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ESALQ AVALIAÇÃO APRESENTAÇÃO junho 2012 Magui

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(1)

Avaliação Educacional

Profa Maria Guiomar Tommasiello Faculdade de Ciências Humanas/

Pós-Graduação em Educação mgtomaze@unimep.br

(2)

A importância do tema

Segundo Bernadete Gatti, da Fundação

Carlos Chagas, apenas 1% dos cursos de graduação para professores têm matérias específicas sobre provas e avaliações

nacionais.

Os profissionais usam mais a "sensibilidade"

do que conhecimentos acadêmicos para avaliar.

(3)

PERCEPÇÕES SOBRE

AVALIAÇÃO

Escrevam, por favor, três palavras que

lhes vêm à mente quando vocês ouvem

a palavra “AVALIAÇÃO” e ao lado

da cada uma dessas palavras, uma

pequena justificativa para essa

(4)

Educação de qualidade ou

ensino de qualidade?

Ensino: atividades didáticas para ajudar

os alunos a compreender áreas

específicas do conhecimento

Educação: integrar ensino e vida,

contribuir para modificar a sociedade

que temos

(5)

Temos um ensino de qualidade?

Em geral, não temos um ensino de

qualidade. Temos cursos, faculdades,

universidades com áreas de relativa

excelência (em pesquisa,

geralmente).Mesmo as melhores

universidades são bastantes desiguais

nos cursos, metodologias, forma de

avaliar os alunos, infraestrutura,etc.

(MORAN, 2012)

(6)

Autoritarismo

O autoritarismo está presente na maior

parte das relações interpessoais. As

mudanças na educação dependem de

termos educadores maduros,

intelectualmente e emocionalmente. O

educador autêntico é humilde e

confiante e está atento ao que não

sabe, ao novo. (MORAN, 2012)

(7)

Mudanças na educação dependem de

termos administradores, diretores e

coordenadores mais abertos, que

entendam todas as dimensões que

estão envolvidas no processo

(8)

“Como desisti da Escola Politécnica”

Jatogá Creme

(9)

“O DISCURSO SOBRE A AVALIAÇÃO

ESCOLAR DO PONTO DE VISTA DO

ALUNO”

Alzira Leite Carvalhais Camargo

Tese de Doutorado/UNICAMP, 1996

Entrevista com 390 universitários-formandos de1991 a 1994

(10)

Experiências mais marcantes em

avaliação ocorridas na vida escolar dos

alunos, positivas e/ou negativas

(11)

Resultados da tese de 1996

A avaliação é confundida com

mensuração e praticamente inexiste a

preocupação do professor em

acompanhar o processo evolutivo do

conhecimento do aluno. O impacto da

avaliação sobre o aluno é negativo:

causa medo, insatisfação, nervosismo,

revolta, inibição... Ela é assustadora,

espinhosa...

(12)

AVALIAR: PRESENTE NO

NOSSO COTIDIANO

A avaliação se faz presente em todos os

domínios da atividade humana. O “julgar”, o “comparar”, isto é, “o avaliar” faz parte de nosso cotidiano, seja através das reflexões informais que orientam as freqüentes opções do dia a dia ou, formalmente, através da

reflexão organizada e sistemática que define a tomada de decisões (DALBEN, 2005, p. 66).

(13)

CONCEPÇÕES DE AVALIAÇÃO

Quais são as concepções pedagógicas

que subjazem à atual prática de

avaliação do processo de ensino e de

aprendizagem no contexto escolar?

Quatro concepções, segundo CHUEIRI,

(2008):

(14)

1ª) Examinar para Avaliar

(ou Pedagogia do Exame)

Mediante o desenvolvimento do modo de produção capitalista, o exame continuou a ser “uma das peças do sistema”.

“É, portanto, ao longo do século XIX que se assiste à multiplicação de exames e

diplomas, pondo em evidência o contínuo controle por parte do Estado dos processos de certificação. (AFONSO, 2000, p. 30)

(15)

Embora se reconheça a utilidade e a

necessidade dos exames nas situações que exigem classificação, para Luchesi (2003, p.47), a sala de aula é o lugar onde, em

termos de avaliação, deveria predominar o diagnóstico como recurso de

acompanhamento e reorientação da

aprendizagem, em vez de predominarem os exames como recursos classificatórios.

