• Nenhum resultado encontrado

INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CURSO SUPERIOR EM LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS VALCENIR DA SILVA BORGUE

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2022

Share "INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CURSO SUPERIOR EM LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS VALCENIR DA SILVA BORGUE"

Copied!
45
0
0

Texto

(1)

INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

CURSO SUPERIOR EM LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

VALCENIR DA SILVA BORGUE

QUADRINHOS COMO MATERIAL DIDÁTICO PARA A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA DOS CONTEÚDOS DE BIOLOGIA.

SANTA TERESA 2021

(2)

VALCENIR DA SILVA BORGUE

QUADRINHOS COMO MATERIAL DIDÁTICO PARA A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA DOS CONTEÚDOS DE BIOLOGIA.

Monografia apresentada ao Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do Instituto Federal do Espírito, como requisito parcial para a obtenção do Título de Graduado em Licenciatura em Ciências Biológicas.

Orientador: Prof. Dr. Vilacio Caldara Junior

SANTA TERESA 2021

(3)

(Biblioteca Major Bley do Instituto Federal do Espírito Santo) B732q Borgue, Valcenir da Silva.

Quadrinho como material didático para a aprendizagem significativa dos conteúdos de biologia / Valcenir da Silva Borgue. – 2021.

45 f. il.; 30 cm.

Orientador: Prof. Dr. Vilácio Caldara Junior

Monografia (graduação em Ciências Biológicas) – Instituto Federal do Espírito Santo, Coordenadoria do Curso de

Licenciatura em Ciências Biológicas. Santa Teresa, 2021.

Inclui bibliografias.

1. Quadrinhos. 2. Material didático. 3. Aprendizagem significativa. I. Caldara Junior, Vilácio. II. Instituto Federal do Espírito Santo. III. Título.

CDD 22 – 574.07 Elaboração: Domingos Sávio Côgo – CRB6/ES - 43

(4)

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

STA - COORDENADORIA DO CURSO DE LICENCIATURA EM CIENCIAS BIOLOGICAS

FOLHA DE APROVAÇÃO-TCC Nº 1/2021 - STA-CCLCB (11.02.30.08.02.04)

Nº do Protocolo: 23156.001604/2021-92

Santa Teresa-ES, 17 de junho de 2021.

VALCENIR DA SILVA BORGUE

QUADRINHO COMO MATERIAL DIDÁTICO PARA A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA DOS CONTEÚDOS DE BIOLOGIA

Monografia apresentada ao Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do Instituto Federal do Espírito, como requisito parcial para a obtenção do Título de Graduado em Licenciatura em Ciências Biológicas.

Aprovado em 14 de junho de 2021 COMISSÃO EXAMINADORA Prof. Dr. Vilácio Caldara Junior Instituto Federal do Espirito Santo

Orientador

Prof. Dr. Adriano Goldner Costa Instituto Federal do Espirito Santo

Membro Interno Prof. Dr. Charles Moreto Instituto Federal do Espirito Santo

Membro interno

(Assinado digitalmente em 17/06/2021 18:13) ADRIANO GOLDNER COSTA

PROFESSOR DO ENSINO BASICO TECNICO E TECNOLOGICO STA-CTIEM (11.02.30.08.02.11)

Matrícula: 1786980

(Assinado digitalmente em 18/06/2021 12:35) CHARLES MORETO

PROFESSOR DO ENSINO BASICO TECNICO E TECNOLOGICO STA-CCLCB (11.02.30.08.02.04)

Matrícula: 1728472

(Assinado digitalmente em 17/06/2021 14:54) VILACIO CALDARA JUNIOR

PROFESSOR DO ENSINO BASICO TECNICO E TECNOLOGICO STA-CCLCB (11.02.30.08.02.04) Matrícula: 1820910

Para verificar a autenticidade deste documento entre em https://sipac.ifes.edu.br/public/documentos/index.jsp informando seu número: 1, ano: 2021, tipo: FOLHA DE APROVAÇÃO-TCC, data de emissão: 17/06/2021 e o código de verificação:

9f32d57b4c

(5)

A Deus por abrir portas para a conclusão desse trabalho.

A minha esposa que sempre me apoiou.

Aos meus pais que sempre torceram por mim.

Ao Professor Vilácio Caldara por ter me orientado.

Ao Professor Adriano Goldner que permitiu que eu aplicasse essa pesquisa nas suas turmas.

A todos vocês, meu muito obrigado.

(6)

DECLARAÇÃO DO AUTOR

Eu, Valcenir da Silva Borgue, declaro, para fins de pesquisa acadêmica, didática e técnico-científica que essa Monografia pode ser parcialmente utilizada desde que se faça referência à fonte e ao autor.

Santa Teresa, 22 de junho de 2021

Valcenir da Silva Borgue

(7)

RESUMO

Os quadrinhos foram definidos como “arte sequencial”, uma arte que se baseia em imagens colocadas em sequência. Várias pesquisas apoiam o uso dos quadrinhos no ensino, contanto que escolhidos e aplicados com critério apropriado. A partir disso, quadrinhos poderiam ser usados como material didático para a aprendizagem significativa dos conceitos de biologia, em uma metodologia adaptada ao ensino à distância? Essa é a pergunta que inspirou essa monografia. Tendo essa pergunta inicial como direção, os objetivos específicos propostos foram: avaliar se o quadrinho se adequa ao ensino remoto associado a outras ferramentas (como as videoaulas e um site) e também verificar se a criação de quadrinhos pelos alunos é uma forma de avaliação condizente com a aprendizagem significativa. Dentre os processos metodológicos adotados, está a criação de videoaulas para apresentar o conteúdo e de um site, para a exposição dos quadrinhos dos alunos. A criação desses quadrinhos ocorreu no site Pixton, o qual foi utilizado para testar se a criação de quadrinhos funciona como método avaliativo. Os meios usados para a coleta de dados foram, o questionário, a observação participante, a entrevista semiestruturada (que aconteceu pelo Google Meet) e a análise dos quadrinhos produzidos. Considerando o método de coleta, essa monografia pode ser classificada como uma Pesquisa de Campo do tipo qualitativa. Ao final da pesquisa ficou claro que o quadrinho pode ser usado como material didático para a aprendizagem significativa dos conteúdos de Biologia e que a utilização do Pixton foi intuitiva e agradável aos alunos, podendo ser adaptado tanto para ensino regular quanto para o ensino à distância.

Palavras-chave: Quadrinhos. Material didático. Aprendizagem Significativa.

(8)

ABSTRACT

Comics have been defined as “sequential art”, art that is based on images placed in sequence. Several researches support the use of comics in teaching, as long as they are chosen and applied with appropriate criteria. From there, could comics be used as teaching material for meaningful learning of biology concepts, in a methodology adapted to distance learning? That is the question that inspired this monograph. With this initial question as a direction, the specific objectives proposed were: to evaluate whether the comic is suitable for remote teaching associated with other tools (such as video lessons and a website) and also to verify whether the creation of comic books by students is a suitable evaluation form with meaningful learning. Among the methodological processes adopted, there was the creation of video classes to present the content and a website, which served for the exhibition of the students' comics. The creation of these comics takes place on the Pixton website and was the way used to test whether the creation of comics works as an evaluation method. The means used for data collection were, the questionnaire, the participant observation, the semi- structured interview (which happened by Google Meet) and the analysis of the produced comics. Considering the collection method, this monograph cam be classified as a Qualitative Field Research. At the end of the research it was clear that the comic can be used as teaching material for the meaningful learning of the contents of Biology and that using Pixton was intuitive and enjoyable for students, and can be adapted for regular and distance learning.

