• Nenhum resultado encontrado

Repositório Institucional UFC: Empreendedorismo e plano de negócio: estudo de caso do Programa Próprio do SEBRAE

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2018

Share "Repositório Institucional UFC: Empreendedorismo e plano de negócio: estudo de caso do Programa Próprio do SEBRAE"

Copied!
76
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, ATUÁRIA, CONTABILIDADE E SECRETARIADO.

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

IARA GUEDES BANDEIRA

EMPREENDEDORISMO E PLANO DE NEGÓCIO - ESTUDO DE CASO DO PROGRAMA PRÓPRIO DO SEBRAE.

(2)

EMPREENDEDORISMO E PLANO DE NEGÓCIO - ESTUDO DE CASO DO PROGRAMA PRÓPRIO DO SEBRAE.

Monografia apresentada Ao Curso de Administração da Faculdade de Economia, Administração, Atuárias, Contabilidade e Secretariado da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Administração.

Orientador: Professor Hugo Osvaldo Acosta Reinaldo

(3)

EMPREENDEDORISMO E PLANO DE NEGÓCIO - ESTUDO DE CASO DO PROGRAMA PRÓPRIO DO SEBRAE.

Monografia apresentada Ao Curso de Administração da Faculdade de Economia, Administração, Atuárias, Contabilidade e Secretariado da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Administração.

Aprovada em _____/_____/______

BANCA EXAMINADORA

Professor Hugo Osvaldo Acosta Reinaldo (Orientador)

Universidade Federal do Ceará (UFC)

Professor Luiz Alfredo Nunes de Melo

Universidade Federal do Ceará (UFC)

Professor Luiz Carlos Murakami

(4)
(5)

Primeiro a Deus, que guiou todos os meus passos e ajudou a trilhar os meus caminhos.

Aos meus pais Fabiana Cléia Guedes Bandeira e Antonio Idamar Bandeira Luna, por todo amor, carinho, dedicação, zelo e paciência.

A toda a minha família, que direta e indiretamente contribuiu com meu crescimento e cada uma das minhas conquistas.

Aos meus amigos de faculdade, de infância por me proporcionarem inúmeros momentos de alegria. Em especial Renata Luna e Pauline Ramos que vivenciaram, apoiaram e ajudaram em todo o processo de elaboração deste trabalho.

Ao professor, Hugo Acosta pela orientação, as sugestões dadas para aprimorar este trabalho, pela dedicação, paciência e disponibilidade que sem isso não teria concretizado esse estudo.

Ao SEBRAE, pela valiosa ajuda me fornecendo todo o material necessário para que eu pudesse conseguir elaborar a pesquisa e todos os empreendedores que forneceram sua opinião a fim de contribuir com esse trabalho.

Aos membros da banca, professores Carlos Murakami e Luiz Alfredo, por terem atendido o meu pedido, dado atenção e terem se disponibilizado.

(6)

Este trabalho, que objetiva descrever as dificuldades enfrentadas na utilização do plano de negócios para empresas, busca refletir quais as competências necessárias para o planejamento estratégico e conhecimento do empreendimento e analisar a importância ou não da formação e conhecimento do empreendedor para o atendimento das metas previstas. Inicialmente será apresentada uma revisão bibliográfica, ou seja, conceitos importantes sobre o empreendedor, seus conceitos, importância, sua realidade no Brasil e sua distinção com administrador. Em seguida é abordado o planejamento por meio do Plano de Negócios, seu desenvolvimento, importância e a orientação de sua elaboração e estruturação através do programa PROPRIO oferecido pelo SEBRAE. Posteriormente é apresentada uma pesquisa realizada com os integrantes deste programa, onde foi possível identificar o comportamento do empreendedor em relação à elaboração e estruturação do Plano de Negócios. Por último é realizado uma análise conclusiva destes dados e realizado levantamento de hipóteses para melhoria das condições de utilização dos empreendedores do plano.

(7)

This work, which aims to describe the difficulties in using the business plan for companies, which seeks to reflect the skills necessary for strategic planning and knowledge of the project and analyze the importance or otherwise of the training and knowledge of the entrepreneur to meet the goals set . Initially we will present a literature review, ie, important concepts about the entrepreneur, your concepts, importance, their reality in Brazil and its distinction from the administrator. Then planning is approached through the Business Plan, its development, and the importance of orientation in its design and structure through the PROPRIO program offered by SEBRAE. Subsequently we present a survey of the members of this program, where it was possible to identify the behavior of the entrepreneur regarding the preparation and structuring of the Business Plan. Lastly is performed an analysis of these data and conducted conclusive raising hypotheses to improve the conditions of use of the entrepreneurs plan.

(8)

Tabela 01 - Empreendedores segundo o estágio do empreendimento – Brasil – Comparativo

2005-2008-2011 ... 20

Tabela 02 - Comparação dos domínios do empreendedor e do administrador ... 23

Tabela 03 - Elaboração do questionário relacionado com as ideias da revisão bibliográfica . 34 Tabela 04 - Sexo ... 37

Tabela 05 - Idade ... 38

Tabela 06 - Escolaridade ... 38

Tabela 07 – Curso de ensino superior ... 38

Tabela 08 – Renda Familiar ... 39

Tabela 09 - Área de negócio ... 39

Tabela 10 – Tempo de abertura da empresa ... 40

Tabela 11 – Avaliação do negócio pelo empreendedor ... 40

Tabela 12 – Motivação para se tornar um empreendedor ... 40

Tabela 13 – Processo de montagem do negócio ... 41

Tabela 14 – O que é necessário saber e ou fazer ao implantar um negócio de acordo com o empreendedor cearense ... 42

Tabela 15 – Relação de outros empreendimentos abertos pelos entrevistados ... 42

Tabela 16 – Satisfação em relação à funcionalidade do Plano de Negócios ... 43

Tabela 17 – A necessidade de buscar o SEBRAE ... 44

Tabela 18 – Realização do plano antes da capacitação ... 44

Tabela 19 – Avaliação da capacitação para elaboração e estruturação do plano de Negócios 44 Tabela 20 – Tempo de conclusão da estrutura do Plano de Negócios ... 45

(9)

Tabela 23 – Tempo dedicado fora da consultoria para coleta de dados e estruturação do Plano

de Negócios ... 46

Tabela 24 – Processo de estabelecimento das metas do empreendimento ... 47

Tabela 25 – Alcance das metas ... 47

Tabela 25 A – Motivos do insucesso das metas ... 48

Tabela 26 – Proporção implantada do Plano de Negócios ... 48

Tabela 27 – Como é utilizado o plano no dia a dia do empresário ... 49

Tabela 28 – Itens que facilitariam a implantação do plano ... 49

Tabela 29 – Dificuldades enfrentadas após a realização do Plano de Negócios ... 50

Tabela 30 – Revisão do plano ... 50

Tabela 31 – Utilização de consultoria para revisão do plano ... 51

(10)

1 INTRODUÇÃO ... 10

1.1 Descrição do estudo ... 11

1.2 Justificativas ... 12

2. O EMPREENDEDORISMO ... 14

2.1 A importância do empreendedorismo ... 16

2.2 O empreendedorismo brasileiro (história e características atuais) ... 17

2.3 Características do empreendedor X o administrador ... 23

3 PLANO DE NEGÓCIOS ... 26

3.1 Desenvolvimento de um Plano de Negócios ... 27

3.2 Importância estratégica ... 30

3.3 SEBRAE – Entidade de capacitação profissionalizante ... 31

4 METODOLOGIA DE PESQUISA ... 34

4.1 Amostra ... 36

4.2 Análise dos resultados ... 37

4.3 Considerações finais ... 52

5 CONCLUSÃO... 57

REFERÊNCIAS ... 60

APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO APLICADO AOS 30 EMPREENDEDORES QUE ELABORARAM E ESTRUTURARAM O PLANO DE NEGÓCIOS ... 63

(11)

1 INTRODUÇÃO

O plano de negócios é uma ferramenta do empreendedor para planejamento, além de ser uma parte importante da estratégia da empresa, se obtém dados e informações sobre o ambiente onde a mesma está inserida, ajudando nas tomadas de decisões, alocações de recursos, gerenciamento e implantação.

