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BIOGRAFIA: DA CONSTRUÇÃO DE UM MODELO DIDÁTICO ÀS CAPACIDADES DE LINGUAGEM ENSINÁVEIS EM SALA DE AULA

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BIOGRAFIA: DA CONSTRUÇÃO DE UM

MODELO DIDÁTICO ÀS CAPACIDADES DE

LINGUAGEM ENSINÁVEIS EM SALA DE

AULA

Raquel Tiemi Masuda Mareco* Gelise Alfena**

RESUMO: Este artigo tem por objetivo propor uma análise do gênero textual biografia e apontar as

capacidades de linguagem ensináveis na sala de aula de língua inglesa para a apropriação desse gênero. Para esse estudo, tomamos como base a perspectiva de gêneros textuais do Sociointeracionismo Discursivo, embasando-nos, mais especificamente, em Bronckart (2003), Schneuwly & Dolz (2004), Nascimento; Cristovão; Durão (2004), Machado; Cristovão (2006), entre outros. Esperamos, com essa análise, proporcionar, ao professor de língua inglesa, informações necessárias para que ele, de fato, direcione o aluno para uma real apropriação do gênero biografia.

PALAVRAS-CHAVE: Sociointeracionismo discursivo; língua estrangeira; modelo didático.

ABSTRACT: This article aims to offer an analysis of the biography genre and point the language

capacities that can be used to make students appropriate this genre in English classes. This study is based on the textual genre perspective of the Sociodiscursive Interactionism, more specifically on Bronckart (2003), Schneuwly & Dolz (2004), Nascimento; Cristovão; Durão (2004), Machado; Cristovão (2006), among others. We hope, with this analysis, to offer necessary information for the English teacher be able to drive students to the true appropriation of the biography genre.

KEYWORDS: Sociodiscursive interactionism; foreign language; didactic model.

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Segundo Bohn (1988), tanto o professor de língua estrangeira quanto o aluno, são profundamente dependentes dos materiais didáticos. Essa dependência iniciou-se por volta dos anos de 1980. A partir dessa época, vem-se discutindo a respeito do papel dos materiais de ensino, do profes-sor e do próprio aluno no processo de aprendizagem. O resultado dessas discussões “é a clara convicção de que os materiais não de­vem ser considerados como uma panacéia que vai substituir os maus ou mal

*Especialista em Ensino de Língua Inglesa pela Universidade do Oeste Paulista - Unoeste. Discente do curso de Mestrado em Letras da Universidade Estadual de Maringá -UEM.

**Mestre em Estudos Linguísticos e Filológicos em Língua Portuguesa pela UNESP. Discente do curso de Doutorado em Educação da UNESP.

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treinados professores ou que os professores bons não precisam de materiais” (BOHN, 1988, p. 293).

A maioria dos materiais didáticos disponíveis atualmente tem suas unidades divididas por tema, situação ou conteúdo gramatical, poucos são divididos por gêneros. Porém, todos demandam a produção escrita de alguns gêneros, como a biografia, sem o devido preparo para sua apropriação e, além disso, apresentam poucos exemplos práticos.

Frente a essa realidade em relação aos materiais didáticos, este artigo propõe um estudo do gênero biografia, construindo um modelo didático que, segundo o grupo de Genebra, é “um objeto descritivo e operacional, construído para apreender o fenômeno complexo da aprendizagem de um gênero” (DE PIETRO et al., 1996/1997, p. 108 apud MACHADO, 2005).

O modelo didático supracitado visa a levantar as capacidades de linguagem possíveis de serem ensinadas na sala de aula de língua inglesa, para a apropriação desse gênero. Para esse estudo, tomamos como base teórico-metodológica o sociointeracionismo discursivo.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS DO ESTUDO

O primeiro passo foi realizar uma intensa pesquisa bibliográfica sobre gêneros textuais, na perspectiva do sociointeracionismo discursivo (SID), embasando-nos em Bronckart (2003), Schneuwly & Dolz (2004), Nascimento; Cristovão; Durão (2004), Machado; Cristovão (2006), entre outros. Já o segundo, foi consultar materiais didáticos para o ensino de língua inglesa de quatro editoras diferentes. A consulta visou à seleção de um gênero a ser estudado, gênero esse que estivesse presente nos quatro materiais, em um mesmo nível de conhecimento da língua inglesa. Escolhemos o gênero biografia, por se enquadrar no critério acima estabelecido.

Partimos, portanto, para identificação das características do gênero biografia. Para tanto coletamos vinte e cinco textos biográficos em inglês, de personalidades nacionais e internacionais, de sites de entretenimento.

Propusemos um estudo do gênero biografia, a fim de explicitar as capacidades de linguagem possíveis de serem ensinadas na sala de aula de língua inglesa.

Iniciamos esse estudo levantando hipóteses sobre o contexto de produção das biografias. Partimos, então, para a identificação do plano tex-tual global do Gênero, para a análise dos tipos de discurso e tipos de sequência predominantes no gênero, bem como uma análise dos mecanismos de textualização.

