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Assessoria contábil gerencial em uma farmácia comercial

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTÁBEIS,

ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

DENISE MARIELE KRÜGEL

ASSESSORIA CONTÁBIL GERENCIAL EM UMA FARMÁCIA

COMERCIAL

IJUÍ (RS)

2017

(2)

DENISE MARIELE KRÜGEL

ASSESSORIA CONTÁBIL GERENCIAL EM UMA FARMÁCIA

COMERCIAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Ciências Contábeis, Departamento de Ciências Administrativas, Contábeis, Econômicas e da Comunicação da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, requisito para obtenção do Grau de Bacharel em Ciências Contábeis.

Profª Orientadora: EUSELIA PAVEGLIO VIEIRA

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AGRADECIMENTOS

O meu agradecimento especial vai para os meus pais, por todo o apoio e amor proporcionados a mim, não apenas nesta etapa da vida mas, em toda ela. Sem eles eu nada seria e nada teria. Obrigada por todo o conhecimento e os sábios conselhos repassados a mim.

Obrigada a todas as minhas famílias, a de sangue, as escolhidas a dedo, as agregadas e as adquiridas, todas possuem um papel importante e de grande valor. Agradeço a paciência e compreensão dos momentos difíceis e os abraços de comemoração nos momentos alegres.

Obrigada a minha orientadora pela dedicação e ajuda ao longo destes anos, com toda a certeza foram os mais prazerosos, apesar dos puxões rígidos ao seu lado. Agradeço a toda família Unijuí pelos ensinamentos profissionais e de vida.

Obrigada ao meu amor pelo sorriso constante e o apoio em todos os momentos da vida, o melhor companheiro de todos. Muito obrigada!

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RESUMO

O presente estudo foi desenvolvido na área gerencial, com enfoque em uma farmácia comercial do noroeste do estado do Rio Grande do Sul, considerando a contabilidade gerencial como um diferencial competitivo para conquista de mercado. Evidenciou-se a importância do conhecimento integral dos processos da empresa para elaboração de controles internos e externos afim de melhorar os resultados da empresa. A partir de estudos bibliográficos, análise documental e apresentação de indicadores comprovou-se a importância dos gestores conhecerem o custo de aquisição, tributação dos produtos, margem de lucro e despesas mensais da empresa. Foram apresentados os cálculos de margem de contribuição unitária e total, ponto de equilíbrio, margem de segurança operacional, além dos indicadores obtidos com a análise das demonstrações básicas, o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício, evidenciando os níveis de liquidez da empresa e, rotatividade do estoque. Os indicadores citados, foram calculados considerando o preço de venda praticado pela empresa, preços tabelados dos medicamentos e, os preços orientativos para os itens de perfumaria. Para a análise, foram utilizados trinta medicamentos e vinte itens de perfumaria com maior nível de venda no mês de março de 2017, as despesas utilizadas como base também foram do mês de março. Através dos indicadores utilizados para as análises, constatou-se que a empresa de estudo possuí um bom nível de vendas mas, apresenta preços de venda abaixo dos preços orientativos, indicando uma necessidade de rever estes itens para melhorar o desempenho mensal. Após a conclusão do estudo, ficou evidente a importância de considerar os processos da empresa como geradores de informações gerenciais para apoio à decisões. Os gestores possuem ferramentas extremamente importantes em suas mãos, apenas olhando e identificando cada detalhe dos processos e, realizando o cálculo destes indicadores básicos tornando ainda mais evidente a necessidade que as empresas têm de obter e utilizar estas informações para estar um passo à frente no mercado competitivo.

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SIGLAS e ABREVIATURAS CV – Custo Variável MP – Matéria Prima MD – Material Direto MO – Mão de Obra DV – Despesa Variável CA – Custo por Absorção MOI – Mão de Obra Indireta DF – Despesa Fixa

MCu – Margem de Contribuição Unitária PVu – Preço de Venda Unitário

MCT – Margem de Contribuição Total CVu – Custo Variável Unitário

PEq – Ponto de Equilíbrio em Quantidade DVu – Despesa Variável Unitário

CFT – Custo Fixo Total

PEv – Ponto de Equilíbrio em Vendas

MC% - Margem de Contribuição em Percentual PEe – Ponto de Equilíbrio Econômico

CF – Custo Fixo

PEf – Ponto de Equilíbrio Financeiro MSv – Margem de Segurança em Vendas

MSu – Margem de Segurança em Venda de Unidades MSp – Margem de Segurança em Percentual

CLC – Coeficiente de Liquidez Circulante AC – Ativo Circulante

PC – Passivo Circulante

CLS – Coeficiente de Liquidez Seca CLI – Coeficiente de Liquidez Imediata CLG – Coeficiente de Liquidez Geral A – Ativo Total

P – Passivo Total

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PL – Patrimônio Líquido GE – Giro de Estoque

DANFE – Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica ICMS – Imposto sobre Circulação de Serviços

IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados ST – Substituição Tributária

FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço INSS – Instituto Nacional do Seguro Social MG - Miligramas CP - Comprimidos ENV - Envelope ML - Mililitro DRAG - Drágea G - Grama CX - Caixa SAC - Sachê FLAC - Flaconete CAPS - Cápsula UN - Unidade CM - Centímetro PCT - Pacote

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Comparação entre a Contabilidade Gerencial e a Contabilidade Financeira ... 23

Quadro 2 - Fórmula Custo Variável ... 28

Quadro 3 - Fórmula de Custo por Absorção ... 28

Quadro 4 - Fórmula Margem de Contribuição Unitária e Total ... 30

Quadro 5 - Fórmula Ponto de Equilíbrio em Quantidade ... 30

Quadro 6 - Fórmula Ponto de Equilíbrio em Vendas ... 31

Quadro 7 - Fórmula Ponto de Equilíbrio Econômico ... 31

Quadro 8 - Fórmula Ponto de Equilíbrio Financeiro ... 32

Quadro 9 - Fórmula Margem de Segurança ... 33

Quadro 10 - Fórmula Coeficiente de Liquidez Circulante ... 35

Quadro 11 - Fórmula Coeficiente de Liquidez Seca ... 36

Quadro 12 - Fórmula Coeficiente de Liquidez Imediata ... 36

Quadro 13 - Fórmula Coeficiente de Liquidez Geral ... 37

Quadro 14 - Fórmula Coeficiente de Endividamento Total ... 38

Quadro 15 - Fórmula Giro de Estoque ... 38

Quadro 16 - Apresentação dos medicamentos utilizados na análise ... 54

Quadro 17 - Apresentação dos itens de perfumaria utilizados na análise ... 55

Quadro 18 - Valor de ICMS substituição tributária de cada produto ... 56

Quadro 19 - Custo de aquisição dos medicamentos ... 57

Quadro 20 - Custo de aquisição dos itens de perfumaria ... 58

Quadro 21 - Despesas com pessoal ... 60

Quadro 22 - Depreciação mensal... 60

Quadro 23 - Despesas mensais ... 61

Quadro 24 - Faturamento mensal dos produtos em estudo ... 63

Quadro 25 - Cálculo do mark-up para os itens de perfumaria primeiro cenário ... 66

Quadro 26 - Preço de venda orientativo primeiro cenário ... 67

Quadro 27 - Cálculo do mark-up para os itens de perfumaria segundo cenário ... 68

Quadro 28 - Preço de venda orientativo segundo cenário ... 69

Quadro 29 - Margem de contribuição unitário e total pelo preço de venda praticado ... 70

Quadro 30 - Margem de contribuição unitária e total dos itens de perfumaria com preço orientativo ... 72

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Quadro 31 - Resultado líquido preço de venda praticado ... 73

