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Cadastro nacional de inadimplentes ambientais : fundamentos e modo de operação

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Academic year: 2021

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(1)UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA CENTRO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. CADASTRO NACIONAL DE INADIMPLENTES AMBIENTAIS: FUNDAMENTOS E MODO DE OPERAÇÃO. Marcelo Felipe Moreira Persegona. Orientador: Prof. Dr. Marcel Bursztyn Co-Orientadora: Profª. Drª. Isabel Teresa Gama Alves. Tese de Doutorado. Brasília, março/2010.

(2) Persegona, Marcelo Felipe Moreira Cadastro Nacional de Inadimplentes Ambientais: Fundamentos e Modo de Operação./ Marcelo Felipe Moreira Persegona. Brasília, 2010. 260 p. : il. Tese de Doutorado. Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília, Brasília. 1. Adimplência Ambiental. 2.Políticas Públicas. 3. Gestão Ambiental. I. Universidade de Brasília. CDS. II. Doutorado.. É concedida à Universidade de Brasília permissão para reproduzir cópias desta tese e emprestar ou vender tais cópias, somente para propósitos acadêmicos e científicos. O autor reserva outros direitos de publicação e nenhuma parte desta tese de doutorado pode ser reproduzida sem a autorização por escrito do autor.. _______________________________ M ARCELO FELIPE MOREIRA PERSEGONA. ii.

(3) UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA CENTRO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. CADASTRO NACIONAL DE INADIMPLENTES AMBIENTAIS: FUNDAMENTOS E MODO DE OPERAÇÃO Marcelo Felipe Moreira Persegona. Tese de Doutorado submetida ao Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do Grau de Doutor em Desenvolvimento Sustentável, área de concentração em Política e Gestão Ambiental. Aprovado por:. _____________________________________ Marcel Bursztyn, Doutor (Centro de Desenvolvimento Sustentável – CDS/UnB) (Orientador). _____________________________________ Isabel Teresa Gama Alves (CDS-UnB) (Co-Orientadora). ________________________________________. Donald Rolfe Sawyer (Examinador Interno). _____________________________________. Thomas Ludewigs (Examinador Interno). ________________________________________. Antônio Herman de Vasconcellos e Benjamin (Examinador Externo). _____________________________________. Arlindo Philippi Jr (Examinador Externo) Brasília-DF, 22 de março de 2010. iii.

(4) Dedico esta pesquisa aos sóis que iluminam a minha vida, minha esposa Janeina e meus filhos Júlia e Luiz Felipe.. iv.

(5) AGRADECIMENTOS. Aos meus orientadores, Prof. Dr. Marcel Bursztyn e Profa. Dra. Isabel Teresa Gama Alves, que compartilharam comigo seus conhecimentos e dedicaram precioso tempo para acompanhar a minha pesquisa. Sem suas orientações não teria alcançado este resultado. Sinto-me privilegiado e orgulhoso de tê-los como mestres. Muito obrigado por tudo que fizeram por mim.. Aos meus pais, de quem recebi o dom mais precioso, a vida, que me ensinaram a vivê-la com dignidade e iluminaram o meu caminho com afeto e dedicação, para que a trilhasse sem medo e com esperança, doaram-se por inteiro para que eu pudesse realizar os meus sonhos. A vocês, pais, por natureza, por opção e amor, muito obrigado.. À minha família, que foi apoio, amparo e motivação. Sonhou e compartilhou minha vida. Em resposta ao amor que me dedica, ofereço este meu triunfo, que é nosso. Há muito de vocês nos méritos dessa conquista.. Aos meus mestres, que quando deveriam ser simplesmente professores, foram mestres, transmitindo seus conhecimentos e experiências; foram amigos e com sua amizade me compreenderam e me incentivaram a seguir o meu caminho, expresso o meu maior agradecimento e profundo respeito, o que é pouco diante do muito que me foi oferecido. Muito obrigado.. Aos meus colegas, que durante todo esse tempo foram colegas, amigos e até irmãos. Ao separarmo-nos, levamos um pouco do outro e deixamos um pouco de nós. Tenhamos sempre em nós a força que nos trouxe até aqui e que agora nos leva a seguir caminhos diversos. A saudade de todos e a esperança de um breve reencontro estarão sempre no meu coração.. Aos funcionários do CDS, grande parte das conquistas são alcançadas pelos nossos esforços pessoais, mas, no meio do nosso caminho, encontramos pessoas especiais, que buscam conosco o mesmo objetivo, os mesmos sonhos, a mesma vitória. Nos seus trabalhos silenciosos e anônimos, cumprem a sua missão fora do alcance de nossos olhos, entretanto a sua relevância foi essencial para que pudesse atingir o sucesso. Muito obrigado.. v.

(6) Sou um só, mas ainda assim sou um. Não posso fazer tudo, mas posso fazer alguma coisa. Por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o pouco que posso. O que eu faço é uma gota no meio de um oceano, mas sem ela o oceano será menor. Madre Teresa de Calcutá.. vi.

(7) RESUMO O estudo busca subsídios legais, doutrinários e teóricos para a criação de um novo instrumento ambiental para controle dos agentes que poluem, agridem ou degradam o meio ambiente em todo o território nacional, denominado Cadastro Nacional de Inadimplentes Ambientais com a finalidade inibir contratações e financiamentos à pessoa física ou jurídica, do setor privado, público ou do terceiro setor, que tenham sido autuadas por cometerem algum crime ambiental. Contribuirá para desestimular o infrator ambiental, que pretende celebrar contratos ou prestar serviços com a Administração Pública Federal, Estadual ou Municipal. A necessidade de criação do Cadastro Nacional de Inadimplentes Ambientais surge da constatação de que a responsabilização dos infratores ambientais no Brasil é muito frágil devido à predominância da impunidade, resultando na persistência dos problemas ambientais. Para que o Cadastro Nacional de Inadimplentes Ambientais possa ser proposto e operacionalizado, foi necessário instituir o conceito de inadimplência ambiental e estabelecer a Lista de Inadimplentes Ambientais e de Termos de Ajustamento de Conduta Ambiental, a Certidão Negativa de Inadimplência Ambiental e propor o aperfeiçoamento do Sistema de Informações Ambientais, que constituirão as bases de dados do Cadastro Nacional de Inadimplentes Ambientais. Esses instrumentos poderão induzir a mudança de comportamento dos inadimplentes ambientais pela imposição de restrições diretas e indiretas e pela pressão advinda do mercado para forçá-los a cumprir a legislação ambiental. Desde 2003, há a obrigatoriedade da transparência das informações ambientais, mas, apesar das normas estabelecerem a publicidade dos autos de infração ambiental, a lista dos infratores ambientais ainda não é divulgada em nenhum órgão ambiental federal, estadual ou municipal que integram o Sistema Nacional de Meio Ambiente (Sisnama). Palavras-chave: Inadimplência Ambiental; Políticas Públicas; Gestão Ambiental; Certidão Negativa de Inadimplência Ambiental.. vii.