Keywords: Comics. Courseware. Meaningful Learning.

(9)

SUMÁRIO.

1 INTRODUÇÃO... 06

2 DESENVOLVIMENTO... 09

2.1 ADAPTAÇÃO AO ENSINO REMOTO. A PARTICIPAÇÃO DOS VÍDEOS E DO SITE... 11

2.2 QUADRINHOS COMO RECURSO EDUCATIVO... 13

2.3 A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA... 16

2.4 A CRIAÇÃO DE QUADRINHOS COMO MÉTODO AVALIATIVO POTENCIALIZADOR DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA; APRESENTAÇÃO DO PIXTON... 22

2.5 PROCEDIMENTOS DE APLICAÇÃO... 26 2.6 RESULTADOS DO QUESTIONÁRIO / ANÁLISE DOS QUADRINHOS PRODUZIDOS... 28

3 CONCLUSÃO... 37

4 REFERÊNCIAS... 38

5 APÊNDICES... 40

(10)

6 1 INTRODUÇÃO

Desde criança tenho interesse no ensino de Ciências. Ficava fascinado com os animais, plantas e as aula do professor, ao mesmo tempo que apreciava a leitura dos quadrinhos, as aventuras e histórias de super-heróis. Foi em uma atividade escolar no nível fundamental que tive a chance de escrever um quadrinho e falar de Ciências.

Foi muito gratificante, mas ocorreu uma única vez em toda a minha trajetória acadêmica. Por vezes, me questionava porque os quadrinhos que pareciam ser um recurso tão interessante eram tão pouco usados. Hoje, nessa monografia, tenho a oportunidade de verificar os benefícios que os quadrinhos oferecem para o ensino de Ciências.

Mesmo com o interesse que me guiou a escolher essa graduação, é necessário reconhecer que as Ciências Naturais (no meu caso a Biologia) são consideradas difíceis, seja pela vastidão de conteúdos abordados, ou por causa da grande quantidade de termos associados a uma forma de ensino que ainda hoje ocorre de forma livresca, baseada na memorização de termos científicos. Mesmo que já existam estudos que propõem inovações, essa afirmação ainda é válida como pode ser observado nos trechos do Parâmetro Curricular Nacional 3° e 4° ciclo do Ensino Fundamental, Ciências Naturais, nos seguintes trechos:

(Página 19) ...Muitas práticas, ainda hoje, são baseadas na mera transmissão de informações, tendo como recurso exclusivo o livro didático e sua transcrição na lousa. (Página 21) Propostas inovadoras têm trazido renovação de conteúdos e métodos, mas é preciso reconhecer que pouco alcançam a maior parte das salas de aula onde, na realidade, persistem velhas práticas...

O mesmo documento, também oferece soluções para os problemas citados, dando preferência a aprendizagem significativa do que a simples memorização de conteúdo.

Outro documento oficial que oferece a sua posição é a Introdução aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Nele na parte dedicada a seleção do material (página 67), estimula-se o uso de materiais que vão além do livro didático, como pode ser observado no seguinte trecho:

Todo material é fonte de informação, mas nenhum deve ser utilizado com exclusividade. É importante haver diversidade de materiais para que os conteúdos possam ser tratados da maneira mais ampla possível [...] Além disso, é importante considerar que o livro didático não deve ser o único material

(11)

7

a ser utilizado, pois a variedade de fontes de informação é que contribuirá para o aluno ter uma visão ampla do conhecimento [...] A utilização de materiais diversificados como jornais, revistas, folhetos, propagandas, computadores, calculadoras, filmes, faz o aluno sentir-se inserido no mundo à sua volta.

Para tanto, um dos caminhos para a melhoria do ensino de biologia, que está de acordo com um documento oficial brasileiro (PCN), é promover a aprendizagem significativa dos alunos e diversificar o ensino por meio de materiais didáticos variados, sendo que o quadrinho foi o recurso escolhido para esta pesquisa. A pergunta que orienta essa pesquisa é: Os quadrinhos podem fazer parte de uma metodologia de ensino que busque a aprendizagem significativa de conteúdos de Biologia?

Os quadrinhos foram definidos como “arte sequencial” por Will Eisner (1989), ou seja, uma arte que se baseia em imagens colocadas em sequência. Esse termo foi ampliado por Scott McCloud (1995) em seu livro “Desvendando os quadrinhos”, definindo-o como “Imagens pictóricas e outras justapostas em sequência deliberada destinadas a transmitir informações e/ou produzir uma resposta no espectador”. Ou seja, quadrinhos são histórias formadas por imagens colocadas lado a lado e que podem ou não conter textos, geralmente na forma de diálogos e ordenadas intencionalmente.

Com essa definição, várias obras podem ser definidas como quadrinhos até mesmo obras criadas há séculos, por exemplo, as pinturas em tumbas egípcias como a tumba de Menna, um escriba egípcio, que já tem 32 séculos! O que indica que os quadrinhos têm sido um meio de comunicação desde a antiguidade e vêm acompanhando o desenvolvimento da humanidade, tanto que, na época de 1930, considerada a “Idade de ouro dos quadrinhos”, Houve um grande aumento de popularidade em relação aos quadrinhos e o estabelecimento de histórias com temáticas mais adultas, como ficção científica, policial, de guerra, de cavalaria, de faroeste, e no final da década as histórias de super-heróis, já que antes os quadrinhos eram principalmente infantis e humorísticos (LUYTEN, 1984). A Segunda Guerra Mundial acabou aumentando ainda mais a popularidade das HQs (Histórias em Quadrinhos), pois, nesse período os heróis das HQs participaram da guerra, geralmente contra alemães e japoneses.

(12)

8 Contudo, após a guerra (por volta de 1945), houve preocupação em torno da popularidade dos quadrinhos e os efeitos que essa leitura poderia gerar. No Brasil, por exemplo, já haviam grupos que protestavam alegando que as leituras de Histórias em Quadrinhos (HQs) incutiam hábitos estrangeiros nas crianças, além da possibilidade de que a popularidade dos quadrinhos estava “desviando” as crianças de leituras mais profundas (VERGUEIRO, 2004). A situação piora em 1944 quando o Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos (INEP) publicou um estudo, sem muita fundamentação, afirmando que a leitura de quadrinhos provocava “lerdeza mental”

nas crianças, tal estudo fez com que várias instituições proibissem a leitura de quadrinhos (ALCÂNTARA, 2014). O ponto máximo da perseguição dos quadrinhos foi alcançado com Frederic Wertham que em 1954 publicou o livro “Seduction of the innocent” (Sedução dos Inocentes), que fez muito sucesso e contribuiu para a visão negativa dos quadrinhos nos Estados Unidos e em grande parte do mundo. Sob forte influência do livro de Wertham os Estados Unidos criaram um “Código de ética” para os quadrinhos, o Comics Code Authority (VERGUEIRO, 2004)

Outros países também criaram os seus códigos. No Brasil, por exemplo, as editoras que se adequavam as exigências do código de ética exibiam um selo de qualidade, demonstrando que eram apropriados para crianças, já as que não se adequavam corriam o risco de terem as suas revistas queimadas. Segundo Vergueiro (2004), esse código de ética ao invés de colaborar para o aprimoramento dos quadrinhos, acabou gerando dois efeitos negativos: o primeiro é que um grande número de editoras fecharam, entre elas algumas com ideias bastante avançadas, isso fez com que os quadrinhos posteriores ao Comic Code caminhassem para a mediocridade com histórias pífias e pouco criativas; o segundo (uma consequência do primeiro) foi que qualquer discussão do potencial estético e educacional das HQs fossem descartadas dos meios intelectuais.