Quadro 32 - Resultado líquido preço de venda orientativo ... 74

Quadro 33 - Ponto de equilíbrio preço de venda praticado ... 76

Quadro 34 - Ponto de Equilíbrio Contábil - Preço de Venda Orientativo ... 80

Quadro 35 - Margem de Segurança Operacional Preço de Venda Praticado ... 84

Quadro 36 - Margem de Segurança Operacional Preço de Venda Orientativo ... 85

Quadro 37 - Cálculo coeficiente de liquidez circulante ... 87

Quadro 38 - Coeficiente de liquidez seca ... 87

Quadro 39 - Coeficiente de liquidez imediata ... 88

Quadro 40 - Cálculo coeficiente de liquidez geral ... 89

Quadro 41 - Cálculo do coeficiente de endividamento ... 90

Quadro 42 - Cálculo de giro de estoque ... 90

Quadro 43 - Fluxo de Caixa ... 92

Quadro 44 - Sugestão cálculo do mark-up ... 93

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Despesas Mensais ... 62 Gráfico 2 - Comparativo Quantidade Vendida e Ponto de Equilíbrio ... 79 Gráfico 3 - Comparativo Quantidade Vendida e Ponto de Equilíbrio Preço Orientativo ... 82

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Fluxograma da movimentação do estoque... 47

Figura 2 - Fluxograma do processo de compras ... 49

Figura 3 - Fluxograma do processo de venda ... 51

Figura 4 - Fluxograma do processo de contas a pagar ... 52

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 13

1.1 DEFINIÇÃO DO TEMA EM ESTUDO ... 14

1.2 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO ... 15 1.3 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA ... 16 1.4 OBJETIVOS ... 17 1.4.1 Objetivo geral ... 17 1.4.2 Objetivos específicos ... 18 1.5 JUSTIFICATIVA ... 18 2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 19

2.1 BREVE EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA CONTABILIDADE ... 19

2.2 CONTABILIDADE FINANCEIRA ... 20

2.3 CONTABILIDADE GERENCIAL ... 20

2.4 CONTABILIDADE DE CUSTOS ... 24

2.4.1 Classificação dos custos ... 25

2.4.2 Custos com materiais diretos ... 25

2.4.3 Custos com mão de obra direta... 25

2.4.4 Custos indiretos variáveis ... 25

2.4.5 Custos indiretos fixos ... 26

2.4.6 Despesas ... 26

2.4.7 Importância da contabilidade de custos ... 27

2.5 MÉTODOS DE CUSTEAMENTO ... 27

2.5.1 Custeamento variável... 27

2.5.2 Custeamento por absorção ... 28

2.6 ANÁLISE DE CUSTO, VOLUME E RESULTADO ... 29

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2.6.2 Ponto de equilíbrio ... 30

2.6.3 Margem de segurança ... 32

2.7 ANÁLISE DE DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS ... 33

2.7.1 Balanço Patrimonial ... 33

2.7.2 Demonstração do Resultado do Exercício ... 34

2.7.3 Indicadores econômico-financeiros no processo decisório ... 34

2.8 INFORMAÇÕES CONTÁBEIS GERENCIAIS ... 39

2.8.1 Fluxo de caixa ... 40

3 METODOLOGIA DA PESQUISA ... 42

3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA ... 42

3.1.1 Do ponto de vista da sua natureza ... 42

3.1.2 Do ponto de vista dos seus objetivos ... 43

3.1.3 Quanto à forma de abordagem do problema ... 43

3.1.4 Quanto aos procedimentos técnicos ... 44

3.2 COLETA DE DADOS ... 44

3.3 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS ... 45

4 ANÁLISE DE DADOS ... 46

4.1 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DA FARMÁCIA ... 46

4.1.1 Controle de estoque ... 46

4.1.2 Compra de mercadorias ... 48

4.1.3 Venda de mercadorias ... 50

4.1.4 Contas a pagar ... 51

4.1.5 Contas a receber ... 52

4.2 LEVANTAMENTOS DOS CUSTOS DE AQUISIÇÃO DE MERCADORIAS ... 54

4.2.1 Cálculo do custo de aquisição ... 56

4.3 APURAÇÃO DAS DESPESAS ... 59

(13)

4.3.2 Despesas com depreciação ... 60

4.3.3 Levantamento das despesas mensais ... 61

4.4 ANÁLISE DO CUSTO, VOLUME E RESULTADO ... 63

4.4.1 Faturamento mensal ... 63

4.4.2 Cálculo do mark-up para os itens de perfumaria ... 65

4.4.3 Margem de contribuição dos produtos em estudo ... 69

4.4.4 Ponto de equilíbrio Contábil ... 75

4.4.5 Margem de segurança operacional ... 83

4.5 ANÁLISE DOS INDICADORES DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ... 86

4.5.1 Cálculo coeficiente de liquidez circulante ... 86

4.5.2 Coeficiente de liquidez seca ... 87

4.5.3 Coeficiente de liquidez imediata ... 88

4.5.4 Coeficiente de liquidez geral ... 89

4.5.5 Cálculo do coeficiente de endividamento... 89

4.5.6 Giro de estoque ... 90

4.6 ESTRUTURA DAS INFORMAÇÕES GERADAS E O DESTINO ... 90

4.6.1 Fluxo de caixa ... 91

5 CONCLUSÃO ... 95

(14)

1 INTRODUÇÃO

O mundo dos negócios tem sofrido diversas adequações ao longo dos anos; aderindo a novas regras e opções de sobrevivência empresarial, dentro deste contexto, pode-se citar o profissional contábil como grande responsável por tais mudanças.

A contabilidade em sua história evolutiva passa por grandes mudanças, partindo do guardador de livros ao Controller bem-sucedido. Inicialmente está ciência era responsável por gerar apenas informações fiscais e contábeis identificando o patrimônio e as mutações ocorridas ao longo dos períodos, apresentando as obrigações legislativas das empresas e realizando apresentações das demonstrações básicas e obrigatórias de cada categoria (ATKINSON, et al., 2011).

A visão simplificada do profissional contábil foi perdendo seguidores e, aos poucos, a partir de diversos estudiosos, recriando uma nova visão desta área, abrangendo não apenas os setores básicos, mas, dominando o setor gerencial e econômico das empresas. A contabilidade passou a abranger a área administrativa, englobando além da elaboração das demonstrações, à análise e a transformação de dados em informações gerenciais e de auxílio a tomada de decisão.

O profissional da área Contábil tem a capacidade de a partir do zero, criar, recriar e brincar com as mais variadas situações que se tornam possíveis dentro de uma empresa, para a partir deste ponto tomar a decisão de qual caminho será o melhor de seguir. Esta abordagem de um profissional completo exige um nível de conhecimento avançado além das áreas de seu domínio, em quesitos administrativos, de marketing e de economia além de conhecimento legislativo geralmente aprofundado na área de estudo (ATKINSON, et al., 2011).

O objetivo deste estudo consiste por meio de uma revisão bibliográfica e estudo de caso em uma farmácia comercial, identificar e estruturar uma assessoria contábil gerencial; evidenciando a importância destes serviços para a sobrevivência e crescimento das empresas de pequeno porte.

Estudos realizados por Rockenbach (2010) com o objetivo de implantação de um sistema de informações gerencias em uma farmácia comercial, localizada na cidade de Santa Rosa, constatou a necessidade da utilização desde método na sobrevivência saudável deste empreendimento; sua diferenciação com relação ao presenta estudo consiste na região de estudo ao qual, apresenta níveis de venda distintos aos do estudo de caso.

Os estudos realizados por Schumann (2012), apresentam o objetivo de criar um sistema de custo na área de grãos, constatando assim, a importância deste para a elaboração

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dos preços de venda e, identificar os gargalos desta atividade. O presente estudo diferencia-se na questão de propriedade, porém, o objetivo de criar um sistema de custos pode ser interligado a contabilidade gerencial porque ambas andam juntas.

