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PROPOSTA DE PLANO DE RECUPERAÇÃO RILHÓ CONSTRUÇÕES, LDA

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PROPOSTA DE

PLANO DE RECUPERAÇÃO

*

RILHÓ CONSTRUÇÕES, LDA

TRIBUNAL DO COMÉRCIO

DE LISBOA

3.º Juízo

PROCESSO ESPECIAL DE REVITALIZAÇÃO

N.º 1864/13.3 TYLSB

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Página 2

ÍNDICE

ÍNDICE ………...…….2

I – ELEMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO GERAIS ………...…..3

II – FINALIDADE DO PLANO DE RECUPERAÇÃO …...4

III – A EMPRESA ………...…...4

IV – O MERCADO………...……..7

V – A SITUAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA ………...………....11

VI – SITUAÇÃO ATUAL E PERSPECTIVAS FUTURAS DA EMPRESA ……13

VII – VIABILIDADE ESTRATÉGICA ………..……...15

VIII – MEDIDA PROPOSTA……….…...17

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I – ELEMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO GERAIS

A Sociedade

A sociedade Rilhó Construções, Lda, pessoa coletiva número 503 630 977, com sede na Avenida Escola Fuzileiros Navais, n.º 61, R/C Esqº., 2830 Barreiro, constituída sob a forma de sociedade comercial por quotas, matriculada na Conservatória do Registo Comercial do Barreiro sob o aludido número 503630977, apresentou-se a juízo a requerer a abertura de PROCESSO ESPECIAL DE REVITALIZAÇÃO (PER), nos termos do art.º 17.º-A e seguintes do CIRE, tendo o pedido sido objecto de despacho favorável.

Dados do Processo

TRIBUNAL DO COMÉRCIO DE LISBOA 3.º Juízo

PER n.º 1864/13.3 TYLSB

Identificação da Empresa

Denominação Social: Rilhó Construções, Lda.

Sede: Avenida Escola Fuzileiros Navais n.º 61, R/C Esqº., 2830 Barreiro NIPC: 503 630 977

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II – FINALIDADE DO PLANO DE RECUPERAÇÃO

A finalidade deste plano de recuperação é apresentar um conjunto de medidas, cuja concretização permita gerar um fluxo monetário superior ao que seria possível de obter caso não fossem apresentadas e que permita assim assegurar o pagamento das dívidas aos credores por parte do devedor.

Visa ainda, através da aplicação das medidas nele propostas, assegurar o seguinte:

1. Cumprir as obrigações assumidas perante os credores 2. Suportar a transição da “Crise Internacional”;

3. Redimensionar a estrutura de gastos da empresa;

4. Adaptar os negócios à conjuntura económica e perspectivá-los de forma

a tirar proveitos da sua evolução futura;

5. Aumentar a rentabilidade dos activos e a valorização da sua

multifuncionalidade.

III – A EMPRESA

A sociedade Rilhó Construções, Lda (doravante designada apenas por Rilhó, lda), pessoa colectiva número 503 630 977, com sede na Avenida Escola Fuzileiros Navais n.º 61, R/C Esq.º, 2830 Barreiro, foi constituída sob a forma de sociedade comercial por quotas.

O seu objecto social consiste, na à compra de terrenos, construção de edifícios, compra e venda de andares com o CAE 41200.

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Os problemas que se instalaram no seio da RILHÓ, LDA emergiram da confluência de quatro variáveis com sinal negativo:

 Crise Económico-Financeira mundial e nacional;

 Crise (consequente) do setor Imobiliário;

 Crise no sector financeiro;

 Dependência de financiamentos de terceiros.

A RILHÓ, Lda foi constituída em 1996, tendo por objectivo a compra de terrenos para construção, a sua construção e noutra vertente a compra de andares para venda.

No decurso dos seus 18 anos a desenvolver a sua actividade, dedicou-se ao loteamento de terrenos, quer para venda, quer para a promoção de habitação para venda.

A empresa possui para venda 3 imóveis localizados no Concelho da Moita, dos quais consta uma moradia familiar, um lote de terreno para construção e uma loja que actualmente se encontra arrendada.

No momento atual, a empresa tem dificuldade em gerar cash-flows financeiros com vista ao pagamento de diversos encargos, como também tem sido difícil o financiamento para o desenvolvimento de novos projectos de negócio.

