limpa e a prevenção de doenças cardiovasculares (veja mais sobre Lifebuoy e Pureit na versão completa deste relatório, clicando aqui).

O Plano de Sustentabilidade tem diversas metas globais para o pilar Melhorando a Saúde e o Bem-Estar, apresentadas para os anos de 2012, 2015 e 2020. Para norteá-las, temos o compromis-so de, até 2020, auxiliar mais de um bilhão de pescompromis-soas a tomar atitudes para melhorar sua saúde e seu bem-estar.

Globalmente, alcançamos avanços significativos nesse pilar, conforme dados do Relatório de Progresso do Plano de Susten-tabilidade, disponível em www.unilever.com.br/sustentabilidade.

NUTRIÇãO

A Unilever trabalha continuamente para o aprimoramento do perfil nutricional de seus produtos para compor e oferecer uma dieta equilibrada ao consumidor no Brasil e no mundo. Nosso portfólio de alimentos, que inclui marcas como Becel, Knorr, Hellmann’s e Maizena, tem foco em três questões prioritárias na agenda da saúde pública brasileira: a deficiência de nutrientes, a obesidade e o sobrepeso, e o consumo excessivo de sódio.

Em 2012, tivemos avanços significativos na redução do sódio presente em nossos produtos, tema que, além de previsto em nossas metas globais, entrou na agenda pública brasileira após a assinatura de um acordo técnico, em agosto do mesmo ano, entre o Ministério da Saúde e a Associação Brasileira das Indús-trias de Alimentação (Abia). O compromisso, que dá sequência a uma iniciativa multissetorial iniciada em 2008, envolve a redução da quantidade de sódio em diversas categorias de alimentos, en-tre temperos, caldos e margarinas, e faz parte do Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis, do governo federal. A ideia é retirar mais de 8,7

A fAvOR DA qUALIDADE DE vIDA

Até 2020, queremos alcançar um bilhão

de pessoas no mundo e transformar

positivamente seus hábitos de higiene

22

(23)

mil toneladas do componente do mercado brasileiro até 2020 – o equivalente a 378 caminhões do tipo truck, com capacidade má-xima para 23 toneladas, totalmente carregados.

Nossa participação nos debates, como membros da Abia, per-mitiu identificar campos de melhoria e pontos de diálogo entre a estratégia do governo e nosso próprio Plano de Sustentabilidade – que prevê 25% de redução de sódio em toda a nossa catego-ria de alimentos. Alcançamos, já em 2012, melhocatego-rias em alguns produtos, como os cubos de caldos Frango Assado e nos caldos em geral, com redução de sódio de aproximadamente 2% em relação a sua composição original.

PROGRAMA DE APRIMORAMENTO NUTRICIONAL

Desde 2003, a Unilever Brasil desenvolve o Programa de Apri-moramento Nutricional (NEP, ou Nutrition Enhancement Pro-gramme), parte de uma iniciativa global para aprimorar o perfil de nossos alimentos em relação a componentes como açúcar, sódio, gorduras saturadas e gorduras trans – considerados po-tencialmente prejudiciais à saúde pela Organização Mundial de Saúde (OMS), quando consumidos em excesso.

Tivemos uma grande evolução na melhoria dos produtos de varejo que atendem aos critérios do NEP. Em 2011, 45,5% dos produtos de varejo estavam em conformidade com os limites de açúcar, gordura saturada, gordura trans e sódio. Em 2012, 61% dos produtos de varejo estavam de acordo com o NEP. Para a categoria de Food Solution, que teve sua primeira avaliação em 2012, 48% de seu portfólio atende aos critérios do NEP.

Atualmente, 100% das nossas bebidas à base de soja, cremes

NOSSAS METAS GLOBAIS

saúde e higiene

» Até 2020, levaremos água potável para 500 milhões de

pessoas (Pureit).

» Até 2015, nossa marca Lifebuoy pretende mudar o

compor-tamento de higiene de 1 bilhão de consumidores na Ásia, na África e na América Latina, divulgando os benefícios da correta lavagem das mãos.

