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Plano de négocio para empresa Espaço Presentes e Decorações

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Academic year: 2021

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Unijuí - Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

Dacec - Departamento De Ciências Administrativas, Contábeis, Econômicas e da Comunicação

Curso de Administração

PLANO DE NEGÓCIO PARA EMPRESA ESPAÇO

PRESENTES E DECORAÇÕES

Trabalho de Conclusão de Curso

ANGÉLICA LARISSA ANESI SANCANDI

Orientador: Prof. Remi Antônio Dama

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AGRADECIMENTOS

Antes de apresentar este trabalho devo ressaltar minha terna gratidão a todos aqueles que colaboraram para que este sonho pudesse ser concretizado, especialmente sou grata a Deus pelo dom da vida, e a toda minha família que sempre estiveram presentes, ainda que à distância.

Agradeço aos meus pais e meu irmão Roberto Junior, meus maiores exemplos. Obrigada por cada incentivo e orientação, pelas orações em meu favor, pela preocupação para que estivesse sempre andando pelo caminho correto.

Aos meus colegas de faculdade, em especial a Francieli Gelatti, pelo carinho, compreensão, paciência, enfim obrigada por todos os momentos que vivemos no decorrer desses anos de estudo, pelo sorriso, pelo abraço, pela mão sempre estendida, em vocês encontrei verdadeiros irmãos. Ao meu namorado, Neimar, por todo amor, carinho, paciência e compreensão que tem me dedicado até nos momentos em que estive ausente.

Ao professor Remi Antonio Dama que, com muita paciência e atenção, dedicou do seu valioso tempo para me orientar em cada passo deste trabalho. Aos demais professores pela contribuição na minha vida acadêmica e por tanta influência na minha futura vida profissional.

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RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo principal, verificar a viabilidade de instalação de uma empresa denominada Espaço Presentes e Decorações no município de Augusto Pestana – RS mediante a elaboração de um plano de negócios. A bibliografia apresentada abordou a definição de negócio, empreendedorismo, plano de negócios, estrutura do plano de negócios, entre outros conceitos referentes ao trabalho. No que se refere à metodologia, este estudo classificou-se como pesquisa de natureza aplicada, quanto à abordagem, quantitativa e qualitativa, do ponto de vista dos objetivos como exploratória, e quanto aos procedimentos técnicos como pesquisa de campo, documental e estudo de caso. Para a identificação e análise da situação, foi realizada uma pesquisa de mercado com possíveis clientes durante o mês de agosto/2012. Após a realização da pesquisa e analisando os dados de acordo com cada etapa do plano verifica-se a viabilidade do negócio proposto, considerando um lucro líquido anual de R$ 51.461,50, tem-se um índice de lucratividade de 43,21%, de rentabilidade 6,13%, prazo de retorno do investimento é de 16,3 meses, o valor presente líquido é positivo gerando um adicional de R$ 138.603,33 e TIR de 81,69%.

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SUMÁRIO RESUMO ... 02 LISTA DE QUADROS ... 07 LISTA DE FIGURAS ... 08 LISTA DE GRÁFICOS ... 09 INTRODUÇÃO ... 10 1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ... 11 1.1 Apresentação do Tema ... 11 1.2 Questão de Estudo ... 12 1.3 Objetivos ... 12 1.4 Justificativa ... 12 2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 14 2.1 Ramo de Negócio ... 14

2.1.1 Empresa de Prestação de Serviço ... 15

2.1.2 Empresa de Varejo ... 16 2.1.3 Empresa Distribuidora ... 17 2.1.4 Empresa Industrial ... 17 2.1.5 Empresa Mista ... 18 2.2 Empreendedorismo ... 19 2.3 Empreendedor ... 20 2.4 Plano de Negócio ... 25

2.4.1 Estrutura do Plano de Negócio ... 27

2.5 Etapas do Plano de Negócio ... 28

(5)

2.5.2 Sumário ... 29 2.5.3 Sumário Executivo ... 29 2.5.4 Descrição da Empresa ... 30 2.5.4.1 Equipe Gerencial ... 31 2.5.4.2 Estrutura Legal ... 32 2.5.4.3 Localização e Infraestrutura ... 34 2.5.4.4 Manutenção de Registros ... 35 2.5.4.5 Terceiros... 35 2.5.4.6 Parceiros Estratégicos ... 36 2.5.5 Análise de Mercado ... 36 2.5.5.1 Setor ... 37 2.5.5.2 Segmento de Mercado ... 37 2.5.5.3 Mercado Concorrente ... 38 2.5.5.4 Mercado Fornecedor ... 39 2.5.6 Produtos e Serviços ... 39 2.5.6.1 Produto/Serviço ... 40

2.5.6.2 Ciclo de Vida do Produto ... 41

2.5.6.3 Matriz BCG ... 42 2.5.6.4 Tecnologia ... 44 2.5.7 Análise Estratégica ... 44 2.5.7.1 Missão ... 45 2.5.7.2 Visão ... 46 2.5.7.3 Ambiente Externo ... 46 2.5.7.4 Ambiente Interno ... 47 2.5.7.5 Análise SWOT ... 48 2.5.7.6 Metas e Objetivos ... 48 2.5.7.7 Definição da Estratégia ... 49 2.5.8 Plano de Marketing ... 50 2.5.8.1 Produto/Posicionamento... 51 2.5.8.2 Preço ... 52 2.5.8.3 Praça/Canais de Distribuição ... 53 2.5.8.4 Promoção/Propaganda ... 53 2.5.9 Plano Financeiro... 54 2.5.9.1 Investimentos ... 54

(6)

2.5.9.2 Financiamentos ... 55

2.5.9.3 Depreciação ... 55

2.5.9.4 Custos e Receitas ... 56

2.5.9.5 Demonstração de Resultados ... 57

2.5.9.6 Ponto de Equilíbrio ... 59

2.5.9.7 Técnicas de Análise de Investimentos ... 59

2.5.10 Anexos ... 62

3 METODOLOGIA ... 63

3.1 Classificação da Pesquisa ... 63

3.2 Sujeitos da Pesquisa e Universo Amostral ... 64

3.3 Coleta de Dados ... 66

3.4 Análise e Interpretação dos Dados ... 66

4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ... 68

4.1 Capa ... 68 4.2 Sumário ... 68 4.3 Sumário Executivo ... 69 4.4 Descrição da Empresa ... 69 4.4.1 Equipe Gerencial ... 69 4.4.2 Estrutura Legal ... 70 4.4.3 Localização ... 71 4.4.4 Manutenção de Registros ... 72 4.4.5 Terceiros ... 73 4.4.6 Parceiros Estratégicos ... 73 4.5 Análise de Mercado ... 73 4.5.1 Setor ... 73 4.5.2 Segmento de Mercado ... 74 4.5.3 Mercado Concorrente ... 87 4.5.4 Mercado Fornecedor ... 89 4.6 Produtos ... 90 4.6.1 Linha Cozinha ... 90

4.6.2 Peças Decorativas de Ambientes ... 92

(7)

4.6.4 Bolsas e Acessórios ... 95

4.6.5 Ciclo de Vida do Produto ... 95

4.6.6 Matriz BCG ... 96

4.6.7 Tecnologia ... 97

4.7 Análise Estratégica ... 98

4.7.1 Missão ... 98

4.7.2 Visão ... 98

4.7.3 Ambiente Externo e Interno ... 98

4.7.4 Metas e Objetivos ... 100 4.7.5 Definição da Estratégia ... 100 4.8 Plano de Marketing ... 101 4.8.1 Produto/Posicionamento ... 101 4.8.2 Preço ... 101 4.8.3 Praça ... 102 4.8.4 Propaganda ... 102 4.9 Plano Financeiro ... 103 4.9.1 Investimentos ... 103 4.9.2 Financiamentos ... 107 4.9.3 Depreciação ... 107 4.9.4 Projeção de Receitas ... 109 4.9.5 Impostos ... 109 4.9.6 Custos Fixos ... 111