Isso fez com que os quadrinhos, apesar de serem populares, fossem desconsiderados como um material útil ao aprendizado, mas com o tempo os conflitos em relação aos quadrinhos foram se amenizando, tanto que, na década de 70, já era possível encontrar quadrinhos em livros didáticos brasileiros (SANTOS; VERGUEIRO, 2012).

Após anos de desconfiança o uso de quadrinhos é permitido e até estimulado, contudo, “Ter álbuns e revistas de quadrinhos disponíveis nas salas de aula ou nas

(13)

9 bibliotecas escolares não implica, necessariamente, no uso correto do material por parte dos professores” (SANTOS; VERGUEIRO, 2012, p.4). Por isso, pesquisas que verificam as potencialidades dos quadrinhos no processo educativo na escola e até mesmo fora dela são necessárias.

Já existem autores que pesquisaram o uso de quadrinhos na sala de aula como Martins (2015), Santos e Vergueiro (2012) e Pizarro (2009) e que descreveram as qualidades do uso desse recurso para o ensino. Contudo, todos eles usaram os quadrinhos em um modelo de ensino presencial, o que não foi possível nesse trabalho, pois devido a pandemia do Covid-19 (Coronavírus) as escolas estão funcionando de forma remota, e isso inclui uma condicional à pergunta anterior, além dos quadrinhos serem usados como material didático para a aprendizagem significativa, eles se adequam ao ensino a distância? Essa é a pergunta norteadora desse trabalho.

Os objetivos dessa pesquisa estão intimamente ligados à pergunta norteadora, ou seja, enquanto o objetivo geral é verificar se os quadrinhos podem ser usados como material didático dentro de uma metodologia que busque a aprendizagem significativa dos conteúdos de ciências, os objetivos específicos são, avaliar se o quadrinho se adequa ao ensino remoto associado a outras ferramentas (como o vídeo) e também avaliar se a criação de quadrinhos pelos alunos é uma forma de avaliação condizente com a aprendizagem significativa.

Esse trabalho propôs a utilização do quadrinho em uma metodologia adaptada ao ensino remoto, visando a aprendizagem significativa dos conceitos de Biologia e foi desenvolvido em duas turmas de 1° ano do IFES – Campus Santa Teresa, sendo uma turma do Curso Técnico em Meio Ambiente e outra no Curso de Informática para Internet Integrado ao Ensino Médio. Os conteúdos de Biologia que fizeram parte desse trabalho foram: Reprodução, Meiose e Gametogênese.

2 DESENVOLVIMENTO.

Essa Pesquisa é do tipo qualitativa, já que por ser na área da educação trata-se de uma pesquisa essencialmente social, concordando com TOZONI-REIS (2009, pág.10) na frase “A pesquisa em educação assim como a pesquisa em outras áreas das

(14)

10 ciências humanas e sociais é essencialmente qualitativa”. Sendo uma pesquisa do tipo qualitativa, ela se atentará aos fenômenos humanos e sociais que nem sempre são quantificáveis, pois como esclarece Minayo (2002) a pesquisa qualitativa se preocupa com universo de significados, motivos e aspirações, crenças valores e atitudes. Tais significados profundos não podem ser reduzidos a números e variáveis e necessitam da observação e interpretação do observador, além de técnicas adequadas à pesquisa social.

Relacionado as técnicas utilizadas, essa pesquisa é classificada como Pesquisa de Campo. Para TOZONI-REIS (2009) a pesquisa de campo em educação caracteriza- se pela ida do pesquisador aos espaços educacionais para coleta de dados, buscando compreender os fenômenos que nele ocorrem. Mesmo com a impossibilidade de visitar o espaço “físico” do IFES – Campus Santa Tereza, devido ao ensino estar ocorrendo de forma remota no período da pesquisa, ainda foi possível coletar dados, usando ferramentas comuns da pesquisa de campo como o questionário e a observação por meio digital.

A observação é a técnica em que o pesquisador utiliza os seus sentidos para obter dados de uma determinada realidade, está além de ver e ouvir, mas de analisar os fatos e fenômenos que se deseja estudar (MARCONI; LAKATOS, 2003). No caso do presente projeto, a observação foi participante, pois atuei como professor e observei as mudanças provocadas pelo uso dos quadrinhos no ensino, além de verificar a adequação (ou não) desse material ao ensino de Biologia de forma significativa. Já o questionário é um instrumento de coleta de dados definido por MARCONI; LAKATOS (2003) como uma série ordenada de perguntas que devem ser respondidas por escrito sem a presença do pesquisador.

O questionário foi usado para obter as impressões dos alunos quanto ao uso dos quadrinhos (e do site) no ensino de Ciências, ou seja, o questionário permitiu que os alunos avaliassem o projeto. Além de ser uma pesquisa do tipo qualitativa, na modalidade do estudo de campo, que usou as técnicas da observação participante e o questionário, também é possível classificar esse projeto quanto aos seus objetivos.

(15)

11 Ou seja, considerando que o objetivo geral é verificar se os quadrinhos podem ser usados como material didático dentro de uma metodologia que busque a aprendizagem significativa dos conteúdos de ciências, afirmo que essa pesquisa pretende descrever um exemplo de uso do quadrinho no ensino, além de dar explicações sobre a aplicabilidade (ou não) desse recurso ao ensino de ciências.

Informo que antes da aplicação do projeto a escola estava ciente dos procedimentos que seriam adotados, além disso, os participantes receberam um Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE) e os que eram menores de idade receberam também um Termo de Assentimento (TA). O meio usado para apresentar esses documentos e para responder o questionário foi o site do projeto. Tanto o Termo de Consentimento quanto o de Assentimento encontram-se nos Apêndices.

Os dois pilares que orientam esse projeto são Quadrinhos e Aprendizagem Significativa, mas, devido a pandemia do COVID-19 (Coronavirus) o IFES - Campus Santa Teresa, instituto em que esse projeto foi aplicado, tem funcionado de forma remota e essa pesquisa foi adaptada a essa situação. Sendo assim, a próxima sessão abordará as adaptações necessárias para o ensino remoto.