Nos próximos anos, a RILHÓ, Lda assentará a sua revitalização também na parceria com empresas de construção, em que a sociedade disponibiliza o lote de terreno e a entidade parceira procede à sua construção, possibilitando a valorização de activos estratégicos com maior rentabilidade, reduzindo custos de construção.

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Outra vertente de desenvolvimento e promoção do imobiliário para venda, assenta na parceria no ramo da promoção e mediação imobiliária, com sociedades que permitam uma maior abrangência e alargamento do mercado direccionado para cada tipo diferenciado de cliente.

Trata-se de um ajustamento estratégico ditado por condições de mercado que, de qualquer modo, não podem fazer descurar a urgente preparação dos instrumentos técnicos e administrativos considerados, caso a caso, como os mais adequados ao aproveitamento das potencialidades reais e futuras dos vários activos. Estas acções, que não terão como obrigação a realização imediata de investimentos materiais, permitirão, quando o enquadramento económico evoluir favoravelmente, uma rápida resposta e rentabilização concreta destes activos.

IV – O MERCADO

Com a entrada da China na Organização Mundial do Comércio, em Dezembro de 2001, alterou profundamente a estrutura da economia mundial, a pressão da China e dos países emergentes sobre a economia Ocidental foi exercida por via directa e indirecta.

A via directa através da concorrência dos produtos asiáticos, por força dos custos laborais serem substancialmente inferiores, a pressão pela via indirecta, focalizou-se no crescimento económico dos países emergentes colocando maior pressão sobre o preço das matérias-primas, subsidiárias e de consumo, nomeadamente o petróleo, colocando as economias ocidentais sobre a influência da inflação.

Neste contexto é extremamente difícil às economias em que o modelo de crescimento se baseia no ciclo da despesa, investimento e crescimento,

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criarem a competitividade necessária para enfrentarem a globalização da economia mundial.

Esta circunstância tem levado a Alemanha a forçar os países da zona Euro a adopção do modelo económico Germano, assente no ciclo da poupança, investimento e crescimento, deslocando o enfoque na economia para o equilíbrio da balança de pagamentos, ao invés do crescimento do produto interno bruto.

A alteração no curto prazo, das economias endividadas a lógica da despesa para a poupança, exige da parte do Estado e das famílias um esforço considerável, cuja mudança altera os padrões de vida e de consumo.

Derivado da desindustrialização do país e do acesso a taxas de juro baixas, o país iniciou um massivo investimento no sector imobiliário, em que o ponto máximo se verificou no ano de 1999.

A partir do ano de 2000, iniciou-se uma gradual correcção do mercado imobiliário, encontrando-se neste momento, o investimento imobiliário em níveis baixos, em resultado da crise financeira e da crise da divida soberana.

Actualmente, consequência da recessão e do elevado desemprego, assiste-se ao incumprimento das famílias no pagamento do crédito à habitação, com a consequente entrega dos imóveis aos bancos, agravando o excesso de oferta no mercado.

Paralelamente assiste-se a um esforço do governo na criação de condições para o relançamento do mercado de arrendamento habitacional, através de legislação que garanta aos proprietários a diminuição de risco e aumento da rentabilidade.

Deste modo, a sobrevivência do mercado imobiliário passa pela oferta de habitação adequada ao arrendamento, consistindo o produto imobiliário

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simultaneamente num bem de consumo para quem arrenda e num produto financeiro de poupança para quem investe.

Apesar da elevada oferta de habitação, por força dos constrangimentos económicos actuais, existe espaço e necessidade de oferta de habitação destinada a arrendamento.

As habitações construídas nos últimos anos não foram concebidas para o mercado de arrendamento, havendo um desproporção entre as áreas oferecidas e os preços por m2.

Esta situação tornar-se-á visível logo que se perspective a retoma do mercado imobiliário, situação que levará os proprietários a preferirem alienar os imóveis ao invés de arrendarem, em virtude de os ganhos imediatos serem superiores ao valor actualizado das rendas futuras.

Sendo uma situação comum os imóveis estarem a ser adquiridos a preços 20% inferiores aos valores de mercado e se a taxa de capitalização das rendas vara entre 5% a 10%, o investidor prefere realizar a mais-valia, preterindo o arrendamento.

