D
EMONSTRAÇÕES
F
INANCEIRAS
C
ONSOLIDADAS
30 DE SETEMBRO DE 2008
BANCO SANTANDER S.A. E
EMPRESAS CONTROLADAS
Pág.
Relatório da Administração...
1
Relatório dos Auditores Independentes sobre Revisão Especial...
8
Demonstrações Financeiras
10
13
Nota
1 . Contexto Operacional...
14
Nota
2 . Reestruturação Societária...
14
Nota
3 . Apresentação das Demonstrações Financeiras...
15
Nota
4 . Principais Práticas Contábeis...
15
Nota
5 . Aplicações Interfinanceiras de Liquidez...
19
Nota
6 . Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos...
20
Nota
7 . Relações Interfinanceiras...
31
Nota
8 . Carteira de Créditos e Provisão para Perdas...
32
Nota
9 . Carteira de Câmbio...
34
Nota
10 . Negociação e Intermediação de Valores...
35
Nota
11 . Créditos Tributários...
35
Nota
12 . Outros Créditos - Diversos...
38
Nota
13 . Outros Valores e Bens...
39
Nota
14 . Dependências no Exterior...
39
Nota
15 . Participações em Coligadas e Controladas...
40
Nota
16 . Imobilizado de Uso...
43
Nota
17 . Diferido...
44
Nota
18 . Captação de Recursos e Obrigações por Empréstimos e Repasses...
44
Nota
19 . Fiscais e Previdenciárias...
48
Nota
20 . Dívidas Subordinadas...
49
Nota
21 . Operações de Seguros, Previdência Privada e de Capitalização
50
Nota
22 . Outras Obrigações - Diversas...
51
Nota
23 . Ativos e Passivos Contingentes e Obrigações Legais - Fiscais e Previdenciárias...
51
Nota
24 . Patrimônio Líquido...
54
Nota
25 . Índice de Basiléia...
54
Nota
26 . Transações entre Partes Relacionadas...
55
Nota
27 . Receitas de Prestação de Serviços e Rendas de Tarifas Bancárias...
59
Nota
28 . Despesas de Pessoal...
60
Nota
29 . Outras Despesas Administrativas...
61
Nota
30 . Despesas Tributárias...
61
Nota
31 . Outras Receitas Operacionais...
62
Nota
32 . Outras Despesas Operacionais...
62
Nota
33 . Resultado Não Operacional...
63
Nota
34 . Imposto de Renda e Contribuição Social...
64
Nota
35 . Plano de Benefícios a Funcionários...
64
Nota
36 . Outras Informações...
68
Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras
ÍNDICE
Balanços Patrimoniais...
Demonstrações do Resultado...
O Banco Santander S.A., controlado pelo Banco
Santander, S.A. com sede na Espanha (Banco Santander
Espanha), é a Instituição líder dos conglomerados
financeiro e econômico-financeiro perante o Banco
Central do Brasil (Bacen). Com a reestruturação societária
(incorporações de ações) a partir de agosto de 2008, do
Banco ABN AMRO Real S.A. e da ABN AMRO Brasil Dois
Participações S.A. e respectivas empresas controladas
(Banco Real) passaram a integrar os conglomerados
financeiro e econômico-financeiro Santander, resultando
no terceiro maior conglomerado financeiro privado do país
por ativos.
Apresentação das Informações Financeiras
As informações financeiras individuais e consolidadas do
Santander e empresas controladas (Santander ou Banco
Santander) para todos os períodos apresentados, foram
preparadas de acordo com a legislação em vigor. As
informações financeiras consolidadas do Santander, no
terceiro trimestre e primeiros nove meses findos em 30 de
setembro
de
2008
consideram
as
informações
patrimoniais e de resultado do Banco Real a partir de 29
de agosto de 2008, ou seja, contemplam apenas o
resultado apurado pelo Banco Real no mês de setembro
de 2008.
Informações Financeiras – Santander “Pro-Forma”
Para permitir um melhor entendimento da evolução
patrimonial e resultados do Santander, tendo em vista a
incorporação do Banco Real no conglomerado financeiro
e
econômico-financeiro
Santander,
estão
sendo
divulgadas as informações financeiras do Santander
“Pro-Forma”, considerando a consolidação do Banco Real
relacionada aos nove meses de 2008 e 2007.
Essas informações estão sendo apresentadas apenas
para permitir análises adicionais dos saldos e transações
de forma a permitir sua comparabilidade e a avaliação do
resultado, patrimônio líquido e índices operacionais. As
informações financeiras Santander “Pro-Forma” não
representam o que poderia ter ocorrido se a operação de
incorporação de ações tivesse acontecido anteriormente,
bem como não correspondem as demonstrações do
Santander e nem necessariamente indicam resultados
futuros.
Para a preparação das informações financeiras “pro
forma”, foram adotadas as seguintes premissas:
1. Todos os ativos e passivos do Banco Real foram
consolidados em 30 de setembro de 2007.
2. O ágio apurado na aquisição do Banco Real, no
montante de R$26.334 milhões, foi desconsiderado do
ativo permanente e do patrimônio líquido.
3. Os resultados dos primeiros nove meses de 2007 e de
2008 contemplam os resultados auferidos pelo Banco
Real e desconsideram os resultados não recorrentes na
venda de carteiras, alienação de participações e crédito
tributário.
4. Foram desconsiderados nas informações “pro-forma”
os ajustes decorrentes das incorporações de ações do
Banco Real.
Demonstração de Resultado – Santander “Pro-Forma”
Var.%
R$MM
Pro-Forma
Pro-Forma
set-08 vs.
9M08
9M07
set-07
(não revisada)
(não revisada)
Resultado da Intermediação Financeira antes da PDD
14.423
14.078
2,5%
Provisão para Créditos
(4.841)
(3.678)
31,6%
Resultado da Intermediação Financeira
9.582
10.400
-7,9%
Receitas de Prestação de Serviços e Receitas com Tarifas
Bancárias
5.894
5.713
3,2%
Despesas Administrativas
(8.937)
(8.515)
5,0%
Despesas Tributárias
(1.431)
(1.521)
-5,9%
Outras Receitas (Despesas)
(2.878)
(3.875)
-25,7%
Lucro Líquido do Período
2.230
2.202
1,3%
Santander
O Santander “Pro-Forma” encerrou os nove primeiros meses de 2008 com lucro líquido de R$2.230 milhões
comparados com R$2.202 milhões do ano anterior. O resultado do período demonstra uma evolução favorável das
receitas atreladas aos negócios comerciais (receitas com operações de crédito e prestação de serviços). Por outro lado,
as receitas de títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos apresentaram uma menor contribuição
ao resultado do período.