» Por meio de nossas marcas de creme dental, mudaremos

o comportamento de 50 milhões de pessoas em relação à saúde bucal até 2020.

» Com a marca Dove, queremos ajudar 15 milhões de jovens

a melhorar sua autoestima. Nutrição

» Estamos comprometidos em melhorar a composição de

gordura nos nossos produtos, reduzindo o nível de gordu-ras saturadas, tanto quanto possível, e aumentando cada vez mais os níveis de gorduras essenciais. Para 2012, tí-nhamos a meta de fazer nossas margarinas líderes de mercado ter menos de 33% de gordura saturada em sua composição. No período, mais de 90% das nossas princi-pais margarinas (em volume) continham menos de 33% de gorduras saturadas como proporção de gordura total.

» Remover a gordura trans: em 2012, cumprimos a meta de

tornar todos os nossos produtos livres da gordura trans proveniente de óleos vegetais parcialmente hidrogenados.

» Reduzir açúcar: já reduzimos os níveis de açúcar de nossos

chás prontos para beber. Até 2020, reduziremos mais 25%.

» Reduzir as calorias: até 2014, 100% de nossos sorvetes

in-fantis terão 110 kcal ou menos por porção. Em 2012, 60% do portfólio atingiu essa meta.

» Redução de sódio: até 2015, reduziremos até 25% de sódio

em todas as nossas categorias de produtos alimentícios.

» Informações sobre alimentação saudável: nosso objetivo é

oferecer rótulos com informações bastante claras e sim-ples para ajudar os consumidores a fazer escolhas cer-tas para uma dieta nutricionalmente equilibrada. Todos os nossos produtos na Europa e na América do Norte forne-cem informações nutricionais completas. Em 2012, Austrá-lia, Nova Zelândia e América Latina já forneciam o rótulo com informações nutricionais completas.

Veja o andamento dos compromissos em http://www.unilever. com.br/sustentabilidade.

23

(24)

A promoção da saúde

é um dos focos do Plano

de Sustentabilidade.

Trabalhamos com

a comunicação dos

nossos produtos e

realizamos campanhas

que ajudam as pessoas

a mudar hábitos e

comportamentos.

24

(25)

vegetais e bebidas lácteas atendem aos critérios do NEP. A cate-goria de dressings, que contempla produtos como maionese, ca-tchup, mostarda e molho para salada, possui 75,8% de adequa-ção ao NEP, enquanto a categoria de caldos, sopas e temperos possui 70,9% de adequação. Em relação à categoria de sorvetes, estamos trabalhando constantemente para reduzir as quantida-des de gordura saturada e açúcar.

Saúde e higieNe

A Unilever também está comprometida com uma série de metas relacionadas à promoção de bons hábitos de higiene. Acreditamos que o melhor caminho é recorrer ao próprio negó-cio, utilizando nossas marcas em ações de comunicação para fo-car a prevenção de doenças potencialmente fatais, como diarreia e infecções respiratórias, e a qualidade de vida.

Utilizamos o alcance de nossas marcas para comunicar men-sagens capazes de conscientizar o consumidor e melhorar sua condição de saúde e qualidade de vida. No Brasil, elegemos as marcas Pureit e Lifebuoy como prioridades para tratar duas questões críticas nesse sentido: o acesso à água limpa e tratada e a lavagem das mãos.

Desde 2010, quando relançamos Lifebuoy no Brasil, busca-mos o engajamento dos nossos parceiros – sociedade civil, enti-dades e governos estaduais e federal – na missão social promo-vida globalmente pela marca: a de impactar crianças, famílias e comunidades em situação de pobreza, incentivando-as a aderir ao hábito de lavagem periódica das mãos.

