Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Objetivo
• Abordar os aspectos e técnicas associados às
instalações em atmosferas potencialmente
explosivas.
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Marcação de equipamento para atmosfera potencialmente
explosiva
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Definições
• Atmosfera explosiva: área onde existe a possibilidade de explosão devido à mistura de gases, vapores ou ar em determinada quantidade.
• Área classificada: local aberto ou fechado, onde existe
a possibilidade de formação de uma atmosfera
explosiva, podendo ser dividida em zonas de diferentes
riscos, sem que haja barreira física.
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
• Explosão: Do ponto de vista da química, a oxidação, a combustão e a explosão são reações exotérmicas (Kurski, Bhopal, Guadalajara, Porto Rico) de diferentes velocidades de reação, sendo iniciadas por uma detonação ou ignição.
• Ignição: é a chama ocasionada por uma onda de choque, que tem sua origem térmica ou elétrica.
Definições
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Temperatura de auto-ignição: Uma temperatura fixa acima da qual uma mistura inflamável é capaz de extrair energia suficiente do ambiente para entrar em combustão espontaneamente.
Ponto de Fulgor: O ponto de fulgor de um líquido é a mínima temperatura em que o líquido se evapora, para formar uma mistura com ar em concentração suficiente para provocar uma ignição, próxima da superfície do líquido. Em inglês, ponto de fulgor é flash point.
Definições
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Principais pontos de fulgor e temperaturas de ignição de alguns combustíveis ou inflamáveis
Combustíveis
Inflamáveis Ponto de Fulgor Temperatura de Ignição
Álcool etílico Gasolina Querosene
Parafina
12,6 ° C -42,0 ° C
38,0 ° C a 73,5 ° C 199,0 ° C
371,0 ° C
257,0 ° C
254,0 ° C
245,0 ° C
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Classificação de Áreas
• Visa agrupar diversas áreas com riscos semelhantes, tornando possível o projeto de equipamentos específicos.
Baseia-se no grau de periculosidade da substância combustível e na frequência de formação da atmosfera explosiva.
• No Brasil, tais normas são padronizadas pela ABNT e
internacionalmente pela IEC.
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Classificação de Áreas
Classe: A classe da área se relaciona com o estado físico da substância inflamável. A classe denota a natureza genérica do material perigoso e está relacionada com a apresentação física do material.
São aceitas e definidas três classes distintas:
Classe I - locais onde há gases ou vapores na presença com
o ar em quantidades suficientes para produzir misturas
explosivas e inflamáveis. Refinarias de petróleo, plantas
petroquímicas.
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Classificação de Áreas
Classe II - locais onde o perigo é devido à presença de pó combustível. Siderúrgicas, mineração de carvão e indústrias de artefatos de pneu e nos ensacamentos de pós petroquímicos.
Classe III - locais onde estão presentes fibras e partículas
sólidas como algodão, rayon, sisal, juta, fibra de côco,
serragem de madeira. Indústrias de madeira, barracão de
escola de samba.
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Classificação de Áreas
Grupo: A designação do grupo é mais específica e constitui uma subdivisão da classe. O grupo, associado à classe, é uma especificação de natureza química.
O agrupamento dos materiais é usualmente especificado em
normas e códigos. As normas americanas diferem levemente
das européias.
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Classificação de Áreas
O NEC (National Electrical Code - EUA) estabelece o seguinte:
Classe I : possui os Grupos A, B, C e D.
Classe II : possui os Grupos E, F e G.
Classe III : não possui grupo associado.
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Classificação de Áreas
No sistema europeu os grupos são diferentes:
Grupo I: minas subterrâneas, onde pode haver gases.
Assume-se, na prática que o perigo é causado pelo gás metano.
Grupo II: locais de superfície, onde os materiais são indicados pelos sufixos A, B e C.
Subdivisões do Grupo II:
IIC similar ao NEC Grupo A e B IIB similar ao NEC Grupo C.
IIA similar ao NEC Grupo D.