(16)

2ª) Medir para Avaliar

Reduzir a avaliação à medida implica aceitar a confiabilidade da prova como instrumento de medida e desconsiderar que a

subjetividade do avaliador pode interferir nos resultados da avaliação.

Mas afinal o que é uma medida?

“Medir significa atribuir um número a um

acontecimento ou a um objeto, de acordo com uma regra logicamente aceitável”(Hadji, 2001, p.27).

(17)

3ª ) Avaliar para Classificar ou

para Regular

“A avaliação é tradicionalmente

associada, na escola, à criação de

hierarquias de excelência. Os alunos

são comparados e depois classificados

em virtude de uma norma de

excelência, definida em absoluto ou

encarnada pelo professor e pelos

melhores alunos”. (PERRENOUD,1999,

p. 11)

(18)

Outra função tradicional que a avaliação

assume no contexto escolar é a certificação: o diploma garante que o seu portador

recebeu uma formação, não necessitando se submeter a novos exames.

Segundo Perrenoud (1999), nossas práticas de avaliação são atravessadas por duas

lógicas não excludentes: a formativa e a somativa.

(19)

Avaliação somativa

Esta se relaciona mais ao produto

demonstrado pelo aluno em situações

previamente estipuladas e definidas

pelo professor, e se materializa na nota,

objeto de desejo e sofrimento dos

alunos, de suas famílias e até do

próprio professor.

(20)

Avaliação Formativa

Preocupa-se com o processo de apropriação dos saberes pelo aluno, os diferentes

caminhos que percorre, mediados pela intervenção ativa do professor, a fim de

promover a regulação das aprendizagens, revertendo a eventual rota do fracasso e reinserindo o aluno no processo educativo.

(21)

4ª) Avaliar para Qualificar

“Fala-se em avaliação de conteúdos,

conceitos, procedimentos, atitudes, mas há que se sintetizar todo o processo num

conceito ou número” (SANTOS GUERRA apud ESTEBAN, 2001, p. 121).

Apesar da incorporação da abordagem qualitativa ser um avanço na proposta de

avaliação escolar, ela ainda não é suficiente para a reconstrução global da práxis

(22)

Por que é difícil mudar a

avaliação?

Segundo Luckesi (2002 ) as nossas

representações sociais sobre

avaliação-que são padrões

inconscientes de conduta- determinam

nosso modo ser, agir e pensar sobre

determinados fenômenos ou

(23)

O modelo de exames escolares hoje

praticados, foi sistematizado no

decorrer do século XVI, com o

nascimento da escola moderna,

caracterizada pelo ensino simultâneo,

em que um professor sozinho ensina,

ao mesmo tempo, a muitos alunos.

(24)

“Instrumentos” de Avaliação

Para Luckesi (2002), cotidianamente, confundimos instrumentos de coleta de dados com instrumentos de avaliação. As provas, que são os instrumentos dos

exames, passaram, direta e imediatamente, a ser denominadas “instrumentos de

avaliação”. Trata-se, no entanto, de uma inadequação que automaticamente

repetimos. .

(25)

Avaliação quanti/qualitativa

Importante salientar ainda o equívoco

existente no uso dos conceitos de

avaliação qualitativa e avaliação

quantitativa. Avaliação, para ser

constitutivamente avaliação, só pode

ser qualitativa. LUCKESI (2002)

(26)

Outro problema a ser

considerado:

A

avaliação

está

diretamente

relacionada à concepção de

ensino-aprendizagem do docente.

“Diga-me como avalia seus alunos e lhe

(27)

Avaliação da Aprendizagem

O que significa dizer que alguém sabe

alguma coisa?Por exemplo: Como

saber se um aluno aprendeu o teorema

de Pitágoras?

Podemos avaliar:

Se a pessoa sabe..

