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Os campeões de Portugal Conheça os 12 vencedores dos Prémios Exportação & Internacionalização, uma iniciativa do Negócios e Novo Banco

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Academic year: 2021

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10ª edição

Este suplemento faz parte integrante do Jornal de Negócios n.º 4391, de 15 de dezembro de 2020, e não pode ser vendido separadamente.

Os campeões

de Portugal

António Ramalho

Um país treinado em crises e riscos

Eurico Brilhante Dias

Exportações começam a recuperar em 2021

Conheça os 12 vencedores dos Prémios

Exportação & Internacionalização, uma

iniciativa do Negócios e Novo Banco

(2)

II

| TERÇA-FEIRA | 15 DEZ 2020

D

urante este perío-do de crise sanitá-ria, “a banca de-sempenhou a sua função”, afirmou António Ramalho, presidente executivo do Novo Banco, du-rante o debate digital “O Desí-gnio das Empresas Portugue-sas”, que se realizou durante a entrega dos Prémios Exportação & Internacionalização, uma ini-ciativa do Jornal de negócios e do Novo Banco, com a colabora-ção da Iberinform, que vai na 10.ª edição.

Para António Ramalho, “al-gum do esforço que os contribuin-tes fizeram ao serviço da banca re-sultou, uma vez que os bancos es-tavam preparados para ser um dos principais fatores operacionais e reais de suporte à economia”. Deu como exemplos a capacidade de resposta nas moratórias, nas li-nhas de crédito com garantia do Estado entre 70 e 90%, e até na gestão operacional dos lay-offs. “Foi este tripé que acabou por conseguir assegurar alguma sere-nidade num período particular-mente difícil da pandemia.”

Cerca de 60% das empresas exportadoras são clientes do Novo Banco, e António

Rama-lho considerou que o pós-pande-mia traz riscos acrescidos e oportunidades diversas, como a “a globalização, porque, hoje em dia, os riscos recentes nas ca-deias de valor, nomeadamente de fornecimentos, exigem uma maior cautela e uma maior pro-ximidade das soluções da cadeia de valor”. Frisou ainda uma se-gunda oportunidade que “é a ne-cessidade de flexibilidades adi-cionais dentro desta cadeia de valor para timings e diversifica-ção de mercados, que começam a encomendar hoje com menos amplitude, targets mais peque-nos e especialização mais espe-cífica”. Finalmente referiu que “novos riscos surgiram nesta pandemia, tanto de incerteza

como de assimetria das sequelas destes riscos, mas portugueses têm convivido com as crises, isto não os assusta. Portugal é um país treinado em crises e em ris-cos”.

As três lições da crise

Luís Palha da Silva, presidente da Pharol e membro do júri dos Pré-mios Exportação e Internaciona-lização, falou das lições que a cri-se que trouxe à luz. A primeira, que considerou “atávica na eco-nomia portuguesa em geral e em todos os setores, que é a elevada alavancagem dos diferentes lanços. Nas empresas, sem um ba-lanço forte não é possível aspirar a ter uma sustentabilidade das ex-portações. Ninguém vai esperar por nós se não tivermos a capaci-dade de manter políticas de atra-ção de mercado, de investimento em marcas, canais de distribuição. Fortes balanços, capitalização das empresas, é por isso bastante im-portante”. Referiu ainda que “não sabemos qual é a dimensão dos re-cursos que virá para a capitaliza-ção das empresas, mas sabemos que haverá uma forte contribui-ção da União Europeia para esse desiderato”.

Os outros aspetos têm a ver “alguma recentragem das em-presas nos mercados mais pró-ximos e que controlam de forma mais próxima”, e com a necessi-dade de futuro mas que requer muito investimento que são “as marcas fortes”.

Gestor global, Miguel Olivei-ra, CEO da Tech4Home, empre-sa eletrónica que cria, desenvol-ve e comercializa telecomandos e soluções de tecnologia avança-da para as empresas de televisão paga mundiais, falou da expe-riência de exportação de 90% dos seus cerca de 40 milhões de

euros de volume de negócios previstos para 2020.

Ainda não se falava da covid--19 e já a Tech4Home se depara-va com o encerramento das fá-bricas com que operava na Chi-na. Depois mercados fundamen-tais como os Estados Unidos, França e outros países europeus foram muito afetados, e houve quebras de encomendas.