Logo, o plano de negócios está ligado diretamente ao empreendedor, sua ideia e a forma como o mesmo se porta diante o mercado e da formação ou renovação do empreendimento.

O empreendedorismo por muito tempo foi tratado como uma habilidade inata, mas muitos estudiosos garantem poder ser aprendido.

As habilidades dos empreendedores mais frisadas, pelos autores e estudiosos do assunto, seriam a visão inovadora, liderança e assumir riscos calculados. Surge o questionamento de quais as condições necessárias para que o empreendedor seja capaz, apenas com orientações sobre estruturação, formulação e implantação de um plano de negócios, de chegar aos objetivos nele descritos, ou seja, o sucesso do planejamento e do empreendimento.

Objeto deste estudo se trata da necessidade de do empreendedor ter ou não:

a) educação formal;

b) conhecimento para implantação e alcance de objetivos.

Pode-se a partir do pressuposto que as competências intelectuais também são importantes não só para qualquer empreendedor, mas é mencionada como patrimônio da empresa por alguns profissionais de recursos humanos. Então, seriam elas indispensáveis para se conseguir o sucesso de um negócio?

Diante deste questionamento, se faz necessário o estudo de:

a) empreendedores que criaram seus planos de negócios; b) o perfil desses empreendedores;

(12)

Este projeto, que objetiva:

a) pesquisar na literatura pertinente, os conceitos e a importância do plano de negócios;

b) descrever as dificuldades enfrentadas na utilização do plano de negócios para as empresas;

c) refletir quais as competências necessárias para desenvolver a estruturação de um plano de negócios;

d) pesquisar as características do empreendedor brasileiro;

e) analisar a importância ou não da formação e conhecimento do empreendedor para obtenção dos resultados previstos;

f) analisar empreendimentos que foram orientados pelo SEBRAE na utilização e implantação do plano de negócios.

Para delimitar o foco desta pesquisa e situar seu tema dentro do contexto geral da Administração, escolheu-se os empreendedores que obtiveram a consultoria do SEBRAE (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), Fortaleza-CE, na criação e estruturação do plano de negócio e a implantação do mesmo nesses empreendimentos, como ambiente desta investigação.

Apontar melhores caminhos capazes de orientar a gestão do empreendimento, no processo de implantação do plano de negócios, foi o que motivou a feitura deste projeto de pesquisa, que tem como objeto de estudo.

1.1Descrição do estudo

O estudo se divide em quatro partes, sendo que as duas primeiras se tratam de uma revisão bibliográfica.

Primeiramente será explorado, no capítulo dois, o tema empreendedorismo através do perfil empreendedor e sua importância. Onde também será descrito o perfil do empreendedor brasileiro e sua história diante de uma análise de pesquisas pertinentes e será argumentada a relação e características distintas do empreendedor para com o administrador.

(13)

abordado também à capacitação oferecida pelo SEBRAE com o intuito de orientar o empreendedor na elaboração e implementação do mesmo, fechando assim a segunda parte do estudo.

O quarto capítulo irá relatar a análise da pesquisa realizada com empreendedores de pequeno porte que passaram pela experiência de elaboração do Plano de Negócios, onde será descrito toda a metodologia utilizada e serão realizadas análises e considerações dos dados obtidos.

No quinto capítulo serão realizadas as conclusões finais do estudo, ou seja, a descrição da percepção diante das informações da revisão bibliográfica e pesquisa de campo.

1.2Justificativa

A globalização, internet e as mudanças não só na sociedade moderna, mas também dos hábitos de consumo e comunicação, tornou o mercado mais competitivo e dinâmico.

O mundo está em constante desenvolvimento e todos os dias a humanidade se depara com alguma descoberta ou uma nova tecnologia responsável por tornar a vida moderna mais confortável. Há avanços na ciência, tecnologia, mercado consumidor, marketing, telecomunicação, etc.

A partir da internet, que propiciou maior agilidade na troca de informação, surgiram ideais de toda a parte do mundo. O empreendedor não concorre apenas com a loja vizinha, mas também com os empreendimentos virtuais. Segundo a revista Info Exame , editora Abril, só nas compras de Natal de 2011, o faturamento das lojas virtuais, no período de 15 de novembro a 23 de dezembro, somou R$ 2,6 bilhões. Esse valor representou um incremento nas compras pela internet de 18% se comparado ao mesmo período de 2010.

O consumidor se tornou mais exigente e busca não só o consumo ou a propriedade de um produto, mas sim todo o valor agregado que ele pode oferecer. Seja responsabilidade social e ambiental ou mesmo um serviço personalizado. Tudo isso influência cada vez mais o cliente na hora da compra.

(14)

O plano de negócios proporciona o empreendedor à reflexão sobre os objetivos a serem alcançados e ajuda nas decisões a serem tomadas diante das situações que poderão ocorrer no mercado. Além de organizar a estrutura e os recursos utilizados e as metas a serem seguidas para suprir as necessidades dos consumidores.

Com a implantação dessa ferramenta administrativa é possível planejar os passos que a empresa deve dar e saber qual o melhor “caminho” a ser seguido. Torna o empreendedor capaz de planejar, organizar, coordenar, controlar e executar, além de conhecimento suficiente da empresa para que possa estar em continuo crescimento.

Baseado nessa realidade que se apresenta à sociedade brasileira, mais especificamente, ao contexto do empreendedorismo, essa proposta de pesquisa justifica-se pela relevante contribuição que esse estudo poderá trazer para a dinâmica administrativa e gestão empreendedora. Buscando compreender a importância que a orientação profissional do empreendedor tem no sucesso do plano de negócios e alcance de metas traçadas.

(15)

2 O EMPREENDEDORISMO

O empreendedorismo não é um tema novo, ele existe desde as primeiras inovações humanas, onde o indivíduo muda a sua realidade com o objetivo melhorar e desenvolver a sociedade. Durante algum tempo o empreendedorismo foi encarado como a ação de criar ou modificar produtos e processos, mas este conceito teve mudanças de acordo com as mudanças mundiais, logo o estudo do seu conceito e suas características será o tema deste capítulo.

Foi no século XX quando foram publicados os primeiros estudos sobre o ato de empreender:

[…] o sistema capitalista tem como característica inerente, uma força que ele denomina de processo de destruição criativa, fundamentando-se no princípio que reside no desenvolvimento de novos produtos, novos métodos de produção e novos mercados; em síntese trata-se de destruir o velho para se criar o novo. (SCHUMPETER,1942 apud POMBO, 1999).

Com a evolução do mercado e as transformações contínuas que o mundo e a sociedade moderna estão sofrendo, o ato de empreender foi ganhando novos conceitos e suas características outros ângulos. (POMBO, 1999).

Filion (2000, apud BOAS et al. 2008) e Pombo (1999) concordam que o empreendedor é aquele que assume riscos e muda algo existente, esse conceito reafirma os primeiros estudos realizados por Shumpeter já citado anteriormente. Filion (2000, apud BOAS et al. 2008) acrescenta que o empreendedor também se encontra dentro de uma corporação existente. Logo, o empreendedorismo não está ligado apenas à criação de novos negócios, mas também àinovação dentro de uma organização existente.

Pombo (1999) ainda relata que o indivíduo que empreende baseia suas ações nas necessidades do mercado, sempre está pesquisando, exerce influencia e surpreende as pessoas, vivendo no futuro e transformando crises em oportunidades.

(16)

Implica a ideia de sustentabilidade, o ambiente influencia o empreendedor e o mesmo muda a realidade existente neste ambiente. São considerados três níveis de relações de influência:

a) primário: familiares e conhecidos; ligações em torno de mais de uma atividade; b) secundário: Ligações em torno de determinada atividade; rede de ligações; c) terciário: cursos, livros, viagens, feiras, congressos, etc.

De acordo com Barbosa et al (2006) o empresário inovador está em contato indireto ou direto com os acontecimentos que envolvam seus objetivos, para estar preparado para as mudanças, criar oportunidades e estratégias. É um indivíduo de visão, pois avalia as situações de forma a ter um retorno positivo em curto ou longo prazo.