A partir de estudo realizados por Oliveira (2011), com o objetivo de identificar os controles contábeis gerenciais necessários às pequenas empresas no auxílio da gestão das mesmas, constatou-se a importância da implantação destes controles para a sobrevivência da empresa com maximização dos resultados e, menor utilização de recursos. Este estudo diferencia-se do presente, devido ao ramo de estudo; porém, sua evidenciação possui determinada semelhança.

O relatório apresenta na primeira seção o tema, a questão problema, os objetivos e a justificativa, acompanhado da caracterização da empresa onde se desenvolveu o estudo.

Na seção dois, consta o referencial teórico, baseado nas teorias dos principais autores nos temas de Contabilidade Gerencial, Contabilidade Financeira, Contabilidade de Custos, Análise dos Demonstrativos Contábeis e os Indicadores Econômico-Financeiros como subsídios para a solução dos déficits encontrados na empresa de estudo.

A seção três apresenta a classificação e fundamentação do estudo, explicitando os meios adotados para a construção de toda a pesquisa e abordagem de coleta de dados. A fundamentação teórica aborda os principais autores relacionados aos métodos de pesquisa.

A quarta seção apresenta a aplicação do referencial teórico com base nos dados coletados na pesquisa e, apresentação do problema abordado. Através dos estudos realizados foi elaborada uma proposta de relatório de controle gerencial afim de facilitar os processos da empresa e maximizar seus resultados.

Por fim, o trabalho apresenta as conclusões e o referencial bibliográfico utilizado na sua elaboração.

1.1 DEFINIÇÃO DO TEMA EM ESTUDO

A contabilidade é uma área de conhecimento que possibilita inúmeras formas de atuação do profissional Contador. Todas as entidades, independente do porte, necessitam de controles e da realização de pelo menos um livro caixa, mas para fins fiscais, a contabilidade é a base de análise.

Segundo Basso (2011) a contabilidade como sendo uma ciência social, estuda o patrimônio (tanto qualitativamente quanto quantitativamente) das entidades, assim como suas

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mutações em decorrência de suas atividades. O autor enfatiza ainda a geração de informações extraídas a partir do patrimônio as quais, possibilitam a criação de controles e planejamentos para maximizar dos rendimentos das entidades.

A abrangência do profissional Contador tem crescido abundantemente ao longo dos anos o que permite que o mercado se torne mais amplo para esse profissional. Apesar de todas as mudanças crescentes e maiores possibilidades de gestão, o Contador não deixa de desempenhar os conceitos dos primórdios onde “a contabilidade preocupa-se com registros, demonstrações, revisão, apurações de resultados, de custo etc.” (SÁ, 2002, p. 46).

Por outro lado, muito além da parte contábil fiscal, o profissional da área contábil pode se tornar um assessor gerencial nas organizações, no sentido de contribuir com informações e indicadores que sustentem os gestores na tomada de decisão.

O ramo responsável por fundamentar o lado assessor gerencial do Contador é a contabilidade gerencial, por meio dela existe o processamento e análise de dados extraídos principalmente da contabilidade financeira e, consequentemente sua transformação em informações gerenciais que auxiliam na gestão das organizações.

Padoveze (2010) cita em sua obra que a contabilidade por si, já é uma informação, mas para se tornar uma ferramenta de gestão ou indicador na tomada de decisão necessita ser desmembrada e fundamentada por um profissional competente. Para Atkinson et al. (2011, p. 36) “contabilidade gerencial é o processo de identificar, mensurar, relatar e analisar as informações sobre os eventos econômicos da organização”.

A partir das definições e interpretações dos autores citadas, definiu-se como tema deste estudo, estruturar uma proposta de assessoria Contábil gerencial para uma farmácia comercial.

1.2 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

A organização objeto deste estudo trata-se de uma farmácia comercial situada na região noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, conta atualmente com duas filiais de trabalho, ambas pertencentes ao programa do governo federal “aqui têm farmácia popular” e, uma das filiais possui manipulação de medicamentos alopáticos e pequenos itens de perfumaria e higiene. É constituída por duas sócias, uma com 99% sendo a sócia farmacêutica e administradora e, 1% para a outra sócia que não possuí participação ativa. A organização conta com vinte colaboradores distribuídos nas duas filiais, aos dois auxiliares

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administrativos, um subgerente, dois gerentes, dois auxiliares de limpeza, três farmacêuticos, um auxiliar de manipulação e nove vendedores.

A empresa em estudo, tem seu enquadramento fiscal como Simples Nacional e, conta com a farmácia comercial, com vendas de medicamentos e itens de higiene e perfumarias diversas, além, da farmácia de manipulação. Os farmacêuticos devidamente preparados oferecem aplicação de injetáveis aos clientes e, serviços de controle da pressão arterial.

1.3 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA

A contabilidade gerencial tem demonstrado grande valia nas administrações modernas, os empreendedores procuram cada vez mais profissionais completos capazes de transformar e digerir dados e, este tem se tornado o objetivo desta ramificação do profissional Contador. Marion (2003, p. 24) afirma que “a contabilidade é a linguagem dos negócios. Mede os resultados das empresas, avalia o desempenho dos negócios, dando diretrizes para tomadas de decisões”.

A fonte de dados da contabilidade gerencial é a própria contabilidade e, anda junto com a contabilidade financeira que, na maioria dos casos é mais conhecida dos empreendedores por fornecer informações sobre a situação da empresa. Neste ponto, Padoveze (2010) em sua obra elabora uma diferenciação entre estas duas áreas e evidencia suas utilidades para o gestor. Os principais pontos levantados são em relação as formas de relatórios que, na contabilidade financeira atendem basicamente a fins fiscais e, não evidenciam indicadores para a tomada de decisões; em contrapartida, a contabilidade gerencial utiliza-se dos relatórios financeiros e, a partir destes, gera relatórios voltados a dados orçamentários, de desempenho, de custos proporcionando melhor utilização de recursos e opções disponíveis. O autor ainda faz afeição a diferença de moeda, onde, a parte financeira apenas considera a moeda corrente, não considera em sua análise, variações estrangeiras e de outras possíveis áreas do mercado que possam causar alterações significantes.

Neste sentido, a contabilidade assessora a gestão empresarial com informações aos mais variados níveis dentro da organização, Rezende, Kelm e Abreu (2000), em seu estudo apontam a utilização desta ferramenta nos níveis operacional, tático e estratégico como hierarquia natural das empresas. No nível operacional se encontram os operadores da empresa, responsáveis pela produção e transformação em rentabilidade de acordo com a contabilidade gerencial, neste nível é possível identificar a correta utilização dos recursos disponíveis bem como analisar a eficiência e eficácia dos responsáveis por este setor, sendo

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assim, possibilita a manutenção plena do funcionamento rentável da empresa, além de indicar pontos fracos para melhorias futuras. Já no nível tático é possível através de presunções, e orçamentos analisar viabilidade de recursos, expansões, novo produtos e, geralmente é utilizada por administradores e conhecedores de políticas, normas e alterações de mercado que sejam de relevância. No nível estratégico, a contabilidade gerencial engloba os níveis anteriores e os transforma em analises e informações e, a partir deste nível, são elaboradas metas ou objetivos com base em todos estes apontamentos já vistos e já analisados individualmente para somente neste momento traçar o caminho a ser seguido pela empresa.

Neste mercado competitivo, a necessidade de uma correta análise e elaboração de objetivos plausíveis se torna extremamente importante. Bons profissionais existem em vários locais, porém, que possuam a capacidade de utilizar recursos da maneira eficaz e eficiente são poucos (PADOVEZE, 2010). Todas as empresas têm possibilidade e mercado para crescer e sua correta administração irá alavancar esse caminho tornando-o mais fácil e objetivo. A observação ao mercado externo em relação a empresa abre portas de análise de futuros clientes ou ainda, os motivos de perda de clientes, todos pontos realçados pela análise gerencial.