Do lado positivo, “sentimos quebras de fornecimento que ti-veram impacto, embora não te-nham sido muito grandes, por-que a China rapidamente conse-guiu reativar as suas empresas”, diz Miguel Oliveira. Por outro lado, tentaram colmatar as que-bras de encomendas, com “no-vos mercados e no“no-vos clientes porque, apesar de a pandemia afetar todo o mundo, o certo é que os países foram afetados de forma diferente. Felizmente, o setor das telecomunicações, em que operamos, não foi dos mais afetados e este ano ainda vamos conseguir aumentar as exporta-ções”. 

Os programas comunitários de resposta à crise pandémica podem

contribuir para a solução de um problema atávico da economia

portuguesa que é a alavancagem das empresas portuguesas.

FILIPE S. FERNANDES

Portugal é um

país treinado em

crises e riscos

NEGÓCIOS

INICIATIVAS

PRÉMIOS EXPORTAÇÃO & INTERNACIONALIZAÇÃO

António Ramalho, CEO do Novo Banco, sublinhou que nesta pandemia os ban

Novos riscos surgiram

nesta pandemia, tanto

de incerteza como

de assimetria das

sequelas destes riscos.

ANTÓNIO RAMALHO

CEO do Novo Banco

Ninguém vai esperar

por nós se não

tivermos a capacidade

de mantermos políticas

de atração de mercado.

LUÍS PALHA DA SILVA

Presidente da Pharol e membro do júri

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TERÇA-FEIRA

| 15 DEZ 2020 | SUPLEMENTO | III

Mariline Alves

“Em 2019 foi um ano particular-mente bom para as exportações portuguesas. Foi um marco, um momento que queremos rapida-mente recuperar. Em 2019 as ex-portações atingiram os 93,5 mil milhões de exportações de bens e serviços”, analisou Eurico Bri-lhante Dias, secretário de Estado da Internacionalização.

A pandemia de covid-19, que se tornou global, alterou as dinâ-micas do comércio internacional, com grande impacto nas ativida-des de turismo e viagens que dimi-nuíram significativamente.

“O caminho da recuperação vai começar em 2021 e o objetivo é chegar a 2023 recuperando este

padrão, que nos levou a ter 44% do peso das exportações no PIB”, dis-se Eurico Brilhante Dias. Acres-centou que “50% era o nosso ob-jetivo até meados da década, que-remos chegar a esse objetivo em 2027, para terminaremos a déca-da, em 2030, com 53% de peso das exportações no PIB”.

A estratégia de recuperação do governo tem dois carris, como diz Eurico Brilhante Dias. O primei-ro é o da conservação da capaci-dade instalada. Para isso o Gover-no utilizou instrumentos para ul-trapassar esta fase, desde os segu-ros de crédito à exportação para mercados OCDE e fora da OCDE, as linhas de crédito, as

moratórias, o lay-off simplificado ou o apoio à retoma.

“Se setembro de 2020 foi pra-ticamente igual a setembro de 2019 na área de bens foi porque, em grande medida, houve uma mola produtiva que foi capaz de respon-der quando a procura regressou”, assinalou Eurico Brilhante Dias.

O outro carril assenta nas me-didas como a capacitação na área dos negócios internacionais, o re-forço da digitalização, a promoção de diversificação de mercados, a di-plomacia económica e na gestão das, como a diplomática, a consu-lar, do ICEP, das câmaras de co-mércio, que se têm vindo a desen-volver. 

Eurico Brilhante Dias considerou a necessidade de continuar a captar investimento

direto estrangeiro, tanto atividades industriais como de serviços que são

fortemente exportadoras, cujoS stocks cresceram tanto em 2019 como em 2020.

cos se revelaram preparados para ser um suporte real de apoio à economia.

Miguel Oliveira, CEO da Tech4Home.

Luís Palha da Silva, presidente da Pharol e membro do júri.

“Estamos hoje com o nível de exportações de 2011, mas recordemos que foi em 2011 que se iniciou os Prémios Exportação & Internacionalização, no qual 161 empresas foram premiadas, empresas que se dedicaram à exportação e a internacionalização que são as duas faces da mesma moe-da, então as exportações passaram de menos de 30% para 44% do PIB em 2019”, afirmou António Ramalho, presidente executivo do Novo Ban-co, durante a 10.ª edição dos Prémios Exportação & Internacionaliza-ção, iniciativa do Jornal de Negócios e do Novo Banco, em parceria com a Iberinform Portugal.

