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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA UDESC CENTRO DE ARTES - CEART PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARTES VISUAIS PPGAV MESTRADO ANELISE ZIMMERMANN

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA UDESC CENTRO DE ARTES - CEART

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARTES VISUAIS PPGAV/ MESTRADO

ANELISE ZIMMERMANN

AS ILUSTRAÇÕES DE LIVROS INFANTIS: O ILUSTRADOR, A CRIANÇA E A CULTURA

Dissertação apresentada como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre no Programa de Pós-graduação em Artes Visuais do Centro de Artes da Universidade do Estado de Santa Catarina.

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Neli Klix Freitas

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ANELISE ZIMMERMANN

AS ILUSTRAÇÕES DE LIVROS INFANTIS: O ILUSTRADOR, A CRIANÇA E A CULTURA

Dissertação aprovada como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre, no Programa de Pós-graduação em Artes Visuais do Centro de Artes da Universidade do Estado de Santa Catarina.

Banca Examinadora:

Orientadora: ____________________________________________________ Prof.ª Dr.ª Neli Klix Freitas

CEART - UDESC

Membro: ____________________________________________________ Prof.ª Dr.ª Sandra Regina Ramalho e Oliveira

CEART - UDESC

Membro: ____________________________________________________

Prof.ª Dr.ª Eliane Santana Dias Debus

PPGCL - UNISUL

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Universidade do Estado de Santa Catarina, por corroborar a importância do Ensino Público e de qualidade.

Ao Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais - Mestrado do Centro de Artes, pela oportunidade concedida, bem como pelo carinho com o qual fui recebida.

A CAPES pelo incentivo oferecido através da bolsa de estudos fornecida no primeiro ano de curso.

À Prof.ª Neli Klix Freitas por toda competência, dedicação e carinho prestado como Professora Orientadora, com fundamental participação na estruturação, desenvolvimento e execução desta pesquisa, e sobretudo, por acreditar neste projeto, embarcando também nas páginas ilustradas dos livros infantis.

À Prof.ª Gláucia Regina Raposo de Souza e professores da banca examinadora pelos considerações e contribuições à pesquisa.

Aos demais professores e colegas do programa de Mestrado pelo incentivo e conhecimentos compartilhados.

Ao ilustrador André Neves e demais entrevistados por aceitarem tão gentilmente participar desta pesquisa e permitirem a divulgação das informações prestadas.

Aos meus pais, meus maiores exemplos de vida, e às minhas irmãs, minhas grandes alegrias que me apoiaram nessa aventura. A Ana Cristina, por todos os conselhos e pelas diversas horas que dedicou a leitura de meus textos.

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O livro traz a vantagem de a gente poder estar só e ao mesmo tempo acompanhado.

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RESUMO

Para muitos a paixão pela literatura começa na infância, por meio dos livros infantis, gênero no qual as ilustrações têm grande importância, participando da elaboração das histórias a partir de relações estabelecidas entre ilustrador, criança e cultura. A proposta deste estudo foi identificar, conhecer e analisar estas relações. A partir do histórico do livro ilustrado infantil no Brasil e Europa verificou-se as modificações pelas quais este passou no decorrer dos tempos, assim como os conceitos de infância e as interações da criança com o livro e a escola. Através do estudo da teoria de Vygotsky percebe-se que o ilustrador pode participar do desenvolvimento e da aprendizagem da criança. Pode-se considerar que a ilustração é um importante elemento mediador no processo de construção do conhecimento, contribuindo para a aquisição e desenvolvimento da linguagem, do desenho a partir da imitação, e a estimulação da imaginação, fornecendo experiências variadas ao leitor que lhe permitem ir muito além de suas vivências. Trata-se de ilustrações criadas a partir da cultura visual que compõe o universo do ilustrador, muitas vezes, a incorporação da Arte. Considerando que, tais imagens também passam a constituir a cultura visual da criança, destaca-se a importância de sua leitura crítica. É a partir de critérios propostos por Hernández para a seleção de imagens que, nesta dissertação são estabelecidas relações entre o discurso de ilustradores, editores, escritores e crianças sobre o que consideram um "bom livro", mostrando que as ilustrações podem ir muito além do mero caráter decorativo. Tais fatos foram evidenciados no Estudo de Caso realizado, no qual contou com a participação do ilustrador André Neves e duas crianças em atividades envolvendo o livro infantil Com a Maré e o Sonho, e em uma experiência prática como ilustradora realizada pela autora da presente pesquisa. A partir da análise e interpretação dos dados coletados, foi possível evidenciar a influência do meio, das experiências vividas e da cultura visual de cada um dos participantes na elaboração de histórias, estabelecendo relações entre o mundo que conhecem e as ilustrações. Tais informações corroboram as afirmações de Vygotsky, Hernández, Ariès e Cohn sobre a importância da interação social no desenvolvimento da criança. A partir da análise dos dados coletados constatou-se o papel e importância da ilustração nessa "trama interativa", que, como que num abraço, entrelaça ilustrador, criança e cultura, fazendo com que as histórias saiam do papel e ganhem vida.

