3 ATENDENDO RAT 118MF1/PETP-2/11 22/06/11 CRV BBZ WV
2 COMPATIBILIZAÇÃO COM PSQ 16/12/10 CRV BBZ WV
1 ATENDENDO E-MAIL “PROJETO BÁSICO – MEIO AMBIENTE” 25/11/10 CRV BBZ WV
0 EMISSÃO INICIAL 27/09/10 CRV BBZ WV
Rev. Modificação Data Projetista Desenhista Aprovo
Coordenador de Projeto CREA / UF
ENG. WILSON VIEIRA 0600405580/SP
Autor do Proj. / Resp. Técnico CREA / UF
ENG. CARLOS R. VIANA 0600666303/SP
Co-autor CREA / UF -
Coordenador do Contrato CREA / UF
ENG. WILSON VIEIRA 0600405580/SP
Coord. Adjunto Contrato CREA / UF
ARQ. MARCOS B GHIORZI 5061908347/SP
Desenhista
BBZ
Número
1156/00-IF-ET-1101
Conferido CREA / UF
ENG. CARLOS R. VIANA 0600666303/SP
Escala S/E
Data
27/09/10 Sítio
AEROPORTO INTERNACIONAL PINTO MARTINS FORTALEZA / CE
Área do sítio
LOTE 2 – TERMINAL DE PASSAGEIROS / ED. MANUTENÇÃO / CENTRO DE UTILIDADES Escala S/E Data 27/09/10 Desenhista BBZ Especialidade / Subespecialidade
ESTRUTURA / FUNDAÇÕES
Fiscal do Contrato RubricaARQ. CLOVIS LINS DE ANDRADE 22278/PE
Tipo / Especificação do documento ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA Fiscal Técnico CREA / UF
ENG. MARIA DE FÁTIMA EGLER FROTA 53.253/D-RJ
Tipo de obra
CONSTRUÇÃO/ AMPLIAÇÃO
Classe geral do projeto PROJETO BÁSICO Gestor do Contrato Rubrica
ENG. AIMÊ FERNANDA S.S. GOMES 24713/PE Substitui a - Substituída por - Termo de Contrato Nº TC 091-ST/2009/0010 Codificação
FZ . 01 / 304 . 92 / 04582 / 03
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO 3
2. ESCAVAÇÃO DE VALAS 3
3. REATERRO COMPACTADO 6
4. ESTACAS HÉLICE CONTÍNUA 9
5. ESTACAS RAIZ 15
6. MICROESTACAS INJETADAS 21
7. CONCRETO PROJETADO 27
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 31
ANEXOS 33
A. PROVAS DE CARGA ESTÁTICA 33
1. INTRODUÇÃO
Este documento tem por objetivo apresentar as especificações técnicas de fundações e contenções para construção e ampliação do Aeroporto Internacional Pinto Martins, Fortaleza, Ceará.
Os elementos de fundação e de contenção abordados fazem parte do Projeto Básico do Lote 2 de construção e ampliação do Terminal de Passageiros (TPS), do Edifício de Manutenção (CEMAN) e da Subestação 69kv do citado aeroporto. Itens complementares referentes a Estruturas, como placas pré-moldadas ou pré-fabricadas para acabamento de contenções e lastro de concreto para regularização do terreno, não são indicados neste documento, sendo encontrados no relatório FZ.01/302.92/04619, itens 3 e 3.10.9, respectivamente.
2. ESCAVAÇÃO DE VALAS 2.1. DEFINIÇÃO
A escavação de valas (executada manualmente ou de forma mecanizada) corresponde ao processo de retirada de material para se atingir cotas inferiores à cota atual do terreno. Além da remoção de material, faz parte do citado processo o transporte e o depósito dos materiais excedentes.
2.2. EQUIPAMENTOS
Para a realização do processo de escavação de valas em material de 1ª categoria (solos de natureza residual ou sedimentar), a contratada deve disponibilizar os seguintes equipamentos a serem especificados de acordo com o volume previsto de escavação:
Equipamentos individuais de proteção;
Tratores de esteiras equipados com lâmina;
Tratores para operação de push;
Caminhões basculantes;
Pás carregadeiras;
Retroescavadeiras;
Motoniveladoras;
Soquete (para apiloamento do fundo da vala).
2.3. EXECUÇÃO
A escavação de valas envolve a seguinte sequência de etapas: a) Preparação da Superfície de Escavação
Antes de se iniciar a escavação propriamente dita da vala, é necessário preparar sua superfície através da execução de desmatamento, de destocamento e de limpeza do local a ser rebaixado.
b) Escavação
Após realizar o preparo da superfície, removendo toda a cobertura vegetal na área a ser escavada, pode-se iniciar a escavação (havendo rebaixamento do lençol freático, deve-se instalar e acionar previamente o sistema de rebaixamento).
A escavação deverá ser feita com os equipamentos citados anteriormente, respeitando-se as alturas máximas de escavação especificadas em projeto. Caso haja taludes, estes devem ser protegidos através de concreto projetado (salvo determinação de projeto) a ser aplicado conforme andamento da escavação.
c) Transporte do Material Escavado
Conforme a escavação é realizada, deve-se providenciar destino adequado ao material retirado.
Este material deverá ser colocado em caminhões basculantes e transportado até aterros de resíduos da construção civil, conforme definido no item de Controle Ambiental para resíduos Classe A (Resolução CONAMA nº 307). Caso o material retirado venha a ser utilizado posteriormente como material de reaterro, poderá ser transportado para local na própria obra, devendo-se garantir seu acondicionamento adequado.
d) Apiloamento de Fundo da Vala
Atingida a cota de fundo da escavação definida em projeto, deve-se proceder ao apiloamento de fundo da vala, a ser realizado com soquetes.
2.4. CONTROLE
O controle de execução da escavação de valas envolve, fundamentalmente, o controle geométrico da região escavada. Devem ser verificadas a seção em planta de escavação e a altura final de escavação, tendo-se como referência as dimensões definidas em projeto. Se existentes, os taludes deverão ser controlados em relação à sua declividade e à sua altura.
Deve-se proceder, também, ao controle do destino do material escavado. Cabe à fiscalização assegurar o acondicionamento correto do material retirado em local na própria obra ou seu depósito em aterros de resíduos da construção civil.
2.5. ACEITAÇÃO
Os serviços de escavação de vala são aceitos e passíveis de medição desde que atendam às definições de destino do material escavado e desde que atendam aos limites de controle geométrico assim definidos:
Variação máxima de altura de escavação no valor de 5 cm;
Valores de área escavada e de altura de escavação diferentes dos limites estabelecidos devem ser informados à fiscalização e à projetista para avaliação das novas condições.
2.6. CONTROLE AMBIENTAL
Os procedimentos de controle ambiental referem-se à proteção de corpos d’água, da vegetação lindeira e da segurança viária. A seguir são apresentados os cuidados e providências para proteção do meio ambiente que devem ser observados no decorrer da execução de escavação de valas.