2.1 ADAPTAÇÃO AO ENSINO REMOTO. A PARTICIPAÇÃO DOS VÍDEOS E DO SITE.

O conteúdo de Biologia das turmas em que essa pesquisa foi aplicada, vem ocorrendo predominantemente pelo Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA no software livre Modular Object-Oriented Dynamic Learning Enviroment - Moodle verção 3.1, para a postagem de conteúdo, de reuniões via Google Meet e o Whatsapp para recados e avisos relacionados às reuniões. Portanto essa pesquisa se adequou ao uso dessas ferramentas.

Os conteúdos de Biologia que fizeram parte desse trabalho foram: Reprodução, Meiose e Gametogênese, os quais foram disponibilizados no Moodle na forma de duas videoaulas de autoria própria. Os vídeos, segundo Morán (1995), são mídias audiovisuais que combinam diferentes linguagens (linguagem musical, falada, escrita)

(16)

12 e que conseguem nos impactar e seduzir, entreter e informar ao mesmo tempo, ou seja, os vídeos são atrativos e foram a alternativa escolhida para apresentar o novo conteúdo de forma significativa. Morán (2006) também oferece propostas de utilização do vídeo para o ensino e dentre elas, as que se adequam aos vídeos usados nesse trabalho é o vídeo como “ilustração” e o vídeo como “conteúdo de ensino”. Ambas as formas de utilização foram adotadas nos dois vídeos com os conteúdos abordados.

Quando o vídeo é usado para a ilustração ele serve para mostrar o que não pode ser visto na sala de aula, por exemplo, os seres que fazem determinado tipo de reprodução ou estruturas que não são visíveis a olho nu como os espermatozoides e os cromossomos. Já quando é usado como conteúdo de ensino, os vídeos abordarão sobre determinado assunto que deverá ser estudado, como vídeos preparados pelo professor que discutem os principais conceitos de uma matéria. Essas duas funcionalidades podem ser usadas em conjunto, ou seja, através do vídeo o professor pode explicar um tipo de reprodução ao mesmo tempo que mostra os seres que fazem essa reprodução.

O Conteúdo do primeiro vídeo foi Reprodução e os seus tipos, enquanto que o segundo foi Meiose e Gametogênese. Também foram produzidos outros dois vídeos que auxiliaram os alunos a utilizar o Pixton. Contudo, um desses vídeos foi adaptado de um vídeo do Youtube, em que foram cortadas as partes que não eram necessárias para os alunos. O link de acesso ao vídeo original é:

https://www.youtube.com/watch?v=8xCqwh3ApNE (acesso em 18 de maio de 2021).

A pasta com todos os vídeos envolvidos no trabalho pode ser acessada pelo link:

https://drive.google.com/drive/folders/1O0g_L6YDo20zoBl-

ayCQmcjan9YWMgF1?usp=sharing (acesso em 18 de maio de 2021).O vídeo é uma boa ferramenta que se adequa bem ao ensino remoto, tendo a função de apresentar todo o novo conteúdo, além de revisar os principais subsunsores dessa matéria.

Outra ferramenta utilizada nessa metodologia foi a criação de um site, “Ciência em Quadrinhos”, que associou quadrinhos e imagens a pequenos textos. Além de reapresentar o conteúdo de outra forma, alguns quadrinhos do site foram produzidos por mim no Pixton com o intuito de exemplificar o seu uso. Além disso, o site “Ciências

(17)

13 em Quadrinhos” também foi usado para expor os quadrinhos dos alunos e foi através dele que os estudantes responderam ao questionário. O site vinculado ao projeto pode ser acessado pelo link: https://www.cienciaemquadrinhos.tk/ (acesso em 18 de maio de 2020).

O vídeo e o site foram adaptações necessárias para o bom aproveitamento dos quadrinhos em uma realidade de ensino remoto. Contudo, o foco principal dessa pesquisa foi o uso de quadrinhos como recurso educativo, que será o tema da sessão seguinte.

2.2 QUADRINHOS COMO RECURSO EDUCATIVO.

A leitura de quadrinhos já foi considerada prejudicial para o desenvolvimento, porém, hoje já existem pesquisadores que apoiam o uso dos quadrinhos no ensino. Entre eles, há os que defendem o uso de quadrinhos comerciais, como Silva e Costa (2015), que falam sobre a aplicação dos quadrinhos da série Níquel Náusea no ensino da Teoria Evolutiva, e Mariana Pizarro (2009), que usou quadrinhos da série Turma da Mônica (histórias do Chico Bento e Papa Capim) em uma sequência didática para aquisição de conhecimentos de Ciências e desenvolver nos alunos habilidades procedimentais. Em sua dissertação, Pizarro (2009) evidencia que usar quadrinhos na sala de aula sem um devido planejamento e acreditando que a atração que esse material gera é suficiente para desenvolver o aprendizado é um sério equívoco. A mesma afirmação é feita por Adriana Rodrigues (2015), que usou um quadrinho feito por ela para avaliar o impacto que a linguagem narrativa dos quadrinhos tem no ensino de conceitos químicos. Esta autora também usou o seu quadrinho dentro de uma sequência didática e constatou que os conceitos científicos transmitidos através da linguagem narrativa dos quadrinhos acabam ficando mais “presentes” na memória dos alunos do que se os mesmos conceitos estivessem sido descritos de modo paradigmático. Sendo assim, os quadrinhos são úteis para o ensino, contanto que esse material seja escolhido com cuidado, pois, se o quadrinho escolhido tiver algum erro conceitual, esse erro pode ser melhor aprendido que o conceito correto e isso será um entrave para o aprendizado.

(18)

14 Além do professor usar quadrinhos no processo educativo, seja eles quadrinhos comerciais ou produzidos por ele, também é possível que os alunos sejam protagonistas ao criarem os seus próprios quadrinhos, incorporando os conceitos aprendidos. Dessa forma os quadrinhos podem ter função avaliativa. Um exemplo disso foi a pesquisa desenvolvida por Fernandes, Costa e Koga (2018), na qual desenvolveram o tema Dengue e avaliaram os conhecimentos dos alunos por meio da produção de quadrinhos. Segundo eles, através dos quadrinhos foi possível verificar tanto os conceitos corretos quanto os equívocos que foram posteriormente corrigidos e reelaborados. Nessa pesquisa os quadrinhos foram produzidos usando materiais que os alunos dispunham, como lápis de cor, papel e outros. Já em outras pesquisas usaram-se ferramentas para a criação de quadrinhos on-line, como no estudo realizado por Lidiane Martins (2015) que usou o recurso Toondoo Maker.

Nessa pesquisa os alunos também criaram quadrinhos, só que com o tema “Água”, e estes foram agrupados em livretos e expostos na escola.

Percebe-se que os quadrinhos podem ser usados de diferentes maneiras e serem aplicados a diversos conteúdos, inclusive fora das ciências naturais; o livro “Como usar quadrinhos na sala de aula” (VERGUEIRO, 2004) dá várias sugestões do uso de quadrinhos nas aulas de Língua Portuguesa, Geografia, História e Arte. Além da facilidade de ser aplicado, os quadrinhos apresentam outras qualidades que serão listadas e explicadas adiante.

