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Relatório de Atividades Ano Económico 2017

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Relatório de Atividades

Ano Económico 2017

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Relatório de Atividades

Ano Económico 2017

Sobre o FAMR:

Criado em julho de 2005 e com sede na cidade da Praia – Cabo Verde, o Fundo Autónomo de Manutenção Rodoviária (FAMR) é um fundo do Estado, dotado de autonomia administrativa e financeira, que tem por objetivo o financiamento sustentado e contínuo da gestão da preservação das estradas que integram a rede rodoviária do país, garantindo a durabilidade das infraestruturas viárias.

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i

FICHA TÉCNICA

Identificação:

Relatório de Atividades do Fundo Autónomo de Manutenção Rodoviária (FAMR): Ano Económico de 2017.

Objetivo:

O presente relatório expõe detalhadamente os resultados associados às atividades ligadas ao funcionamento e às operações de investimento do FAMR para o ano económico de 2017. O documento tem por objetivo servir como uma ferramenta de suporte às decisões de gestão do Conselho Diretivo (CD) do FAMR e de fornecer, às entidades responsáveis pela sua monitorização e fiscalização, dentre as quais citam-se o Ministério das Infra-Etruturas, do Ordenamento do Território e Habitação (MIOTH) e o Ministério das Finanças e do Planeamento (MFP), elementos conclusivos para a avaliação de desempenho e averiguação da regularidade das atividades realizadas.

Metodologia:

Para a elaboração do presente relatório de atividades fez-se recurso à análise de dados primários gerados pelo próprio FAMR e à recolha e análise de dados secundários relacionados ao setor de atividade no qual esta se insere. O tratamento destes dados fez utilização de softwares informáticos simples e sua interpretação fez recurso à observação de variáveis básicas de medição da performance do FAMR, nos quais incluem-se, entre outros:

 A variação das receitas entradas/arrecadadas

 A evolução dos níveis das despesas de funcionamento

 Os investimentos realizados em intervenções rodoviárias

 O total dos montantes restituidos da Taxa de Serviço de Manutenção

Rodoviária (TSMR) Elaboração:

____________________________________

Hegel Lubrano Teixeira Napoleão Fernandes

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ii

ÍNDICE DE CONTEÚDOS

FICHA TÉCNICA ... i

LISTA DE GRÁFICOS ... iv

LISTA DE TABELAS ... v

LISTA DE ACRÔNIMOS E ABREVIAÇÕES ... vi

1 SUMÁRIO EXECUTIVO ... 1

2 ASPETOS INSTITUCIONAIS E DE FUNCIONAMENTO ... 2

2.1 Suporte aos órgãos e serviços de gestão ... 2

2.1.1 Gestor Executivo, Conselho Diretivo e Consultivo ... 2

2.1.2 Serviços de suporte à gestão administrativa e operacional ... 3

2.1.3 Instalações e aspetos logísticos ... 4

2.2 Despesas de funcionamento do FAMR ... 5

3 OPERAÇÕES DE FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO ... 7

3.1 Síntese do contexto operacional ... 7

3.1.1 Evolução dos preços dos combustíveis ... 7

3.1.2 Destaques nos meios de comunicação social ... 10

3.2 Resumo anual das atividades operacionais ... 15

3.2.1 Receitas anuais entradas ... 16

3.2.2 Compensação anual das operações de cobrança ... 17

3.2.3 Restituições anuais da TSMR... 18

3.2.4 Despesas anuais com os serviços de restituição da TSMR ... 19

3.2.5 Execução financeira do PAMR ... 20

(5)

iii

3.3.1 Análise trimestral das receitas entradas em 2017 ... 22

3.3.2 Análise trimestral das receitas arrecadadas em 2017 ... 23

3.3.3 Compensação das operações de cobrança em 2017 ... 23

3.4 Restituição da TSMR em 2017 ... 24

3.4.1 Restituição da TSMR por Ilha em 2017 ... 25

3.4.2 Restituição por principais entidades em 2017 ... 26

3.4.3 Despesas com as operações de restituição ... 27

3.5 Plano Anual de Manutenção Rodoviária (PAMR) 2017 ... 28

3.5.1 Estradas Nacionais (EN) ... 29

3.5.1.1 Contratos REMADOR para obras de manutenção e melhorias (A1) ... 29

3.5.1.2 Contratos simples (A2) ... 30

3.5.1.3 Manutenção corrente de novas estradas (A3) ... 31

3.5.1.4 Compromissos transitados (A4) ... 31

3.5.1.5 Outros projetos rodoviários (A5) ... 32

3.5.2 Trabalhos de urgências (B) ... 33

3.5.2.1 Urgências programadas – REMADOR (B1) ... 33

3.5.2.2 Urgências não programadas – Previsões (B2) ... 34

3.5.3 Estradas Municipais (EM) – Contratos Programa (C) ... 35

4 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ... 37

4.1 Balancete trimestral do ano económico de 2017 ... 37

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 40

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iv

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Evolução do preço médio anual dos combustíveis nos postos de

venda entre 2012 a 2017 ... 8

Gráfico 2 - Evolução mensal dos preços de combustíveis nos postos de venda em 2017 ... 9

Gráfico 3 - Receitas anuais entradas entre 2012 a 2017 ... 17

Gráfico 4 - Compensações anuais realizadas entre 2012 a 2017 ... 18

Gráfico 5 - Restituições anuais da TSMR entre 2012 a 2017 ... 19

Gráfico 6 - Despesas anuais com os serviços de restituição da TSMR entre 2012 a 2017 ... 20

Gráfico 7 - Execução financeira do PAMR entre 2012 a 2017 ... 21

Gráfico 8 - Compensação trimestral das operações de cobrança em 2017 ... 24

(7)

v

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Despesas de Funcionamento do FAMR em 2017 ... 6

Tabela 2 - Receitas trimestrais entradas em 2017 ... 23

Tabela 3 – Receitas trimestrais arrecadadas em 2017 ... 23

Tabela 4 - Restituição por Ilha em 2017 ... 26

Tabela 5 - Restituição por entidade em 2017 ... 27

Tabela 6 - Execução financeira trimestral do PAMR em 2017 ... 28

Tabela 7 - Execução financeira trimestral dos contratos REMADOR no PAMR – A1 ... 30

Tabela 8 - Execução financeira trimestral dos contratos simples no PAMR – A2 ... 30

Tabela 9 - Execução financeira trimestral de manutenção de novas estradas – A3 ... 31

Tabela 10 - Execução financeira trimestral dos compromissos transitados – A432 Tabela 11 - Execução financeira trimestral de outros projetos rodoviários – A5 33 Tabela 12 - Execução financeira trimestral dos trabalhos de urgências REMADOR – B1 ... 34

Tabela 13 - Urgências não programadas – B2 ... 34

Tabela 14 - Execução financeira trimestral dos contratos programa – C... 36

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vi

LISTA DE ACRÔNIMOS E ABREVIAÇÕES

ARE Agência de Regulação Económica CCV Correios de Cabo Verde

CdC Casa do Cidadão

ECV Escudos Cabo-Verdianos

FAMR Fundo Autónomo de Manutenção Rodoviária GRT Gestão da Restituição da TSMR

ICE Imposto sobre Consumos Especiais IE Instituto de Estradas

MFP Ministério das Finanças e do Planeamento

MIOTH Ministério das Infra-Estruturas, do Ordenamento do Território e Habitação

PAMR Plano Anual de Manutenção Rodoviária PRST Projeto de Reforma do Setor de Transportes

REMADOR Reabilitação e Manutenção por Desempenho e Obrigação de Resultados

RTC Radio Televisão Cabo-Verdiana

TSMR Taxa de Serviço de Manutenção Rodoviária TSRP Transport Sector Reform Project

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1

1 SUMÁRIO EXECUTIVO

O presente relatório de atividades realiza uma análise completa das operações de financiamento e investimento do Fundo Autónomo de Manutenção Rodoviária (FAMR), avaliando também o panorama económico e social que influenciam os resultados destas operações. O relatório, elaborado para o ano económico de 2017, faz breve e inicialmente através do segundo capítulo a avaliação dos aspetos institucionais e de funcionamento do FAMR, que passa pelo relato das condições de suporte que existem para atender os seus órgãos de gestão. No terceiro capítulo, o documento relata de forma detalhada todas as operações de financiamento e de investimento ligadas à instituição, começando por uma pequena síntese do cenário económico dos principais indicadores a influenciarem as atividades do FAMR. Ainda no terceiro capítulo, foram analisados detalhadamente para cada trimestre do ano económico de 2017, as receitas entradas e arrecadadas, as compensações com as operações de cobrança da Taxa de Serviço de Manutenção Rodoviária (TSMR), as restituições da TSMR e despesas associadas e a execução financeira e técnica do Plano Anual de Manutenção Rodoviária (PAMR). No quarto e penúltimo capítulo, o relatório apresenta o balancete trimestral que consolida o resultado financeiro de todas as atividades desenvolvidas em 2017. O quinto e último capítulo passa por fim ao encerramento do relatório com algumas recomendações e observações realizadas sobre quais seriam as perspetivas para o próximo ano económico, nomeadamente o corrente ano de 2018.