As provisões para créditos de liquidação duvidosa representavam 4,7% da carteira de crédito em setembro de 2008,
comparadas com 4,5% de setembro de 2007. A despesa de provisão para créditos de liquidação duvidosa aumentou
31,6% nos nove primeiros meses de 2008 em relação a 2007. O crescimento da provisão no período é decorrente da
expansão de 25,5% da carteira de crédito, sendo 23,0% na carteira de crédito pessoa física,.
As despesas administrativas totalizaram nos primeiros nove meses de 2008, R$8.937 milhões, apresentando um
crescimento de 5,0% nos nove primeiros meses de 2008 em relação ao mesmo período de 2007, sendo que as
despesas de pessoal aumentaram 9,1%, enquanto as outras despesas administrativas cresceram 2,3%, refletindo os
esforços no controle de gastos.
Balanço Patrimonial – Santander “Pro-Forma”
Var.%
R$MM Pro-Forma Pro-Forma set-08 vs.
set-08 set-07 set-07
(não revisada) (não revisada) Ativo Circulante e Realizável a Longo Prazo 297.339 274.995 8,1%
Disponibilidades 4.500 2.966 51,7% Aplicações Interfinanceiras de Liquidez 33.186 26.731 24,1% Títulos e Valores Mobiliários e Derivativos 50.446 45.203 11,6%
Crédito 130.483 103.938 25,5%
Provisão para Créditos (6.088) (4.639) 31,2% Outros Ativos 84.812 100.796 -15,9%
Permanente 4.371 3.310 32,1%
Total do Ativo 301.710 278.305 8,4%
Ativo Circulante e Realizável a Longo Prazo 277.485 255.426 8,6%
Depósitos 121.688 92.444 31,6%
Captações no Mercado Aberto 32.399 29.068 11,5% Recursos de Aceites e Emissão de Títulos 9.273 5.006 85,2% Obrigações por Empréstimos e Repasses 23.260 22.925 1,5% Outras Obrigações 90.865 105.983 -14,3%
Patrimônio Líquido 24.225 22.879 5,9%
Total do Passivo 301.710 278.305 8,4%
Santander
Os ativos totais do Santander “Pro-Forma” cresceram 8,4% em relação a 2007, atingindo R$301.710 milhões. Desse
montante, R$130.483 milhões são representados pela carteira de crédito, R$50.446 milhões por títulos e valores
mobiliários e instrumentos financeiros derivativos, substancialmente títulos públicos federais e R$33.186 milhões por
aplicações interfinanceiras de liquidez.
Carteira de Crédito – Santander “Pro-Forma”
As operações de crédito aumentaram 25,5% na comparação interanual, atingindo R$130.483 milhões. Destaque para o
crescimento de 23,0% das operações com pessoa física. Nesse segmento, destacaram-se as operações com cartão de
crédito que registraram evolução de 42,3%, crédito imobiliário com 32,3%, leasing e financiamento de veículos com
23,7% e crédito consignado com 11,0%.
Var.% Pro-Forma Pro-Forma set-08 vs.
set-08 set-07 set-07
(não revisada) (não revisada) Crédito
Pessoa Jurídica 67.650 52.473 28,9%
Pessoa Física 57.250 46.531 23,0%
Leasing e Financiamento Veículos 23.712 19.167 23,7% Consignado 6.595 5.941 11,0% Cartão de Crédito 6.226 4.376 42,3% Crédito Imobiliário 4.179 3.159 32,3% Outros 16.538 13.888 19,1% Crédito Rural 5.583 4.934 13,2% Total 130.483 103.938 25,5% Santander
Depósitos – Santander “Pro-Forma”
Os depósitos evoluíram em 31,6% em relação a setembro de 2007, totalizando R$121.702 milhões, com acréscimo de
25,4% nos depósitos em poupança e 39,8% nos depósitos a prazo, nas respectivas comparações interanuais.
Var.% Pro-Forma Pro-Forma set-08 vs.
set-08 set-07 set-07
(não revisada) (não revisada) Depósitos Dep. à Vista 13.496 12.739 5,9% Dep. de Poupança 19.109 15.242 25,4% Dep. Interfinanceiros 1.177 1.233 -4,5% Dep. a Prazo 87.594 62.648 39,8% Outros Depósitos 326 582 -44,0% Total 121.702 92.444 31,6% Santander
Reestruturação Societária
Em 24 de julho de 2008, Banco Santander Espanha
passou a exercer efetivamente o controle societário
indireto das empresas do Conglomerado ABN AMRO
Real no Brasil, após o cumprimento de todas as
condições
para
a
transferência
do
controle,
especialmente a obtenção da aprovação do De
Nederlandsche Bank (Banco Central da Holanda) e do
Bacen.
Em decorrência da aprovação da transferência do
controle, foi promovida a integração societária do Banco
ABN AMRO Real S.A. (Banco Real S.A.) e da ABN
AMRO Brasil Dois Participações S.A. (AAB Dois Par) e
respectivas empresas controladas aos conglomerados
financeiro e econômico-financeiro Santander, visando a
consolidação dos investimentos no Brasil.
Nas Assembléias Gerais Extraordinárias de 29 de agosto
de 2008, do Banco Santander, do Banco Real S.A. e da
AAB Dois Par foi aprovada a proposta de reestruturação
societária nos termos do “Instrumento Particular de
Protocolo e Justificação de Incorporação de Ações do
Banco ABN AMRO Real S.A. e da ABN AMRO Brasil
Dois Participações S.A. ao Patrimônio do Banco
Santander S.A.” (Protocolo).
No Protocolo foram estabelecidas as justificativas e
condições da reestruturação societária constituída pela
incorporação da totalidade de ações de emissão do
Banco Real S.A. e da AAB Dois Par ao patrimônio do
Banco Santander (Incorporações de Ações). Como
resultado das Incorporações de Ações: (a) o Banco Real
S.A. e a AAB Dois Par foram convertidos em subsidiárias
integrais do Banco Santander, (b) o capital social do
Banco Santander foi aumentado com base no valor
econômico das ações do Banco Real S.A. e da AAB Dois
Par de R$9.131.448 mil para R$47.152.201 mil, e (c)
foram
emitidas
e
entregues
posteriormente
aos
respectivos acionistas do Banco Real S.A. e da AAB Dois
Par, ações do Banco Santander.
Os objetivos da operação foram: (a) assegurar a
transferência dos negócios adquiridos pelo Banco
Santander Espanha para sua controlada já instalada e em
funcionamento no Brasil – Banco Santander, (b) garantir
a preservação das personalidades jurídicas do Banco
Santander, Banco Real S.A. e AAB Dois Par, e (c)
concentrar a participação dos acionistas minoritários
dessas entidades exclusivamente no Banco Santander.
A operação possibilita a racionalização e simplificação da
estrutura patrimonial dos veículos societários do
Santander, e que os acionistas do Banco Real passem à
condição de acionistas de uma companhia aberta e
tenham acesso à atual política de dividendos do Banco
Santander.
