FUNÇÕES DA LINGUAGEM
ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO
Professora Leisane Mandel Mortean
COMUNICAÇÃO
A comunicação confunde-se com a própria vida.
Temos tanta consciência de que comunicamos
como de que respiramos ou andamos. Somente
percebemos a sua essencial importância
quando, por acidente ou uma doença, perdemos
capacidade de nos comunicar. (Bordenave,
1986. p.17-9)
ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO
E
missor: o que emite a mensagem;
Receptor: o que recebe a mensagem;
Mensagem: o conjunto de informações
transmitidas;
ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO
Código: a combinação de signos utilizados na
transmissão de uma mensagem. Língua oral ou escrita,
gestos, desenhos, sons, cores, placas etc. A
comunicação só se concretizará, se o receptor souber
decodificar a mensagem;
ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO
Canal de Comunicação
: por onde a mensagem é
transmitida: TV, rádio, jornal, revista, cordas vocais…; Voz, ondas sonoras,
sirene de viatura, microfone e outros - meios físicos que conduzem a
mensagem.
ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO
Contexto
: a situação a que a mensagem se
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
O emissor, ao transmitir uma mensagem,
sempre tem um objetivo:
•
informar algo, ou
•
demonstrar seus sentimentos, ou
•
convencer alguém a fazer algo,
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
•
Função Referencial;
•
Função Conativa;
•
Função Emotiva;
•
Função Metalinguística;
•
Função Fática;
•
Função Poética.
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
Observação:
Em um mesmo texto, duas ou mais funções podem
ocorrer simultaneamente:
* uma poesia em que o autor discorra sobre o que ele
sente ao escrever poesias pode conter as linguagens
poética, emotiva e metalinguística ao mesmo tempo.
Função Referencial
(Centra-se sobre o contexto
)Quando o objetivo do emissor é informar, ocorre a
função referencial, também chamada de denotativa
ou de informativa. São exemplos de função
Função
Referencial
*
Numa cesta de vime temos um cacho de uvas, duas
laranjas, dois limões, uma maçã verde, uma maçã
vermelha e uma pera
.
Função Apelativa ou Conativa
(Centra-se no receptor)
Ocorre a função conativa, ou apelativa, quando o emissor tenta
convencer o receptor a praticar determinada ação. Assume geralmente
a forma de ordens, pedidos ou conselhos. É comum o uso do verbo no
Imperativo, como "Compre aqui e concorra a este lindo carro".
"Compre aqui..." é a tentativa do emissor de convencer o receptor a
Função Apelativa ou Conativa
* Lúcia, corre e veja isso!
•
Você deveria ler o artigo que a Folha trouxe sobre
os senadores
.
Não vá ainda
Por favor não vá ainda
Espera anoitecer
A noite é linda, me espera adormecer
Não vá ainda, não, não vá ainda
Função Emotiva
(
Ênfase no emissor
)
Quando o emissor demonstra seus sentimentos e
seu estado de espírito ou emite suas opiniões ou
sensações a respeito de algum assunto ou pessoa,
acontece a função emotiva, também chamada de
Função Emotiva
Função Emotiva
* Estou tendo agora uma vertigem. Tenho um pouco de
medo. A que me levará minha liberdade? O que é isto que
estou te escrevendo? Isto me deixa solitária. (
LISPECTOR, Clarice.) *Função Metalinguística
(ÊNFASE NO CÓDIGO)
É a utilização do código para falar dele mesmo: uma pessoa
falando do ato de falar, outra escrevendo sobre o ato de escrever,
palavras que explicam o significado de outra palavra.
Os exemplos mais comuns em que há predominância dessa
função são as aulas, os livros de gramática e os dicionários. Há
também metalinguagem em um poema que reflete sobre a
criação poética, um filme que tematiza o próprio cinema etc.
Função Metalinguística
(ÊNFASE NO CÓDIGO)
Os poemas são pássaros que chegam não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam voo como de um alçapão.
Eles não têm pouso nem porto;
alimentam-se um instante em cada par de mãos e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias, no maravilhado espanto de saberes que o alimento deles já estava em ti...
Função Metalinguística
(ÊNFASE NO CÓDIGO)
* Escrevo porque gosto de escrever. Ao passar as
ideias para o papel, sinto-me realizado... (escreve
sobre o ato de escrever)
“
Anuncie seu produto: a propaganda é a arma do
negócio.” (usa a propaganda para falar da
Função Fática
(
Centra-se no canal)
A função fática ocorre, quando o emissor testa o canal de
comunicação, a fim de observar se está sendo entendido pelo
receptor, ou seja, quando o emissor quebra a linearidade
contida na comunicação.
