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Índice municipal de risco de cheia em Portugal

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Academic year: 2021

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Índice municipal de risco de cheia para Portugal

SANTOS, Pedro Pintoa; PEREIRA, Susanaa; ZÊZERE, José

Luísa; TAVARES, Alexandre Oliveirab; REIS, Eusébioa;

GARCIA, Ricardo A. C.a; OLIVEIRA, Sérgio Cruza

aCentro de Estudos Geográficos, IGOT, Universidade de Lisboa, Portugal,

E nvir onme nt al Haz ar ds and Risk Ass ess m ent and Manage m ent ww w.r is ka m .u l.pt

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2

Projeto FORLAND

Colaboração entre:

Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa, Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, Instituto Dom Luís da Universidade de Lisboa,

Direção Geral do Território.

Riscos hidro-geomorfológicos em Portugal: forçadores e aplicações ao

ordenamento do território

(3)

Projeto FORLAND

RISCO DE DESASTRE Vulnerabilidade Territorial Alterações do uso do solo e Exposição Condicionalismos

físicos das cheias e instabilidade de vertentes Condições atmosféricas e padrões meteorológicos Perfis de Risco dos municípios

RISCO DE DESASTRES HIDRO-GEOMORFOLÓGICOS  Gestão do risco de desastre  Estratégias de adaptação para a redução dos desastres  Orientações para o Ordenamento do Território ADAPTAÇÃO E MITIGAÇÃO AO NÍVEL MUNICIPAL

(4)

4

Cheias e inundações danosas

Cheias e/ou inundações Disaster (A), número de mortos e desalojados por município (B) no período de 1865-2015.

Nr. Casos Disaster 1677 Nr. Mortos 1018 Nr. Feridos 479 Nr. Evacuados 14088 Nr. Desalojados 40687 Nr. Desaparecidos 130

(5)

Conceptualização do Índice Municipal de Risco (IMR)

PERIGOSIDADE • Frequência precipitação desencadeante • Suscetibilidade VULNERABILIDADE • Vulnerabilidade Social EXPOSIÇÃO • Pessoas • Edifícios • Infraestruturas (estradas)

(6)

6 COMPONENTE VARIÁVEL AO NÍVEL MUNICIPAL UNIDADES CÓDIGO PERIGOSIDADE Clima e índice de eventos climáticos extremos

(Trigo e DaCâmara, 2000; Santos et al., 2017)

adimensional WCE

Suscetibilidade média a inundações (suscetibilidade da linha de água e áreas inundáveis) (Santos et al., 2019)

Adimensional SUSF

EXPOSIÇÃO Densidade Populacional Nº hab./km2 PD

Grau médio de

Impermeabilização da superfície

% ADI

Densidade rodoviária km/km2 RD

VULNERABILIDADE Vulnerabilidade Social em 2017 (Tavares et al., 2019)

adimensional SV

Conceptualização do Índice Municipal de Risco (IMR)

Todas as variáveis de entrada direta no cálculo do IMR são transformadas ao intervalo [0, 1]

(7)

• Abordagem concetual para o cálculo da perigosidade (H)

– Área suscetível a cheias e inundações (SUSCF)

dimensão que representa a propensão espacial

– Clima e Índice de eventos climáticos (WCE)

dimensão que representa a frequência dos eventos

pluviométricos que geram cheias e/ou inundações

Perigosidade

(8)

Suscetibilidade das linhas de

água a processo de cheia

• Considera a função cumulativa total (inclui bacias

transfronteiriças) dos fatores condicionantes área de

acumulação, declive e

permeabilidade relativa (Santos et

al., 2019)

• Valoriza as características de toda a bacia drenante

• Elevada suscetibilidade das linhas de água que drenam as bacias transfronteiriças mas também bacias de declive médio elevado e permeabilidade média reduzida.