4.9.7 Demonstrativo de Resultado do Exercício ... 112

4.9.8 Ponto de Equilíbrio ... 113

4.9.9 Análise Econômica do Negócio ... 114

CONCLUSÃO ... 118

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 120

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Modelo de Demonstração de Resultados do Exercício ... 58

Quadro 2 - Classificação dos concorrentes ... 88

Quadro 3 - Classificação de fornecedores ... 89

Quadro 4 - Investimentos Pré-operacionais ... 104

Quadro 5 - Investimentos Fixos ... 105

Quadro 6 - Investimento em capital de giro ... 106

Quadro 7 - Investimento inicial total ... 106

Quadro 8 - Estimativa de duração média ... 107

Quadro 9 - Depreciação, Manutenção e Seguro ... 108

Quadro 10 - Projeção de Receitas ... 109

Quadro 11 - Impostos ... 110

Quadro 12 - Partilha do Simples Nacional Comércio ... 110

Quadro 13 - Custos Fixos ... 111

Quadro 14 - Demonstrativo de Resultado do Exercício ... 112

Quadro 15 - Ponto de Equilíbrio ... 114

Quadro 16 - Lucratividade ... 114

Quadro 17 - Rentabilidade ... 115

Quadro 18 - Prazo Retorno do Investimento – Paybak ... 115

Quadro 19 - VAL – Valor Atual Líquido ... 116

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Estrutura do Plano de Negócio Adaptado ... 28

Figura 2 - Níveis de caracterização do produto ... 41

Figura 3 - Estágio do ciclo de vida dos produtos ... 42

Figura 4 - Matriz BCG ... 43

Figura 5 - O Processo de Planejamento Estratégico do Negócio... 45

Figura 6 - Análise SWOT ... 48

Figura 7 - Mix de Marketing ... 51

Figura 8 - Estrutura do Plano de Negócio Adaptado ... 68

Figura 9 - Organograma ... 70

Figura 10 - Localização Espaço Presentes e Decorações ... 71

Figura 11 - Imagem externa Espaço Presentes e Decorações ... 72

Figura 12 - Imagem produtos linha cozinha ... 91

Figura 13 - Imagem produtos linha decoração cozinha ... 91

Figura 14 - Imagem produtos linha decoração de ambientes ... 92

Figura 15 - Imagem produtos linha decoração de ambientes ... 93

Figura 16 - Imagem produtos linha brinquedos ... 94

Figura 17 - Imagem produtos linha bolsas e acessório ... 95

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Sexo ... 74

Gráfico 2 - Idade ... 75

Gráfico 3 - Renda mensal ... 75

Gráfico 4 - Nível de instrução ... 76

Gráfico 5 - Local de compra de presente ... 77

Gráfico 6 - Local de compra de artigos decorativos para a casa, brinquedos, utensílios de cozinha, bolsas e acessórios ... 78

Gráfico 7 - Fator relevante nas compras ... 79

Gráfico 8 - Fator que influencia na decisão de compra ... 80

Gráfico 9 - Fidelidade do consumidor ... 81

Gráfico 10 - Freqüência de compra ... 82

Gráfico 11 - Valor utilizado na aquisição destes produtos ... 82

Gráfico 12 - Atendimento das empresas neste ramo em Augusto Pestana ... 83

Gráfico 13 - Diferencial para empresa neste ramo ... 84

Gráfico 14 - Meios de comunicação mais acessados ... 85

Gráfico 15 - Fator que mais chama atenção em uma propaganda ... 86

Gráfico 16 - Viabilidade de uma loja de presentes e decorações no município de Augusto Pestana/RS ... 87

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho de conclusão de curso teve a finalidade de elaborar um plano de negócios no ramo de comércio, sendo denominada a empresa Espaço Presentes e Decorações situada no município de Augusto Pestana/RS, onde a partir de dados coletados foi realizada uma análise da viabilidade econômica e financeira da mesma.

Empreender requer muita dedicação e responsabilidade, por isso antes de por em prática uma idéia deve-se verificar se esta é realmente uma oportunidade, sendo assim surge à necessidade da realização do plano de negócios, juntamente com o plano estratégico.

O sucesso de qualquer negócio depende das decisões tomadas pelo empreendedor antes de iniciar seu empreendimento, pois as micro e pequenas empresas representam um número expressivo ingressando no mercado e um número significativo também fechando, por isso há a necessidade de planejar antes de ingressar no mercado.

O plano de negócios apresenta informações necessárias para embasar qualquer processo decisório, medidas corretivas se necessárias ou alteração de objetivos de forma antecipada, minimizando o risco de perdas financeiras.

O primeiro capítulo do trabalho trata da contextualização do estudo, que engloba a apresentação do tema, a questão de estudo, definição dos objetivos e a justificativa, já num segundo momento é exposto o referencial teórico, contemplando os temas: Ramo de Negócio, Empreendedorismo, Empreendedor, Plano de Negócios, Etapas do Plano de Negócios e no capítulo seguinte apresenta-se a metodologia da pesquisa, a qual revela a classificação do tipo de estudo realizado, o universo amostral, o sujeito de pesquisa, a coleta de dados e a análise e interpretação dos dados.

Por fim o capítulo 4 trata da análise e interpretação dos dados coletados, onde o lucro líquido anual da empresa é de R$ 51.461,50, tem-se um índice de lucratividade de 43,21%, de rentabilidade 6,13%, prazo de retorno do investimento é de 16,3 meses, o valor presente líquido é positivo gerando um adicional de R$ 138.603,33 e TIR de 81,69%, provando a viabilidade do negócio.

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1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO

Este estudo em seu primeiro capítulo apresenta os elementos envolvidos na pesquisa, que compreendem a apresentação do tema, a questão de estudo, ou seja, o problema, e conseqüentemente traz os objetivos, geral e específico da pesquisa, finalizando o capítulo com as razões de ser do estudo, a justificativa.

1.1 Apresentação do Tema

Para iniciar um empreendimento sabe-se que é fundamental a elaboração de um plano de negócios que possa demonstrar ao empreendedor as muitas variáveis que constituem o universo da criação de uma empresa, permitindo planejar-se antes de constituir uma atividade empresária. Partindo desta conjuntura o presente trabalho trata da elaboração de um plano de negócios para uma empresa do ramo de comércio, onde são analisados dados e após tem-se o diagnóstico da viabilidade do negócio.

Analisar a viabilidade de um negócio antes da implantação diminui a possibilidade de erro, assim o administrador pode ter conhecimento de como estará estruturada a empresa, verificando os custos e receitas que irão ser incorporados no decorrer do ciclo de vida da mesma, sendo assim a possibilidade de acerto na tomada de decisão é significativamente maior. Portanto, para enfrentar os desafios e garantir espaço no mercado, é fundamental que o empreendedor além de buscar o maior número de informações possíveis adote uma estratégia que associe qualidade e preços competitivos. Por melhor e mais preciso que seja um planejamento, nenhum negócio estará a salvo de riscos. O empreendedor deverá estar sempre observando as constantes mudanças que ocorrem no mercado, e estabelecendo novas políticas para se manter competitivo. A determinação, criatividade e perseverança em conjunto aos seus objetivos são fatores fundamentais para o desenvolvimento e sucesso de uma organização.

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1.2 Questão de Estudo

Um novo empreendimento passa pelo planejamento de sua implantação, mesmo que este não esteja formalizado. É interessante antes de abrir uma empresa identificar as oportunidades e ameaças, assim como também o investimento necessário e o risco a ser assumido a partir deste, o risco há em todo empreendimento, depende muito do empreendedor saber administrá-lo.

Pode-se diminuir muito os riscos advindos de uma nova idéia através de um planejamento e análise da viabilidade, com base nessa perspectiva o trabalho busca responder a seguinte questão problema: Existe viabilidade para a implantação de uma loja de presentes no município de Augusto Pestana/RS?

1.3 Objetivos

O objetivo geral do estudo é elaborar um plano de negócios para verificar a viabilidade da empresa Espaço Presentes e Decorações.