A) A estrutura dos quadrinhos facilita a compreensão e desenvolve a imaginação e criatividade.

Os quadrinhos associam imagens e texto. Isso permite uma compreensão maior do que se o conteúdo estivesse ligado a apenas um desses códigos. Além disso, a leitura de quadrinhos exercita o pensamento, já que apenas os momentos chaves da história são representadas e cabe ao leitor imaginar e completar os momentos que não estão expressos nos quadrinhos (VERGUEIRO, 2004). Esse fenômeno de “completar o que falta” ou “observar as partes, mas enxergar o todo” é chamado por Mccloud (1995) de Conclusão, é esse fenômeno que permite transformar um conjunto de imagens justapostas nos quadrinhos em uma cena contínua. Tal fenômeno frequente nos quadrinhos pode ser melhor compreendido observando a Figura 1.

(19)

15 Na Figura 1, vemos na parte superior duas cenas de um quadrinho: na primeira há um homem armado de machado que pretende matar outro homem, na seguinte, um grito alto, porém, o quadrinho não deixa explícito se o machado acertou, quantas machadadas foram, onde acertou, quantidade de sangue e outros. Tudo isso fica a cargo da imaginação do leitor. Já na parte inferior da Figura 1 na parte inferior McCloud (1995) oferece mais um exemplo de conclusão.

B) Quadrinhos podem estimular a participação dos alunos.

Quadrinhos são populares entre jovens e crianças e podem ser um recurso que possibilite maior participação dos alunos. Rodrigues (2015) destaca que na turma onde realizou sua pesquisa, os alunos que antes eram pouco participativos, participaram ativamente após o uso do quadrinho. O mesmo é relatado por Santos e Pereira (2013) que afirmaram que as turmas que tiveram os quadrinhos como método introdutório foram mais participativas do que as que não tiveram. Pizarro (2009)

Figura 1: Exemplos de conclusão.

Fonte: Desvendando os Quadrinhos (MCCLOUD, 1995, p.16)

(20)

16 também usou os quadrinhos como um recurso fomentador de discussões e argumentações no conteúdo de Ciências.

C) Os quadrinhos ajudam a desenvolver o hábito da leitura.

Já fez parte da história dos quadrinhos a crença de que eles afastavam as crianças de leituras mais profundas. Atualmente, esse pensamento é refutado por vários estudos científicos e hoje sabe-se que as pessoas que leem quadrinhos, em geral, também leem outros tipos de revista, jornais e livros (VERGUEIRO, 2004).

Essas qualidades são motivos suficientes para incluir os quadrinhos dentro do ambiente escolar. Porém, como já foi indicado por Santos e Vergueiro (2012) e Pizarro (2009) o uso de quadrinhos na sala de aula deve ser planejado em uma metodologia com objetivos claros. No caso dessa pesquisa, os quadrinhos estavam presentes no site “Ciências em Quadrinhos” como material didático associados a textos relacionados ao conteúdo, além disso, a criação de quadrinhos pelos alunos foi usada como um método avaliativo condizente com a aprendizagem significativa. Porém, antes de discutir se os quadrinhos são um recurso avaliativo condizente com a Teoria da Aprendizagem Significativa, é necessário definir essa teoria e esse é o tema da próxima sessão.

2.3 A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA.

A teoria de aprendizagem significativa de David Ausubel supõe que o ser humano tem a capacidade de atribuir significado a realidade, resultando em informações que serão armazenadas de maneira organizada na mente do aprendiz e esse conjunto de informações é chamado de estrutura cognitiva (MOREIRA, 1999). Para Ausubel aprendizagem é organização e integração de conhecimento na estrutura cognitiva, contudo essa integração pode ocorrer de maneira significativa ou mecânica (MOREIRA, 1999).

A aprendizagem é considerada significativa quando a nova informação se conecta/ancora a um ponto relevante e inclusivo presente na estrutura cognitiva do aprendiz. As estruturas que servem de “ancoradouro” para novas informações é

(21)

17 chamado por Ausubel de subsunçor (in MOREIRA; MASINI, 1982). O aprendizado que ocorre dessa maneira é organizado, e, além do novo conhecimento ser integrado, o subsunçor que serviu de ancoradouro fica mais amplo/desenvolvido. Porém, a aprendizagem também pode acontecer de maneira mecânica. Nela, a informação nova não se relaciona com nenhum subsunçor ou se relaciona fracamente. Nesse caso essa nova informação ficará distribuída de forma arbitrária na estrutura cognitiva e será esquecida com mais facilidade. É o que acontece quando o aluno decora fórmulas, leis, termos, mas os esquecem logo após a avaliação (PELIZZARI et al., 2001).

Considerando que a aprendizagem significativa deve ser preferida em relação à mecânica, é necessário que o professor relacione as novas informações com conceitos inclusivos que o aluno já conhece. Para isso, o professor vai separar os pontos básicos e mais gerais dessa informação, avaliando assim os subsunçores que precisarão estar presentes nos alunos. Porém, como promover a aprendizagem significativa quando os alunos não têm os subsunsores necessários? Moreira (1999) afirma que há duas possibilidades: uma delas é que quando o conteúdo é totalmente novo para o aluno a aprendizagem mecânica é necessária, pelo menos de alguns elementos que possibilitem a aprendizagem significativa; outra possibilidade é que através do processo chamado de formação de conceitos as crianças pequenas desenvolvem ideias genéricas de forma espontânea por meio de experiência empírico-concreta (MOREIRA, 1999), o que possibilita que os alunos ao chegarem a idade escolar tenham os subsunçores necessários. Um recurso que o professor pode usar para suprir esses subsunçores e facilitar a aprendizagem significativa é o organizador prévio.

Organizadores prévios são materiais introdutórios que servem de “ponte cognitiva”

entre o que o aluno já sabe e o novo conteúdo. Para isso, esse material deve ser apresentado em termos mais gerais e inclusivos do que o que será aprendido. Por isso, organizadores prévios não devem ser confundidos com sumários, pois estes contêm o mesmo nível de inclusão e generalidade (MOREIRA; MASINI, 1982). Estes organizadores podem ser considerados expositivos ou comparativos, sendo que o organizador expositivo é usado quando o novo conhecimento não é familiar ao

(22)

18 estudante, nesse caso, o organizador fornecerá novos termos para suprir o que falta.

Já no caso do novo assunto ser familiar, um organizador comparativo é o mais indicado, nesse caso o professor irá relacionar os conhecimentos do aluno com o novo conteúdo, estabelecendo semelhanças, diferenças e até mesmo mostrando relações que ele não tinha percebido. Vale ressaltar que não há uma estrutura fixa para o organizador como pode ser observado no seguinte trecho:

Podem ser um enunciado, um parágrafo, uma pergunta, uma demonstração, um filme, uma simulação e até mesmo uma aula que funcione como pseudo-organizador para toda uma unidade de estudo ou, ainda, um capítulo que se proponha a facilitar a aprendizagem de vários outros em um livro. Não é a forma que importa, mas sim a função dessa estratégia instrucional chamada organizador prévio. (MOREIRA, 2008, p.