Segundo Dornelas (2008, p. 24):

As habilidades e características requeridas de um empreendedor podem ser classificadas em três áreas: técnicas, gerenciais e características pessoais. As habilidades técnicas envolvem saber escrever, saber ouvir as pessoas e captar informações, ser um bom orador, ser organizado, saber liderar e trabalhar em equipe e possuir know-how técnico na sua área de atuação. As habilidades gerenciais

incluem as áreas envolvidas na criação, desenvolvimento e gerenciamento de uma nova empresa: marketing, administração, finanças, operacional, produção, tomada de decisão, controle das ações da empresa e ser um bom negociador. Algumas características pessoais já foram abordadas anteriormente e incluem: ser disciplinado, assumir riscos, ser inovador, ser orientado a mudanças, ser persistente e ser um líder visionário.

Então, o empreendedorismo também está relacionado aos atos de avaliação do mercado, planejamento, habilidades de gestão e liderança. O que leva o empreendedorismo a ser um assunto muito discutido e visado em âmbito mundial. (DORNELAS, 2008)

Ser empreendedor é muito mais que ter a vontade de chegar ao objetivo; é conhecer o objetivo e o tamanho do desafio; planejar cada detalhe, saber o que é necessário para o alcance e que ferramentas que serão utilizadas; encontrar o melhor caminho, estar comprometido com o resultado, ser persistente, calcular os riscos, preparar-se fisicamente e acreditar na sua própria capacidade. (SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS, 2002).

(17)

e por sua capacidade de geração de empregos. Estas empresas iniciantes são importantes para a economia mundial e principalmente no Brasil, onde sua história se confunde com a história do empreendedorismo (SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS, 2002).

Para Dornelas (2008), o momento atual pode ser chamado de a era do empreendedorismo. O empreendedor é um agente de mudança não só na organização e no mercado, mas também na sociedade através da comercialização mundial, a quebra de paradigmas culturais e o enriquecimento da economia. Por esses motivos o empreendedorismo vem sendo incentivado por governos, através de políticas públicas na maioria dos países.

O empreendedorismo é um tema tratado com grande importância no âmbito da economia mundial e essa importância vai ser estudada na próxima seção.

2.1A importância do empreendedorismo

O empreendedorismo vem evoluindo de acordo com as mutações da economia, mercado e da sociedade globalizada. O mundo vem sofrendo transformações em curtos períodos de tempo, com invenções que facilitam o estilo de vida das pessoas. Por trás dessas invenções existem pessoas inovadoras, ou seja, essas invenções são resultados de uma nova visão, de empreendedores, de como utilizar objeto, processos e tecnologias já existentes. (DORNELAS, 2008, p. 9)

“Empreendedores estão eliminando barreiras comerciais e culturais, encurtando distâncias, globalizando e renovando os conceitos econômicos, criando novas relações de trabalho e novos empregos, quebrando paradigmas e gerando riquezas para sociedade.” (DORNELAS, 2008, p.9).

(18)

sobre o empreendedorismo e se torna impactante na sociedade, principalmente nos países em desenvolvimento.

Esta atividade econômica em crescimento no mundo torna a presença do pensamento positivo na sociedade em relação à atividade empreendedora aliada as condições oferecidas pelos governos para criação e desenvolvimento de novos negócios são elementos fundamentais para florescimento de empreendimentos que irão contribuir de forma significativa para o crescimento econômico e social. (ANDREASSI et al, 2011).

Em todo o mundo o interesse sobre o empreendedorismo se estende além das ações dos governos nacionais, atraindo também a atenção de muitas organizações e entidades multinacionais, como ocorre na Europa, nos Estados Unidos e na Ásia. Há uma convicção de que o poder econômico dos países depende de seus futuros empresários e da competitividade de seus empreendimentos. (DORNELAS, 2008, p.11)

No Brasil esse incentivo não é diferente e vem ganhando um grande espaço na economia do país, logo o empreendedorismo brasileiro é o próximo ponto a ser explorado.

2.2O empreendedorismo brasileiro (história e características atuais)

Nas duas últimas décadas do século XX, quando as grandes empresas começaram a diminuir seus custos e o número de empregos, as micro e pequenas empresas começaram a crescer, fornecendo diversos produtos e serviços para as grandes empresas era a chamada terceirização. Na década de 1990 o Brasil teve sua economia aberta que trouxe concorrência de empresas modernas, o que também motivou o empreendedorismo no país. (SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS, 2002).

(19)

Esses órgãos surgiram com finalidade de auxiliar os empreendedores, o SEBRAE na área de orientação à criação de empresas, além de consultoria na resolução de problemas e a SOFTEX, no suporte a empresas de softwares na entrada no mercado exterior. O SEBRAE se tornou um dos órgãos mais populares, principalmente para o pequeno empreendedor, o que o torna um fator importante no estudo do empreendedorismo, o qual vai ser estudado melhor no segundo capitulo deste trabalho. (DORNELAS, 2008 p.11)

Outro incentivo ao movimento empreendedor foi à iniciativa do governo dando início a uma série de reformas reduzindo sua interferência na economia. Com o controle da inflação e o ajuste econômico, em poucos anos o país ganhou estabilidade, planejamento e respeito. A economia começou a crescer e o empreendedorismo começou a ganhar mais espaço e importância na economia (SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS, 2002).

De acordo com Dornelas (2008, p. 12):

Um fato importante que chamou a atenção dos envolvidos com o movimento de empreendedorismo no mundo e, principalmente, no Brasil foi o resultado do primeiro relatório executivo do Global Entrepreneurship Monitor (GEM 2000), onde o Brasil apareceu como o país que possuía a melhor relação entre o número de habitantes adultos que começam um novo negócio e o total dessa população: um em cada oito adultos.

Essa pesquisa é realizada anualmente e tem a finalidade de estudar o empreendedorismo e traçar o perfil do empreendedor em vários países, fazendo pesquisas sobre o comportamento, características e a postura da população em relação à atividade empreendedora. (BOAS et al, 2008).

A pesquisa do ano de 2011 da Global Entrepreneurship Monitor (GEM) afirma que 27 milhões de brasileiros de 18 a 64 anos estão envolvidos na criação ou administração de algum tipo de negócio, ou seja, 26,9% da população adulta do país são empreendedores. (ANDREASSI et al, 2011).

(20)

Baron e Shane (2007, apud ANDREASSI et al, 2011) “enfatizam que as ideias não surgem do nada e sim por meio de uma combinação de elementos já existentes”. O empreendedorismo é um fenômeno que é fortemente influenciado por tendências estruturais do contexto em que se desenvolve.( GRECO et al, 2005)

Para que uma nova empresa nasça é necessária uma ideia, que surge geralmente do ambiente em que o empreendedor está e conhece. (DORNELAS, 2008) O empreendedor é um ser social, produto do meio em que vive, se o mesmo vive em um ambiente em que ser empreendedor é visto como algo positivo terá motivação para criar seu próprio negócio, ou seja, é fruto de hábitos, práticas e valores das pessoas. (DOLABELA, 2006)

O processo empreendedor em um país depende, ao menos em parte, de indivíduos que sejam capazes de detectar oportunidades no ambiente em que vivem e da capacidade de transformar tais oportunidades em negócios reais. A qualidade e a quantidade das oportunidades detectadas, bem como a crença na capacidade de empreender podem ser influenciadas por diversas condições – tais como o nível de desenvolvimento econômico de seu país, cultura e educação. (ANDREASSI et al,

2011).

Logo, um fator também importante a ser considerado é o que motiva o empreendedor a criar um novo negócio. A pesquisa GEM (Global Entrepreneurship Monitor) estuda a motivação dos empreendedores e a separa em dois grupos: empreendedores motivados pela oportunidade e os motivados pela necessidade.

[...] os empreendedores por necessidade são aqueles que iniciam um empreendimento autônomo por não possuírem melhor opção de trabalho e então abrem um negócio a fim de gerar renda para si e para sua família. Os empreendedores por oportunidade optam por iniciar um novo negócio, mesmo quando possuem alternativas de emprego e renda, ou ainda, para manter ou aumentar sua renda pelo desejo de independência no trabalho. (BARON e SHANE, 2007, apud ANDREASSI et al, 2011).

(21)

encarado como uma forma de manter a sobrevivência e uma alternativa para o desemprego. (ANDREASSI et al, 2011).