Os objetivos específicos são:

 Conhecer os produtos a serem ofertados pela empresa.

 Analisar o mercado de atuação da empresa.

 Analisar a viabilidade econômica financeira do empreendimento.

 Projetar custos e receitas.

 Montar uma estrutura para a empresa.

1.4 Justificativa

As idéias podem ser ou vir a serem oportunidades, depende do olhar de cada indivíduo, compete ao empreendedor perceber estas oportunidades oferecidas pelo mercado, reunindo condições propicias para a realização de um negócio. Por meio de um plano de negócio é possível identificar as melhores condições para implementar um bom negócio, assim como também aprimorar um já existente.

A escolha pela criação do plano de negócios da empresa já mencionada se deu pelo fato da proponente ter interesse em empreender neste ramo no município, cuja empresa terá uma sócia, sendo ela Clarice Anesi Sancandi, mãe da

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proponente. A elaboração deste estudo é de grande valia, pois como já se tinha idéia de empreender surgiu a oportunidade de estudar se esta idéia realmente é viável.

Há uma variedade de questões que devem ser apuradas para investir em um empreendimento, a elaboração de um plano de negócios é uma ferramenta importante, que permite avaliar os riscos e vantagens advindas desse investimento que possa ou não ser promissor, o que desperta certa curiosidade, pois como futura administradora tenho o conhecimento da importância de ter um plano de negócios em mãos para auxiliar na gestão da organização, é o meio que proporciona o primeiro passo para o sucesso.

Como acadêmica do curso de Administração vale ressaltar que este é o momento de aperfeiçoamento de tudo o que foi exposto pelos professores até aqui, colocando em prática os conhecimentos adquiridos, desta forma contribuindo para a gestão da empresa pertencente então a família.

Para a instituição de ensino e para os alunos do curso de Administração este trabalho de conclusão de curso fica a disposição como fonte de consulta para interessados, com pretensão de contribuir para o crescimento profissional e aperfeiçoamento na área em estudo.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capítulo apresenta-se a revisão bibliográfica a fim de fundamentar o conteúdo com as teorias realizadas por outros autores, dando o embasamento necessário à realização dos objetivos já citados anteriormente.

Segundo Vergara (2004, p. 36), “Na construção do referencial teórico, é interessante levantar o que já foi publicado a respeito do que está sendo objeto de sua investigação, apresentando várias posições teóricas”.

Acevedo e Nohara (2007, p. 43) dizem que é necessário citar “qual é o autor do estudo, caso contrário o leitor não saberá a quem a idéia se refere. Além disso, os autores podem estar interessados em encontrar a leitura relacionada ao assunto”.

2.1 Ramo de Negócio

Para os empreendedores as idéias surgem a todo o momento, no entanto, quando a idéia passou a ser oportunidade e o estudo sobre o possível novo negócio tem início, é importante saber em que ramo está navegando. Essa é uma das fases mais importantes do novo empreendimento, já que nela você escolhe o tipo de negócio que será estruturado. Montar um novo negócio não é nada fácil e requer muito planejamento, disciplina e seriedade por parte do futuro empresário. Mas também é algo que, quando bem feito, tem todas as chances de sucesso e retorno financeiro satisfatório.

De acordo com o ramo de atividade, Salim (2005) destaca os tipos de negócios:

- Empresa de Prestação de Serviço; - Empresa de Varejo;

- Empresa Distribuidora; - Empresa Industrial; - Empresa Mista.

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2.1.1 Empresa de Prestação de Serviço

A prestação de serviços é constituída de empresas que tem como objetivo comercial a prestação de serviços aos seus clientes. Ex: serviços básicos (hidrelétrica, estradas, ferrovias, água etc.); serviços sociais (habitação, hospitais, serviços de saúde etc.); outros serviços (hotéis, turismo, empresas de transporte, corretor de seguros, profissionais liberais, vigilância, oficina mecânica etc.); serviços industriais (usinagem, zincagem, corte, solda etc.).

Para Salim (2005, p. 7), a empresa de Prestação de Serviço “é uma empresa cujo objeto de comercialização é um serviço prestado ao cliente, tal como contabilidade, aconselhamento jurídico, conserto de algum equipamento, desenvolvimento de um software, consultoria técnica etc.”.

De acordo com Kotler e Keller (2006, p. 397), “um serviço é qualquer ato ou desempenho essencialmente intangível que uma parte pode oferecer a outra e que não tem como resultado a propriedade de algo. A execução de um serviço pode estar ou não ligada a um produto físico”.

Riccio, Robles Junior e Gouveia (1997, p. 3) revelam que:

cada organização de serviços é diferente da mais próxima em atuação no mesmo mercado, não podendo ser dita semelhante para determinar comparações setoriais. Pertencem ao mesmo setor, porém o escopo é diferente o que as torna concorrentes por clientes diferentes e não só pelos semelhantes.

As empresas prestadoras de serviços são cada vez mais o combustível da economia mundial e diferenciam-se das indústrias em vários aspectos. As empresas de serviços não produzem para estoque, como as indústrias, embora possam ter estoques para serem agregadas aos serviços que oferecem. Nas empresas de serviços os produtos são compostos na sua maioria por componentes intangíveis como no caso de consultorias, ou por composição mista, ou seja, a junção destes com partes tangíveis. Outra característica das empresas de serviço está na relação com o cliente. É este que determina o sentido, a direção em que os processos ocorram. Por esta diferença, nota-se que as empresas de serviços têm “produção” de demanda puxada, ou seja, para atender ao que o cliente necessita. Portanto, estas organizações devem ter uma estrutura que lhes permita atender com a máxima precisão aos clientes quando estes as acionam.

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Kotler e Armstrong (1998, p. 455) ainda classificam os serviços em “intangíveis, inseparáveis, variáveis e perecíveis”. Estes autores caracterizam os serviços pela sua intangibilidade, uma vez que os serviços não podem ser vistos, provados ou sentidos antes de serem comprados; pela sua inseparabilidade, onde são produzidos e consumidos ao mesmo tempo e não podem ser separados de seus fornecedores; pela sua variabilidade, onde sua qualidade depende das circunstancias em que são prestados e por sua perecibilidade, onde os serviços não podem ser armazenados para venda ou uso futuro.

2.1.2 Empresa de Varejo

O ramo de comércio está voltado à compra e a venda do produto produzido por outras organizações. Esta venda pode ser de duas formas, a primeira é a venda no “varejo” e a segunda é a venda no “atacado”. Neste ramo a empresa a ser analisada por meio deste plano de negócio está inserida.

Através da atividade mercantil as empresas comerciais objetivam o lucro, fornecendo produtos tangíveis e geralmente nas mesmas condições em que foram adquiridos, sem alterar sua forma básica.

A venda a varejo inclui todas as atividades envolvidas na venda de produtos e serviços ao consumidor final para uso pessoal e não comercial. Um varejista ou uma loja de varejo é qualquer empreendimento comercial cujo faturamento provenha principalmente da venda de pequenos lotes no varejo (KOTLER; KELLER, 2006, p. 500).

Salim (2005, p. 7) diz que “a venda a varejo é aquela em que o fornecedor vende diretamente ao consumidor final em quantidades geralmente pequenas, para seu próprio consumo”.

Os tipos de varejistas podem ser os que possuem lojas de varejo (lojas de departamentos, boutiques de roupas, lanchonetes, supermercados, lojas de conveniências, lojas de fabricantes, showrooms etc.). O varejo sem loja tem aumentado significativamente nos últimos tempos, que são as vendas diretas, compras eletrônicas, vendas por máquinas (operada por moedas). E por fim, organizações de varejo que são as redes corporativas, ou seja, redes de lojas. Também as cooperativas de consumidores, as organizações de franchising.

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2.1.3 Empresa Distribuidora

Para Kotler (2000), uma empresa distribuidora, e por ele chamada de atacadista, é a unidade empresarial que compra e vende mercadorias para varejistas ou usuários industriais institucionais e comerciais, ou seja, é uma empresa que distribui determinados produtos.