O presente relatório é complementado pelo Relatório de Contabilidade do FAMR para o Ano Económico de 2017, um relatório que sob a nova gestão da instituição sofreu uma reestruturação de fundo e passou a ter também sua publicação numa periodicidade trimestral. O referido relatório de contabilidade conta com a apresentação detalhada das principais demonstrações financeiras exigidas a nível da contabilidade geral, nomeadamente, o Balanço Patrimonial (BP), a Demonstração do Resultado de Exercício (DRE), a Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) e também a Demonstração das Variações Patrimoniais (DVP). Com a reestruturação do documento e sua publicação numa periodicidade trimestral, a forma de reporte do FAMR deu o upgrade considerado necessário por parte de sua nova gestão. Os níveis de detalhe, a sistematização e a forma de organizar as informações apresentadas nos documentos que são hoje elaborados pelo FAMR recebem um olhar e um tratamento minucioso, o que leva a uma melhoria significativa da qualidade e da quantidade das informações que servem de suporte à tomada de decisões importantes por parte da direção desta instituição e de suas tutelas.

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2

2 ASPETOS INSTITUCIONAIS E DE FUNCIONAMENTO

2.1 Suporte aos órgãos e serviços de gestão

2.1.1 Gestor Executivo, Conselho Diretivo e Consultivo

O primeiro aspeto a destacar a respeito da gestão do FAMR ao longo do ano económico de 2017, é o fato da sua direção corrente naquele ano ter sido partilhada, tendo a atual liderança assumido as rédeas da instituição com a nomeação de um novo Gestor Executivo que deu oficialmente início às funções a 8 de agosto de 2017, após publicação no Boletim Oficial do Despacho conjunto nº 44/2017, II Série, Número 38. Até o encerramento do ano de 2017, o FAMR esteve sob direção exclusiva do Gestor Executivo. Para a tomada de decisões cuja natureza e competência apelavam pela pronúncia do seu órgão deliberativo de direito, o Conselho Diretivo (CD), o Gestor Executivo fez apelo às autorizações da tutela, nomeadamente, o Ministério das Infra-Estruturas, do Ordenamento do Território e Habitação (MIOTH). No entanto, informa-se que à data da elaboração deste relatório, através do Despacho conjunto nº 3/2018, de 17 de janeiro, foi constituído oficialmente o CD do FAMR, que tem como membros, além do Gestor Executivo a desempenhar o papel de Presidente do Conselho Diretivo (PCD), dois Vogais não executivos a representarem, nomeadamente, o MIOTH e o Ministério das Finanças e do Planeamento (MFP).

A necessidade de constituir um CD para o FAMR foi uma ressalva importante destacada no relatório de atividades do 3º Trimestre de 2017. Com a constituição do CD, o FAMR encontra-se atualmente em condições de elaborar e aprovar o seu regimento interno, de apreciar e aprovar internamente os seus instrumentos de gestão e de prestação de contas, de melhor controlar a execução técnica e financeira do Plano Anual de Manutenção Rodoviária (PAMR) e de propor ao Governo, por via do MIOTH, alternativas para a diversificação e incremento da sua atual fonte de receita, isto com o objetivo principal de financiar intervenções rodoviárias cujo atual Estatuto impede que sejam realizadas com o financiamento das verbas provenientes da coleta da Taxa de Serviço de Manutenção Rodoviária (TSMR).

A constituição de um Conselho Consultivo (CC), também previsto nos Estatutos do FAMR como sendo um órgão desta instituição, será demandado após a consolidação das atividades do recém-constituído CD. O CC poderá representar para o FAMR um órgão de extrema importância para consulta e apoio na definição das suas linhas gerais

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3 de atuação, em especial no que diz respeito às propostas de atualização da TSMR, que impacta em particular a sociedade civil. Pelos estatutos, sabe-se que tal conselho deverá ser composto por representantes da área das finanças, viação e segurança rodoviária, infraestruturas, da Associação Nacional dos Municípios, dos Transportes Rodoviários e da Defesa do Consumidor.

2.1.2 Serviços de suporte à gestão administrativa e operacional

Por impedimento Estatutário, citam-se os pontos 1 e 2 do Artigo 33º do Decreto-regulamentar nº 7/2015, de 21 de setembro, que aprova os Estatutos do FAMR, a instituição passou a não dispor de quadro de pessoal salvo o cargo de Gestor ora

Diretor Executivo, sendo dever do Instituto de Estradas (IE)1 assegurar, em regime de

apoio, os serviços técnico-administrativos, logísticos, contabilísticos e jurídicos, indispensáveis ao adequado funcionamento do FAMR. Para o efeito, foi inclusive definido na alínea b) do Artigo 4º do Decreto-Lei nº 63/2016, de 23 de dezembro, que estabelece e regula a distribuição das verbas do FAMR provenientes da TSMR, que 2% (dois por cento) destes recursos destinar-se-iam para a participação nas despesas de funcionamento do IE que estaria a arcar com as referidas despesas de funcionamento do FAMR.

No entanto, há que se salientar que as determinações Estatutárias acima citadas não coadunam com a atual realidade administrativa da instituição, que careceu ao longo do ano económico de 2017 e ainda carece à presente data, do suporte financeiro do IE no âmbito dos 2% da TSMR para a cobertura do custo dos serviços de apoio elencados. Atualmente e provisoriamente, por forma a contornar estes constrangimentos causados pela alteração nos Estatutos do FAMR, a instituição opera com serviços de suporte administrativo e contábil terceirizados e contratualizados sob o amparo dos artigos 32º e 33º da Lei nº 102/IV/93, de 31 de dezembro, que define o regime jurídico de constituição, modificação e extinção da relação jurídica de emprego na Administração Pública. Considerando que tais serviços de apoio continuarão sendo imperiosos com o decorrer dos anos, o FAMR irá em 2018 trabalhar junto com o IE para que venha a ser realizada a integração do seu pessoal atualmente com contratos de prestação de serviço, no quadro de pessoal do IE e com contratos que sejam de trabalho. Assim fazendo, não só se estaria a cumprir com os aspetos legais estabelecidos nos Estatutos, como também se estaria a garantir ao FAMR, maior solidez administrativa no que se refere à preservação da memória institucional, dado que por Lei o Gestor Executivo será no limite e na melhor das hipóteses substituído a cada seis anos.

1 Estabelecido no Artigo 8º do Decreto-Lei nº 9/2017, de 6 de março, que altera e republica os Estatutos

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4 Por fim, importa ainda destacar que em 2017 entraram em funcionamento como elementos de suporte à gestão administrativa e operacional do FAMR dois importantes instrumentos de comunicação e de prestação de serviços da instituição. Refere-se nomeadamente ao website institucional, acessível através do endereço eletrónico

www.famr.cv e à Plataforma de Gestão da Restituição da TSMR, abreviadamente

designada por Plataforma GRT e disponibilizada através do endereço eletrónico

grt.famr.cv. Sincronizado às redes sociais Facebook e LinkedIn, o sítio web do FAMR

vem sendo utilizado como uma importante ferramenta para a comunicação das atividades realizadas pelo FAMR, além de dar a conhecer a missão e os serviços da instituição. Por sua vez, a Plataforma GRT representa atualmente o único intermédio por via do qual os interessados podem realizar os seus pedidos de restituição da TSMR e acompanhar os processos submetidos até o recebimento. Atualmente, após

oficialização2 do Acordo de Nível de Serviço (ANS) com a Casa do Cidadão (CdC),

também é possível realizar este serviço através do portal Porton di Nos Ilha3 ou

presencialmente nos balcões de atendimento da CdC. 2.1.3 Instalações e aspetos logísticos

Um aspeto relevante a mencionar a nível de funcionamento é o fato do FAMR ter passado no decorrer do ano de 2017 a operar a partir de um novo endereço físico. Seguindo as instruções da tutela o FAMR realizou sua mudança para o edifício do Ministério das Infra-Estruturas, do Ordenamento do Território e Habitação (MIOTH), nos dias 24 e 25 de agosto de 2017, tendo retomado regularmente suas atividades operacionais logo a seguir às mudanças, na segunda-feira dia 28 de agosto de 2017. A nova sede ficou assim instalada no 1º piso do edifício do MIOTH, na Rua Judice Biker, Ponta Belém/Plateau, cidade da Praia, ocupando as mesmas salas utilizadas anteriormente pelo Projeto de Reforma do Setor de Transportes (PRST). As instalações comportam adequadamente as necessidades físicas para realização de todas as atividades administrativas e operacionais do FAMR.