Como membro do júri, Luís Palha da Silva, presidente da Pharol, salien-tou que o júri considerou que “olhar para 2019 sem levar em linha de conta a situação em que se vive atualmente não teria sentido”. Por isso determinaram que a exportação tinha de ser sustentável, “e não podia ser um fogacho de um só ano”. Assim, todas as empresas que recebe-ram os prémios demonstrarecebe-ram ter não só um nível de balanço e de so-lidez financeira que permite pensar que “mesmo em momentos de maior aperto de tesouraria serão capazes de satisfazer as suas encomendas”. O segundo aspeto foi ter em conta a dimensão e a diversificação dos mercados.

Para esta 10.ª edição dos prémios, em que se premiaram 12 empresas, partiu-se de um universo de mais de 385 mil empresas, que apresentaram as suas demonstrações financeiras anuais de 2019 através do IES (Infor-mação Empresarial Simplificada). Destas, mais de 57 mil registaram ex-portações e para a atribuição dos prémios foram avaliadas e analisadas 3.149, explicou António Monteiro, country manager da Iberinform.

As 12 melhores das mais

de três mil avaliadas

A recuperação das exportações

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IV

| TERÇA-FEIRA | 15 DEZ 2020

A Critical Software nasceu em 1998 por iniciativa de três engenheiros da Universidade de Coimbra, Gonçalo Qua-dros, João Carreira e Dia-mantino Costa, tendo como primeiro cliente a NASA. “A partir de então fomos cres-cendo e tendo clientes em di-ferentes geografias. Atual-mente, temos clientes em 17 países diferentes e exportam 80% do seu volume de negó-cios que em 2019 foi de 58 milhões de euros, tendo as exportações aumentado 15%”, informa Mónica So-breira, diretora da divisão di-gital engineering services.

A partir de 2007 formou--se o grupo com o primeiro spin-off, a Critical Links, se-guido pela Critical Materials, a Critical Health, a Critical Manufacturing e a joint-ven-ture com a BMW, a Critical Techworks. Em termos de mercados estamos em nove áreas diferentes como a finan-ceira, a ferrovia, o aeroespa-cial, o medical devices, o

e--commerce, mas também go-verno, telecomunicações.

É uma empresa que tem vindo a ajudar os seus clientes no desenvolvimento de siste-mas e soluções críticos ao seu negócio, tem 900 emprega-dos. Tem escritórios em Coimbra, Lisboa, Porto, To-mar, Vila Real, Viseu, Southampton, Derby, Muni-que, Sunnyvale (EUA).

“Para o futuro, o principal desafio está relacionado com a covid-19 que é o trabalho re-moto, o conseguir chegar

tam-bém a novos clientes sem po-der estar perto deles, temos de fazer tudo isto de forma remo-ta. Mas como sempre foi filo-sofia da Critical Software, te-mos de estar sempre atentos às mudanças e sermos bastan-te ágeis e flexíveis nesta adap-tação. Temos conseguido res-ponder a este desafio e conti-nuarmos muitos mais anos e com um ritmo de crescimento que tem sido habitual na Cri-tical Software que é da ordem dos dois dígitos”, afirmou Mó-nica Sobreira. 

A mudança é crítica

NEGÓCIOS

INICIATIVAS

PRÉMIOS EXPORTAÇÃO & INTERNACIONALIZAÇÃO

EXPORTAÇÃO

Setores Estratégicos- Digital Vencedor Critical Software

Mónica Sobreira, diretora da divisão digital da Critical Software.

DR

“S

omos dois mil e a nossa missão é sal-var vidas”, disse Guy Villax, CEO da Hovione, filho de Ivan Villax que com a mulher Diane e dois compatriotas húngaros fundou a Hovione em 1959. Acrescentou que “o número mais recente que nos dá propósito e energia é que de processos desenvolvidos pelos nossos cientistas e os produtos fa-bricados nas nossas fábricas se cu-raram quatro milhões de doentes de hepatite C. Fazer a coisa certa é o que nos move”.

A Hovione exporta para 34 países a totalidade da sua produ-ção e a faturaprodu-ção foi de 150 mi-lhões de euros em 2019, mais

7,5%, e conta com quase 1.300 empregados em Portugal. É uma empresa familiar constituída por um grupo internacional de empre-sas com fábricas e laboratórios em Portugal, Macau, Estados Unidos e Irlanda.

“Este ano vamos contribuir para o desenvolvimento clínico de mais de 70 moléculas e produzir 50 produtos comerciais e os nos-sos clientes viram quatro novas moléculas aprovadas pelo regula-dor americano. Os nossos clientes são as empresas mais inovadoras do mundo e os mercados são os mais altamente regulamentados”, concluiu Guy Villax.