Diante do relato dos autores pesquisados, constata-se a importância da contabilidade gerencial na gestão dos negócios. Neste sentido a farmácia objeto de estudo tem apresentado deficiências em alguns controles, assim como em informações que ajudam no gerenciamento das atividades desenvolvidas. Portanto, a pergunta do estudo é a seguinte: De que forma uma assessoria contábil gerencial pode contribuir com informações e indicadores relevantes para a gestão de uma farmácia comercial?

1.4 OBJETIVOS

Os objetivos definem aquilo que se quer alcançar, referenciado na problematização caracterizando os passos a serem seguidos. Divide-se em objetivo geral e objetivos específicos.

1.4.1 Objetivo geral

Propor uma estrutura de assessoria contábil gerencial para uma farmácia comercial que instrumentalize os gestores no processo de gerenciamento da mesma.

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1.4.2 Objetivos específicos

Revisão teórica referente a contabilidade, contabilidade gerencial e indicadores; Mapear os processos internos da farmácia;

Levantar os dados para a elaboração das informações; Apurar os indicadores;

Propor uma estrutura de assessoria contábil gerencial.

1.5 JUSTIFICATIVA

A crescente expansão do mercado em todo o mundo cria uma necessidade de aperfeiçoamento das empresas de todos os ramos afim de disponibilizar melhores produtos com melhores condições e, proporcionar cada vez mais qualidade de vida em geral. A contabilidade gerencial é um fator importante para os gestores pois, possibilita que estes cheguem a determinadas informações transformando-as em decisões que impulsionam todo o mercado de trabalho bem como o mercado consumidor.

No ponto de vista da farmácia comercial, o estudo proporciona informações aos gestores e possibilita a implantação de controles internos e estruturas de elaborações de informações mais rápidas e eficazes na tomada de decisão. Levando em consideração a projeção de crescimento constante da empresa em estudo a contabilidade gerencial se torna parte fundamental do sucesso que está projetado.

A Universidade e o Curso de Ciências Contábeis se beneficiarão com o estudo por meio de disponibilização para futuras pesquisas de acadêmicos e profissionais das áreas das ciências sociais aplicadas bem como de outras áreas interessadas.

Na condição de concluinte do Curso de Ciências Contábeis este trabalho representa os conhecimentos absorvidos ao longo dos anos de estudo, indicando a importância para estar ciência de uma área pouco explorada por profissionais contábeis. Evidencia a capacidade educar profissionais capacitados e com grande influência no mercado profissional mundial.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capítulo consta o referencial construído a partir de publicações, livros, artigos e sites oficiais disponibilizados na internet, no qual foi estruturado os temas a serem tratados no estudo aplicado, servindo como base de construção de conhecimento para o desenvolvimento do estudo.

2.1 BREVE EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA CONTABILIDADE

Há registros de contabilidade desde os primórdios; estes registros são de controles simples sobre os bens de seus proprietários, muitas vezes realizados por eles próprios. A evolução destes controles aconteceu naturalmente conforme as relações de sociedade foram evoluindo, até encontrarmos o profissional do ramo contábil.

A contabilidade surgiu em conjunto com a civilização, onde se criou a necessidade de apurar o acumulo de riquezas do homem através de métodos básicos de controle. Este surgimento ocasionou a criação do profissional “guarda livros” do passado, onde, sua função era apenas controlar e registrar as riquezas dos reis, e soberanos do período (BASSO, 2011).

A partir desta visão, o profissional, com o crescimento das leis e avanço comercial, adquiriu alguns deveres agregados aos controles, passando a servir como fonte de prestação de contas para o governo ou reino. Está prestação de contas, ao longo dos anos, foi sendo aperfeiçoada e, com o crescimento econômico industrial, adquiriu via legais de fato, passando a operar como uma profissão necessária para todos os detentores de geração de riquezas (SÁ, 2002).

Com o surgimento das vias legais, o profissional contábil criou a necessidade de conhecer os negócios ao seu controle para uma correta evidenciação dos resultados e, uma análise completa da situação, evitando equívocos fiscais nos lançamentos obrigatórios. Essa interação do profissional com o cotidiano dos negócios, despertou em seus deveres uma atividade importante: o poder de criação de relatórios e análises capazes de auxiliar na gestão das empresas melhorando seu desempenho (COSTA, 2009).

A importância da contabilidade é reconhecida por todos os profissionais das áreas comerciais, industriais e de serviços; seu serviço é devidamente necessário em todos os ramos dos negócios e, suas responsabilidades só passam a aumentar devido ao constante

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aperfeiçoamento deste profissional. As capacidades são ampliadas e no mundo dos negócios, o contabilista é cada vez mais requisitado por abranger um vasto mercado e ter a competência de se adaptar e suprir as necessidades dos gestores em maximizar seus resultados da melhor maneira possível.

2.2 CONTABILIDADE FINANCEIRA

A contabilidade financeira utiliza-se basicamente de normas e leis para a geração de informações a usuários específicos. Este ramo atende basicamente a “prestação” de contas ao Governo e, a arrecadação de tributos. Sua evolução ao longo dos anos dá-se através dos aperfeiçoamentos legislativos.

O regramento da profissão contábil ocorre por meio de normas e leis fez surgir à contabilidade financeira, voltada a atender a estas exigências. Está ramificação da contabilidade, fica encarregada de gerar informações aos usuários externos, mantendo-os informados sobre a situação financeira e econômica em relação ao mercado (ATKINSON, et al., 2011).

Ainda sendo Atkinson et al., (2011) a contabilidade financeira aborda os acontecimentos passados da empresa que através de comprovações, elabora os demonstrativos obrigatórios e os apresenta de forma regulamentada e condizente com os princípios contábeis aos usuários requerentes das informações. Está prática ocasiona informações importantes a futuros investidores, ao governo, credores e a acionistas, levando à tona a situação da empresa e, a segurança para novos investimentos ou a certeza de lucros abundantes.

O constante aperfeiçoamento legislativo proporciona ao profissional contábil certa vantagem nos negócios; suas atualizações o deixam a frente dos demais profissionais. Para conseguir suprir as necessidades governamentais, o contabilista está sempre à frente e, portanto, não corre o risco de cair em sua profissão.

2.3 CONTABILIDADE GERENCIAL

A contabilidade tem sua função definida e, é necessária em todos os ramos de negócios; a contabilidade gerencial, por sua vez, se tornou um novo objeto de estudo e passou a fazer parte das competências destes profissionais muito recentemente, portanto, ainda está num processo de construção e adequação no mercado.

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A contabilidade gerencial teve seu surgimento muito tempo depois da solidificação da contabilidade financeira. O profissional contábil possuía sua função fundamentada à evidenciar os resultados já ocorridos de acordo com as leis vigentes, ficando, sua função interna oculta pelas constantes modificações legais (ATKINSON et al, 2011).

A função gerencial da contabilidade parte de relatórios já gerados via contabilidade financeira, porém, sua análise modifica a percepção destes resultados. Os gestores necessitam de informações que alavanquem seus negócios e possibilitem uma melhor decisão em relação as atividades desta. O contador gerencial, dentro da empresa coleta dados e recria diversas situações com os mais variados finais e possibilidades demonstrando ao gestor as opções que possuí (CREPALDI, 2012; ATKINSON et al., 2011)

Segundo Crepaldi (2012, p. 6) a Contabilidade gerencial é:

O ramo da Contabilidade que tem por objetivo fornecer instrumentos aos administradores de empresas que os auxiliem em suas funções gerenciais. É voltada para a melhor utilização dos recursos econômicos da empresa, através de um adequado controle dos insumos efetuado por um sistema de informação gerencial.

Através da realização de orçamentos e planilhas de custos, o Contador poderá informar uma projeção de acordo com cada opção levantada pelo administrador.