Como parceiros do Ministério da Saúde desde 2007,

incen-das bebiincen-das à base de soja,

cremes vegetais e bebidas lácteas

já atendem ao nosso programa de

aprimoramento nutricional.

tivamos a abordagem desse tema nas campanhas e iniciativas do governo. Há dados que comprovam sua relevância: a falta de água potável e de saneamento básico, aliada à baixa frequência de lavagem das mãos, é responsável por 3% das mortes ocorri-das no mundo, por ano. Esses problemas também estão associa-dos a 18% das mortes infantis em função de infecções respirató-rias agudas e diarreicas. No Brasil, as regiões Norte e Nordeste concentram mais de 50% das mortes de crianças por diarreia.

Outro tema relevante na agenda da saúde pública brasileira é o acesso da população à água tratada. Em 2011, passamos a abordar a questão por meio da nossa marca de purificador Pu-reit. Lançado com o propósito de impactar 500 milhões de pes-soas ao redor do mundo, ampliando o acesso à água limpa, pura e tratada, o produto começou a ser utilizado em nossos traba-lhos com a Pastoral da Criança ao longo de 2012. Durante o ano, investimos na comunicação da marca e passamos a oferecê-la, também, no mercado de varejo, de forma a ampliar seu entendi-mento pelo consumidor e sua capacidade de gerar valor.

25

(26)

Água

EmissõEs dE gasEs dE EfEito Estufa REsíduos sólidos

EfluEntEs EnERgia

26

(27)

No pilar Reduzindo o Impacto Ambiental, quatro aspectos são prioridades globais da Unilever: emissões de gases de efeito es-tufa, consumo de água, geração e destinação de resíduos e re-cursos sustentáveis. Temos metas de médio e longo prazos para cada um desses temas, definidas pela divisão global da compa-nhia, e também desenvolvemos ações nas esferas locais e regio-nais para cumprirmos nossos compromissos.

No Brasil, mapeamos os avanços e desafios que enfrentamos nos últimos anos, investimos em ferramentas de gestão e iden-tificamos os temas mais importantes para o negócio, a partir da percepção dos nossos diversos públicos de relacionamento. Este processo, chamado de Materialidade (leia mais em Processo de

Re-lato), confirmou que, localmente, a emissão de GEE e o consumo de água também são aspectos relevantes para a Unilever.

Dessa forma, conseguimos melhorar o desempenho de indi-cadores prioritários para a gestão ambiental na Unilever Brasil. Nos últimos anos, evoluímos na gestão de resíduos, com medi-das para melhorar a destinação dos materiais resultantes dos

nossos processos. Na questão da biodiversidade, mapeamos os impactos das fábricas em áreas de proteção e as espécies amea-çadas, com avanços importantes nos nossos compromissos. O consumo relativo de água registrou redução de 12% no período, como resultado, principalmente, de mudanças na gestão e nas operações das fábricas de Jaboatão dos Guararapes, Goiânia e Valinhos. Em relação às emissões de GEE, não foi possível atingir nossa meta de manter o indicador abaixo dos valores de 2007, em volume absoluto, por causa de mudanças no coeficiente de cálculo utilizado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. Consi-derando apenas as emissões diretas (escopo 1), no entanto, ob-servamos avanços importantes nos últimos anos e registramos uma queda de 10% em 2012, em relação a 2007.

Outro aspecto prioritário para a gestão ambiental na Unilever Brasil, a geração de resíduos sólidos evoluiu em 2012 com a re-dução do envio de materiais para aterros sanitários, em concor-dância com nossa estratégia de sustentabilidade. As fábricas de Goiânia, Indaiatuba, Vinhedo e Pouso Alegre atingiram a marca

A BUSCA POR EfICIêNCIA

Nosso compromisso de dobrar de tamanho

reduzindo o impacto ambiental se reflete em como

abordamos vários aspectos, como emissões,

geração de resíduos e consumo de água

de aterro zero no período e as outras plantas estão atuando para atingir esse objetivo. Não conseguimos, porém, alcançar as me-tas de redução da geração de resíduos não perigosos, uma vez que nosso foco foi melhorar a destinação, e não diminuir o volu-me. Sobre a geração de resíduos perigosos, ficamos dentro da meta nas unidades de manufatura e não manufatura.