É a empresa privada com mais doutorados, mais de uma centena,

por isso Guy Villax sublinha que “grande parte do nosso sucesso se deve à qualidade dos jovens que são formados nas nossas universi-dades. Para o futuro o caminho é sempre o mesmo, tem a ver com inovação, com qualidade, com ser-viço e trabalhar muito para deixar a concorrência para trás”.

As empresas da Hovione são detidas em partes iguais pelos acionistas da segunda geração, os irmãos Peter, Guy, Sofia e Miguel. Em 2016, os acionistas da Hovio-ne entraram em novos Hovio-negócios com a Hovione Capital, que inves-te em start-ups na área da saúde, e a Hovione Tecnologia, na área dos novos dispositivos médicos na área da inalação pulmonar. 

“A nossa missão é salvar vidas”

EXPORTAÇÃO

Setores Estratégicos- Saúde Vencedor Hovione

Guy Villax lidera a Hovione.

DR

Criada em 1980, a Simoldes Plás-ticos nasceu a partir da divisão de plásticos do Grupo Simoldes, com sede em Oliveira de Azeméis, que foi fundado em 1959 com a consti-tuição da Simoldes Aços, empresa dedicada à fabricação de moldes de injeção para a indústria de plásti-cos. Detida por António Rodrigues é uma empresa de produção de pe-ças plásticas injetadas principal-mente para a indústria automóvel.

Os principais clientes da Simol-des Plásticos incluem as principais OEM (Original Equipment Manu-facturer) da indústria automóvel, nomeadamente, o Grupo Volkswa-gen, com as marcas VolkswaVolkswa-gen, Seat, Audi, Porsche e Skoda, Gru-po PSA (Peugeot, Citroën), Ford, Renault, etc., sendo a Simoldes Plásticos fornecedor de primeira li-nha de muitos destes clientes. Hoje são três fábricas em Portugal, e pre-sença industrial no Brasil, com duas fábricas, França, Polónia, Republi-ca CheRepubli-ca e Marrocos.

“O nosso percurso de exporta-ção está ligado ao acompanhamen-to dos nossos clientes. Temos tam-bém uma parte forte de

internacio-nalização porque temos de seguir os nossos clientes para as diferen-tes geografias onde se vão localizan-do”, refere Ercília Tavares, direto-ra financeidireto-ra da Simoldes Plásticos. Exporta para 12 países e regis-ta 102,1 milhões de euros em vo-lume de exportações, atividade que em 2019 aumentou 24,8%. “O crescimento tem a ver com fato-res como ser dinâmica, competi-tiva, qualidade, dar um bom servi-ço e hoje em dia com a inovação e a sustentabilidade”, defendeu Jai-me Sá, administrador da Simoldes Plásticos. 

Na primeira linha da

indústria automóvel

EXPORTAÇÃO

Grandes Empresas-Bens Transacionáveis Vencedor Simoldes Plásticos

Ercília Tavares, diretora financeira da Simoldes Plásticos.

(5)

TERÇA-FEIRA

| 15 DEZ 2020 | SUPLEMENTO | V

A Bysteel é uma empresa espe-cializada na conceção, fabrico e montagem de superestrutu-ras em aço, que foi fundada em 2008 e resultou de um spin-off do grupo DST. Exporta para 25 países, tem um volume de negócios de 39,8 milhões de euros em 2019 e as exporta-ções cresceram 67% e tem 2.000 funcionários.

Segundo Rodrigo Araújo, administrador da Bysteel, “esta aventura nos mercados maduros do centro da Europa tem-nos obrigado a operar se-gundo os padrões mais eleva-dos que se impõem ao setor em que os principais desafios são os que se colocam ao nível da engenharia e da gestão dos contratos internacionais”.

O “made in Portugal” em geografias distantes

A Bysteel é a mais recente aposta do Grupo DST, que conta a partir de agora com uma empresa especializada na conceção, engenharia e execu-ção de fachadas e envelopes

arquitetónicos para edifícios. Esta subsidiária já se en-contra a operar em quatro paí-ses e a fábrica representa um investimento de 16 milhões de euros cria mais de 200 postos de trabalho e projeta um volu-me de negócios, em 2021, de 45 milhões de euros dos quais 90% para mercados interna-cionais.