Essa nova estrutura permite ainda a redução de custos
administrativos, especialmente os relacionados às
obrigações legais e regulatórias.
Os custos para a efetivação da operação foram de
aproximadamente R$2,3 milhões e referem-se à
elaboração de laudos de avaliação e honorários de
assessores externos.
Por tratar-se de operação de incorporações de ações, as
personalidades jurídicas do Banco Real S.A. e da AAB
Dois Par foram preservadas e as variações patrimoniais
posteriores à data base de seus balanços patrimoniais
foram devidamente escrituradas em seus respectivos
livros contábeis.
O Fato Relevante sobre o evento foi publicado na edição
de 30 de julho de 2008 da Gazeta Mercantil e do Diário
Oficial do Estado de São Paulo.
Conjuntura Econômica
A atividade econômica sustentou resultados positivos nos
nove primeiros meses de 2008, impulsionada pela
ampliação dos investimentos e pelo consumo das
famílias. De acordo com o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto
(PIB) cresceu 6,1% no segundo trimestre do ano, em
relação ao mesmo trimestre de 2007, registrando o oitavo
trimestre consecutivo de crescimento superior a 4,0%.
A evidência desse dinamismo pode ser percebida pelo
mercado de trabalho, que continua revelando excelente
desempenho. Em agosto, a taxa de desemprego medida
pelo IBGE atingiu 7,6%, resultado significativamente
melhor do que a média dos últimos 5 anos (10,6%). A
criação líquida de empregos formais (admissões menos
demissões) também segue com bom desempenho. De
janeiro a setembro foram criados 2,1 milhões de novos
empregos, valor superior ao total criado ao longo de 2007
(1,6 milhão). A massa salarial cresceu, em termos reais,
6,3% no acumulado do ano até setembro.
Depois de encerrar o primeiro semestre com variação
mensal média de 0,6%, o Índice de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA) reduziu seu ritmo de
crescimento, como decorrência da desaceleração dos
preços dos alimentos. A variação acumulada em 12
meses foi equivalente a 6,25% em setembro. Porém,
apesar dessa desaceleração a inflação se mantém acima
da meta de 4,5%.
Diante desse cenário, de inflação elevada e mercado
interno aquecido, o Banco Central seguiu elevando a taxa
de juros, que em setembro alcançou 13,75%, o que
significa alta de dois pontos percentuais desde o início de
2008.
Em relação às contas externas, o saldo em transações
correntes registrou déficit de R$21,9 bilhões no
acumulado de 12 meses até agosto, como efeito da
redução do superávit comercial e da maior remessa de
lucros para o exterior. Os investimentos estrangeiros
diretos somaram ingresso líquido de US$ 32,7 bilhões no
mesmo período. A dívida líquida do setor público manteve
trajetória de queda, alcançando 40,5% do PIB em agosto
e o superávit primário, no acumulado de 12 meses,
atingiu R$122,2 bilhões (4,42 % do PIB).
O crédito total do Sistema Financeiro Nacional,
consideradas as operações com recursos livres e
direcionados, totalizou R$1.149 bilhões em setembro,
registrando alta de 3,5% no mês e 34,0% em 12 meses.
Em relação ao PIB, o crédito total alcançou 39,1% ante
33,1% em setembro de 2007.
A trajetória do crédito evidencia desaceleração nas
operações destinadas às pessoas físicas: considerando
os últimos 12 meses encerrados em setembro, o
crescimento atingiu 29,7% contra média de crescimento
interanual de 33,0% no primeiro semestre de 2008. Já as
operações destinadas às pessoas jurídicas seguem com
maior
dinamismo,
registrando
em
setembro
um
crescimento de 44,7% em 12 meses.
As captações cresceram, em setembro, 19,2% (em 12
meses), com destaque para os depósitos a prazo que
cresceram 69,4% no mesmo período, ante 7,8% e 18,2%
dos depósitos à vista e poupança.
A piora no cenário internacional, agravou a situação nos
mercados mundiais, impactando também o mercado
brasileiro. Em setembro, o Ibovespa apresentou queda de
11,0% em relação a agosto e 18,0% em relação a
setembro de 2007. O risco Brasil atingiu 331 pontos ao
final de setembro, e a taxa de câmbio encerrou o mesmo
período em 1,91
R$/US$, apresentando desvalorização
de 20,3% em relação a junho de 2008.
De maneira geral, os bons fundamentos da economia
As medidas anunciadas recentemente pelo Banco
Central, que incluem maior flexibilização do compulsório,
ampliação do crédito para agricultura e exportação, são
positivas e, além de contribuir para o aumento da liquidez
no mercado local, evidenciam a preocupação da
autoridade monetária no sentido de minimizar os
impactos da crise financeira internacional na economia.
Desempenho
Como
conseqüência
da
reestruturação
societária
mencionada acima e de acordo com a legislação em
vigor, o balanço patrimonial e a demonstração de
resultado do Santander estão sendo apresentados
comparativamente com os dados dos respectivos
períodos anteriores que não contemplam os ativos,
passivos ou resultados do Banco Real e respectivas
empresas controladas, de forma que a análise da
evolução das informações financeiras é inadequada.
1. Resultados
O Santander encerrou o terceiro trimestre de 2008 com
lucro líquido de R$497 milhões e R$1.330 milhões nos
nove primeiros meses do ano.
Os retornos anualizados sobre o patrimônio líquido
médio, e sobre o ativo médio, ambos ajustados
desconsiderando o ágio na aquisição do Banco Real,
foram de 16,1% e de 1,3%, respectivamente, nos nove
primeiros meses de 2008, comparados a 19,2% e 1,7%
no mesmo período de 2007.
2. Ativos e Passivos
Os ativos totais consolidados atingiram R$328.131
milhões. Desse montante, R$130.483 milhões são
representados pela carteira de crédito; R$50.446 milhões
por títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros
derivativos, substancialmente títulos públicos federais; e
R$33.186 milhões por aplicações interfinanceiras de
liquidez.
O Santander possuía o montante de R$1.570 milhões de
títulos classificados como “mantidos até o vencimento” e
tem capacidade financeira e intenção de mantê-los até o
vencimento.
Patrimônio Líquido
O patrimônio líquido do Santander alcançou R$49.837
milhões em 30 de setembro de 2008.
Em 29 de agosto de 2008, foi deliberado em Assembléia
Geral Extraordinária o aumento de capital total do Banco
Santander de R$38.021 milhões, mediante a emissão de
189.300.327 mil ações, sendo 101.282.490 mil ações
ordinárias e 88.017.837 mil ações preferenciais, todas
escriturais e sem valor nominal, relacionado à
incorporação do Banco Real e da AAB Dois Par.
