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INFORMAÇÕES CONTÁBEIS GERENCIAIS

1 INTRODUÇÃO

2.8 INFORMAÇÕES CONTÁBEIS GERENCIAIS

As informações contábeis gerenciais possuem uma capacidade de geração de estratégias que vai além da simples interpretação de planilhas e demonstrativos; a partir destes dados, existe a criação de vários caminhos, com várias possibilidades diferentes e, resultados diferentes. Os orçamentos são fontes de inúmeras opções ao gestor. Um sistema de informações com uma base de alimentação de dados é outra opção rica de opções.

A partir dos cálculos dos coeficientes e indicadores a serem confrontados com os objetivos da empresa os gestores têm a capacidade de tomada de decisão. Os objetivos precisam estar claramente definidos para que estes dados possam gerar as informações necessárias à esta empresa. Segundo Padoveze (2010, p. 583) “executar uma contabilidade gerencial, é de vital importância, por parte dos responsáveis pelo gerenciamento das informações contábeis, o conhecimento profundo da estratégia e das operações da empresa”.

De acordo com Abreu (1999), em seu artigo, o sistema de informação gerencial pode ser definido como o processo de transformação de dados em informações decisórias auxiliares dos gestores em busca de maximizar dos resultados.

Este processo acarreta da arrecadação de dados internos e externos à empresa através da colaborações e interpretação destes fatos. Os dados internos provêm de relatórios de controles de pessoal, custos, vendas e demais opções; os dados externos, como exemplo podemos citar os fornecedores e clientes principalmente.

O sistema de informações utiliza de softwares para a correta e rápida interpretação de dados e sua transformação, porém, necessita de interpretação. A alimentação de dados é feita a partir de acontecimentos da empresa e, as opções geradas automaticamente por este sistema,

são definidos de acordo com a configuração de estratégias e objetivos próprios da empresa (REZENDE; KELM; ABREU, 2000).

As pequenas empresas possuem métodos de gerenciamento básicos sem auxílio de softwares sofisticados, portanto, em nível geral, não possuem um objetivo próprio concretizado atuando apenas para “gerar lucros” aos seus proprietários. Ao passo que se define este objetivo, é possível através de análise de informações elaborar estratégias em nível global e em departamentos de acordo com a necessidade de cada ramo.

Esta ferramenta tem a necessidade de ser atualizada regularmente acrescentando ou retirando “situações” que auxiliem ou modifiquem as possibilidades por ele geradas. A atualização e periodicidade dos relatórios e controles da empresa (fonte de dados) também se tornam importantes; quanto mais recentes e completos, mais realista são as análises geradas (REZENDE; KELM; ABREU, 2015).

O gestor na sua tomada de decisão precisa avaliar todas as entradas de informações ao seu alcance, abordando as possibilidades de acordo com a estratégia mais adequada para a obtenção do objetivo da empresa. As metas podem ser elaboradas de formas diferenciadas de acordo com os níveis administrativos. Em seu artigo, Freitas e Kladis (1995), abordam os níveis de forma breve, aos quais, o nível operacional se trata se uso eficaz e eficiente dos recursos disponíveis; o nível tático engloba a elaboração de novos controles e produtos, bem como designação da utilização dos recursos; e, o nível estratégico, onde são elaborados objetivos próprios para o alcance do objetivo geral da empresa. A contabilidade gerencial, fica o dever se associar e facilitar estas informações de maneira mais prática e eficiente indicando caminhos com êxito e com aplicação mínima de recursos e, máxima geração de resultados positivos.

Os controles internos das empresas de pequeno porte na grande maioria são precários e desorganizados, sendo praticamente impossível a utilização de um sistema de informação capaz de gerar estratégias cabíveis às situações. Neste contexto, para criar o degrau de crescimento desta empresa, ela necessita de uma organização em seu nível administrativo e, a alocação de controles internos. A partir do momento que estiver implantado e funcionando, esta pequena empresa conseguirá partir para um novo patamar e crescer a frente das demais com novas políticas de mercado e estratégias inovadoras.

O fluxo de caixa utilizado como ferramenta gerencial não se trata do demonstrativo contábil mas, possuí um funcionamento semelhante. Este relatório apresenta as movimentações de entradas e saídas de valores das disponibilidades (caixa, banco, aplicações) das empresas.

Para Padoveze (2010), existem dois períodos de elaboração, um fluxo de caixa diário que, envolve todas as movimentações do dia e, que permitem uma rápida análise para valores de fechamento deste dia, servindo de fonte de informações para o nível operacional da empresa; já o fluxo de caixa mensal, mais elaborado e com uma amplitude de visão, proporciona informações para os níveis táticos e estratégicos da empresa. Ainda de acordo com Padoveze (2010, p. 84) “o fluxo de caixa mensal relaciona-se com os movimentos mensais das demais contas da companhia, e dessa forma é elemento fundamental para acompanhamento e controle dos recursos da empresa, junto com o balanço patrimonial e a demonstração de resultados.”

Seguindo a mesma estrutura dos demonstrativos contábeis, o relatório de fluxo de caixa é estruturado em três grandes áreas: atividades operacionais, atividades de investimento e atividades de financiamento. As atividades operacionais, como o próprio nome diz, trata dos processos referentes a atividade fim da empresa e, são caracteristicamente de curto prazo. Já as atividades de investimento, determinantes de longo prazo são, processos que movimentam entrada ou saída com a obtenção ou pagamento de novos bens como investimentos da empresa. As atividades de financiamento, é a obtenção de valores de fontes de terceiros e ou, pagamentos de dividendos e demais movimentações que caracterizam-se em longo prazo e realizem modificações no patrimônio líquido da empresa (PADOVEZE, 2010).

Este relatório apresenta para o gestor os gastos realizados pela empresa e, as disponibilidades restantes no período. Se trata de uma fonte importante para os controles dos recursos da empresa e, necessita de alimentação de dados constantes e periódicos.