Suscetibilidade

8

(9)

% da área do município com

propensão à ocorrência de

cheia e/ou inundação (%ZI)

• Considera as características locais para a acumulação de escoamento (declive ≤2o ∩ HAND ≤2,

adjacentes às linhas de água classificadas anteriormente)

• Valoriza as áreas planas próximas às linhas de água

• Salienta o contexto

morfo-estrutural das bacias sedimentares e das orlas meso-cenozoicas, os contextos fluviais em planaltos, e os setores vestibulares dos rios de média dimensão do NW Português

(10)

SUSCF: corresponde à

média entre SFS e %ZI

• Salienta os municípios

atravessados pelos principais cursos de água (rios Tejo, Douro e Guadiana

• Contextos regionais de elevada suscetibilidade (principalmente, as bacias dos rios Minho, Vouga e Mondego)

Suscetibilidade (SUSCF)

10

Classificação em intervalos iguais com 0,1 de amplitude de classe

(11)

Clima e Índice de Eventos Climáticos (WCE)

Frequência anual de Tipos de Circulação Atmosférica (Trigo e Da Câmara, 2002) associados a eventos de desastre: - Sudoeste (SW)

- Oeste (W) - Ciclónico (C)

Índice de Suscetibilidade a Precipitação Extrema – ISPE (EPSI em inglês) (Santos et

al., 2017)

Os forçadores climáticos são

representados pelo Índice de

Eventos Climáticos (WCE)

Valores normalizados

(12)

12

Índice de Eventos

Climáticos (WCE)

• Noroeste de Portugal

Continental como a região onde as condições pluviométricas para a ocorrência de cheias e/ou inundações são mais frequentes.

• Alentejo Central e Barlavento Algarvio como as regiões de menor WCE

Classificação em intervalos iguais com 0,1 de amplitude de classe

(13)

Análise sensitiva e de validação de diferentes combinações de

forçadores climáticos (WCE) e hidro-geomorfológicos (SUSCF)

Perigosidade a cheias e inundações

Modelos testados Ponderação dos fatores condicionantes da perigosidade (H)

H1

(WCE*0,1)+(SUSCF*0,9)

H2 (WCE*0,25)+(SUSCF*0,75)

H3 (WCE*0,5)+(SUSCF*0,5)

H4 (WCE*0,75)+(SUSCF*0,25)

H5 (WCE*0,9)+(SUSCF*0,1)

(14)

14

Perigosidade a cheias e inundações

Perigosidade (modelo H1)

H = (WCE*0,1)+(SUSCF*0,9) • Diferenciação gradual que

combina a área das bacias

drenantes e a morfologia fluvial • Elevada e moderada perigosidade

nos vales largos das grandes e médias bacias

• Moderada perigosidade nos

setores terminais dos rios Douro, Vouga e Mondego

• Reduzida perigosidade em

municípios localizados sobretudo em áreas de cabeceira e de rede de drenagem pouco desenvolvida

Classificação em intervalos iguais com 0,1 de amplitude de classe

(15)
(16)

KMO – 0.726

6 FAC’s que representam 72.8% da amostra

FAC1 FAC2 FAC3 FAC4 FAC5 FAC6

Pop. residente segundo os Censos: > 65 (%) Pop. empregada -Trabalhador por conta de outrem (%) Benefic. Rendim. Social de Inserção e Rendim. Mínimo Garantido (%) Depósitos de clientes nos bancos: total e por tipo de cliente/hab População empregada no sector terciário (%) Fogos de habitação social arrendados -renda social e apoiada (%) População residente segundo os Censos: <5 (%) Pop. empregada -Trabalhador por conta própria como trabalhador isolado (%) Alojamentos com renda inferior a 100 euros (%) Proporção de poder de compra População empregada no sector secundário (%) Dificuldades população residente (%) Pop. empregada -Trabalhador por conta própria como

empregador (%) Edifícios construídos antes de 1919 (%) Alunos/estabelecimen to de educação ensino secundário População empregada no sector primário(%) Pop. empregada no sector primário (%) Aloj. familiares clássicos arrendados (%) Alojamentos familiares de uso sazonal (%) Alunos/estabelecimen to de educação pré-escolar

Valor médio das pensões (€/ N.º) Alojamentos

familiares de uso sazonal (%) Valor médio das pensões da segurança

social (€/ N.º)

Vulnerabilidade – Componentes Principais da

Criticidade

(17)