A partir de julho de 2008, entraram em vigor novas regras
de mensuração do capital regulamentar pelo Método
Padronizado de Basiléia II, com nova metodologia de
mensuração, análise e administração de riscos de crédito
e riscos operacionais. Entre as alterações destacam-se:
consumir menos capital, a mitigação de risco pela
utilização de garantias e a inclusão dos compromissos de
crédito que passam a consumir capital; (b) Riscos de
mercado – introdução das parcelas de exigência de
capital para as exposições sujeitas à variação de taxas
dos cupons de moedas estrangeiras, de índices de
preços e de taxa de juros; do preço de commodities e de
ações classificadas na carteira de negociação; e de taxas
de juros não classificadas na carteira de negociação; e (c)
Riscos Operacionais – exigência de parcela específica de
capital.
O índice de Basiléia II, que é apurado de forma
consolidada, atingiu 14,0% desconsiderando o ágio no
patrimônio líquido de referência, conforme determinado
pela regra internacional.
Estratégia
A incorporação das ações do Banco Real pelo Santander
resultou no terceiro conglomerado financeiro privado do
País por ativos.
A complementaridade da rede de distribuição dos dois
bancos transforma o Santander em uma instituição com
presença nacional focada nas Regiões Sul e Sudeste,
que concentram 74% do PIB do Brasil, possui uma rede
de 3.551 pontos-de-venda (Agências mais PAB’s), e
17.978 terminais de auto-atendimento.
Os dois bancos também se complementam nos negócios,
tendo o Banco Real forte concentração no Varejo e o
Santander ampla experiência nos negócios com Grandes
Empresas.
O Santander enfatiza a qualidade do atendimento e a
inovação da carteira de produtos e serviços, de forma a
adequá-la cada vez mais ao perfil financeiro de seus
clientes e fortalecer a estrutura comercial e operacional
do negócio.
As atividades e os relacionamentos do Santander são
norteados pela transparência e ética, com o objetivo de
satisfazer e criar valor para acionistas, clientes,
funcionários e demais públicos.
O Santander, por meio das operações dos bancos
Santander e Real, tem a inovação e a tecnologia como
importantes diferenciais competitivos. Nesse sentido,
destaca-se nos nove primeiros meses do ano o
lançamento dos seguintes produtos e serviços:
Super Simples: crédito pessoal pelo qual a cada
R$1.000,00, o cliente paga uma parcela fixa de R$50,00;
Crédito Mais Conquista: linha de longo prazo, até 20
anos, sem destinação específica, direcionado às pessoas
físicas;
Cartão Reward: garante ao cliente a devolução de 2% do
valor de compras à vista ou parceladas, com crédito em
dinheiro na fatura;
Prev Bônus Santander: tem como principal atrativo o
pagamento de um bônus de 10% sobre o principal
aplicado, além da rentabilidade normal do plano;
Fundo Floresta Real: investimento que rentabiliza os
créditos de carbono provindos da restauração da mata
ciliar da bacia do rio Juquiá (SP), com benefícios
sócio-ambientais; e
Fundo Real Capital Protegido: o cliente ganha tanto na
alta quanto na baixa da Bolsa de Valores, sem risco de
perda do capital investido.
Pessoas
O Santander investe continuamente na capacitação e no
bem-estar de seus 54 mil profissionais, por meio de
programas que envolvem de estudantes do ensino médio
a executivos da alta direção.
O Santander mantém o programa Aprendiz@Sucesso, de
treinamento e contratação de jovens por intermédio de
convênio com a Organização Internacional do Trabalho
(OIT), participa do Jovem Aprendiz, do Governo Federal,
e dá andamento a programas próprios de estagiários. Aos
que possuem potencial para assumir cargos executivos,
oferece o programa Futuro Diretivos, de intercâmbio entre
colaboradores brasileiros e de outras unidades na
América Latina.
Além disso, mantém dois MBA: o Internacional, que
prepara profissionais para as provas de aplicações nas
mais renomadas instituições da Europa e dos Estados
Unidos, e o Summer, que busca atrair ao Brasil
colaboradores que cursam MBA no exterior, para o
desenvolvimento de projetos específicos. Aos altos
executivos
dispõe
de
programas
como
o
Desenvolvimento de Lideranças II e Mentoring e
Educação para Negócios Financeiros. Há ainda o
Programa Carreira Santander, que tem por finalidade
garantir maior transparência e funcionalidade ao público
interno na identificação de oportunidades no Banco, e o
Trilha da Formação, direcionado à melhoria da
capacitação dos profissionais que atuam na rede de
agências.
Dentro do processo de integração, cabe destacar, que já
foi iniciado o primeiro projeto realizado em conjunto pelo
Santander e Banco Real, o programa de trainees.
Todas essas iniciativas de formação continuada são
estruturadas de acordo com a função dos profissionais e
realizadas de forma presencial ou virtual (e-learning).
Sob a crença de que um indivíduo melhor é um
profissional melhor, o Santander também incentiva a
busca de bem-estar. Para isso, mantém o Programa de
Qualidade de Vida, que envolve ações relacionadas à
saúde, vida social, relações de trabalho e convívio
familiar, e o Programa de Apoio Pessoal, que coloca à
disposição atendimento telefônico de diversas naturezas
aos profissionais e seus familiares em momentos de
estresse.
Principais Controladas
O Banco ABN AMRO Real S.A. atingiu em 30 de
setembro de 2008, R$178.561 milhões em ativos totais,
R$47.640 milhões de carteira em operações de crédito e
arrendamento mercantil, R$43.883 milhões de títulos e
valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos,
R$39.496 milhões de aplicações interfinanceiras de
liquidez e R$11.368 milhões de patrimônio líquido. O
lucro líquido consolidado nas demonstrações financeiras
do Santander foi de R$215 milhões.
A Aymoré Crédito, Financiamento e Investimento S.A.
atingiu em 30 de setembro de 2008, R$29.192 milhões
em ativos totais, R$10.176 milhões de carteira em
operações crédito e R$630 milhões de patrimônio líquido.
O
lucro
líquido
consolidado
nas
demonstrações
financeiras do Santander foi de R$11 milhões.
A Real Leasing S.A. Arrendamento Mercantil S.A. atingiu
em 30 de setembro de 2008, R$21.005 milhões em ativos
totais, R$9.487 milhões de carteira em operações de
arrendamento mercantil e R$ 9.433 milhões de patrimônio
líquido. O lucro líquido consolidado nas demonstrações
financeiras do Santander foi de R$73 milhões.
A ABN AMRO Arrendamento Mercantil S.A atingiu em 30
de setembro de 2008, R$10.865 milhões em ativos totais,
R$600
milhões
de
carteira
em
operações
de
arrendamento mercantil e R$565 milhões de patrimônio
líquido. O lucro líquido consolidado nas demonstrações
financeiras do Santander foi de R$10 milhões.