Deve ser implantada sinalização de alerta e de segurança de acordo com
as normas pertinentes aos serviços;
Não é permitida a queima da cobertura vegetal retirada durante a
preparação da superfície do terreno para posterior escavação;
Todos os resíduos provenientes da execução da escavação de valas,
incluindo aqueles associados à manutenção e operação de equipamentos, devem ser recolhidos e devem receber a destinação apropriada. Tal destinação deve ser feita de acordo com as diretrizes da Resolução CONAMA nº 307 de 5 de julho de 2002. Os resíduos de classe A deverão ser encaminhados a aterros de resíduos da construção civil para posterior reutilização como agregado, os resíduos de classe B deverão ser separados e destinados à reciclagem e os resíduos de classes C e D deverão ser separados dos demais e destinados em conformidade com normas técnicas específicas;
Não pode ser efetuado o lançamento de resíduos oriundos da execução de
escavação de valas em áreas lindeiras, em aterros de resíduos domiciliares, em áreas de bota fora, em encostas, em corpos d´água, em áreas protegidas por Lei e em qualquer outro lugar onde possam levar a danos ambientais;
As áreas afetadas pela execução das obras devem ser recuperadas
mediante limpeza adequada. Recomenda-se aspersão permanente dos locais afetados pela poeira proveniente da escavação e nos quais há circulação de pessoas;
Caso seja atingido o lençol freático, deve-se proceder ao controle da
qualidade da água durante os processos de rebaixamento (caso aplicável) e de escavação. Observada qualquer alteração nos padrões do lençol freático, deverá ser providenciado tratamento adequado para restabelecer as condições iniciais.
2.7. CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO E PAGAMENTO
O serviço de escavação de valas deverá ser medido por volume de material escavado (em m³), tendo-se como referência seções em planta e alturas de escavação definidas após a realização do serviço. Na ocorrência de materiais distintos da 1ª categoria, deve-se medir o volume de cada material separadamente.
Material escavado a ser utilizado posteriormente como reaterro também deve ser quantificado na medição.
Deverá ser medida, também, a distância de transporte do material escavado (em m³ x km).
Em relação ao pagamento, este será autorizado apenas após aceitação e medição dos serviços, sendo feito pela consideração dos valores de volume escavado e de distância de transporte e seus respectivos preços unitários definidos em contrato entre contratante e contratada.
Os preços unitários estabelecidos devem ser diferenciados em relação à categoria do material escavado. Tais preços devem considerar custos de mão-de-obra, de BDI, de equipamentos e de transporte do material. No caso de material de 3ª categoria, os preços unitários também devem considerar os custos referentes ao desmonte de rocha, incluindo, por exemplo, eventual uso de detonadores.
3. REATERRO COMPACTADO 3.1. DEFINIÇÃO
Reaterro compactado corresponde a áreas de deposição de materiais provenientes de cortes ou de áreas de empréstimos aos quais são aplicados processos de espalhamento, aeração ou umedecimento, homogeneização e compactação.
3.2. MATERIAIS
Para a execução de reaterro compactado, a contratada deve dispor do seguinte material:
Solo proveniente de áreas de empréstimo ou de cortes e escavações
realizados na própria obra. Este material deverá atender às características requeridas em projeto, não devendo ser empregados solos com expansão superior a 2% e com presença de matéria orgânica.
3.3. EQUIPAMENTOS
Para a execução de reaterro compactado, a contratada deve disponibilizar os seguintes equipamentos a serem especificados de acordo com o volume previsto de reaterro e de compactação:
Equipamentos individuais de proteção;
Soquete ou sapos mecânicos (para compactação manual de pequenas
áreas ou de áreas de difícil acesso a equipamentos de grande porte);
Motoniveladoras;
Rolos compactadores compatíveis com as características do material especificado (rolos pé de carneiro para materiais argilosos ou compactadores vibratórios para materiais granulares);
Caminhão tanque irrigador;
Trator de esteira.
3.4. EXECUÇÃO
A execução de reaterros compactados envolve a seguinte sequência de etapas:
a) Preparação da Superfície a ser reaterrada
Antes de se proceder ao lançamento e ao espalhamento de material para posterior compactação, deve-se executar a regularização da superfície a ser reaterrada. Caso haja cobertura vegetal, esta deverá ser retirada.
b) Espalhamento de Solo
Preparada a superfície, inicia-se o processo de execução do reaterro. Deve-se espalhar o material selecionado com espessura solta que assegure a espessura compactada definida para cada camada e que seja compatível com a capacidade do equipamento de compactação empregado.
c) Correção de Umidade
Lançado o solo, deve-se adequar sua umidade aos valores especificados em projeto. Tal processo pode ser feito a partir de aeração (quando houver umidade superior ao valor de projeto) ou de umedecimento (caso a umidade do solo esteja abaixo da requerida em projeto). Reitera-se que o material deve se encontrar, nesta fase, com características homogêneas. Qualquer heterogeneidade deverá ser eliminada pela mistura do material através de motoniveladoras ou equipamentos similares.
d) Compactação
O último passo para a execução do reaterro corresponde à sua compactação. Esta deverá ser feita com equipamentos compatíveis, conforme definido anteriormente, sendo fundamental que o equipamento desloque-se sobre toda camada solta, proporcionando uma compactação uniforme.
3.5. CONTROLE
O controle de reaterro compactado deverá ser feito em relação ao material empregado, assim como em relação ao processo executivo adotado, de modo que os seguintes tópicos devem ser analisados.
a) Material
Em relação ao solo utilizado no reaterro, deverão ser controlados os seguintes itens:
Expansão do solo, limitada a valor máximo de 2% e medida de acordo com a NBR 9895/87;
Presença de matéria orgânica, a qual é terminantemente proibida;
Granulometria, a qual deverá atender às especificações de projeto, sendo
definida conforme NBR 7181/84. b) Execução
Durante o processo executivo do reaterro, devem ser controlados os seguintes aspectos:
Controle geométrico do reaterro, especialmente em relação ao seu
nivelamento;
Controle da espessura final compactada de cada camada de acordo com
definições de projeto;
Controle do equipamento de compactação, fiscalizando seu funcionamento
e contabilizando o número de passadas sobre o material solto;
Controle da umidade do material a ser compactado;
Controle do peso específico em campo do material compactado.
3.6. ACEITAÇÃO
O serviço de reaterro compactado será aceito se atender simultaneamente aos seguintes critérios referentes ao material e ao processo executivo empregados.
a) Material
O material do reaterro será aceito se apresentar valor de expansão inferior a 2% e se atender à granulometria definida em projeto. O material de reaterro deverá, também, encontrar-se isento de matéria orgânica.
b) Execução
A execução será aceita se resultar em material compactado com grau de compactação superior a 95% da estabelecida pelo ensaio Proctor Normal e com variação de umidade de até 2% em relação às especificações de projeto.
O reaterro será aceito, também, apenas se sua altura final apresentar variação máxima de 5 cm em relação ao valor definido em projeto.
3.7. CONTROLE AMBIENTAL
Os procedimentos de controle ambiental referem-se à proteção de corpos d’água, da vegetação lindeira e da segurança viária. A seguir são apresentados os cuidados e providências para proteção do meio ambiente que devem ser observados no decorrer da execução de reaterros compactados.
Deve ser implantada sinalização de alerta e de segurança de acordo com as normas pertinentes aos serviços;
Não é permitida a queima da cobertura vegetal retirada durante a
preparação da superfície do terreno para posterior reaterro;
Todos os resíduos provenientes da execução de reaterros compactados,
incluindo aqueles associados à manutenção e operação de equipamentos, devem ser recolhidos e devem receber a destinação apropriada. Tal destinação deve ser feita de acordo com as diretrizes da Resolução CONAMA nº 307 de 5 de julho de 2002. Os resíduos de classe A deverão ser encaminhados a aterros de resíduos da construção civil para posterior reutilização como agregado, os resíduos de classe B deverão ser separados e destinados à reciclagem e os resíduos de classes C e D deverão ser separados dos demais e destinados em conformidade com normas técnicas específicas;
Não pode ser efetuado o lançamento de resíduos oriundos da execução de
reaterros em áreas lindeiras, em aterros de resíduos domiciliares, em áreas de bota fora, em encostas, em corpos d´água, em áreas protegidas por Lei e em qualquer outro lugar onde possam levar a danos ambientais;
As áreas afetadas pela execução das obras devem ser recuperadas
mediante limpeza adequada;
Todo o solo empregado no reaterro deverá ser protegido para evitar erosão
e carreamento de material;
3.8. CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO E PAGAMENTO
O serviço de reaterro deverá ser medido em volume de aterro compactado (em m³), medido a partir do terreno natural.
