• Nenhum resultado encontrado

OTIMIZAÇÃO DO TRATAMENTO POR ABLAÇÃO TÉRMICA DE TECIDOS BIOLÓGICOS COM ULTRASSOM FOCALIZADO DE ALTA INTENSIDADE. Rodrigo Lima de Souza e Silva

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "OTIMIZAÇÃO DO TRATAMENTO POR ABLAÇÃO TÉRMICA DE TECIDOS BIOLÓGICOS COM ULTRASSOM FOCALIZADO DE ALTA INTENSIDADE. Rodrigo Lima de Souza e Silva"

Copied!
47
0
0

Texto

(1)

OTIMIZAC¸ ˜AO DO TRATAMENTO POR ABLAC¸ ˜AO T´ERMICA DE TECIDOS BIOL ´OGICOS COM ULTRASSOM FOCALIZADO DE ALTA INTENSIDADE

Rodrigo Lima de Souza e Silva

Projeto de Gradua¸c˜ao apresentado ao Curso de Engenharia Mecˆanica da Escola Polit´ecnica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necess´arios `a obten¸c˜ao do t´ıtulo de Engenheiro.

Orientadores: Helcio Rangel Barreto Orlande Mohsen Alaeian

Rio de Janeiro Fevereiro de 2020

(2)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Departamento de Engenharia Mecˆanica

DEM/POLI/UFRJ

OTIMIZAC¸ ˜AO DO TRATAMENTO POR ABLAC¸ ˜AO T´ERMICA DE TECIDOS BIOL ´OGICOS COM ULTRASSOM FOCALIZADO DE ALTA INTENSIDADE

Rodrigo Lima de Souza e Silva

PROJETO FINAL SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MEC ˆANICA DA ESCOLA POLIT´ECNICA DA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE

DOS REQUISITOS NECESS ´ARIOS PARA A OBTENC¸ ˜AO DO GRAU DE ENGENHEIRO MEC ˆANICO.

Aprovada por:

Prof. Helcio Rangel Barreto Orlande, D.Sc.

Mohsen Alaeian, D.Sc.

Prof. Gustavo Rabello dos Anjos, Ph.D.

Prof. Marcelo Jos´e Cola¸co, D.Sc.

Prof. Leonardo Bermeo Var´on, D.Sc.

RIO DE JANEIRO, RJ – BRASIL FEVEREIRO DE 2020

(3)

Lima de Souza e Silva, Rodrigo

Otimiza¸c˜ao do tratamento por abla¸c˜ao t´ermica de tecidos biol´ogicos com ultrassom focalizado de alta intensidade/ Rodrigo Lima de Souza e Silva. – Rio de Janeiro: UFRJ/Escola Polit´ecnica, 2020.

X, 37 p.: il.; 29, 7cm.

Orientadores: Helcio Rangel Barreto Orlande Mohsen Alaeian

Projeto de Gradua¸c˜ao – UFRJ/ Escola Polit´ecnica/ Curso de Engenharia Mecˆanica, 2020.

Referˆencias Bibliogr´aficas: p. 31 – 36.

1. Ultrassom focalizado de alta intensidade. 2. Abla¸c˜ao t´ermica. 3. Otmiza¸c˜ao sob incerteza. 4. M´etodo Monte Carlo via cadeias de Markov. I. Rangel Barreto Orlande, Helcio et al.. II. Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, Curso de Engenharia Mecˆanica. III. Otimiza¸c˜ao do tratamento por abla¸c˜ao t´ermica de tecidos biol´ogicos com ultrassom focalizado de alta intensidade.

(4)

`

A minha m˜ae Inˆes, ao meu pai Francisco e `as minhas irm˜as Patr´ıcia e Fernanda.