A Santander Brasil Arrendamento Mercantil S.A. atingiu
em 30 de setembro de 2008, R$4.604 milhões em ativos
totais, R$714 milhões de carteira em operações de
arrendamento mercantil e R$520 milhões de patrimônio
líquido. O lucro líquido dos primeiros nove meses de 2008
foi de R$39 milhões.
A Santander S.A. Corretora de Câmbio e Títulos atingiu,
em 30 de setembro de 2008, R$772 milhões de ativos
totais e patrimônio líquido de R$209 milhões. O lucro
líquido foi de R$42 milhões nos primeiros nove meses de
2008.
A Santander Asset Management Distribuidora de Títulos
e Valores Mobiliários Ltda. atingiu, em 30 de setembro de
2008, R$143 milhões de ativos totais, patrimônio líquido
de R$102 milhões e gestão de fundos de R$50.810
milhões. O lucro líquido foi de R$30 milhões nos
primeiros nove meses de 2008.
A Santander Investimentos em Participações S.A.,
empresa de objetivo social específico para investimentos
em ações e títulos, obteve resultado de R$122 milhões
nos primeiros nove meses de 2008. O ativo total e
patrimônio líquido atingiram R$1.165 milhões e R$ 1.118
milhões, respectivamente.
Agências de Rating
O Santander é classificado por agências internacionais de
rating e as notas atribuídas refletem seu desempenho
operacional e a qualidade de sua administração. Em 2008
foram elevados os ratings atribuídos pelas agências Fitch
e S&P.
Santander Longo Prazo Curto Prazo Suporte 2 Moeda Local BBB+ F2 EscalaNacional brAAA+ brA-1 Moeda Local BBB- A-3 Moeda Estrangeira BBB- A-3 Real Longo Prazo Curto Prazo Suporte 2 Moeda Local BBB+ F2 F1+ (BRA) F2 Standard & Poor’s Fitch Ratings F1+ (BRA) F2 AAA (BRA) Moeda Estrangeira BBB Fitch Ratings Escala Nacional AAA (BRA) Escala Nacional Moeda Estrangeira BBB
Responsabilidade Social
O equilíbrio entre as dimensões econômica, social e
ambiental – tripé da sustentabilidade – conduz as ações
adotadas pelo Santander para contribuir com o
desenvolvimento do País. Elas têm como foco a
educação, e envolvem diferentes públicos na busca de
inclusão social e exercício pleno da cidadania.
Uma
das
principais
iniciativas
é
o
Santander
Universidades, que desenvolve produtos e serviços para
mais de 1,5 milhão de alunos, professores e dirigentes de
260 instituições de ensino superior, além de apoiá-las por
meio de convênios de amparo ao ensino e à pesquisa,
concessão de bolsas de estudos e intercâmbio.
Esse trabalho é reforçado pela Rede Universia, de
cooperação universitária, que integra 1.070 universidades
parceiras de 11 países ibero-americanos onde o
Santander
está
instalado.
No
Brasil,
o
portal
(www.universia.com.br) acumula, em cinco anos de
existência, 253 parcerias com instituições de ensino
superior e a marca de 1,9 milhão de usuários
cadastrados.
Na mesma linha, outros dois programas têm como
propósito a melhoria da qualidade do ensino. O Parceiros
em Ação promove a seleção anual de projetos
educacionais a serem apoiados, cujo foco seja a
facilitação do acesso ao ensino superior. Já o Projeto
Escola Brasil, de voluntariado, reúne hoje 1.949
funcionários do Santander, que, organizados em 184
equipes, atuam para ampliar a qualidade da educação de
165 escolas públicas de todo o País.
Mantém ainda o Espaço Real de Práticas de
Sustentabilidade,
de
promoção
de
treinamentos
ano.
A
iniciativa
é
integrada
pelo
portal
(www.bancoreal.com.br/sustentabilidade), no ar desde
julho último, com cursos on-line, artigos, estudos de caso
de empresas que adotam melhores práticas e um blog
que possibilita a interação e troca de idéias entre os
1.850 usuários já cadastrados.
Riscos Operacionais, Controles Internos e Lei
Sarbanes-Oxley
O Santander considera o sistema de gestão e controle
dos Riscos Operacionais e Tecnológicos um fator
estratégico e de diferencial competitivo. Assim, mantém
desde 2001 uma área corporativa, específica e
independente, com estrutura, normas, metodologias,
ferramentas e modelos internos voltados à gestão e
controle dos riscos operacionais e aos controles internos.
Adota
as
melhores
práticas
do
mercado
para
identificação,
captura,
avaliação,
controle,
monitoramento,
gestão
e
prevenção
aos
riscos
operacionais e fortalecimento do sistema de controles
internos, atendendo às determinações das Resoluções
CMN 2.554/1998 e 3.380/2006, Circular Susep 249/2004
e exigências da Lei Sarbanes-Oxley (SOX). Segue
também
as
diretrizes
estabelecidas
pelo
Banco
Santander, S.A. e fundamenta-se no COSO - Committee
of
Sponsoring
Organizations
of
the
Treadway
Commission – Enterprise Risk Management – Integrated
Framework.
A alta administração, alinhada à política de Governança
Corporativa, reconhece, participa e compartilha da
responsabilidade e está comprometida com a contínua
melhoria dessa cultura e estrutura, visando garantir o
cumprimento dos objetivos e das metas estabelecidos,
assim como a segurança e qualidade dos produtos e
serviços prestados.
O Santander mantendo a transparência de seu modelo de
gestão e controle dos riscos operacionais, com suas
metodologias, visões e o maior detalhamento dos
modelos internos adotados e dos principais resultados
obtidos, divulga, formaliza e registra esses alcances nos
relatórios anual e social. O Relatório Anual 2007 está
disponível no endereço eletrônico www.santander.com.br.
O Santander atende aos requerimentos qualitativos e
quantitativos estabelecidos pelo Novo Acordo da Basiléia
– Basiléia II, alcançando como resultado a eficácia e
otimização
do
capital
econômico
e
regulatório,
compatibilizando-os com a natureza e complexidade dos
produtos, serviços, atividades, processos e sistemas. O
Conselho de Administração do Santander, atendendo à
Circular CMN 3.383/2008, optou pela Abordagem
Padronizada Alternativa (ASA) para o cálculo da parcela
do Patrimônio de Referência Exigido referente ao risco
operacional, a qual está alinhada ao modelo interno de
gestão, dos resultados e é compatível com os critérios
utilizados nos riscos de crédito e mercado.
No primeiro semestre de 2008, o Banco Santander
Espanha concluiu, com o arquivamento do documento
20-F junto à SEC - Securities and Exchange Commission,
a segunda certificação anual completa do Modelo de
Controles Internos, em cumprimento à seção 404 da
SOX, para o exercício findo em 31 de dezembro de 2007,
no qual não foi identificada qualquer incidência
considerada deficiência significativa.