O pagamento, liberado após aceitação e medição dos serviços, deverá ser feito com base no preço unitário definido em contrato entre a contratante e a contratada, o qual deverá incluir custos provenientes de mão-de-obra, de BDI e de equipamentos utilizados em todo o processo.
4. ESTACAS HÉLICE CONTÍNUA 4.1. DEFINIÇÃO
Estacas hélice contínua são estacas de concreto moldadas in-loco, sendo executadas através de perfuração no terreno via trado contínuo, com injeção de concreto por sua haste central, simultaneamente a sua retirada. As estacas podem ser utilizadas como fundações profundas ou contenções, com diâmetros entre 27,5 cm e 100 cm.
4.2. MATERIAIS
Concreto com resistência mínima fck ≥ 25 MPa, com consumo mínimo de
cimento de 400 kg/m³ , fator água/cimento entre 0,53 e 0,56, slump no valor de 22±2 cm e com tempo de início de pega superior a 3 horas. Na composição do concreto, deve-se utilizar cimento CP-III e pedrisco como agregado máximo. Não é permitido o emprego de pó de pedra;
Aço CA-50 com fyk ≥ 500 MPa.
4.3. EQUIPAMENTOS
Para a execução de estacas hélice contínua, devem ser mobilizados para campo os seguintes equipamentos:
Equipamentos individuais de proteção;
Ferramentas usuais (martelo, marreta, ponteiros, dentre outros);
Máquina perfuratriz contínua;
Bomba de injeção de concreto;
Centralizador de trado;
Instrumentos eletrônicos de medida e elementos de memória para
monitoramento de execução das estacas;
Limpador de trado;
Mangueiras de acoplagem à bomba de injeção de concreto;
Sensores para monitoramento da execução das estacas;
Trado mecânico de alto torque;
Guindaste para içamento da armadura;
Pilão para auxílio na colocação da armação;
Pá carregadeira.
4.4. EXECUÇÃO
As estacas hélice contínua devem ser executadas segundo a seguinte sequência de etapas:
a) Perfuração do Terreno
O primeiro passo para execução consiste na perfuração do terreno até o limite de 27 m (em função das limitações da extensão do trado mecânico). Entretanto, antes de se iniciar a perfuração propriamente dita, deve-se posicionar a perfuratriz, aprumar a torre de perfuração, verificar a bomba de injeção e programar o
computador de monitoramento de execução da estaca. Apenas depois de obedecidas estas condições, pode-se iniciar a perfuração.
Esta é feita até a cota especificada em projeto através da torre de perfuração (dotada de hélice espiral) mediante aplicação, em seu topo, de torque apropriado para vencer a resistência do terreno a ser perfurado.
Trata-se de operação contínua, que prossegue sem a retirada da hélice do terreno, assegurando a inexistência de alívio significativo do terreno no entorno da estaca.
b) Concretagem
Atingida a profundidade definida em projeto, inicia-se a concretagem da estaca. Este processo é realizado simultaneamente à retirada sem rotação da haste de perfuração do terreno, sendo o concreto bombeado através do tubo central da torre de perfuração.
Nesta etapa, que prossegue até o completo preenchimento da estaca com concreto (salvo especificações de projeto), deve-se atentar para a velocidade de retirada da hélice, grandeza limitada a valor tal que não permita a ocorrência de vazios e de estrangulamento da estaca.
Concomitantemente à retirada da hélice durante a concretagem, é feita a limpeza do trado, devendo o solo proveniente desta atividade ser retirado com pá carregadeira.
c) Colocação de Armação
A colocação da armação das estacas hélice contínua é feita após o término da etapa de concretagem.
A armação, composta por barras longitudinais e estribos em espiral, deve ser introduzida no fuste da estaca através de gravidade, de vibrador ou com auxílio de pilão de pequena carga. Esta armação deve conter espaçadores do tipo rolete para garantir o cobrimento mínimo nominal e sua extremidade inferior deve ser levemente afunilada de modo a facilitar sua introdução e minimizar suas deformações.
d) Corte e Aparelhamento das Estacas
Após a execução da estaca, a cabeça deve ser aparelhada para permitir a adequada ligação aos blocos de fundação e às vigas de coroamento. Para tanto, devem ser tomadas as seguintes medidas:
O corte do concreto deve ser efetuado com ponteiros afiados, trabalhando
horizontalmente com pequena inclinação para cima;
O corte do concreto deve ser feito em camadas de pequena espessura
iniciando da borda em direção ao centro da estaca;
As cabeças das estacas devem ficar normais aos seus próprios eixos.
As estacas devem penetrar nos blocos de fundação ou nas vigas de coroamento pelo menos 10 cm, salvo especificação de projeto.
Deve-se ressaltar, ainda, que durante a execução das estacas quaisquer dúvidas ou problemas eventuais devem ser resolvidos com a fiscalização antes do
início da estaca em questão. Cabe à contratada proceder à correta locação das estacas em atendimento ao projeto, assim como assegurar seções transversais e comprimentos mínimos estabelecidos pela projetista.
4.5. CONTROLE
O controle associado à produção de estacas hélice contínua deve ser feito em relação aos materiais utilizados, assim como em relação ao processo executivo empregado.
a) Materiais
No que tange aos materiais, os principais controles devem ocorrer no concreto, abrangendo os seguintes tópicos mínimos:
Conferência do traço do concreto: para cada caminhão betoneira que
chegar à obra, deve-se conferir o traço do concreto (indicado em conjunto com a nota fiscal) para averiguação do fator água/cimento. O concreto somente será aceito se o fator a/c estiver dentro dos limites definidos nesta especificação;
Slump-test: deve ser feito para cada caminhão betoneira que chegar ao
local da obra, ocorrendo imediatamente antes do início do lançamento do concreto. O material será liberado apenas se o slump medido estiver dentro do intervalo permitido;
Resistência à compressão: devem ser moldados, no mínimo,
2 corpos-de-prova cilíndricos para a determinação da resistência à compressão simples aos 7 dias e aos 28 dias de cura, para cada caminhão betoneira, conforme NBR 5738/08 e NBR 5739/07. Deve ser feito o mapeamento do concreto, definindo a qual estaca cada corpo-de-prova está associado.
b) Execução
O controle de execução das estacas hélice contínua deve ser feito através do preenchimento de boletins de controle. A contratada deve manter registro completo da execução de cada estaca em duas vias, sendo uma destinada à fiscalização.
Devem constar neste registro os seguintes elementos:
Número, localização da estaca e data de execução;
Dimensões da estaca;
Cota de execução da estaca;
Cota final da ponta da estaca;
Cota da cabeça da estaca antes do arrasamento;
Nível d´água;
Características dos equipamentos de execução;
Velocidade de rotação da mesa rotativa ao longo da profundidade;
Torque aplicado na haste de perfuração ao longo da profundidade;
Inclinação da torre de perfuração;
Pressão de injeção de concreto;
Volume de concreto utilizado;
Sobreconsumo de concreto;
Horário de início da perfuração;
Horário de início da concretagem;
Horário de finalização da estaca;
Dados da perfuração (caracterização da presença de solo, de rocha
alterada ou de rocha sã);
Dados de armação da estaca;
Duração de qualquer interrupção na execução, hora em que ela ocorreu e
motivo da interrupção;
Desaprumo e desvio de locação;
Anormalidades de execução;
Comprimento real da estaca, abaixo do arrasamento.