Como estas empresas, o grupo DST leva o “’made in Portugal’ qualificado a geogra-fias mais distantes e

competi-tivas”, afirma Rodrigo Araújo, administrador, concluindo que “confiamos hoje mais do que nunca no que o futuro tem para nos dar”.

O grupo DST, fundado em 1984, tem a sua sede em Bra-ga, terá faturado cerca de 400 milhões de euros em 2019, no conjunto dos negócios que possui nas áreas da constru-ção, ambiente, energias reno-váveis, telecomunicações, imobiliário e de venture capi-tal. 

Uma empresa

com muito aço

EXPORTAÇÃO

Exportação + Emprego Vencedor Bysteel

Rodrigo Araújo, administrador do grupo DST.

DR

A ponte Gateaway Mersey, em In-glaterra, venceu o prémio de me-lhor estrutura do mundo de 2019, atribuído pela International As-sociation for Bridge and Structu-ral Engineering. Foi construída pela ConstruGomes, empresa de Barcelos que se dedica a fazer grandes infraestruturas mas so-mos mais focados na construção de pontes e de grandes estruturas como viadutos, túneis e barragens e com grande foco na internacio-nalização.

“O percurso foi bastante difícil porque levamos alguns anos para conseguir fazer o que estamos a fa-zer. Um dos sucessos foi a expor-tação de serviços que atingiu os

95% baseados na nossa qualidade, segurança e inovação da empresa”, salientou Carlos Gomes, presiden-te da ConstruGomes, que detém 80% da empresa, cabendo os res-tantes 20% a António Lima, admi-nistrador.

A empresa nasceu original-mente em Espanha, em 2004 mas cinco anos depois instalou-se em Portugal. Com cerca de 300 em-pregados, teve um volume de ne-gócios em 2019 de 30,6 milhões de euros, exporta para 18 países. Como diz Carlos Gomes, “vive-mos num país muito pequeno onde não conseguiríamos ter o vo-lume de negócios que temos”.

A sua rede internacional é

constituída por sucursais na Re-pública da Irlanda, Noruega, Ale-manha, Reino Unido, Bélgica e República da Eslováquia. No Bra-sil, República Dominicana e nos Estados Unidos da América foram constituídas filiais. No México, na Holanda e na Colômbia a ativida-de foi prestada diretamente ativida-desativida-de Portugal.

O objetivo da empresa é cres-cer de uma forma sustentável. A ConstruGomes não tem qualquer barreira em termos de mercado ou fronteira. “Estamos disponíveis para fazer pontes, uma obra de arte ou boa estrutura de betão onde façam falta”, concluiu Car-los Gomes. 

Os construtores de pontes e obras de arte

EXPORTAÇÃO

PME Exportadora – Serviços Vencedor ConstruGomes

Carlos Gomes, presidente da ConstruGomes.

DR

Os Laboratórios Basi - Indústria Farmacêutica foram fundados em 1956 em Mortágua e desen-volvem, fabricam e comerciali-zam um leque de produtos far-macêuticos e soluções terapêu-ticas para a área da saúde. Em 2007, com a aquisição de 98% do capital da empresa pela FHC Farmacêutica, foi objeto de uma profunda reestruturação orga-nizativa e a requalificação de toda a unidade fabril, assim como definida uma nova orien-tação estratégica, e condições para o desenvolvimento de si-nergias.

Em 2012, foi inaugurada uma nova unidade com 6.600 m de área aproximada, com produ-ção e desenvolvimento para lí-quidos orais e semissólidos e ca-pacidade para produzir 45 mi-lhões de unidades por ano. Com esta modernização, a aposta no desenvolvimento e a aquisição de novos produtos permitiram que hoje tenha um portefólio que inclui mais de 240 medica-mentos de uso humano, distri-buídos por 17 áreas terapêuticas.

Os Laboratórios Basi tive-ram um volume de negócios 27 milhões de euros em 2019. Em termos de exportações, 93% concentraram-se na Irlanda, Lí-bia, Polónia, Reino Unido e Hungria. A FHC Farmacêutica é detida por Luís Gonçalves Si-mões e Joaquim Matos Chaves, que partilham de forma equita-tiva o capital. Faturou em 2019 54,3 milhões de euros e além dos Laboratórios Basi detêm tam-bém a Empifarma. 

De Mortágua

para o mundo

EXPORTAÇÃO

Exportação + Emprego Vencedor Basi

Os Laboratórios

Basi têm

um portefólio

que inclui

mais de 240

medicamento

de uso humano.