Riscos de Mercado
Risco de mercado é a exposição em taxas de juros, taxas
de câmbio, cotação de mercadorias, preços no mercado
de ações e outros valores, em função do tipo de produto,
do volume de operações, do prazo, das condições do
contrato e da volatilidade subjacente.
O Santander opera de acordo com as políticas globais,
enquadradas na perspectiva de risco tolerado pelo Grupo
e alinhado aos objetivos no Brasil e no mundo. Para isso,
desenvolveu seu próprio modelo de Gestão de Riscos,
seguindo os seguintes princípios:
- Independência funcional;
-Capacidade executiva sustentada no conhecimento e na
proximidade do cliente;
- Alcance global da função (diferentes tipos de riscos) e
tratamento único ao cliente;
- Decisões colegiadas, que avaliem todos os cenários
possíveis e não comprometam os resultados com
decisões individuais, incluindo o Comitê Executivo de
Riscos de Crédito, Mercado e de Contrapartes, que fixa
limites e aprova operações e o Comitê Executivo de
Ativos e Passivos, que responde pela gestão do capital e
riscos estruturais, o que inclui o risco-país, a liquidez, as
taxas de juros e de câmbio;
- Gestão e otimização da equação de risco/retorno; e
- Metodologias avançadas de gestão de riscos, como o
Value at Risk – VaR (simulação histórica de 520 dias,
com um nível de confiança de 99% e horizonte temporal
de um dia), cenários, sensibilidade da margem financeira,
sensibilidade
do
valor
patrimonial
e
plano
de
contingência.
A estrutura de Riscos de Mercado é parte da
Vice-presidência de Riscos de Crédito e Mercado, área
independente que aplica as políticas de risco, levando em
consideração
as
instruções
do
Conselho
de
Administração e da Divisão de Riscos do Grupo
Santander na Espanha.
O maior detalhamento da estrutura, metodologias e
sistemas de controle está descrito no relatório anual do
exercício de 2007, disponível no endereço eletrônico
www.santander.com.br.
Outras Informações
O Banco Santander Espanha tem como política restringir
os serviços prestados por seus auditores independentes,
de forma a preservar a independência e a objetividade do
auditor, em consonância com as normas brasileiras e
internacionais. Em atendimento à Instrução CVM
381/2003, informa que, nos nove primeiros meses de
2008, não foram contratados da Deloitte Touche
Tohmatsu Auditores Independentes outros serviços
profissionais não enquadrados como serviços de auditoria
independente que cumulativamente representassem mais
de 5% da respectiva remuneração global.
Banco Santander S.A.
São Paulo - SP
1.
Revisamos as informações contábeis contidas nas Informações Trimestrais - ITR,
individuais e consolidadas do Banco Santander S.A. e controladas (Consolidado), referentes
ao trimestre e período de nove meses findos em 30 de setembro de 2008, compreendendo o
balanço patrimonial, a demonstração do resultado, o relatório de desempenho e as notas
explicativas, elaborados sob a responsabilidade da Administração do Banco e controladas.
2.
Nossa revisão foi efetuada de acordo com as normas específicas estabelecidas pelo
IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil, em conjunto com o Conselho
Federal de Contabilidade, e consistiu, principalmente, em: (a) indagação e discussão com os
administradores responsáveis pelas áreas contábil, financeira e operacional do Banco e
controladas quanto aos principais critérios adotados na elaboração das Informações
Trimestrais; e (b) revisão das informações e dos eventos subseqüentes que tenham, ou
possam vir a ter, efeitos relevantes sobre a posição financeira e as operações do Banco e
controladas.
3.
Com base em nossa revisão, não temos conhecimento de nenhuma modificação relevante
que deva ser feita nas informações contábeis contidas nas Informações Trimestrais referidas
no parágrafo 1, para que estejam apresentadas de acordo com as normas expedidas pela
Comissão de Valores Mobiliários - CVM, aplicáveis à elaboração das Informações
Trimestrais, e preparadas de acordo as normas expedidas pelo Banco Central do Brasil -
BACEN, incluindo o Comunicado BACEN nº 16.669, de 20 de março de 2008, que
dispensou a aplicação dos dispositivos contábeis introduzidos e alterados pela Lei
nº 11.638/07 na preparação das demonstrações financeiras intermediárias, durante o ano
2008.
4.
Conforme mencionado na nota explicativa 36.e), em 28 de dezembro de 2007 foi
promulgada a Lei nº 11.638, com vigência a partir de 1º de janeiro de 2008. Essa Lei
alterou, revogou e introduziu novos dispositivos à Lei nº 6.404/76 (Lei das Sociedades por
Ações) e provocou mudanças nas práticas contábeis adotadas no Brasil. Embora a referida
Lei já tenha entrado em vigor, algumas alterações por ela introduzidas dependem de
regulamentação por parte do BACEN para serem aplicadas pelas instituições por ele
autorizadas a funcionar. Dessa forma, nessa fase de transição, o BACEN, por meio do
Comunicado nº 16.669/08, dispensou a aplicação das disposições da Lei nº 11.638/07 na
preparação das demonstrações financeiras intermediárias. Assim, as informações contábeis
contidas nas ITR do trimestre findo em 30 de setembro de 2008 foram elaboradas de acordo
com instruções específicas do BACEN e não contemplam as modificações nas práticas
contábeis introduzidas pela Lei nº 11.638/07.