Não são aceitas estacas que não tenham sido registradas pela fiscalização. Sempre que houver dúvidas sobre uma estaca, a fiscalização deve exigir a comprovação de seu comportamento através de provas de carga. De acordo com o caráter da dúvida, se essa comprovação não for julgada suficiente, deve-se providenciar a substituição da estaca.
Devem ser feitas provas de carga estática em, no mínimo, 1 estaca de cada diâmetro. As provas de carga devem ter início juntamente com o início da execução das primeiras estacas de forma a permitir as providências cabíveis em tempo hábil. Deverão ser realizados ensaios de integridade da estaca (PIT) em, no mínimo, 10% das estacas de cada diâmetro. Os procedimentos das provas de carga estática e do PIT encontram-se descritos em anexo.
Deve ser constante a comparação dos comprimentos encontrados na obra com os previstos em projeto.
4.6. ACEITAÇÃO
Os serviços são considerados aceitos e passíveis de medição desde que atendam por completo às exigências de materiais e de execução estabelecidas nesta especificação.
a) Materiais
A estaca hélice é aceita se o concreto apresentar resistência característica à compressão simples, determinada conforme NBR 12655/06, igual ou superior a 25 MPa.
b) Execução
A estaca é aceita desde que sua excentricidade, em relação ao projeto, seja de até 10% do diâmetro do círculo que a inscreva e o desaprumo seja, no máximo, de 1% do comprimento total.
Valores diferentes dos estabelecidos devem ser informados à projetista para avaliação das novas condições.
4.7. CONTROLE AMBIENTAL
Os procedimentos de controle ambiental referem-se à proteção de corpos d’água, da vegetação lindeira e da segurança viária. A seguir são apresentados os cuidados e providências para proteção do meio ambiente que devem ser observados no decorrer da execução de estacas hélice contínua.
Deve ser implantada sinalização de alerta e de segurança de acordo com
as normas pertinentes aos serviços;
Todos os resíduos provenientes da execução das estacas hélice contínua,
incluindo aqueles associados à manutenção e operação de equipamentos, devem ser recolhidos e devem receber a destinação apropriada. Tal destinação deve ser feita de acordo com as diretrizes da Resolução CONAMA nº 307 de 5 de julho de 2002. Os resíduos de classe A deverão ser encaminhados a aterros de resíduos da construção civil para posterior reutilização como agregado, os resíduos de classe B deverão ser separados e destinados à reciclagem e os resíduos de classes C e D deverão ser separados dos demais e destinados em conformidade com normas técnicas específicas;
Não pode ser efetuado o lançamento de resíduos oriundos da execução de
estacas hélice contínua em áreas lindeiras, em aterros de resíduos domiciliares, em áreas de bota fora, em encostas, em corpos d´água, em áreas protegidas por Lei e em qualquer outro lugar onde possam levar a danos ambientais;
As áreas afetadas pela execução das obras devem ser recuperadas
mediante limpeza adequada;
Caso seja atingido o lençol freático, deve-se proceder ao controle da
Observada qualquer alteração nos padrões do lençol freático, deverá ser providenciado tratamento adequado para restabelecer as condições iniciais.
4.8. CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO E PAGAMENTO
As estacas hélice contínua deverão ser medidas por metro linear, tomando-se como referência as cotas de ponta e de arrasamento das estacas. Não devem ser inclusos na medição comprimentos de estacas com inconformidades (estacas reprovadas pela fiscalização) e trechos defeituosos das estacas, que foram cortados. O pagamento, liberado apenas após aceitação e medição dos serviços, deverá ser feito com base no preço unitário de execução das estacas hélice (definido em contrato), o qual deve incluir custos com materiais, equipamentos, perdas, BDI e mão-de-obra.
Os blocos de coroamento, por sua vez, deverão ser medidos e pagos separadamente. Neste caso, deve-se medir volume de escavação, área de fôrma, volume de esgotamento de água (quando aplicável), volume de concreto e peso de aço empregados nos blocos, sendo o pagamento feito a partir do preço unitário de contrato de cada um destes elementos.
5. ESTACAS RAIZ 5.1. DEFINIÇÃO
Estacas raiz são elementos moldados in loco com a função de atuarem como fundação profunda ou como contenção. Trata-se de estacas com diâmetros entre 25 cm e 45 cm obtidas através de perfuração revestida integralmente por segmentos recuperáveis de tubos metálicos rosqueados. As estacas raiz são armadas em todo o seu comprimento, sendo seu fuste constituído por argamassa de areia e cimento.
5.2. MATERIAIS
Para a execução de estacas raiz, deverão ser utilizados os seguintes materiais a serem providos pela contratada:
Cimento Portland CP-II classe 32;
Areia média lavada;
Aço CA-50 com fyk ≥ 500 MPa;
Argamassa composta por cimento e areia citados anteriormente, com
resistência mínima fck ≥ 25 MPa, consumo mínimo de cimento de 600 kg/m³
e relação água/cimento igual a 0,5.
5.3. EQUIPAMENTOS
A contratada deve prever o uso dos seguintes equipamentos para uma adequada execução de estacas raiz:
Equipamentos individuais de proteção;
Ferramentas usuais (martelo, marreta, ponteiros, dentre outros);
Sondas rotativas;
Perfuratriz rotativa ou rotopercussiva, capacitada para revestir integralmente
o furo da estaca raiz;
Tubos de revestimento de aço rosqueáveis;
Sapatas de vídea (sapatas de perfuração);
Tricones de vídea;
Mangote e mangueira de água;
Mangote e mangueira de injeção;
Mangueira de ar comprimido;
Manômetro e estabilizador de pressão;
Conjunto misturador de argamassa;
Bomba de injeção de argamassa;
Compressor de ar;
Bomba d´água para retirada de detritos do furo da estaca raiz;
Conjunto extrator com acionamento hidráulico para retirada dos tubos de
revestimento;
Conjunto gerador para suprir eventual falta de energia.
5.4. EXECUÇÃO
O processo executivo de estacas raiz deverá ser feito através da seguinte sucessão de etapas:
a) Perfuração do terreno
A perfuração em solo para execução de estacas raiz é realizada através da rotação de tubos metálicos com auxílio de circulação de água injetada pelo interior deles. Esses tubos, cuja rotação é promovida por sistema mecânico ou hidráulico, são instalados concomitantemente à perfuração, sendo emendados por rosca conforme avanço do furo. Recomenda-se a instalação do revestimento em toda a extensão da perfuração para evitar desagregação de solo no trecho não revestido.
Durante o processo de perfuração do terreno, com o objetivo de reduzir o atrito entre o revestimento e o solo, dispõe-se, na parte inferior do revestimento, sapatas
de perfuração com diâmetros ligeiramente superiores ao diâmetro dos tubos metálicos.
b) Colocação da armadura
Realizada a perfuração do terreno até profundidade definida em projeto, deve-se continuar a injetar água (deve-sem avanço da escavação) de modo a promover a limpeza do furo.