A informação gerada por esta modalidade beneficia não só os gestores mas, os funcionários e demais agentes internos envolvidos com as atividades da empresa; informa as opções de utilização de recursos e cortes de gastos desnecessários assim melhorando os resultados para ambas as partes (CREPALDI, 2012).

A contabilidade gerencial utiliza do espaço de tempo presente visando o futuro, para chegar a essas informações, o profissional necessitar ter conhecimento além da contabilidade, utilizando-se da economia para compreender o mercado abrangido e, de métodos estatísticos e matemáticos para a elaboração de indicadores para a tomada de decisão, evidenciando um profissional completo (ATKINSON et al, 2011).

O profissional da contabilidade gerencial ainda disputa mercado com o administrador. Este ramo foi inicialmente abrangido por estes profissionais que, através de informações geradas pelos contabilistas, realizaram análises e elaborações de estratégias para estas empresas; com o avanço dos estudos no ramo da contabilidade gerencial, este profissional adquiriu a capacidade de abranger também este ramo de análise, proporcionando cada vez mais crescimento aos profissionais contábeis.

A contabilidade financeira proporciona informações de acordo com a legislação e, a usuários diferenciados, em contrapartida, a contabilidade gerencial tem finalidade interna,

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usuários responsáveis pela gestão. A contabilidade em nível geral se utiliza de normas e princípios contábeis para a elaboração de informações, evitando equívocos e repasse de informações em desacordo; neste ponto, as contabilidades se utilizam destes princípios condizentes com a real situação da empresa.

A Contabilidade Gerencial possuí o enfoque para os controles internos e sua correta interpretação na tomada de decisão. Está área contábil detém o profissional que necessita conhecimentos externos ao de sua formação possibilitando a agregação de informações a estes controles internos. Porém, apenas de utilizar-se de conhecimentos de várias áreas, o contador possui as capacidades avançadas para desempenhar esta função devido a sua funcionalidade e conhecimento profundo da formação da contabilidade financeira já necessária às empresas, possibilitando o desmembramento e análise destes dados os transformando em informações de grande valia (PADOVEZE, 2010).

Conforme Iudícibus (1987, apud PADOVEZE, 2010, p. 33) a contabilidade gerencial pode ser

Caracterizada, superficialmente, como um enfoque especial conferido a várias técnicas e procedimentos contábeis já conhecidos e tratados na contabilidade financeira, na contabilidade de custos, na análise financeira e de balanços etc., colocados numa perspectiva diferente, num grau de detalhe mais analíticos ou numa forma de apresentação e classificação diferenciada, de maneira a auxiliar os gerentes das entidades em seu processo decisório.

O fornecimento de informações gerenciais através desta ferramenta, agrega valor significativo para as decisões futuras. O contador gerencial através de análises históricas cria possíveis cenários através de planos de orçamentos de custos e de vendas abrindo as opções de investimentos em produtos com maior demanda no mercado e, projetando a implementação destes produtos. Estes dados são levantados através de pesquisa e análise regional e de mercado evidenciando a existência, por parte do profissional, de conhecimento do fluxo mercantil. A correta coleta de dados de custos e despesas depende do grau de controle utilizando na empresa, quanto mais detalhado for, maior será a riqueza dos detalhes nos relatórios gerenciais (PADOVEZE, 2010).

A contabilidade gerencial vem com um diferencial, a abrangência de todos os departamentos empresariais. Está modalidade engloba e descentraliza estas ramificações encontrando pontos fortes e pontos fracos aos quais existe a necessidade de substituição ou realocação, bem como, correção em determinados casos. Essa característica torna as informações arrecadadas ainda mais precisas.

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Além de se utilizar da contabilidade financeira, a contabilidade gerencial abrange análises de balanço, cálculo de indicadores, elaboração de fluxos de caixa e contabilidade de custos afim de gerar um número maior de informações relevantes.

De acordo com Padoveze (2010), a contabilidade financeira e a gerencial foram desenvolvidas para diferentes fins e diferentes usuários, portanto, possuem suas distinções, porém, ambas são geradoras de informações em concordância com os princípios e normas que gerem a contabilidade.

Afim de melhor entender estas diferenças, diversos autores em suas obras sobre contabilidade empresarial, elaboraram tabelas explicativas com as principais diferenças entre estas duas áreas. Seguem abaixo a tabela elaborada pelo autor citado acima.

Quadro 1 - Comparação entre a Contabilidade Gerencial e a Contabilidade Financeira

Fator Contabilidade Financeira Contabilidade Gerencial

Usuários dos relatórios Externos e internos Internos

Objetivo dos relatórios Facilitar a análise financeira para as necessidade dos usuários externos

Objetivo especial de facilitar o planejamento, controle, avaliação de desempenho e tomada de decisão internamente

Forma dos relatórios Balanço Patrimonial, Demonstração dos Resultados, Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos e Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido

Orçamentos, contabilidade por responsabilidade, relatórios de desempenho, relatórios de custo, relatórios especiais não rotineiros para facilitar a tomada de decisão Frequência dos relatórios Anual, trimestral e ocasionalmente

mensal

Quando necessário pela administração

Custos ou valores utilizados Primeiramente históricos (passados) Históricos e esperados (previstos) Bases de mensuração

usadas para quantificar os dados

Moeda corrente Várias bases (moeda corrente, moeda estrangeira - moeda forte, medidas físicas, índices etc.)

Restrições nas informações fornecidas

Princípios Contábeis Geralmente Aceitos

Nenhuma restrição, exceto as determinadas pela administração Arcabouço teórico e técnico Ciência Contábil Utilização pesada de outras

disciplinas, como economia, finanças, estatística, pesquisa operacional e comportamento organizacional Características da

informação fornecida

Deve ser objetiva (sem viés), verificável, relevante e a tempo

Deve ser relevante e a tempo, podendo ser subjetiva, possuindo menos verificabilidade e menos precisão

Perspectiva dos relatórios Orientação histórica Orientada para o futuro para facilitar o planejamento, controle e avaliação de desempenho antes do fato (para impor metas), acoplada com uma orientação histórica para avaliar os resultados reais (para o controle posterior do fato)

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A partir do quadro explicativo, fica de fácil distinção; os objetivos destas são distintos, porém de complementam na atuação de gestão de uma empresa. Ambas são estritamente necessárias à sobrevivência saudável e crescimento no mercado. Um profissional contábil gerencial abrange ambas as contabilidades (financeira e gerencial) suprindo as informações exigidas pelos usuários da informação.

2.4 CONTABILIDADE DE CUSTOS

Dentro da contabilidade gerencial existe a contabilidade de custos, responsável pela formação do preço de venda e, grande fonte de informações relativas à forma de utilização de recursos disponíveis. A partir desta ramificação é possível identificar setores deficientes e, alocar formas de doutrinas para evitar determinadas situações prejudiciais aos objetivos pretendidos.

A contabilidade de custos é responsável por registrar dados das atividades internos e algumas vezes externas da empresa englobando tanto informações de cunho monetário como físico. Esta associação permite a geração de indicadores gerenciais que permitem ao profissional contábil uma análise crítica em relação a potencialização de vendas (VIEIRA, 2013).

Segundo Padoveze (2010) na área da contabilidade, existem algumas terminologias importantes para a compreensão da análise proveniente destas:

Gastos: todos os pagamentos e recebimentos da empresa se classificam nesta terminologia;

Investimentos: gastos realizados em função de sua vida a fim de gerar benefícios futuros;

Custos: gastos necessários para a fabricação dos produtos da empresa (área industrial); Despesas: gastos necessários para a venda e envio dos produtos (área administrativa); Pagamentos: execução quitação dos gastos realizados;

Perdas: situações excepcionais de falhas na produção e ou perda de créditos, não configuram custos de produção;

Prejuízos: soma negativa das receitas menos as despesas geradas em determinado período.

A correta interpretação destes dados acarreta na elaboração dos relatórios e controles internos relevantes aos objetivos dos gestores.