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ABSTRACT

The people passion for literature frequently starts in their childhood, influenced by the children's books in which the illustrations have great importance, participating of the stories elaborations from the relations established among illustrator, children and culture. This research had the objective to identify, understand and analyse these relations. Considering the history of the illustrated children's book in Brazil and Europe it was verified the book changes through the years as the childhood conceptions and interactions involving children, books and schools. The study of the Vygotsky theory made possible to verify that illustrators can participate of the child development and learning. Illustrations can be important mediator elements in the construction processes of the knowledge, participating of the language acquisition and development, the drawing learning by the imitation and the imagination stimulation. They can also improve substantially the experiences of the readers. Illustrators create their images by elements, which make part of their visual culture, including in many cases the Art incorporation. Regarding the fact that these images will be part of the children visual culture it is brought out the importance of the critical reading capacity. It is by the Hernández criterions to the image selection that in this research it is established some relations among illustrators, editors, writers and children speeches about what and how they consider a "good book", showing that illustrations can go beyond the decorative use. A study case certified these facts, which included the participation of the illustrator André Neves and two children involving some activities with the children's book Com a Maré e o Sonho. Moreover the author also had one experience as illustrator, developing one illustration at the end of the research. Considering all the facts analysed it was possible to realize the importance of the environment, experiences and visual culture of the each readers in the stories elaboration, making relations between the world that they know and the world showed by the illustrations. This information confirms the affirmations made by Vygotsky, Hernández, Ariès and Cohn about the social interaction importance in the children development. Therefore it was possible to certify the importance of illustrations in this interactive tram as an embrace, involving illustrators, child and culture, making the stories get out of the books and become alive.

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L I S T A D E I L U S T R A Ç Õ E S1

Figura 01 - Secção do Livro dos Mortos no Papiro de Nani ......14

Figura 02 - Ilustração de Les Très Riches Heures du Duc de Berry......15

Figura 03 - Página da Biblia Pauperum...15

Figura 04 - Página de uma das edições da Bíblia de Gutenberg...16

Figura 05 - Cartaz produzido por Toulouse-Lautrec...17

Figura 06 - Anúncios da marca Coca-Cola (1906)...18

Figura 07 - Anúncios da marca Coca-Cola (1940) ...18

Figura 08 - Anúncios da marca Coca-Cola (2007) ...18

Figura 09 - Página do Orbis Sensualium Pictus......25

Figura 10 - Livro Les Jeux et plaisirs de l' enfance......25

Figura 11 - Ilustração do conto O Gato de Botas de Gustave Doré...26

Figura 12 - Ilustração do conto O Pequeno Polegar de Gustave Doré...26

Figura 13 - Capa do livro Songs of Innocence, de William Blake...26

Figura 14 - Ilustração de George Cruikshank para o conto Os músicos de Bremen...27

Figura 15 - Alice no País das Maravilhas de Lewis Carroll - Ilustração de John Tenniel...28