(8) ABSTRACT This study seeks legal, doctrinal, and theoretical support for the creation of a new environmental tool to control agents that pollute, harm, or degrade the environment throughout the country. The tool is an environmental compliance certificate called Cadastro Nacional de Inadimplentes Ambientais that aims to inhibit the contracting and funding of individuals or organizations, whether public, private, or third sector, that have been charged with committing any kind of environmental crime. It will contribute to deter and punish environmental offenders intending to sign contracts with or to work for the Federal, State or Municipal Public Administration. The creation of the Cadastro Nacional de Inadimplentes Ambientais stemmed from the realization that the enforcement of environmental laws in Brazil is ineffective due to the prevalence of impunity, resulting in the persistence of environmental problems. In order to create and operationalize the Cadastro Nacional de Inadimplentes Ambientais it was necessary to introduce the concept of environmental non-compliance and to establish the List of Environmental Non-Compliers and List of Terms Settlement Environmental Conduct, Environmental Compliance Certificate and the proposal for the improvement of Environmental Information System, which will constitute the database of Cadastro Nacional de Inadimplentes Ambientais. These tools may bring about changes in the behavior of environmental non-compliers through the imposition of direct or indirect restrictions and through market pressure, forcing them to comply with environmental legislation. Since 2003 there is legal requirement for transparency in environmental information, yet, in spite of the norms establishing the publicity of the environmental violation notifications, the list of environmental offenders is still unavailable in any federal, state or municipal environmental agency integrating the National Environmental System (Sisnama). Keywords: Environmental Non-Compliance; Pubic Policies; Environmental Management; Environmental Compliance Certificate.. viii.

(9) RESUMÉ L’ étude cherche des fondements légaux, doctrinaux et théoriques pour la création d'un nouvel instrument environnemental pour contrôle des agents qui polluent, agressent ou dégradent l'environnement dans tout le territoire national, appelé de Cadastro Nacional de Inadimplentes Ambientais, avec la finalité inhiber des contrats et des financements à la personne physique ou juridique, du secteur privé, public ou du troisième secteur, qui ait été contesté de commettre quelque crime environnemental. Il contribuera pour décourager l'infracteur environnemental, lequel il prétend célébrer contrats ou prêtera des services avec l'Administration Publique Fédérale ou De l'état ou Municipale. La création du Cadastro Nacional de Inadimplentes Ambientais apparaît de la constatation que la responsabilisation des infracteurs environnementaux au Brésil est très fragile dû à la prédominance de l'impunité, en résultant dans la persistance des problèmes environnementaux. Pour que le Cadastro Nacional de Inadimplentes Ambientais puisse être créé, a fallu instituer le concept de défaillant environnemental et établir la Liste de Défaillants Environnementaux, des Conditions de Règlement de Conduite de L'environnement, Certificat d'Insolvabilité Environnemental et proposition pour l'amélioration du Système d'Informations Environnementales, qui constitueront les bases de données du Cadastro Nacional de Inadimplentes Ambientais. Ces instruments pourront induire changement de comportement des défaillants environnementaux par l'imposition de restrictions directes et indirectes et par la pression arrivée du marché à les forcer à accomplir la législation environnementale. Depuis 2003, il y a l'obligation de la transparence des informations environnementales, mais, malgré des normes établir la publicité des actes d'infraction environnementale, la liste des infracteurs environnementaux encore n'est divulguée dans aucune agence environnemental fédéral, de l'état ou municipal qui intègrent le Système National d'Environnement (Sisnama). Mots-clés: Insolvabilité Environnementale; Politiques Publiques; Gestion Environnementale; Certificat d'Insolvabilité Environnemental.. ix.

(10) RESUMEN La presente tesis buscó subsidios legales, doctrinales y teóricos para la creación de un nuevo instrumento ambiental para el control de los agentes que contaminan, atacan o degradan el medio ambiente en el territorio nacional, denominado de Cadastro Nacional de Inadimplentes Ambientais. El uso de este instrumento tiene el propósito de inhibir contrataciones y financiamientos a persona física o jurídica, del sector privado, público o del tercer sector, que tuvieron algún auto de infracción por crimen ambiental. De esta manera, contribuye para desalentar el infractor ambiental, que se prepone celebrar contratos o prestar servicios con la Administración Pública Federal o Estadual o Municipal. La creación del Cadastro Nacional de Inadimplentes Ambientais aparece de la constatación que la imposición de responsabilidad a los infractores ambientales en el Brasil es muy frágil debido al predominio de la impunidad, resultando en la persistencia de los problemas ambientales. Para poder crear el Cadastro Nacional de Inadimplentes Ambientais y colócalo en funcionamiento, fue necesario crear el concepto de inadimplencia ambiental y proponer la creación de la Lista de Deudores Ambientales, Lista de Condiciones para el Acuerdo de Conducta Ambiental, Certificado de Adimplencia Ambiental y proponer la mejoría del Sistema de Información Ambiental. Las listas propuestas constituirán en las bases de datos del Cadastro Nacional de Inadimplentes Ambientais. Estos instrumentos podrán inducir el cambio de comportamiento de los deudores ambientales por la imposición de restricciones directas e indirectas y por la presión impuesta por el mercado para forzarlos a cumplir la legislación ambiental. Desde 2003, existe la obligación de la transparencia de las informaciones ambientales, mas, aunque las normas legales establecieron la publicidad de los autos de infracción ambiental, la lista de los infractores ambientales todavía no es divulgada en ningún organismo ambiental federal, estadual o municipal que integran el Sistema Nacional de Medio Ambiente (Sisnama). Palabras clave: Deudor Ambiental; Políticas Públicas; Gestión Ambiental; Certificado de Adimplencia Ambiental.. x.

(11) LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Seqüência de programas do ambiente computacional para a confecção dos cartogramas temáticos da tese. ..................................................................................................................................30 Figura 2 – Metodologia de trabalho. ......................................................................................................31 Figura 3 – Estrutura do Sisnama, segundo o art. 6º da Lei nº. 6.938/1981...........................................60 Figura 4 – Comitê Gestor do Sinima. .....................................................................................................69 Figura 5 – Certidão Negativa de Débitos Ambientais emitida pelo Estado do Paraná..........................72 Figura 6 – Sistema de controle de processos ambientais da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema/PB).................................................................................................................73 Figura 7 – Árvore do conhecimento da legislação ambiental. ...............................................................76 Figura 8 – Sítio do Sisnama. ................................................................................................................116 Figura 9 – Sítio do Sinima. ...................................................................................................................116 Figura 10 – Síntese de conseqüências para pessoas incluídas na lista da dívida ativa do INSS. .....183 Figura 11 – Síntese de conseqüências para pessoas incluídas na lista do Lista do Trabalho Escravo do MTE. ................................................................................................................................................186 Figura 12 – Sistema de emissão de Certidão Negativa de Débitos Ambientais do Instituto Ambiental do Paraná. ............................................................................................................................................187 Figura 13 – Proposta de Certidão Negativa de Inadimplência Ambiental. ..........................................192 Figura 14 – Modelo conceitual do sistema para emissão de Certidões Negativas de Inadimplentes Ambientais............................................................................................................................................197 Figura 15 – Proposta de arquitetura informacional e prestação de serviços para o Sisnama e Sinima. ..............................................................................................................................................................206. xi.