Assim, os imóveis que neste momento estão a ser transaccionados dificilmente se irão manter no mercado de arrendamento ou nem sequer serão arrendados.

Depois de haver um ajustamento da carteira de imóveis através da realização de mais-valias, é que os investidores irão procurar imóveis em que a paridade se adapte ao arrendamento.

É regra geral, os imóveis de pequena dimensão, com possibilidade de oferecerem uma retribuição adequada ao investidor, têm mais de 40 anos sinónimo de elevados encargos de manutenção e motivo de conflito permanente entre proprietários e inquilinos.

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O mercado imobiliário de habitação para venda, caracteriza-se essencialmente por uma forte retracção da procura, no que tange a habitação nova, derivado às restrições no acesso ao crédito, a este facto, acresce o excesso de imóveis para venda, por força do incumprimento no pagamento dos financiamento à habitação.

Mantendo-se as actuais condições de financiamento é de esperar um aumento de procura de habitação por via do arrendamento, com consequente aumento da oferta, caso os proprietários considerem as leis do arrendamento e a sua aplicação não serão factores adicionais de risco.

Caso os factores de risco do arrendamento forem elevados, associados a uma remuneração mais elevada dos capitais próprios, os proprietários reflectirão sobre o prémio de risco no valor do arrendamento, aproximando o valor do arrendamento do valor da prestação do financiamento para aquisição, levando os dois valores renda/prestação, a concorrerem numa curva de indiferença.

Por outro lado, encontrando-se o mercado imobiliário para habitação, em profunda reestruturação, não parece adequado proceder a uma estimativa da procura da habitação pela via do valor de mercado das rendas.

Será necessário definir um modelo de comportamento do consumidor que identifique, para cada segmento de mercado, a especificidade da procura.

Historicamente, o consumidor optava pela aquisição de habitação, em detrimento do arrendamento, sendo o arrendamento um comportamento de excepção.

A opção pela aquisição não deriva apenas de factores culturais, a reduzida dimensão do país, as boas acessibilidades, a concentração das actividades em apenas duas áreas metropolitanas, a falta de instrumentos financeiros de poupança e o facto de ambos os cônjuges trabalharem, fazem da aquisição da habitação uma opção válida.

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Tanto assim é que, os custos implícitos da remuneração das rendas são superiores aos encargos de aquisição de habitação.

No entanto devido ao excesso de oferta de habitação e ao registo de níveis de inflação historicamente baixos, os preços do imobiliário registaram nos últimos anos uma queda acentuada, levando as famílias a questionar sobre as circunstâncias em devem optar por uma solução ou por outra.

V – A SITUAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA

A RILHÓ, Lda encontra-se atualmente numa situação económica difícil, conforme se passa a demonstrar:

Vem desenvolvendo a sua actividade de compra de terrenos, construção de edifícios, compra e venda de andares.

Todavia, a partir de finais de 2011, começou a sofrer os efeitos perversos da crise mundial e, sobretudo da crise em que Portugal mergulhou e que é do conhecimento e “sofrimento” de todos nós.

Viu-se então confrontada com uma redução significativa do volume de facturação.

Também as instituições bancárias com quem a RILHÓ, Lda vinha mantendo relações comerciais alteraram a sua política de atuação, obstacularizando a renovação dos instrumentos financeiros anteriormente contratualizados, fundamentais para assegurar a gestão corrente da empresa e o seu desenvolvimento futuro.

A RILHÓ, Lda viu assim os spreads praticado pela Banca serem agravados, para além de ter sido confrontada com a não manutenção das linhas de crédito, com dificuldades criadas/agravadas, para aceder ao mesmo.

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A redução da facturação tem vindo a provocar constrangimentos na liquidez da Requerente e as dificuldades criadas pela Banca no domínio da gestão e concessão do crédito obrigaram a RILHÓ, Lda a rever as suas linhas de actuação estratégica.

A empresa procedeu à redução dos custos de exploração, da massa salarial e até dos próprios recursos humanos.

Não obstante as medidas de “emagrecimento” adoptadas, a impressionante redução do volume de facturação associada à falta de liquidez correspondente, arrastaram a RILHÓ, Lda para uma situação económica particularmente difícil.

