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Sumário. Texto Integral. Tribunal da Relação de Lisboa Processo nº 9169/2005-7

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Tribunal da Relação de Lisboa Processo nº 9169/2005-7

Relator: PIMENTEL MARCOS Sessão: 22 Novembro 2005 Número: RL

Votação: UNANIMIDADE Meio Processual: AGRAVO Decisão: PROVIDO

INVENTÁRIO REMOÇÃO DO CABEÇA DE CASAL INQUIRIÇÃO DE TESTEMUNHA HERDEIRO

Sumário

1. Partes são as pessoas pela qual e contra a qual é requerida, através da acção, uma providência judiciária;

2. Todavia, a noção de partes no inventário é bastante diferente da que se verifica na generalidade dos processos judiciais;

3. A circunstância de uma pessoa ter interesse directo na causa não é fundamento de inabilidade, sendo, todavia, elemento a que o juiz atenderá para avaliar a força probatória do seu depoimento;

4. O depoimento de parte não pode ser exigido a quem não seja parte no incidente de remoção do cabeça de casal. E os interessados na partilha, não requerentes do incidente de remoção, não podem ser considerados partes, por nele não terem intervindo;

5. Tendo apenas um dos interessados na partilha requerido a remoção do cabeça de casal, podem os outros interessados no inventário ser inquiridos como testemunhas no respectivo incidente.

Texto Integral

Acordam no Tribunal da Relação de Lisboa.

Nos presentes autos de inventário que correm termos pela 2ª secção da 17ª Vara Cível de Lisboa, sob o nº 2595/99, foi designado cabeça de casal M.M.

(no dia 03.04.01).

A interessada Maria deduziu o incidente de remoção do cabeça de casal, com os fundamentos expressos no requerimento de fls. 585.

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Para prova dos factos alegados arrolou 4 testemunhas que também são interessadas no inventário.

O cabeça de casal deduziu oposição, tal como alguns dos outros interessados.

Oportunamente foi designado dia para inquirição das testemunhas arroladas pela referida interessada.

Nesse mesmo dia foi proferido o despacho de fls. 1334 a 1346, pelo qual foi decidido não se proceder à inquirição daquelas testemunhas, com o

fundamento de que, sendo interessadas no inventário, deveriam ser

consideradas como “partes”. E, assim sendo, os seus depoimentos só poderiam recair sobre os factos que lhes fossem desfavoráveis e alegados pela parte contrária (uma vez que “o depoimento de parte é prova por confissão”). Por isso não foram tais interessados ouvidos como testemunhas.

Desse despacho recorreu a requerente do incidente, formulando as seguintes conclusões:

1. A questão jurídica dos presentes autos é a de saber se as partes constituídas no processo de inventário podem ser ouvidas ou não como testemunhas no incidente de remoção de cabeça de casal suscitado no inventário e requerido por apenas um dos interessados.

2. Não podem ser ouvidos como testemunhas no processo os que na causa podem depor como partes, conforme dispõe o artigo 617.° do CPC.

3. Apenas podem depor como partes nos termos do artigo 552.° do Código de Processo Civil aqueles que na causa se tiverem constituído como partes.

4. Nos presentes autos de incidente de remoção de cabeça de casal apenas se constituiu como parte activa a aqui agravante e passiva o cabeça de casal.

5. Não obstante a remoção do cabeça de casal constituir um incidente do processo de inventário, a verdade é que constituiu um procedimento com tramitação própria, pelo que não é admissível a transposição das partes que constituem o processo de inventário para o incidente.

6. Pelo exposto, o despacho recorrido violou o disposto nos artigos 302.° a 304.° do CPC ao não admitir a inquirição das testemunhas arroladas na petição de remoção do cabeça de casal.

7. Violou ainda o disposto nos artigos 5.°, 26.° e 28.° do Código de Processo Civil, ao considerar que as partes do processo de inventário são as mesmas do incidente de remoção de cabeça de casal.

8. Primeiro, porque o incidente é um procedimento autónomo requerido por quem demonstra interesse em fazê-lo.

9. Depois porque o facto de existirem mais interessados e mais entidades com legitimidade material para o fazerem, não implica necessariamente que sejam partes no incidente.

10. Por outro lado, a própria remoção do cabeça de casal não tem de ser

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suscitada por todos os que têm legitimidade material, não existe litisconsórcio necessário para apresentação da petição de remoção.