A empresa Distribuidora tende a ser uma empresa comercial que irá distribuir, vender, comercializar, um produto ou um conjunto de produtos, em determinada área geográfica, em determinada localização, atingindo diversos pontos estratégicos, conforme Salim (2005, p. 9) explica “a empresa distribuidora, poderá atuar com uma cadeia de revendas”. Será a revenda que fará efetivamente a venda ao consumidor final.

Por atacado entendem-se todas as atividades relacionadas com a venda de bens ou serviços para aqueles que compram para revenda ou uso comercial. Não fazem parte do atacado os fabricantes e agricultores, que lidam basicamente com a produção, nem os varejistas (KOTLER; KELLER, 2006, p. 516).

A venda a Atacado “inclui todas as vendas efetuadas a qualquer pessoa ou organização que não seja o consumidor final, que é quem usa o produto para fins pessoais, não comerciais” (SCHEWE; SMITH, 1982, p. 354). Os atacadistas, chamados também de intermediários, realizam a comercialização das empresas voltadas a produção para os varejistas.

Para Kotler e Keller (2006, p. 516),

os atacadistas diferem dos varejistas por diversos aspectos. Primeiro, os atacadistas dão menor importância a itens como promoção, localização, em vista de negociarem com comerciantes e não com consumidores finais. Segundo, as transações por atacado são geralmente maiores do que as de varejo, além do fato dos atacadistas cobrirem uma área de comercialização maior do que a dos varejistas. Terceiro, o governo lida com atacadistas e varejistas diferentemente no que diz respeito à legislação e impostos.

2.1.4 Empresa Industrial

Indústria são empresas que possuem como característica a transformação de matéria-prima através da utilização de processos produtivos em um produto que pode ser comercializado para o comércio, ou servem de base para outras indústrias.

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Existem também as indústrias voltadas à montagem de componentes produzidos por outras, e por fim as indústrias extrativistas, voltadas a extração de minerais ou vegetais, que servem como fornecedoras desta matéria-prima extraída para outras indústrias.

“Uma empresa industrial geralmente fabrica seus produtos utilizando insumos ou produtos elaborados por outros fabricantes para a montagem de seus próprios” (SALIM et al, 2005, p. 10).

Empresas industriais são aquelas que transformam matérias-primas, manualmente ou com auxílio de máquinas e ferramentas, fabricando mercadorias. Abrangem desde o artesanato até a moderna produção de instrumentos eletrônicos.

Existem indústrias que são responsáveis pela produção, deixando a cargo de outras empresas a comercialização. Possuem também, empresas que além da produção comercializam seus produtos diretamente aos consumidores finais, ou através de franquias, podemos chamar estas de empresas “mistas”, pois agregam mais de uma das características dos outros tipos de empresas. Exemplos de empresas industriais: montadoras de automóveis, aviões, indústrias de bebidas, indústrias de alimentos, indústrias de peças automotivas, indústrias metalúrgicas, indústrias moveleiras, etc.

Prates (2005, p. 29) revela que:

os estoques passíveis de existência em uma empresa industrial são estoques de materiais diretos, que são os materiais adquiridos inicialmente, prontos para sofrerem algum tipo de transformação; estoque de materiais em processo, que são os produtos que já sofreram um processo de transformação parcial, mas não totalmente finalizados; e estoques de produtos acabados que são aqueles totalmente finalizados, prontos para comercialização.

2.1.5 Empresa Mista

Empresa mista é uma mistura de empresas, pois uma hora ela é produtora, outra ela é varejista, podendo ser distribuidora, e ainda em casos remotos prestar serviços. Salim (2005, p. 11) diz que “uma empresa Mista agrega mais de uma característica dos outros tipos de empresa”.

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2.2 Empreendedorismo

Apesar de popularizado através da importação do inglês, empreendedorismo se origina do termo entrepreneur, palavra francesa que era usada no século XVII para designar aquele que incentivava brigas. No final do século XVIII, passou a indicar a pessoa que criava e conduzia projetos e empreendimentos.

“O termo empreendedor do francês entrepreneur - significa aquele que assume riscos e começa algo novo” (CHIAVENATO, 2004, p. 3).

Para Dornelas (2008, p. 22), “Empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto, levam à transformação de idéias em oportunidades. E a perfeita implementação destas oportunidades leva à criação de negócios de sucesso”.

A utilização das formas de empreender está ligada não apenas para a obtenção de renda, mas também como destaque em organizações estrategicamente planejadas que sempre buscam a inovação e um diferencial de mercado, gestores que são empreendedores não necessariamente precisam ser empresários para ser um empreendedor de sucesso.

O empreendedorismo é o processo dinâmico de criar mais riqueza. A riqueza é criada por indivíduos que assumem os principais riscos em termos de patrimônio, tempo e/ou comprometimento com a carreira ou que provêm valor para algum produto ou serviço. O produto ou serviço pode ou não ser novo ou único, mas o valor deve de algum modo ser infundido pelo empreendedor ao receber e localizar as habilidades e os recursos necessários (HISRICH; PETERS, 2004, p. 29).

O papel do empreendedorismo no desenvolvimento econômico envolve mais do que apenas o aumento de produção e renda per capita, envolve iniciar e constituir mudanças na estrutura do negócio e da sociedade, onde esta mudança é acompanhada pelo crescimento e por maior produção, o que permite que mais riqueza seja dividida pelos vários participantes.

Dolabela (2006, p. 27) diz que “O empreendedorismo é um fenômeno cultural, ou seja, empreendedores nascem por influencia do meio em que vivem. Pesquisas mostram que os empreendedores têm sempre um modelo, alguém que os influencia”.

O empreendedorismo vem sendo difundido há muitos anos, porém o termo é apresentado de uma forma cada vez mais moderna, atualmente é o método mais

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eficiente para ligar ciência e mercado, criando novas empresas e levando novos produtos e serviços ao mercado, onde as pessoas vêem a oportunidade de empreender como um método eficiente para levar sua idéia ao mercado, proporcionando a participação na economia, como também a geração de emprego.

2.3 Empreendedor

De acordo com Chiavenato (2007, p. 7),

O empreendedor é a pessoa que consegue fazer as coisas acontecerem, pois é dotado de sensibilidade para os negócios, tino financeiro e capacidade de identificar oportunidades. Com esse arsenal, transforma idéias em realidade, para benefício próprio e para benefício da comunidade. Por ter criatividade e um alto nível de energia, o empreendedor demonstra imaginação e perseverança, aspectos que, combinados adequadamente, o habilitam a transformar uma idéia simples e mal estruturada em algo concreto e bem-sucedido no mercado.

Ângelo (2003, p. 23), em seus estudos, cita que:

Há uma linha tênue entre a mente de um empreendedor e a de um louco. O sonho empreendedor é quase uma loucura, e quase sempre isolado. [...] A diferença entre um louco e um empreendedor bem-sucedido é que este pode convencer os outros a compartilhar de sua visão. Esta é a força fundamental para empreender.

O empreendedor é uma pessoa criativa, marcada pela capacidade de estabelecer e atingir objetivos, e que mantém alto nível de consciência do ambiente em que vive, usando-a para detectar oportunidades de negócios. Um empreendedor que continua a aprender a respeito de possíveis oportunidades de negócios e a tomar decisões moderadamente arriscadas que objetivam a inovação, continuará a desempenhar um papel empreendedor [...]. Um empreendedor é uma pessoa que imagina, desenvolve e realiza visões (FILION, 1999, p. 5).

Um empreendedor pode descobrir uma nova utilização para um produto já existente. Encontrar um mercado ainda inexplorado para um serviço criado e fornecido por outros. Pode, ainda, desenvolver um modo mais rentável de produzir a mesma coisa. Dessa forma, criatividade empreendedora é a capacidade de encontrar constantemente soluções para os problemas, de construir novos produtos, de definir novas perguntas em determinado campo (CHÉR, 2008, p. 210).