RESíDUOS SÓLIDOS

A gestão de resíduos tem o objetivo principal de reduzir a ge-ração de materiais para destruição e envolver a cadeia de va-lor em ações de melhoria na destinação e tratamento. No Plano de Sustentabilidade, o tema é foco de diversos compromissos e metas da companhia. Até 2020, o total de resíduos enviados para eliminação deve ser igual ou inferior aos níveis de 2008, o que representa 80% de redução por tonelada produzida e 70% de redução absoluta na comparação com 1995. Isso exige um forte investimento em tecnologias e processos que gerem menos re-síduos na produção e contemplem procedimentos estruturados nas diversas fases do ciclo de vida do produto.

Em todas as operações de manufatura, nossa prioridade em 2012 foi a melhoria na destinação, com foco no objetivo de zerar os materiais enviados a aterros sanitários em algumas unidades. No final do período, quatro fábricas haviam atingido a marca: Goiânia, Vinhedo, Pouso Alegre e Indaiatuba.

As manufaturas do Nordeste, com metas específicas nesse aspecto, esbarram na dificuldade de encontrar parceiros

quali-27

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desempeNho e meTAs AmBieNTAis – 2012

iNdiCAdoR esCopo/áReA meTA CumpRidA? sTATus

Emissões GEE Escopos 1, 2 e 3 Total 2012 menor ou igual a 2007

(257 mil tCO2e) Não

Devido ao aumento do fator de eletricidade do MCT, aumentamos nossas emissões em 13% em relação a 2011. O aumento em relação a 2007 foi de apenas 1%. Água Manufatura Redução de 5% Sim O consumo absoluto de água foi 12% menor; nas manufaturas, caiu de 1,47 m3/t produzida para 1,29

m3/t produzida.

Água Não manufatura Redução de 4% Não Registramos aumento de 11% no consumo relativo. Leia mais em Água. Resíduos

perigosos Manufatura Redução de 5% Sim A geração foi reduzida de 0,32 kg/t produzida para 0,27 kg/t produzida. Resíduos

perigosos Não manufatura Redução de 5% Sim Redução de 21%, de 0,0075 kg/t para 0,0059 kg/t vendido. Resíduos não

perigosos Manufatura Redução de 5% Não

Houve aumento na geração, de 46,60 kg/t produzida para 46,86 kg/t produzida. Leia mais em Resíduos Sólidos.

Resíduos não

perigosos Não manufatura Redução de 4% Não O volume cresceu de 3,22 kg/t produzida para 3,95 kg/t produzida. Leia mais em Resíduos Sólidos.

Biodiversidade Manufatura

Implementar planos de ação nas fábricas para gestão dos impactos na biodiversidade

Sim Veja os avanços, compromissos e andamentos dos planos em Biodiversidade.

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(29)

ficados para a reciclagem de materiais. Por isso, as unidades de Igarassu, Ipojuca, Jaboatão dos Guararapes e Garanhuns estão desenvolvendo um plano focado na gestão de fornecedores da região. O mapeamento local foi iniciado em 2012 e devemos ter avanços nesse sentido já no próximo ciclo de relato.

Em relação às operações de não manufatura, nosso foco é a melhoria das formas de tratamento e disposição e, também, a redução do consumo de material. Um exemplo é o projeto para reduzir o uso de papel nos escritórios, desenvolvido pelos

trai-nees, cuja aplicação ocorreu ao longo de 2012. Ainda, temos o desafio de aprimorar o monitoramento em outros espaços, como os centros de distribuição, que muitas vezes são gerenciados por terceiros – e também dependem de ações de engajamento para alcançar melhores resultados.