A pesquisa GEM classifica os empreendedores em relação os estágios em que os negócios se encontram: negócio em estágio inicial (nascentes ou novos) ou estabelecido. Os empreendedores nascentes são aqueles que se encontra em fase de estruturação de um negócio que conta no máximo com três meses de funcionamento. Já os empreendedores novos são aqueles que ultrapassaram esses três meses iniciais. A soma das taxas desses dois tipos de empreendedores é chamada TEA – Taxa de Empreendedores Iniciais e formam o grupo de empreendedores iniciais. E por último os empreendedores à frente de negócios com mais de 42 meses são denominados estabelecidos, (ANDREASSI et al, 2011).

A seguir tabela com os dados de empreendedores nascente, novos e estabelecidos, assim como a taxa TEA, dos anos de 2005, 2008 e 2011:

Tabela 01 - Empreendedores segundo o estágio do empreendimento – Brasil – Comparativo 2005-2008-2011

Estágio 2005 2008 2011

Empreendedores nascentes 3,00% 3,00% 4,09%

Empreendedores novos 8,00% 9,00% 11,04%

Empreendedores iniciais – TEA 11,30% 10,48% 15,00%

Empreendedores estabelecidos 10,10% 15,00% 12,23%

Fonte: GEM Brasil 2011

Pode-se observar a TEA se mantém em crescimento durante os anos, o montante que representa os empreendedores nascentes está praticamente constante enquanto o de empreendedores novos se mantém em crescimento, isto pode significar que há pessoas iniciando empreendimento regularmente, independente da situação política ou econômica brasileira. Mas que ao passar do tempo esse fatores influenciam no ambiente em que a empresa se encontra, tendo em vista que há uma grande oscilação nas taxas de empreendedores estabelecidos. (ANDREASSI et al, 2011).

(22)

Dentre os 6% de empreendedores movidos por oportunidade, 63,5% eram empreendedores nascentes e 47,8% empreendedores novos, tendo em sua maioria a idade entre 25 a 44 anos, sendo desses 16,7% estudado mais de onze anos e 10,9% até quatro anos. Os empreendedores movidos pela necessidade em sua maioria tinham até quatro anos de escolaridade, muitas evidências da época indicavam que a causa das dificuldades enfrentadas pelo Brasil em todas as áreas de atividade se encontrava na deficiência educacional do povo. (GRECO et al, 2005).

Em 2008 o cenário do empreendedorismo brasileiro mudou muito em comparação a 2005, conforme a pesquisa GEM, para cada dois empreendedores por oportunidade havia apenas um movido pela necessidade. Era um grande resultado para a atividade empreendedora do Brasil, pois foi a primeira vez que havia um resultado tão positivo em relação à motivação empreendedora. (GRECO et al, 2008).

Os jovens empreendedores (18 a 24 anos) da época totalizavam 28% dos empreendedores motivados pela necessidade e tinha de cinco a onze anos de escolaridade. Por falta de empregos formais na época o jovem buscava no empreendedorismo uma alternativa de trabalho e renda. (GRECO et al, 2008). Boas et al (2008) e Dolabela (2006) concordam que o empreendedorismo tem sido uma solução para o desemprego, isto está relacionado diretamente com os empreendedores motivados pela necessidade.

A participação do adulto de meia-idade (55 a 64 anos), em 2008, no empreendedorismo por necessidade foi reduzida, representando apenas 6% dos empreendedores. Um dos fatores que incidiu nesse quadro foi à tendência de universalização da previdência; os aposentados conseguem manter sua subsistência, e/ou deixando de fazer outras atividades e/ou procurando alternativas de complementação de renda no mercado como assalariado formal ou informal. (GRECO et al, 2008)

(23)

apenas como um escape do desemprego e falta de oportunidade profissional, o que torna o empreendedorismos objeto de estudo novamente. (ANDREASSI et al, 2011).

O empreendedor em geral tem status socioeconômico privilegiado na sociedade brasileira evidenciado desde a pesquisa do GEM de 2005, poderia ser esse um dos fatores de mesmo havendo dificuldades e fatores limitantes aos negócios no país ainda há crescimento na criação de negócios. (GRECO et al, 2005).

Quando a sociedade enxerga que o empreendedorismo pode vir a ser uma boa opção de carreira, valorizada e reconhecida pela sociedade em que vivem, há mais chances de que membros dela venham a empreender. Histórias de sucesso de empreendedores contadas pela mídia de negócios e a exposição de empreendedores como “heróis” tendem a reforçar as noções positivas sobre os empreendedores. (ANDREASSI et al, 2011).

Para Silva et al (2008) “dificilmente os empreendedores que atingem o sucesso possuem todas as características citadas na literatura como sendo apenas suas. A equipe, ou o meio organizacional em que está inserido, em conjunto, poderá sim alcançar todas estas.”

[...] o empreendedor deve pensar muito bem na vida que quer levar, projetando mentalmente as dificuldades pelas quais passará e se está disposto a encarar o desafio. Deve ainda planejar bem os passos a serem dados e estar capacitados para atuar na área pretendida, fazendo cursos, participando de eventos, treinamentos, feiras etc. tendo certeza de que conhece o solo onde está pisando. (DORNELAS, 2008, p.41).

Não existe fórmula de sucesso, o que existe é o conhecimento do ambiente em que está inserido tanto o negócio, como o empreendedor. É necessário que haja perspicácia e visão, não apenas de futuro, mas também uma visão crítica para avaliar todos os aspectos do empreendimento, da equipe e do próprio indivíduo. Porque primeiramente a empresa deve estar relacionada diretamente com os objetivos e realizações profissionais do empreendedor, para que haja um maior envolvimento. (ARTES et al, 2010).

(24)

um administrador, logo seria necessário todo empreendedor ter noções de administração, ou por assim dizer ser um administrador.

2.3Características do empreendedor X o administrador

De acordo com Chiavenato (1999, p.11) “A administração é o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso dos recursos a fim de alcançar objetivos organizacionais”.

[...] Rosemary Stewart (1982), do Oxford Center Management Studies, que acreditava que o trabalho dos administradores é semelhante ao dos empreendedores, já que compartilham de três características principais: demandas, restrições e alternativas. [...] As demandas especificam o que tem de ser feito. Restrições são os fatores internos da organização que limitam o que o responsável pelo trabalho administrativo pode fazer. Alternativas identificam as opções que o responsável tem na determinação do que e de como fazer. (DORNELAS, 2008, p.16).

A tarefa básica da Administração é fazer as coisas por meio das pessoas, com os melhores resultados, buscando o alcance da eficiência e da eficácia (CHIAVENATO, 1999). Como observado anteriormente o empreendedor deve gerenciar o seu capital humano e ter uma boa equipe para o alcance dos objetivos da melhor forma possível, seria então a busca da eficácia e eficiência através de tarefas que pessoas executam. (ARTES et al, 2010).

Hamptom (1991, apud DORNELAS, 2008) diz ainda que os administradores diferem dos empreendedores em dois aspectos: nível que eles ocupam na hierarquia, que define como os processos administrativos são alcançados, e o conhecimento que detêm segundo o qual são funcionais ou gerais. O administrador pode estar em vários níveis hierárquicos, gerentes, supervisores, etc., mas essa não é uma diferença entre ele e o empreendedor de acordo com Andressi et al (2011) e Filion (2000, apud BOAS et al. 2008), visto que o empreendedor para eles não está só a frente dos empreendimentos e sim pode estar inserido em uma organização já existente.

(25)

Domínio Empreendedor Domínio Administrador

Pressões nessa direção Dimensões-chave do negócio Pressões nessa direção

Mudanças Rápidas: Tecnológicas Valores sociais Regras políticas Dirigido pela percepção de

oportunidades Orientação estratégica

Dirigido pelos recursos atuais sob controle

Critérios de medição de desempenho; sistemas e ciclos de planejamento.

Orientações para ação; decisões rápidas; gerenciamento de risco.

Revolucionário com curta duração Análise das oportunidades Revolucionári o de longa

duração

Reconhecimento de várias alternativas; negociação da estratégia; redução do risco.

Falta de previsibilidade das necessidades; falta de controle

exato; necessidade de aproveitar mais oportunidades; pressão por

mais eficiência. Em estágios periódicos com mínima utilização em cada estágio Comprometime nto dos recursos Decisão tomada passo

a passo, com base em um

orçamento.

Redução dos riscos pessoais; utilização de sistemas de

alocação de capital e de planejamento formal.