11. Conforme se demonstrou, não existe qualquer obstáculo legal para a

admissão das testemunhas arroladas pela requerente do incidente de remoção do cabeça de casal, pelo que o despacho de que se recorre deverá ser

revogado, admitindo-se a inquirição das testemunhas.

12. Pelo exposto, o despacho recorrido violou o disposto nos artigos 5.°, 26.°, 28.°, 302.° a 304.°, 552.°, 617.° e 1334.°, todos do Código de Processo Civil.

E termina dizendo que deve o recurso ser julgado procedente, por violação do disposto nos artigos 5.°, 26.°, 28.°, 302.° a 304.°, 552.°, 617.° e 1334.°, todos do Código de Processo Civil, admitindo-se a inquirição das testemunhas arroladas.

O agravado pede a confirmação do despacho recorrido.

II

Entretanto, por despacho de fls. 1368 a 1372 foi julgado improcedente o incidente de remoção do cabeça de casal.

Dele recorreu também a requerente do incidente formulando as respectivas conclusões.

O agravado pede a confirmação do despacho recorrido.

O M.º juiz sustentou ambos os agravos.

III

Neste último despacho não foi, obviamente, tida em conta a prova testemunhal, pois não foi produzida.

Mas, as testemunhas arroladas deporiam precisamente sobre alguns dos factos em que se fundamentou o incidente de remoção do cabeça de casal.

Por isso, se o primeiro agravo for provido, fica prejudicado o conhecimento do segundo, devendo este despacho ser anulado.

É que, neste caso, deverão ser primeiramente inquiridas as testemunhas referidas, para eventual prova dos fundamentos do incidente. Caso contrário não teria qualquer interesse a apreciação do agravo do primeiro despacho (o que decidiu que não se procederia à inquirição das testemunhas).

Nesta conformidade passa-se a conhecer do primeiro agravo.

IV

Os factos a ter em consideração são apenas os referidos.

O DIREITO: o que está em causa é saber se, tendo apenas um dos interessados na partilha requerido a remoção do cabeça de casal,

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podem os outros interessados no inventário ser inquiridos como testemunhas no respectivo incidente.

1. Como estabelece o nº 1 do artigo 2086º do C. Civil, o cabeça de casal pode ser removido pelos fundamentos constantes das suas várias alíneas. E o seu nº 2 determina que tem legitimidade para pedir a remoção qualquer interessado ou o M. Público se....

E a remoção do cabeça de casal constitui um incidente do inventário (artº 1339º, nº 3 do CPC).

2. A questão que se coloca é a de saber se, tendo a remoção sido requerida apenas por um interessado, os restantes (interessados) podem ser inquiridos como testemunhas no respectivo incidente.

Estabelece o artigo 617º do CPC que “estão impedidos de depor como testemunhas os que na causa possam depor como partes”.

Ora, salvo melhor opinião, os interessados, e não requerentes do

incidente, não podem depor como partes, pois não têm essa qualidade.

Como resulta do nº 1 do artigo 554º do CPC “o depoimento só pode ter por objecto factos pessoais ou de que o depoente deva ter conhecimento”.

A própria lei define a confissão como “o reconhecimento que a parte faz da realidade de um facto que lhe é desfavorável e favorece a parte contrária”

(artigo 352º do C. Civil). A confissão é uma declaração de ciência que emana da própria parte e não de terceiro, como sucede com o depoimento das

testemunhas; e tal declaração só reveste a natureza confessória quando nela se reconhece a realidade de um facto desfavorável ao declarante e favorável à parte contrária, a quem competiria prová-lo nos termos do artigo 342º do C.

Civil. Todavia, a confissão não se confunde com o depoimento de parte. Este é apenas uma das vias processuais através das quais se pode obter a confissão (1).

A prova por confissão consiste, pois, no reconhecimento pela parte da verificação de um facto que lhe é desfavorável (um facto cujas

consequências jurídicas lhe são prejudiciais e cuja prova competiria à outra parte) e que é favorável à parte contrária. E pode ser judicial (a que é feita em juízo) ou extrajudicial (a que é feita fora do processo) (artº 355º do CC). E, como resulta do preceituado no nº 2 do artigo 356º, a confissão judicial

provocada pode ser feita em depoimento de parte ou em prestação de informações ou esclarecimentos ao tribunal.

Todavia, entre as variantes da confissão judicial, a que assenta sobre um procedimento probatório autónomo é o depoimento de parte (2). E tanto pode ser requerido pela parte contrária (ou pela contraparte) como determinada oficiosamente pelo juiz (artºs. 512º, 552º e 553º do CPC).