Para o levantamento das escolhas lexicais, utilizamos a linguística de corpus, mais especificamente o software “WordSmith Tools” na opção “Word

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list”. Os vinte e cinco textos biográficos foram submetidos ao programa e nele foi gerada uma lista das palavras mais frequentes nesse texto.

Após essas análises e levantamentos, foram apontadas as capacidades de linguagem ensináveis na sala de aula de língua inglesa.

OS GÊNEROS TEXTUAIS SOB A PERSPECTIVA DO SOCIOINTERACIONISMO DISCURSIVO (SID)

O sociointeracionismo discursivo 1, doravante SID, que se embasou

na teoria interacionista de Vygotsky 2, teve como texto fundador de seu

trabalho La signification historique de la crise em psychologie. Nesse texto, Vygotsky formula um programa teórico e metodológico decisivo. Segundo Bronckart (2003, p.21):

a expressão interacionismo social designa uma posição epistemológica geral, na qual podem ser reconhecidas diversas correntes da filosofia e das ciências humanas [...] essas correntes têm em comum o fato de aderir à tese de que as propriedades específicas das condutas humanas são o resultado de um processo histórico de socialização, possibilitando especialmente pela emergência e pelo desenvolvimento dos instrumentos semióticos.

Na perspectiva sociointeracionista, segundo Schneuwly (2004), a atividade de linguagem é concebida por meio de três elementos: o sujeito, a situação e o instrumento, ou seja, a ação de linguagem é mediada por objetos específicos, socialmente elaborados, frutos das experiências das gerações precedentes, através dos quais se transmitem e se alargam as experiências possíveis. Para o autor, a linguagem é vista como instrumento fundador de atividades comunicativas, em suas dimensões especificamente humanas.

Vale ressaltar que o SID não é uma vertente da psicologia, da filosofia, da sociologia ou da linguística, e sim uma vertente das ciências humanas em geral, que estuda os hábitos de linguagem de diversas formações discursivas e desenvolve a tese de que o fenômeno da linguagem não se separa da interação social. Essa linha de estudos, o SID, propõe a utilização de gêneros textuais diversos como instrumento de ensino e aprendizagem em salas de aula. Gêneros, como afirmam Dolz & Schneuwly (2004, p.51),

1 Também chamado de Interacionismo sóciodiscursivo (ISD). Neste trabalho, optamos pela nomenclatura sociointeracionismo discursivo (SID).

2

Em oposição às teorias inatistas, Vygotsky defendia a tese de que o desenvolvimento intelectual das crianças ocorre em função das interações sociais (e condições de vida), por meio de instrumentos simbólicos, mais especificamente a linguagem, concebida como um sistema simbólico, elaborado no curso da história social e fundamental para a vida em sociedade.

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“constituem o instrumento de mediação de toda estratégia de ensino e o material de trabalho, necessário e inesgotável, para o ensino da textualidade”.

Segundo Bakhtin (apud Schneuwly, 2004), os gêneros são tipos de enunciados produzidos por cada esfera de interação social, são caracterizados por conteúdo temático, estilo e construção. Sendo assim, a escolha de um gênero se determina pela esfera, pelas necessidades da temática, pelos interlocutores e pela vontade enunciativa ou intenção do locutor. Por isso, Bronckart (2003, p. 137) adverte que

[...] os gêneros não podem nunca ser objeto de uma clas­sificação racional, estável e definitiva [...] Qualquer que seja o gênero a que pertençam, os textos, de fato, são constituídos, segundo modalidades muito variáveis, por segmentos de estatutos diferentes (segmentos de exposição teórica, de relato, de diálogo, etc.). E é unicamente no nível desses segmentos que podem ser identificadas regularidades de organização e de marcação linguísticas.

BREVES NOTAS SOBRE O GÊNERO BIOGRAFIA

Segundo Carino (1999), a biografia é uma “representação de vidas de indivíduos, as quais, em sua singularidade, serão tanto efeito quanto causa das transformações ocorridas em sua época histórica”. De acordo com os estudos de Madelénat (apud Carino, 1999), as biografias adquirem certas características do paradigma a que correspondem, fazendo com que os relatos de vidas ressaltem este ou aquele aspecto.

Historicamente, a biografia surgiu em tempos de crise na sociedade greco-romana, quando se tornaram necessários registrar os fatos ocorridos, cujo balizamento eram vidas que se relatavam. Com a biografia, veio a busca pela individualidade, busca essa que estará sempre sujeita às condições sócio-históricas de sua produção. Sendo assim, Carino (1999) explica que tempos heróicos exigem a biografia de heróis; tempos românticos exigem que as vidas retratadas exibam romantismo e assim por diante. Acrescentamos que, nos tempos atuais, em que a sociedade, em geral, é influenciada pela mídia são adequadas as biografias de ícones nela apresentados.