10)

Tomando as palavras de Moreira (2008), posso afirmar que um organizador pode ter formas variadas sem que isso prejudique a sua função. Por exemplo, um site e um vídeo que além de apresentarem o novo conteúdo, revisam os subsunsores necessários para esse aprendizado. Outro ponto que deve ser destacado do trecho acima é o pseudo-organizador, este ao invés de estabelecer relação com um único tema, irá se relacionar com vários temas dentro de um mesmo grupo.

Considerando que diferentes recursos e métodos podem funcionar como um organizador ou pseudo-organizador, é necessário pontuar quais características devem estar presentes, e essas características são definidas por Moreira (2008):

 Identificar o conteúdo relevante na estrutura cognitiva e explicar a relevância desse conteúdo para a aprendizagem do novo material;

 Dar uma visão geral do material em um nível mais alto de abstração, salientando as relações importantes;

 Prover elementos organizacionais inclusivos que levem em consideração mais eficientemente, e ponham em melhor destaque o conteúdo específico do novo material, ou seja, prover um contexto ideacional que possa ser usado para assimilar significativamente novos conhecimentos.

Além do “subsunçor” e do “organizador prévio” outros conceitos importantes para a aprendizagem significativa, e para esse trabalho, são “assimilação” e “assimilação obliteradora”. É a teoria da assimilação que explica como as novas informações são

(23)

19 guardadas de forma organizada no cérebro, para melhor compreendê-la observe Quadro 1:

Quadro 1: Aprendizagem significativa.

Nova informação potencialmente

significativa.

a

Relacionada a, e assimilada

por.

Conceito subsunçor existente na estrutura cognitiva

A

Produto interacional.

A’a’

Após assimilação obliteradora

A’

No processo de Assimilação, a nova informação (a) se relaciona com um conceito presente na estrutura cognitiva (A), que pode ser uma informação, uma ideia, uma imagem, etc. Quando a e A interagem ambos são modificados, pois a recebe significado por causa do A, enquanto A torna-se mais amplo/desenvolvido. Por exemplo, uma criança ao ter contato apenas com animais de pequeno porte como cães, gatos e pássaros, etc, pode ter na sua estrutura cognitiva o conceito “Animal”, mas incluindo apenas animais pequenos devido a falta de contato com seres de grande porte. Isso se modifica no momento em ela conhece o elefante (por vídeo, em um zoológico, etc) um animal muito maior do que os que ela conhecia. Agora além do conceito elefante ligar-se ao subsunçor animal, o subsunçor ficará mais amplo, pois agora ele incluirá tanto animais pequenos quanto grandes. Outro fenômeno ligado a aprendizagem significativa é a assimilação obliteradora, que pode ser entendida como o esquecimento. Por causa dela, as estruturas mais específicas serão apagadas, restando apenas as estruturas mais genéricas, ou seja, o A’a’ com o tempo virará A’.

Note que o subsunçor (A) foi modificado e mesmo após a assimilação obliteradora (esquecimento) ainda restará resquícios (A’), permitindo que as informações esquecidas sejam restauradas com mais facilidade do que se esse aprendizado tivesse ocorrido de forma mecânica, pois nesse caso, a nova informação ficaria dispersa na estrutura cognitiva, sem modificar os subsunçores existentes. Vale lembrar que no exemplo dado a nova informação modificou apenas um único subsunçor, sendo que em situações reais essa informação pode se relacionar com vários subsunsores, modificando-os.

(24)

20 Dependendo de como a nova informação se relaciona com os subsunçores, a aprendizagem significativa pode ser classificada como subordinada, superordenada e combinatória. No exemplo dado sobre aprendizagem significativa, a nova informação (elefante) ligou-se a um subsunsor preexistente (animal). Nessa forma de aprendizado, em que a nova informação é incluída a um subsunsor mais geral, caracteriza a aprendizagem subordinada.

Já a aprendizagem superordenada acontece quando o novo conhecimento é um nível mais geral e inclusivo e, por isso, engloba um ou mais subsunçores ocupando uma posição mais elevada. No exemplo anterior, na estrutura cognitiva da criança existia o subsunsor “animal” incluindo animais de pequeno e grande porte. Com o tempo outros animais foram incluídos, como o pato, a vaca, jacaré, até a que criança aprenda o termo “mamífero”, ou seja, vários subsunçores (parte dos animais que a criança conhecia) ficarão subordinados a essa nova informação. Por último, existe a aprendizagem combinatória em que a nova informação não ocupa uma posição específica na estrutura cognitiva (subordinada ou superordenada em relação aos subsunçores), trata-se de um conteúdo amplo que se relaciona com a estrutura cognitiva como um todo e não com partes específicas, que é o que acontece na aprendizagem subordinada e superordenada.

Associados aos tipos de aprendizagem significativa (subordinada, superordenada e combinatória), existem os processos de diferenciação progressiva e reconciliação integrativa. O primeiro é o processo em que um subsunsor vai aumentando a sua complexidade à medida que novas informações vão sendo adicionadas. Isso acontece com frequência, principalmente na aprendizagem subordinada. Já a reconciliação integrativa é uma reorganização da estrutura cognitiva devido a chegada de uma nova informação e está ligado a aprendizagem superordenada e a combinatória.

Segundo Ausubel o ponto de vista instrucional desses processos é que o conteúdo deve ser organizado na forma que os temas mais gerais e inclusivos sejam ensinados primeiro e a partir deles chegar aos temas específicos, permitindo assim a diferenciação progressiva (MOREIRA, 1999). Já a reconciliação integrativa ocorre

(25)

21 quando o professor explora semelhanças e divergências entre os diversos temas do conteúdo ou entre o conhecimento dos alunos e o científico.

Resumindo o que foi discutido até aqui, para que o ensino ocorra de forma significativa ele deve partir dos temas mais gerais e inclusivos e à medida que se torna mais específico deve sempre incluir os alunos, relacionando o que eles já sabem com o que será apresentado. No caso desse trabalho, no momento da sua aplicação os alunos iriam aprender o conteúdo de Reprodução, os Tipos de Reprodução, Meiose e Gametogênese. Esse conteúdo têm uma grande quantidade de termos que precisam ser aprendidos e que não são tão próximos deles, como os nomes dos tipos de reprodução (partenogênese, divisão binária, etc) e os nomes das células reprodutivas em diferentes fases da meiose (Espermatogônia, Espermatócito I, etc). Os subsunçores necessários para esse aprendizado são alguns conceitos de mitose (matéria que eles já viram), e a diferença entre a mitose e a meiose.

Foram utilizadas duas videoaulas que além de apresentarem o novo conteúdo também relembraram os subsunçores que os alunos deveriam ter, assemelhando-se a um organizador prévio do tipo expositivo. Assim, tanto os alunos que tinham os subsunçores quanto os que não tinham, seriam englobados pelos dois vídeos.

Também foi criado um site que reapresentou esse conteúdo de forma mais sucinta, com texto associado a imagens e quadrinhos. Os quadrinhos produzidos pelos alunos também foram postados nesse site.