(12) LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Objetivos específicos da tese. .............................................................................................35 Tabela 2 – Índice verde de municipalização. .........................................................................................62 Tabela 3 – Sistemas de Informações Ambientais selecionados por estado. ........................................70 Tabela 4 – Total de instrumentos legais identificados por tipo. .............................................................74 Tabela 5 – Total de instrumentos legais com aplicação dos critérios de seleção. ................................75 Tabela 6 – Total de instrumentos legais selecionados, classificados por assunto e cor.......................75 Tabela 7 – Órgãos ambientais da União e dos estados. .....................................................................116 Tabela 8 – Ranking dos portais ambientais estaduais. .......................................................................123 Tabela 9 – Ranking dos canais de comunicação disponibilizados pelos órgãos ambientais estaduais. ..............................................................................................................................................................127 Tabela 10 – Canais de comunicação disponibilizados pelos órgãos ambientais estaduais. ..............128 Tabela 11 – Sugestões para melhoria dos órgãos ambientais e sistemas de informações ambientais. ..............................................................................................................................................................137 Tabela 12 – Proporção para cálculo de multa ambiental a ser aplicada.............................................191. xii.

(13) LISTA DE QUADROS Quadro 1 – Organização da pesquisa do Capítulo 1. ............................................................................37 Quadro 2 – Organização da pesquisa do Capítulo 2. ............................................................................87 Quadro 3 – Organização da pesquisa do Capítulo 3. ..........................................................................139 Quadro 4 – Organização da pesquisa do Capítulo 4. ..........................................................................176. xiii.

(14) LISTA DE CARTOGRAMAS Cartograma 1 - Municípios que possuem Secretaria Municipal de Meio Ambiente. .............................61 Cartograma 2 - Municípios que não possuem Secretaria Municipal de Meio Ambiente, mas dispõem de departamento ou órgão similar de meio ambiente............................................................................61 Cartograma 3 - Municípios que possuem Secretaria Municipal de Meio Ambiente ou departamento ou órgão similar de meio ambiente. ............................................................................................................62 Cartograma 4 - Mapa do índice verde de municipalização....................................................................62 Cartograma 5 – Municípios que possuem página da prefeitura na Internet..........................................63 Cartograma 6 - Prefeituras que disponibilizam serviços de consulta a processos na internet. ............63 Cartograma 7 - Total de servidores municipais ocupado na área de meio ambiente. ..........................64 Cartograma 8 - Total de servidores municipais ativos na área de meio ambiente................................64 Cartograma 9 – Municípios que receberam recurso financeiro de multa ambiental. ............................65 Cartograma 10 - Municípios que receberam recurso financeiro de concessão de licença ambiental. .65 Cartograma 11 - Municípios que receberam recursos financeiros provenientes da cobrança de ICMS ecológico. ...............................................................................................................................................66 Cartograma 12 – Municípios que receberam recursos do Fundo Municipal de Meio Ambiente. ..........66 Cartograma 13 - Municípios que terceirizaram os serviços de meio ambiente. ....................................66 Cartograma 14 – Órgãos ambientais estaduais que possuem sistema de informação para a criação da Lista de Inadimplentes Ambientais.........................................................................................................71 Cartograma 15 – Ocorrência de espécies de mamíferos. ...................................................................131 Cartograma 16 – Ocorrência de espécies de pássaros.......................................................................131 Cartograma 17 – Vegetação do Brasil em 2002. .................................................................................132 Cartograma 18 – Áreas afetadas por processo de desertificação no Brasil........................................134 Cartograma 19 – Unidades de Conservação.......................................................................................135 Cartograma 20 – Estados que não possuem informações sobre Unidades de Conservação. ...........135 Cartograma 21 – Terras Indígenas. .....................................................................................................136 Cartograma 22 – Florestas Nacionais..................................................................................................136. xiv.

(15) LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 – Instituições governamentais, por nível de atuação, que tratam da questão ambiental. .....77 Gráfico 2 – Instituições governamentais, por estado, que tratam da questão ambiental. .....................77 Gráfico 3 – Informações sobre ar nos portais ambientais estaduais. ..................................................127 Gráfico 4 – Informações sobre educação ambiental nos portais ambientais estaduais......................129 Gráfico 5 – Informações sobre fauna nos portais ambientais estaduais. ............................................130 Gráfico 6 – Informações sobre flora nos portais ambientais estaduais. ..............................................131 Gráfico 7 – Informações sobre licenciamento ambiental nos portais ambientais estaduais. ..............133 Gráfico 8 – Informações sobre recursos hídricos nos portais ambientais estaduais...........................133 Gráfico 9 – Informações sobre solo nos portais ambientais estaduais................................................134 Gráfico 10 – Informações sobre unidades de conservação federais e estaduais nos portais ambientais dos estados. .........................................................................................................................................135. xv.

(16) LISTA DE BOXES Box 1 – Proposta de conceito para inadimplência ambiental. .............................................................172 Box 2 – Cálculo de multas ambientais no Estado do Rio Grande do Sul. ...........................................191. xvi.

(17) LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS a.C. Abema ABL ABNT ABNT NBR ISO 14001 ABNT NBR ISO 9001 ADSL AIA AJAX ANA Anamma Bcdam BDA BM Bndes BSD CA Cadin CDC CDS Cepal Cmmad CND CNDA CNIA CNPq Conama DS e-Gov EIA Embrapa EU EUA FAEP FAT FAX Fboms Febraban Fepam Floram FMI G2B G2C G2E G2G GIS GNU I3Geo IAEA IAP Ibama IBDF IBGE Icmbio IFC Incra. - antes de Cristo - Associação Brasileira de Entidades de Meio Ambiente - Academia Brasileira de Letras - Associação Brasileira de Normas Técnicas - Sistemas de Gestão Ambiental - Sistemas de Gestão da Qualidade - Asymmetric Digital Subscriber Line - Avaliação de Impacto Ambiental - Asynchronous Javascript And XML - Agência Nacional de Águas - Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente - Bases Compartilhadas de Dados sobre a Amazônia - Banco de Declarações Ambientais - Banco Mundial - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - Berkeley Software Distribution - Computer Associates - Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal - Código de Defesa do Consumidor - Centro de Desenvolvimento Sustentável - Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe - Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento - Certidão Negativa de Débito - Certidão Negativa de Débito Ambiental - Centro Nacional de Informação, Tecnologias Ambientais e Editoração - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - Conselho Nacional do Meio Ambiente - Desenvolvimento Sustentável - Governo Eletrônico - Estudo de Impacto Ambiental - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - União Européia - Estados Unidos da América - Federação da Agricultura do Estado do Paraná - Fundo de Amparo ao Trabalhador - Facsímile ou telefacsimile ou telecópia - Fórum Brasileiro de ONG e Movimentos Sociais - Federação Brasileira de Bancos - Fundação Estadual de Proteção Ambiental do Rio Grande do Sul - Fundação Municipal do Meio Ambiente de Florianópolis - Fundo Monetário Internacional - Governo para Empresas - Governo para Cidadão - Governo para Empregados - Governo para Governo - Sistema de Informação Geográfica - GNU is Not Unix - Interface Integrada para Internet de Ferramentas de Geoprocessamento - Agência Internacional de Energia Atômica - Instituto Ambiental do Paraná - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - International Finance Corporation - Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária. xvii.