DESEMPENHO EM 2012

Em relação aos compromissos que estabelecemos para o ano, registramos bons resultados na redução da geração de resíduos perigosos. Nas manufaturas, atingimos nossa meta, sobretudo em função da diminuição da produção de resíduo de piche no refino de glicerina da fábrica de Valinhos. A fábrica de Goiânia também registrou redução no indicador, por causa das mudanças operacio-nais ocorridas em 2011 com o negócio de atomatados. Nas demais fábricas, houve aumento na geração de resíduo perigoso.

Nas operações de não manufatura, o volume de resíduos pe-rigosos teve redução de 21% em função da menor demanda de desativação de conservadoras de sorvete – processo de destrui-ção de equipamentos antigos, ultrapassados ou com problemas

técnicos que impedem o seu funcionamento.

Em relação aos resíduos não perigosos, tivemos dificuldade para alcançar as metas traçadas para o ano; de modo geral, o foco foi a melhoria da destinação de resíduos e não a diminuição de volume. Nas manufaturas, mantivemos nível semelhante ao registrado em 2011, com uma redução de 48% do volume de re-síduos destinados para aterro sanitário.

Em não manufaturas, houve aumento expressivo porque, em 2012, passamos a monitorar os resíduos não perigosos gerados pela área de Merchandising. Não atingimos a meta de redução, mesmo não considerando na análise a meta traçada para os ma-teriais produzidos pela área, devido ao aumento de resíduos de produtos não adequados para consumo que foram descaracteri-zados em nossos CDs.

geRAção espeCífiCA de Resíduos poR opeRAção

Resíduos peRigosos

(kg/T pRoduzidA) Resíduos Não peRigosos (kg/T pRoduzidA) ToTAL de Resíduos (kg/T pRoduzidA)

2011 2012 2011 2012 2011 2012 Garanhuns 0,05 0,06 11,89 8,98 10,08 9,04 Goiânia 0,01 0,00 43,72 42,89 43,73 42,89 Igarassu 0,00 0,00 9,68 7,06 9,68 7,06 Indaiatuba 0,00 0,01 3,18 3,48 3,18 3,49 Pouso Alegre 0,04 0,05 173,29 188,71 173,33 188,76

Jaboatão dos Guararapes 0,05 0,23 165,55 166,86 165,60 167,09

Ipojuca 0,00 0,00 35,70 47,63 35,70 47,63 Valinhos 2,35 1,93 67,87 56,63 70,22 58,55 Vinhedo 0,51 0,47 16,84 16,97 17,35 17,44 Total Manufatura 0,32 0,27 46,60 46,85 46,53 47,13 Não manufatura (kg/ t comercializada) 0,01 0,01 3,22 3,95 3,10 3,96

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poRCeNTAgem poR Tipo de desTiNAção de Resíduos

peRigosos Não peRigosos RepReseNTATiVidAde – ToTAL de Resíduos

2010 2011 2012 2010 2011 2012 2012 Compostagem 0,00% 0,00% 0,00% 9,35% 19,51% 19,49% 19,38% Ração animal 0,00% 0,00% 0,00% 36,08% 49,09% 50,74% 50,46% Reutilização 13,05% 22,01% 28,75% 40,31% 7,96% 4,64% 4,77% Rerrefino 2,71% 2,87% 4,55% 0,00% 0,00% 0,00% 0,02% Reciclagem 3,73% 14,63% 56,15% 7,70% 13,76% 15,99% 16,21% Incineração 1,73% 0,48% 1,25% 0,54% 1,21% 0,00% 0,01% Coprocessamento 76,78% 57,01% 7,19% 0,00% 0,00% 2,59% 2,61% Aterro sanitário 2,01% 3,24% 2,12% 4,48% 6,32% 4,35% 4,33% Outros 0,00% 0,01% 0,09% 1,53% 2,14% 2,21% 2,20% ESTAÇÕES DE RECICLAGEM

Desde 2001, a principal iniciativa da Unilever na etapa final do ciclo de vida do produto é o Programa Estações de Reciclagem Pão de Açúcar Unilever, que permite ao consumidor dar a corre-ta destinação a embalagens, frascos e materiais diversos, como papel, vidro, plástico, metal e óleo de cozinha. Desenvolvido em parceria com um de nossos clientes no Brasil, o programa está presente em oito estados e no Distrito Federal, com estações instaladas em 124 lojas do varejo. As marcas OMO, AdeS, Knorr, Seda, Rexona e Comfort patrocinam a iniciativa.