Desde a antiguidade até o século XVIII, o gênero biografia passou por várias transformações. Nesse período as biografias tinham uma instrumentalidade política, moral ou religiosa, cuja preocupação era apresentar uma “vida exemplar”, mais do que apresentar um relato fiel da vida do biografado, pois, para Madelénat, o que importa não é a continuidade de uma existência humana, mas somente os instantes

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du-rante os quais o Bem se sobressai (MADELÉNAT apud CARINO, 1999). Ainda segundo a autora, por muito tempo, houve a predominância absoluta das hagiografias, que são biografias da vida de santos, beatos, religiosos. Nos tempos modernos, o avanço da ciência, contribuiu para colocar o homem no centro dos acontecimentos. Surge, então, um novo modelo de biografia, que se caracteriza pela “objetividade” e pela “isenção” exigidas pela abordagem científica e transformam-se num instrumento sintomático de exposição da vida. Em relação à falta de tempo e à aceleração da sociedade moderna, Carino (1999) expõe que, quando não há tempo para que o Homem se realize em uma vida, através de seus feitos e palavras, talvez esteja se tornando imprescindível o relato sobre vidas vividas, que só se mostram realmente completas em sua recriação biográfica.

CONTEXTO DE PRODUÇÃO

É impossível estudar efetivamente um gênero textual sem que se estude o seu contexto de produção. Para Bronckart (2003, p. 93), “o contexto de produção pode ser definido como o conjunto dos parâmetros que podem exercer uma influência sobre a forma como um texto é organizado”. Esses parâmetros, segundo o autor, podem ser agrupados em dois grupos: a) o mundo físico e b) os mundos social e subjetivo.

Cada um desses mundos, citados pelo autor, pode ser dividido em quatro aspectos:

- O mundo físico: a) o lugar; b) o momento; c) o emissor e d) o receptor.

- O mundo sociossubjetivo: a) o lugar social; b) a posição social do emissor; c) a posição social do receptor e d) os objetivos.

Além desses aspectos, também faz parte do contexto de produção, o conteúdo temático3 do gênero estudado. Para exemplificar o contexto de

produção, elaboramos a tabela abaixo, já com considerando o gênero biografia, objeto deste estudo.

3 O conteúdo temático, segundo Bronckart (2003, p. 97), é “o conjunto das informações que nele são explicitamente apresenta­das, isto é, que são traduzidas no texto pelas unidades declarativas da língua natural utilizada”.

(6)

Tabela 1: contexto de produção do gênero biografia.

MODELO DIDÁTICO DO GÊNERO BIOGRAFIA

Estudos do Grupo de Genebra demonstram que, para que os objetivos de ensino-aprendizagem de gêneros sejam atingidos, as práticas de produção de texto devem ser balizadas por “um objeto descritivo e operacional, construído para apreender o fenômeno complexo da aprendizagem de um gênero” (DE PIETRO et al., 1996/1997, p. 108 apud MACHADO, 2005), ou seja, por modelos didáticos de gêneros.

Segundo Machado (2005), a construção de modelos de gênero possibilita a visualização das dimensões que constituem um dado gênero. A autora explica que o modelo didático implica a análise de um conjunto de textos pertencentes a um mesmo gênero. Para essa análise, são considerados alguns elementos (MACHADO, 2005):

a) As vozes4;

b) as sequências textuais; c) os tipos de discurso;

d) mecanismos de coesão nominal;

e) mecanismos de coesão verbal, entre outros. CONTEXTO DE PRODUÇÃO

O lugar físico de produção A casa ou o local de trabalho do produtor. O momento de produção Uma homenagem, a

publicação de um livro, entre outros. O emissor O escritor. O receptor Leitores variados, interessados na história de vida do biografado. O lugar social Esfera de comunicação

midiática (internet, TV, livro, etc.).

Posição social do emissor Produtor escolarizado. Posição social do receptor Leitores letrados, curiosos,

estudiosos.

Os objetivos Divulgar a história de vida de uma pessoa.

Conteúdo temático História de vida

Suporte Televisão, revistas, livros, internet, etc.

4 Não desenvolveremos esse tema neste artigo.

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O quadro abaixo apresenta, de um modo geral, alguns elementos, citados por Machado (2005), relacionados ao gênero biografia5.

Tabela 2: Características do Gênero Biografia

Tabela embasada em Nascimento; Cristovão; Durão, 2004 e Machado, 2005.

Os tópicos abaixo detalharão cada item do gênero biografia, apresentado na tabela 2, e exemplificarão com trechos dos textos analisados.

Plano Geral

O plano geral (ou global) “refere-se à organização de conjunto do conteúdo temático; mostra-se visível no processo de leitura e pode ser codificado em um resumo”. Bronckart (2003, p. 121).

O plano global da biografia consiste de um título, que geralmente apresenta o nome ou um apelido do indivíduo cuja biografia será relatada; data e local de nascimento (e de morte, quando for o caso); filiação e, algumas vezes, dados sobre a família; cidade onde cresceu; atividades desenvolvidas desde a infância, contadas em ordem cronológica; os últimos feitos.

Para melhor visibilidade do plano global, apresentamos como exemplo, uma das biografias selecionadas.

Gênero Biografia

Objetivo Relatar fatos da vida de alguém.

Plano Textual Global

Introdução, relato em ordem cronológica.

Tipo de Discurso

Relato interativo e Narração

Tipo de Sequência Sequência Narrativa Coesão Nominal Anáforas pronominais

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Exemplo 1:

BARACK OBAMA Título

Barack Obama was born to a white American mother, Ann Dunham, and a black Kenyan father, Barack Obama, Sr., who were both young college students at the University of Hawaii. When his father left for Harvard, she an d Barack stayed behind […]

Filiação e alguns dados sobre os

pais.