(18) Inea Inmetro Inpe INSS IPCC IRMC ISO Licença BSD Lisa Lema MCT MDU MEC Mercosul MMA MPS MS MTE Nepa OCDE ODBC OEA Oema OGM OIT OMS ONG ONU PDF PNLA PNMA Pnuma PortalBio QGIS Rima RVC0 SBC Sema Sema Sema Sema Semam/PR SEPA SGA SGBD Siam Sibea Sifisc SIG Sigepro Sigercom Sinima SisFran Sisnama Sissar Sisweb Slapr SMMA Snuc. - Instituto Estadual do Ambiente - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - Instituto Nacional de Pesquisa Espacial - Instituto Nacional de Seguridade Social - Intergovernmental Panel on Climate Change - North Carolina Information Resource Management Commission - International Organization for Standardization - Licença de código aberto utilizada nos sistemas operacionais do tipo Berkeley Software Distribution - Lista Suja Ambiental - Base de Legislação do Ibama - Ministério da Ciência e Tecnologia - Ministério do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente - Ministério da Educação - Mercado Comum do Sul - Ministério do Meio Ambiente - Ministério da Previdência Social - Microsoft - Ministério do Trabalho e Emprego - Nacional Environmental Policy Act - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico - Open Data Base Connectivity - Organização dos Estados Americanos - Órgãos Estaduais de Meio Ambiente - Organismos Geneticamente Modificados - Organização Internacional do Trabalho - Organização Mundial de Saúde - Organização Não-Governamental - Organização das Nações Unidas - Portable Document Format - Portal Nacional do Licenciamento Ambiental - Política Nacional de Meio Ambiente - Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente - Portal Brasileiro sobre Biodiversidade - Quantum GIS - Relatório de Impacto do Meio Ambiente - Rede Virtual da Caatinga - Sociedade Brasileira de Computação - Secretaria do Meio Ambiente - Secretaria Especial do Meio Ambiente - Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Estado do Amapá - Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos - Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da República - State China's Environmental Protection Agency - Sistema de Gestão Ambiental - Sistema Gerenciador de Banco de Dados - Sistema de Informações Ambientais no Mercosul - Sistema Brasileiro de Informações sobre Educação Ambiental - Sistema de Fiscalização - Sistemas de Informações Geográficas - Sistema de Georreferenciamento de Projetos - Sistema de Informações do Gerenciamento Costeiro e Marinho - Sistema Nacional de Informações sobre Meio Ambiente - Sistema de Informações do Rio São Francisco - Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sistema Integrado de Arrecadação e Cobrança - Sistema de Andamento e Registro de documentos do Ibama. - Sistema de Licenciamento Ambiental de Propriedade Rurais - Secretaria Municipal de Meio Ambiente - Sistema Nacional de Unidades de Conservação. xviii.

(19) SOA SQL Sudema Sudepe Sudhevea TAC TC TCU TIC UC UnB Unesco URA URL VoIP WWW ZEE. - Sistemas Baseado em Serviços - Structure Query Language - Superintendência de Administração do Meio Ambiente - Superintendência do Desenvolvimento a Pesca - Superintendência da Borracha - Termo de Ajustamento de Conduta - Termo de Compromisso - Tribunal de Contas da União - Tecnologia da Informação e da Comunicação - Unidades de Conservação - Universidade de Brasília - Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura - Unidade de Resposta Automática - Uniform Resource Locator - Voice over Internet Protocol - World Wide Web - Zoneamento Ecológico-Econômico. xix.

(20) SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS ..................................................................................................xi LISTA DE TABELAS ................................................................................................xii LISTA DE QUADROS..............................................................................................xiii LISTA DE CARTOGRAMAS ...................................................................................xiv LISTA DE GRÁFICOS ..............................................................................................xv LISTA DE BOXES ...................................................................................................xvi LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS .................................................................xvii INTRODUÇÃO ..........................................................................................................23 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS......................................................................... 27 Equações para normalização de dados e geração dos cartogramas ........................... 31 HIPÓTESES .................................................................................................................... 34 Principal ....................................................................................................................... 34 Secundárias ................................................................................................................. 34 OBJETIVOS..................................................................................................................... 34 Objetivo geral............................................................................................................... 34 Objetivos específicos ................................................................................................... 35 QUESTÕES BALIZADORAS ........................................................................................... 35. 1. POLÍTICA AMBIENTAL BRASILEIRA..............................................................37 1.1. POLÍTICAS PÚBLICAS DE MEIO AMBIENTE ...................................................... 39. 1.2. O PROCESSO DE INSTITUCIONALIZAÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL DE MEIO AMBIENTE............................................................................................................ 42. 1.3. GESTÃO AMBIENTAL .......................................................................................... 51. 1.3.1. Gestão ambiental na esfera privada ............................................................. 52. 1.3.2. ABNT............................................................................................................ 53. 1.3.3. ISO 14000 .................................................................................................... 54. 1.3.4. Princípios do Equador .................................................................................. 56. 1.4. SISTEMA NACIONAL DE MEIO AMBIENTE (SISNAMA) ..................................... 58. 1.5. SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES SOBRE MEIO AMBIENTE (SINIMA) 63. Estrutura do Sinima...................................................................................................... 67 1.6. INFORMAÇÕES AMBIENTAIS NO BRASIL, ONDE ESTÃO? .............................. 70. 1.6.1. Governo Federal........................................................................................... 71. 1.6.2. Estado do Paraná ......................................................................................... 72. 1.6.3. Estado do Rio Grande do Sul ....................................................................... 73. 1.6.4. Estado da Paraíba ........................................................................................ 73. 20.

(21) 1.7. LEGISLAÇÃO AMBIENTAL................................................................................... 74. 1.8. LEGISLAÇÃO QUE AMPARA A CRIAÇÃO DE UMA “LISTA NEGRA” AMBIENTAL 78. CONSIDERAÇÕES FINAIS AO CAPÍTULO 1.................................................................. 81. 2. A INFORMAÇÃO COMO INSTRUMENTO DE CIDADANIA, PARTICIPAÇÃO E. TRANSPARÊNCIA ...................................................................................................86 2.1. A INFORMAÇÃO................................................................................................... 88. 2.2. OBTENÇÃO DA INFORMAÇÃO ........................................................................... 92. 2.3. INFORMAÇÃO, CIDADANIA E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO....................... 96. Direito do cidadão à informação ambiental .................................................................. 99 2.4. INFORMAÇÃO E PARTICIPAÇÃO ..................................................................... 100. 2.5. TRANSPARÊNCIA.............................................................................................. 101. 2.6. CANAL DE COMUNICAÇÃO .............................................................................. 104. 2.7. BARREIRAS NA COMUNICAÇÃO...................................................................... 105. 2.8. TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO COMO FUNDAMENTO DA TRANSPARÊNCIA.............................................................................................. 105. 2.9. O GOVERNO ELETRÔNICO .............................................................................. 108. 2.10. INSTRUMENTOS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS .......................................... 111. 2.11. INTERNET .......................................................................................................... 112. 2.12. PORTAIS DE INTERNET.................................................................................... 113. 2.13. ANÁLISE DO CONTEÚDO DOS PORTAIS DO SISNAMA, SINIMA E ÓRGÃOS AMBIENTAIS ESTADUAIS ................................................................................. 114. 2.13.1. Análise do Sisnama .................................................................................... 116. 2.13.2. Sistemas de informações ambientais que podem contribuir para o Sinima. 121. 2.13.3. Análise do conteúdo dos portais ambientais estaduais ............................... 122. CONSIDERAÇÕES FINAIS AO CAPÍTULO 2................................................................ 136. 3. CONSTRUÇÃO DO CONCEITO DE INADIMPLÊNCIA AMBIENTAL............139 3.1. MEIO AMBIENTE................................................................................................ 141. Síntese do conceito de meio ambiente....................................................................... 143 3.2. DIREITO AMBIENTAL......................................................................................... 144. 3.3. RESPONSABILIDADE. PENAL. DA. PESSOA. JURÍDICA. POR. DANOS. AMBIENTAIS ...................................................................................................... 147 3.4. RESPONSABILIDADE CIVIL AMBIENTAL ......................................................... 151. 3.4.1. Responsabilidade civil subjetiva ................................................................. 155. 3.4.2. Responsabilidade civil objetiva ................................................................... 156. 3.5. DANO AMBIENTAL............................................................................................. 157. 21.