(6)

VI

| TERÇA-FEIRA | 15 DEZ 2020

Ligado à indústria da cortiça, Luís Manuel Ribeiro, que aos 86 anos se mantém como chairman, descobriu em 1987 uma oportunidade de negócio na Escócia, quando os produ-tores de whiskies sentiram ne-cessidade de voltar a utilizar produtos naturais e abando-nar as cápsulas de roscas. Cha-mou-lhe J.C. Ribeiro numa homenagem ao filho, José Carlos Ribeiro, que estava a terminar o curso em Econo-mia, e que, pouco depois, se juntou à empresa.

A empresa faz rolhas cap-suladas com diversos mate-riais para o mercado que se de-signa por bartops, destinadas a bebidas destiladas do seg-mento premium. Tem como clientes a Jack Daniels, Jame-son, Glenfiddich, Hendricks, Famous Grouse, Four Roses entre outros. Muitos dos atuais clientes estão com a empresa desde 1987.

Com um volume de negó-cios de 32,2 milhões de euros e que aumentou em 33,2% as

exportações, que vão para 20 mercados e tem 72 emprega-dos. Este ano chegou aos 100 milhões de rolhas vendidas. O produto utilizado nas suas ro-lhas é a cortiça, apenas os ma-teriais das cápsulas variam en-tre o plástico, madeira, cerâ-mica, metal, cristal, vidro, etc.

A J. C. Ribeiro está a construir uma segunda uni-dade industrial para dar res-posta ao aumento significa-tivo de produção, e corres-ponder aos desígnios de sus-tentabilidade, de diminuição

da pegada ecológica. “Nos próximos anos va-mos desenvolver uma estraté-gia mais agressiva no mercado de forma a aproveitar o incre-mento da capacidade produti-va. Depois temos qualquer empresa familiar temos a preocupação da integração da terceira geração da família. A conjugação destes dois fatores vai permitir diversificar mer-cados e aproveitar a capacida-de produtiva criada”, referiu Luís Magalhães, administra-dor da J.C. Ribeiro. 

As rolhas de cortiça para

bebidas espirituosas premium

NEGÓCIOS

INICIATIVAS

PRÉMIOS EXPORTAÇÃO & INTERNACIONALIZAÇÃO

EXPORTAÇÃO

PME Exportadora – Bens Transacionáveis Vencedor J.C. Ribeiro

Luís Manuel Ribeiro dirige a J.C. Ribeiro.

DR

É

a plataforma tecnoló-gica líder global para a indústria da moda de luxo. Fundada por José Neves em 2007 e lançada no ano seguinte, a Farfetch começou como um marketplace de comér-cio eletrónico para boutiques de luxo em todo o mundo.

Hoje o marketplace da Far-fetch liga clientes em mais de 190 países e apresenta produtos das 1.300 melhores marcas, boutiques e lojas de departamento em mais de 50 países assegurando, uma oferta de uma extensa coleção de luxo numa única plataforma.

A Farfetch está cotada na bolsa de Nova Iorque desde se-tembro de 2018. As receitas da

empresa em 2019 foram 1,021 mil milhões de dólares, mais 69,5% do que em 2018 e o valor bruto da mercadoria, isto é, o va-lor das transações realizadas au-mentou 52% para 2,1 mil lhões de dólares e teve 373,7 mi-lhões de dólares.

Hoje a Farfetch tem outras unidades de negócio, que in-cluem a Farfetch Platform Solu-tions que oferece serviços de tec-nologia e comércio eletrónico, a Browns, comprada por 675 mi-lhões de dólares e Stadium Goods, adquirida por 250 mi-lhões de dólares, que fazem che-gar os produtos diretamente aos consumidores e new guards group para o desenvolvimento

de marcas de moda globais. A Farfetch investe em inova-ção como a soluinova-ção de realidade aumentada da Store of de Futu-re e desenvolve tecnologias, so-luções de negócio e serviços para a indústria da moda de luxo.

Tem dois milhões de consu-midores ativos no marketplace com 3.400 marcas, tem 14 escri-tórios em Portugal e pelo mun-do e 4500 empregamun-dos. Recen-temente fez uma parceria a Ali-baba, para o mercado chinês, a Richemont, a que se soma a fei-ra com o grupo Artemis, o mag-nata François Henri Pinault, dona do grupo Kering (Gucci, Bottega Venetta e Saint Lau-rent). 