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Classificação de Áreas
Comparação dos Grupos de Gases Europa (IEC) e EUA (NEC)
Gás Típico Grupo (EUA) Grupo (Europa)
Metano D I
Propano D IIA
Etileno C IIB
Hidrogênio B IIC
Acetileno A IIC
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Classificação de Áreas
Grupo A ou Grupo IIC (1 gás) Acetileno
Grupo B ou Grupo IIC (6 gases) 1. Acrolein (inibido)
2. Butadieno 3. Hidrogênio
4. Gases com >30% de H2 (por volume) 5. Óxido de propileno
6. Óxido de etileno
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Classificação de Áreas
Grupo C ou Grupo IIB (16 gases)
1. acetaldeido 9. éter dietil 2. álcool alquil 10. etilenimina 3. n-butil-aldeildo 11. etileno
4. ciclopropano 12. monóxido de carbono 5. croto-aldeido 13. morfoline
6. di-etil-amina 14. 2-nitropropano
7. dimetil hidrazine assimétrico 15. sulfeto de hidrogênio
8. epiclorohidrin 16. tetrahidrofuran
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Classificação de Áreas
Grupo D ou Grupo IIA (44 gases)
acido acético (glacial) gasolina
acetona heptano
amônia hexano
benzeno metano
butano metanol
etano nafta de petróleo
etanol (álcool etílico) propano
éter isopropílico tolueno
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Classificação de Áreas
Grupos da Classe II (Pó)
Grupo E: Pós metálicos: alumínio, magnésio, titânio e suas ligas metálicas.
Grupo F: Pós carbonáceos: carbono coloidal, carvão, negro de fumo, coque.
Grupo G: Pós agrícolas: polvilho, fécula, pó de grãos, pós
químicos e plásticos.
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
• Na prática, foi estabelecido dividir as áreas perigosas em zonas. Zonas com perigo de explosão são classificadas dependendo da frequência e duração da atmosfera potencialmente explosiva.
• A zona de uma área expressa a probabilidade relativa do material perigoso estar presente no ar ambiente, formando uma mistura em concentração perigosa e provável de provocar uma explosão ou incêndio.
Classificação de Áreas
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Zona 0: Um local em que uma atmosfera explosiva consistindo de uma mistura com ar de substâncias flamáveis na forma de gás, vapor ou névoa está presente continuamente ou por longos períodos ou freqüentemente.
Exemplos de Zona 0 são:
1. interior de um tanque cheio de gás
2. espaço cheio de vapor dentro de um tanque com líquido volátil.
Gases, vapores e névoas flamáveis
Classificação de Áreas
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Zona 1: Um local em que uma atmosfera explosiva consistindo de uma mistura com ar de substâncias flamáveis na forma de gás, vapor ou névoa é provável de ocorrer em operação normal ocasionalmente. A probabilidade da presença de uma atmosfera perigosa na Zona 1 é relativamente elevada.
Exemplos típicos de Zona 1: as áreas de ensacamento e esvaziamento e equipamento de manipulação de pós, dos quais pode ocorrer liberação de produtos em condição normal em quantidade suficiente para produzir uma nuvem de pó inflamável.
Classificação de Áreas
Gases, vapores e névoas flamáveis
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Zona 2: Um local em que uma atmosfera explosiva consistindo de uma mistura com ar de substâncias flamáveis na forma de gás, vapor ou névoa não é provável de ocorrer em operação normal, mas se ocorrer, irá persistir somente por um curto período de tempo. A zona 2 pode ser a área que separa a zona 1 de áreas seguras. A zona 2 é uma área mais segura que a zona 1, porém, é ainda um local perigoso, classificado. A probabilidade de ocorrer condições de perigo é pequena, quando comparada a probabilidade da zona 1, porém não é zero.
Classificação de Áreas
Gases, vapores e névoas flamáveis
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Classificação de Áreas
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Classificação de Áreas
Classificação de área para um tanque de armazenamento de líquido inflamável
com ponto de fulgor menor que 32
oC e com teto fixo (Imperial Chemical
Industries Ltd, ICI/RoSPA 1972 IS/91).