Na sequência, faz-se a instalação da armadura montada em gaiola ao longo de todo o fuste de acordo com as especificações de projeto. As emendas da armação deverão ser compatíveis com os esforços aos quais as estacas serão submetidas: em estacas comprimidas as emendas poderão ser via transpasse devidamente fretado e, em estacas tracionadas, as emendas deverão ser executadas através de solda ou luvas rosqueadas.
c) Injeção de argamassa
Após instalação da armadura, introduz-se no furo um tubo de injeção até a cota de fundo da perfuração. Através desse tubo e mediante emprego de bomba de injeção, é realizado o preenchimento do furo com argamassa (confeccionada em conjunto misturador de alta turbulência) até seu extravasamento pela boca do furo, de modo a garantir a completa substituição da água de perfuração por argamassa.
d) Retirada dos tubos metálicos de revestimento
Com a injeção de argamassa finalizada, deve-se realizar a extração dos tubos metálicos de revestimento. Para retirar esses tubos, utiliza-se conjunto extrator hidráulico, havendo, simultaneamente, aplicação de golpes de ar comprimido de 400 kPa e reposição por gravidade do nível de argamassa no interior do tubo.
e) Corte e Aparelhamento das estacas
De acordo com as especificações de projeto, após finalização das estacas raiz com a retirada dos tubos metálicos de revestimento, deve-se aparelhar as estacas para permitir a adequada ligação destas às vigas de solidarização ou aos blocos de coroamento, o que deve ser feito com ponteiros, não sendo admitida qualquer outra ferramenta para tal serviço.
Para tanto, devem ser tomadas as seguintes medidas:
O corte do concreto deve ser efetuado com ponteiros afiados, trabalhando
com pequena inclinação para cima;
O corte do concreto deve ser feito em camadas de pequena espessura
iniciando da borda em direção ao centro da estaca raiz;
As cabeças das estacas raiz devem ficar normais aos seus próprios eixos.
As estacas raiz devem penetrar na viga de solidarização ou nos blocos de coroamento pelo menos 10 cm, salvo especificação de projeto.
Deve-se ressaltar, ainda, que durante a execução das estacas raiz, quaisquer dúvidas ou problemas eventuais devem ser resolvidos com a fiscalização antes do início da estaca em questão. Cabe à contratada proceder à correta locação das
estacas em atendimento ao projeto, assim como assegurar seções transversais e comprimentos mínimos estabelecidos pela projetista.
5.5. CONTROLE
O controle associado à produção de estacas raiz deve ser feito em relação aos materiais utilizados, assim como em relação ao processo executivo empregado.
a) Materiais
No que tange aos materiais, os principais controles devem ocorrer na argamassa, abrangendo os seguintes tópicos mínimos:
Conferência do traço da argamassa: para cada volume de argamassa
produzido no conjunto misturador, deve-se acompanhar a dosagem de materiais e conferir o traço da argamassa para averiguação do fator água/cimento. A argamassa somente será aceita se o fator a/c estiver dentro dos limites definidos nesta especificação;
Resistência à compressão: devem ser moldados, no mínimo,
4 corpos-de-prova cilíndricos com 5 cm de diâmetro e altura de 10 cm para a determinação da resistência à compressão simples aos 7 dias e aos 28 dias de cura, para cada estaca produzida.
b) Execução
O controle de execução das estacas raiz deve ser feito através do preenchimento de boletins de controle. A contratada deve manter registro completo da execução de cada estaca em duas vias, sendo uma destinada à fiscalização.
Devem constar neste registro os seguintes elementos:
Número, localização da estaca e data de execução;
Diâmetro do revestimento;
Diâmetro nominal da estaca;
Cota do terreno no local de execução da estaca;
Cota final da ponta da estaca;
Cota da cabeça da estaca antes do arrasamento;
Comprimento do pedaço cortado da estaca durante o arrasamento;
Nível d´água;
Características dos equipamentos de perfuração e injeção;
Pressão de ar comprimido aplicada sobre a argamassa;
Sobreconsumo de argamassa;
Horário de início da perfuração;
Horário de início da injeção de argamassa;
Horário de finalização da estaca;
Dados da perfuração (caracterização da presença de solo, de rocha
alterada ou de rocha sã);
Dados de armação da estaca;
Duração de qualquer interrupção na execução, hora em que ela ocorreu e
motivo da interrupção;
Desaprumo e desvio de locação;
Anormalidades de execução;
Comprimento real da estaca, abaixo do arrasamento.
Não são aceitas estacas que não tenham sido registradas pela fiscalização. Sempre que houver dúvidas sobre uma estaca, a fiscalização deve exigir a comprovação de seu comportamento através de provas de carga. De acordo com o caráter da dúvida, se essa comprovação não for julgada suficiente, deve-se providenciar a substituição da estaca.
Devem ser feitas provas de carga estática em, no mínimo, 1 estaca de cada diâmetro. As provas de carga devem ter início juntamente com o início da execução das primeiras estacas de forma a permitir as providências cabíveis em tempo hábil. Deverão ser realizados ensaios de integridade da estaca (PIT) em, no mínimo, 10% das estacas de cada diâmetro. Os procedimentos das provas de carga estática e do PIT encontram-se descritos em anexo.
Deve ser constante a comparação dos comprimentos encontrados na obra com os previstos em projeto.
5.6. ACEITAÇÃO
Os serviços são considerados aceitos e passíveis de medição desde que atendam por completo às exigências de materiais e de execução estabelecidas nesta especificação.
a) Materiais
A estaca raiz é aceita se a argamassa apresentar resistência característica à compressão simples, determinada conforme NBR 12655/06, igual ou superior a 25 MPa.
A estaca é aceita desde que sua excentricidade, em relação ao projeto, seja de até 10% do diâmetro do círculo que a inscreva e o desaprumo seja, no máximo, de 1% do comprimento total.
Valores diferentes dos estabelecidos devem ser informados à projetista para avaliação das novas condições.
5.7. CONTROLE AMBIENTAL
Os procedimentos de controle ambiental referem-se à proteção de corpos d’água, da vegetação lindeira e da segurança viária. A seguir são apresentados os cuidados e providências para proteção do meio ambiente que devem ser observados no decorrer da execução de estacas raiz.
Deve ser implantada sinalização de alerta e de segurança de acordo com
as normas pertinentes aos serviços;
Todos os resíduos provenientes da execução das estacas raiz, incluindo
aqueles associados à manutenção e operação de equipamentos, devem ser recolhidos e devem receber a destinação apropriada. Tal destinação deve ser feita de acordo com as diretrizes da Resolução CONAMA nº 307 de 5 de julho de 2002. Os resíduos de classe A deverão ser encaminhados a aterros de resíduos da construção civil para posterior reutilização como agregado, os resíduos de classe B deverão ser separados e destinados à reciclagem e os resíduos de classes C e D deverão ser separados dos demais e destinados em conformidade com normas técnicas específicas;
Não pode ser efetuado o lançamento de resíduos oriundos da execução de
estacas raiz em áreas lindeiras, em aterros de resíduos domiciliares, em áreas de bota fora, em encostas, em corpos d´água, em áreas protegidas por Lei e em qualquer outro lugar onde possam levar a danos ambientais;
As áreas afetadas pela execução das obras devem ser recuperadas
mediante limpeza adequada;
Caso seja atingido o lençol freático, deve-se proceder ao controle da
qualidade da água durante o processo de execução das estacas raiz. Observada qualquer alteração nos padrões do lençol freático, deverá ser providenciado tratamento adequado para restabelecer as condições iniciais.
5.8. CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO E PAGAMENTO
As estacas raiz deverão ser medidas por metro linear, tomando-se como referência as cotas de ponta e de arrasamento das estacas. Não devem ser inclusos na medição comprimentos de estacas com inconformidades (estacas reprovadas pela fiscalização) e trechos defeituosos das estacas, que foram cortados.