O empreendedor muitas vezes precisará despertar seus clientes para necessidades até então inconscientes ou inexistentes. Caberá a ele dizer o que é possível hoje e amanhã. Transformar e melhorar o cotidiano das pessoas e surpreende-las com novas possibilidades. Para tanto, o empreendedor além de

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desenvolver a criatividade precisa de mais outras duas habilidades, a comunicação e negociação.

O empreendedor é a energia da economia, a alavanca de recursos, o impulso de talentos e a dinâmica de idéias. É o empreendedor que fareja as oportunidades, e aproveita, antes que outros o façam.

Salim et al (2005, p. 32) dizem que:

o que o empreendedor faz é transformar uma oportunidade em um negócio. O meio que é usado para explicitar essa transformação é o plano de negócios e a forma como se materializa o aproveitamento da oportunidade é a empresa que será criada ou usada para operar, produzir ou desenvolver o novo produto.

Conforme Hisrich e Peters (2004, p. 26), “Ser um empreendedor e criar um novo empreendimento é como criar filhos, exige mais tempo e esforço do que você imagina e é extremamente difícil e doloroso sair da situação”.

Os empreendedores são conhecidos por seus fortes valores e aspirações profissionais, suas longas jornadas de trabalho e seu estilo administrativo dominante, estes tendem a se apaixonar pela organização e sacrificarão quase tudo para garantir sua sobrevivência. Esse desejo reflete na atual perspectiva de carreira do empreendedor e na situação profissional e familiar. O novo empreendimento geralmente assume a mais alta prioridade na vida do empreendedor e é a fonte de sua auto-estima.

Vida de empreendedor não é fácil, este deve correr riscos com seu próprio capital a fim de vender e oferecer produtos e serviços enquanto despende mais energia do que o homem de negócios médio para inovar.

A definição de empreendedor evoluiu com o decorrer do tempo, à medida que a estrutura econômica mundial mudava e tornava-se mais complexa. Desde seu inicio, na Idade Média, quando era usada para se referira ocupações especificas, a noção de empreendedor foi refinada e ampliada, passando a incluir conceitos relacionados com a pessoa, em vez de com sua ocupação.

O empreendedor de sucesso possui características extras, além dos atributos do administrador, e alguns atributos pessoais que, somados a características sociológicas e ambientais, permitem o nascimento de uma nova empresa. De uma idéia, surge uma inovação, e desta, uma empresa.

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Dornelas (2001) afirma que o empreendedor de sucesso tem as seguintes características:

São visionários: tem visão de como será o futuro para seu negócio e sua

vida, e ainda tem habilidade de implementar seus sonhos.

Sabem tomar decisões: não se sentem inseguros, tomam decisões corretas

na hora certa, principalmente em momentos de adversidade, sendo isso muito importante para o sucesso, e vão além, implementam suas ações rapidamente.

São indivíduos que fazem a diferença: transformam algo de difícil definição,

uma idéia abstrata, em algo concreto, que funciona, transformando o que é possível em realidade, agregam valor aos serviços e produtos que colocam no mercado.

Sabem explorar ao máximo as oportunidades: a maioria das pessoas

acredita que as boas idéias são daqueles que as vêem primeiro, por sorte ou acaso, porém para os empreendedores, as boas idéias são geradas daquilo que todos conseguem ver, mas não identificaram algo prático para transformá-las em oportunidade, por meio de dados e informação.

São determinados e dinâmicos: implementam suas ações com total

comprometimento, atropelam adversidades, ultrapassando os obstáculos, com uma vontade de “fazer acontecer”, sempre dinâmico cultivam certo inconformismo diante da rotina.

São dedicados: comprometem o relacionamento com amigos, família e até

com a própria saúde. São trabalhadores exemplares, encontrando energia para continuar, até quando encontram obstáculos pela frente, são incansáveis e loucos pelo trabalho.

São otimistas e apaixonados pelo que fazem: adoram o trabalho que

fazem e isto é o principal combustível que os mantêm animados e autodeterminados, fazendo-os os melhores vendedores de seus produtos e serviços, pois sabem, como ninguém, como fazê-lo. Este otimismo faz com que sempre vejam o sucesso em vez de imaginar o fracasso.

São independentes e constroem o próprio destino: querem estar à frente

das mudanças e serem donos do próprio destino, ser independentes, em vez de empregados, querem criar algo novo e determinar os próprios passos, abrir os próprios caminhos, ser o próprio patrão e gerar empregos.

Ficam ricos: ficar ricos não é o principal objetivo dos empreendedores, mas

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São líderes e formadores de equipes: tem um senso de liderança incomum.

São respeitados e adorados por seus funcionários, pois sabem valorizá-los, estimulá-los e recompensá-los, formando um time em torno de si, pois sabem que para obter êxito e sucesso, dependem de uma equipe de profissionais competentes. Sabem também recrutar as melhores cabeças para assessorá-los nos campos onde não têm o melhor conhecimento.

São bem relacionados (networking): sabem construir uma rede de contatos

que os auxiliam no ambiente externo da empresa, junto a clientes, fornecedores e entidades de classe.

São organizados: sabem obter e alocar os recursos materiais, humanos,

tecnológicos e financeiros, de forma racional, procurando o melhor desempenho para o negócio.

Planejam, planejam, planejam: os empreendedores de sucesso planejam

cada passo de seu negócio, desde o primeiro rascunho do plano de negócios, até a apresentação do plano a investidores, definição das estratégias de marketing do negócio, etc., sempre tendo como alicerce a forte visão de negócio que possuem.

Possuem conhecimento: estão sempre procurando aprender, pois sabem

que quanto maior o domínio sobre um ramo de negócio, maior sua chance de sucesso. Esse conhecimento pode vir da experiência prática, de informações obtidas em publicações especializadas, em cursos, ou mesmo de conselhos de pessoas que montaram empreendimentos semelhantes.

Assumem riscos calculados: talvez essa seja a característica mais

conhecida dos empreendedores. Mas o verdadeiro empreendedor é aquele que assume riscos calculados e sabe gerenciar o risco, avaliando as reais chances de sucesso, pois assumir riscos tem relação com desafios, e para o empreendedor, quanto maior o desafio mais estimulante será a jornada empreendedora.

Criam valor para a sociedade: utilizam seu capital intelectual para criar valor

para a sociedade, com geração de empregos, dinamizando a economia e inovando, sempre usando sua criatividade em busca de soluções para melhorar a vida das pessoas.

Busca pelo sucesso: bons resultados profissionais dependem do poder

pessoal que, por sua vez, depende de três fatores básicos: Energia, que transforma em auto-estima; Comunicação, que se transforma em poder; Medo, que se transforma em coragem.

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Ser um empreendedor não é uma opção de vida, mas uma missão de vida. O empreendedor não arrisca apenas o seu futuro, mas também o de todos aqueles que estão a sua volta, que trabalham para o seu sucesso e dependem de suas atitudes e decisões. Empreendedores são responsáveis pelo desenvolvimento de uma empresa, de uma cidade, de uma região, enfim, pela construção de uma nação. O papel social talvez seja o mais importante papel que o empreendedor assume em toda sua vida (DORNELAS, 2001, p. 233).

Chiavenato (2004) resume em três, as características básicas de um empreendedor:

Necessidade de realização: existem pessoas com pouca necessidade de

realização e que se contentam com o status atual. Porém, as pessoas com alta necessidade de realização gostam de competir com certo padrão de excelência e preferem ser pessoalmente responsáveis por tarefas e objetivos que atribuíram a si próprias. Em muitos casos, o impulso empreendedor torna-se evidente desde cedo, até mesmo na infância.