Por fim, deve-se usar materiais significativos que atraem a participação dos estudantes, pois, se o aprendiz estiver disposto a apenas memorizar o conteúdo, o aprendizado será mecânico, mesmo que o material seja significativo. Da mesma forma, se o estudante estiver disposto a aprender significativamente, ele aprenderá de forma mecânica se o material ou procedimentos usados no ensino não forem potencialmente significativos (MOREIRA, 1999). Autores como Rodrigues (2012), Santos e Pereira (2013) e Pizarro (2009) que indicaram os quadrinhos como um material que estimula a participação dos alunos, podendo assim, considerar os quadrinhos como um material potencialmente significativo, o mesmo pode ser dito em relação as videoaulas. Contudo, uma questão que ainda precisa de resposta é se a

(26)

22 criação de quadrinhos é um método avaliativo adequado à aprendizagem significativa e esse é o tema da próxima sessão.

2.4 A CRIAÇÃO DE QUADRINHOS COMO MÉTODO AVALIATIVO POTENCIALIZADOR DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA; APRESENTAÇÃO DO PIXTON.

Para definir se a criação de quadrinhos é um método avaliativo condizente com a aprendizagem significativa, primeiro, é necessário definir o que é avaliação e assim verificar se os quadrinhos atendem os pré-requisitos de um bom método avaliativo.

Uma síntese do processo avaliativo é oferecido por Luckesi (2014):

O ato de avaliar implica coleta, análise e síntese dos dados que configuram o objeto da avaliação, acrescido de uma atribuição de valor ou qualidade, que se processa a partir da comparação da configuração do objeto avaliado com um determinado padrão de qualidade previamente estabelecido para aquele tipo de objeto (LUCKESI,2014, p. 47).

Tomando as palavras de Luckesi (2014) antes de avaliar é necessário ter um padrão de qualidade previamente estabelecido e esse padrão deve estar relacionado com a teoria de ensino que guia essa prática educativa, que no caso desse projeto é a aprendizagem significativa. Ou seja, o padrão de qualidade para essa pesquisa é que os alunos aprendam significativamente os conceitos do conteúdo de Biologia e a avaliação buscará evidências desse aprendizado. Para Ausubel (MOREIRA; MASINI, 1982) a compreensão genuína de um conceito ou proposição implica a posse de significados claros, precisos, diferenciados e transferíveis; considerando isso, uma avaliação em que o estudante precise explicar de forma clara e precisa um determinado conceito poderia ser o suficiente, no entanto, ao pedir que o aluno descreva algum conceito pode-se obter respostas mecanicamente memorizadas, pois para Ausubel (MOREIRA; MASINI, 1982) “a larga experiência em exames faz com que os alunos se habituem a memorizar não só as proposições e fórmulas, mas também causas, exemplos, explicações e maneiras de resolver “problemas típicos”.

Sendo assim, é necessário que esse conhecimento a ser cobrado sofra uma transformação, por exemplo, pedindo o mesmo conhecimento em contextos diferentes ou algo que exija mais do que uma simples frase decorada.

(27)

23 A criação de quadrinhos permite aos alunos contextualizarem de forma criativa os conceitos de Ciências em uma história e isso se adequa a uma prática avaliativa condizente com a aprendizagem significativa como pode ser observado nos trechos abaixo:

Outro aspecto observado refere-se à criatividade e à expressão crítica dos sujeitos:

apresentada de forma contextualizada e autônoma, utilizando-se de argumentações coerentes, calcadas em informações discutidas nas aulas, demonstrando uma construção de significados e não apenas a mera assimilação de informações, se aproximando do papel do ensino no qual o foco deve ser a aprendizagem significativa (SANTOS; PEREIRA, 2013, p.5)

As palavras de Santos e Pereira (2013) indicam que a avaliação feita usando quadrinhos pode ser adequada à aprendizagem significativa, pois permitem o uso dos conceitos aprendidos de forma contextualizada e criativa, sendo também um meio de verificar equívocos conceituais nos alunos, essa ideia e confirmada no trecho:

A produção de histórias em quadrinhos pelos alunos pode ser utilizada como material didático para fixação de conceitos, mas também como instrumento de avaliação (...) uma vez que o material final evidenciou abordagens conceituais corretas, mas também, certos equívocos conceituais. (FERNANDES; COSTA; KOGA, 2018, p. 51).

Apoiando no que foi discutido até aqui, sugiro que a criação de quadrinhos é um método avaliativo condizente com a aprendizagem significativa. No caso desse trabalho, o principal critério para a avaliação dos quadrinhos foi a presença e o uso correto dos conceitos ensinados nos vídeos e no site; características referentes a construção de uma boa história, por exemplo, ela ter continuidade (início, meio e fim) e ser escrita de forma correta também são importantes, mas terão peso menor, já que o foco principal é o uso correto dos conceitos de Biologia.

Um fato interessante é que os alunos estavam cientes que os quadrinhos produzidos por eles seriam expostos no site “Ciências em Quadrinhos” e identificados com os nomes deles como autores, funcionando como uma exposição artística. Isso pode ter tornado essa prática mais significativa, pois, além de uma avaliação a criação de quadrinhos foi uma forma de expressão artística dos alunos.

(28)

24 O meio utilizado para que os alunos criassem os seus quadrinhos foi o site Pixton (PIXTON COMICS INC, 2021) que pode ser acessada pelo link:

https://www.pixton.com/ (acesso em 18 de maio de 2021). Esse foi o site escolhido para a criação dos quadrinhos principalmente pela facilidade de uso e por ser visualmente atrativo. Foram criados dois vídeos que ensinaram os alunos a acessarem o Pixton pela primeira vez, além de um tutorial da criação de um quadrinho,

os dois vídeos podem ser acessados no link:

https://drive.google.com/drive/folders/1O0g_L6YDo20zoBl-

ayCQmcjan9YWMgF1?usp=sharing (acesso em 18 de maio de 2021). A página inicial do Pixton separa o acesso para educadores, alunos, pais e o negócio, como pode ser observado na Figura 2:

Figura 2: Página inicial do Pixton.

Fonte: PIXTON COMICS INC disponível em https://www.pixton.com/br/

Entrando pela aba “educadores” o site pedirá que o usuário se identifique usando uma conta Google (Gmail), Microsoft (Hotmail) ou do Facebook. No primeiro acesso também será necessário criar um “avatar” que irá te representar e também criar uma sala definindo o nome, série dos alunos, matéria dessa sala e o modo de acesso dos alunos. No caso da presente pesquisa, o modo de acesso escolhido foi através de uma conta Google, nesse caso o site gera um link que quando os alunos a acessam e criam os seus avatares são direcionados para essa sala de aula. O site também cria uma foto da turma com os avatares dos alunos e o do professor. Um exemplo de uma foto da turma pode ser observado na Figura 3.

(29)

25 Figura 3: Exemplo de foto da turma no Pixton.

Fonte: PIXTON COMICS INC disponível em https://www.pixton.com/br/

O site reúne os alunos nessa turma e clicando em cada aluno o professor pode ler os quadrinhos que esse aluno criou, também é possível que o professor comente os quadrinhos dos alunos, podendo indicar correções, elogiar, etc. Quanto a criação de quadrinhos, o site funciona por cliques, em que o aluno combina o plano de fundo, personagens, vestimenta e expressões clicando no que deseja; também há uma série de ações que os personagens podem ter como correr, deitar, posições de combate etc. Uma imagem da aba de criação do quadrinho pode ser observada na Figura 4:

Figura 4: Criando um quadrinho.