(22) 3.5.1. Reparação do dano ambiental .................................................................... 163. 3.5.2. Agentes infratores do meio ambiente.......................................................... 167. 3.5.3. Sanções administrativas ............................................................................. 168. 3.6. CONCEPÇÃO DO CONCEITO INADIMPLÊNCIA AMBIENTAL.......................... 170. 3.6.1. A inadimplência ambiental e a observância da legislação ambiental .......... 172. 3.6.2. Qual a importância de ser um adimplente ambiental? ................................ 173. CONSIDERAÇÕES FINAIS AO CAPÍTULO 3................................................................ 174. 4. CADASTRO NACIONAL DE INADIMPLENTES AMBIENTAIS: PROPOSTA DE. UM NOVO INSTRUMENTO AMBIENTAL ..............................................................176 4.1. PROPOSTA DE CRIAÇÃO DO CADASTRO NACIONAL DE INADIMPLENTES AMBIENTAIS E DA CERTIDÃO NEGATIVA DE INADIMPLÊNCIA AMBIENTAL 178. 4.1.1. Lista de Inscritos na Dívida Ativa da Previdência Social ............................. 181. 4.1.2. Lista do Trabalho Escravo .......................................................................... 183. 4.1.3. Certidão Negativa de Débitos Ambientais do Instituto Ambiental do Paraná 187. 4.2. LIÇÕES EXTRAÍDAS PARA A CRIAÇÃO DO CADASTRO NACIONAL DE INADIMPLENTES AMBIENTAIS, DA CERTIDÃO NEGATIVA DE INADIMPLÊNCIA AMBIENTAL, DA LISTA DE INADIMPLENTES AMBIENTAIS E DA LISTA DE TERMOS DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA AMBIENTAL .............................. 188. 4.3. COMO O CADASTRO NACIONAL DE INADIMPLENTES AMBIENTAIS PODE CONTRIBUIR PARA A MELHORIA DA GESTÃO AMBIENTAL NO BRASIL ...... 193. 4.4. PROPOSTA PARA UM SISTEMA INTEGRADO PARA A GESTÃO AMBIENTAL COM HOSPEDAGEM DO. CADASTRO. NACIONAL DE INADIMPLENTES. AMBIENTAIS E EMISSÃO DA CERTIDÃO NEGATIVA DE INADIMPLÊNCIA AMBIENTAL........................................................................................................ 193 4.5. PROPOSTA. DE. ARQUITETURA. INFORMACIONAL. PARA. PORTAIS. AMBIENTAIS ...................................................................................................... 197 CONSIDERAÇÕES FINAIS DO CAPÍTULO 4 ............................................................... 207. CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................209 BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................213 Anexo A - Sistemas de Informações Ambientais ...............................................232 Anexo B - Sistemas de Informações Ambientais dos Órgãos Estaduais ........252. 22.

(23) INTRODUÇÃO Se enxerguei mais longe foi porque me apoiei em ombros de gigantes. Isaac Newton.. A análise das diversas crises que o mundo atual passa, a crise ambiental é a que mais se destaca e está mais presente na mídia. As atuais crises possuem diversas facetas relacionadas entre si, tais como: social, ambiental, cultural, ética, econômica, entre outras. A crise ambiental se manifesta de diversas formas em cada continente, país, região, estado, cidade, como pode ser acompanhado nos mais variados canais de informação. Os problemas que acompanham e que geram a crise ambiental geralmente extrapolam a área de atuação de muitos países, órgãos governamentais internacionais e nacionais que cuidam da questão ambiental. Isso tem levado historicamente a uma série de deficiências e contradições no conjunto das políticas públicas sobre essa problemática. No Brasil, o Governo Federal publicou em 1981, a Política Nacional do Meio Ambiente, pela edição da Lei nº. 6.938/1981, criando o Sistema Nacional do Meio Ambiente, os órgãos e os instrumentos necessários ao seu cumprimento. Essa lei teve como objetivo o estabelecimento de mecanismos e instrumentos que tornassem possível uma maior proteção do meio ambiente. No entanto, foi em 1988 que a Política Nacional do Meio Ambiente ganhou força quando a Constituição Federal de 1988 introduziu um capítulo especifico sobre o meio ambiente, o de número VI, no qual o seu art. 225, diz que: Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. (BRASIL, 1988, p.73).. O objetivo dessa política é garantir a preservação, a melhoria e a recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no Brasil, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana. A finalidade das políticas ambientais é regular o comportamento dos indivíduos, dos grupos, das organizações e dos estados, por meio de definição de parâmetros para o que é licito e o que é elícito dentro de uma sociedade. O que é feito nesse estágio é o que confere o verdadeiro sentido à política ambiental (LE PRESTRE, 2001).. 23.

(24) Um dos problemas dos instrumentos de gestão ambiental é a falta de integração entre eles, principalmente, quando se trata da sua aplicação nos três níveis de governo (federal, estadual e municipal), em que a desarticulação de ações e a falta de compartilhamento de informações são uma constante. A esse problema agrega-se a existência de muitos órgãos para tratar da área de meio ambiente, cujas normas, em alguns casos, se sobrepõem, bem como de ritos burocráticos e legais diferentes, a ser cumpridos em um e outro município ou estado, ou mesmo no próprio estado. Destacam-se, ainda, o rigor na outorga das licenças ambientais e um relaxamento no monitoramento/fiscalização do cumprimento do estabelecido nessas licenças pelos órgãos responsáveis. Vários autores consideram fundamental constatar as conseqüências ambientais da utilização dos recursos do planeta nas atividades produtivas dos seres humanos. Essas atividades revelam a estrutura e o padrão de relações sociais entre as próprias pessoas, o que, por outro lado, requer superar visões segmentadas que contrapõem meio ambiente e desenvolvimento, como se estes fossem inevitavelmente antagônicos. Com a finalidade de contribuir para solucionar os problemas e as deficiências dos atuais instrumentos utilizados na área de meio ambiente, esta tese propõe a criação de um novo instrumento que contribua para aumentar a eficiência dos mecanismos de gestão ambiental no Brasil. Como resultado das pesquisas e estudos realizados, foram elaborados os fundamentos necessários à criação desse instrumento ambiental, que se denominou Cadastro Nacional de Inadimplentes Ambientais. O instrumento proposto complementará os instrumentos de gestão existentes, pela possibilidade de poder incorporar a dimensão ambiental a processos administrativos e financeiros de tomada de decisão de entes públicos e privados. Isso será realizado pela identificação dos inadimplentes ambientais que constarem da Lista de Inadimplentes Ambientais nas três esferas de governo. Os estudos e pesquisas realizados nesta tese basearam-se, principalmente, nos suportes teórico-metodológico e epistemológico oriundos da Ciência da Informação, Ciência da Computação, Ciências Jurídicas, Administração Pública, Geografia, Cartografia e estudos ambientais. Dessa maneira, constituem uma tese interdisciplinar sobre meio ambiente e desenvolvimento sustentável. Esta tese foi construída por meio de coleta de dados e informação, utilizando levantamento bibliográfico (livros, artigos e ensaios) e documental (anotações e registros em. 24.