No que respeita ao apoio logístico para a realização de deslocações em serviço, o FAMR possui um veículo próprio que embora estando grande parte do tempo a disposição do IE, que carece de viaturas adequadas para realização das deslocações no âmbito das fiscalizações dos serviços de manutenção rodoviária e demais operações ligado às estradas, presta, sempre que necessário e requisitado, o devido apoio às necessidades de deslocação em serviço do FAMR. No entanto,

2 O ANS/Protocolo com a CdC foi assinado no dia 2 de fevereiro de 2017.

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5 se, considerando a necessidade da independência das atividades realizadas por cada instituição, a autonomia logística também no aspeto locomotivo.

2.2 Despesas de funcionamento do FAMR

A Tabela 1, apresentada abaixo, ilustra as despesas de funcionamento do FAMR ao longo dos quatro trimestres do ano económico de 2017. No decorrer daquele ano, o FAMR utilizou para a manutenção dos seus custos de funcionamento o montante total de 6.476.741 ECV, o que correspondeu a exatamente 1,0% do total das receitas coletadas pelo FAMR e provenientes da cobrança da TSMR. Assim sendo, é importante relatar que o total das despesas de funcionamento do FAMR esteve dentro dos limites impostos pelo Decreto-Lei nº 63/2016, de 23 de dezembro, que regula a distribuição das verbas do FAMR provenientes da TSMR.

Pela Tabela 1, é possível observarmos que o grosso das despesas de funcionamento (FSA) do FAMR em 2017, correspondendo juntos a 65% do total destas despesas,

concentram-se nas rúbricas de Pessoal Do Quadro e Assistência Técnica –

Residentes. As despesas com Pessoal Do Quadro corresponderam ao montante total de 2.824.387 ECV, o equivalente a 43,6% do total das despesas de funcionamento da instituição. Nota-se que que houve um aumento merecedor de destaque dentro da citada rúbrica a partir do 3º Trimestre de 2017, isto porque foram pagas as férias não gozadas da anterior Gestora do FAMR, e pela fixação do novo salário para o Gestor Executivo do FAMR, através da Resolução nº 99/2017, de 28 de agosto. Por sua vez,

as despesas com Assistência Técnica – Residentes totalizaram o montante de

1.388.139 ECV, equivalendo a 21,4% das despesas de funcionamento do FAMR. Nesta rúbrica, foram custeados custos relativos aos serviços de contabilidade contratados, de assistência administrativa e para o design e desenvolvimento da identidade visual institucional, do website e da Plataforma de Gestão da Restituição da TSMR, abreviadamente designada por Plataforma GRT.

Importa ainda informar, que o ano económico de 2017 foi caracterizado pela realização de diversas reprogramações orçamentais a nível de funcionamento, isto porque foi um ano de gestão partilhada, e no qual a nova liderança optou por decisões diferentes das inicialmente planeadas pela direção que a precedeu. Também é importante salientar o

fato de que a redução de 3% para 1%4 do valor das receitas destinadas a cobrirem

diretamente os custos de funcionamento do FAMR, será causa futura de alguns constrangimentos de liquidez por parte da instituição levando em consideração as

4 Definido na alínea b) do Artigo 4º do Decreto-Lei nº 63/2016, de 23 de dezembro, que estabelece e

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6 despesas que esta tem de enfrentar, isto em caso dos 2% transferidos ao IE não servirem para também dar cobertura aos serviços de apoio técnico-administrativos, logísticos, contabilísticos e jurídicos, indispensáveis ao adequado funcionamento do FAMR, e nas conformidades com o estabelecido pelo Artigo 8º do Decreto-Lei nº 9/2017, de 6 de março, que altera e republica os Estatutos do FAMR. Recomenda-se assim às instituições competentes, mediante o apoio da tutela caso necessário, acordarem o custeio destes apoios de modo a que o FAMR não tenha que recorrer a verbas inscritas centro de custo de investimento do Fundo Rodoviário para a criação e utilização de rubricas deste projeto destinados a cobrirem despesas de funcionamento.

Tabela 1 - Despesas de Funcionamento do FAMR em 2017

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3 OPERAÇÕES DE FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO

3.1 Síntese do contexto operacional

Esta secção é destinada à avaliação de variáveis exógenas às atividades operacionais do FAMR, mas que, no entanto, influenciam os seus resultados. Faz-se aqui destaques relativamente a variáveis económicas e contextos sociais que impactam e interessam o FAMR de forma global. A presente secção passou a constar pela primeira vez dos relatórios do FAMR aquando da elaboração do Relatório de Atividades do 3º Trimestre de 2017. Atualmente, avaliam-se nesta secção a evolução dos preços dos combustíveis e a atualidade do setor. No entanto, haverá upgrade significativo dos temas aqui tratados nos próximos relatórios trimestrais e anuais a serem elaborados pelo FAMR, passando a “Síntese do contexto operacional” a constituir, inclusivamente, o capítulo introdutório dos futuros relatórios do FAMR.

3.1.1 Evolução dos preços dos combustíveis

A principal variável afetando a demanda de um bem é o seu preço, e embora o combustível seja um bem inelástico dado a sua importância para a consecução de todas as atividades desempenhadas pelos agentes económicos no país, o seu nível de consumo é em última instância também afetado pelas oscilações de preço. Considerando que a receita do FAMR está diretamente ligada ao consumo total de combustíveis, avalia-se aqui, através dos Gráficos 1 e 2 apresentados a seguir, a tendência desta variável desde o ano de 2012 e no decorer do ano de 2017. Nota-se

que os preços5 apresentados, fornecidos pela Agência de Regulação Económica

(ARE), fazem referência aos máximos por litro de combustível comercializado nos postos de venda.

O Gráfico 1, apresenta a evolução do preço médio anual da Gasolina e do Gasóleo por litro de combustível comercializado nos postos de venda entre os anos de 2012 e 2017. É evidente a tendência para a contínua diminuição dos preços dos combustíveis ao longo do período analisado, excetuando-se o ano de 2017 que contrariou a tendência apresentando um aumento nos preços médios da Gasolina e do Gasóleo em relação ao ano de 2016, passando o primeiro de 103,1 ECV para 113,4 ECV e o segundo de 80,2 para 89,2 ECV, um aumento de 9,9% e 11,2% respetivamente. No global, para o período de seis anos apresentado, o preço médio registado para a Gasolina foi de

5 Para períodos quais não houve atualização de preços, aplicou-se o que se encontrava em vigor no mês

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8 133,6 ECV e do Gasóleo de 105,7 ECV. A variação média anual do preço da Gasolina no período analisado foi de -8,7% e do Gasóleo de -6,7%. Os preços destes combustíveis passaram de 185,2 ECV e 130,3 ECV no início do período (2012) para 113,4 ECV e 89,2 ECV no final do período (2017) para a Gasolina e o Gasóleo, respetivamente.

Gráfico 1 - Evolução do preço médio anual dos combustíveis nos postos de venda entre 2012 a 2017

Fonte: Agência de Regulação Económica (ARE)

Já o Gráfico 2, apresentado abaixo, apresenta uma análise da evolução mensal do preço máximo dos combustíveis praticados nos postos de venda. Nota-se que de modo global, do início do ano para o final do mês de dezembro de 2017, os preços dos combustíveis aumentaram significativamente. A gasolina por exemplo que estava sendo comercializada em janeiro por 108,3 ECV o litro passou para 118,9 ECV o litro, uma variação acumulada no ano de 9,8%, correspondente a uma variação média mensal de 0,9% para este combustível. Por sua vez, o gasóleo passou de 86,6 ECV no início do ano para 94,9 ECV até o final de dezembro, uma variação acumulada no ano de 9,6%, equivalendo a uma variação média mensal de 0,9%.