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2.4.1 Classificação dos custos

A classificação dos custos possui importante função na análise de desempenhos dos setores produtivos. A partir desta classificação é possível realizar cortes em pontos consumidores excessivos de recursos.

Os custos são classificados segundo Padoveze (2010) em materiais diretos, mão de obra direta ou também chamada de custos diretos, custos indiretos variáveis, custos indiretos fixos. Estes pontos são os principais indicadores responsáveis pela formação do preço de venda e, amplamente necessário a sobrevivência das empresas.

As empresas que possuem um controle rígido sobre estes dados, consegue identificar em qual setor se encontra o maior custo, responsável pelo encarecimento e perda de mercado consequente aplicando novas possibilidades a fim de melhorar a utilização de recursos nestes setores.

2.4.2 Custos com materiais diretos

Os materiais diretos são os recursos utilizados na atividade básica da empresa; em casos industriais, a matéria prima utilizada na fabricação dos produtos para a venda. Mas, o conceito vai mais além, os materiais diretos são representados por toda e qualquer produto ou prestação de serviço que envolva a atividade fim da empresa (VIEIRA, 2013).

2.4.3 Custos com mão de obra direta

A mão de obra direta representa o tempo necessário para a produção ou realização do serviço fim, que, conforme os materiais diretos, variam de acordo com a quantidade produzida e, indica um fato importante, a ociosidade no setor operário. Engloba todo o custo com funcionários e encargos agregando maior custo ao produto (PADOVEZE, 2013).

O simples controle destes primários já ocasiona diversos apontamentos de discussão no programa de gestão de uma empresa pois possibilita detecção de gastos desnecessários e, abre caminho para novas possibilidades.

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Os custos indiretos variáveis são uma classificação pouco utilizada por, na maioria dos casos serem alocados como despesas, porém, sua distinção é de suma importância para a análise de custos, evidenciando os gastos extras das produções.

Os custos de materiais diretos e mão de obra representam os custos diretos, que, assim são chamados devido a sua ligação com os produtos ou prestação do bem gerador de dados monetários à empresa; portanto, os custos indiretos variáveis, são aqueles custos necessários para a produção e manutenção da empresa, mas que não podem ser identificados isoladamente no produto finais sendo necessários cálculos com critérios específicos de rateio para alocação de tais valores no custo total unitário do produto gerado (VIEIRA, 2013).

Estes custos confundem-se com as despesas, mas, são gastos necessários a produção dos bens, não para a sua comercialização que, é o caso das despesas. Para a análise de custos é possível apresentar relatórios de gastos extra produção e, se necessário realizar cortes ou ainda, adotar políticas de reaproveitamento beneficentes a todos.

2.4.5 Custos indiretos fixos

Os custos indiretos, conforme apresentado anteriormente, representam os custos ligados a fabricação, porém, não identificáveis isoladamente no produto final. Sua desmembração compete a variáveis e fixos. Os custos variáveis aumentando ou diminuindo conforme a produção e, os fixos, mantendo-se constantes independentemente da quantidade produzida (PADOVEZE, 2010).

2.4.6 Despesas

As despesas se classificam neste campo como os gastos não necessários a produção do bem, porém, necessários à sobrevivência da empresa. Existem independentemente da produção e, resulta de desembolso sem sobra de resíduos.

Segundo Basso (2011, p. 85), “entende-se por despesa o “custo” do uso dos bens ou serviços que, direta ou indiretamente, deverão produzir uma receita. A característica básica da despesa é que ela se constituí num gasto que não se materializa, isto é, são gastos que se consomem na sua realização”.

Portanto, são os gastos independentemente do nível de produção e, que se tornam constantes na atividade da empresa.

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2.4.7 Importância da contabilidade de custos

Ao longo da evolução contábil foi sendo agregando mais valor ao setor gerencial que envolvem os custos da empresa; estes custos, são embutidos dos valores dos produtos ou serviços oferecidos e, desta forma, mantém a sobrevivência da mesma.

Os custos auxiliam os gestores na formulação do preço de venda ideal ao qual, compete a necessidade de cobrir os gastos realizados na fabricação bem como, os gastos de manutenção da empresa permitindo que está cumpra com suas obrigações (VIEIRA, 2013).

Quanto a elaboração de projeções e orçamentos, os custos são fatores importantes para a análise de investimentos em novos produtos bem como, em troca de equipamentos, quando, é realizada uma simulação de gastos e vendas de acordo com o mercado atual e situação econômica mundial. Para os gestores estas análises evitam transtornos e valores mau investidos (MARION, 2003).

Para controles internos, os custos são responsáveis por armazenar dados de estoque e indicadores de giro de estoque afim de analisar a rotatividade de certa linha de produtos para que assim possam ser realizadas algumas ações de alavancagem ou queima de estoques.

O levantamento correto dos gastos das empresas e seu controle mensal atualizado proporciona informações relevantes a manutenção saudável e crescimento econômico.

2.5 MÉTODOS DE CUSTEAMENTO

Com o objetivo de melhor adequar as análises sobre os custos das empresas, foram criados alguns métodos de custeamento dos dados empresariais. Dentre os métodos mais estudados, citamos o custeamento variável, por absorção e baseado em atividades. Este último método não é utilizado da área comercial.

2.5.1 Custeamento variável

A assessoria gerencial contábil conta com esta ferramenta importante no meio gerencial, a contabilidade de custos; está por sua vez disponibiliza diferentes métodos para avaliar estes custos: o método de custeamento variável como o próprio nome já sugere, aborda os custos variáveis da empresa.

Este método engloba além dos custos básicos de matéria prima e outros materiais diretos, a mão de obra compreendida no processo. As despesas que possuem variação de

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acordo com a produção, como no exemplo das comissões, também estão inclusas neste custeamento (PADOVEZE, 2010).

Sua fórmula de cálculo pode ser apresentada da seguinte forma:

Quadro 2 - Fórmula Custo Variável CV = MP + MD + MO

CV - Custo Variável; MP - Matéria Prima; MD - Material Direto; MO - Mão de Obra Direta; Fonte: Vieira (2013, p. 73)

Para o correto cálculo do custeamento variável é necessário à classificação de todos os gastos da empresa ao longo do período.

2.5.2 Custeamento por absorção

O custo por absorção engloba todos os gastos utilizados pela empresa na produção dos bens e, serve de análise de lucratividade quando focado em apenas um produto. O gestor poderá observar o real “custo” deste item e criar um indicador próprio de análise para comprar este gasto com o preço de venda praticado.

Segundo Padoveze (2010), este método de custeio é o mais utilizado no mundo por abranger os critérios fiscais e legal aos quais, incorpora os custos fixos e indiretos da produção por meio de procedimentos de rateio destes gastos.

Em seu estudo também aborda que este método apresenta os gastos empreendidos de forma mais completa portanto, com maior proximidade com a realidade.

Os critérios de rateio utilizados para a alocação dos custos fixos e indiretos variam de acordo com a intenção e política da empresa.

Sua fórmula pode ser apresentada da seguinte forma:

Quadro 3 - Fórmula de Custo por Absorção CA = CV + MOI + CF

CV - Custo Variável; CA - Custo por Absorção; MOI – Mão de Obra

Indireta; CF – Custo Fixo

Fonte: Vieira (2013, p. 70)

Este método de custo possui função básica para a gestão interna ou, a contabilidade gerencial, sendo utilizada na maioria dos casos por entes internos das empresas.

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2.6 ANÁLISE DE CUSTO, VOLUME E RESULTADO

A formação do preço de venda na área comercial tradicional, envolve a apuração os custos englobando uma margem percentual de lucro desejado seguindo conceito de mark-up. Esta apuração de preços de venda passa por analises de acordo com o mercado para efetivar o preço sugerido.