Disposição para assumir riscos: o empreendedor assume variados riscos

ao iniciar seu próprio negócio: riscos financeiros decorrentes do investimento do próprio dinheiro e do abandono de empregos seguros e de carreira definidas; riscos familiares ao envolver a família no negócio; riscos psicológicos pela possibilidade de fracassar em negócios arriscados. Eles preferem situações arriscadas até o ponto em que podem exercer determinado controle pessoal sobre o resultado, em contraste com situações de jogo em que o resultado depende apenas de sorte. A preferência pelo risco moderado reflete a autoconfiança do empreendedor.

Autoconfiança: quem possui autoconfiança sente que pode enfrentar

desafios que existem ao seu redor e tem domínio sobre os problemas que enfrenta. As pesquisas mostram que os empreendedores de sucesso são pessoas independentes que visualizam os obstáculos inerentes a um novo negócio, mas acreditam em suas habilidades pessoais para transpor estes obstáculos.

“O empreendedor é alguém que sonha e busca transformar seu sonho em realidade” (DOLABELA, 2006, p. 25).

(26)

2.4 Plano de Negócio

Para ser bem sucedido, um empreendedor deve planejar o seu negócio, estudando a ação que será realizada, e quais objetivos que se pretende alcançar. O planejamento produz um resultado: o plano.

“Plano de negócios é um documento que contém a caracterização do negócio, sua forma de operar, suas estratégias, seu plano para conquistar uma fatia do mercado e as projeções de despesas, receitas e resultados financeiros” (SALIM et al, 2005, p. 3).

“O plano de negócio é um documento preparado pelo empreendedor em que são descritos todos os elementos externos e internos relevantes envolvidos no inicio de um novo empreendimento” (HISRICH; PETERS, 2004, p. 210).

O plano de negócios descreve a idéia de um novo empreendimento e projeta aspectos mercadológicos, operacionais, e financeiros dos negócios propostos para os três a cinco primeiros anos. Seu preparo permite a análise da proposta e ajuda o futuro empreendedor a evitar uma trajetória decadente que leva do entusiasmo a desilusão e ao fracasso (LONGENECKER; MOORE; PETTY, 2004, p. 161).

Segundo Chiavenato (2007, p. 132),

O plano de negócio - business plan - descreve a idéia de um novo empreendimento e projeta os aspectos mercadológicos, operacionais e financeiros dos negócios propostos, geralmente, para os próximos três ou cinco anos. Seu preparo permite a análise da proposta e ajuda o futuro empreendedor a evitar uma trajetória decadente que o levará do entusiasmo à desilusão e ao fracasso.

O plano de negócios é um conjunto de dados e informações sobre o futuro empreendimento, que define suas principais características e condições para proporcionar uma análise da sua viabilidade e dos seus riscos, bem como para facilitar sua implantação. É uma espécie de plano de viabilização de uma idéia, um pequeno check list para não deixar passar nada despercebido.

Dornelas (2001, p. 97) explica que:

[...] através de um plano de negócios é possível entender e estabelecer diretrizes para os negócios; gerenciar de forma mais eficaz a empresa e tomar decisões acertadas, monitorar o dia-a-dia da empresa e tomar ações corretivas quando necessário, conseguir financiamentos e recursos junto a bancos, governo, Sebrae, investidores, capitalistas de risco etc., identificar

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oportunidades e transformá-las em diferencial competitivo para a empresa, estabelecer uma comunicação interna eficaz na empresa e convencer o público externo (fornecedores, parceiros, clientes, bancos, investidores, associações, etc.).

O plano de negócios serve também como um cartão de visitas da empresa e como um instrumento de apresentação do negócio, basicamente descreve o negócio da empresa. As seções que compõem um plano de negócios geralmente são padronizadas para facilitar o entendimento.

Segundo Dornelas (2001, p. 107),

Para que o plano e negócios possa se tornar um instrumento eficaz de gerenciamento é importante que as informações nele existentes possam ser divulgadas internamente a empresa de forma satisfatória. Boas informações trancadas em uma gaveta ou perdidas em uma montanha de papéis na mesa de um executivo não são propriamente utilizáveis e acabam fatalmente por cair no esquecimento. Conforme observado anteriormente, o plano de negócios pode e deve também ser utilizado como ferramenta de gestão.

De acordo com Chiavenato (2007, p. 140),

O plano de negócio é um projeto indispensável para definir os rumos atuais e futuros do novo empreendimento. As utilidades do plano de negócio são muitas, estas são algumas:

- cobre todos os aspectos internos e externos do negócio; - abrange todos os aspectos atuais e futuros do negócio;

- funciona como uma visão integrada e sistematizada do negócio; - serve como um guia abrangente para a condução do negócio; - informa o mercado a respeito do negócio;

- divulga aos parceiros internos e externos as características do negócio; - funciona como um meio de avaliação dos desdobramentos do negócio. Com o plano de negócios é possível identificar os riscos e propor planos para minimizá-los e até mesmo evitar a ocorrência destes, identificando seus pontos fortes e fracos em relação concorrência e o ambiente de negócio em que atua, conseqüentemente conhecer o mercado de atuação e definir estratégias de marketing para seus produtos e serviços, analisar também o desempenho financeiro do negócio, avaliar investimentos, retorno sobre o capital investido, sendo assim tem-se uma poderosa arma para nortear as ações da empresa.

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2.4.1 Estrutura do Plano de Negócio

O plano de negócios é formado por diversas seções que interagem direta e indiretamente, permitindo conhecer e entender o negócio, onde as seções devem ser organizadas de forma que o leitor siga uma linha de raciocínio lógica, de fácil compreensão.

Conforme Chiavenato (2007, p. 135),

Todo novo empreendimento deve ser visualizado do ponto de vista de um plano de negócio completo e que contenha todos os elementos importantes para caracterizá-lo adequadamente. O plano deve trazer a descrição do setor, a natureza jurídica do negócio, a estrutura organizacional da empresa, os relatórios financeiros simulados, um plano estratégico e um plano operacional.

A seguir, Chiavenato (2007) apresenta o modelo de um plano de negócio, composto de sete partes básicas envolvendo sumário executivo, análise completa e detalhada do setor em que a microempresa vai operar e resumo sobre as características do negócio com simulações financeiras e plano estratégico e operacional do negócio.

Sumário executivo: texto de um parágrafo sobre a natureza do negócio e os

aspectos mais importantes do empreendimento; inclui missão e visão do negócio; texto de um parágrafo sobre as necessidades que a empresa vai atender no mercado; inclui o papel do empreendimento em relação à responsabilidade social; resumo das características do mercado em que a empresa vai operar; mostra como o mercado está se comportando em relação ao produto/ serviço a ser oferecido; breve relatório sobre os sócios do empreendimento; breve relatório sobre os recursos financeiros necessários.

Análise completa e detalhada do setor: principais características do setor;

inclui as variáveis econômicas, sociais, demográficas e políticas que influenciam o mercado; oportunidades encontradas no mercado; identificação dos fornecedores de entradas (matérias-primas, dinheiro e crédito, tecnologia, mão de obra etc.).

Natureza jurídica e estrutura organizacional da empresa: currículo dos sócios

do empreendimento que contenha a formação e as competências pessoais de cada um; funcionários necessários para o empreendimento estabelecendo o perfil profissional e técnico de cada um.

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Simulação de relatórios financeiros: balanço de abertura da empresa;

previsão de receitas, fluxo de caixa e balanço para o período coberto pelo planejamento.

Plano estratégico: definição da missão e da visão da empresa; definição do

negócio; estabelecimento dos objetivos específicos da empresa; definição da estratégia da empresa; declaração de premissas do planejamento; estabelecimento dos objetivos estratégicos de longo prazo.

Plano operacional: previsão de vendas; planejamento da produção;

orçamento de despesas gerais; previsão do lucro operacional; previsão do fluxo de caixa e balancete; balanço patrimonial simulado; previsão de índices operacionais e financeiros.

Apêndices: contatos pertinentes; informações técnicas.

Dornelas (2008, p. 86) salienta que:

[...] não existe uma estrutura rígida e específica para se escrever um plano de negócios, pois cada negócio tem suas particularidades e semelhanças, sendo impossível definir um modelo padrão de plano de negócios que seja universal e aplicado a qualquer negócio.