A grande plataforma digital do luxo

EXPORTAÇÃO

Melhor Exportadora Multinacional Vencedor Farfetch

José Neves lidera a Farfetch.

Raquel Wise

A Moca Stone é uma empresa que se dedica à extração de calcários, transformação de produtos aca-bados e sucedâneos. O seu grande objetivo é estar na fileira da pedra e conseguir valorizar os produtos com o máximo valor acrescenta-da possível.

Os principais mercados para os seus nove produtos são os extraco-munitários, com a Ásia a liderar no consumo dos calcários. O volume de negócios em 2019 foi de 16,3 mi-lhões de euros com as exportações a representarem 94%, crescimen-to de 35% face a 2018. Tem como principais pedreiras Covão Gran-de-Mendiga e Codaçal-Serro Ven-toso em Porto de Mós, Moleanos em Aljubarrota, Casal Farto em Fá-tima e Pé da Pedreira em Alcanede. “A estratégia para o futuro pas-sam por soluções que permitam utilizar o digital como grande veí-culo comercial continuando a cres-cer com os seus clientes nos quatro cantos do globo”, afirmou Luciano Santos, sócio e administrador.

Na sua opinião, “Portugal é um dos países mais desenvolvidos na pedra natural, em termos de

sus-tentabilidade, tecnologia e inova-ção. Existe recurso geológico em Portugal com muita qualidade su-perior até aos recursos de mármo-res como os italianos”.

Os negócios na pedra inicia-ram-se com Francisco dos Santos “Canteiro”, mas foi o filho Manuel Rodrigues dos Santos que, em 1962, se lançou na atividade em nome individual, na extração ma-nual de blocos, para depois evoluir os processos de extração da pedra ornamental, em de forma conti-nuada, aperfeiçoando os conheci-mentos do subsolo e da geologia da região. 

O digital no negócio

da pedra natural

EXPORTAÇÃO

PME Exportadora – Bens Transacionáveis Menção Honrosa Moca Stone

Luciano Santos, sócio e administrador da Moca Stone.

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TERÇA-FEIRA

| 15 DEZ 2020 | SUPLEMENTO | VII

É o principal grupo de cons-trução e engenharia português, que nasceu em 1947 quando Manuel Mota criou a Mota & Companhia para explorar as florestas de Cabinda em Ango-la. Hoje tem um volume de ex-portações de 2,2 mil milhões de euros, que representa 78% do volume de negócios que foi de 2,8 mil milhões, tem mais de 37 mil colaboradores.

Como explica Gonçalo Moura Martins, a Mota-Engil desde a sua fundação que traba-lha no exterior, mas reconhece que este foco “foi exponencia-do quanexponencia-do o mercaexponencia-do portu-guês começou a entrar em pro-funda crise e a empresa teve de se reinventar e conquistar no-vos mercados. Sem uma base doméstica forte, sem uma capa-cidade e um balanço financeiro sólido e sem uma estrutura or-ganizacional que permita a pro-jeção internacional, a interna-cionalização é um risco muito grande”.

Com cerca de 250 empre-sas, o grupo Mota-Engil é hoje

uma multinacional com negó-cios em áreas como a engenha-ria e construção, ambiente e serviços, concessões de trans-portes, energia e mineração. Tem a liderança em Portugal, é um dos 30 maiores grupos eu-ropeus de construção, presente em 28 países, repartidos por três áreas geográficas Europa, África e América Latina. “É um processo de aprendizagem com riscos que têm de ser combati-dos com muita organização,

disciplina, resiliência e determi-nação”, revelou Gonçalo Mou-ra Martins, CEO da Mota-En-gil.

A principal acionista a famí-lia Mota fez um acordo de par-ceria estratégica e de investi-mento com a China Communi-cations Construction Company (CCCC), que vai ficar com cer-ca de 30% da Mota-Engil, e os irmãos António, Manuela, Te-resa e Paula Mota baixam a par-ticipação 66,39% para 40%. 

Aliança luso-chinesa

na construção

INTERNACIONALIZAÇÃO

Grandes Empresas Vencedor Mota-Engil

Gonçalo Moura Martins, CEO da Mota-Engil.

DR

Na sua origem está a Companhia Portuguesa de Celulose, criada em 1941 e que tem o seu mo-mento eureka em 1957, quando em Cacia se tornou na primeira fábrica do mundo, fora da Aus-trália, a produzir pasta kraft de eucalipto e se transformou em standard mundial. Hoje é um produtor integrado de floresta, pasta e papel, tissue e energia. É a terceira maior exportadora em Portugal e a maior geradora de Valor Acrescentado Nacional, representando aproximadamen-te 1% do PIB nacional, cerca de 3% das exportações nacionais de

bens, perto de 6% do total da car-ga contentorizada exportada pe-los portos nacionais.