Se a pessoa sabe fazer..

Se a pessoa sabe aplicar...

(28)
(29)

Pense numa questão/problema sobre o

teorema de Pitágoras que você

aplicaria aos alunos para verificar se

eles aprenderam.

Quais competências e habilidades os

alunos deveriam ter para resolver o

problema que você elaborou?

(30)

A competência é uma habilidade de

ordem geral, enquanto a habilidade é

uma competência de ordem particular,

específica.

(31)

Objetivos da avaliação

Objetivos Valorativos: responsabilidade,

postura, autonomia, auto-estima,

socialização;

Objetivos de Conhecimento: elaboração

de conceitos, estabelecimento de

relações, pesquisa, autonomia

intelectual, promover a melhoria do

ensino.

(32)

AVALIAÇÃO COMO PROMOTORA

DA MELHORIA DE ENSINO

A avaliação permite uma dupla

retroalimentação. Por um lado, indica

ao aluno seus ganhos, sucessos,

dificuldades a respeito das distintas

etapas pelas quais passa durante a

aprendizagem e ao mesmo tempo

permite a construção/reconstrução do

conhecimento.

(33)

Por outro lado, indica ao professor como se

desenvolve o processo de aprendizagem e, portanto, o processo de ensino, assim

como os aspectos mais bem sucedidos ou os mais conflitantes, que exigem

mudanças. Os “erros” dos estudantes

passam a ser vistos como integrantes do

processo de aprendizagem. Vergani (1993, p. 152) afirma: “interessar-se pelo aluno é

(34)

Considerações sobre a

Avaliação

Um dos principais papéis atribuídos ao

professor é o de AVALIADOR,

principalmente da aprendizagem de

seus alunos.

(35)

A avaliação no ensino

superior

Em geral, tem como principal

característica: CLASSIFICAR os alunos

– normalmente em ordem

DECRESCENTE, baseado na nota

individual em uma PROVA.

(36)

A Prova

feita de/para maneira SOLITÁRIA, na maioria das

vezes - tanto o professor, desinteressado das características do grupo em que atua, como o aluno, ÚNICO responsável pelo seu (in)sucesso;

é anunciada com antecedência necessária para

que os alunos se preparem para “acertarem” o maior número de respostas pré-estabelecidas;

o porquê: MEDIR O SUCESSO do aluno na

(37)

Na Verdade:

Mede-se apenas a capacidade do aluno em memorizar e repetir informações/algoritmos transmitidos durante as aulas.

Obs: a memorização é importante para a aprendizagem, desde que a memorização ocorra a partir da compreensão de fato, gerando aprendizagem (significativa).

(38)

Desse modo:

Aos alunos mal-sucedidos – os que

ERRARAM nesse tipo de prova -, atribuem-se características de BAIXA DEDICAÇÃO, POUCO ESTUDO, enfim, dificuldades

diversas, próprias dos ALUNOS. Com base nessas avaliações propõem-se sua

INAPTIDÃO a adquirir NOVOS CONHECIMENTOS;

(39)

Uma Proposta

avaliação mediadora dos processos de ensino e

aprendizagem, proporcionando encorajamento e reorganização do saber.

“[...] o professor deve assumir a responsabilidade de refletir sobre toda a produção de conhecimento do aluno, favorecendo a iniciativa e a curiosidade no perguntar e no responder e construindo novos saberes junto com os alunos”.

(40)

impedir que a avaliação seja apenas uma

maneira CLASSIFICATÓRIA de alunos;

o professor deve usar a avaliação como um

INSTRUMENTO DE APRENDIZAGEM,

deixando de preocupar-se com quem merece ou não uma avaliação positiva. É preciso sim ajudar o aluno a AVANÇAR no processo de construção do conhecimento;

a AVALIAÇÃO FORMATIVA deve estar

(41)

o professor precisa parar de julgar o

QUANTO a resposta de A foi melhor do

que a de B e INDAGAR: “Que

perguntas ou situações devo propor a B

para que ele também possa construir

seu conhecimento e superar suas

dificuldades?