O pagamento, liberado apenas após aceitação e medição dos serviços, deverá ser feito com base no preço unitário de execução das estacas raiz (definido em contrato), o qual deve incluir custos com materiais, equipamentos, perdas, BDI e mão-de-obra.
Os blocos ou vigas de coroamento, por sua vez, deverão ser medidos e pagos separadamente. Neste caso, deve-se medir volume de escavação, área de fôrma, volume de esgotamento de água (quando aplicável), volume de concreto e peso de aço empregados nos blocos ou nas vigas, sendo o pagamento feito a partir do preço unitário de contrato de cada um destes elementos.
6. MICROESTACAS INJETADAS 6.1. DEFINIÇÃO
As microestacas injetadas podem ser definidas como estacas escavadas moldadas in-loco com a função de atuarem como fundação profunda, contenção ou ancoragem passiva. Apresentam diâmetros acabados variando de 100 mm a 150 mm e fuste constituído de nata de cimento, sendo armadas ao longo de todo o seu comprimento.
6.2. MATERIAIS
Para a execução de microestacas injetadas, a contratada deve prever a utilização dos seguintes materiais:
Cimento Portland CP-II classe 32;
Aço CA-50 com fyk ≥ 500 MPa;
Tubo de aço ASTM A106 Ø 2 ” SCH40 de 8,63 kg/m (para microestacas
de 10 cm de diâmetro);
Tubo de aço ASTM A106 Ø 3” SCH80 de 15,27 kg/m (para microestacas de
15 cm de diâmetro);
Nata de cimento com resistência mínima fck ≥ 25 MPa, consumo mínimo de
cimento de 600 kg/m3 e relação água/cimento igual a 0,5.
6.3. EQUIPAMENTOS
A contratada deve prever o uso dos seguintes equipamentos para uma adequada execução de microestacas:
Equipamentos individuais de proteção;
Ferramentas usuais (martelo, marreta, ponteiros, dentre outros);
Sondas rotativas;
Perfuratriz rotativa, hidráulica, mecânica ou a ar comprimido, capacitada
para revestir integralmente o furo da microestaca;
Sapatas de vídea (sapatas de perfuração);
Tricones de vídea;
Mangote e mangueira de água;
Mangote e mangueira de injeção;
Mangueira de ar comprimido;
Obturador duplo, hastes metálicas, manômetro e estabilizador de pressão;
Conjunto misturador de calda de cimento;
Bomba de injeção de calda de cimento;
Compressor de ar com pressão máxima de 0,5 MPa;
Bomba d´água para retirada de detritos do furo da microestaca;
Conjunto extrator com acionamento hidráulico para retirada dos tubos de
revestimento;
Conjunto gerador para suprir eventual falta de energia.
6.4. EXECUÇÃO
A implantação das microestacas deve atender às seguintes etapas construtivas:
a) Perfuração do Terreno
A perfuração em solo para injeção de microestacas é realizada por rotação de tubos com auxílio de circulação de água, que é injetada pelo interior deles e retorna à superfície pela face externa. Esses tubos são emendados por rosca à medida que a perfuração avança, sendo posteriormente recuperados após a instalação da armadura e preenchimento do furo com nata de cimento.
Para diminuir o atrito entre o revestimento e o solo durante a perfuração, deve ser disposto, na parte inferior do revestimento, uma sapata de perfuração com diâmetro ligeiramente maior. Os detritos resultantes deste processo são carreados para a superfície pela água de perfuração implicando em um diâmetro acabado da microestaca sempre maior que o diâmetro externo do revestimento.
b) Instalação do Tubo Manchete
Após a perfuração atingir o comprimento especificado em projeto, deve-se continuar a injetar água, sem avançar a perfuração, para promover a limpeza do furo.
Na sequência, deve-se colocar no furo o tubo de aço com válvulas manchete espaçadas a cada metro.
c) Execução da Bainha
Instalado o tubo manchete, procede-se à confecção da bainha (espaço anelar entre o furo e o tubo) pela injeção de calda de cimento através da válvula manchete inferior até que se verifique extravasamento da nata pela boca do furo. Simultaneamente a este processo, faz-se a retirada dos tubos de revestimento.
Concluída a bainha, realiza-se a lavagem interna do tubo manchete mediante circulação de água para retirar restos de cimento que poderiam ocasionar problemas nas etapas seguintes de execução da microestaca.
d) Injeção da Nata de Cimento
A injeção de calda de cimento só pode ser iniciada após a completa pega da bainha (geralmente 12 horas após sua realização). Sua execução é feita com auxílio de tubo dotado de obturador duplo acoplado a misturadores e bombas de injeção.
A injeção é feita no sentido ascendente através de cada válvula manchete, passando-se para a válvula superior quando se comprova que a injeção inferior já promoveu a suficiente deformação do solo.
Todo o processo de injeção deve ocorrer com monitoramento das pressões envolvidas através de manômetros instalados nas tubulações de injeção.
e) Vedação do Tubo Manchete
Após concluída a injeção, a parte central do tubo manchete é preenchida com nata de cimento. Caso necessário e estando especificado em projeto, pode-se, nesta etapa, complementar a armadura da microestaca com a inserção de barras longitudinais no interior do tubo manchete.
f) Corte e Aparelhamento das Microestacas
De acordo com as especificações de projeto, após finalização das microestacas com a vedação do tubo manchete, deve-se aparelhar as estacas para permitir a adequada ligação destas às vigas de solidarização, o que deve ser feito com ponteiros, não sendo admitida qualquer outra ferramenta para tal serviço.
Para tanto, devem ser tomadas as seguintes medidas:
O corte do concreto deve ser efetuado com ponteiros afiados, trabalhando
com pequena inclinação para cima;
O corte do concreto deve ser feito em camadas de pequena espessura
iniciando da borda em direção ao centro da microestaca;
As cabeças das microestacas devem ficar normais aos seus próprios eixos.
As microestacas devem penetrar na viga de solidarização pelo menos 10 cm, salvo especificação de projeto.
Deve-se ressaltar, ainda, que durante a execução das microestacas, quaisquer dúvidas ou problemas eventuais devem ser resolvidos com a fiscalização antes do início da estaca em questão. Cabe à contratada proceder à correta locação das microestacas em atendimento ao projeto, assim como assegurar seções transversais e comprimentos mínimos estabelecidos pela projetista.
6.5. CONTROLE
O controle associado à produção de microestacas deve ser feito em relação aos materiais utilizados, assim como em relação ao processo executivo empregado.
a) Materiais
Em relação aos materiais, o controle das microestacas abrange apenas a nata utilizada no processo de injeção, consistindo, basicamente, em:
Moldagem de corpos-de-prova cilíndricos de diâmetro de 5 cm e altura de
10 cm para a determinação da resistência à compressão simples às 10 horas, a 1 dia, aos 3 dias, aos 7 dias e aos 28 dias de cura, para cada microestaca executada, conforme NBR 7684/83 e NBR 7215/96;
Ensaios de fluidez, de viscosidade e de densidade;
Controle de retração e de exsudação da calda de cimento (ao menos uma
vez por dia). b) Execução
O controle de execução das microestacas deve ser feito através do preenchimento de boletins de controle. A contratada deve manter registro completo da execução de cada estaca em duas vias, sendo uma destinada à fiscalização.