Figura 16 - Ilustração de A Book of Nonsense de Edward Lear...28

Figura 17 - Ilustração de A Book of Nonsense de Edward Lear...28

Figura 18 - Página do livro Under de Window de Kate Greenaway...29

Figura 19 - Página do livro Under de Window de Kate Greenaway...29

Figura 20 - Ilustração do livro The Frog Prince and other stories de Walter Crane...30

Figura 21 - Ilustração do livro The Frog Prince and other stories de Walter Crane...30

Figura 22 - Ilustração do livro In Fairyland, de R. Doyle...31

Figura 23 - Ilustração do livro In Fairyland, de R. Doyle...31

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Figura 24 - Ilustração de Randolph Caldecott para o livro John Gilpin...32

Figura 25 - Ilustração de Randolph Caldecott para o livro John Gilpin...32

Figura 26 - Detalhe do gato presente em uma das ilustrações de Caldecott...32

Figura 27 - Retrato de Caldecott...32

Figura 28 - Livro Internationaler Circus, aberto, de Lothar Meggendorfer...33

Figura 29 - Detalhe do livro Internationaler Circus...33

Figura 30 - Capa do livro The Tale of Peter Rabitt de Potter...34

Figura 31 - Ilustração do livro The Tale of Peter Rabitt de Potter...34

Figura 32 - Ilustração do personagem Pooh de E. H. Shepard...34

Figura 33 - Ilustração do personagem Pooh de E. H. Shepard...34

Figura 34 - Ilustração do livro Alice no País das Maravilhas de Arthur Rackham...35

Figura 35 - Ilustração de A Princesa e a ervilha por Edmund Dulac...35

Figura 36 - Ilustração do conto Bela Adormecida Kay Nielsen...35

Figura 37 - Página dupla do livro Where the wild things are de Maurice Sendak...36

Figura 38 - Página dupla do livro Where the wild things are de Maurice Sendak...36

Figura 39 - Página do livro Quentin Blake's ABC de Quentin Blake...37

Figura 40 - Capa do livro I'll ever never eat a tomato de Lauren Child...37

Figura 41 - Ilustração do livro Rapunzel, por David Roberts...38

Figura 42 - Página do livro Mamãe Botou um Ovo de Babette Cole...38

Figura 43 - Capa do livro Flicts de Ziraldo...40

Figura 44 - Página dupla do livro Flicts de Ziraldo...40

Figura 45 - Página dupla do livro Chiquita Bacana e outras Histórias de Angela Lago...40

Figura 46 - Página do livro A Bela e a Fera de Rui de Oliveira...41

Figura 47 - Ilustração do livro Chapeuzinho Vermelho de Rui de Oliveira...41

Figura 48 - Capa do livro Cinderela de Paula Mastroberti...42

Figura 49 - Capa do livro de imagens Sai da Lama Jacaré de Graça Lima...43

Figura 50 - Página dupla do livro A Flor do Lado de Lá de Roger Mello...43

Figura 51 - Capa do livro Banho de Mariana Massarani...43

Figura 52 - Ilustração do livro Quando eu era Pequena, de Elizabeth Teixeira...43

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Figura 54 - Página do livro A Caligrafia de Dona Sofia de André Neves...48

Figura 55 - Página do livro O Capitão e a Sereia de André Neves...49

Figura 56 - Ilustração do livro Where the Wild Things are de Maurice Sendak...51

Figura 57 - Capa do livro Uma história sem pé nem cabeça, ilustrado de André Neves...54

Figura 58 - Detalhe da lareira da sala de refeições da Christ Church College...63

Figura 59 - Página do original do livro Alice in Wonderland ilustrada por Lewis Carroll...63

Figura 60 - Ilustração da Alice feita por John Tenniel...63

Figura 61 - Obra Lago com nenúfares de Monet...74

Figura 62 - Detalhe de uma página do livro Procurando Atlântida de Colin Thompson...74

Figura 63 - Página de Olivia com a obra Répétition d'un ballet sur la scène de Degas...75

Figura 64 - Página de Olivia na qual aparece a obra Autumn Rhythm#30 de Pollock...75