O preço calculado através do mark-up recupera os gastos com o produto e proporciona certa margem de lucratividade porém, nem sempre está pode ser praticada devido a oferta concorrente; no estudo de caso em questão, está concorrência se torna inferior devido ao tabelamento regulamentado para as medicações a serem comercializadas neste tipo de estabelecimento, ficando a critério de cada empresa, os níveis de descontos praticados na fidelização de clientes (PADOVEZE, 2010).

Para uma análise gerencial completa, o profissional contábil necessita realizar cálculos a partir dos preços praticados pela empresa e verificar o grau de satisfação com relação a estas práticas trazendo à tona, a eficiência da gestão.

Através do controle dos gastos fixos e variáveis é possível definir alguns conceitos importantes na formação de uma assessoria gerencial; a margem de contribuição, ponto de equilíbrio e a margem de segurança que, proporcionam informações básicas a respeito dos níveis de venda necessários para a formação de lucratividade da empresa.

2.6.1 Margem de contribuição

Este indicador apresenta o valor de lucro gerado na venda de uma unidade, considerando apenas os gastos variáveis (utilizados na produção); este dado nos possibilita uma análise referente ao valor de venda praticado na atualidade. O confrontamento deste resultado com o mercado regional se faz necessário para manter um fluxo de mercado ativo.

A margem de contribuição, segundo Padoveze (2010, p. 377), “é a margem bruta obtida pela venda de um produto que excede seus custos variáveis unitários. Em outras palavras, a margem de contribuição é o mesmo que o lucro variável unitário, ou seja, preço de venda unitário do produto deduzido dos custos e as despesas variáveis necessários para produzir e vender o produto”.

A margem de contribuição na questão gerencial nos proporciona a informação do valor do lucro por unidade vendida evidenciando os casos em que existe a necessidade de aumento do preço de venda utilizado atualmente ou, redução de preço. Este indicador evidencia

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também a necessidade de corte de custos nos casos em que a necessidade existe. De acordo com Atkinson et al. (2011, p. 193) “é o montante que cada unidade produzida e vendida contribui para cobrir os custos fixos e obter lucro”.

A fórmula para o cálculo deste indicador pode ser apresentada de forma unitária e total, de acordo com o quadro a seguir:

Quadro 4 - Fórmula Margem de Contribuição Unitária e Total

MCu = PVu - CVu – Dvu MCT = MCu x Quantidade Vendida

MCu - Margem de Contribuição Unitária MCu - Margem de Contribuição Unitária PVu - Preço de Venda Unitário MCT - Margem de Contribuição Total

CVu - Custo Variável Unitário

DVu - Despesa Variável Unitária

Fonte: Padoveze (2010, p. 378)

Os gestores valorizam a informação gerada por este item e, executam suas estratégias de alavancagem de venda segundo ela. Nestes casos, é possível brincar com as possibilidades e recriar situações com os mais variados orçamentos de vendas, custos e preços de venda.

2.6.2 Ponto de equilíbrio

O ponto de equilíbrio representa o volume de venda necessário para a empresa pagar todos os custos e despesas fixas, bem como os custos e despesas variáveis responsáveis pela fabricação dos mesmos; não existem lucro neste ponto.

“A informação do ponto de equilíbrio da empresa, tanto no total global, como por produto individual, é importante porque identifica o nível mínimo de atividade em que a empresa ou cada divisão deve operar” (PADOVEZE, 2010, p. 377).

A fórmula para o cálculo do ponto de equilíbrio em quantidade é representada da seguinte forma:

Quadro 5 - Fórmula Ponto de Equilíbrio em Quantidade PEq = CFT/MCu

PEq - Ponto de Equilíbrio em Quantidade; CFT - Custo Fixo Total; MCu - Margem de Contribuição Unitária Fonte: Padoveze (2010, p. 390)

No indicador do ponto de equilíbrio existem algumas desmembrações com diferentes maneiras de analisar. O ponto de equilíbrio em quantidade que gera a informação de quantas

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unidades são necessárias para chegar ao nível zero; além deste, existem os pontos de equilíbrio em valor, o ponto de equilíbrio econômico, financeiro e operacional.

Este método é utilizado quando existe uma gama muito grande de produtos e se torna difícil a identificação de um ponto de equilíbrio em quantidade, bem como, quando há dificuldades de alocar os custos e despesas fixas. O indicador nos apresenta o valor da venda necessária para cobrir os custos e despesas da empresa.

Sua fórmula de cálculo necessita da transformação da margem de contribuição unitária em percentual.

Quadro 6 - Fórmula Ponto de Equilíbrio em Vendas PEv = CFT/MC%

PEv - Ponto de Equilíbrio em Vendas; CFT - Custo Fixo Total; MC% - Percentual de Margem de Contribuição Fonte: Padoveze (2010, p. 392)

O ponto de equilíbrio em vendas apresenta o indicador o nível de vendas necessário para a cobertura dos gastos da empresa, dado importante para o gestor na elaboração de metas de vendas mensais, por exemplo.

O ponto de equilíbrio operacional gera informações de nível interno, apontando os gastos de funcionamento da empresa; pode ser utilizada como fonte para otimização na utilização de recursos disponíveis.

De acordo com Padoveze (2010), o ponto de equilíbrio operacional possui uma diferencial importante pois considera apenas os custos e despesas fixas operacionais e, desconsidera os demais, além de aspectos financeiros. Sua utilização possui pouca demanda mas, gerencialmente pode ser solicitado pela gerência.

As informações geradas por este indicador são de demanda gerencial com pouca finalidade para usuários externos, ficando a critério de cada gestor a sua elaboração ou não.

O ponto de equilíbrio econômico em sua análise irá incluir as despesas e receitas financeiras com a correção monetária (despesas fixas).

Seu indicador irá apresentar o valor da receita mínima para atingir o lucro zero e, sua interpretação irá de auxilio com a Demonstração do Resultado do Exercício, demonstração que evidencia as receitas e despesas da empresa. Sua fórmula diferencia das demais pois inclui este valor de “remuneração”.

Quadro 7 - Fórmula Ponto de Equilíbrio Econômico PEe = CF + DF + Lucro desejado/MCu

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PEe - Ponto de Equilíbrio Econômico; Cf – Custo Fixo; DF – Despesa Fixa; MCu – Margem Contribuição Unitária

Fonte: Padoveze (2010, p. 393)

Neste caso, o indicador evidencia o valor de lucro necessário para cobrir os gastos da empresa; dado importante quando a empresa possuí uma grande ramificação de produtos com diversidade de preços de venda e níveis de venda sendo mais fácil criar uma análise a partir do lucro.

O ponto de equilíbrio financeiro, assim como o ponto de equilíbrio econômico, gera uma informação mais ampla em casos de grandes massas de produtos, apontando qual o valor necessário para cobrir seus custos de funcionamento.

Segundo Padoveze (2010, p. 393) “é uma variante do ponto de equilíbrio econômico, excluindo apenas a depreciação, pois, momentaneamente, ela é uma despesa não desembolsável”.

O indicador gerado apresenta dados em relação a situação monetária da empresa, demonstrando a quantidade monetária necessária para atingir o ponto zero. Sua fórmula se assemelha as demais.

Quadro 8 - Fórmula Ponto de Equilíbrio Financeiro PEf = CF + DF - Depreciação/MCu

PEf - Ponto de Equilíbrio Financeiro; CF - Custo Fixo; DF - Despesa Fixa; MCu - Margem de Contribuição Unitária

Fonte: Padoveze (2010, p. 393)

O cálculo deste indicador abrange apenas valores realmente monetários, excluindo de sua base a depreciação, despesa sem desembolso e, gerando um indicador efetivo com relação ao valor necessário para cobrir os gastos e atingir o ponto zero.