Os proveitos obtidos pela sociedade são imediatamente absorvidos pelo serviço da dívida, impostos e na regularização dos custos estruturais.

A RILHÓ, Lda presentemente, vive sob a real possibilidade de deixar de poder cumprir as suas obrigações de forma pontual, ou mesmo os compromissos assumidos junto dos seus credores, considerando a falta de liquidez e a impossibilidade de recurso ao crédito.

Como antes referimos, a revitalização da RILHÓ, Lda poderá e deverá ser conjugada tendo em vista não só a venda dos imóveis, mas também promover a parceria com empresas de construção civil e de mediação imobiliária.

Situação dos Projectos imobiliários:

Conforme se compreende, o desenvolvimento dos projectos decorrerá em quatro etapas:

i) Criação das condições técnicas e administrativas à viabilização dos diferentes tipos de urbanização, reforçando os contratos de parcerias;

ii) Dinamização e promoção dos imóveis; iii) Comercialização;

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iv) Exploração (arrendamento da loja).

Segundo a nossa experiência e de acordo com os especialistas de mercado, não parece evidente que haja retoma da procura nos próximos 3 a 4 anos; nesse contexto, a RILHÓ, Lda terá de assegurar junto dos seus credores nomeadamente a Caixa Geral de Depósitos, que os financiamentos tenham uma carência razoável que permita que se realizem as receitas emergentes da venda de parte dos activos em carteira.

VI

– SITUAÇÃO ATUAL E PERSPECTIVAS FUTURAS

DA EMPRESA

A situação actual e as perspectivas de evolução da empresa serão, no nosso entender, as seguintes:

 A empresa tem em carteira um conjunto de bens imóveis, localizados no Concelho da Moita;

 A aposta na parceria com empresas do ramo de mediação imobiliária para facilitar a venda dos activos;

 Ainda assim, a empresa deverá promover e acompanhar os instrumentos técnicos e administrativos tendo em vista a viabilização dos diferentes tipos de imóveis, arrendamento e construção;

 Elaboração de contratos de parceria com empresas de construção civil, nos quais a RILHÓ, lda disponibiliza o lote de terreno para a sua construção reduzindo custos de construção;

 Relativamente à moradia que a empresa tem para venda, encontra-se devidamente acabada e pronta a ser vendida, tendo a previsão de venda no valor de € 550.000,00, esta possibilidade permitiria à RILHÓ, lda., pagar a totalidade da divida à Caixa Geral de Depósitos e ainda ficar com o remanescente para necessidades de tesouraria.

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Face a este cenário, e com a colaboração dos credores, a manutenção em actividade da empresa é de molde a possibilitar a criação dos fluxos financeiros necessários ao exercício pleno da actividade da RILHÓ, Lda bem como a gerar as receitas necessárias para satisfação das obrigações da mesma perante todos os seus credores, através da consolidação do seu passivo, a realizar por meio deste procedimento.

Para isso, é necessário que o presente PER produza os seus efeitos na RILHÓ, Lda para o que se deverá outorgar um acordo de conformidade, com os seus credores.

VII – VIABILIDADE ESTRATÉGICA

Não obstante a crise que se instalou nos diversos sectores, e que se tem feito notar em particular na Europa, e apesar dos factores apresentados e condicionantes da atual situação da RILHÓ, Lda se reflectirem negativamente na sua actividade, a verdade é que, como qualquer ciclo conjuntural, o ajustamento do mercado provocado pela crise leva necessariamente à reorganização dos seus intervenientes e ao surgimento de novas oportunidades.

O desenvolvimento conjunto do portfólio da RILHÓ, Lda na vertente imobiliária com as respectivas parcerias, conforme previsto e exposto, permitirá uma maior racionalidade e sinergias importantes com um impacto significativo nos rendimentos e nos custos que através de um desenvolvimento individual e não programado não será possível de obter.

DA VIABILIADADE ECONÓMICA

A sociedade tem que fazer a gestão dos seus recursos de forma a obter uma estrutura de custos flexível.