São perguntas como "não é mesmo?", "você está
entendendo?", "cê tá ligado?", "ouviram?", ou frases como
"alô!", "oi". Na comunicação escrita resume-se aos recursos
FUNÇÃO FÁTICA
Alô Carlos! A missão foi cumprida, ok? Devo voltar à nave? Alguém
me ouve? Alô!!
É também a função empregada, quando no decorrer de uma conversa,
emitimos sons: ex:
“ heim! “, “ hum-hum!”.
Função Fática
Observe os recursos fáticos que, embora característicos da
linguagem oral, ganham expressividade na música:
• Alô, alô marciano
Aqui quem fala é da Terra.
(Rita Lee & Roberto de Carvalho)
• Blá, Blá, Blá, Blá, Blá
Blá, Blá, Blá, Blá Ti, Ti, Ti, Ti, Ti, Ti, Ti, Ti, Ti
Tá tudo muito bom, bom! Tá tudo muito bem, bem!
•
http://www.youtube.com/watch?v=5kHGt3P
mlaw
•
http://www.youtube.com/watch?v=t0xpGT_sI
Função Poética
(Ênfase na mensagem)
É a linguagem das obras literárias, principalmente das poesias,
em que as palavras são escolhidas e dispostas de maneira que
se tornem singulares e tenham um
efeito artístico.
Função Poética
Exemplos:
“Só uma coisa me entristece a beijo de amor que não roubei a jura secreta que não fiz
A briga de amor que não causei.”
Exemplos:
Chuva ácida afeta regiões do mundo
“Parte dos 120 mil km cúbicos de chuvas que, em média, a cada ano caem sobre os continentes, já não trazem mais a vida, mas a morte lenta e penosa para lagos, florestas, animais e pessoas numa escala sem precedentes, desde que a Segunda Revolução Industrial criou o motor a explosão e com ele libera a cada ano milhares de toneladas de resíduos combustíveis fósseis na atmosfera da Terra.”
Exemplos:
“Se você procura o melhor imóvel, vá logo ao endereço certo.” (Folha de S.Paulo)
Exemplos:
Então o cobrador não quis me dar o troco, né, alegando que era pouca coisa, e fiquei danada, entende? porque pouco ou muito, o dinheiro era meu e não dele, certo?
Exemplos:
“Faz frio nos meus olhos… o relógio da Central
pulsa em meu peito
marcando a jornada de operários no inferno das marmitas.”
Exemplos:
“Protegei, ó São Cosme e São Damião! – Protegei os meninos protegidos pelos asilos e orfanatos, e que aprendem a rezar e obedecer e andar na fila e ser humildes…”
Prevenção contra assaltos
Como os assaltos crescem dia a dia, não podendo contê-los, a PM,
sabiamente, dá conselhos aos cidadãos para serem menos assaltados:
I. Não demonstre que carrega dinheiro.
II. Jamais deixe objetos à vista, dentro do carro.
III. Levante todos os vidros, mesmo em movimento.
IV. Não deixe documentos no veículo. (...)
FERNANDES, Millôr. Prevenção contra assaltos.
Em: TERRA, Ernani; NICOLA, José. Curso prático de língua,
literatura e redação. São Paulo: Scipione, 1997. v.1, p. 36.
Nesse fragmento, a função da linguagem predominante é
a) fática. b) emotiva. c) conativa. d) referencial.
Einstein com a língua de fora é uma das imagens mais exploradas pela
publicidade. Essa foto é produtiva como recurso persuasivo no
discurso publicitário porque:
a) instiga o leitor a recuperar valores emocionais despertados em um dos maiores físicos da
história.
b) estimula o público consumidor a questionar as verdades científicas estabelecidas antes do
século XX.
c) vincula a credibilidade da propaganda ao princípio físico de que a percepção da realidade é relativa.
d) concorre para a promoção do jogo com o inesperado, ao mostrar a irreverência de um renomado cientista.
e) sugere que os textos das propagandas devem ser tão atuais quanto as inovações tecnológicas.
Einstein com a língua de fora é uma das imagens mais exploradas
pela publicidade. Essa foto é produtiva como recurso persuasivo no
discurso publicitário porque:
a) instiga o leitor a recuperar valores emocionais despertados em um dos maiores físicos da
história.
b) estimula o público consumidor a questionar as verdades científicas estabelecidas antes
do século XX.
c) vincula a credibilidade da propaganda ao princípio físico de que a percepção da realidade é relativa.
d) concorre para a promoção do jogo com o inesperado, ao mostrar a irreverência de um renomado cientista.
e) sugere que os textos das propagandas devem ser tão atuais quanto as inovações tecnológicas.