(25) trabalhos realizados, relatórios, diagnósticos, fontes estatísticas também da Internet), bem como a análise de exemplos que estimulam a compreensão (Lista de Inscritos na Dívida Ativa da Previdência Social, Lista do Trabalho Escravo e Certidão Negativa de Débitos Ambientais do Instituto Ambiental do Paraná). Foram utilizadas ainda outras fontes documentais, como pesquisas realizadas em dissertações de mestrado (PERSEGONA, 2005; BARROS, 2004), teses de doutorado de BARROS, 2008 e VAZ, 2003 e estudos realizados por SCARDUA et. al, 2006; NUNES et. al., 2006; GALVÃO et. al., 2007; BLUMENSCHEIN et. al., 2009, bem como fontes virtuais na Internet e redes de pesquisa, como Scielo, Portal da Capes e Scholar Google. A tese está dividida em quatro temas principais, que fundamentam e justificam a necessidade da criação do Cadastro Nacional de Inadimplentes Ambientais e correspondem aos capítulos da mesma: 1. Política ambiental brasileira; 2. A informação como instrumento de cidadania, participação e transparência; 3. Construção do conceito de inadimplência ambiental; e 4. Cadastro Nacional de Inadimplentes Ambientais: proposta de um novo instrumento ambiental. Os capítulos foram elaborados na forma de artigos independentes e parte deles já foi apresentada e publicada em anais de congressos nacionais e internacionais ou enviada para publicação em revistas científicas. Por essa razão, cada capítulo. tem. sua. própria. estrutura. com. introdução,. marco. referencial. teórico,. desenvolvimento, análise de resultados e conclusão. Como conseqüência dessa opção, a tese é apresentada em um formato particular, com introdução e conclusões específicas a cada capítulo. O primeiro capítulo caracteriza a inadimplência ambiental e ampara a criação e divulgação de uma lista de inadimplentes ambientais. Para isso buscou-se referência em diversos autores e na legislação sobre o assunto; em levantamento dos instrumentos de gestão ambiental que permitem identificar os agressores ambientais; na análise do Sistema Nacional de Meio Ambiente (Sisnama) e do Sistema Nacional de Informações Sobre Meio Ambiente (Sinima). A análise do Sisnama foi feita por meio da confecção de cartogramas criados com base em dados extraídos do sítio do Ministério do Meio Ambiente (MMA), os quais. foram. normalizados. por. meio. das fórmulas. descritas. nos. procedimentos. metodológicos. Com relação ao Sinima, foram identificados sete sistemas de informações ambientais em cinco estados que podem contribuir para a criação do Cadastro Nacional de Inadimplentes Ambientais. Foi criado um programa de árvore hiperbólica, ou árvore do conhecimento, para análise das dependências da legislação ambiental. O segundo capítulo aborda aspectos conceituais sobre o direito do cidadão ao meio ambiente saudável e à informação, principalmente à informação ambiental, como premissa. 25.

(26) ao seu direito de participação nos processos decisórios ambientais e saber, por meio da transparência dos atos públicos, quais as ações da esfera pública relacionadas ao meio ambiente. Também são tratados os conceitos de transparência, participação, Internet, governo eletrônico e portais de Internet. O capítulo finaliza com observações sobre o Sisnama e ao Sinima no âmbito dos governos federal e estaduais, com uma análise de conteúdo dos portais de Internet dos órgãos ambientais estaduais e do Distrito Federal para identificação dos temas abordados e seus respectivos assuntos. No terceiro capítulo são abordados aspectos conceituais para explicar o que se entende por meio ambiente na academia e na doutrina jurídica. Isso possibilitou caracterizar o dano ambiental segundo a legislação vigente no Brasil e a opinião de vários juristas e autores. Também foram abordados os graus das transgressões ambientais, o que é meio ambiente equilibrado para o Direito, e, finalmente, chegar a uma proposta de conceito de inadimplência ambiental e o seu antônimo, a adimplência ambiental. O quarto capítulo apresenta um panorama da utilização de sistemas de informações computacionais pelo governo federal para a prestação de serviços e informações governamentais à sociedade e considera quais os benefícios dessa estratégia para o governo e a sociedade. Também são analisadas três experiências governamentais de usos de lista de transgressores, publicadas na Internet, para combater os devedores do INSS, práticas de trabalho escravo e a agressão ambiental no Estado do Paraná. Dessas experiências são retiradas lições que podem ser reproduzidas na proposta de criação do Cadastro Nacional de Inadimplentes Ambientais (Lista de Inadimplentes Ambientais e da Lista de Termos de Ajustamento de Conduta Ambiental) para a emissão da Certidão Negativa de Inadimplência Ambiental. No final do capítulo, é proposto um modelo conceitual de um Sistema de Informações Ambientais para dar apoio à emissão da Certidão Negativa de Inadimplência Ambiental e acesso ao Cadastro Nacional de Inadimplentes Ambientais. Essa proposta utilizou os subsídios apresentados no capítulo 2. Como referência foi estudada a legislação dos estados do Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Tocantins. Ao final, são apresentadas as conclusões da pesquisa, destacando-se as reflexões necessárias para a conceituação de inadimplência ambiental, proposta de criação do Cadastro Nacional de Inadimplentes Ambientais e da Certidão Negativa de Inadimplência Ambiental, criação da Lista de Inadimplentes Ambientais e da Lista de Termos de Ajustamento de Conduta Ambiental e a proposta aperfeiçoamento do Sistema de Informação Ambiental para ser utilizado pelos órgãos ambientais federais, estaduais e municipais.. 26.

(27) PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS A construção da tese para a proposta de criação do Cadastro Nacional de Inadimplentes Ambientais exigiu vários procedimentos metodológicos, que foram adotados nos diversos capítulos, tais como: criação de um sistema computacional que implementa a técnica de árvore hiperbólica, que é uma técnica “foco+contexto” baseada na geometria hiperbólica, usada na visualização de dados de grandes estruturas hierárquicas. Essa técnica foi utilizada para entender o vínculo existente entre os instrumentos legais ambientais e sua interdependência. Foram utilizadas duas equações para normalização de dados para geração de cartogramas temáticos, nos programas Philcarto versão 4.0 e OpenJump versão 1.2, para os dados provenientes do Sistema de Dados Estatísticos do Ministério do Meio Ambiente (MMA). Para a criação dos cartogramas foi necessária a montagem de uma infra-estrutura de tecnologia da informação em ambiente híbrido (com programas proprietários e programas livres). Esse ambiente está constituído pelos seguintes softwares livres: •. PostgreSQL é um servidor de base de dados relacional livre, que está liberado com licença BSD (Berkeley Software Distribution). É uma alternativa a outros sistemas de bases de dados de código aberto, tais como MySQL, Firebird e MaxDB. Concorre no mercado de Sistemas Gerenciadores de Banco de Dados (SGBD) com sistemas proprietários, tais como Oracle, MS SQL Server e DB2.. •. PostGIS é uma extensão ao sistema de banco de dados object-relational PostgreSQL, que permite que objetos GIS (Sistemas de Informação Geográfica) sejam armazenados em banco de dados.. •. Quantum GIS (QGIS) é um sistema de informação geográfica de fonte aberta que funciona em Linux, Unix, Mac OSX, e em Windows. O QGIS suporta dados vetoriais, base de dados geográfica e muitos outros formatos de dados espaciais comuns (ESRI ShapeFile, geotiff). O QGIS é licenciado pela General Public Licence (GNU).. •. OpenJump foi um projeto desenvolvido pela empresa Vívido Solutions Inc. para o British Columbia Ministry of Sustainable Resource Management, a qual criou um programa para combinar automaticamente estradas e rios em mapas digitais diferentes. A equipe de desenvolvimento do software fez um. 27.