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Adoptando um conjunto de pressupostos, numa perspectiva da evolução da economia portuguesa e europeia prevista para os próximos anos, conjugados com os pressupostos retirados da prática empresarial da requerente, sendo estas condições satisfeitas, a EMPRESA É ECONOMICAMENTE VIÁVEL, podendo libertar os meios suficientes para liquidar as suas dividas, nas condições definidas nas medidas propostas.

A evolução previsível do Cash-flow da empresa, durante o período em análise, é demonstrativa dessa situação.

Análise dos Proveitos Previsionais

As receitas da empresa estão fortemente ligadas à evolução da conjuntura económica, pelo que, caso se verifique o cenário de inicio da retoma, ainda que ligeira, então podemos esperar uma variação positiva mais acentuada nas suas taxas de crescimento (a preços constantes).

Análise de Custos Previsionais

A diminuição da dependência do financiamento bancário vai permitir uma redução dos encargos financeiros a longo prazo.

Estas medidas são adequadas ao aumento da rendibilidade, dando um significativo contributo para que a empresa volte a uma situação de resultados positivos a médio e longo prazo.

Análise dos Resultados Previsionais

Os resultados líquidos previsionais estão em linha com as necessidades de libertação de meios financeiros suficientes para fazer face ao que está previsto no plano de pagamentos deste plano.

VIABILIADADE FINANCEIRA

A transformação da dívida de curto e médio prazo em dívida de médio e longo prazo, tem uma influência muito positiva na Liquidez da empresa.

Os Fluxos de tesouraria liquida evidenciam que com esta estrutura de dívida, a empresa será capaz de honrar os seus compromissos.

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Impacto expectável das alterações propostas em comparação com ausência de Plano de Recuperação:

Caso não fosse apresentado o Plano de Recuperação, a requerente apenas poderia pagar aos seus credores o montante resultante da venda dos bens onerados.

Conclusão:

Considerando a análise já efectuada, a situação comercial e a evolução dos negócios da empresa, assim como o diagnóstico traçado, a análise dos dados de exploração previsionais, elaborados com base em critérios de prudência e razoabilidade objectiva, a VIABILIDADE da empresa RILHÓ, Lda será

POSSIVEL, caso seja aprovado o Plano de Recuperação proposto.

VIII – MEDIDA PROPOSTA

O Plano de Recuperação deve indicar claramente as alterações dele decorrentes para as posições jurídicas dos credores da devedora porquanto, e analisada a viabilidade económica da empresa e o seu equilíbrio financeiro, temos por bem propor:

A) Créditos Bancários (Caixa Geral de Depósitos, SA)

 Pagamento de 100 % do capital e juros vencidos de acordos com o seguinte:

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Carência: 3 primeiros anos após a data de trânsito em julgado do despacho de homologação do plano de recuperação;

Periocidade: prestações semestrais de capital e juros;

Taxa de juros: Euribor a 6 meses

 Capitalização dos juros vencidos durante o período de carência;  Pagamento dos juros vincendos durante o período de carência

semestralmente;

 Caso o plano seja aprovado, tal não constitui novação da dívida mantendo-se as garantias nos exatos termos inicialmente prestados;

 Suspensão das execuções, caso se verifique, relativamente aos avalistas.

B) Restantes Credores

• Pagamento de 100% do capital com as seguintes prorrogativas:

• Pagamento máximo em 3 anos, dependendo do valor do crédito e da evolução das vendas verificadas, com prestações mensais iguais e sucessivas, a primeira com vencimento nos 30 dias seguintes ao despacho de homologação do plano;

• Perdão total de juros vencidos e vincendos.

II) – Âmbito:

As alterações dos créditos sobre a devedora introduzidas pelo plano de recuperação produzir-se-ão independentemente de tais créditos terem sido, ou não, reclamados ou verificados (n.º 1 do artigo 217.º do CIRE).

Nos termos do artigo 209.º, n.º 3 do CIRE, o Plano de Recuperação acautela os créditos eventualmente controvertidos em processo de impugnação de

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forma que venham a ter o mesmo tratamento que os da classe em que se inserem.

III) – Impacto expectável das alterações propostas:

O Plano de Recuperação apresentado pela gerência da devedora, tem por finalidade expor as condições em que esta e os credores definem a continuidade da empresa, sob gestão da devedora, e nomeadamente os termos em que serão feitos os reembolsos dos créditos sobre a devedora.