2.6.3 Margem de segurança

A margem de segurança é definido como o volume excedente de vendas em relação ao ponto de equilíbrio. Representa um indicador importante para a análise do gestor por exporto em valor monetário ou em quantidade o excedente ou margem de “lucro” além dos custos e despesas da empresa, evidencia também o quanto as vendas podem cair sem prejudicar o funcionamento da empresa. Suas fórmulas são apresentadas em valor monetário, em quantidade e percentual.

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Quadro 9 - Fórmula Margem de Segurança MSv = Vendas (R$) – Pev

MSu = Vendas – Peu MSp = MSv/Vendas Totais MSv - Margem de Segurança Vendas (R$);

MSu - Margem de Segurança Vendas Unidades MSp - Margem de Segurança Percentual

Fonte: Padoveze (2010, p. 396)

Este indicador tem ponto de partida a partir do ponto de equilíbrio, apresentando o nível extra de vendas necessárias, dado importante para alavancagem de vendas e promoção de estratégias de mercado.

2.7 ANÁLISE DE DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS

O Contador gerencial além das ferramentas de análise já citadas e que possuem efeito individual, os indicadores retirados das demonstrações contábeis, mais especificamente, do Balanço Patrimonial. Está demonstração evidencia a situação da empresa e a composição do seu patrimônio, portanto, uma fonte grandiosa de dados para a geração de informações, tanto para usuários internos como para externos.

Para os usuários internos reforça na tomada de decisão trazendo maior segurança para o gestor. De acordo com Padoveze (2010, p. 197)

A grande utilidade dessa ferramenta é o acompanhamento mensal dos indicadores escolhidos. Através desse acompanhamento e da tendência que os mesmo irão evidenciar, teremos seguramente uma visão real das operações e do patrimônio empresarial, e poderemos tomar medidas corretivas do rumo dos negócios, se as conclusões do acompanhamento analítico dos indicadores assim o exigir.

Ainda segundo o autor, a análise de balanços aponta os pontos fortes e fracos dos processos operacionais e financeiros. Além do Balanço Patrimonial, a Demonstração do Resultado do Exercício também proporciona dados importantes e consequentemente, indicadores de valor para a tomada de decisão.

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Demonstração contábil de cunho obrigatório, apresenta dados sobre a composição de origens e aplicações de bens; é fonte de uma vasta ramificação de indicadores de resultado importantes na gestão e manutenção das empresas.

Segundo Basso, Filipin e Enderli (2015, p.26):

Demonstração contábil que objetiva demonstrar quantitativamente a composição e situação patrimonial de uma determinada entidade no momento de sua elaboração. Nele são expressas de forma resumida as contas sintéticas que sintetizam as informações que evidenciam a posição financeira dos grandes grupos de contas que expressam em valores, a situação dos bens, direitos e obrigações do patrimônio, bem como do capital próprio da entidade, numa determinada data.

Através desta demonstração é possível ter uma visão da situação geral da empresa; aonde se encontram seus bens, investimentos, sua origem de capital e a partir destes dados, a geração de informações sobre níveis de pagamento, seu comprometido com fornecedores e demais indicadores possíveis.

2.7.2 Demonstração do Resultado do Exercício

Esta demonstração, também obrigatória, apresenta o desmembramento do resultado obtido pelas empresas. Em seu desmembramento, apresenta dados importantes sobres custos e despesas relacionados ao funcionamento desta.

A Demonstração do Resultado do Exercício evidencia de forma mais resumida a formação do resultado, destacando as receitas e despesas incorridas no período, seguindo o princípio da competência (BASSO, FILIPIN, ENDERLI, 2015).

Sua forma de apresentação permite uma análise sem necessidade de cálculos, sendo possível determinar níveis de gastos em relação ao lucro obtido facilitando ao gestor determinar departamentos com déficits.

2.7.3 Indicadores econômico-financeiros no processo decisório

Para a administração de uma empresa tomar decisões é necessário que ajam comprovações que indiquem positividade para o caminho a ser seguido; partindo desde princípio, a contabilidade gerencial a partir de demonstrativos tradicionais e, cálculos de indicadores que auxiliam na decisão do caminho mais vantajoso.

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De acordo com Padoveze (2010), os indicadores evidenciam de forma conjunta a situação atual com uma situação futura da empresa. Desta forma, se torna possível, através destes dados projeções com níveis de vendas e ou produções ocasionando uma vantagem empresarial. Para a correta elaboração destes indicadores é preciso um controle de levantamento de dados eficiente e mensal.

Os indicadores de apoio a decisão são fontes de informações aos gestores e, nos dias de hoje possuem grande influência na competição empresarial proporcionando vantagens e indicando uma diversidade de caminhos a serem seguidos.

2.7.3.1 Coeficiente de liquidez circulante

No contexto do mercado atual, a empresa possui a necessidade de quitar suas dívidas, manter seu funcionamento e gerar lucros; a partir desta visão, o administrador precisa contar com um planejamento de suas atividades e, buscar as melhores alternativas antes de efetivar algum negócio. O coeficiente de liquidez circulante torna importante por ambientar os valores de maior giro na empresa, ou, de curto prazo; estes valores, necessitam de concretização certa para sobrevivência da empresa e, influenciam diretamente nos resultados desta.

O indicador de liquidez circulante ou corrente, segundo Basso, Filipin e Enderli (2015), representa o nível de capacidade de quitação dos deveres circulantes ou, de curto prazo com o ativo circulante. O seu grau será satisfatório de for superior a 2,0 apresentando um ativo circulante duas vezes maior que o passivo circulante, assim garantindo a quitação de suas obrigações.

Sua fórmula de cálculo é representada da seguinte forma:

Quadro 10 - Fórmula Coeficiente de Liquidez Circulante CLC = AC/PC

CLC - Coeficiente de Liquidez Circulante; AC - Ativo Circulante; PC - Passivo Circulante Fonte: Basso; Filipin; Enderli (2015, p.116)

O coeficiente de liquidez circulante utiliza-se apenas de dados de curto prazo, evidenciando bens e obrigações de giro rápido na empresa; sendo este dado acima de 2,0, indica uma boa administração de alavancagem de vendas em contra partida com compras e pagamento das demais obrigações de manutenção de empresa.

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2.7.3.2 Coeficiente de liquidez seca

O coeficiente de liquidez seca possuí a mesma finalidade do anterior, porém, desconsidera o valor de estoque. Sua fórmula pode ser apresentada da seguinte maneira:

Quadro 11 - Fórmula Coeficiente de Liquidez Seca CLS = AC - ESTOQUE / PC

CLS - Coeficiente de Liquidez Seca; AC - Ativo Circulante; PC - Passivo Circulante Fonte: (BASSO, FILIPIN; ENDERLI, 2015, p.120)

Segundo os autores, algumas das razões de realizar o cálculo deste item seria o grau de liquidação dos deveres sem contar com a transformação destes estoques em disponibilidades, garantindo assim uma real capacidade de quitação de obrigações desta empresa, visto que estas necessitam ser liquidadas mesmo em períodos de crise e ou baixa venda.

De acordo com Basso, Filipin e Enderli (20150) para uma situação favorável, o coeficiente não poderá ser inferior a 1,0. Este coeficiente proporciona uma reflexão quanto a administração da empresa em relação ao estoque e gerenciamento deste controle ao qual exige um muito cuidado. Os valores de compras para evitar uma supervalorização do estoque e ocasionar uma baixa nas vendas.

2.7.3.3 Coeficiente de liquidez imediata

O coeficiente de liquidez imediata trata-se um completo de análise, ao qual, evidencia o grau de liquidação, como o próprio nome já diz, imediata, das obrigações de curto prazo. Sua fórmula de cálculo é apresentada da seguinte maneira.

Quadro 12 - Fórmula Coeficiente de Liquidez Imediata CLI = DISPONIBILIDADES / PC

CLI - Coeficiente de Liquidez Imediata; PC - Passivo Circulante

Referências

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