He later recounted Indonesia as simultaneously lush and a harrowing exposure to tropical poverty. He returned to Hawaii, where largely his grandparents brought him up.

Lugar onde cresceu

Obama attended Columbia University, but found New York's racial tension inescapable. He became a community organizer for a small Chicago church -based group for three years, helping poor South Side residents cope with a wave of plant closings […]

Atividades desenvolvidas ao

longo da vida

In 2004 Obama was elected to the U.S. Senate as a Democrat, representing Illinois, and gained national attention by giving a rousing and well -received keynote speech at the Democratic National Convention in Boston. In 2008 he ran for president as a democrat and won. He is set to become the 44th president of the Unites States and the first African -American ever elected to that position.

Os últimos feitos

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Exemplo 2:

Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Ayrton_Senna

Tipo de Discurso

Segundo Bronckart (2003, p. 139), os tipos de discurso são formas correlatas à (ou reveladoras da) construção das coordenadas de mundos discursivos, radicalmente diferenciadas do mundo empírico dos agentes.

Os mundos discursivos podem ser delimitados, de um lado, à

AYRTON SENNA Título

Ayrton Senna da Silva (São Paulo, March 21, 1960, – May 1, 1994) was a Brazilian race car driver and three -time Formula One world champion. He was

killed in a crash while leading the 1994

San Marino Grand Prix, and remains the most recent Grand Prix driver to die at the wheel of a Formula One car.

Breve introdução

Senna began his motorsport career in karting and moved up the ranks to win the British Formula 3 championship in 1983. Making his Formula One debut with Toleman in 1984, he moved to Lotus-Renault the following year, and won six Grands Prix over the next three seasons. In 1988 he joined Frenchman Alain Prost at McLaren -Honda. Between them, Senna and Prost won fifteen out of the sixteen Grands Prix which took place that season, with Senna winning his first World

Championship, a title he would go on to win again in 1990 and 1991[…]

Relato dos acontecimentos em ordem cronológica

Senna is regarded as one of the greatest drivers in the history of Formula One. He was recognised for his qualifying speed over one lap and held the record for most pole positions from 1989 to 2006. He was among the most talented drivers in extremely rain -affected conditions, as show by his performances in the 1984 Monaco Grand Prix, the 1985 Portuguese Grand Prix, and the 1993 European Grand Prix. He also holds the record for most victories at the prestigious Monaco Grand Prix (6) and is the third most successful driver of all time in terms of race wins. However, Senna courted controversy throughout his career, particularly during his turbulent rivalry with Alain Prost, which was marked by two championship

-Fatos que o tornaram famoso

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oposição entre a ordem do narrar e a ordem do expor e, de outro, à oposição entre implicação e autonomia. Com o cruzamento dessas duas distinções, é possível definir quatro mundos discursivos: a) mundo do expor implicado; b) mundo do expor autônomo; c) mundo do narrar implicado; d) mundo do narrar autônomo. (Idem, Ibid).

O mundo do expor implicado recebe o nome de discurso interativo; o do expor autônomo, o de discurso teórico; o do narrar implicado, o de relato interativo e o mundo do narrar autônomo, recebe o nome de narração, como demonstra a tabela a seguir.

Tabela 3: Tipos de discurso

Fonte: Bronckart, 2003, p. 157.

No gênero biografia, os tipos de discurso predominantes são a narração e o relato interativo. Segundo Bronckart (2003, p. 201),

o relato interativo articula-se com um mundo que implica os parâmetros materiais da ação de linguagem, enquanto a narração articula-se com um mundo cujas instâncias de agentividade são autônomas em relação a esses mesmos parâmetros.

Para o autor, gêneros como a biografia e a autobiografia unem esses dois mundos, não com uma fusão entre eles, mas com “inserções locais de discurso do tipo narração em discursos do tipo relato interativo” (p. 203).

Em relação ao relato interativo, Bronckart (2003) explica:

[...] é um tipo de discurso, em princípio monologa­do, que se desenvolve em uma situação de interação que pode ser real (e originalmente oral) ou posta em cena, no quadro de um gênero escrito como o romance ou a peça de teatro. Esse caráter monologado se traduz principalmente pela ausência de frases não declarativas.

Já a narração, para o autor, “é um tipo de discurso geralmente escrito e sempre monologado, que, consequentemente, comporta apenas frases declarativas”.

COORDENADAS GERAIS DOS MUNDOS Conjunção EXPOR Disjunção NARRAR Relação ao ato de produção

Implicação Discurso interativo Relato interativo Autonomia Discurso teórico Narração

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Como Bronckart (2003, p.201) ressaltou que no gênero biografia há inserções de narração, no relato interativo, julgamos adequada a elaboração de um quadro comparativo com as características desses dois tipos de discurso.

Tabela 4: Comparação entre narração e relato interativo

Fonte: as autoras (embasadas em Bronckart, 2003).