Mas considerando o volume de créditos reconhecidos e os valores estimados para os activos e, principalmente a sua natureza, nomeadamente nos termos de grau de liquidez, não se vislumbra alternativa que não seja um programa de continuidade da empresa com uma estrutura de custos reduzida e adaptada à nova realidade de mercado, conforme supra melhor exposto, permitindo libertar os meios que sejam necessários para satisfazer os créditos sobre a devedora.

Na ausência do apoio dos credores, nomeadamente a Caixa Geral de Depósitos, ao Plano de Recuperação, tornar-se-á como certo o cenário de Liquidação abrupta dos activos da empresa a revitalizar.

Este cenário caracterizar-se-á exclusivamente pela venda dos activos. E, como também se depreende, o cenário de não Recuperação não deixará de acarretar perdas para ambas as partes.

Em alternativa, com a aprovação do plano, teremos a garantia de pagamento das obrigações assumidas perante todos os credores nos termos supra expostos.

De referir que se mostra imprescindível assegurar os períodos de carência supra apresentados, porquanto a empresa necessita desse período temporal para estabilizar a sua tesouraria, por forma a conseguir manter a sua actividade

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corrente dentro dos parâmetros que lhe permitam projectar a sua actividade, sendo certo que, pelo menos numa fase inicial, certamente não lhe serão concedidas facilidades de crédito. Terminado o período de carência e tendo em conta as previsões constantes deste plano, a empresa terá condições de tesouraria que lhe permitirão cumprir o que aqui está estabelecido.

Assim, atendendo-se ao supra exposto, a aprovação do plano de recuperação afigura-se claramente mais vantajosa.

IV) – Preceitos legais derrogados:

Âmbito das derrogações ao CIRE

Com o presente plano foram derrogados os seguintes preceitos legais do CIRE que importa esclarecer:

 Foi derrogado o princípio da igualdade (art.º 194.º do CIRE) relativamente aos créditos garantidos, estando previsto um pagamento em termos percentuais superior aos créditos comuns, em virtude das garantias que lhes assistem.

V) – Execução do plano de recuperação e seus efeitos:

Com o despacho de homologação, além dos demais efeitos legais, produzem-se as alterações dos créditos sobre a devedora introduzidas pelo plano de recuperação, independentemente de tais créditos terem sido, ou não, reclamados ou verificados (artigos 17.º-D, 17.º-F e 217.º do CIRE).

Nos termos da alínea c) do n.º 2 do art.º 195.º do CIRE (vide art.º 17.º-F, n.º 5) juntam-se os seguintes documentos:

- Anexo A: Balanços Previsionais

- Anexo B: Demonstração dos resultados previsionais - Anexo C: Demonstração previsional dos fluxos

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ATIVO 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 Ativo não corrente

Ativos Fixos Tangíveis 23 190 22 488 21 785 21 082 20 379 19 677 18 974 18 271 Soma 23 190 22 488 21 785 21 082 20 379 19 677 18 974 18 271

Ativo corrente

Inventários 355 898 0 6 750 11 500 16 000 20 250 24 000 37 500 Clientes

Estado e outros entes publicos 3 596 2 230 3 205 3 205 2 463 2 468 2 473 127

Diferimentos 7 054 0 0 0 0 0 0 0

Outros ativos correntes 5 000 5 000 5 000 5 000 5 000 5 000 5 000 0 Caixa e Depositos Bancários 175 3 270 271 236 431 113 278 1 798 Soma 371 723 10 500 15 226 19 942 23 894 27 831 31 751 39 425

Total do Ativo 394 913 32 988 37 010 41 024 44 274 47 508 50 725 57 696

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO CAPITAL PRÓPRIO

Capital realizado 15 000 15 000 15 000 15 000 15 000 15 000 15 000 15 000 Reservas Legais 3 000 3 000 3 000 3 000 3 000 3 000 3 000 3 000 Resultados transitados -199 549 -202 499 11 559 15 582 19 595 22 845 26 079 29 297 Soma -181 549 -184 499 29 559 33 582 37 595 40 845 44 079 47 297 Resultado liquido do exercicio -2 950 14 059 4 023 4 013 3 250 3 234 3 218 10 399