2.5 Etapas do Plano de Negócio

Este trabalho faz uso da estrutura adaptada de Dornelas (2008) com os seguintes tópicos apresentados na figura 1.

Figura 1 - Estrutura do Plano de Negócio Adaptado

Fonte: Adaptado de Dornelas (2008, p. 111). CAPA SUMÁRIO SUMÁRIO EXECUTIVO DESCRIÇÃO DA EMPRESA ANÁLISE DE MERCADO PRODUTOS E SERVIÇOS ANÁLISE ESTRATÉGICA PLANO DE MARKETING PLANO FINANCEIRO ANEXOS

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2.5.1 Capa

A capa do plano de negócios fornece a primeira impressão ao leitor, podendo definir o quanto de atenção este disponibilizará num primeiro momento ao documento.

Para Dornelas (2008, p. 87),

A capa, apesar de não parecer, é uma das partes mais importantes do plano de negócios, pois é a primeira coisa que é visualizada por quem lê o plano de negócios, devendo, portanto, ser feita de maneira limpa e com as informações necessárias e pertinentes.

Segundo Dornelas (2001, p. 119),

a capa deve conter o nome da empresa; endereço; telefone; endereço eletrônico do site e e-mail da empresa; logotipo (se a empresa tiver um); nomes, cargos, endereços e telefones dos proprietários da empresa (dados do diretor presidente e principais pessoas-chave da empresa); mês e ano em que o plano foi feito; número da cópia e nome de quem fez o plano de negócios.

2.5.2 Sumário

Dornelas (2008, p. 114) expõe que “o sumário deve conter o título de cada seção do plano de negócios e a respectiva página onde se encontra, bem como os principais assuntos relacionados em cada seção”. Isto facilita ao leitor do plano de negócios a encontrar rapidamente o que lhe interessa.

2.5.3 Sumário Executivo

O Sumário Executivo é a principal seção do plano de negócios, fará o leitor decidir se continuará ou não a ler o plano de negócios. Portanto, deve ser escrito com muita atenção e revisado várias vezes, além de conter uma síntese das principais informações que constam no plano de negócios. Para Dornelas (2008, p. 114), o sumário executivo deve “ser dirigido ao público-alvo do plano de negócios e explicitar qual o objetivo do plano de negócios em relação ao leitor”. Ainda cita que o sumário deve expressar as seguintes perguntas “o que? Onde? Por quê? Como? Quanto? E quando?”.

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Hisrich e Peters (2004, p. 218) orientam que:

[...] esta seção do plano de negócio seja elaborada depois que todo o plano foi redigido. Com duas ou três páginas, o sumário executivo deve estimular o interesse do investidor em potencial. Trata-se de uma seção muito importante e não deve ser considerada levianamente pelo empreendedor, já que o investidor usa o resumo para determinar se vale à pena ler todo o plano de negócio. Assim, o resumo deve salientar de maneira concisa e convincente os pontos-chave do plano de negócio.

Para Salim et al (2005, p. 41),

O sumário executivo é um extrato competente e motivante do plano de negócios. Qual a área de negócios, qual o produto ou serviço, qual o mercado e que fatia desse mercado queremos obter? Qual o investimento necessário, em quanto tempo vamos recuperar o dinheiro investido e qual o rendimento que vamos ter de nosso investimento em um prazo estabelecido? Tudo isso, sem explicar detalhes, mas dito de maneira clara, objetiva e sucinta. Isso é o que deve conter o sumário executivo.

Como recomendação final, Dornelas (2001, p. 122) destaca que “o empreendedor deve entender que o sumário executivo deve ser dirigido ao público alvo, ou seja, deve ser escrito com ênfase nos assuntos que mais interessam o leitor do plano de negócios”.

2.5.4 Descrição da Empresa

No entendimento de Hisrich e Peters (2006, p. 220-221), “a descrição do empreendimento deve ser detalhada nesta seção do plano de negócio. Isso possibilita que o investidor verifique a dimensão e o escopo do negócio”.

Importante, segundo Dornelas (2008, p. 116), descrever a empresa, “procurando mostrar o porquê de sua criação, qual o seu propósito, a natureza dos serviços ou produtos fornecidos, como ela se desenvolveu ou se desenvolverá, qual é o seu modelo de negócios e os seus diferenciais”.

Para o autor, o aspecto mais importante é “mostrar que a empresa possui pessoas qualificadas e comprovadamente experientes nos níveis de comando”. Assim a gestão da empresa deve ser uma das partes perfeitamente elaborada, e descrita às claras” (DORNELAS, 2008, p. 117)

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De acordo com Kuhn e Dama (2009, p. 53),

[...] esta é uma etapa que apresenta um resumo da estrutura organizacional da empresa ou negócio, como e por quem ela será administrada, qual será a sua estrutura legal, seu porte ou tamanho, a localização geográfica, a infraestrutura necessária para desenvolver o potencial produtivo e a necessidade ou não de parcerias para a empresa.

2.5.4.1 Equipe Gerencial

Para Dornelas (2001, p. 125), quando o empreendedor tiver que formar sua equipe, ele próprio deve se fazer algumas perguntas, como: “Quais são as áreas-chave de gerenciamento do meu negócio?” “Como a organização será estruturada?” “Quem gerenciará o negócio?” “Que ajuda externa pode ser necessária?” “Quantos empregados serão necessários e quando eles devem ser contratados ?”.

Conforme Kuhn e Dama (2009, p. 54),

[...] para os investidores conhecer a equipe que estará gerenciando o empreendimento é muito importante, pois se pode identificar a capacidade do time e se aprovada conseqüentemente às outras partes do plano serão cumpridas, por isso é importante descrever o conhecimento das pessoas envolvidas no negócio, através da elaboração de um currículum vitae de cada integrante.

Especificações de cargos, segundo Hisrich e Peters (2006, p. 294), “é o delineamento das capacidades e habilidades necessárias para o desempenho de um trabalho específico na organização”.

É importante a definição de responsabilidades nesta etapa em função do acúmulo de funções, não importando o porte ou tamanho da empresa. É importante também elaborar a descrição de cargos necessários, o perfil de pessoal a ser contratado e qual a política adotada para as contratações, assim como também se faz necessário a construção de um organograma da empresa, destacando desde os cargos mais importantes até os mais básicos. Explicar, ainda, como os funcionários receberão os salários, os benefícios, bônus, férias e outros direitos trabalhistas.

“Descrições de cargos especificam detalhes do trabalho a ser desempenhado por um empregado” (HISRICH; PETERS, 2004, p. 293).

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2.5.4.2 Estrutura Legal

Dornelas (2001, p. 128) alerta para o fato de:

[...] incluir uma cópia do contrato social da empresa na seção de anexos e mostre no plano de negócios, como está constituída a sociedade, quem é e qual a participação de cada sócio do negócio. Explique somo será feita a distribuição dos lucros e de quem é a responsabilidade financeira por qualquer perda. Mostre também a natureza da empresa: se é micro, pequena ou média empresa, quais impostos incidem sobre ela, se a empresa tem algum benefício fiscal e demais informações pertinentes. Na mesma linha de pensamento Kuhn e Dama (2009, p. 55) sugerem:

[...] destacar qual a disponibilidade de tempo do empreendedor, se houver sócios deve-se destacar qual a constituição e a função de cada um dos mesmos, juntamente com a descrição de suas habilidades, explicando também como será deita a distribuição dos lucros e suas responsabilidades financeiras pelas possíveis perdas.

Legalmente, as empresas necessitam estar registradas, e, para tanto, passam por um processo legal. Considera-se assim que as sociedades empresárias são aquelas que exercem atividade empresarial.