Quanto aos tempos verbais presentes em cada tipo de discurso, Bronckart estudou os da língua francesa, que têm um paradigma para os tempos verbais e os tipos de discurso. “O relato interativo é constituído pelo passado composto e imperfeito, e suas formas compostas, enquanto a narração é constituída pelo passado simples e imperfeito, e suas formas compostas” (BRONCKART, 2003, p. 201).

Segundo o autor, na língua francesa, a oposição passado composto/ passado simples é um critério determinante para diferenciar o relato interativo da narração. Diante dessas explicações de Bronckart, elaboramos uma tabela com os equivalentes em língua inglesa para os tempos verbais da língua francesa, a fim de comparar os usos dos mesmos, nos textos que serviram como objeto de análise deste estudo.

Características da Narração Características do Relato interativo Origem espaço-temporal. Origem espaço-temporal.

Presença de organizadores temporais.

Presença de orga nizadores temporais.

Ausência de pronomes e adjetivos de primeira e segunda pessoa do singular e do plural que remetem ao agente produtor do texto.

Presença de pronomes e adjetivos de primeira e segunda pessoa do singular e do plural que remetem ao agent e produtor do texto.

Anáforas pronominais. Anáforas pronominais.

Anáforas nominais por substituição lexical.

Anáforas nominais por repetição fiel.

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Tabela 5: Equivalente em inglês para os tempos verbais em língua francesa

Fonte: as autoras.

Vejamos um exemplo com mais uma das biografias de nosso corpus:

Exemplo 3

Língua Francesa Língua Inglesa

Passado simples Past simple

Passado composto Present perfect/Passive voice (past)

Imperfeito Past perfect

TEXTO CARACTERÍSTICAS TIPO DE DISCURSO

Ronaldo Luis Nazário de Lima was born on 22 September, 1976 in Bento Ribeiro, Brazil. Origem espaço-temporal* Tempo verbal – Passive

voice

RELATO INTERATIVO

A brilliant and fluid forward, Ronaldo became one of international soccer's great stars of the 1990s and Brazil's biggest soccer hero

since Pele. Organizador temporal* Tempo verbal – Past simple RELATO INTERATIVO/ NARRAÇÃO At age 17 HE was a member of Brazil's 1994 World Cup -winning squad, though HE did not play. The same year

HE joined the Dutch professional team PSV Eindhoven. His professional contract was purchased by Barcelona in 1996; the next year HE moved again to

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moved again to Italy's F.C. Internazionale Milano, remaining until 2002 when HE transferred to Real Madrid. HE was named FIFA's World Footballer of the Year in 1996 and

1997, becoming both

the youngest player to win the award and the only player to win the award in consecutive years.

HE also starred in

the 1998 World Cup, scoring four goals in leading Brazil to the Cup finals, but HE was criticized for their 3-0 loss to France in the Origem espaço-temporal* ANÁFORA PRONOMINAL* Organizador temporal* Tempo verbal – Past

simple e Passsive voice RELATO INTERATIVO /NARRAÇÃO championship game. Slowed by injuries in the 21st

century, RONALDO

nonetheless made a triumphant return by leading Brazil to the World Cup championship in 2002.

Organizador temporal*

ANÁFORA POR REPETIÇÃO FIEL

Tempo verbal – Past simple

HE won the Golden Boot as the

tournament's top scorer (with eight goals) and scored both goals in Brazil's 2-0 final game win over Germany.

ANÁFORA PRONOMINAL*

Tempo verbal – Past simple Despite accusations that HE had

become overweight and less than energetic, RONALDO scored three goals in the 2006 World Cup, giving him a total of 15 in World Cup play -- a new record.

ANÁFORA PRONOMINAL*

ANÁFORA POR REPETIÇÃO FIEL*

Tempo verbal – Past perfect

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Fonte do texto: http://www.infoplease.com/biography/var/ronaldo.html (*) Esses aspectos estão presentes, tanto no relato interativo, como na narração. Tipo de Sequência

Em seus estudos, Adam restringiu-se a cinco tipos de sequência: as sequências narrativa, descritiva, argumentativa, explicativa e dialogal. Cada uma dessas sequências é formada por macroproposição (ou fases -terminologia adotada por Adam), conforme apresentamos na tabela abaixo.

Tabela 6: As sequências segundo Adam.

Fonte: Bronckart, 2003.

No gênero biografia há predominância da sequência narrativa, porém, encontramos, também, outros tipos de sequência, tais como: argumentativa, explicativa e descritiva, sempre encaixadas ou mescladas. Segundo Adam (apud Bronckart, 2003, p. 119), é da “diversidade das sequências e da diversidade de suas modalidades de articulação que decorre heterogeneidade composicional da maioria dos textos”. Vejamos dois exemplos:

HE transferred from Real Madrid

to A.C. Milan in January of

2007; HE was injured in early 2008 and his contract was not

renewed later that year.