Figura 65 - Pôster Harold Pinter, The lover, 1970, de Starowieyski...76

Figura 66 - Página de O livro de papel, de Ricardo Azevedo...76

Figura 67 - Ilustração do livro Charlottes Piggy Bank de David McKee...77

Figura 68 - Página de Cântico dos Cânticos de Angela Lago...77

Figura 69 - Página do livro O Aprendiz de Feiticeiro, ilustrado por Nelson Cruz...77

Figura 70 - Obra Relativity (1953) de M. C. Escher...77

Figura 71 - Ilustração do livro Voices in the Park de Anthony Braune...78

Figura 72 - Página do livro Imagine a night ilustrado por Gonsalves...78

Figura 73 - Página dupla de Uma história sem pé nem cabeça, ilustrado André Neves...79

Figura 74 - Página do livro Cinderella, ilustrada por Roberts...79

Figura 75 - Página do livro Uma história sem pé nem cabeça ilustrado por André Neves...84

Figura 76 - Página do livro Casulos de André Neves...85

Figura 77 - Página do livro Casulos de André Neves...85

Figura 78 - Página do livro O Cântico dos Cânticos de Angela Lago...86

Figura 79 - Ilustração do livro Maria Peçonha de André Neves...89

Figura 80 - Ilustração do livro Maria Peçonha de André Neves...89

Figura 81 - Desenho produzido por Beatriz após recontar a história...112

Figura 82 - Páginas 14 e 15 do livro Com a Maré e o Sonho...112

(11)

Figura 84 - Página 23 do livro Com a Maré e o Sonho...119

Figura 85 - Desenho produzido por Clara após recontar a história...120

Figura 86 - Páginas 12 e 13 do livro Com a Maré e o Sonho...120

Figura 87 - Páginas 10 e 11 do livro Com a Maré e o Sonho...125

Figura 88 - Uma experiência como ilustradora - Estudo 04...130

Figura 89 - Uma experiência como ilustradora - Estudo 01...131

Figura 90 - Uma experiência como ilustradora - Estudo 02...131

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S U M Á R I O

INTRODUÇÃO...07

CAPÍTULO I - A ILUSTRAÇÃO E O LIVRO INFANTIL...10

1.1 A ilustração: dos papiros aos websites...13

1.2 O livro infantil: dos contos de fadas às ficções científicas...18

1.3 O livro infantil ilustrado: das cartilhas escolares aos livros de imagens...24

CAPÍTULO II - O ILUSTRADOR ...44

2.1 O ilustrador como autor...46

2.2 Ilustrando livros infantis...48

2.3 O ilustrador André Neves...52

CAPÍTULO III - A CRIANÇA E A INFÂNCIA...55

3.1 Revisitando a infância...56

3.2 Desenvolvimento e aprendizagem...59

3.3 Imaginação: fio da infância na trama do conhecimento...62

CAPÍTULO IV - CULTURA VISUAL E AS ILUSTRAÇÕES DE LIVROS INFANTIS...70

4.1 A “era das imagens” e a cultura visual...71

4.2 A incorporação da Arte nas ilustrações de livros infantis...74

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CAPÍTULO V - METODOLOGIA ...91

5.1 Participantes...93

5.2 Instrumentos...94

5.3 Procedimentos de Coleta de Dados...96

5.4 Procedimentos de Análise dos Dados...97

5.5 Categorias Levantadas nas Entrevistas ...99

CAPÍTULO VI - ANALISANDO E INTERPRETANDO O DADOS...102

6.1 Análise dos Dados Coletados...103

6.2 Interpretação dos Dados ...122

CAPÍTULO VII - ILUSTRANDO...128

7.1 Uma experiência como ilustradora...130

CONSIDERAÇÕES FINAIS...134

REFERÊNCIAS...139

(14)

7

I N T R O D U Ç Ã O

Frequentemente escutamos dizer que através dos livros infantis a criança é

convidada a embarcar em tapetes voadores e atravessar passagens secretas que a levam a

conhecer outros mundos. Essa jornada só é possível com a participação da imaginação,

guiada pelas imagens e palavras que recheiam as páginas dos livros. Tais imagens são

chamadas de ilustrações, que, constituem o texto visual do livro infantil, sendo assim

consideradas uma forma de linguagem, participando também da elaboração das histórias e

dessesoutros mundos. É a partir de elementos da cultura visual que compõem o universo do

ilustrador e de seu contexto, que estas imagens são elaboradas, passando, depois de

prontas, também a compor o universo infantil. A leitura das ilustrações de um livro,

portanto, é resultado de uma trama de interações entre o ilustrador, a criança e a cultura,

sendo todos agentes participantes nesse processo. Foi buscando conhecer e entender essas

relações que esse estudo foi realizado.