Fonte: PIXTON COMICS INC disponível em https://www.pixton.com/br/

Os quadrinhos produzidos podem ser impressos ou baixados no formato de imagem PNG. Outro ponto importante é que o Pixton pode ser usado for forma gratuita e paga.

(30)

26 A forma gratuita apresenta limitações nos recursos do site como expressões, vestimentas, planos de fundo etc. Na figura 4 pode-se observar que algumas expressões faciais estão bloqueadas (tem um cadeado), na verdade, a maior parte dos recursos estão bloqueados na versão gratuita, mas isso não impede que os quadrinhos sejam criados e o site não limita a quantidade de alunos nem o número de downloads.

Além da criação de quadrinhos no Pixton, os alunos também foram submetidos a uma avaliação por múltipla escolha, que serviu para comparar uma ferramenta avaliativa conhecida com a avaliação por quadrinhos. Não que uma seja melhor do que outra, apenas apresentam características diferentes que valem a pena serem comparadas.

Até aqui foram apresentados os recursos utilizados nesse trabalho: o site, as videoaulas e a criação dos quadrinhos pelos alunos (através do Pixton). Na próxima sessão será explicado como foi o desenvolvimento das aulas e em que momento esses recursos foram utilizados.

2.5 – PROCEDIMENTOS DE APLICAÇÃO.

Todo o conteúdo foi apresentado aos alunos através das videoaulas que foram postadas no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) Moodle do IFES – Campus Santa Teresa e pelo site “Ciências em Quadrinhos”. Além disso, ocorreram duas reuniões pelo Google Meet, um aplicativo de reuniões on-line do Google; alguns avisos e orientações foram fornecidos pelo Whatsapp. Durante o período em a pesquisa foi aplicada, tive acesso ao Moodle para acompanhar o desenvolvimento das turmas. No Quadro 2 estão as principais datas desse projeto.

Quadro 2: Principais eventos do projeto.

DATA O QUE ACONTECEU

30/03 Postagem dos vídeos sobre o conteúdo de Reprodução, Tipos de Reprodução, Meiose e Gametogênese.

https://drive.google.com/drive/folders/1O0g_L6YDo20zoBl- ayCQmcjan9YWMgF1?usp=sharing

01/04 Postagem dos vídeos-tutoriais sobre a utilização do Pixton.

(31)

27 https://drive.google.com/drive/folders/1O0g_L6YDo20zoBl-

ayCQmcjan9YWMgF1?usp=sharing

08/04 1° Reunião pelo Google Meet.

12 à 18/04 Prazo para a prova de múltipla escolha.

12 à 23/04 Prazo para criar o quadrinho.

22/04 2° Reunião pelo Google Meet

26 – 30/04 Período de correção dos quadrinhos, orientação quanto as correções que os alunos precisavam fazer e postagem dos quadrinhos no site.

Período em que o questionário da pesquisa foi respondido pelos alunos.

A primeira reunião pelo Google Meet tinha como objetivo apresentar-me aos alunos participantes, revisar o conteúdo dos vídeos, apresentar o site “Ciências em Quadrinhos” e demonstrar como usar o Pixton. Nesse dia já haviam alguns quadrinhos criados por mim no site e eles foram usados como exemplos do que era possível fazer no Pixton. Nesse momento também foi explicado o que eu esperava deles na avaliação usando os quadrinhos, que eles trabalhassem uma parte do conteúdo que foi ensinado usando Pixton. Foi explicado para os alunos que eles deveriam aproveitar o Pixton e tentar criar algo agradável para eles e para o leitor, não sendo exigido um número específico de quadros, nem uma quantidade específica de conceitos. Isso foi dito aos alunos para evitar que eles tentando ganhar mais pontos criassem histórias que tivessem muito conteúdo, mas, que, por outro lado fossem maçantes. A segunda reunião foi uma conversa que funcionou como uma entrevista semiestruturada, já que algumas das perguntas dirigidas aos alunos eram semelhantes às perguntas do questionário. No geral, os alunos participantes mostraram-se positivos ao uso de quadrinhos e isso fica ainda mais claro quando as respostas do questionário são analisadas.

Os principais resultados que embasam essa pesquisa são as respostas do questionário e os quadrinhos produzidos pelos alunos e serão o tema da sessão seguinte.

(32)

28 2.6 – RESULTADOS E DISCUSSÃO ACERCA DO QUESTIONÁRIO E DOS

QUADRINHOS.

O questionário contou com 41 participantes. As perguntas e respostas relevantes à pesquisa estão resumidas no Quadro 3:

Quadro 3: Resumo das respostas do questionário

1) Qual a sua turma? 1° ano Meio

Ambiente 58, 5 % 24 alunos

1° ano Informática

41, 5%

17 alunos 2) Antes do projeto, você já leu quadrinhos? Sim

100%

Não 0%

3) Você gosta de quadrinhos? Sim

95,1%

39 alunos

Não 4,9%

2 alunos 4) Durante os seus estudos e antes desse

projeto, alguma vez usaram quadrinhos?

Sim 63,4%

26 alunos

Não 36,6%

15 alunos 5) Você acredita que os quadrinhos podem

ser usados no ensino?

Sim 100%

Não 0%

6) Você já escreveu algum quadrinho antes do projeto?

Sim 63,4%

26 alunos

Não 36,6%

15 alunos 7) Gostou de criar quadrinhos como forma de

avaliação?

Sim 92,7%

38 alunos

Não 7,3%

3 alunos 8) Que dificuldades você teve na criação da

história em quadrinho como forma de avaliação?

Resposta Longa.

Referências

Documentos relacionados

Corte (G = reto; L = helicoidal à esquerda) Corte (G = reto; L = helicoidal à esquerda) Corte (G = reto; L = helicoidal à esquerda) Designação Sistema RX medium Designação

O pimentão (Capsicum annun L.), teve um melhor desenvolvimento em relação ao seu volume e massa fresca, quando irrigado com 100% de água residuária de esgoto

O atleta que executar o arremesso de canto no momento da execução deverá estar postado na intercessão das linhas de fundo e lateral de frente para o campo, o arremessador deverá

Ao participar desse trabalho estarei contribuindo para pesquisas voltadas ao ensino de alunos com baixa visão, através de materiais-didáticos como uma possibilidade

Participação como avaliador no I Seminário de Trabalhos de Conclusão de Curso da Licenciatura em Letras Português Instituição: Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) –

quaisquer entidades ou organismos públicos; --- 9. --- --- Vereadora Paula Cristina Pereira de Azevedo Pamplona Ramos --- --- A) Divisão de Serviços de Suporte e de

A situação da mulher no Brasil é lamentável, após conquistar tantos direitos ela ainda está submetida a enfrentar as diferenças que a sociedade impõe sobre os

1 Examinamos os balanços patrimoniais do Instituto Terra, levanados em 31 de dezembro de 2009 e de 2008 e as respectivas demonstrações do superávit (déficit),