Devem constar neste registro os seguintes elementos:
Número, localização da microestaca e data de execução;
Dimensões da microestaca;
Cota de execução da microestaca;
Nível d’água;
Características dos equipamentos de execução;
Volume injetado de calda de cimento;
Dados da perfuração (caracterização da presença de solo, de rocha
alterada ou de rocha sã);
Dados da armação da microestaca;
Espaçamento entre válvulas manchete;
Pressão de injeção;
Diâmetros interno e externo do tubo Schedule;
Duração de qualquer interrupção na execução, hora em que ela ocorreu e motivo da interrupção;
Desvio na inclinação e desvio de locação;
Anormalidades de execução;
Comprimento real da microestaca.
Não são aceitas microestacas que não tenham sido registradas pela fiscalização.
Sempre que houver dúvidas sobre uma microestaca, a fiscalização deve exigir a comprovação de seu comportamento. De acordo com o caráter da dúvida, se essa comprovação não for julgada suficiente, deve-se providenciar a substituição da microestaca.
Devem ser feitas provas de carga estática em, no mínimo, 1 microestaca de cada diâmetro. As provas de carga devem ter início juntamente com o início da execução das primeiras estacas de forma a permitir as providências cabíveis em tempo hábil. Deverão ser realizados ensaios de integridade da estaca (PIT) em, no mínimo, 10% das microestacas de cada diâmetro. Os procedimentos das provas de carga estática e do PIT encontram-se descritos em anexo.
Deve ser constante a comparação dos comprimentos encontrados na obra com os previstos em projeto.
6.6. ACEITAÇÃO
Os serviços são aceitos e passíveis de medição desde que atendam, simultaneamente, às exigências de materiais e de execução estabelecidas nesta especificação.
a) Materiais
A microestaca é aceita se a nata de cimento apresentar resistência característica à compressão simples igual ou superior a 25 MPa.
b) Execução
A microestaca é aceita desde que sua excentricidade, em relação ao projeto, seja de até 10% do diâmetro do círculo que a inscreva e o desvio de sua inclinação seja de, no máximo, 1%.
Valores diferentes dos estabelecidos devem ser informados à projetista para avaliação das novas condições.
6.7. CONTROLE AMBIENTAL
Os procedimentos de controle ambiental referem-se à proteção de corpos d’água, da vegetação lindeira e da segurança viária. A seguir são apresentados os cuidados e providências para proteção do meio ambiente que devem ser observados no decorrer da execução de microestacas injetadas.
Deve ser implantada sinalização de alerta e de segurança de acordo com as normas pertinentes aos serviços;
Todos os resíduos provenientes da execução das microestacas injetadas,
incluindo aqueles associados à manutenção e operação de equipamentos, devem ser recolhidos e devem receber a destinação apropriada. Tal destinação deve ser feita de acordo com as diretrizes da Resolução CONAMA nº 307 de 5 de julho de 2002. Os resíduos de classe A deverão ser encaminhados a aterros de resíduos da construção civil para posterior reutilização como agregado, os resíduos de classe B deverão ser separados e destinados à reciclagem e os resíduos de classes C e D deverão ser separados dos demais e destinados em conformidade com normas técnicas específicas;
Não pode ser efetuado o lançamento de resíduos oriundos da execução de
microestacas injetadas em áreas lindeiras, em aterros de resíduos domiciliares, em áreas de bota fora, em encostas, em corpos d´água, em áreas protegidas por Lei e em qualquer outro lugar onde possam levar a danos ambientais;
As áreas afetadas pela execução das obras devem ser recuperadas
mediante limpeza adequada;
Caso seja atingido o lençol freático, deve-se proceder ao controle da
qualidade da água durante o processo de execução das microestacas. Observada qualquer alteração nos padrões do lençol freático, deverá ser providenciado tratamento adequado para restabelecer as condições iniciais.
6.8. CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO E PAGAMENTO
As microestacas deverão ser medidas por metro linear, tomando-se como referência as cotas de ponta e de arrasamento das estacas. Quando existente e especificada em projeto, a inclinação das microestacas também deve ser considerada na quantificação do seu comprimento. Não devem ser inclusos na medição comprimentos de estacas com inconformidades (estacas reprovadas pela fiscalização) e trechos defeituosos das estacas, que foram cortados.
O pagamento, liberado apenas após aceitação e medição dos serviços, deverá ser feito com base no preço unitário de execução das microestacas injetadas (definido em contrato), o qual deve incluir custos com materiais, equipamentos, perdas, BDI e mão-de-obra.
Os blocos ou vigas de coroamento, por sua vez, deverão ser medidos e pagos separadamente. Neste caso, deve-se medir volume de escavação, área de fôrma, volume de esgotamento de água (quando aplicável), volume de concreto e peso de aço empregados nos blocos ou nas vigas, sendo o pagamento feito a partir do preço unitário de contrato de cada um destes elementos.
7. CONCRETO PROJETADO 7.1. DEFINIÇÃO
Concreto projetado pode ser definido como a mistura de cimento, água, areia, pedriscos e aditivos impulsionada contra a superfície de aplicação através de ar comprimido, podendo ser reforçado mediante emprego de telas metálicas eletrossoldadas ou de fibras metálicas.
7.2. MATERIAIS
Para a produção de concreto projetado que atenda às especificações aqui apresentadas, a contratada deve provisionar a obra com os seguintes materiais:
Cimento Portland CP-III (o concreto projetado deverá apresentar consumo
de cimento entre 350 kg/m³ e 450 kg/m³);
Areia média com umidade mínima de 3% e umidade máxima de 7%;
Pedrisco com umidade média de 2% e diâmetro máximo do agregado
inferior igual a 9,5 mm;
Aditivos compatíveis com as exigências de projeto (aditivos aceleradores de
pega, por exemplo, para evitar alto índice de reflexão);
Concreto com fck ≥ 20 MPa produzido com os materiais anteriormente
relacionados e com fator água/cimento entre 0,35 e 0,50;
Telas metálicas eletrossoldadas (quando aplicáveis) compatíveis com as
especificações de projeto;
Fibras metálicas (quando aplicáveis).
7.3. EQUIPAMENTOS
A contratada deve prever o uso dos seguintes equipamentos em campo (referentes a concreto projetado via seca):
Equipamentos individuais de proteção;
Bomba de projeção com capacidade mínima de produção de 10 m³/h;
Compressor de ar;
Bomba de água;
Bomba de aditivo líquido;
Mangote;
Anel de água;
Bico pré-umidificador.
7.4. EXECUÇÃO
A execução de revestimento superficial de concreto projetado deve ser feita seguindo-se as seguintes etapas:
a) Preparação da Superfície de Aplicação
A superfície na qual o concreto projetado será aplicado deverá ser previamente preparada. A região a ser revestida deverá ser demarcada e limpa através de jatos de ar comprimido.
Imediatamente antes da aplicação do concreto projetado, a superfície de aplicação deverá ser umidificada, sem que deste processo resultem pontos com excesso de água. Na sequência, projeta-se uma camada de pequena espessura de argamassa com o intuito de minimizar a reflexão durante a projeção de concreto.
b) Aplicação do Concreto Projetado
Após preparada a superfície de aplicação, pode-se iniciar a projeção do concreto através de via seca.
A aplicação, realizada a 1 m da superfície a ser revestida, deve ser feita de baixo para cima e em camadas, com espessura máxima de camada no valor de 5 cm. Neste processo, é usual ocorrer reflexão do concreto. O concreto refletido deve ser removido antes do início da pega, não podendo ser reaproveitado.
Quando ocorrerem juntas de concretagem, caracterizadas sempre que o concreto projetado der final de pega, deve-se tratar a superfície de concreto com a diminuição progressiva da camada em uma extensão mínima de 30 cm para formação de rampa de concordância.