Para tanto, no primeiro capítulo, foi realizado um levantamento histórico da

ilustração, do livro infantil e, por fim, do encontro de ambos, ou seja, o livro infantil

ilustrado. Foram destacadas algumas de suas principais características em diferentes

períodos, as quais refletem e nos permitem compreender a visão de infância tida pelo

adulto em cada época, a relação da criança com o livro e o papel e o envolvimento do

ilustrador com o público infantil através dos tempos.

No capítulo II destaca-se a importância do ilustrador no estímulo e exercício da

imaginação do leitor, sendo também reconhecido como um dos responsáveis pela

elaboração da cultura visual que cerca a criança. Foram utilizados depoimentos de diversos

ilustradores, tanto nacionais como internacionais, que contam sobre a profissão e como

percebem a atividade de ilustrar para livros infantis, sendo estabelecidas analogias entre a

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8

atenção ao ilustrador brasileiro André Neves, que consentiu em participar desse estudo,

contando um pouco sobre sua trajetória e mostrando parte de sua produção na literatura

infantil.

Dando ênfase à criança, no capítulo seguinte são abordadas diferentes noções de

infância, apresentadas por Ariès e Cohn, que destacam o meio e período histórico no qual a

criança está inserida como importantes fatores determinantes no seu desenvolvimento e

identificação, aspectos também salientados por Vygotsky. Alicerçados principalmente em

sua teoria é que foram elaborados, ainda neste capítulo, os estudos sobre o

desenvolvimento, a aprendizagem, a imitação e principalmente a imaginação infantil,

considerando a atividade imaginativa essencial ao homem. Foram também estabelecidas

relações entre a imaginação e as ilustrações dos livros como importantes fontes de novas

experiências à criança.

No capítulo IV é abordado o tema cultura visual, apoiado nas propostas de

Hernández, como elemento da inter-relação homem/mundo, destacando a ilustração de

livros infantis como um produto dessa cultura, integrante do cotidiano da criança.

Observou-se também a incorporação de elementos da Arte nessas ilustrações, ampliando a

gama de experiências e referências de seus leitores. Em conseqüência desses fatos chama-se

a atenção para a importância da leitura crítica dessas imagens, bem como para a

responsabilidade, envolvimento e comprometimento do ilustrador perante a sua atividade

e, principalmente, o público infantil.

No capítulo seguinte é feita a descrição da metodologia utilizada no presente

trabalho, que se caracterizou como um estudo de natureza qualitativa, do tipo exploratório,

descritivo e analítico. Além da pesquisa bibliográfica utilizada para o levantamento e

elaboração do embasamento teórico, também foi realizado o estudo de caso, a partir das

informações geradas em entrevistas com o ilustrador André Neves e crianças leitoras,

envolvendo o livro infantil. São apresentadas a caracterização dos participantes,

instrumentos, procedimentos de coleta de dados, procedimentos de análise dos dados e

categorização.

No capítulo VI é feita a análise e a interpretação dos dados coletados através das

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participantes e os conteúdos teóricos levantados nos capítulos anteriores envolvendo a

ilustração, o ilustrador, a criança e a cultura visual.

Posteriormente, no capítulo VII é descrita uma atividade prática de elaboração de

uma ilustração, como forma de proporcionar uma experiência como ilustradora a autora

da presente pesquisa, criando assim também mensagens visuais. A atividade é neste

capítulo descrita, envolvendo a parte técnica da construção da imagem, como a escolha de

materiais e paleta cromática, bem como as mensagens sugeridas influenciadas pelos

conceitos estudados.