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Zona 20: Um local em que uma atmosfera explosiva na forma de uma nuvem de pó combustível no ar está presente continuamente ou por longos períodos ou frequentemente.
Zona 21: Um local em que uma atmosfera explosiva na forma de uma nuvem de pó combustível no ar é provável de ocorrer em operação normal ocasionalmente.
Classificação de Áreas
Pós combustíveis
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Zona 22: Um local em que uma atmosfera explosiva na forma de uma nuvem de pó combustível no ar não é provável de ocorrer em operação normal, mas se ocorrer, irá persistir somente por um curto período de tempo.
Classificação de Áreas
Pós combustíveis
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Há seis classes de temperatura, de T1 a T6. A classe de temperatura T1 tem a temperatura de superfície permissível mais alta e a classe de temperatura T6, a mais baixa. Uma superfície aquecida aumenta o conteúdo da energia de uma mistura potencialmente explosiva em contato com ela. Se a temperatura da superfície é muito alta, este alto conteúdo de energia pode iniciar uma reação explosiva.
Classes de Temperatura
Classificação de Áreas
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Classe de Temperatura T1: Misturas com uma temperatura de ignição de t > 450 o C e uma temperatura de superfície máxima de 450 o C. T1 inclui as substâncias:
propano, monóxido de carbono, amônia, acetona, estireno, acido acético, benzeno, metano, tolueno, hidrogênio e gás natural. T1 se relaciona principalmente a trabalhos de gás e a indústria de mina.
Classes de Temperatura
Classificação de Áreas
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Classe de Temperatura T2: Misturas com uma temperatura de ignição de t > 300 o C e uma temperatura de superfície máxima de 300 o C. As principais substâncias cobertas por T2 são: isopentano, acetato de butil, álcool etílico e acetileno, que são usados industrialmente na química de acetileno.
Classes de Temperatura
Classificação de Áreas
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Classe de Temperatura T3: Misturas com uma temperatura de ignição de t > 200 o C e uma temperatura de superfície máxima de 200 o C. T3 cobre benzeno e os derivados correspondentes, que são encontrados principalmente na indústria petroquímica.
Classes de Temperatura
Classificação de Áreas
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Classe de Temperatura T4: Misturas com uma temperatura de ignição de t > 135 o C e uma temperatura de superfície máxima de 135 o C. T4 inclui principalmente éter etílico e acetaldeído, que são usados em fabricação de plásticos e solventes.
Classes de Temperatura
Classificação de Áreas
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Classe de Temperatura T5: Misturas com uma temperatura de ignição de t > 100 o C e uma temperatura de superfície máxima de 100 o C. A importância prática de T5 é principalmente na fabricação de fibras têxteis.
Classes de Temperatura
Classificação de Áreas
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Classe de Temperatura T6: Misturas com uma temperatura de ignição de t > 85 o C e uma temperatura de superfície máxima de 85 o C. Esta classe de temperatura é de importância prática principalmente nas envolvendo o uso de bissulfeto de carbono e etil nitrito.
Classes de Temperatura
Classificação de Áreas
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Classificação de Áreas
Classificação de Máxima Temperatura de Superfície de Equipamento Grupo II
Classe de Temperatura
Máxima temperatura admissível da superfície dos equipamentos,
oC
Temperatura de ignição de substâncias inflamáveis,
oC
T1 450 >450
T2 300 300 a 450
T3 200 200 a 300
T4 135 135 a 200
T5 100 100 a 135
T6 85 85 a 100
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Gás GRUPO C. TEMP. T. IGNIÇÃO (ºC) Amônia
Anilina Butanol
Nafta
“CO”
Benzeno Hidrogênio
Eteno Propano
Metano
IIA IIA IIA IIA IIB IIA IIC IIB IIA
I
T1 T1 T2 T3 T1 T1 T1 T2 T1 T1
630
617
340
290
605
560
560
425
470
595
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Grupos Energia para a ignição (IEC 79-3)
I 500 µJ
IIA 240 µJ
IIB 110 µJ
IIC 40 µJ
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Produto Energia (mJ)
Acetileno 0,017
Etileno 0,08
Hidrogênio 0,017
Metano 0,30
Propano 0,25
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Categorias dos Equipamentos Categoria 1
A categoria 1 compreende o equipamento que é
permitido ser usado em Zonas 0 ou 20 (e é também
utilizado em Zonas 1, 2 ou 21 e 22). Equipamento
Categoria 1 usualmente tem dois tipos de proteção e
permanece seguro mesmo se duas falhas
independentes entre si ocorrerem.