Como seria de se esperar, o aumento do preço de combustível ao longo do ano de 2017 afetou de forma negativa o ritmo de crescimento anual das receitas do FAMR (ver Gráfico 3). Embora o ano de 2017 tenha apresentado um total de receitas superior a

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9 todos os demais do período em análise, o crescimento anual da receita de 2016 para 2017 foi de 5,2%, em contraposição aos quase 15% de aumento entre o ano de 2015 para 2016. Mantendo-se a tendência para o aumento dos preços de combustíveis, é de se esperar que o ritmo global do aumento das receitas anuais do FAMR possa vir a diminuir em 2018 ficando até mesmo abaixo da média dos 4,5% apresentado para o período em análise (ver Gráfico 3).

Por fim, importa ainda informar que a atualização da TSMR hoje afixada em 8 ECV por litro de combustível já passou do período previsto em lei para que fosse atualizada. Esta atualização, que ocorre a cada três anos, acompanha a evolução da taxa de inflação como variável e deve ser proposta ao Governo pelo FAMR sob consulta prévia do seu Conselho Consultivo, para que no final e em caso de aprovação, possa vir a ser efetivamente implementada pela ARE. Ressalva a ser realizada, é que a TSMR deveria incorporar no seu cálculo outros critérios além de somente a inflação, especialmente os que tangem às necessidades reais de intervenções rodoviárias de manutenção, de modo a dar cobertura à toda a rede rodoviária nacional existente e de sua expansão prevista a curto prazo.

Gráfico 2 - Evolução mensal dos preços de combustíveis nos postos de venda em 2017

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10 3.1.2 Destaques nos meios de comunicação social

O balanço que se faz das notícias divulgadas nos meios de comunicação social6 sobre

o setor rodoviário em Cabo Verde ao longo do ano económico de 2017 é positivo. Embora destacam-se alguns graves constrangimentos em algumas estradas do país, houve também boas novas, especialmente pelo fato de terem sido realizadas inaugurações de estradas novas e reabilitações de troços de estradas que se encontravam em estado altamente degradados, levando um benefício enorme para a população de diversas localidades do país. A seguir apresentam-se estas notícias por ordem cronológica das divulgações realizadas pelas respetivas entidades de comunicação e agrupadas trimestralmente.

 Notícias do 1º Trimestre de 2017

A primeira7 notícia sobre estradas lançada em 2017 foi divulgada pelo jornal “A Nação”

no dia 5 de janeiro de 2017, e consistiu numa carta aberta do Sr. José Pedro Oliveira à S. Ex.ª o Senhor Primeiro Ministro de Cabo Verde, apelando pela asfaltagem da estrada de Chã de Pedras por considerar que esta mereceria receber um acabamento pensando na sua futura ligação com a estrada principal de penetração que também estaria sendo requalificada. Nas notas de rodapé será possível consultar todas as notícias aqui elencadas ao clicar no link que as identificam.

A segunda8 notícia do ano, foi divulgada dois dias após a primeira pela Rádio Televisão

Cabo-Verdiana (RTC) e informou que o troço de estrada que liga os bairros de Quartel-Escola, Santaninha e Terra Branca, na cidade da Praia, já estaria sendo requalificada.

A terceira9 notícia, divulgada aos 16 de janeiro de 2017 pela RTC, transmitiu o ponto de

situação dos trabalhos de urgências na remoção dos 17 metros cúbicos de terra e pedra da estrada de acesso a Campanas, na Ilha do Fogo.

A quarta10 notícia, também divulgada pela RTC, foi do dia 2 de fevereiro de 2017 e teve

em vista a reclamação dos Condutores de Salamansa, na Ilha de São Vicente, sobre as condições da estrada que liga a comunidade à principal cidade, que estaria necessitando de forma urgente de intervenções de melhorias.

6 Foram pesquisadas em jornais, jornais online e televisão.

7http://anacao.cv/2017/01/05/carta-aberta-ao-primeiro-ministro-asfaltagem-da-estrada-cha-pedras/

8http://www.tcv.cv/index.php?paginas=13&id_cod=54508

9http://www.tcv.cv/index.php?paginas=13&id_cod=54737

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11

A quinta11 notícia, evidenciou aos 12 de fevereiro de 2017 as condições pouco

favoráveis de um dos vales mais produtivos do Concelho de Porto Novo, na Ilha de Santo Antão. Fala-se concretamente do vale de Martiene, que clama por uma estrada melhor para a circulação de pessoas e bens no interior. A referida notícia foi divulgada pela RTC.

A sexta12 notícia, divulgada pela RTC aos 4 de março do ano em evidencia, mostra a

Câmara Municipal da Praia (CMP) inaugurando uma estrada e Ponta na zona de Água Funda, bairro periférico daquele município. A referida estrada e ponte foram considerados pela população local infraestruturas de extrema importância para a melhoria das condições de vida do bairro.

A sétima13 notícia, teve em protagonismo os moradores de Campanas de Baixo e São

Jorge, na Ilha do Fogo, que realizaram uma manifestação pela demora na recuperação da estrada que dava acesso a estas duas localidades. A notícia foi divulgada pela RTC aos 18 de março de 2017.

Na oitava14 e última notícia do primeiro trimestre de 2017, a RTC mostrou os

moradores de Fajã D'Água, na Ilha da Brava, tomando iniciativa para reparar a estrada de acesso à localidade com as próprias mãos. A notícia foi divulgada aos 29 de março do ano em análise.

 Notícias do 2º Trimestre de 2017

A primeira15 notícia do segundo trimestre de 2017, divulgada pela RTC aos 3 de abril

do ano avaliado, destaca a Câmara Municipal de São Salvador do Mundo (CMSSM) lançando a primeira pedra de requalificação da estrada de Covão Grande, uma obra orçada em 12.000.000 ECV e financiada 100% pela edilidade.

A segunda16 notícia, divulgada pela RTC aos 6 de abril, mostrava na altura que a

estrada que liga Paiol, Castelão e Achada Limpo viria a ser asfaltada, isto na cidade da Praia, Ilha de Santiago. A obra viria depois a custar um total de 50.000.000 ECV e notícias identificadas para o 4º Trimestre acabaram por vir a confirmar tal fato.

11http://www.tcv.cv/index.php?paginas=13&id_cod=55501 12http://www.tcv.cv/index.php?paginas=13&id_cod=56043- 13http://www.tcv.cv/index.php?paginas=13&id_cod=56420- 14http://www.tcv.cv/index.php?paginas=13&id_cod=56744- 15http://www.tcv.cv/index.php?paginas=13&id_cod=56870 16http://www.tcv.cv/index.php?paginas=13&id_cod=56957

(20)

12

A terceira17 notícia tinha como protagonista a Ilha de Santo Antão, em que a RTC

evidenciava o fato das obras de reconstrução da estrada do Vale da Ribeira Grande estarem na altura a avançar a um bom ritmo. A notícia foi divulgada a 4 de maio.

A quarta18 notícia, desta vez divulgada pelo jornal “A Nação”, mostra que em Santa

Catarina a Edilidade inaugurou as estradas de Gil Bispo e Vassoura. Foi um trabalho de calcetamento de estrada que resolveu o problema das ligações entre estas localidades e a cidade da Assomada, na Ilha de Santiago. Esta notícia foi datada de 11 de maio de 2017 e o ato de inauguração foi presidido pela Ministra das Infra-Estruturas, do Ordenamento do Território e Habitação, S. Ex.ª a Sra. Eunice Silva e o Edil Sr. Beto Alves. O momento contou também com a presença do Presidente do Instituto de Estradas Sr. Eduardo Lopes.

A quinta19 notícia mostrava que aos 14 de junho de 2017 o Instituto de Nacional de

Estradas tinha dado início às obras no troço de estrada de acesso à localidade de Campanas, Ilha do Fogo. A estrada tinha sofrido danos por deslizamento de terra e previu-se assim para os trabalhos a construção também de um muro de contenção para evitar o problema no futuro. A notícia foi divulgada pela RTC.