Risco de obsolescência; necessidade de flexibilidade.

Uso mínimo dos recursos existentes ou

aluguel dos recursos extras

necessários Controle dos recursos

Habilidade no emprego dos

recursos

Poder, status e recompensa financeira; medição da eficiência; inércia e alto

custo das mudanças; estrutura da empresa.

Coordenação das áreas-chave de difícil controle; desafio de

legitimar o controle da propriedade; desejo dos

funcionários de serem independentes. Informal, com muito relacionamento pessoal. Estrutura gerencial Formal, com respeito à hierarquia.

Necessidade de definição clara de autoridade e responsabilidade; cultura organizacional; sistemas de

recompensa; inércia dos conceitos administrativos. Fonte: DORNELAS, 2008, p. 20.

Observa-se que há semelhanças nas informações sobre o administrador e o empreendedor, mas a Tabela 02 demonstra que o administrador é formal, capaz de prever e traçar estratégias visando resultados em longo prazo, já o empreendedor é informal, tem iniciativa, tomada de decisão rápida o que viabiliza o resultado em curto prazo.

Segundo Barbosa et al (2006) “um empreendedor está sempre com o foco no futuro e o administrador, principalmente, no presente, seria impossível escolher um desses perfis como o melhor que o outro, afinal o ideal é que todo administrador seja empreendedor e vice-versa”.

(26)

empresa para enfrentar os novos desafios que surgem, sejam por meio de novas tecnologias, novas condições sociais e culturais, seja por meio de novos produtos e serviços”. (CHIAVENATO, 1999, p.19).

Logo, se faz uma reflexão de que para ser um administrador completo é necessário ter características de empreendedor, e o que falta no empreendedor são características de administrador.

De uma forma geral, tais práticas gerenciais são ações adotadas após a abertura da empresa que permitem ao empreendedor aumentar a eficiência de seus processos produtivos e comerciais, e a eficácia de sua organização. Por exemplo, Thornhill e Amint (2003) observaram que as principais causas do fechamento das empresas canadenses em sua amostra foram associadas à falta de conhecimento de gestão e de competências em finanças. (ARTES et al, 2010).

Então, se faz necessário para sucesso de um empreendimento adquirir características administradoras como: planejar e organizar, não sendo assim irrelevantes a inovação e visão futurista empreendedora, mas sim um complemento profissional para viabilizar seu empreendimento, traçar uma estratégia e estar preparado para as mudanças de mercado.

(27)

3 PLANO DE NEGÓCIOS

O empreendedor é muito mais do que um indivíduo de visão e ideias inovadoras. O mesmo dever estar preparado para trilhar o caminho que deve percorrer, a fim de atingir seus objetivos, saber utilizar ferramentas, conhecer todas as características do mercado, estar comprometido às metas e planejar cada ação para alcance das mesmas. Logo será explorado a seguir o planejamento e sua importância enquanto ferramenta para aumentar a probabilidade de sobrevida dos empreendimentos.

Segundo a conclusão de Almeida (2005, p.13 apud SILVA, 2008):

As causas da alta mortalidade das empresas no Brasil estão fortemente relacionadas, em primeiro lugar, a falhas gerenciais na condução dos negócios, seguindo-se de causas econômicas conjunturais e tributação. As falhas gerenciais, por sua vez, podem ser relacionadas à falta de planejamento na abertura do negócio, levando o empresário a não avaliar previamente e de forma correta, dados importantes para o sucesso do empreendimento, como a existência de concorrência nas proximidades do ponto escolhido, a presença potencial de consumidores, dentre outros fatores.

A formação do empreendedor não inclui receitas infalíveis. Cada empreendedor desenvolve sua fórmula para sucesso. (SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS, 2002).

Só uma ideia revolucionária não é capaz de dar início a empresas de sucesso. Mas isso só ocorre quando o empreendedor por trás da ideia conhece o mercado onde está atuando, tem visão de negócio e sabe ser pragmático no momento adequado, identificando suas deficiências, protegendo sua ideia e conhecendo sua concorrência. (DORNELAS, 2008 p. 39).

Transformar uma ideia em um negócio é muito mais difícil, é preciso saber aonde se quer chegar e planejar como chegar lá. (SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS, 2002).

Bateman; Scott (1998 apud SILVA, 2008) e Maximiniano (2000) afirmam que o planejamento é o processo consciente e sistemático para administrar as decisões futuras, ou seja, planejar é definir os objetivos ou resultados a serem alcançados no futuro.

(28)

planejar suas atividades, dividindo-as em etapas e estipulando prazos definidos para o cumprimento e os cumprido. Um cronograma de atividades e custos, bem como registros financeiros bem atualizados são imprescindíveis para a tomada de decisão acertada.(FARAH et al, 2005 apud BANDEIRA, 2009).

Os fatores importantes de um planejamento são conhecimento, controle, acompanhamento dos dados financeiros da empresa e a capacidade de transmitir essas informações. Esses fatores reunidos em um só documento se transformam em um guia para empresa, chamado de plano de negócios e que é analisado a seguir.

3.1 Desenvolvimento de um Plano de Negócios.

É preciso que o empreendedor entenda como e por que as coisas acontecem, quais comportamentos e atitudes aumentam suas chances de sucesso e conhecer as ferramentas que vão lhe dar maior controle sobre os resultados. (SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS, 2002).

O empreendedor deve desenvolver a capacidade de distinguir entre ideia e oportunidade, atrás de uma oportunidade sempre existe uma ideia, mas apenas um estudo de viabilidade, que pode ser feito por meio do Plano de Negócios, indicará seu potencial de transformar-se em bom negócio. (DOLABELA, 2006, p. 62).

Cava et al (2011) e Dornelas (2008) afirmam que o Plano de Negócios é uma ferramenta de planejamento utilizada pelo empreendedor para avaliar oportunidades, estabelecer uma posição da empresa em relação aos objetivos estratégicos, planeja ações a serem tomadas, disponibiliza informações para agentes externos, traça estratégias, implementa e gerencia o novo negócio.

Para Bernadi (2007, p. 109) um Plano de negócios é um projeto específico, desenvolvido para produzir determinado resultado. Desenvolve-lo envolve cinco etapas distintas:

a) ideia e concepção do negócio; b) coleta, preparação de dados; c) análise de dados;

(29)

e) avaliação do plano.

De acordo com Pavani (2011, p.2) a oportunidade de pensar e consolidar em um único documento todas as questões que dizem respeito ao caminho da empresa garanteno seu processo:

a) a organização das ideias e propostas do conjunto das pessoas-chave envolvidas na condução da empresa (ou que iniciarão um novo empreendimento) para a visão, missão e objetivos da empresa, e não das pessoas que individualmente a compõem;

b) a organização da própria empresa, seja dos números que a refletem, seja das funções exercidas pelas pessoas;

c) a comunicação entre os sócios, principais gerentes, clientes, investidores, fornecedores e parceiros em geral. O fato de ser um documento único que reflete na íntegra a empresa garante um instrumento de comunicação eficiente entre os envolvidos na operação;

d) o comprometimento de todas as pessoas chave da empresa no caminho que se delineará para ela;

e) a existência de um instrumento de controle gerencial para acompanhamento, avaliação e controle das fases dos projetos da empresa;

f) a existência de um instrumento eficiente para a captação de recursos sejam financeiros, humanos ou de parcerias.

Almeida, Nogueira, (2011) e Pavani (1997), concordam que o projeto deve refletir a realidade, as perspectivas e estratégias da empresa e se referem a algumas questões que devem ser respondidas antes da elaboração do plano, como:

a) aonde se quer chegar? b) o que deverá ser vendido?

c) quais estratégias serão utilizadas? d) como conquistar mercado?

e) quais os fatores críticos de sucesso do negócio? f) quanto será gasto?

(30)

Essas perguntas devem levar o empreendedor a refletir em suas ações para criação do negócio, mas também é uma forma de pensar na estratégia que deverá ser colocada em prática. (ALMEIDA, NOGUEIRA, 2011).

Este documento deverá representar o empreendimento, logo sua estrutura deve ser adaptada à realidade de cada negócio, desde que exprima as ideias centrais, os objetivos, tenha uma sequencia lógica e de fácil leitura. (DORNELAS, 2008).