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Categorias dos Equipamentos Categoria 2
A categoria 2 compreende o equipamento que é
permitido ser usado em Zonas 1 ou 21 (e é também
utilizado em Zonas 2 ou 22). Equipamento Categoria 2
permanece seguro mesmo se ocorrerem distúrbios ou
falhas no equipamento.
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Categorias dos Equipamentos Categoria 3
Categoria 3 compreende o equipamento que é permitido ser usado em Zonas 2 ou 22 apenas.
Equipamento Categoria 3 fornece o nível de requisito
de segurança durante a operação normal. Distúrbios e
falhas de equipamento não são considerados na
categoria 3.
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Métodos de Proteção
Triângulo do Fogo
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Métodos de Proteção
Existem vários métodos de proteção que são baseados em um desses princípios:
•
Confinamento: evita a detonação da atmosfera, confinando a explosão em um compartimento capaz de resistir a pressão envolvida no processo, não permitindo a propagação para superfícies vizinhas (ex: equipamentos à prova de explosão).
•
Segregação: é a técnica que visa separar fisicamente a atmosfera potencialmente explosiva da fonte de ignição (ex: equipamentos pressurizados, imersos e encapsulados).
•
Prevenção: Controla-se a fonte de ignição de forma a não possuir
energia elétrica e térmica suficiente para detonar a atmosfera
explosiva.
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
À Prova de Explosão (Ex d)
•
Baseado totalmente no conceito de confinamento.
•
Deve possuir um invólucro resistente, normalmente alumínio ou ferro fundido. Dever possuir também um interstício estreito e longo para que os gases quentes desenvolvidos durante um possível explosão possam ser resfriados.
•
Caso haja a necessidade de haver cabos elétricos, esses devem
ser envoltos por eletrodutos metálicos, e devem haver unidades
seladoras para evitar propagação de chamas
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
À Prova de Explosão (Ex d)
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
À Prova de Explosão (Ex d)
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
À Prova de Explosão (Ex d)
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
À Prova de Explosão (Ex d)
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
À Prova de Explosão (Ex d)
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Pressurizado (Ex p)
• Baseado no princípio da segregação.
• A atmosfera explosiva é impedida de entrar no invólucro devido à presença de um gás de proteção (ar ou inerte) que é mantido numa pressão levemente maior que a da atmosfera externa.
• É recomendado o uso de dispositivos auxiliares de
detecção de nível de pressão interno para não afetar o
funcionamento do equipamento.
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Pressurizado (Ex p)
• Pode ser aplicado para painéis elétricos em geral, principalmente quando as salas de controle ficam próximas à atmosferas explosivas.
• Desta forma o gás inerte deve ser mantido em
quantidade tal que a concentração da mistura nunca
alcance 25 % do limite inferior da explosividade do gás
gerado.
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Pressurizado (Ex p)
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Pressurizado (Ex p)
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Pressurizado (Ex p)
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Gás Inerte: Um gás inerte é qualquer um dos gases que não é reativo
em circunstâncias normais. É um gás que não participa da reação
como, por exemplo, os gases nobres.
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Gás Inerte
• O nitrogênio (N2) é um gás inerte que existe em
maior quantidade na atmosfera 78% no ar ambiente.
• Ser inerte significa que ele não participa nas reações de obtenção de energia (papel do oxigênio).