A sexta20 notícia mostrou o Sr. Primeiro Ministro Dr. Ulisses Correia e Silva,

inaugurando a estrada de Chã de Pedras em Santo Antão. Uma obra de 4 km orçada em 200.000.000 ECV e que desencravou a população daquela localidade que há muito revendicava por esta estrada. A notícia foi divulgada pela RTC aos 25 de junho.

A sétima21 notícia, divulgada pelo “A Nação” aos 26 de junho de 2017, mostrava que a

zonas de Tarrafal de Monte Trigo, Chã de Norte e Martiene, todas do concelho de Porto Novo, iriam ser contempladas com estradas de acesso. Uma garantia dada pelo Sr. Primeiro-Ministro na visita realizada à Santo Antão. Trata-se de um projeto estimado em 240.000.000 ECV que inclui ainda a requalificação da baía do Tarrafal de Monte Trigo, que, em 2013, foi eleita uma das sete maravilhas naturais de Santo Antão.

A oitava22 notícia, ainda na Ilha de Santo antão e divulgada pela RTC, mostrava o Sr.

Primeiro-ministro anunciando dotação de verba para a estrada Esponjeiro/Lagoa no Orçamento do Estado para 2018. A notícia foi divulgada aos 26 de junho de 2017. 17http://www.tcv.cv/index.php?paginas=13&id_cod=57769 18http://anacao.cv/2017/05/11/santa-catarina-edilidade-inaugura-estradas-gil-bispo-vassoura/ 19http://www.tcv.cv/index.php?paginas=13&id_cod=58990- 20http://www.tcv.cv/index.php?paginas=13&id_cod=59293- 21http://anacao.cv/2017/06/27/tarrafal-monte-trigo-martiene-cha-norte-vao-contempladas-estradas/ 22http://www.tcv.cv/index.php?paginas=13&id_cod=59312

(21)

13

A nona23 e última notícia do segundo trimestre, divulgada pela RTC aos 29 de junho de

2017, apenas mostrava que o Governo obteve o aval do Banco Mundial para a construção dos 12 km de estrada para Tarrafal de Monte Trigo, na Ilha de Santo Antão, confirmando assim a sétima notícia previamente detalhada para o segundo trimestre.

 Notícias do 3º Trimestre de 2017

A primeira24 notícia identificada no terceiro trimestre do período em análise, divulgada

pelo Expresso das Ilhas aos 17 de setembro, discorre sobre a revolta dos Pescadores de Porto Novo, que representados pelo Presidente de sua associação se opõem ao pagamento da TSMR. O FAMR compreende que tal revolta revela-se por falta de informação deste público quanto aos procedimentos associados à restituição da TSMR, ou até mesmo do conhecimento deste direito por parte desta entidade. De facto, até os meados do 3º Trimestre de 2017, o FAMR mostrava pouca atividade na divulgação dos seus serviços ao público interessado, causando assim estes constrangimentos. Foi

necessário, e as medidas já se encontram implementadas25, a criação de instrumentos

de comunicação mais eficazes e eficientes por parte do FAMR, que levando em consideração tais preocupações, trabalhou naquele ano nas soluções do problema.

A segunda26 notícia, teve por protagonismo um engano redondo por parte da Câmara

Municipal de Santa Cruz (CMSC). Esta Câmara, representada pelo seu Presidente numa entrevista dada à Inforpress aos 26 de setembro de 2017, afirmou ter recebido “apenas” ECV 1.500.000 de um total de ECV 7.000.000 por parte do FAMR com destino a intervenções rodoviárias. O primeiro engano, esteve no relato do montante total, que via o contrato-programa assinado foi de ECV 5.000.000. O segundo engano, é que se referir como “apenas” não foi o correto para o referido caso. A CMSC recebeu um adiantamento de ECV 1.500.000, que se encontrava sem justificativos de realização de obras para que lhe fossem liberadas mais verbas naquela altura.

 Notícias do 4º Trimestre de 2017

A primeira27 notícia a destacar para o quarto trimestre, foi divulgada pelo jornal “A

Nação” expresso das ilhas aos 8 de outubro de 2017 e avaliou-se como sendo muito positiva. Segundo o edil do Porto Novo, Aníbal Fonseca o Governo irá disponibilizar um

23http://www.tcv.cv/index.php?paginas=13&id_cod=59418

24

http://www.expressodasilhas.sapo.cv/economia/item/54709-pescadores-contra-pagamento-da-taxa-rodoviaria-na-compra-de-combustiveis-para-a-pesca

25 Website, Plataforma GRT, redes sociais Facebook e LinkedIn e parceria com a Casa do Cidadão. 26http://noticias.sapo.cv/info/artigo/1513433.html

27

(22)

14 montante de 60 mil contos para avançar, em 2018, com a construção da estrada que ligará a zona agrícola de Chã de Branquinho ao resto do concelho, que ainda com sérios problemas de encravamento. Os agricultores em Chã de Branquinho têm vindo a reclamar a construção dessa via para facilitar o escoamento dos produtos agrícolas, considerando que o isolamento tem condicionado o desenvolvimento da agricultura nessa localidade, onde está localizada a barragem subterrânea.

A segunda28 notícia a destacar, divulgado aos 20 de outubro no fogonews.com, tem

como protagonista o Grupo Por Amor Incondicional a São Filipe (GPAIS), que reclama do péssimo estado da estrada de acesso ao hospital regional São Francisco de Assis, exigindo uma intervenção para a sua asfaltagem. O líder do GPAIS e vereador sem pasta na Câmara Municipal de São Filipe, Luís Pires, disse que os doentes, profissionais de saúde, taxistas e demais utilizadores desse troço de estrada fartaram-se de reclamar do péssimo estado do piso da referida estrada perante as autoridades.

A terceira29 notícia, divulgada na RTC aos 29 de outubro através do jornal da noite,

informou pelo edil Boavistense que já estavam garantidas as condições para início das obras da estrada Rabil-Povoação Velha até o final de 2017. Esta obra que se prevê de extrema importância para o município está sendo apoiada pelo Governo através do MIOTH.

A quarta30 notícia, também divulgada pela RTC aos 11 de novembro, relata a

inauguração realizada pelo edil Salense da estrada que liga Bairro Novo 1 e África 70.

A quinta31 notícia, que foi divulgada pela RTC no dia 17 de novembro através do jornal

da noite, informa à população que o Governo, através o MIOTH, daria início às obras da estrada Chã de Escudela/Tarrafal de Monte Trigo, Santo Antão, num espaço de tempo de três meses. A estrada terá 12 km de comprimento e custará aos cofres públicos cerca de 40.000.000 ECV.

A sexta32 notícia, relatada pela RTC aos 24 de novembro de 2017, informa à população

que a Câmara Municipal de Santa Catarina e MIOTH inauguraram a estrada que dá acesso à localidade de Banana Semedo. Esta obra enquadrou-se no programa do 28 http://www.fogonews.com/index.php?option=com_content&view=article&id=2671:ilha-do-fogo-gpais- reclama-do-p%C3%A9ssimo-estado-da-estrada-de-acesso-ao-hospital-regional&catid=1:noticias&Itemid=2 29http://www.tcv.cv/index.php?paginas=13&id_cod=62750 30http://www.tcv.cv/index.php?paginas=13&id_cod=63144 31http://www.tcv.cv/index.php?paginas=13&id_cod=63331 32http://www.tcv.cv/index.php?paginas=13&id_cod=63588

(23)

15 Governo e da Câmara Municipal para o desencravamento das comunidades e custou cerca de 12.000.000 ECV. O troço da estrada inaugurada é de 1.5 km.

Na sétima33 notícia, também divulgado no dia 24 de novembro pela RTC, foi

comunicado o descontentamento da população de Cruzinha em Santo Antão com o estado da estrada que dá acesso àquela localidade.

Na oitava34 notícia, divulgada pela RTC, o edil da Câmara Municipal Ribeira Grande

aparece no lançamento da primeira pedra para a construção de troço de estrada nacional ligando aquele município ao concelho do Paúl. Segundo a notícia divulgada aos 2 de dezembro a obra irá custar cerca de 35.000.000 ECV.

Na nona35 notícia, divulgada aos 10 de dezembro pela RTC, apresentou-se o

descontentamento dos condutores com a demora no conserto da estrada danificada no

troço via São Salvador do Mundo – ilha de Santiago. Os estragos neste troço foram

provocados pelas chuvas de 2015 e fazem já dois anos que a situação permanece sem solução definitiva.