(28) programa bastante flexível para poder ser usado não apenas para estradas e rios, mas para qualquer tipo de dados espacial, como limites políticos, imagens de satélites etc. •. Árvore hiperbólica ou árvore do conhecimento é um software livre desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) que utiliza a técnica “foco+contexto” baseado na geometria hiperbólica, usado na visualização de dados de grandes estruturas hierárquicas. A árvore hiperbólica é uma rede de nós que contém informações que se desdobram. em. componentes. hierarquicamente. dependentes,. representadas por seus nós filhos. Os nós permitem a inclusão de textos e qualquer outro tipo de informação adicional. •. I3Geo foi desenvolvido pelo Ministério de Meio Ambiente para utilização no Sinima e adotou como princípio o desenvolvimento de sistemas baseado em serviços (SOA), o que implicou a adoção de tecnologias e padrões abertos de interoperabilidade. Essa postura levou ao consenso sobre a necessidade de disponibilizar às instituições públicas os softwares desenvolvidos no MMA, como forma de incentivar a implantação dos princípios do Sinima. O I3Geo é um sistema de informações geográficas voltado para o ambiente Web que utiliza principalmente o software Mapserver+PHPMapscript como motor para o processamento de dados geográficos e uma interface baseada na linguagem Javascript. A interação navegador-servidor é implementada via AJAX. A arquitetura adotada baseia-se na criação de um arquivo mapfile temporário, armazenado no servidor, que pode ser alterado conforme a demanda do usuário que está usando o mapa interativo.. •. Mozilla Firefox é um navegador de Internet livre e multiplataforma desenvolvido pela Mozilla Foundation com ajuda de centenas de colaboradores e se destaca como alternativa ao Microsoft Internet Explorer.. Foram utilizados também os seguintes softwares proprietários: •. Windows XP é uma família de sistemas operacionais de 32 e 64-bits produzido pela Microsoft, para uso em computadores pessoais, incluindo computadores residenciais e de escritórios, notebooks e media centers. O. 28.

(29) nome XP deriva de eXPerience. O Windows XP é conhecido pela sua estabilidade e eficiência. •. MS Excel 2003 é um programa de planilha eletrônica de cálculo produzido pela Microsoft para computadores que utilizam o sistema operacional Microsoft Windows e também computadores Macintosh da Apple. A versão para Windows também roda no Linux, via Wine. Seus recursos incluem uma interface intuitiva e capacitadas ferramentas de cálculo e de construção de gráficos.. •. MS Access 2003 é um sistema de gerenciamento de banco de dados da Microsoft, incluído no pacote do Microsoft Office Professional, que combina o Microsoft Jet Database Engine com uma interface gráfica de utilizador. Ele permite o desenvolvimento rápido de aplicações que envolvem tanto a modelagem e estrutura de dados como a interface a ser utilizada pelos usuários. MS Access é capaz de usar dados guardados em Access/Jet, Microsoft SQL Server, Oracle, ou qualquer recipiente de dados compatível com ODBC (Open Data Base Connectivity). É voltado principalmente para programadores inexperientes para construir aplicações simples, sem a necessidade de utilizar ferramentas desconhecidas.. •. MS Word 2003 é um processador de texto produzido pela Microsoft, que faz parte do conjunto de aplicativos Microsoft Office. Este sistema permite a criação e o compartilhamento de documentos, combinando um conjunto abrangente de ferramentas de escrita e uma interface de fácil utilização.. •. Adobe Acrobat Reader é o primeiro leitor de PDF (Portable Document Format) que existiu e permite abrir, explorar e utilizar arquivos nesse formato; ótimo para assegurar os direitos autorais. Embora possa ser utilizado para imprimir documentos, o programa não permite que o conteúdo seja alterado ou que novos documentos sejam editados. Possui ferramentas inteligentes para a visualização ou localização do conteúdo.. •. Solid Converter PDF é um programa que permite converter formatos de PDF para documentos Word editáveis, conservando o texto, arranjo e imagens.. •. Philcarto é um programa de cartografia temática desenvolvido na França pelo geógrafo Philippe Waniez e disponibilizado gratuitamente pela Internet.. 29.

(30) É um software didático e de fácil manuseio. Para a elaboração de cartogramas se faz necessário trabalhar com os outros dois softwares, no caso o Microsoft Excel e o Adobe Ilustrator. No primeiro se constrói a base de dados, e no segundo, a base cartográfica necessária para o desenvolvimento do trabalho. A Figura 1 apresenta a seqüência de uso dos programas na montagem do ambiente computacional para tratamento de dados e criação do banco de dados geográficos e confecção dos cartogramas temáticos da tese.. Figura 1 – Seqüência de programas do ambiente computacional para a confecção dos cartogramas temáticos da tese. Fonte: Confeccionado pelo autor.. O levantamento de documentos no ambiente de Internet, foram desenvolvidos e sistematizados procedimentos de pesquisa, com utilização do Google Web Search, Google Books e Google Acadêmico. Essa sistematização de procedimentos deu origem ao livro Os Segredos do Google: como fazer uma pesquisa inteligente na Internet, publicado em 2009. Antes, a mesma metodologia foi aplicada para criação de outro produto desta tese, o livro A grande transformação ambiental: uma cronologia da dialética homem-natureza, publicado em co-autoria com Marcel Bursztyn, em 2008, pela Editora Garamond. As metodologias adotadas para os estudos e pesquisas realizadas no decorrer da tese foram:. 30.

(31) •. Pesquisa aplicada com o propósito gerar conhecimentos para aplicação prática na solução de problemas específicos.. •. Pesquisa quantitativa para a realização de gráficos e cartogramas, considerando que tudo pode ser quantificável, ou seja, pode-se traduzir em números os dados levantados para classificá-los e analisá-los.. •. Levantamento bibliográfico a fim de realizar análise de material já publicado sobre o assunto, constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e materiais disponibilizados na Internet.. A Figura 2 resume, em forma esquemática, os desdobramentos da metodologia utilizada na elaboração da proposta do Cadastro Nacional de Inadimplentes Ambientais.. Figura 2 – Metodologia de trabalho. Fonte: Adaptado pelo autor de BRASIL. Apresentação e-Gov - Política - 002 - Anexo 01, 2001.. Equações para normalização de dados e geração dos cartogramas Esta tese utilizou as metodologias e instrumentos da cartografia para representar os dados colhidos e confeccionados durante a sua elaboração. A cartografia é a ciência que trata dos estudos e das operações científicas, artísticas e técnicas resultantes de observações e medidas diretas ou explorações de documentos visando à obtenção de dados e informações para a elaboração de representações gráficas, bem como, de sua utilização. As representações mais usuais são: plantas, cartas, mapas, cartogramas,. 31.