Segundo Dornelas (2008, p.79) “o plano de negócios é a parte fundamental do processo empreendedor. Empreendedores precisam saber planejar suas ações e delinear as estratégias da empresa a ser criada ou em crescimento”.

O principal usuário do plano de negócios é o próprio empreendedor, pois ele é uma ferramenta que o faz mergulhar profundamente na análise de seu negócio, diminuindo sua taxa de risco e subsidiando suas decisões, que podem até ser de não abrir uma empresa ou de não lançar um novo produto. O indivíduo que está motivado para realizar o seu sonho saberá desenvolver, segundo seu estilo pessoal, métodos para aprender o que for necessário para criação, desenvolvimento e a realização de seu sonho. (DOLABELA, 2006).

Estar comprometido com a empresa significa ter envolvimento pessoal para que ela mantenha sua qualidade, seus compromissos e continue sempre crescendo. Logo este documento deve ser elaborado pelo próprio empresário preparando com todo cuidado, trazendo dados claros, atualizados e precisos sobre a empresa. (SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS, 2002).

O plano deve ser modificado quando as metas forem alcançadas e os objetivos da empresa forem outros, de acordo com as mudanças no ambiente externo e nas políticas internas da empresa. (CAVA et al, 2011) O empreendedor deve estar sempre informado sobre as mudanças mercadológicas e atualizar seu planejamento, criando assim novas estratégias. “Ser um instrumento vivo é a condição necessária para a sua efetividade”. (PAVANI, 2011, p.04).

A existência de um Plano de Negócios possibilita a diminuição da probabilidade de

(31)

A estruturação do Plano de Negócios possibilita ao empreendedor conhecer o seu empreendimento e avaliar as variáveis do mercado que o influenciam. Este documento deve ser elaborado com muito empenho e dedicação pelo empresário. O próximo passo será a descrição da importância do plano para os empreendimentos e quais os fatores que o empreendedor deve refletir em seu planejamento.

3.2 Importância estratégica

Bernadi (2007) e Pavani (2011) concordam que o Plano de Negócios não garante o sucesso da empresa, no entanto, quando desenvolvido com boa qualidade possibilita o empreendedor usá-lo para atender as necessidades e metas, pois através da reflexão das mesmas, criam-se bases sólidas para o monitoramento do modelo e da estratégia de negócios. Realizando assim o desenvolvimento e crescimento da empresa de forma estruturada e controlada.

Para Faria (1997) há quatro motivos para se fazer um planejamento:

a) contrabalançar a incerteza e as modificações;

b) ficar focado nos objetivos;

c) facilitar o controle das ações;

d) assegurar um funcionamento econômico, razões que deixam atestadas as suas importâncias e necessidades.

Para estabelecer e cumprir metas é indispensável ver claramente o que se deseja e é necessária coleta de informações sobre o mercado, recursos e clientes alvos para estruturar o empreendimento e ter clareza para traçar objetivos e metas. O planejamento deve ser baseado em dados verídicos, para que assim os objetivos sejam fundamentados na realidade em que se encontra o empreendimento. É preciso que se entenda que desenvolver um plano de negócios é um trabalho específico que envolve decisões estratégicas em vários níveis e com finalidades bem definidas; portanto, como tal, deve ser encarado como um projeto. (BERNARDI, 2007).

(32)

perante as mutações do mercado consumidor, decisões essas que podem ser sobre investimento em estrutura ou marketing, layout do produto e tecnologia por exemplo. (PAVANI, 2011).

Montar uma empresa ou investir para melhorá-la implica em riscos. No entanto é fundamental calcular estes riscos para saber aonde, como e quando se deve arriscar para fazer o empreendimento prosperar. Aprender a correr riscos calculados significa avaliar as alternativas, reduzir os riscos e controlar os resultados. (SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS, 2002).

Então, de nada adianta a elaboração de um bom planejamento estratégico e independe de como seja o plano de negócios, se não houver um controle, um acompanhamento bem de perto, verificando se os resultados estão sendo os esperados ou se faz necessário uma mudança de estratégia. O plano de negócios é um trabalho constante de aprimoramento do negócio. (CAVA et al, 2011).

O empreendimento tende a prosperar quando o empresário lhe dedica tempo e estudo, para pensar nas possibilidades e oportunidades, além da estrutura básica e física (DORNELAS, 2008). Para Lemos et al (2007) a falta da prática de planejamento nas micro, pequenas e médias organizações brasileiras é um problema cultural, onde ainda impera entre os empresários, em face da necessidade latente dessa prática, o velho “jeitinho brasileiro” de fazer as coisas, ou seja, tentar chegar aos objetivos pulando etapas para acelerar o processo.É cultivada no Brasil a criatividade, mas desprezado a prática de recolher dados e a partir deles montar um plano para empresa. (SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS, 2002).

Existem na sociedade brasileira organizações para auxilio e incentivo ao empreendedorismo, onde se busca capacitar o empreendedor e prepara-lo para gerir um negócio. Uma delas é o SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas) que será explorado na próxima seção.

3.3 SEBRAE – Entidade de capacitação profissionalizante.

(33)

O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE – é a principal entidade que apoia os empreendedores brasileiros. Foi criado por lei de iniciativa do Poder Executivo, mas é predominantemente administrado pela iniciativa privada. A instituição é resultante de uma decisão política, que atende aos anseios dos empresários e do Estado, que se associaram para criá-la e cooperam na busca de objetos comuns. Sua criação ocorreu em 1990 pelas Leis 8.029 e 8.154, sendo regulamentado no mesmo ano pelo Decreto nº 99.570.(DORNELAS, 2008, p.186).

O SEBRAE Tem por missão promover a competitividade e o desenvolvimento sustentável dos empreendimentos de micro e pequeno porte. Por meio de parcerias com os setores públicos e privados, o SEBRAE promove programas de capacitação, estímulo ao associativismo, desenvolvimento territorial e acesso a mercados, trabalha na redução da carga tributária e da burocracia para facilitar à abertura de mercados a ampliação de acesso ao crédito, à tecnologia e à inovação das micro e pequenas empresas. (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, 2012).

Para elaborar o Plano de negócios, exigem-se conhecimentos sobre o setor do negócio e o contexto mercadológico, bem como percepção gerencial e habilidade para lidar com assuntos técnicos e legais, em diversas áreas. (DOLABELA, 2006, p.78). Alguns empreendedores não têm conhecimento adequado para elaborar um plano, em sua maioria são micro e pequenos empreendedores que necessitam de conceitos básicos de planejamento. Várias pesquisas realizadas pelo SEBRAE–SP anualmente revelam que o principal fator de mortalidade das empresas nacionais é a falta de planejamento, seguido de deficiências de gestão, políticas de apoio insuficientes, conjuntura econômica e fatores pessoais. (DORNELAS, 2008).

Há necessidade de se adotar uma estratégia global e de uma mudança de atitudes que se insemine profundamente na empresa, preparando-a para atingir seus objetivos, porém dentro de um contexto moderno. A quantidade e a velocidade das mudanças na atualidade e as profundas transformações nos ambientes, social, cultural e empresarial, com padrões indefinidos, mostram a necessidade de buscar caminhos e alternativas na forma de planejar, organizar e operacionalizar uma empresa. (BERNARDI, 2007, p.39)

Muitos empreendedores diante do desafio de começar um negócio procuram o SEBRAE, com a finalidade de obter aconselhamento nos processos de abertura, planejamento do empreendimento e na resolução de pequenos problemas (BARBOSA et al, 2006).

(34)

¹ Informação fornecida pelo consultor do SEBRAE, na palestra Portas Abertas, realizada no SEBRAE – CE, em Fortaleza, em março de 2013.

empreendimento (informação verbal)¹. Essa palestra faz parte do PRÓPRIO (Programa de orientação ao Candidato a Empresário) que tem o objetivo de oferecer a orientação necessária para tomadas de decisões e abertura de empresas. De acordo com Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas o programa é composto de cinco passos:

a) portas abertas;

Explicação sobre o programa, especificando os passos a serem seguidos, ressaltando os significados de empreendedorismo e o que é ser um empreendedor, além de destacar a importância do planejamento para o sucesso do empreendimento.