“Na base desta cadeia de va-lor está a fva-loresta e uma vanta-gem competitiva única. Portugal apresenta condições de solo e de clima singulares para criar uma matéria-prima diferenciadora, o eucaliptus globallis, considera-do mundialmente uma espécie que tem a melhor fibra apara a produção de papéis da mais ele-vada qualidade”, explica Antó-nio Redondo, CEO da The Na-vigator Company.

É líder europeia na produção

de papéis finos de impressão e es-crita não revestidos e sexta a nível mundial e é a maior produtora eu-ropeia, a quinta a nível mundial, de pasta branqueada de eucalip-to. A The Navigator Company teve um volume de negócios de 1688 milhões de euros em 2019 e exportou para mais de 130 países. Uma das principais apostas é o tis-sue com vendas de 132 milhões de euros, mais 45% face a 2018.

Segundo António Redondo, “esta cadeia de valor privilegia uma floresta gerida e resiliente, constituindo uma oportunidade para reduzir o abandono do

ter-ritório. Acreditamos que numa al-tura em que o mundo passa por transformações sem precedentes e procura novos modelos de des-envolvimento sustentável e de

ca-deias de abastecimentos mais curtas Portugal tem uma oportu-nidade única de desenvolver uma estratégia de crescimento e de va-lorização para a sua floresta”. 

Os papéis de uma

grande exportadora

EXPORTAÇÃO

Grande Empresa Exportadora Serviços Vencedor The Navigator Company

António Redondo, CEO da The Navigator Company.

DR

“Transformar a marca Vista Ale-gre numa marca global num seg-mento de bastante exigência, que é o da excelência e do luxo, é uma batalha diária em mercados ma-duros, em mercados diversifica-dos”, disse Nuno Barra, adminis-trador da Vista Alegre Atlantis.

É um grupo de cerâmica, cris-tal e vidro, que produz peças em porcelana, grés, faiança, cristal e vidro que tem origem na Fábrica de Porcelana da Vista Alegre, fun-dada em 1824, a primeira unidade industrial dedicada à produção da porcelana em Portugal, que em 2001 se fundiu com a Atlantis, que nascera como Crisal em 1972 para fabricar peças de cristal.

Em 2009 passou a integrar o portefólio de marcas do Grupo Vi-sabeira, e teve um volume de ne-gócios em 2019 de 120 milhões de euros, 74% de exportações, que cresceram 8,4%, lucros superio-res a sete milhões de euros, e con-ta com quase 2.500 empregados. Como refere Nuno Barra, “o processo de internacionalização é sempre um processo muito desa-fiante sobretudo para uma

empre-sa que está em mais de 70 países e exporta para 116 países”.

Na sua opinião, a estratégia deve ser clara quer permita ter um foco bem assente e que no dia a dia permita vencer algumas dificulda-des e a isso juntar muita resiliên-cia. “Para o futuro perspetiva-se a entrada em mais mercados por-que o objetivo é globalizar a mar-ca Vista Alegre e como foco de mercado, além dos que são priori-tários hoje, a marca vai concentrar esforços em mercados como o México, a Índia, a Alemanha e o Reino Unido”, concluiu Nuno Barra. 

Os caminhos da

globalização da Vista Alegre

Prémio Especial do Júri Vencedor Vista Alegre Atlantis

Nuno Barra, administrador da Vista Alegre Atlantis.

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Premiar

e promover

o sucesso

das empresas

nacionais.

A retoma progressiva da economia nacional e a

melhoria da sua competitividade neste quadro de

pandemia, dependem em muito do incremento da

capacidade exportadora e da aposta na

internacionalização das empresas portuguesas.

O

NOVO BANCO

e o

Jornal de Negócios

, numa parceria

com a Iberinform, destinada a premiar e promover

o sucesso das empresas nacionais na exportação e

internacionalização da sua atividade, lançam

anualmente os

Prémios Exportação &

Internacionalização.

Estes prémios, destinados a PME e Grandes Empresas,

têm duas componentes:

Prémios Exportação, que distinguem as empresas com

melhor performance exportadora;

Prémios Internacionalização, que premeiam os casos de

sucesso na internacionalização.

Saiba mais em:

Referências

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