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Sobre a admissibilidade da prova testemunhal já escrevia Alberto dos Reis: «O princípio geral deve ser este: todas as pessoas devem ser admitidas a depor a fim de, com o seu depoimento, auxiliarem a descoberta da verdade. Se têm a posição de partes, é nessa qualidade que pode ser exigido o seu depoimento;

se não tem essa posição, então hão-de depor como testemunhas. A

circunstância de uma pessoa ter interesse directo na causa é elemento que o juiz atenderá naturalmente para avaliar a força probatória do depoimento;

mas não deve ser fundamento de inabilidade» (3).

Assim, somente não poderá depor como testemunha quem possa depor como parte no respectivo processo, quem tiver poderes para confessar a acção (além, obviamente, daqueles que não têm capacidade para depor, mas que aqui não interessa considerar – artº 616º).

Caso contrário haveria pessoas que não poderiam depor como partes, por não terem essa posição processual, mas também não poderiam depor como

testemunhas, não obstante terem capacidade para o efeito. E a tanto não obsta a circunstância de o depoente ter interesse directo na causa; o que importa averiguar é se ele é ou não parte no processo: se é parte pode depor nessa qualidade, se o não for poderá ser inquirido como testemunha.

Se, entretanto, se constatar que a testemunha tem interesse directo na causa, é questão a apreciar e a ponderar pelo juiz, segundo a sua livre convicção (artºs. 655º do CPC e 396º do CC). Portanto, a circunstância de uma

pessoa ter interesse directo na causa é elemento a que o juiz atenderá para avaliar a força probatória do depoimento; não é porém

fundamento de inabilidade.

3. O Prof. Castro Mendes dá a seguinte noção de parte: “parte é aquele ou cada um daqueles que pedem a composição de um litígio e aquele ou cada um daqueles frente aos quais tal composição é pedida” (4) (os primeiros serão os demandantes/autores/requerentes, os segundos os demandados/RR/

requerentes). Mais simplesmente diremos que “partes são as pessoas pela qual e contra a qual é requerida, através da acção, a providência judiciária” (5).

Mas a noção de partes no inventário é bastante diferente da que se verifica na generalidade dos processos judiciais.

O processo de inventário é um processo especial. E dentro desta categoria é mesmo um processo com uma tramitação muito diferente dos restantes

processos. Já se defendeu mesmo que o processo de inventário é de natureza essencialmente graciosa, devendo ser considerado de jurisdição voluntária. A verdade é que nele são discutidas varias questões de natureza contenciosa.

Por isso escreveu Lopes Cardoso, in “Partilhas Judiciais, vol. I, pag. 24: “Não pode sustentar-se com rigor que o inventário seja de natureza graciosa, nem

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pode atribui-se-lhe exclusivamente natureza contenciosa”

Sobre esta questão escreveu Alberto dos Reis: “Não há dúvida, porém, de que a fisionomia do processo de inventário é bastante diversa da fisionomia geral das acções declarativas. Ao passo que nestas acções há autor e réu e todo o litígio se traduz no antagonismo e luta entre estas duas entidades, no

inventário não aparecem os dois contentores típicos- autor e réu. No processo de inventário há interessados (cabeça de casal, herdeiros, meeiro) e

interessados secundários (legatários e credores); mas faltam as duas figuras características de autor e de réu. O inventário não é, como qualquer acção, um procedimento judicial promovido por determinada pessoa contra outra;

não tem a significação e o alcance dum ataque dirigido contra certo

adversário; por isso é que se tem, por vezes, afirmado que o inventário é um processo de índole administrativa” (6).

Assim, embora não se trata de um processo de jurisdição voluntária, dadas as características próprias de que se reveste, dever-se-á deixar ao juiz alguma margem de manobra na solução de variadíssimas questões.

Como estabelece o artigo 1326º do CPC, o processo de inventário destina-se a pôr termo à comunhão hereditária ou, não carecendo de realizar-se partilha judicial, a relacionar os bens que constituem objecto de sucessão e a servir de base à eventual liquidação da herança.

Por sua vez determina o nº 1 do artigo 1327º que têm legitimidade para requerer que se proceda a inventário, e nele intervirem, como partes

principais, em todos os actos e termos do processo,...os interessados directos na partilha. E estes “interessados” são as pessoas com interesse directo na partilha, nomeadamente os herdeiros do “de cuius”. E, por isso, são citados para os termos do inventário quando este deva prosseguir após as declarações prestadas pelo cabeça de casal (artºs. 1340º e 1341º)

E embora os interessados directos na partilha possam requerer o inventário e intervirem nele com partes principais, não têm o ónus de o fazer, pois não estamos perante um caso de litisconsórcio necessário activo. Os interessados directos na partilha podem não ter qualquer intervenção no inventário,

limitando-se a comparecer, por exemplo, na conferência de interessados (artº.