• Os gases inertes são aplicados às bebidas de uma forma geral, seja como ingrediente de sua
formulação, como é o caso do gás carbônico (CO 2 ) utilizado na carbonatação de bebidas ou como uma atmosfera protetora nas diversas etapas do
processamento.
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Gás Inerte
Lago Nyos, o lago
mais mortal do mundo,
calcula-se em 90
milhões de toneladas
a quantidade média
de CO 2 . Tubos para
exaustão do gás.
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Encapsulado (Ex m)
• Baseado no princípio de segração.
• Envolve os componentes elétricos com uma resina de forma que a atmosfera explosiva externa não seja inflamada.
• Não permite manutenção corretiva dos componentes.
• Aplicação em: reed relé, botoeiras, sensores de
proximidade e obrigatoriamente nas barreiras zener.
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Encapsulado (Ex m)
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Imersão em Óleo (Ex o)
• Baseado no princípio da segregação.
• Envolve as partes vivas do circuito em um invólucro com óleo.
• Normalmente utilizado em
grandes transformadores e
disjuntores.
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Enchimento de Areia (Ex q)
• Baseado no princípio da
segregação, onde ocorre
um preenchimento de
um invólucro com pó de
quartz ou areia evitando
o inflamar da chama,
normalmente utilizada
em proteção de cabos
que passam atráves de
pisos.
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Enchimento de Areia (Ex q)
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Segurança Aumentada (Ex e)
• Este método de proteção baseia-se nos conceitos de supressão da fonte
de ignição, aplicável que em condições normais de operação, não
produza arcos, faíscas ou superfícies quentes que podem causar a
ignição da atmosfera explosiva para a qual ele foi projetado. Esta
técnica pode ser aplicada a motores de indução, luminárias, solenóides,
botões de comando, terminais e blocos de conexão e principalmente em
conjunto com outros tipos de proteção. A normas técnicas prevêem
grande flexibilidade para os equipamentos de Segurança Aumentada,
pois permitem sua instalação em Zonas 1 e 2, onde todos os cabos
podem ser conectados aos equipamentos através de prensa-cabos, não
necessitando mais dos eletrodutos metálicos e suas unidades seladoras.
Campus Curitiba
Segurança Aumentada (Ex e)
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Não Ascendível (Ex n)
Este método de proteção, de origem alemã, não
está coberto por nenhuma norma técnica e foi
desenvolvido para permitir a certificação de equipamentos
que não sigam nenhum método de proteção, e possam ser
considerados seguros para a instalação em áreas
classificadas, por meios de testes e análises do projeto,
visando não limitar a inventividade humana.
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Não Ascendível (Ex n)
• Também baseado nos conceitos de supressão da fonte de ignição, os equipamentos não ascendíveis são similares aos de Segurança Aumentada.
Este método os equipamentos não possui energia suficiente para provocar a
detonação da atmosfera explosiva, como os de Segurança Intrínseca, mas não
prevêem nenhuma condição de falha ou defeito. Sua utilização será restrita
à Zona 2, onde existe pouca probabilidade de formação da atmosfera
potencialmente explosiva, o que pode parecer um fator limitante, mas se
observar que a maior parte dos equipamentos elétricos estão localizados nesta
zona, pode-se tornar muito interessante. Um exemplo importante dos
equipamentos não ascendíveis são os multiplex, instalados na Zona 2, que
manipulam sinais das Zonas 1 e os transmite para a sala de controle, com uma
combinação perfeita para a Segurança Intrínseca, tornando a solução mais
simples e econômica.
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Não Ascendível (Ex n)
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Aplicação dos Métodos de Proteção
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Segurança Intrínseca (Ex i)
• A Segurança Intrínseca é o método representativo do conceito de prevenção da ignição, através da limitação da energia elétrica.
O princípio de funcionamento baseia-se em manipular e
estocar baixa energia elétrica, que deve ser incapaz de provocar
a detonação da atmosfera explosiva, quer por efeito térmico ou
por faíscas elétricas. Em geral pode ser aplicado a vários
equipamentos e sistemas de instrumentação, pois a energia
elétrica só pode ser controlada a baixos níveis em instrumentos,
tais como: transmissores eletrônicos de corrente, conversores
eletropneumáticos, chaves-fim-de-curso, sinaleiros luminosos,
etc.