As estações são construídas com material reciclado e funcio-nam como Postos de Entrega Voluntária (PEVs). Em onze anos, coletamos mais de 64 mil toneladas de materiais para recicla-gem. Somente em 2012, foram mais de 12 mil toneladas, 14% a mais do que no ano anterior. Após o descarte dos materiais, doamos o volume total a 37 cooperativas parceiras, o que gera postos de trabalho diretos e indiretos e beneficia mais de 1,7 mil famílias por mês.

30

(31)

em todas as operações de

manufatura, nossa prioridade

em 2012 foi a melhoria na

destinação de resíduos

sólidos. No final do período,

conseguimos zerar o envio de

materiais para aterro sanitário

em quatro fábricas.

31

(32)

EMISSõES

Em âmbito global, a Unilever se compromete a reduzir pela metade o impacto dos gases de efeito estufa exercido por nossos produtos em todo o ciclo de vida até 2020. Por isso, procuramos melhorar os indicadores em todas as etapas do ciclo de vida do produto, desde o desenvolvimento do projeto e o uso de tecnolo-gias e fontes de energia sustentáveis nos processos fabris até a distribuição. Nesse sentido, também trabalhamos com a utiliza-ção de veículos e modais logísticos mais eficientes, em parceria com nossos fornecedores e distribuidores, e a promoção da mu-dança de hábito dos consumidores de nossas marcas.

No Brasil, conquistamos avanços importantes nos últimos anos, tanto no monitoramento e gestão de indicadores quanto

na redução da pegada de emissão no ciclo de vida. Em 2012, en-cerramos o prazo da nossa meta traçada ainda em 2008, na es-tratégia UB2012: chegar ao final do ano com volume de emissões de GEE inferior (em volume absoluto) ao ano de 2007, nível que vínhamos mantendo desde 2008.

Registrarmos ótimos resultados ao longo desses anos, e mantivemos as emissões em níveis inferiores a 2007 no período entre 2008 e 2011. No entanto, não foi possível atingir essa meta em 2012, sobretudo por causa do aumento de 134% no coefi-ciente que utilizamos para calcular as emissões de eletricidade, fornecido pelo Ministério da Ciência e Tecnologia.

Em relação à cadeia de fornecimento, temos programas es-truturados de engajamento e avaliação que consideram aspectos socioambientais (leia mais em Melhorando as Condições de Vida e

Trabalho). Nossos clientes também são permanentemente enga-jados sobre suas responsabilidades e atividades logísticas, assim como os consumidores são constantemente convidados a adotar hábitos que reduzem as emissões de GEE, como a utilização de produtos líquidos concentrados, por meio de ações de comuni-cação e da atuação dos promotores de venda. Na cadeia de dis-tribuição, avançamos com a estruturação de um grupo global, sediado na Suíça, dedicado à discussão e à troca de experiências de redução de impacto.

MENOR IMPACTO NA LOGíSTICA

No Plano de Sustentabilidade da Unilever, assumimos o com-promisso de reduzir 40% da nossa intensidade de emissões da logística até 2020. Assim, desenvolvemos uma série de projetos

EFICIêNCIA NAS FáBRICAS

Ações adotadas nas manufaturas em 2012 permiti-ram a redução de 3.688 toneladas equivalentes de CO2 em nosso total de emissões. Em Garanhuns (PE), regis-tramos queda no indicador, com redução de 18,04 CO2e, resultante de iniciativas para reduzir o consumo de energia, da otimização do uso de equipamentos elétri-cos (como compressores de ar e sistemas de ventilação forçada) e da adoção de óleo vegetal – utilizado como combustível da caldeira da planta desde 2011.