ANÁFORA PRONOMINAL*

Origem espaço-temporal* Organizador temporal*

Tempo verbal – Past simple RELATO INTERATIVO/ NARRAÇÃO Sequência Narrativa Sequência Descritiva Sequência Argumenta tiva Sequência Explicativa Sequência Dialogal - Fase inicial - Complicação - Ações - Resolução - Situação final - Avaliação - Fase de moral - Ancoragem - Aspectualização - Relacionamento Premissa Argumento Contra-argumento Conclusão Constatação Problematização Resolução Conclusão e/ou avaliação Abertura Transacional Encerramento

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Exemplo 4:

Fonte do texto: http://www.imdb.com/name/nm0005453/bio Britney Jean Spears was born in

rural Louisiana (Kentwood) on December 2, 1981, to Jamie and Lynne Spears. Sequência narrativa – Situação inicial Sequência descritiva – Tematização As a child, Britney

attended dance CLASSES, and she was great at gymnastics, winning many competitions and the like. But, most of all, Britney loved to sing . At age 8, Britney tried out for "MMC" (1989),

Sequência descritiva – Aspectualização

but was turned down due Sequência narrativa tried out for "MMC" (1989),

but was turned down due to her young age.

Sequência narrativa – Problematização This directed her to an

off-Broadway show, "Ruthless", for a 2 -year run as the title character. At age 11, she again tried for "MMC" (1989)

Sequência narrativa – Ações

and this time made it as a

musketeer along side many stars of today (Justin Timberlake and J.C. Chasez of N*Sync and Ryan Gosling). Her big break, however, came when she was signed as a Jive Recording Artist in the late 90s. With the release of her debut album, "...Baby One More Time" in early 1999,

Sequência narrativa – Resolução

Britney became an international success, selling 13 million copies of "Baby" and 9 million (as of July 2001) of her sophomore album, "Oops!...I Did It Again," released in May of 2000.

Sequência narrativa – Situação Final

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Exemplo 5:

Fonte do texto: http://www.infoplease.com/biography/var/xuxa.html

Coesão Nominal

A coesão nominal marca as “relações de dependência ou/e descontinuidade entre dois subconjuntos de constituintes internos às estruturas de frase [...] e que preenchem as funções sintéticas de sujeito, complemento de verbo, atributo ou adjunto adverbial” (Bronckart, 2003, p. 263).

Os mecanismos de coesão nominal são utilizados para introduzir e organizar elementos na sequência do texto. Esses procedimentos visam produzir um efeito de estabilidade e de continuidade ao texto (Idem, Ibid). Na coesão nominal, duas funções anafóricas podem ser distinguidas: a de introdução e a de retomada. “A função de introdução consiste em marcar, em um texto, a inserção de uma unidade de significação nova (ou unidade-fonte), que é a origem de uma ca­deia anafórica” (BRONCKART, 2003, p. 268). Quanto à função de retomada, o autor explica que “consiste em reformular essa unida­de-fonte (ou antecedente) no decorrer do texto” (Idem, Ibid).

Maria da Graça "Xuxa" Meneghel was born

on March, 1963 in Santa Rosa, Brazil. She is famous in Braz il as the host of a long series of popular variety shows for children.

Sequência Descritiva –

Tematização

Sequência narrativa – situação inicial

Xuxa was a teen model who later POSED AS A CENTERFOLD IN THE BRAZIL EDITION OF PLAYBOY (1982). That didn't sto p her from becoming the unabashedly sexy host of her own children's TV shows , featuring

Xuxa singing and dancing with her cadre of teen helpers (known as "Paquitas"),

receiving visits from celebrities, and performing

other colorful hijinks.

Sequência Explicativa – Asserção Sequência Narrativa – PROBLEMATIZAÇÃO Sequência Explicativa – Explicação Sequência Descritiva – Aspectualização An American version of her hit TV show lasted only one season, from 1993 -94, but Xuxa has remained one of Brazil's wealthiest entertainers.

Sequência Narrativa – Situação final

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Para Barros e Nascimento (2009), as anáforas são concretizadas linguisticamente por sintagmas nominais (anáforas nominais) ou por pronomes (anáforas pronominais) que, organizando-se em séries, formas as cadeias anafóricas. (parênteses meus).

Vejamos um exemplo de cadeia anafórica. Exemplo 6.

Fonte: http://www.360soccer.com/pele/pelebio.html

Observemos que a cadeia anafórica, em caixa alta, refere-se a EDSON ARANTES DO NASCIMENTO. Na língua inglesa, é rara a elipse do pronome já que as orações devem ter sujeito, por isso há bastante repetição dos pronomes HE (pronome subjetivo) e HIS (adjetivo possessivo

Edson Arantes do Nascimento

EDSON ARANTES DO NASCIMENTO was born

to a poor family on Oct. 23, 1940, in Três C orações, Brazil. HE began playing for a local minor -league club when HE was a teenager. HE made HIS debut with the Santos Football Club in 1956. With PELE at inside left forward, the team won several South American clubs' cups and the 1962 world club

championship, in addition to the three World Cup championships.

PELÉ scored His 1,000th goal in 1969. THE

LEGENDARY ATHLETE retired in 1974 but made a

comeback in 1975 after accepting a reported 7 -million-dollar contract for three years with the New York Cosmos of the North American Soccer League. HE said HE came out of retirement, not for the money, but to "make soccer truly popular in the United States." HIS farewell appearance was against HIS old

Santos club in1977.

PELÉ, whose nickname does not mean anything ,

became a BRAZILIAN NATIONAL HERO and was also known as PEROLA NEGRA (Black Pearl).