A décima36 notícia, divulgada aos 17 de dezembro de 2017 pela RTC, comunica a

inauguração da estrada Achada Limpo-Paiol, na cidade da Praia. A construção desta estrada contou com um investimento da Câmara local, que rondou os 50.000.000 ECV.

A décima primeira37 notícia, divulgada pela RTC aos 25 de dezembro, mostra o edil

António Aleixo no lançamento da primeira pedra das obras de reabilitação da estrada de Chã de Erva no município do Paúl. A obra irá custos em torno de 7.500.000 ECV e será financiada pelo Governo.

Por fim, a décima segunda38 notícia, também divulgada aos 25 de dezembro de 2017,

apresenta o edil Júlio Lopes na inauguração das obras de reabilitação do troço mais antigo da estrada de Chã de Matias, ilha do Sal.

3.2 Resumo anual das atividades operacionais

39

A seguir, e a servir para melhor interpretar os dados da análise trimestral realizada da secção 3.3 em diante para o ano económico de 2017, faz-se um breve resumo do que 33http://www.tcv.cv/index.php?paginas=13&id_cod=63589 34http://www.tcv.cv/index.php?paginas=13&id_cod=63805 35http://www.tcv.cv/index.php?paginas=13&id_cod=64037 36http://www.tcv.cv/index.php?paginas=13&id_cod=64230 37http://www.tcv.cv/index.php?paginas=13&id_cod=64436 38http://www.tcv.cv/index.php?paginas=13&id_cod=64435

(24)

16 foram os resultados operacionais obtidos na realização das principais atividades do FAMR. Estas análises sintéticas apresentam resultados anuais acumulados até o último dia do mês de dezembro de cada ano, enquadrando e vislumbrando assim as possibilidades para que o FAMR obtenha nos próximos anos, em particular para o corrente ano de 2018, resultados que o possibilitem alcançar melhor ou pior performance da que os obtidos nos períodos homólogos antecedentes. As análises resumidas avaliam pilares tais como receitas anuais entradas, compensação das operações de cobrança, restituições da Taxa de Serviço de Manutenção Rodoviária (TSMR) e despesas associadas e também a execução financeira do Plano Anual de Manutenção Rodoviária (PAMR), sendo este último o principal instrumento de gestão do FAMR.

3.2.1 Receitas anuais entradas

O Gráfico 3, apresentado a seguir, mostra o total das receitas anuais entradas para os últimos seis anos económicos encerrados. É possível evidenciar observando o gráfico, que de 2012 para 2017 as receitas do FAMR tiveram um crescimento acumulado de 23,2%, passando de 518.655.448 ECV no início do período para 639.072.776 ECV no final do período em análise. O crescimento médio anual entre os anos de 2012 e 2017 foi de 4,5%. O montante total de receitas entradas nos cofres do FAMR em 2017 foi superior à de todos os demais anos do período em análise, o que significou um novo record na obtenção de receitas para o último ano económico encerrado. Se mantidos constantes o ritmo médio de crescimento anual a 4,5%, o ano de 2018 virá por sua vez superar o de 2017 e constituir novamente um novo record.

(25)

17

Gráfico 3 - Receitas anuais entradas entre 2012 a 2017

Fonte: FAMR | VIVO ENERGY | ENACOL

3.2.2 Compensação anual das operações de cobrança

As operações ligadas à arrecadação das receitas do FAMR, atualmente realizadas pelas petrolíferas VIVO ENERGY e ENACOL, acarretam custos inerentes ao serem realizadas. O Decreto-Lei nº 47/2010, de 1 de novembro, reconheceu às empresas petrolíferas o direito a uma compensação pelos custos operacionais e administrativos incorridos no exercício de cobrança e transferência da TSMR, calculado na base de 1,5% do total do montante total da taxa arrecadada. Esta subsecção, apresenta para os anos de 2012 a 2017, os valores globais das despesas incorridas pelo FAMR por forma a compensar as entidades petrolíferas acima identificadas nas suas operações de coleta da TSMR.

O Gráfico 4, a seguir apresentado, mostra que seguindo a tendência do aumento das receitas, as compensações pagas às petrolíferas também vêm por sua vez aumentando e de forma significativa. Os valores compensados tiveram um crescimento acumulado para o período analisado de 60,3%, passando de 5.445.551 ECV em 2012

(26)

18 para 8.730.920 ECV nos finais de 2017. Em média, estas compensações vêm crescendo a uma taxa anual de 12,3% nos últimos seis anos.

Gráfico 4 - Compensações anuais realizadas entre 2012 a 2017

Fonte: FAMR | VIVO ENERGY | ENACOL

3.2.3 Restituições anuais da TSMR

Para todos os agentes económicos, sejam eles entidades individuais ou coletivas, é garantido de acordo com o Artigo 15º do Lei nº 16/2008, alterado pelo Decreto-Lei nº 47/2010, de 1 de novembro e republicado pelo Decreto-Decreto-Lei nº 7/2014, de 12 de fevereiro, o direito à devolução da TSMR ao provar ter adquirido combustível que não se destine à circulação rodoviária e em cujo preço esteja embutido a Taxa de Serviço de Manutenção Rodoviária. Os pedidos de restituição da TSMR, que ao longo de 2017 foram realizados por via dos serviços dos Correios de Cabo Verde (CCV), davam entrada no FAMR num prazo de 60 (sessenta) dias após a aquisição do combustível, que por sua vez e após averiguação de estarem devidamente justificados, procedia também num prazo de 60 (sessenta) dias à restituição dos montantes solicitados. O Gráfico 5, apresentado abaixo, evidencia que o ano de 2017 foi o segundo em absoluto a apresentar os maiores montantes restituídos aos operadores que consomem combustível com outro fim que não a da circulação nas estradas. Em 2017 o montante restituído foi de 70.651.282 ECV, um aumento de 12,8% em relação ao ano

(27)

19 de 2016, em que foi de 62.645.737 ECV. Em média, as restituições têm aumentado a uma taxa anual de 1,9% entre os anos de 2012 a 2017. Para este período em análise, o ano de 2014 foi o teve maiores montantes devolvidos em absoluto, totalizando a soma de 82.987.278 ECV.

Gráfico 5 - Restituições anuais da TSMR entre 2012 a 2017

Fonte: FAMR | CCV

Importa ainda destacar nesta seção, que no corrente ano de 2018 entrou

funcionamento a Plataforma GRT (grt.famr.cv) como sendo o intermédio único na

gestão das operações de restituição da TSMR. A informatização do sistema por via desta plataforma digital vem trazendo enormes ganhos no que diz respeito aos custos previamente envolvidos com o serviço de restituição, nos tempos de espera associados à realização dos pedidos e dos pagamentos, na uniformização e controle dos dossiers exigidos às diferentes entidades requerentes, na geração de estatísticas relativas à restituição e no processo de fiscalização das entidades que solicitam a devolução da TSMR. Para o público interessado, a Plataforma GRT tem suporte presencial junto dos balcões de atendimento da Casa do Cidadão (CdC).

3.2.4 Despesas anuais com os serviços de restituição da TSMR

Os serviços de front office para as operações de restituição foram, até o encerramento do ano de 2017, realizados pelos CCV por via de um contrato de prestação de serviço

(28)

20 que vigorava entre aquela instituição e o FAMR. Assim, os valores apresentados a seguir no Gráfico 6, representam os custos relativos às tranches do referido contrato

cujo montante anual a pagar era de 3.000.000 ECV40.

Nesta subsecção, vale ainda informar que o FAMR irá no ano de 2018 reduzir os custos dos serviços front office de 3.000.000 ECV para 881.496 ECV, passando a gestão destes serviços dos CCV para a Casa do Cidadão, que por via de um Acordo de Nível de Serviço com o FAMR protocolizou no início de fevereiro a realização presencial dos serviços de restituição junto dos seus balcões de atendimento em todo o território nacional. Observa-se por fim que, a mudança de parceria dos CCV para a CdC trará enormes benefícios à população em termos de presença nas localidades das agências desta última instituição, que supera em número e distribuição a dos Correios.

Gráfico 6 - Despesas anuais com os serviços de restituição da TSMR entre 2012 a 2017

Fonte: FAMR | CCV

3.2.5 Execução financeira do PAMR

Em 2017, o FAMR empregou o montante total de 454.060.868 ECV em diversas intervenções rodoviárias, dentre as quais se encontram as de manutenção, melhorias,

40 Os valores inferiores a 3.000.000 ECV contantes no Gráfico 6, pagos para a manutenção dos serviços

de front office, fazem referência a um período qual ainda não havia sido assinado um contrato entre os CCV e o FAMR. O referido contrato foi assinado no dia 3 de março de 2014.