É o momento em que o empreendedor descobre como plantar a semente da sua empresa em solo fértil.

b) despertando o empresário;

Consultoria coletiva com duração de quatro horas, considerada o primeiro módulo do programa. São exploradas as características do empreendedor, conscientizando e identificando- as para os participantes.

Este módulo demonstra que a empresa dependerá muito das atitudes e talentos do empreendedor para o sucesso do negócio.

c) coletando informações;

No segundo módulo, com duração de quatro horas, a meta é conectar o empresário com as informações necessárias para um bom empreendimento. Como noções de mercado, público alvo e ponto.

O empresário irá construir um roteiro de coleta de informações que irão ajudar a planejar o negócio.

d) conhecendo o seu negócio;

Com duração também de quatro horas é realizado coletivamente e orienta a montagem do documento guia de planejamento, com base nas informações coletadas no módulo anterior.

Neste módulo o empreendedor é orientado na organização das informações coletadas e, a partir daí, poderá traçar um rumo mais claro para o futuro da empresa, elaborando um Plano de Negócios.

(35)

¹ Informação fornecida pelo consultor do SEBRAE, na palestra Portas Abertas, realizada no SEBRAE – CE, em Fortaleza, em março de 2013.

É o último módulo, tem a duração de três horas, onde o participante é orientado individualmente por um consultor que utilizando as informações organizadas no módulo Conhecendo seu Negócio, irá ajudar a analisar a viabilidade do Plano de Negócios.

A partir do segundo módulo é cobrado dos participantes um estudo e aprofundamento dos conhecimentos na área e no mercado em que o empreendimento está sendo criado, exigindo informações necessárias para o planejamento do empreendimento. Há uma grande evasão do programa neste ponto, refletindo o desinteresse e falta de empenho do empresário para com o planejamento (informação verbal)¹.

Normalmente, até pelas próprias circunstâncias e características típicas das empresas brasileiras, notadamente nas pequenas e médias empresas, o tempo dedicado ao planejamento é insuficiente, dado o envolvimento do empreendedor em todos os assuntos da empresa. Principalmente nos estágios iniciais, as atividades resumem-se basicamente na solução de crises quotidianas, pelas vulnerabilidades típicas, pela conjuntura e até pelas origens do empresário. (BERNARDI, 2007, p.05).

“Se aconselha aos empreendedores é a capacitação gerencial contínua, a aplicação dos conceitos teóricos para que adquiram a experiência necessária, e a disciplina no planejamento periódico das ações que devem ser implementadas na empresa.” (DORNELAS, 2008, p. 81).

O capital humano de um indivíduo é formado por seus investimentos em melhorar sua habilidade, produtividade e seu estoque de conhecimento adquirido ao longo do tempo (grau de escolaridade e treinamentos realizados). Este capital tem um efeito fundamental de proporcionar maior domínio do negócio e todos os requisitos técnicos e comerciais para executar as atividades da melhor forma possível. (ARTES, 2010).

Para maior clareza do comportamento do empreendedor cearense diante dos incentivos e capacitação de planejamento foi realizada uma pesquisa com os participantes do

(36)

4 METODOLOGIA DE PESQUISA

Esta pesquisa se deu a partir do método de caráter exploratório-descritivo. Salienta-se que as pesquisas exploratórias são aquelas que têm por objetivo explicitar e proporcionar maior entendimento de um determinado problema. Nesse tipo de pesquisa, o pesquisador procura um maior conhecimento sobre o tema em estudo. (GIL, 2008)

Destaca-se que a pesquisa descritiva, quanto aos fins, expõe características de determinada população ou fenômeno. Neste trabalho, trata-se de uma pesquisa que busca expor as dificuldades dos empreendedores, que receberam a orientação do programa POPRIO, em relação à elaboração e estruturação de um Plano de Negócios. Não tem compromisso de explicar os fenômenos que descreve, embora sirva de base para algumas explicações e levantamento de hipóteses. (VERGARA, 2000)

Foi escolhido como instrumento de pesquisa um questionário (Apêndice A), que é um documento composto por uma série de perguntas e escalas, usadas para coletar dados primários. Perguntas abertas permitem que os respondentes usem suas próprias palavras ao responder, sem fornecer uma lista predeterminada de respostas para auxiliar ou limitar suas respostas. Já as perguntas fechadas exigem que os respondentes escolham a partir de um conjunto de respostas ou pontos de escala predeterminados. (BUSH et al, 2010).

Logo para esta pesquisa utilizou-se um questionário com perguntas abertas e fechadas para obter as informações sobre a utilização do Plano de Negócios como ferramenta gerencial dos empreendedores, com aplicação desse tipo de questionário pode-se obter respostas livres e ao mesmo tempo ponderar as perguntas ao foco principal do assunto.

Tabela 03 - Elaboração do questionário relacionado aos conceitos bibliográficos- contínua:

Conceitos da revisão bibliográfica Perguntas do questionário

A identificação do perfil do empreendedor

1- Sexo 2- Idade

3- Nível educacional

4- Qual das faixas de renda familiar se aproxima mais da sua renda familiar mensal?

5- Qual a área de atuação da sua empresa?

(37)

Tabela 03 - Elaboração do questionário relacionado aos conceitos bibliográficos- continuação:

Conceitos da revisão bibliográfica Perguntas do questionário

A identificação do perfil do empreendedor

7- De uma forma geral, como avalia hoje o seu negócio?

8- Este é seu primeiro empreendimento?

9- Qual outro empreendimento já teve?

10-O que o motivou a se tornar um empreendedor

A relação e a importância dada pelo empreendedor ao planejamento

11-Como foi o processo de montar o negócio? No início, do que sentiu falta?

12-Após a experiência acumulada, o que diria que é necessário saber/ fazer ao implantar um negócio? 13-Como lhe disse, eu cheguei até

você por causa do SEBRAE. Em

que momento procurou o

SEBRAE? O processo utilizado pelo empreendedor para

estruturação do Plano de Negócios:

O principal usuário do plano é o empreendedor que deve estar envolvido, comprometido e motivado para o crescimento da empresa. O Plano de Negócios faz com que o empresário mergulhe profundamente na análise de seu negócio. (DOLABELA, 2006) De acordo com Bernadi (2007) seu desenvolvimento envolve:

a) ideia e concepção do negócio; b) coleta e preparação de dados; c) análise de dados;

d) montagem do plano; e) avaliação do plano.

14- Já tinha feito um plano de negócios antes de procurar o SEBRAE? 15-De uma forma geral como avalia o

serviço do SEBRAE em relação à orientação da estruturação do Plano de Negócios?

16-Quando completou a estruturação do Plano de Negócios?

17-Para a coleta de dados foram utilizadas que fontes?

18-Além da consultoria foi utilizado

algum outro apoio para

estruturação do Plano de Negócios? Se sim, quais foram eles?

19-Quanto tempo por dia você dedicou, fora da consultoria para a coleta de dados e estruturação do Plano de Negócios?

O estabelecimento das metas:

Empreendedores precisam saber planejar suas ações e delinear estratégias da empresa. O Plano de negócios ajuda a estabelecer uma posição em relação aos objetivos estratégicos. (CAVA et al, 2011; DORNELAS, 2008).

20-Como foi o processo de estabelecimento das metas do empreendimento?

21-As metas traçadas foram alcançadas?

(38)

Tabela 03 - Elaboração do questionário relacionado aos conceitos bibliográficos- conclusão:

Conceitos da revisão bibliográfica Perguntas do questionário

Comportamento do empreendedor diante do plano e sua funcionalidade e as dificuldades enfrentadas em todo o processo de elaboração e implementação:

O Plano de Negócios deve ser modificado quando as metas forem alcançadas de acordo com as mudanças internas e de mercado. (CAVA et al, 2011). A existência do plano possibilita a diminuição da probabilidade de morte precoce das empresas, ensinando o empresário a correr riscos calculados, ou seja, avaliar as alternativas, reduzir riscos e controlar resultados. (PAVANI, 2011)

23- Quanto por cento do plano você conseguiu implantar?

24 - Se você conseguiu implantar, de que forma usa o plano no seu dia a dia?

25 - O que teria facilitado à implantação do Plano de Negócios? 26 - De uma forma geral quão satisfeito

você está em relação à

funcionalidade do Plano de Negócios?

27 - Após a realização do plano, quais dificuldades você diria que foram enfrentadas? Por quê?