Por fim, são apresentadas as considerações finais nas quais são estabelecidas

relações entre as informações adquiridas por meio de pesquisa bibliográfica, os dados

coletados no estudo de caso e atividade prática, identificando similaridades entre a teoria e

a prática envolvendo o livro infantil ilustrado, desde a sua concepção pelo ilustrador, sua

leitura pela criança e sua incorporação na cultura visual que compõe o universo infantil.

Através dessas informações buscou-se identificar elos de ligação entre o ilustrador, a

criança e a cultura, os quais permitem a viagem do leitor a outros mundos e fazem do livro

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(18)

C ON S I D E R A Ç Õ E S

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o n s i d e r a ç õ e s F i n a i s

Numa explícita declaração de amor pelos livros Borges150 diz: "Há

aqueles que não podem imaginar um mundo sem pássaros; há

aqueles que não podem imaginar um mundo sem água; ao que me

refere, sou incapaz de imaginar um mundo sem livros", e chega a

comparar o paraíso a "uma espécie de biblioteca".

Para muitos, essa paixão começa na infância, através das artimanhas de um Gato de

Botas, de uma menina de capuz vermelho, das aventuras de Alice em um mundo

maravilhoso e completamente sem sentido, de uma boneca de pano que fala, ou de um

menino muito maluquinho, entre tantos outros livros infantis. É principalmente nesse

gênero da literatura que as ilustrações se fazem praticamente sempre presentes, inundando

as páginas de cores e contando histórias, num diálogo entre palavra e imagem, com a

presença ou não dos textos escritos.

Estudando o histórico do livro ilustrado no Brasil e Europa é possível notar como

este se modificou através dos tempos, assim como as formas como a criança é vista pelo

adulto e a sua relação com o livro e a escola. Se observarmos algumas imagens produzidas

durantes diferentes períodos isso é facilmente percebido. Nas ilustrações de Kate

Greenaway encontramos crianças pacatas, comportadas e estudiosas que nada se parecem

com o Menino Maluquinho, bagunceiro e barulhento. Assim sendo, o ilustrador também

participa da elaboração do conceito de infância com o qual a criança convive.

Com essas informações percebe-se a importância do trabalho desse profissional,

não apenas como responsável pelas cores e formas das imagens nos livros, mas como

criador de mensagens, participando da elaboração do universo infantil. Como disse André

Neves, ilustrar é muito mais que desenhar; "ilustrar é criar".

(19)

C ON S I D E R A Ç Õ E S

136

A partir do estudo da teoria de Vygotsky, percebe-se que o ilustrador também pode

participar do desenvolvimento da criança, considerando-se a ilustração um importante

elemento mediadorno processo de construção do conhecimento infantil. Esta pode contribuir

para a aprendizagem, a aquisição da linguagem, o desenvolvimento do desenho a partir da

imitação, e a estimulação da imaginação, fornecendo experiências das mais variadas para

compor o repertório imaginário da criança. Como nos diz Vygotsky (2003) a imaginação

tem uma função vital ao ser humano, pois lhe permite ir muito além de sua vivências, a

partir da recombinação entre elementos tomados da realidade, de relatos ou descrições

alheias e as emoções.

É nas experiências acumuladas pelo indivíduo que a imaginação encontra a sua

matéria-prima. Assim sendo, quanto mais rico for esse material, maior serão as

possibilidades do indivíduo para imaginar. Nesse aspecto o livro possui uma capacidade

infinita de oferecer experiências aos seus leitores, pois em suas páginas tudo é possível.

A partir desses preceitos podemos entender porque algumas pessoas dizem que, ao

ler um livro com o qual se identificam, sentem-se como se estivessem atravessando portas e

janelas mágicas, as quais lhes permitem entrar em outros mundos. O leitor, ao atravessar

essas portas, recombina elementos do seu mundo com elementos dados pelos textos

visuais e verbais, fazendo surgir assim um mundo novo, onde a história ganha vida.