Em Pouso Alegre (MG), alcançamos resultados po-sitivos com a troca de nossas caldeiras de óleo com-bustível (BPF) por uma movida a biomassa. Essa nova tecnologia foi capaz de gerar, desde sua instalação, em agosto de 2012, redução de 3.569 tCO2e, devido à eco-nomia de 67% de óleo BPF. Com uso de cavaco de ma-deira, o equipamento, composto de uma chaminé de 30 metros e um silo com capacidade de 800 metros cúbi-cos, ampliou a matriz de energia limpa da fábrica.

Em Indaiatuba (SP), o desligamento dos compres-sores no horário de pico (18h às 21h) também gerou uma redução de 89,79 tCO2e (leia mais em Energia).

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com nossos clientes, fornecedores e outros parceiros, visando à otimização do transporte para reduzir a quilometragem rodada e à maior ocupação dos veículos (leia mais em Clientes). Em 2012, conseguimos evitar a emissão de 16.129 tCO2e, volume equiva-lente a 268 caminhões que deixaram de rodar.

INVENTáRIO DE EMISSÕES

Principal ferramenta para a gestão de nossas emissões de gases de efeito estufa no Brasil, o inventário de emissões é, des-de 2008, elaborado com base no GHG Protocol.

Gradativamente, ampliamos a abrangência de nosso inven-tário; hoje, ele contempla não apenas nossas emissões diretas e provenientes da compra de energia elétrica (escopos 1 e 2), mas também as emissões indiretas (escopo 3), como as origi-nadas na logística de distribuição de produtos em nossos

ter-CompARATiVo dAs emissões de gAses de efeiTo esTufA 2011/2012

VARiAção ABsoLuTA

em tCo2e VARiAção peRCeNTuAL

Escopo 1 3.798 4%

Escopo 2 22.740 166%

Escopo 3 3.862 1%

Total 30.399 11%

ceiros contratados para esse fim. Possuímos a classificação de nível Ouro, que conquistamos pela primeira vez em 2010, o que atesta a confiabilidade dos dados do inventário, que passa por auditoria externa.

Em 2012, não cumprimos a meta de manter nossas emissões de GEE abaixo do valor absoluto do ano de 2007. O fator que mais contribuiu para esse desempenho foi o aumento de 134% no co-eficiente que utilizamos para calcular as emissões de eletricida-de, fornecido pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). Se o fator de conversão tivesse se mantido em linha com o dos últi-mos anos, teríaúlti-mos alcançado esse objetivo com tranquilidade. Em 2012, as emissões da Unilever Brasil ficaram 1% acima do período de referência. Em relação a 2011, porém, nosso total de emissões aumentou 13%, totalizando 258.872,43 tCO2e.

emissões diReTAs e iNdiReTAs de gAses de efeiTo esTufA (tCo2e) 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Escopo 1 107.111 105.077 96.952 100.055 92.015 95.813 Escopo 2 21.722 21.310 11.551 25.566 13.676 36.416 Escopo 3 127.860 125.433 114.080 129.261 122.782 126.644 Total 256.693 251.820 222.582 254.882 228.473 258.872

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em 2012, mudanças

na gestão e nas

operações de algumas

fábricas permitiram

uma redução de

12% no consumo

relativo de água,

na comparação com

2011. A meta para

o período era 5%.

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ágUA

A gestão da água na Unilever Brasil se divide entre projetos de ecoeficiência nas fábricas, escritórios, centros de pesquisa e desenvolvimento e distribuição, e ações educativas voltadas aos nossos consumidores, para estimular o uso responsável do re-curso na hora de manusear nossos produtos.

A maior parte da nossa pegada está associada à categoria de detergentes e amaciantes (38%), seguida de produtos de higiene pessoal como sabonetes, gel para banho e itens de cuidados com a pele (37%).