De acordo com a espessura de revestimento especificada em projeto (limitada ao valor máximo de 20 cm), sucessivas camadas de concreto projetado serão necessárias. Antes da projeção de cada camada, a camada anterior deverá ser previamente limpa. Entre cada camada, deve-se respeitar um intervalo mínimo de projeção entre 6 e 12 horas.
A armadura em tela metálica, se existente, deverá ser instalada entre camadas de concreto projetado de acordo com as especificações de projeto, impedindo-se a formação de vazios (ou regiões de sombras) atrás da armação e respeitando-se, a todo momento, o cobrimento mínimo nominal. No caso das fibras metálicas, estas são aplicadas simultaneamente à projeção do concreto.
c) Cura do Concreto Projetado
Após aplicação e acabamento do concreto projetado, deve-se providenciar sua cura por umedecimento por 24 horas para que a resistência definida em projeto seja atingida. A cura poderá ser feita via imersão, aspersão de água, vapor de água ou aplicação de mantas umedecidas.
7.5. CONTROLE
O controle associado à produção de concreto projetado deve ser feito em relação aos materiais utilizados, assim como em relação ao processo executivo empregado.
a) Materiais
O controle de materiais deve ser feito com cada componente do concreto, devendo-se destinar atenção aos seguintes itens:
Cimento: deve-se verificar se atende às normas específicas e se
encontra-se dentro do prazo de validade;
Agregados: deve-se verificar se atendem à NBR 7211/05, com ênfase no
controle da umidade dos materiais;
Aditivos: deve-se averiguar se estão de acordo com as normas pertinentes;
Água: deve estar de acordo com os preceitos estabelecidos na
NBR 6118/07;
Concreto: sua resistência à compressão deve ser controlada através da
extração de testemunhos de placas moldadas durante a projeção, cabendo à fiscalização definir a freqüência de amostragem e de ensaios.
b) Execução
No que tange à execução, todo o processo de aplicação do concreto projetado deve ser acompanhado. Deve-se controlar a limpeza da superfície de aplicação, impedindo que se dê início à aplicação do concreto caso haja pontos com excesso de água ou com poeira.
Antes do início do processo de projeção, o traço do concreto deve ser conferido com o especificado e o concreto deve ser analisado quanto ao início de pega (deve-se descartar concreto com início de pega anterior ao seu lançamento).
A cada camada, deve-se controlar a espessura de concreto projetado e se verificar, através de toques de martelo, a presença de regiões ocas. Caso sejam encontradas regiões com estas características, deve-se providenciar a remoção do concreto nestes pontos e a reaplicação do concreto projetado.
Todo o processo de cura deve ser controlado.
O cobrimento nominal mínimo das telas metálicas (se estas forem especificadas), também deve ser controlado.
A contratada deve fornecer boletim diário de execução do concreto projetado contendo as seguintes informações mínimas:
Traço do concreto projetado;
Número de camadas e espessura de cada camada;
Volume de concreto aplicado;
Anormalidades na execução.
7.6. ACEITAÇÃO
Os serviços são aceitos e passíveis de medição desde que atendam, simultaneamente, às exigências de materiais e de execução estabelecidas nesta especificação.
a) Materiais
Os materiais são aceitos se estiverem de acordo com suas respectivas normas técnicas. O concreto, particularmente, é aceito se apresentar resistência característica à compressão simples, determinada conforme NBR 12655/06, igual ou superior a 20 MPa, ou ao valor especificado em projeto.
b) Execução
O concreto projetado será aceito se, após inspeção visual, não forem verificadas a presença de fissuras, de manchas brancas (indicativas de processo de carbonatação), de lixiviação de cimento e de infiltração de água.
A aceitação também ocorrerá mediante conferência das características geométricas da superfície de concreto aplicada, não se aceitando superfícies com dimensões (espessura, principalmente) inferiores às definidas em projeto ou superiores a 20% dos valores especificados em projeto.
7.7. CONTROLE AMBIENTAL
Os procedimentos de controle ambiental referem-se à proteção de corpos d’água, da vegetação lindeira e da segurança viária. A seguir são apresentados os cuidados e providências para proteção do meio ambiente que devem ser observados no decorrer da execução de concreto projetado.
Deve ser implantada sinalização de alerta e de segurança de acordo com
as normas pertinentes aos serviços;
Todos os resíduos provenientes da execução de concreto projetado,
incluindo aqueles associados à manutenção e operação de equipamentos, devem ser recolhidos e devem receber a destinação apropriada. Tal destinação deve ser feita de acordo com as diretrizes da Resolução CONAMA nº 307 de 5 de julho de 2002. Os resíduos de classe A deverão ser encaminhados a aterros de resíduos da construção civil para posterior reutilização como agregado, os resíduos de classe B deverão ser separados e destinados à reciclagem e os resíduos de classes C e D deverão ser separados dos demais e destinados em conformidade com normas técnicas específicas;
Não pode ser efetuado o lançamento de resíduos oriundos da execução de
concreto projetado em áreas lindeiras, em aterros de resíduos domiciliares, em áreas de bota fora, em encostas, em corpos d´água, em áreas
protegidas por Lei e em qualquer outro lugar onde possam levar a danos ambientais;
As áreas afetadas pela execução das obras devem ser recuperadas
mediante limpeza adequada.
7.8. CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO E PAGAMENTO
O serviço de concreto projetado deverá ser medido em m³ de concreto de acordo com especificações de projeto. Trechos defeituosos, quando refeitos a pedido da fiscalização, não devem ter sua recomposição medida.
O pagamento do concreto projetado, autorizado apenas após aceitação e medição dos serviços, deverá ser feito a partir do preço unitário do concreto projetado definido em contrato entre a contratante e a contratada. Este preço deverá incorporar perdas, BDI, custos de materiais, de equipamentos e de mão-de-obra, assim como custos de preparo da superfície e de cura dos elementos projetados.
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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FUNDAÇÕES E GEOTECNIA. Manual de Especificações de Produtos e
Procedimentos. 3ª Edição. Editora Pini. São Paulo. 2004. 410p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6122: Projeto e
execução de fundações. Rio de Janeiro. 1996. 33p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5738:
Concreto – Procedimento para moldagem e cura de corpos-de-prova. Rio
de Janeiro. 2008. 6p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5739:
Concreto – Ensaio de Compressão de corpos-de-prova cilíndricos. Rio
de Janeiro. 2007. 9p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Projeto
de Estruturas de Concreto – Procedimento. Rio de Janeiro. 2007. 221p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7181: Solo –
Análise Granulométrica. Rio de Janeiro. 1984. 13p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7211:
Agregados para Concreto – Especificação. Rio de Janeiro. 2005. 9p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7215: Cimento
Portland – Determinação de resistência à compressão. Rio de Janeiro.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7684: Calda de
cimento para injeção – Determinação de Resistência à Compressão. Rio
de Janeiro. 1983. 2p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9895: Solo –
Índice de Suporte Califórnia. Rio de Janeiro. 1987. 14p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12131:
Estacas – Prova de Carga Estática – Método de Ensaio. Rio de Janeiro.
2006. 8p.
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Concreto de Cimento Portland – Preparo, controle e recebimento – Procedimento. Rio de Janeiro. 2006. 18p.
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resolução
nº 307 – Diretrizes, Critérios e Procedimentos para a gestão dos Resíduos da Construção Civil. Brasília. 2002. 4p.
HACHICH, Waldemar. Fundações – Teoria e Prática. 2ª Edição. Editora