As sociedades empresárias, segundo Reis (2009), poderão ser das seguintes espécies:

1) Sociedade limitada

Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social. Este tipo de sociedade passa a ter um regime consolidado em apenas um diploma legal, pois, a sociedade ente denominada de sociedade por quotas de responsabilidade limitada, tinha seu regime jurídico determinado pelo Decreto n° 3.708/19, revogado, e subsidiariamente pela Lei das Sociedades Anônimas (Lei n° 6.404/76). A aplicação subsidiária da lei das sociedades anônimas continua sendo possível, desde que haja previsão expressa no contrato social.

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2) Sociedade em nome coletivo

Exceto pelo fato de poder exercer atividade empresária, este tipo de sociedade é praticamente idêntico ao da sociedade simples. Nesta sociedade somente podem participar pessoas físicas, respondendo todos os sócios, solidária e ilimitadamente, pelas obrigações sociais.

Sem prejuízo da responsabilidade perante terceiros, podem os sócios, no ato constitutivo, ou por unânime convenção posterior, limitar entre si a responsabilidade de cada um.

3) Sociedade em comandita simples

Na sociedade em comandita simples tomam parte sócios de duas categorias, a saber:

a) os comanditados, pessoas físicas, responsáveis solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais; e

b) os comanditários, obrigados somente pelo valor de sua quota. As sociedades por comandita simples são regidas supletivamente pelas normas da sociedade em nome coletivo, cabendo aos sócios comanditados os mesmos direitos e obrigações dos sócios em nome coletivo. Sem prejuízo da faculdade de participar das deliberações da sociedade e de fiscalizar suas operações, não pode o comanditário praticar nenhum ato de gestão nem ter o nome da firma social, sob pena de ficar sujeito as responsabilidade de sócio comanditado. O contrato deve discriminar os comanditados e os comanditários.

4) Sociedade anônima

Na sociedade anônima ou companhia, o capital divide-se em ações, obrigando-se cada sócio ou acionista somente pelo preço de emissão das ações que subscrever ou adquirir. A sociedade anônima rege-se por lei especial (Lei n° 6.404/76 e disposições posteriores), aplicando-se-lhe, nos casos omissos, as disposições do Novo Código Civil (artigos 1.088 e 1.089).

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É uma forma jurídica de constituição de empresas na qual o capital social não se encontra atribuído a um nome em específico, mas está dividido em ações que podem ser transacionadas livremente, sem necessidade de escritura pública ou outro ato notarial. Por ser uma sociedade de capital, prevê a obtenção de lucros a serem distribuídos aos acionistas.

Há dois tipos: Companhia aberta (também chamada de empresa de capital aberto), que capta recursos junto ao público e é fiscalizada no Brasil, pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Companhia fechada (também chamada de empresa de capital fechado), que obtém seus recursos dos próprios acionistas.

5) Sociedade em comandita por ações

A sociedade em comandita por ações tem o capital dividido em ações, regendo-se pelas normas relativas à sociedade anônima. Porém, este tipo societário, somente o acionista tem qualidade para administrar a sociedade e, como diretor, responde subsidiária e ilimitadamente pelas obrigações da sociedade (artigos 1.090 a 1.092).

De acordo com o artigo 983 do Código Civil, a sociedade empresária deve constituir-se segundo uma das espécies acima citadas, entre outras possibilidades conforme o artigo cita.

A sociedade limitada, a sociedade em nome coletivo e a sociedade em comandita simples são regulamentadas pelo Código Civil, enquanto as sociedades anônimas são disciplinadas pela Lei nº 6.404/76, e as sociedades em comanditas por ações são regradas pelos dois diplomas legais.

2.5.4.3 Localização e Infraestrutura

Para Dornelas (2001, p. 130),

Apesar de localização ser considerada uma questão referente à estratégia de marketing de um negócio, que em muitos casos diferencia os serviços prestados pela empresa em relação aos seus concorrentes, cabe uma breve descrição a respeito do assunto nesta parte do plano de negócios. A infraestrutura disponível também deve ser citada no plano de negócios, pois muitos imóveis, além da localização também podem oferecer uma infraestrutura excelente, dependendo de onde elas se encontram.

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Kuhn e Dama (2009, p. 58) explicam que:

[...] a localização objetiva analisar os fatores locacionais que influenciam a empresa, tais como: a existência e a procedência de matéria-prima, as exigências em termos de infraestrutura, a influência do custo de frete tanto para o transporte da matéria-prima como para o transporte junto ao cliente. O autor sugere que seja descrito o local, o porquê da preferência por este local, utilizar fotografias, layout ou desenho do local, valores de aluguel, contratos de aluguel. Devem-se levar em consideração no momento de optar por determinado local as condições de ordem ambiental, entraves e legislações ambientais, custos de licenciamento e impeditivos que possam inviabilizar o empreendimento.

2.5.4.4 Manutenção de Registros

Conforme Dornelas (2001, p. 130),

A contabilidade de sua empresa é feita internamente ou terceirizada? Se é terceirizada, quem é o terceiro contratado e como você se relaciona com ele? Quem na empresa é responsável pela avaliação do serviço do contador? A contabilidade é uma parte importante do negócio e você deve saber utilizar os serviços do contador de forma inteligente, visando a um gerenciamento mais eficaz do fluxo de caixa da empresa.

“Contabilidade é a ciência que estuda os fenômenos patrimoniais, preocupan-do-se com realidades, evidências e comportamentos dos mesmos, em relação à eficácia funcional das células sociais” (SÁ, 2002, p. 46).

“A finalidade fundamental da contabilidade é gerar informações de ordem física, econômica e financeira sobre o patrimônio, com ênfase para o controle e planejamento” (BASSO, 2005, p. 24).

Biagio e Batocchio (2005, p. 25) afirmam que “um sistema de registro formalmente estabelecido deve deixar claro a forma como a empresa arquiva seus registros e o tempo de manutenção de tais registros nos arquivos”.

2.5.4.5 Terceiros

De acordo com Dornelas (2001, p. 131),

Neste tópico deve ser citado quais terceiros serão imprescindíveis no negócio, como a assessoria jurídica da empresa, escritórios de contabilidade, porém cada caso terá suas peculiaridades e o empreendedor deverá saber analisar o seu caso particular e procurar a melhor maneira de

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descrever os terceiros do seu negócio, enfatizando o porque escolheu tais terceiros e quais benefícios trazem para a empresa.

2.5.4.6 Parceiros Estratégicos

Segundo Dornelas (2001, p. 131),

Um fornecedor ou terceiro da empresa ou, ainda, um cliente, pode ser um parceiro estratégico para o negócio. Em conjunto com parceiros estratégicos, a empresa pode ganhar uma licitação ou concorrência, fechar um grande contrato, discutir a entrada em um importante mercado em crescimento, impedir a entrada de outros potenciais competidores em seu mercado. Apesar de ser o último item a ser listado nessa parte do plano, estrategicamente pode ser o principal, pois, dependendo do tipo de aliança estabelecida e do mercado onde o negócio se insere, a empresa crescerá, se manterá viva, ou não terá muitas chances de sobrevivência.

2.5.5 Análise de Mercado

Para Dornelas (2001, p. 101),

Na seção de análise de mercado, o autor do plano de negócios deve mostrar que os executivos da empresa conhecem bem o mercado consumidor do seu produto/serviço (por meio de pesquisas de mercado): como está segmentado, o crescimento desse mercado, as características do consumidor e sua localização, se há sazonalidade e como agir nesse caso, análise da concorrência, sua participação de mercado e a dos principais concorrentes etc.

O estudo do mercado compreende a estimativa do mercado atual e futuro do produto a ser produzido e/ou comercializado, bem como o dimensionamento da oferta e demanda. Deve contemplar também a estrutura de comercialização, as condições de competição e a análise dos fatores que justificam a existência do mercado para o projeto. Mercado é o conjunto de compradores desejosos de adquirir o produto (KUHN; DAMA, 2009, p. 42).

Dolabela (2006, p. 140) destaca que a “análise de mercado está voltada para o conhecimento de clientes, concorrentes, fornecedores e ambiente em que a empresa vai atuar, para saber se o negócio é realmente viável”.

Referências

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