28 - O plano de negócios foi revisado? 29 - Foi utilizado algum tipo de

consultoria para revisão?

30 - Qual o motivo que levou o plano de negócios a não ser revisado?

Fonte: Elaborado pela autora

A técnica de pesquisa do tipo entrevista estruturada, de acordo com Andrade (1995), consiste em uma técnica de observação direta intensiva e apresenta algumas vantagens sobre as demais técnicas, pela possibilidade de ser utilizada com pessoas de todos os segmentos sociais. O entrevistador pode repetir ou esclarecer a pergunta, formulando-a de maneira diferente; oferece oportunidade de se obter informações precisas e de se observar atitudes, gestos e reações.

O questionário foi aplicado com um determinado número de entrevistados, com algumas características em comum este grupo será explorado a seguir.

4.1 Amostra

(39)

Assim, foi considerado Universo para este estudo o total de empreendedores de pequeno porte, que passaram pela experiência de elaborar um plano de negócios.

Para identificar pequenos empreendedores que atendessem ao perfil procurado, recorreu-se ao SEBRAE, que a partir do programa PROPRIO tem um banco de dados com empreendedores que passaram pela experiência de elaborar um Plano de Negócios.

Ao entrar em contato com o SEBRAE se fez necessário um ofício expedido pela UFC (Universidade Federal do Ceará), onde esclarecia a necessidade e o objetivo da utilização dos dados dos empreendedores participantes do programa para este estudo. Essa solicitação foi atendida pela entidade que forneceu prontamente as informações cadastrais: nome completo, telefone e e-mail de 48 (quarenta e oito) empreendedores.

Esses quarenta e oito empreendedores estavam divididos em três turmas do programa PROPRIO, que haviam concluído a capacitação em dezembro de 2010, dezembro de 2012 e fevereiro de 2013. Foram contatados todos empreendedores por e-mail e telefone, obtendo 30 (trinta) respostas positivas para a participação da pesquisa. Assim, a amostra final foi constituída por 30 respondentes.

As entrevistas foram realizadas de formapresencial entre os dias 24 de maio e 05 de junho de 2013. Os locais das entrevistas se deram em sua maioria nas residências e empreendimentos dos empresários, conforme disponibilidade de tempo dos mesmos.

Com os dados obtidos foi possível fazer uma análise para chegar ao objetivo deste estudo, que é saber as condições necessárias para que o empreendedor seja capaz, apenas com a orientação sobre estruturação, formulação e implantação de um plano de negócios, de chegar aos objetivos nele descritos, ou seja, o sucesso do planejamento. Esta análise será descrita a seguir.

4.2 Análise dos resultados

Inicialmente foi traçado o perfil sócio demográfico dos entrevistados. Os empreendedores cearenses entrevistados são em sua maioria do sexo feminino, sendo 20 (vinte) mulheres que equivalem a 67% da amostra.

(40)

Sexo Total %

Feminino 20 67

Masculino 10 33

Total 30 100

Fonte: Dados da pesquisa

Levantamentos realizados anualmente pelo IBGE, com base na Pesquisa Mensal de Emprego, constatam que as mulheres recebem em média 30% menos do que os homens. Isto, aliado ao fato de que as mulheres possuem mais anos de estudo do que os homens acaba se refletindo no aumento do índice do empreendedorismo feminino e na percepção, por parte da mulher, de que o empreendedorismo pode ser uma opção de carreira interessante para elas. (ANDREASSI et al, 2011).

Dos empresários entrevistados cerca de 54 %%, ou seja, 16 empreendedores estão na faixa etária de 25 aos 34 anos de idade, como pode ser observado na Tabela 05.

Tabela 05 – Idade:

Idade Total %

25 – 34 anos 16 54

35 – 44 anos 7 23

45 – 54 anos 1 3

55 – 64 anos 6 20

Total 30 100

Fonte: Dados da pesquisa

Neste estudo a população com educação superior incompleta e completa é de 7 e 10, respectivamente, aproximadamente 56%, e a parcela com educação fundamental e média é de aproximadamente 44%, conforme Tabela 06.

Tabela 06 – Escolaridade:

Escolaridade Total %

Ensino fundamental completo 3 10

Ensino médio completo 10 33

Ensino superior incompleto 7 23

Ensino superior completo 10 33

Total 30 100

Fonte: Dados da pesquisa.

Dentre os 17 entrevistados com ensino superior incompleto e completo foi possível identificar os cursos realizados, sendo relacionados na Tabela 07.

Tabela 07 – Cursos de ensino superior - contínua:

Cursos de Ensino Superior Incompleto Superior Superior completo

Administração 2

(41)

Tabela 07 – Cursos de ensino superior - conclusão:

Cursos de Ensino Superior Superior

Incompleto Superior completo

Direito 1

Educação Física 2 2

Gestão 1 3

Enfermagem 1

Farmácia 1

Letras 1

Pedagogia 1

Química 1

Total 7 10

Fonte: Dados da pesquisa

47% dos empresários afirmam ter renda familiar entre um e dois salários mínimos, ou seja, 14 entrevistados. O resto declarou uma renda superior a 3 salários mínimos. Tabela 08 – Renda Familiar:

Qual das faixas de renda familiar se aproxima mais da sua renda familiar

mensal? Total %

Entre R$678,00 a R$1.356,00 14 47

Entre R$1.357,00 a R$2.034,00 12 41

Entre R$2.035,00 a R$2.712,00 1 3

Entre R$2.713,00 e R$6.780,00 1 3

Entre R$6.780,00 e R$13.560,00 1 3

Acima de R$13.561,00 1 3

Total 30 100

Fonte: Dados da pesquisa

Assim pode-se inferir que os empreendedores entrevistados são jovens, 25 aos 34 anos, do sexo feminino com renda familiar entre um e dois salários mínimos.

A seguir são descritos os dados do perfil empreendedor, a começar pela área de negócios. Aproximadamente 34% dos entrevistados não estão ligados as principais atividades relatadas nas pesquisas realizadas pelo GEM e IBGE; eles descrevem atividades mais especializadas. Enquanto o restante está concentrado na área de comércio varejista de produtos alimentícios, cabeleireiros e tratamento de estética, conforme Tabela 09.

Tabela 09 - Área de negócio - contínua:

Qual a área de atuação da sua empresa? Total %

Cabeleireiros e tratamento de estética 6 20

Comércio varejista de produtos alimentícios 4 13

Comércio de artigos de vestuário e complemento 4 13

Lanchonete e similares 3 10

Perfumaria e cosméticos 2 7

Imagem

Tabela 01 - Empreendedores segundo o estágio do empreendimento – Brasil  – Comparativo 2005-2008-2011
Tabela 03 - Elaboração do questionário relacionado aos conceitos bibliográficos- contínua:
Tabela 03 - Elaboração do questionário relacionado aos conceitos bibliográficos- continuação:
Tabela 03 - Elaboração do questionário relacionado aos conceitos bibliográficos- conclusão:
+7

Referências

Documentos relacionados

(grifos nossos). b) Em observância ao princípio da impessoalidade, a Administração não pode atuar com vistas a prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas, vez que é

nesta nossa modesta obra O sonho e os sonhos analisa- mos o sono e sua importância para o corpo e sobretudo para a alma que, nas horas de repouso da matéria, liberta-se parcialmente

TABELA 7 – Produção de massa fresca e seca das plantas de almeirão, cultivadas sob três e quatro linhas por canteiro, em cultivo solteiro e consorciado, na

No entanto, maiores lucros com publicidade e um crescimento no uso da plataforma em smartphones e tablets não serão suficientes para o mercado se a maior rede social do mundo

Frondes fasciculadas, não adpressas ao substrato, levemente dimórficas; as estéreis com 16-27 cm de comprimento e 9,0-12 cm de largura; pecíolo com 6,0-10,0 cm de

No final, os EUA viram a maioria das questões que tinham de ser resolvidas no sentido da criação de um tribunal que lhe fosse aceitável serem estabelecidas em sentido oposto, pelo

Taking into account the theoretical framework we have presented as relevant for understanding the organization, expression and social impact of these civic movements, grounded on

A trajetória histórica humana enfrentou uma longa caminhada, repleta de lutas, desigualdades e conflitos presentes em diversos setores sociais, para moldar e construir a