An average-sized man, HE was blessed with speed, great balance, tremendous vision, the ability to control the ball

superbly, and the ability to shoot powerfully and accura tely with either foot and with HIS head. In HIS career HE played in 1,363 matches and scored 1,282 goals. HIS best season was 1958, when

HE scored 139 times. In addition to HIS accomplishments in

sports, HE published several best -selling autobiographies, starred in several documentary and semi -documentary films, and composed numerous musical pieces, including the entire sound track for the film 'Pele' (1977). HE was the 1978 recipient of the International Peace Award, and in 1980 HE was named ATHLETE OF THE CENTURY.

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referente a HE). Para demonstrar, de forma mais didática, elaboramos a tabela abaixo sobre a cadeia anafórica da biografia acima. (exemplo 6).

Tabela 7: cadeia anafórica “Edson Arantes do Nascimento”.

Coesão Verbal

Segundo Bronckart (2003, p. 273), os “mecanismos de coesão ver-bal contribuem para a explicitação das relações de continuidade, descontinuidade e/ou de oposição existentes entre os elementos de significação expressos pelos sintagmas verbais”.

Para o autor, três categorias de parâmetros devem ser consideradas na análise dos mecanismos de coesão verbal: “os processos efetivamente verbalizados; os eixos de referência, quer se trate do eixo global associado a um tipo de discurso quer de eixos mais locais; a duração psicológica associada ao ato de produção”. (Idem, Ibid, p. 282).

O autor identifica quatro funções de coerência verbal: “temporalidade primária, temporalidade secundária, contraste global e contraste local”.

Como afirmamos anteriormente, o gênero biografia tem como tipos de discurso predominante a Narração e o Relato Interativo. Bronckart (2003, p. 314) afirma que em ambos ocorre o seguinte:

[...] o desenvolvimento do processo narrativo ancora-se em uma origem e desenvolve-se sobre um eixo de referência temporal [...] A função da temporalidade primária consiste em especificar o tipo de

Unidade-fonte: Edson Arantes do Nascimento tem a

função de introdução

He (ele)

Anáfora pronominal

His (dele)

Anáfora pronominal

Pelé

Anáfora (sintagma nominal

– nome

próprio)

The legendary athlete Anáfora (sintagma nominal definido -

adjetivação)

Pelé

Anáfora (sintagma nominal - repetição)

Brazilian national

hero

Anáfora (sintagma nominal

-

adjetivação)

Pérola negra

Anáfora (sintagma nominal

-

adjetivação)

Athlete of the century Anáfora (sintagma nominal

-

(19)

relação existente entre a progressão do processo narrativo e a progressão da diegese: relação de paralelismo entre esses dois movimentos (localização de isocronia); relação de deslocamento para frente (localização projetiva) ou para trás (localização retroativa). Quanto às funções de contraste, o autor afirma que estão em funcionamento, essencialmente no relato e na narração, e traduzem a hierarquização introduzida pelo narrador, seja entre as séries isotópicas de processos (contraste global), seja entre pares de processos (contraste lo-cal) . (Idem, Ibid, p. 314).

Em relação ao estatuto, Bronckart (2003, p. 315) justifica que apenas nos tipos de discurso da ordem do narrar “funcionam claramente as funções de contraste, muitas vezes em relação de interdependência com as sequências narrativas”.

Escolha lexical

Para o levantamento das palavras mais frequentes no gênero biografia, foram coletados vinte e cinco textos biográficos de sites de entretenimento. Esses textos foram submetidos à análise software “WordSmith Tools” na ferramenta “Word list”.

Os itens lexicais mais frequentes no gênero biografia são relacionados à vida pessoal do biografado, tais como: family (família), parents (pais), couple (casal), children (filhos), award (prêmio), wife (esposa), husband (marido), entre outros.

Outras unidades linguísticas

Por meio do recurso computacional citado no item 5.7, foi possível realizar uma análise de outras unidades linguísticas mais frequentes no gênero, que podem ser utilizadas para a apropriação do mesmo.

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Tabela 8: unidades linguísticas mais frequentes nos textos biográficos analisados.

Como observado no item e no quadro acima, no gênero biografia há uma predominância absoluta de verbos no passado (simple past), visto que, nesse gênero relata-se fatos já acontecidos e finalizados. Os verbos mais frequentes foram WAS (era/estava), HAD (tinha) e BECAME (tornou-se).

Quanto às anáforas pronominais, as mais frequentes foram HE/SHE (ele/ela) e HIS/HER (dele/dela), sempre com função de retomada.

Os organizadores temporariais IN (em), LATER (Mais tarde/ depois) e AFTER (após) foram os mais frequentes nos textos analizados.

CAPACIDADES DE LINGUAGEM

A análise realizada neste trabalho possibilita o levantamento das características que podem ser utilizadas como objeto de ensino, a fim de proporcionar a apropriação do gênero biografia.