1352º)

Portanto, sendo embora o inventário um processo de índole

predominantemente contencioso, a verdade é que não existem nele as figuras típicas do autor e do réu, ou mesmo do requerente e do requerido (nele

figuram sobretudo o cabeça de casal, os interessados directos na partilha e os restantes interessados - legatários, donatários e credores da herança- ,

embora também exista o requerente, uma vez que o inventário tem de ser requerido por alguém com legitimidade para o efeito). Mas, requerido o

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inventário, compete ao cabeça de casal fornecer os elementos necessários para o seu prosseguimento (artº 1338º, nº 2)

Além disso há que distinguir o inventário-divisório do inventário-arrolamento:

aquele destina-se à descrição, avaliação e partilha dos bens e tem lugar

quando existe mais do que um interessado na partilha; este destina-se apenas à descrição e avaliação de bens e tem lugar quando apenas existe um

interessado.

V

Porém, no caso sub judice estamos na presença de um incidente do inventário, com uma tramitação própria, ao qual são aplicáveis designadamente as disposições dos artigos 302º a 304º do CPC.

“Incidente é uma forma processual secundária que apresenta em relação ao processo o carácter de episódio ou acidente e representa uma intercorrência no processo destinado à composição da lide; constitui uma ocorrência

anormal, estranha ao desenvolvimento normal da lide enxertada nesta e com processado autónomo” (7). Deste modo, no decurso do processo principal (neste caso o inventário) surge uma questão acessória que implica a prática de determinados actos processuais, com processado autónomo. O incidente de remoção pressupõe a existência de uma questão a resolver que se apresenta como acessória e secundária em relação ao objecto do processo de inventário e como seu evento anormal e com processado próprio. Trata-se, pois, de um incidente com um processado autónomo, requerido por quem alegar ter interesse na remoção do cabeça de casal. Nele serão partes o requerente da remoção e o cabeça de casal.

Assim, o depoimento de parte não pode ser exigido a quem não seja parte no incidente de remoção do cabeça de casal. E os interessados na partilha, não requerentes no incidente de remoção, não podem ser

consideradas partes, pois nele não intervieram, nada podendo confessar, nos termos referidos. Por isso, não poderia ser exigido o depoimento de parte das testemunhas arroladas pela ora agravante, em virtude de as mesmas não se terem constituído como partes no incidente.

As testemunhas arroladas, embora interessadas no inventário, nada alegaram em relação ao pedido de remoção do cabeça de casal.

O requerente da remoção e o cabeça de casal é que poderiam prestar depoimento de parte, caso fosse pedido (podendo sê-lo também

oficiosamente).

Há, pois, que revogar o despacho recorrido, a fim de poderem ser inquiridas as testemunhas arroladas.

VI

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Uma vez que a decisão deste recurso pode influir na apreciação do pedido de remoção do cabeça de casal, há que anular o despacho que julgou improcedente o incidente, não se conhecendo do 2º agravo.

Por todo o exposto acorda-se no seguinte:

1. Conceder provimento ao agravo do despacho que recusou a

inquirição das testemunhas arroladas pela requerente do incidente de remoção do cabeça de casal, o qual deve ser substituído por outro que ordene que se proceda a essa inquirição, se a tanto não obstarem outras circunstâncias;

2. Anular o despacho que julgou improcedente o incidente de remoção do cabeça de casal, ficando prejudicado o conhecimento do respectivo agravo.

Custas pelo agravado.

Lisboa, 22.11.05.

Pimentel Marcos Abrantes Geraldes Maria do Rosário.

__________________

(1).-Conf. Antunes Varela e outros no Manual de Processo Civil, pag. 534 e s.s.

(2).-Todavia, os artigos 352º e s.s. do CC apenas se referem à confissão como meio de prova e não à confissão do pedido.

(/3).-CPC Anotado, Vol. IV, pag. 348.

(4).-Direito Processual Civil, II, 4.

(5).-A. Varela, ob. loc. cit. pag. 107.

(6)Processos especiais, II, pag. 380 e 381.

(7).-Ac. STJ de 16.04.98 (BMJ 476-305).

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