São Paulo, 27 de outubro de 2008
DELOITTE TOUCHE TOHMATSU
Francisco Antonio Maldonado Sant’Anna
Banco Consolidado
Nota 30/9/2008 30/6/2008 30/9/2008 30/6/2008
Ativo Circulante 94.936.991 85.567.363 193.049.582 85.219.119 Disponibilidades 1.808.244 1.588.185 4.499.411 1.588.194 Aplicações Interfinanceiras de Liquidez 5 21.680.048 24.004.165 31.119.604 23.813.562
Aplicações no Mercado Aberto 18.277.705 20.645.278 25.817.701 20.645.278 Aplicações em Depósitos Interfinanceiros 1.606.125 1.702.566 2.895.878 1.511.963 Aplicações em Moeda Estrangeira 1.796.218 1.656.321 2.406.025 1.656.321
Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos
Financeiros Derivativos 6 14.144.502 14.431.861 23.591.130 13.651.634
Carteira Própria 4.749.589 5.367.298 7.782.063 6.072.730 Vinculados a Compromissos de Recompra 1.636.313 1.733.409 5.459 177.601 Instrumentos Financeiros Derivativos 3.517.931 2.923.284 5.058.355 2.921.644 Títulos Objeto de Operações Compromissadas com Livre
Movimentação 40.901 - - -Vinculados ao Banco Central 3.069.021 3.326.857 6.141.142 3.326.857 Moedas de Privatização - 55.652 - 55.652 Vinculados à Prestação de Garantias 1.130.747 1.025.361 4.604.111 1.097.150
Relações Interfinanceiras 7 6.981.515 7.401.268 19.353.095 7.401.268
Pagamentos e Recebimentos a Liquidar 456.612 642.010 1.590.076 642.010 Créditos Vinculados:
Depósitos no Banco Central 6.427.559 6.661.707 17.414.099 6.661.707 SFH - Sistema Financeiro da Habitação 92.984 90.678 97.741 90.678 Repasses Interfinanceiros - - 231.026 -Correspondentes 4.360 6.873 20.153 6.873
Relações Interdependências 681 478 4.991 478
Recursos em Trânsito de Terceiros - - 2.572 -Transferências Internas de Recursos 681 478 2.419 478
Operações de Crédito 8 24.603.034 21.771.671 60.010.781 21.766.981
Setor Público 44.073 35.495 63.582 32.348 Setor Privado 24.795.127 21.967.765 61.304.611 21.963.986 (Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa) 8.f (236.166) (231.589) (1.357.412) (229.353)
Operações de Arrendamento Mercantil 8 197.096 19.797 4.549.020 278.788
Setor Público - - 810 -Setor Privado 198.241 19.873 4.599.865 281.903 (Provisão para Créditos de Arrendamento Mercantil
de Liquidação Duvidosa) 8.f (1.145) (76) (51.655) (3.115)
Outros Créditos 24.951.611 15.856.525 48.591.890 16.223.074
Créditos por Avais e Fianças Honrados 366 15 366 15 Carteira de Câmbio 9 20.236.585 11.680.867 37.033.622 11.680.867 Rendas a Receber 135.074 104.078 278.238 112.595 Negociação e Intermediação de Valores 10 716.070 259.975 1.456.948 580.196 Créditos Tributários 11 1.144.119 1.157.870 2.896.446 1.173.604 Diversos 12 2.758.102 2.690.072 6.996.695 2.712.732 (Provisão para Outros Créditos de Liquidação Duvidosa) 8.f (38.705) (36.352) (70.425) (36.935)
Outros Valores e Bens 570.260 493.413 1.329.660 495.140
Investimentos Temporários - - 2.474 -Outros Valores e Bens 13.a 195.275 191.835 293.132 197.207 (Provisões para Desvalorizações) 13.a (153.601) (152.229) (184.991) (157.601) Despesas Antecipadas 13.b 528.586 453.807 1.219.045 455.534
Banco Consolidado
Nota 30/9/2008 30/6/2008 30/9/2008 30/6/2008
Ativo Realizável a Longo Prazo 49.909.686 41.313.331 104.378.543 39.989.439 Aplicações Interfinanceiras de Liquidez 5 1.246.078 1.169.085 2.065.868 1.109.501
Aplicações no Mercado Aberto - - 24.024 -Aplicações em Depósitos Interfinanceiros 864.317 852.585 1.660.083 793.001 Aplicações em Moeda Estrangeira 381.961 316.700 381.961 316.700 (Provisões para Perdas) (200) (200) (200) (200)
Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos
Financeiros Derivativos 6 11.475.359 11.142.540 26.854.970 9.123.740
Carteira Própria 779.868 871.314 2.843.850 871.570 Vinculados a Compromissos de Recompra 2.264.001 2.185.901 245.209 154.135 Instrumentos Financeiros Derivativos 1.245.314 1.207.957 2.170.071 1.207.336 Vinculados ao Banco Central 4.799.457 4.875.053 16.578.765 4.875.053 Moedas de Privatização 1.344 1.341 1.344 1.341 Vinculados à Prestação de Garantias 2.385.375 2.000.974 5.015.731 2.014.305
Relações Interfinanceiras 7 67.251 66.090 262.088 66.090
Créditos Vinculados:
SFH - Sistema Financeiro da Habitação 67.251 66.090 74.613 66.090 Repasses Interfinanceiros - - 187.475
-Operações de Crédito 8 19.603.938 18.400.109 43.278.759 18.368.909
Setor Público 153.672 155.230 259.436 150.507 Setor Privado 21.453.176 19.802.189 47.348.590 19.774.077 (Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa) 8.f (2.002.910) (1.557.310) (4.329.267) (1.555.675)
Operações de Arrendamento Mercantil 8 595.122 51.560 7.292.115 407.922
Setor Público - - 1.492
-Setor Privado 598.683 51.819 7.478.862 412.020 (Provisão para Créditos de Arrendamento Mercantil
de Liquidação Duvidosa) 8.f (3.561) (259) (188.239) (4.098)
Outros Créditos 15.887.943 9.315.069 23.069.582 9.742.590
Créditos por Avais e Fianças Honrados 5.094 5.151 5.094 5.151 Carteira de Câmbio 9 8.228.129 2.955.458 8.329.799 2.955.458 Rendas a Receber 27.928 25.895 27.940 25.895 Créditos Tributários 11 3.551.733 2.941.597 7.619.915 3.057.043 Diversos 12 4.124.638 3.420.584 7.177.755 3.734.904 (Provisão para Outros Créditos de Liquidação Duvidosa) 8.f (49.579) (33.616) (90.921) (35.861)
Outros Valores e Bens 1.033.995 1.168.878 1.555.161 1.170.687
Investimentos Temporários 9.687 10.066 9.696 10.075 (Provisões para Perdas) (647) (647) (655) (655) Despesas Antecipadas 13.b 1.024.955 1.159.459 1.546.120 1.161.267
Permanente 43.683.001 3.508.751 30.702.577 1.596.073 Investimentos 14.730.064 2.015.486 156.128 104.587
Participações em Coligadas e Controladas: 15
No País 14.719.412 2.005.070 24.215 20.104 No Exterior - - 279 -Outros Investimentos 26.862 26.626 171.410 104.851 (Provisões para Perdas) (16.210) (16.210) (39.776) (20.368)
Imobilizado de Uso 16 1.765.235 688.659 2.634.862 686.794