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
A Técnica da Segurança Intrínseca
Energia de ignição: Toda a mistura possui uma energia mínima de ignição, sendo que abaixo deste valor torna- se impossível a detonação, isto em função da quantidade de combustível em relação a quantidade de ar.
Os circuitos de segurança intrínseca sempre manipulam
e armazenam energia abaixo deste limite.
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
A Técnica da Segurança Intrínseca
O ponto que requer menor energia para provocar a detonação é chamado de MIE (Minimum Ignition Energie), sendo também o ponto onde a explosão desenvolve maior pressão, ou seja a explosão é maior. Fora do ponto de menor energia MIE, a mistura necessita de maiores quantidades de energia para provocar a ignição, ou seja: a energia de ignição é função da concentração da mistura.
As concentrações abaixo do limite mínimo de explosividade LEL (Lower Explosive Limit) não ocorre mais a explosão pois a mistura está muito pobre ou seja muito oxigênio para pouco combustível.
Analogamente quando a concentração aumenta muito, acima do limite
máximo de explosividade UEL (Upper Explosive Limit), também não
ocorre mais a explosão devido ao excesso de combustível, mistura muito
rico.
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
A Técnica da Segurança Intrínseca
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Limites de Inflamabilidade dos Gases
Gás Limite Inferior Limite Superior
Hidrogênio 4% 75,6%
Monóxido de Carbono 12,5% 74%
Metano 5% 15%
Propano 2,1% 9,5%
Butano 1,5% 8,5%
Acetileno 2,4% 83%
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Limitadores de Energia
Para uma instalação ser executada com proteção
intrínseca, temos que interfacear o elemento de campo
com o instrumento de controle, através de um limitador
de energia.
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Limitadores de Energia
São empregadas alguma técnicas para limitar os efeitos da energia elétrica atuante no circuito em questão.
Limitador de Corrente
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Limitadores de Energia
Limitador de Tensão
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Limitadores de Energia
• Cálculo da potência: considerando as tensões com que se quer trabalhar, dimensiona-se uma potência que evita a detonação controlando a energia manipulada.
• Armazenamento de energia: dependendo do sinal e do
circuito utilizados e também do comprimento de cabos,
podem surgir efeitos de armazenamento de energia
(capacitivo/indutivo). O dimensionamento do limitador
deve levar em conta isso.
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Limitadores de Energia
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Categorias de Proteção: Os equipamentos intrinsecamente seguros são classificados em duas categorias:
Categoria “ia”
Esta categoria é mais rigorosa e prevê que o equipamento possa sofrer até dois defeitos consecutivos e simultâneos, visando a incapacidade de provocar a ignição. Motivo pelo qual se assegura a utilização desses equipamentos até nas zonas de risco prolongados (Zona 0).
Categoria “ib”
A categoria é menos rigorosa, possibilitando a instalação dos
equipamentos apenas nas Zonas 1 e 2 devendo assim assegurar a
incapacidade de provocar a detonação da atmosfera quando houver um defeito
no circuito.
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Aterramento: Visando ainda eliminar a possibilidade de
ignição, o circuito deve estar apto a desviar as sobretensões
perigosas capazes de provocar uma centelha elétrica na
área classificada.
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Aterramento: Um sistema de aterramento com alta integridade deve ser
utilizado para conexão do circuito limitador de energia, como único
circuito capaz de desviar a corrente gerada por uma sobretensão em
relação ao potencial da terra. As normas técnicas recomendam que o
sistema de aterramento íntegro deve possuir impedância menor que 1 Ω ,
para garantir a eficácia do circuito.
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Isolação Galvânica: Técnica que dispensa a conexão do limitador de energia
ao sistema de aterramento, através da inclusão de proteções contra falhas.
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Campus Curitiba
Instrumentação Industrial
Atmosferas Explosivas
Análise das Marcações
Campus Curitiba