(29)

21 reabilitação, urgências e também daquelas que são realizadas em benefício das estradas municipais. Dentre as obras e serviços de manutenção financiados, constaram também despesas com estudos e assistência técnica no âmbito das intervenções rodoviárias realizadas.

Para o período em análise, os anos de 2012 e 2016 foram os únicos que tiveram um montante de financiamento de intervenções rodoviárias superior ao ano de 2017, equivalentes ao montante de 515.929.447 ECV e 510.185.188 ECV, respetivamente. A razão associada ao maior financiamento deriva de um melhor planeamento orçamental considerando que para estes anos as receitas não foram superiores às arrecadadas em 2017. O Gráfico 7, apresentado abaixo, ilustra a situação explanada. Já para o corrente ano de 2018, o budget previsto para a realização de intervenções rodoviárias é de ECV 532.637.217, fazendo com que havendo correspondência a nível da arrecadação de receitas, o montante destinado à realização de obras e serviços rodoviários venha a ser superior à de todos os anos passados.

Gráfico 7 - Execução financeira do PAMR entre 2012 a 2017

Fonte: FAMR | IE

3.3 Operações de arrecadação de receitas (TSMR) em 2017

A TSMR, criada pelo Decreto-Lei nº 16/2008, de 2 de junho, passou a representar uma das fontes de receita do FAMR a partir de 2009, tendo passado do ano de 2010 em

(30)

22 diante a constituir a única fonte de receita do FAMR. Atualmente, a TSMR corresponde ao equivalente de 8,00 ECV por litro de combustível comercializado nos postos de venda das duas principais entidades petrolíferas presentes em Cabo Verde, nomeadamente a VIVO ENERGY CABO VERDE, SA e a ENACOL - EMPRESA NACIONAL COMBUSTIVEIS, SA.

A presente secção apresenta as receitas entradas e arrecadadas com a TSMR ao longo de 2017 e suas respetivas compensações pelos serviços de cobrança que são prestados pelas petrolíferas locais. Receita entrada define-se como sendo o montante total da TSMR coletado e transferido pelas entidades petrolíferas ao FAMR no período exato em que ocorre a transferência destes montantes, pelo que não depende, necessariamente, do período de ocorrência a que esta deveria necessariamente fazer referência. No entanto, receita arrecadada refere-se a aquela do período de referência ou ocorrência do fato gerador da receita e não a da transferência, e normalmente tem desfasagem de 1 (um) mês “de atraso” em relação à receita entrada. A ressalva a ser realizada, é que para a apuração das contas e demonstrações de resultados prevalece a análise da receita entrada e não da arrecadada.

3.3.1 Análise trimestral das receitas entradas em 2017

A Tabela 2, mostrada abaixo, apresenta o total das receitas entradas para os quatro trimestres do ano económico de 2017, subdividindo-as por fonte de receita e por entidade responsável pela coleta e transferência dos montantes destinados aos serviços de manutenção rodoviária financiados pelo FAMR, nomeadamente as petrolíferas VIVO ENERGY e ENACOL.

A primeira observação a ser realizada é que atualmente a única fonte de receita do FAMR é a Taxa de Serviço de Manutenção Rodoviária (TSMR). A parte das receitas provenientes da arrecadação do Imposto sobre Consumos Especiais (ICE) a que estão sujeitos os combustíveis, constantes da Tabela de Taxas ao Regulamento do ICE aprovado pela Lei nº 22/VI/2003, de14 de julho, deixou de ser transferida com o encerramento do ano económico de 2009, embora esta ainda pertença por direito

Estatutário41 ao Fundo Autónomo de Manutenção Rodoviária.

Pela análise da Tabela 2, fica evidente que a VIVO ENERGY é a entidade petrolífera que mais contribui para a entrada de receitas. Ao longo de 2017, do total de 639.072.776 ECV da receita coletada a VIVO ENERGY foi responsável por 61%, o equivalente a 390.949.608 ECV. Já a ENACOL foi responsável pelos demais 39% das

41 Alínea b) do Artigo 23º do Decreto-Lei nº 9/2017, que altera e republica os Estatutos do Fundo

(31)

23 receitas entradas em 2017, o que foi ao equivalente a 248.123.168 ECV. O 3º Trimestre foi aquele em que absoluto apresentou o montante mais elevado de receitas entradas, nomeadamente de 166.907.698 ECV.

Tabela 2 - Receitas trimestrais entradas em 2017

Fonte: Fundo Autónomo de Manutenção Rodoviária (FAMR)

3.3.2 Análise trimestral das receitas arrecadadas em 2017

Seguindo a lógica da análise elaborada para as receitas entradas na subsecção anterior, a Tabela 3, apresentada abaixo, mostra o total de receitas arrecadadas ao longo dos quatro trimestres de 2017. Assim como para o caso anterior, observa-se que a única fonte de receita do FAMR é a TSMR. A parte das receitas provenientes da arrecadação do ICE a que estão sujeitos os combustíveis, constantes da Tabela de Taxas ao Regulamento do ICE aprovado pela Lei nº 22/VI/2003, de14 de julho, deixou

de ser transferida em 2009, embora pertença por direito Estatutário42 ao FAMR.

Pela análise da Tabela 3, fica evidente que a VIVO ENERGY é a entidade petrolífera que mais contribui para a arrecadação de receitas. Ao longo de 2017, do total de 638.908.568 ECV da receita arrecadada a VIVO ENERGY foi responsável por 61%, o equivalente a 391.753.952 ECV. Já a ENACOL foi responsável pelos demais 39% das receitas arrecadadas em 2017, o que foi ao equivalente a 247.154.616 ECV. O 3º Trimestre foi aquele em que absoluto apresentou o montante mais elevado de receitas arrecadadas, nomeadamente de 164.778.411 ECV.

Tabela 3 – Receitas trimestrais arrecadadas em 2017

Fonte: Fundo Autónomo de Manutenção Rodoviária (FAMR)

3.3.3 Compensação das operações de cobrança em 2017

O Gráfico 8, a seguir apresentado, faz a avaliação trimestral dos custos associados às operações de coleta de receitas para o ano económico de 2017. Como explanado na secção 3.2.2, tais operações acarretam inerentemente, por determinação legal, um

42 Alínea b) do Artigo 23º do Decreto-Lei nº 9/2017, que altera e republica os Estatutos do Fundo

(32)

24 custo equivalente a 1,5% do total das receitas arrecadas pelas petrolíferas em atividade no país. Observa-se que no ano 2017, as compensações com as operações de cobrança totalizaram o montante de 8.730.920 ECV, tendo sido o 3º Trimestre daquele ano o período em que estas compensações chegaram, à semelhança das receitas, no seu pique mais elevado, de nomeadamente 2.737.427 ECV.

Para o ano de 2017, ainda não foi realizado o encontro de contas junto das petrolíferas a respeito dos valores compensados por via da coleta da TSMR e restituída pelo FAMR às entidades que utilizaram combustível com outra finalidade do que da circulação nas estradas. Será assim cobrado às petrolíferas, no corrente ano de 2018, o equivalente a 1,5% do total da TSMR devolvida em 2017, o que irá corresponder ao montante de 1.059.769 ECV a serem repartidos conforme relação das restituições realizadas entre a VIVO ENERGY e ENACOL.

Gráfico 8 - Compensação trimestral das operações de cobrança em 2017

Fonte: FAMR | VIVO ENERGY | ENACOL

3.4 Restituição da TSMR em 2017

A secção atual analisa trimestralmente, para o ano económico de 2017, o total das restituições da Taxa de Serviço de Manutenção Rodoviária, destacando os montantes por municípios e principais entidades a quem foram devolvidas a TSMR. Por fim, é citado na última subsecção da análise, o valor das despesas devidas e pagas aos CCV

(33)

25 pelo último ano em que realizaram os serviços de front office nas operações de restituição da referida taxa rodoviária.

Em 2017, foram restituídos um total de 70.651.282 ECV aos agentes económicos que que adquiriram combustível com outra finalidade que não a circulação nas rodovias do país. No ano, o segundo trimestre foi o que em absoluto apresentou maior montante restituído, de nomeadamente 26.031.961 ECV.