FAC 1 FAC2 FAC3

Corporações de bombeiros/1000 hab Capacidade de alojamento nos estabelecimentos hoteleiros/1000

hab

Estabelecimentos de bancos, caixas económicas/1000 hab Bombeiros/1000 hab Resíduos urbanos recolhidos por

habitante kg/ hab

Caixas Automáticas Multibanco/1000 hab Habitantes por espaços cobertos Alojamentos segundo os Censos:

Coletivos (%)

Hospitais 10 000/hab Farmácias/10 000 hab Caixas Automáticas

Multibanco/1000 hab

Estabelecimentos de empresas de seguros/1000 hab Densidade de rede viária

KMO – 0.705 3 FAC que representam

64.6% da amostra

Vulnerabilidade – Componentes Principais da

Capacidade de Suporte

(18)

18 Muito Baixa Baixa Moderada Elevada Muito Elevada

Capacidade de Suporte

FAC1_CRIT_2011_V2 Muito Baixa Baixa Moderada Elevada Muito Elevada

Criticidade

Vulnerabilidade Social = Criticidade × (1- Capacidade Suporte)

(19)

(WCE*0.1)+(SUSCF*0.9)

Perigosidade

(PD*0.1)+(RD*0.8)+( ADI*0.1)

Exposição

Vulnerabilidade Social

VS

(20)

20 IMRCI

Índice Municipal de Risco (IMR)

MUNICÍPIO IMR GONDOMAR 0.63 MARCO DE CANAVESES 0.58 MURTOSA 0.56 CASTELO DE PAIVA 0.55 CELORICO DE BASTO 0.52 CINFÃES 0.52 ESTARREJA 0.52

VILA NOVA DE GAIA 0.52

LOUSADA 0.51

VIZELA 0.51

IMRCI = 0.63

(21)

7 clusters de municípios definidos com base na perigosidade, exposição e vulnerabilidade.

(22)

22

Contributos do projeto

a) Identificação das forças motrizes dos riscos hidrológicos para todos os municípios de Portugal continental;

b) Classificação e hierarquização de municípios em relação ao risco de cheias e/ou inundações;

c) Perfis de risco para os municípios portugueses com base no índice de risco e na combinação dos respetivos forçadores;

d) Resultados importantes para o apoio à decisão na alocação de recursos e definição de estratégias de redução de desastres.

e) Medidas específicas de gestão do risco para cada cluster de municípios de acordo com a incidência particular de cada força motriz do risco.

f) Articular com os stakeholders mecanismos para a redução do risco de desastres, fornecendo informação para a recuperação e a reconstrução; redução da exposição e da vulnerabilidade.

(23)

Referências bibliográficas

Santos, M., Fragoso, M., Santos, J.A., 2017. Regionalization and susceptibility assessment to daily precipitation extremes in mainland Portugal. Appl. Geogr. 86, 128–138.

Santos, P. P., Reis, E., Pereira, S., & Santos, M. (2019). A flood susceptibility model at the national scale based on multicriteria analysis. Science of The Total Environment, 667, 325–337.

Tavares, A.O., Barros, J.L., Mendes, J.M., Santos, P.P., Pereira, S., 2018. Decennial comparison of changes in social vulnerability: A municipal analysis in support of risk management. Int. J. Disaster Risk Reduct. 31, 679– 690.

Trigo, R.M., DaCamara, C.C., 2000. Circulation weather types and their influence on the precipitation regime in Portugal. Int. J. Climatol. 20, 1559–1581.

Zêzere, J. L., Pereira, S., Tavares, A. O., Bateira, C., Trigo, R. M., Quaresma, I., … Verde, J. (2014). DISASTER: A GIS database on hydro-geomorphologic disasters in Portugal. Natural Hazards.

Obrigado pela atenção!

Trabalho financiado por fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no quadro do projeto FORLAND – Riscos hidro-geomorfológicos em Portugal: forçadores e aplicações ao ordenamento do território (PTDC/ATP-GEO/1660/2014), pela Unidade de Investigação UID/GEO/00295/2019, e Pedro Pinto Santos no âmbito do projeto com referência CEEIND/00268/2017.

Referências

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