As unidades que mais requerem água em seus processos produtivos são as da categoria de alimentos, por conta de sua composição e da necessidade de limpezas e lavagens a mais nas linhas de produção, para garantir a qualidade. Internamente, também temos projetos de eficiência operacional e conscienti-zação dos funcionários.

Em 2012, tivemos uma redução de 12% no consumo relativo de água em relação a 2011, ante uma meta de 5%. Esse resultado foi influenciado principalmente pelas fábricas de Goiânia, Valinhos e Jaboatão dos Guararapes. As duas primeiras tiveram parte de suas operações modificadas no início de 2011, com a venda do ne-gócio de atomatados para a Cargill e o encerramento da produção de margarinas, respectivamente. Mesmo assim, na comparação entre os meses em que já não contávamos com essas operações, a redução foi de 24% e 8%, respectivamente.

A única fábrica que apresentou aumento significativo do con-sumo absoluto de água foi Vinhedo, causado, principalmente,

pelo aumento da produção. Outra influência de menor impor-tância foi um projeto de qualidade que demandou maior volume de água para limpeza e sanitização das linhas de envase.

Em relação às operações de não manufatura, tivemos um

poRCeNTAgem do ToTAL de CoNsumo de águA poR opeRAção

Operação 2010 2011 2012 Garanhuns 0% 0% 0%  Goiânia 44% 22% 17% Igarassu 1% 1% 2% Indaiatuba 6% 8% 8% Pouso Alegre 15% 24% 28% Jaboatão 9% 13% 11% Ipojuca 1% 2% 2% Valinhos 15% 16% 16% Vinhedo 7% 10% 12% Não manufatura1 2% 3% 4%

(1) Valores alterados em relação ao último relatório devido a erro de cálculo.

CoNsumo ReLATiVo (m3/T) 2011 2012 Garanhuns 0,23 0,17 Goiânia 3,43 2,59 Igarassu 0,39 0,28 Indaiatuba2 0,30 0,30 Pouso Alegre 2,58 2,61

Jaboatão dos Guararapes 6,14 4,92

Ipojuca 0,94 0,95

Valinhos 2,32 2,19

Vinhedo 1,19 1,21

Total manufatura 1,47 1,29

Total não manufatura 0,06 0,06

(2) Revisamos o histórico de água de abastecimento de Indaiatuba considerando o consumo de água mineral.

aumento de 11% no indicador relativo, por causa do aumento considerável no consumo de água dos centros de distribuição. Um vazamento na válvula de entrada de água e a limpeza da caixa d’água no CD Nilcen e o maior número de funcionários no

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poRCeNTAgem de águA ReCiCLAdA/ReuTiLizAdA em ReLAção Ao ToTAL CoNsumido

  2010 2011 2012 Total Unilever 11% 7% 9% Garanhuns 0% 0% 0% Goiânia 16% 3% 5% Igarassu 0% 6% 13% Indaiatuba 57% 61% 63% Pouso Alegre 0% 1% 1%

Jaboatão dos Guararapes 0% 0% 0%

Ipojuca 19% 20% 18%

Valinhos 0% 1% 6%

Vinhedo 2% 4% 6%

Não manufatura 0% 0% 0%

peRCeNTuAL de águA uTiLizAdA poR foNTe (mANufATuRAs e Não mANufATuRAs)

2010 2011 2012 Água de superfície (rios, lagos,

áreas úmidas, oceanos) 56% 36%  31%

Água subterrânea 35% 47% 55% 

Abastecimento municipal ou outras empresas de

abastecimento 9% 17%  14% 

CD Louveira são fatos que contribuíram de forma significativa para não atingirmos a meta de reduzir o consumo em 4%, em metros cúbicos por tonelada produzida, nesses locais.

Outras operações de não manufatura que registraram au-mento no consumo de água foram os escritórios JK2 e Rocha-verá. Isso ocorreu por causa do aumento da demanda dos usuá-rios, predominantemente no uso do ar condicionado.

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