Esses novos mundos são criados pelo ilustrador a partir da cultura visual que

compõe o seu universo que, muitas vezes, incluem a incorporação da Arte. Considerando

que, tais imagens quando presentes no livro infantil passam também a constituir a cultura

visual da criança, destaca-se a importância de sua leitura crítica pelo seu público, como nos

fala Hernández. É a partir de critérios propostos por esse autor, para a seleção de imagens

presentes na cultura visual, que são estabelecidas relações entre o discurso de ilustradores,

editores, escritores e crianças sobre o que consideram um "bom livro", mostrando que as

ilustrações podem ir muito além do mero caráter decorativo.

Assim sendo, a ilustração no livro infantil pode ser considerada um importante

elemento mediador na interação entre o ilustrador, a criança e a cultura, considerando as

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C ON S I D E R A Ç Õ E S

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Tal fato pôde ser verificado no Estudo de Caso presente nesta pesquisa, o qual

contou com a entrevista do ilustrador André Neves, e das crianças Beatriz e Clara e

atividades envolvendo o livro infantil Com a Maré e o Sonho. A partir da análise e

interpretação dos dados coletados, foi possível evidenciar a influência do meio, das

diferentes experiências vividas e da cultura visual de cada um dos participantes na

elaboração da história do livro. Isso pôde ser verificado nas relações que Beatriz e Clara

estabelecem entre o mundo que conhecem e as ilustrações de Neves, como os cartões

postais de paisagens litorâneas presentes em diversas páginas, os quais as leitoras edificaram

como sendo de praias de já visitaram ou viram anteriormente. Clara chega inclusive a dizer,

olhando para uma das ilustrações na qual a personagem aparece remando, que ela está indo

para Florianópolis, cidade onde a leitora reside, identificando-se, em diversos momentos,

com a própria personagem, chamando-a também de Clara. Ela também adiciona elementos

de seu contexto à história, como seus animais de estimação, e elementos do seu imaginário,

como o dromedário, levando-os para navegar.

Tais informações corroboram as afirmações de Vygotsky, Hernández, Ariès e Cohn

sobre a importância da interação social no desenvolvimento da criança. Com isso

verificou-se o papel e importância da ilustração nessa "trama interativa", que, como que num abraço,

entrelaça ilustrador, criança e cultura, fazendo com que as histórias saiam do papel e

ganhem vida, passando a habitar a imaginação e o universo de seus leitores.

Por fim, retorna-se às metáforas para contar uma história: a história da ilustração na

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C ON S I D E R A Ç Õ E S

138

ra uma vez uma menina chamada Alice, que adorava

livros.

Mas o que ela gostava mesmo era dos livros com imagens. Um

dia encontrou um deles que a deixou intrigada, tão intrigada que

decidiu segui-lo em busca das explicações para aquilo que não

compreendia. Quando se deu conta já estava caindo, caindo num universo cada vez mais

distante. Enquanto caia, tentava encontrar respostas lógicas para suas perguntas, mas a cada

uma delas, outras tantas surgiam. Até que se deixou levar, atravessou a porta da "realidade",

que por alguns momentos parecia intransponível e navegou na correnteza das páginas

ilustradas. Assim foi carregada para a floresta da imaginação, onde as coisas mais

"absurdas" aconteciam. Nessa floresta Alice encontrou um gato que sabia ficar invisível,

assim como as coisas que ela imaginava, que as vezes pareciam tão reais, e ao mesmo

tempo pareciam sonhos. Também encontrou um coelho branco vestindo roupas que,

olhando para o seu relógio, disse a Alice que ela havia chegado bem na hora certa: na hora

do chá. O Chapeleiro Maluco já estava a sua espera com a mesa posta. Alice encontrou

também ao redor da mesa André, Beatriz e Clara, todos rindo, cantando e brincando

juntos. Juntos também embarcaram em outras aventuras, navegaram pelo oceano em

barcos feitos de cocos verdes e marrons, foram príncipes e princesas, visitaram castelos e

andaram de dromedários no deserto do Saara. Enquanto viajavam, contavam histórias uns

aos outros, que pareciam se multiplicar, como cartas de baralho. Onde essa viagem

termina? Ela não termina. Alice percebe que, com as ilustrações dos livros pode viajar

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(23)

140

REFERÊNCIAS

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R E F E R Ê N C I A S

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Referências

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