Já para o ano de 2018, perspetiva-se que a informatização das operações de restituição, viabilizada pela implementação da Plataforma GRT, leve uma diminuição significativa do total dos montantes restituídos, isto porque esta informatização levou maior rigor na análise dos pedidos de restituição submetidos ao FAMR, permitindo hoje com que os dossiers associados a estes pedidos estejam em condições de serem devidamente analisadas, e as entidades requerentes em última instância fiscalizadas.

Gráfico 9 - Restituições trimestrais da TSMR em 2017

Fonte: FAMR | CCV

3.4.1 Restituição da TSMR por Ilha em 2017

A primeira observação a ser realizada na Tabela 4 apresentada abaixo, é o fato da Ilha da Brava ter ficado completamente isolada relativamente aos serviços de restituição ao longo do ano de 2017. Este fenómeno terá ocorrido não só pela falta de informação das

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26 entidades locais da existência deste direito e dos serviços de restituição, como também da burocracia que envolvia o processo até o encerramento daquele ano económico encerrado. Espera-se, como já foi frisado anteriormente na secção 3.2.3, que a informatização dos serviços de restituição acompanhado da sua implementação presencial através da Casa do Cidadão venha resolver o isolamento daquela Ilha. Destacam-se as ilhas do Sal e de Santiago por serem aquelas que maiores valores receberam em termos de TSMR restituída. A ilha do Sal teve um montante total de restituição equivalente a 37.084.692 ECV, o equivalente a mais da metade (52,5%) do total das restituições no em análise. Por sua vez, a ilha de Santiago viu as devoluções da TSMR atingirem o montante total de 19.567.677 ECV, o equivalente a 27,7% do total das restituições da referida taxa rodoviária. Quanto às demais ilhas, merecem algum destaque as ilhas Maio, da Boa Vista e do Fogo, sendo a primeira e a última por causa da comunidade piscatória e remanescente por causa da presença de um empreendimento hoteleiro de grande porte. Na seção seguinte, ao se avaliar as principais entidades beneficiadas com os serviços de restituição da TSMR, explica-se também a razão das ilhas do Sal e de Santiago serem as com maior participação.

Tabela 4 - Restituição por Ilha em 2017

Fonte: FAMR | CCV

3.4.2 Restituição por principais entidades em 2017

Conforme a Tabela 5, apresentada abaixo, é possível compreender que a ilha do Sal se destaca principalmente pela presença em seu território da empresa AGUAS DE PONTA PRETA, LDA, que ao longo do último ano económico encerrado viu-se restituir da TSMR um montante total de 23.536.000 ECV, mais da metade do total da TSMR

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27 restituída naquela ilha (ver Tabela 4). A outra entidade de destaque sediada naquela ilha é o grupo CABOTEL - HOTELARIA E TURISMO, LDA, que para o período avaliado solicitou a restituição do montante global de 8.629.488 ECV. Esta entidade é a proprietária das unidades hoteleiras Club Riu Funana e Riu Garopa e de outras na ilha da Boa Vista.

Já na ilha de Santiago, destacam-se os pedidos de restituição das Construtoras, a que no fundo atividades de construção realizadas prejudicam em grande e muito as rodovias do país, colocando assim em balanço e julgamento a justiça que representa um pedido de restituição por parte destas entidades, que além deste fator de peso, possuem ainda obras financiadas pelo próprio FAMR.

Como destaque para o ano de 2017, mencionam-se as seguintes entidades com os respetivos valores de pedidos de restituição efetivamente devolvidos:

Tabela 5 - Restituição por entidade em 2017

Fonte: FAMR | CCV

3.4.3 Despesas com as operações de restituição

Para o ano de 2017 as despesas associadas à restituição da TSMR totalizaram o equivalente ao valor contratual anual do acordo que vigorava entre o FAMR e os CCV, afixado na altura no valor de 3.000.000 ECV. No corrente ano de 2018, e para o cumprimento total das obrigações com o contrato que vigorava com os CCV, o FAMR terá ainda que depositar nos cofres desta entidade uma última tranche referente aos serviços prestados, que será à semelhança das demais o equivalente ao valor de 900.000 ECV. No entanto, para este ano, os serviços presenciais associados à restituição da TSMR serão realizados pela Casa do Cidadão. O Acordo de Nível de Serviço com a CdC custará aos cofres do FAMR o montante de 881.496 ECV ao ano.

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28

3.5 Plano Anual de Manutenção Rodoviária (PAMR) 2017

O PAMR é o principal instrumento de gestão do FAMR. Este contempla as necessidades de intervenção rodoviária previstas de serem realizadas num determinado ano, e responsabiliza-se pelo emprego de 82% do total das receitas coletadas pelo FAMR por via da TSMR. É através do PAMR que é realizado o acompanhamento da execução técnica e financeira das atividades com vista à realização de obras e serviços de manutenção, trabalhos de melhorias, reabilitações não programadas, trabalhos de urgências e das intervenções na rede rodoviária municipal do país. O PAMR, elaborado pelo IE e aprovado pelo Conselho Diretivo do FAMR, reflete as intervenções rodoviárias de manutenção realizadas em todas as estradas do país, sejam elas nacionais ou municipais. A Tabela 5, apresenta a seguir os resultados trimestrais consolidados referentes à consecução do PAMR em 2017. Importa salientar, antes da análise detalhada do PAMR e das partes em que se subdivide, que para o período avaliado foi aprovado pelo FAMR uma reprogramação do PAMR alterando sua estrutura inicial aprovada. A reprogramação foi demandada pelo Instituto de Estradas de acordo com a nota identificada pela referência IE/2017/576, de 28 de novembro de 2017 e documentos associados.

Tabela 6 - Execução financeira trimestral do PAMR em 2017

Fonte: Fundo Autónomo de Manutenção Rodoviária (FAMR)

Nas subsecções apresentadas a seguir, detalha-se a pormenor o resultado financeiro das intervenções rodoviárias realizadas nas três principais subdivisões do PAMR 2017. Refere-se nomeadamente às intervenções em estradas nacionais (A), aos trabalhos de urgências (B) e às intervenções rodoviárias realizadas em estradas municipais (C) que

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29 são geridas pelas suas respetivas Câmaras com acompanhamento técnico e financeiro realizado pelo IE e o FAMR, respetivamente.

3.5.1 Estradas Nacionais (EN)

3.5.1.1 Contratos REMADOR43 para obras de manutenção e melhorias (A1)

Conforme evidenciado pela Tabela 6 acima apresentada, ao longo do ano económico de 2017 foram utilizados a totalidade de 172.419.737 ECV para a realização de obras contempladas nos contratos REMADOR, com exceção daquelas relativas a obras de cariz de urgência, cuja análise encontra-se realizada na subsecção 3.5.2.1. O total do valor empregue correspondeu a 38% do total do financiamento das intervenções rodoviárias realizadas no âmbito do PAMR ao longo do ano de 2017, sendo que quase na sua totalidade destinada à Manutenção corrente, que correspondeu ao equivalente a 170.536.708 ECV, ou seja, a 37,6% do total das intervenções rodoviárias realizadas. A Tabela 7, apresentada abaixo, ilustra por sua vez qual o destino da utilização dos recursos financeiros que serviram para financiar as intervenções rodoviárias de manutenção da parte A1 do PAMR. É possível assim observar, que grande parte dos recursos financeiros utilizados foram aplicados nas Ilhas de Santiago, Santo Antão e Fogo, com 52.259.047 EV (ST-01 e 02), 50.030.781 ECV e 41.768.856 respetivamente. O Relatório de Execução Técnica do PAMR, elaborado pelo IE e disponível no website

do FAMR através do link www.famr.cv descreve detalhadamente quais foram em

concreto os trabalhos de intervenção rodoviária realizados em cada Ilha. Para a visualização dos mapas das estradas nacionais, pode também ser consultado o website do FAMR através do link previamente mencionado.

Em anexo a este relatório anual de atividades para o ano económico de 2017 é submetido, de modo a complementar as informações relatadas, o “Quadro de contratos do PAMR com execução financeira em 2017”. No referido quadro é evidenciado o total dos montantes desembolsados por ilha, por lote de estrada e por entidade prestadora do serviço e/ou beneficiária dos financiamentos concedidos, portanto, por construtoras e Câmaras Municipais.

O acompanhamento do PAMR de 2018 será possibilitado online em pamr.famr.cv.

Referências

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