(32) gráficos, diagramas e outras formas de expressão. A presente tese optou pela utilização de cartogramas para representar os dados dos estudos e das pesquisas realizadas. A diferença entre carta, mapas e cartogramas é que (SANCHEZ, 1973): •. carta é utilizada para realizar a representação de parte da superfície terrestre em escalas geralmente grandes e raramente possuem limites políticoadministrativos.. •. mapas são resultado de um levantamento preciso, exato, da superfície terrestre, mas em escala menor que a carta, apresentando menor número de detalhes em relação à carta. Os limites do terreno representado coincidem com os limites político-administrativos.. •. cartograma é um tipo de representação que se preocupa menos com os limites exatos e precisos, para se preocupar mais com as informações que serão objeto da distribuição espacial no interior do mapa. O que interessa na confecção do cartograma é como será apresentado o seu conteúdo, ou seja, as informações (população, uso do solo, indústrias etc.) que estão no interior do mapa.. Os cartogramas foram utilizados como auxílio à síntese e análise visual dos dados da tese obtidos em várias fontes, tais como Ministérios do Meio Ambiente (MMA), Instituto de Estatística e Geografia (IBGE) e sítios de Internet dos órgãos ambientais federais e estaduais, agregando efetividade ao processo de obtenção de conhecimento. Na criação dos cartogramas foi necessária a utilização de duas equações para normalizar os dados que foram representados e convertê-los para porcentagem. Isso ocorre porque os dados numéricos devem ser representados de maneira que possam expressar claramente o seu valor. Números são representados, geralmente, por meio de círculos ou semicírculos que crescem segundo o valor do objeto representado. Este tipo de representação se mostrou inadequada porque os cartogramas confeccionados apresentam, na sua maioria, dados municipais. No Brasil existem 5.564 municípios, e a representação por meio de círculos e semicírculos para municípios acarretou uma significativa poluição visual. Por sua vez, quando se utiliza porcentagem, pode-se representá-la por meio de cores uma faixa de valores, o que retirou a poluição visual. A equação 1 foi utilizada para o cálculo do indicador que apresenta uma faixa de. 32.

(33) variação entre os valores Pmin e Pmax1 muito grande. Já a equação 2 é utilizada no cálculo de indicador que apresenta uma faixa de variação entre os valores Pmin e Pmax pequena. Nas duas equações, é somada uma constante “k” para retirar o resultado 0 (zero) quando Pi for igual ao Pmin na subtração. A constante “k” recebeu o valor de 0,01. Os valores obtidos nas equações foram multiplicados por 100 para obter um número inteiro que pudesse ser utilizado no software Philcarto versão 4.0 e no OpenJump versão 1.2 para a geração de cartogramas que auxiliaram na análise. Estes softwares permitem a representação de dados textuais ou numéricos na forma de cartogramas temáticos que podem ser sobrepostos e associados a um banco de dados geográfico e a imagens de satélites para aplicação de técnicas de inteligência espacial e gestão do conhecimento. Permitindo desta maneira, a análise das problemáticas que compõe o cenário foco desta pesquisa. Equação da fórmula 1:. Equação da fórmula 2:.   log( Pi ) − log( Pmin )    + k  * 100 Indicadori =      log( Pmax ) − log( Pmin )  .   P − Pmin Indicadori =   i   Pmax − Pmin.    + k  * 100   . onde: Pi = total da soma dos valores das variáveis utilizadas para o indicador que se está calculando. Pmin = valor mínimo da soma dos valores das variáveis utilizadas para o cálculo do indicador.. 1. A lista de variáveis das equações 1 e 2 foram aplicadas para Pi, Pmin e Pmax são: existe no município Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), se o município possui SMMA, se a SMMA só trata de meio ambiente, se o município não possui órgão similar, se o município possui página de Internet, se o município possui sistema informatizado para consulta de processos na Internet, IDH Municipal, IDH Municipal para Educação, IDH Municipal Longevidade, IDH Municipal Renda, prefeitura do município recebeu recursos financeiros de meio ambiente, prefeitura do município recebeu recursos financeiros concessão licença ambiental, prefeitura do município recebeu recursos financeiros de ICMS Ecológico, prefeitura do município recebeu recursos financeiros de multa ambiental, prefeitura do município possui fundo ambiental, quantidade de funcionários ativos nível superior estatutário CLT na prefeitura, quantidade de funcionários ativos nível médio estatutário CLT na prefeitura, quantidade de funcionários contratados sem vinculo empregatício na prefeitura, prefeitura terceirizou os serviços de meio ambiente, quantidade de funcionários ocupados na área de meio ambiente na prefeitura, quantidade de funcionários ocupados na área de meio ambiente na prefeitura estatutário, quantidade de funcionários CLT ocupados na área de meio ambiente na prefeitura, quantidade de funcionários ocupados na área de meio ambiente na prefeitura somente comissionado, quantidade de funcionários ocupados na área de meio ambiente na prefeitura outros, quantidade total de funcionários ocupados na área de meio ambiente na prefeitura.. 33.

(34) Pmax = valor máximo da soma dos valores das variáveis utilizadas para o cálculo do indicador.. HIPÓTESES Principal Um novo instrumento ambiental para consulta sobre as pessoas físicas e jurídicas, públicas, privadas e do terceiro setor que desrespeitaram a legislação ambiental poderá servir como instrumento complementar aos demais instrumentos ambientais existentes e contribuir para a melhoria da efetividade da gestão ambiental no Brasil.. Secundárias 1. Os instrumentos de gestão ambiental existentes no Brasil possuem lacunas que demonstram a necessidade de criação de um novo instrumento que os integre e que permita uma abordagem temática das inadimplências ambientais e identificação das cadeias produtivas envolvidas. 2. Há conflitos entre entes públicos, nos três níveis de governo, com respeito à responsabilidade pública pela gestão ambiental. Os entes ambientais públicos não têm sido capazes de monitorar o cumprimento da legislação ambiental e nem possuem integração e troca de informações sobre meio ambiente entre si.. OBJETIVOS Objetivo geral Desenvolver o conceito de inadimplência ambiental e propor o Cadastro Nacional de Inadimplentes Ambientais composto pela Lista de Inadimplentes Ambientais e Lista de Termos de Ajustamento de Conduta Ambiental, a Certidão Negativa de Inadimplência Ambiental e a propor o aperfeiçoamento do Sistema de Informações Ambientais, para melhorar a adimplência ambiental em todo território brasileiro.. 34.

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Figura  1  –  Seqüência  de  programas  do  ambiente  computacional  para  a  confecção  dos  cartogramas  temáticos da tese
Figura 2 – Metodologia de trabalho.
Tabela 1 – Objetivos específicos da tese.
Figura 3 – Estrutura do Sisnama, segundo o art. 6º da Lei nº. 6.938/1981.
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Referências

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