Palavra Frequência

Verbos

Was

(to be) 162 vezes

Had

(to have) 47 vezes

Became

(to become) 41 vezes

Anáforas He/She 202 vezes His/Her 197 vezes One 48 vezes Organizadores temporais In 225 vezes Later 41 vezes After 39 vezes

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Tabela 9: Capacidades de linguagem

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esperamos que, com este estudo, o professor de língua inglesa possa elaborar sequências didáticas visando à apropriação do gênero estudado, considerando as particularidades de seu contexto de sala de aula. Nossa proposta não pretende eliminar ou a substituir o livro didático, mas sim complementar a unidade que trata do gênero biografia, para que o aluno não siga simplesmente uma estrutura-modelo para construir um gênero, mas conheça as variações que ocorrem na estrutura, os objetivos desse texto, o contexto de produção, etc., em outras palavras, que o aluno não apenas reproduza o gênero, mas que ele se aproprie do gênero, sendo capaz de reconhecê-lo, adotá-lo do intertexto e adaptá-lo à necessidade comunicativa da situação. CAPACIDADES DE LINGUAGEM Ação de linguagem Falar e escrever sobre a vida de outra pessoa

Como não é usual em livros didáticos, a exploração do contexto de produção do gênero textual a ser trabalhado, sugerimos que sejam explicitadas as características da situação de produção (Quadro 1). Discursiva Organização textual do gênero biografia

Nesse aspecto, sugerimos o estudo do plano textual global com suas possíveis variações (exemplos 1 e 2). Linguístico -discursiva Uso do passado simples e de organizadores temporais Quanto à capacidade

linguístico-discursiva, sugerimos que sejam utilizados como objeto de ensino, o tempo verbal Simple Past, para relatar fatos no passado, com presença do sujeito na oração e Passive voice (to be – past + past participle), para relatar fatos no passado, sem presença do sujeito na oração. Sugerimos também o ensino dos itens lexicais e das outras unidades linguísticas apresentados no corpo deste texto e a produção de sequências descritivas encaixadas em sequências explicativas.

(22)

REFERÊNCIAS

BARROS, Eliana Merlin Deganutti. A apropriação do gênero crítica de cinema no processo de letramento, 2008. Dissertação (Mestrado em Estudos da Linguagem), Universidade Estadual de Londrina – PR.

BARROS, Eliana Merlin Deganutti; NASCIMENTO, Elvira Lopes. As coerções da contemporaneidade no funcionamento do gênero crítica de cinema. In: VIEIRA, AG; BAZARIM, M. (orgs). Interação, Gêneros e Letramento. São Carlos: Editora Claraluz, 2009 (prelo).

BOHN, Hilário Inácio. Avaliação de Materiais. In: BOHN, Hilário Inácio; VANDRESE, Paulino (orgs.). Tópicos de Lingüística Aplicada: o ensino de línguas estrangeiras. Florianópolis: UFSC, 1988. pp. 292-313.

BRONCKART, Jean-Paul. As condições de produção dos textos. In: BRONCKART, Jean-Paul. Atividade de linguagem, textos e discursos. 2. ed. São Paulo: Educ, 2003. Cap. 3. pp. 91-103.

CARINO, Jonaedson. A biografia e sua instrumentalidade educativa. Educação e sociedade. vol. 20, n. 67. Campinas Aug. 1999.

CRISTOVÃO, Vera Lúcia Lopes. O gênero quarta capa no ensino de inglês. In: DIONÍSIO, Ângela Paiva; MACHADO, Anna Rachel; BEZERRA, Maria Auxiliadora. Gêneros textuais e ensino. 3 ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005.

DOLZ, Joaquim; SCHNEUWLY, Bernard.Gêneros e progressão em expressão oral e escrita – elementos para reflexões sobre uma experiência suíça (francófona) In: SCHNEUWLY, Bernard; DOLZ, Joaquim. Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado das Letras, 2004. Cap. 2. pp. 41-70.

MACHADO, Anna Rachel. A perspectiva interacionista sociodiscursiva de Bronckart. In: MEURER, J. L.; BONINI, Adair; MOTTA-ROTH, Désirée. (Orgs.). Gêneros: teorias, métodos, debates. São Paulo: Parábola Editorial, 2005. p. 237-259.

MACHADO, Anna Rachel; CRISTOVÃO, Vera Lúcia. A construção de modelos didáticos de Gêneros: aportes e questionamentos para o ensino de gêneros. Linguagem em (Dis)curso - LemD, Tubarão, v. 6, n. 3, p. 547-573, 2006.

NASCIMENTO, E. L.; CRISTOVÃO, V. L. L.; DURÃO, A. B. Cartas de pedido de conselho: da descrição de uma prática de linguagem a um objeto de ensino. Revista Linguagem em (Dis)curso, vol. 5, n. 2, 2004.

SCHNEUWLY, B. (1994). Gêneros e tipos de discurso: considerações psicológicas e ontogenéticas. In: SCHNEUWLY, B.; DOLZ, J. (e colaboradores). Gêneros orais e escritos na escola. Trad. e org. Roxane Rojo e Glais Cordeiro. São Paulo: Mercado das Letras, 2004.

Imagem

Tabela  1: contexto  de produção  do gênero  biografia.
Tabela  2: Características  do Gênero  Biografia
Tabela  6: As  sequências segundo  Adam.
Tabela 7: cadeia anafórica “Edson Arantes do Nascimento”.
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