(42)

Para mudar os sentimentos

negativos sobre a prova

Segundo Gatti (2003):

Cuidar do que parece óbvio, mas nem sempre é

cuidado: preparar bem as provas e os alunos para as realizar;

Identificar quais aspectos de ensino de sua disciplina

foram realmente trabalhados em classe no período a ser avaliado, quais dentre estes serão incluídos na prova e por quê;

Utilizar um tipo de prova com questões/problemas

(43)

Aplicar um número maior de provas de forma

a possibilitar uma diminuição da pressão

sobre os alunos quanto ao seu desempenho;

Mostrar aos alunos como as provas podem

ser usadas não só para identificar o que foi aprendido e de que modo ocorreu a

aprendizagem, como também para detectar aquelas áreas em que algum ensino

adicional será necessário para melhor compreensão da matéria;

(44)

Usar a prova corrigida como meio de ensino. É

produtivo oferecer aos alunos, o mais cedo possível, os resultados de suas provas, com comentários;

Discussões coletivas sobre as questões da prova,

sem personalizar resultados, também são um meio de alavancar aprendizagens em relação a pontos valiosos para o acervo de conhecimento dos alunos.

Procurar compreender por que os alunos colam ou

tentam colar em uma prova. Analisar os tipos de questões dadas.

(45)

Dar condições que favoreçam ao aluno

exprimir o que realmente sabe (e não perguntar o que já se sabe que ele não sabe!)

Apesar da prova ser o meio mais utilizado

para a avaliação, estas não devem ser os únicos instrumentos de avaliação;

O professor teve ter em mente que quando

avalia seus alunos está avaliando a si

mesmo, embora não tenha consciência disto ou admita isto.

(46)

Avaliações rápidas: trabalho de

minuto

“Para empregar o Trabalho de Minuto, o

professor interrompe a aula uns dois ou três minutos mais cedo e pede aos alunos que respondam brevemente a alguma variação das duas perguntas seguintes: ‘Qual foi a coisa mais importante que você aprendeu nesta aula?’ ‘Qual foi a questão importante que ficou sem resposta?’ Os estudantes escrevem suas respostas e as entregam” (ANGELO; CROSS, apud GATTI, 2003, p.108).

(47)

A avaliação não é responsável nem pelo

fracasso escolar, nem pela exclusão social e, portanto, não é apenas mudando os

procedimentos de avaliação que nós vamos produzir sucesso escolar e inclusão social. Mas através dela os professores podem ir equilibrando o processo de

ensino-aprendizagem e regulando as suas práticas. (ESTEBAN,2004).

(48)

QUESTÕES PARA REFLEXÃO

Por que avaliamos? O que é avaliar?

O que avaliamos? Como avaliamos?

Para quem avaliamos?

Quais são as dificuldades da avaliação? Como melhorar a avaliação?

(49)

REFERÊNCIAS

AFONSO, Almerindo J. Avaliação educacional: regulação e emancipação. 2.ed.

São Paulo: Cortez, 2000.

CHUEIRI, M. S. F. Concepções sobre a Avaliação Escolar. Estudos em

Avaliação Educacional, v. 19, n. 39, jan./abr. 2008

DARSIE, M. M. P. Avaliação e aprendizagem. São Paulo, Cadernos de

Pesquisa, n.99, p.47-59, Nov. 1996.

ESTEBAN, M. T.; SILVA, J. F.; HOFFMANN, J. (Org.). Práticas avaliativas e

aprendizagens significativas em diferentes áreas do currículo. 2. ed. Porto Alegre: Mediação, 2004.

GATTI, B. O professor e a avaliação em sala de aula. Estudos em Avaliação

Educacional, 108 n. 27, jan-jun/2003

HADJI, Charles. A Avaliação desmitificada. Porto Alegre: Artmed, 2001.LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem na escola e a questão das

representações sociais. Eccos Revista Científica, vol. 4, fac. 02,2002, p.79-88.

PAVANELLO, R. M., NOGUEIRA, C.Avaliação em matemática: algumas

(50)

Referências

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