Imóveis de Uso 347.626 347.625 827.303 345.660 Outras Imobilizações de Uso 2.565.742 1.461.607 4.187.018 1.461.682 (Depreciações Acumuladas) (1.148.133) (1.120.573) (2.379.459) (1.120.548)
Ágio na Aquisição de Sociedades Controladas 2 26.333.931 - 26.333.931 -Diferido 17 853.771 804.606 1.577.656 804.692
Gastos de Organização e Expansão 2.098.271 2.047.343 3.824.887 2.047.558 (Amortizações Acumuladas) (1.244.500) (1.242.737) (2.247.231) (1.242.866)
Banco Consolidado Nota 30/9/2008 30/6/2008 30/9/2008 30/6/2008 Passivo Circulante 92.158.565 78.022.747 169.633.120 74.459.576 Depósitos 18.a 32.464.073 32.021.532 64.125.375 28.268.046 Depósitos à Vista 4.600.526 4.174.391 13.496.751 4.167.036 Depósitos de Poupança 7.610.568 7.222.598 19.108.596 7.222.598 Depósitos Interfinanceiros 4.078.284 4.365.598 1.025.625 679.657 Depósitos a Prazo 15.933.131 16.008.306 30.168.463 15.948.116 Outros Depósitos 241.564 250.639 325.940 250.639
Captações no Mercado Aberto 18.b 13.011.231 14.899.320 21.643.817 14.792.156
Carteira Própria 698.959 1.131.657 7.154.075 1.091.493 Carteira de Terceiros 10.815.973 12.871.567 13.034.900 12.804.567 Carteira de Livre Movimentação 1.496.299 896.096 1.454.842 896.096
Recursos de Aceites e Emissão de Títulos 18.c 4.342.894 3.091.388 7.044.830 3.091.388
Recursos de Aceites Cambiais - - 143.136 -Recursos de Letras Imobiliárias, Hipotecárias,
de Crédito e Similares 3.010.542 1.987.467 5.225.955 1.987.467 Obrigações por Títulos e Valores Mobiliários no Exterior 1.332.352 1.103.921 1.675.739 1.103.921
Relações Interfinanceiras 7 482.631 682.626 1.672.643 682.626
Recebimentos e Pagamentos a Liquidar 482.290 681.246 1.625.097 681.246 Correspondentes 341 1.380 47.546 1.380
Relações Interdependências 638.365 971.607 1.581.929 971.607
Recursos em Trânsito de Terceiros 637.137 971.307 1.578.460 971.307 Transferências Internas de Recursos 1.228 300 3.469 300
Obrigações por Empréstimos 18.e 8.639.164 5.529.731 11.374.974 5.529.731
Empréstimos no Exterior 8.639.164 5.529.731 11.374.974 5.529.731
Obrigações por Repasses do País - Instituições
Oficiais 18.e 1.623.326 1.760.189 2.727.444 1.760.189 Tesouro Nacional - - 7.910 -BNDES 684.132 738.402 926.055 738.402 CEF 7.562 9.217 7.575 9.217 FINAME 649.324 726.053 1.503.596 726.053 Outras Instituições 282.308 286.517 282.308 286.517
Obrigações por Repasses do Exterior 18.e - - 494.131
-Repasses do Exterior - - 494.131
-Instrumentos Financeiros Derivativos 6.b 3.918.279 2.910.968 5.028.714 2.909.475
Instrumentos Financeiros Derivativos 3.918.279 2.910.968 5.028.714 2.909.475
Outras Obrigações 27.038.602 16.155.386 53.939.263 16.454.358
Cobrança e Arrecadação de Tributos e Assemelhados 280.870 1.623.524 1.053.365 1.623.524 Carteira de Câmbio 9 21.032.251 10.213.245 36.497.689 10.213.245 Sociais e Estatutárias 129.032 98.133 1.264.642 98.710 Fiscais e Previdenciárias 19 278.774 109.970 1.247.413 178.298 Negociação e Intermediação de Valores 10 840.801 238.119 1.637.129 556.336 Dívidas Subordinadas 20 2.313 1.924 83.553 1.924 Provisões Técnicas para Operações de Seguros, Previdência
Privada e Capitalização 21.a - - 3.314.399 -Diversas 22 4.474.561 3.870.471 8.841.073 3.782.321
Banco Consolidado
Nota 30/9/2008 30/6/2008 30/9/2008 30/6/2008
Passivo Exigível a Longo Prazo 46.424.226 41.643.084 108.118.448 41.659.167 Depósitos 18.a 20.544.045 19.259.716 57.562.926 18.734.598
Depósitos Interfinanceiros 61.493 59.584 136.700 -Depósitos a Prazo 20.482.552 19.200.132 57.426.226 18.734.598
Captações no Mercado Aberto 18.b 3.245.378 2.897.565 10.755.225 2.897.565
Carteira Própria 3.245.378 2.897.565 10.755.225 2.897.565
Recursos de Aceites e Emissão de Títulos 18.c 564.110 928.423 2.228.513 928.423
Recursos de Aceites Cambiais - - 104.140 -Recursos de Letras Imobiliárias, Hipotecárias,
de Crédito e Similares 379 - 636 -Obrigações por Títulos e Valores Mobiliários no Exterior 563.731 928.423 2.123.737 928.423
Obrigações por Empréstimos 18.e 1.299.701 1.285.444 1.970.084 1.285.444
Empréstimos no País - Outras Instituições - - 225.699 -Empréstimos no Exterior 1.299.701 1.285.444 1.744.385 1.285.444
Obrigações por Repasses do País - Instituições
Oficiais 18.e 2.447.595 2.555.931 4.698.195 2.555.931 Tesouro Nacional - - 11.137 -BNDES 1.483.070 1.535.682 1.965.399 1.535.682 CEF 9.511 11.296 9.572 11.296 FINAME 952.219 1.002.903 2.709.292 1.002.903 Outras Instituições 2.795 6.050 2.795 6.050
Obrigações por Repasses do Exterior 18.e - - 1.995.128
-Repasses do Exterior - - 1.995.128
-Instrumentos Financeiros Derivativos 6.b 1.356.700 1.718.165 1.932.327 1.707.496
Instrumentos Financeiros Derivativos 1.356.700 1.718.165 1.932.327 1.707.496
Outras Obrigações 16.966.697 12.997.840 26.976.050 13.549.710
Carteira de Câmbio 9 5.506.815 2.938.222 5.609.167 2.938.222 Sociais e Estatutárias - - 165.650 -Fiscais e Previdenciárias 19 2.915.040 2.487.923 7.290.132 2.879.298 Negociação e Intermediação de Valores 10 15.599 18.262 18.137 18.262 Dívidas Subordinadas 20 5.169.426 4.869.717 8.590.973 4.869.717 Diversas 22 3.359.817 2.683.716 5.301.991 2.844.211
Resultados de Exercícios Futuros 73.097 74.028 149.697 74.028
Resultados de Exercícios Futuros 73.097 74.028 149.697 74.028
Participação dos Acionistas Minoritários - - 392.922 59 Patrimônio Líquido 24 49.873.790 10.649.586 49.836.515 10.611.801 Capital Social: De Domiciliados no País 1.008.603 160.086 1.008.603 160.086 De Domiciliados no Exterior 46.143.598 8.956.194 46.143.598 8.956.194 Reservas de Capital 922.130 22.130 922.130 22.130 Reservas de Reavaliação - - - -Reservas de Lucros 1.397.844 1.397.844 1.397.844 1.397.844 Ajuste ao Valor de Mercado - TVM e Derivativos (96.535) 113.332 (136.732) 71.326 Lucros Acumulados 498.150 - 501.072 4.221