Total do capital próprio -184 499 -170 441 33 582 37 595 40 845 44 079 47 297 57 696

PASSIVO Passivo não corrente

Financiamentos obtidos 372 229 0,00 0 0 0 0 0 0 Suprimentos 203 428 203 428 3 428 3 428 3 428 3 428 3 428 0 Soma 575 658 203 428 3 428 3 428 3 428 3 428 3 428 0

Passivo corrente

Fornecedores 638 0 0 0 0 0 0 0

Estado e outros entes públicos 45 0 0 0 0 0 0 0 Outros passivos correntes 3 072 0 0 0 0 0 0 0

Soma 3 755 0 0 0 0 0 0 0

Total do passivo 579 413 203 428 3 428 3 428 3 428 3 428 3 428 0

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Vendas e Serviços Prestados 3 600 403 600 8 600 8 600 8 600 8 600 8 600 48 600

Subsídos à exploração

Ganhos/(perdas) associadas emp conjuntos Variação nos inventários da produção Trabalhos para a própria entidade

Custo mercadorias vendidas e consumidas 0 360 000 0 0 0 0 0 29 250

Fornecimentos e serviços externos 3 642 19 054 2 500 2 500 2 500 2 500 2 500 3 700

Gastos com o pessoal 0 0 0 0 0 0 0 0

Imparidades de inventários Imparidades de dívidas a receber Provisões

Imparidades de investimentos não depreciáveis Outras Imparidades

Aumentos/Reduções de justo valor

Outros rendimentos e ganhos 5 088 0 0 0 0 0 0 0

Outros gastos e perdas 1 008 1 018 1 028 1 039 1 059 1 081 1 102 1 124

Resultado antes depreciações financeiro e impostos 4 037 23 527 5 072 5 061 5 041 5 019 4 998 14 526

Gastos depreciação e amortização 597 703 703 703 703 703 703 703

Imparidades de investimentos depreciáveis

Resultado operacional (antes financeiro e impostos) 3 440 22 824 4 369 4 359 4 338 4 317 4 295 13 823

Juros e rendimentos similares obtidos

Juros e rendimentos similares suportados 6 345 7 445 0 0 0 0 0 0

Resultado antes impostos -2 905 15 380 4 369 4 359 4 338 4 317 4 295 13 823

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Fluxos caixa activ operacionais

Recebimentos de clientes 403 600 8 600 8 600 8 600 8 600 8 600 48 600

Pagamentos a fornecedores 19 812 9 250 7 250 7 000 6 750 6 250 46 450

Pagamentos ao pessoal 0 0 0 0 0 0 0

Soma 383 788 -650 1 350 1 600 1 850 2 350 2 150

Pagamento imposto sobre o rendimento 0 1 321 346 345 1 088 1 083 1 077

Outros recebimentos/(pagamentos) -1 018 -1 028 -1 039 -1 059 -1 081 -1 102 3 876

Fluxos caixa activ operacionais (A) 382 770 -2 999 -35 195 -318 165 4 948

Fluxos caixa activ investimento Pagamentos respeitantes a:

Ativos fixos tangíveis 0 0 0 0 0 0 0

Ativos intangíveis Investimentos financeiros Outros activos

Recebimentos provenientes de: Ativos fixos tangíveis

Ativos intangíveis Investimentos financeiros Outros activos

Subsidios ao investimento

Juros e rendimentos similares 0 0 0 0 0 0 0

Dividendos

Fluxos caixa activ investimento (B) 0 0 0 0 0 0 0

Fluxos caixa activ financiamento Recebimentos provenientes de: Financiamentos obtidos

Realizações de capital

Cobertura de prejuízos 200 000

Doações

Outras operações financiamento Pagamentos respeitantes a:

Financiamentos obtidos 372 229

Juros e custos similares 7 445 0 0 0 0 0 0

Juros capitalizados

Outras contas a pagar 0 200 000 0 0 0 3 428

Outras operações financiamento 0 0 0 0 0 0 0

Fluxos caixa activ financiamento C) -379 674 0 0 0 0 0 -3 428

Variação de caixa e seus equivalentes 3 096 -2 999 -35 195 -318 165 1 520

Caixa e equivalentes no inicio do período 175 3 270 271 236 431 113 278

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