(5)

Resumo do Projeto de Gradua¸c˜ao apresentado `a Escola Polit´ecnica/UFRJ como parte dos requisitos necess´arios para a obten¸c˜ao do grau de Engenheiro Mecˆanico

OTIMIZAC¸ ˜AO DO TRATAMENTO POR ABLAC¸ ˜AO T´ERMICA DE TECIDOS BIOL ´OGICOS COM ULTRASSOM FOCALIZADO DE ALTA INTENSIDADE

Rodrigo Lima de Souza e Silva

Fevereiro/2020

Orientadores: Helcio Rangel Barreto Orlande Mohsen Alaeian

Programa: Engenharia Mecˆanica

Nas aplica¸c˜oes m´edicas, a abla¸c˜ao t´ermica consiste na remo¸c˜ao do tecido por meio do aumento da temperatura. Ultrassom focalizado de alta intensidade (HIFU) ´e uma t´ecnica de abla¸c˜ao t´ermica que, al´em de n˜ao invasiva, apresenta poucos efei-tos colaterais. Neste estudo, a simula¸c˜ao num´erica do tratamento de um tumor por HIFU foi desenvolvida, com o principal objetivo de prever a regi˜ao de tecido necrosado. O problema ac´ustico foi simulado por meio da solu¸c˜ao das equa¸c˜oes de conserva¸c˜ao de massa e de quantidade de movimento linear. O campo de tempera-tura foi obtido por meio da solu¸c˜ao da equa¸c˜ao de Pennes pelo m´etodo de diferen¸cas finitas, negligenciando os efeitos dinˆamicos das bolhas geradas e o efeito de cavita¸c˜ao, seguido do c´alculo do dano t´ermico. Uma vez estabelecidos os valores da potˆencia ac´ustica do transdutor e do tempo de aquecimento, foi poss´ıvel estimar o tamanho, formato e localiza¸c˜ao da regi˜ao de tecido necrosado. A solu¸c˜ao num´erica obtida neste trabalho foi verificada com a solu¸c˜ao anal´ıtica de um problema similar, con-siderando um meio homogˆeneo. O processo de abla¸c˜ao t´ermica foi ent˜ao otimizado sob incertezas por meio do m´etodo de Monte Carlo via cadeias de Markov.

(6)

Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment of the requirements for the degree of Mechanical Engineer

OPTIMIZATION OF THERMAL ABLATION OF BIOLOGICAL TISSUES WITH HIGH INTENSITY FOCUSED ULTRASOUND

Rodrigo Lima de Souza e Silva

February/2020

Advisors: Helcio Rangel Barreto Orlande Mohsen Alaeian

Department: Mechanical Engineering

In clinical applications, thermal ablation consists of removal or destruction of a specific tissue by heat. Different heat sources can be used to increase the tempera-ture of biological tissues during thermal ablation. High Intensity Focused Ultrasound (HIFU) is a non-invasive thermal ablation technique that has minimal or no side-effects. In this study, a numerical simulation of the HIFU treatment of a tumor was developed, aiming at predicting the necrotic tissue region. The acoustic problem was simulated with the numerical solution of the mass and momentum conservation equations. The temperature field was obtained by solving Penne’s bioheat equation with the finite difference method, by neglecting bubble dynamics and the cavitation effects, followed by the calculation of the thermal dose. The size, shape and location of the necrotic tissue were predicted, for specific transducer heating rate and heat-ing time, which were required for the thermal ablation of the desired region. The numerical solution obtained in this work was verified with the analytic solution of a similar problem in an homogeneous medium. The thermal ablation process was then optimized under uncertainties in the model parameters by using the Markov chains Monte Carlo method.

(7)

Sum´

ario

Lista de Figuras viii

Lista de Tabelas x

1 Introdu¸c˜ao 1

2 Problema F´ısico e Formula¸c˜ao Matem´atica 5

2.1 Ac´ustica . . . 5 2.2 Biotransferˆencia de Calor . . . 10

3 Otimiza¸c˜ao 14

4 Resultados e Discuss˜oes 19

4.1 Verifica¸c˜ao do Problema de Ac´ustica . . . 19 4.2 Verifica¸c˜ao do Problema de Biotransferˆencia de Calor . . . 20 4.3 Resultados . . . 22

5 Conclus˜oes 29

Referˆencias Bibliogr´aficas 31

(8)

Lista de Figuras

1.1 Diferen¸ca entre os formatos de um tumor benigno e um tumor ma-ligno. Fonte: [1]. . . 2 1.2 Ilustra¸c˜ao de um transdutor de ultrassom do tipo HIFU em

funcio-namento. Adaptado de [5] . . . 3 2.1 Dom´ınio num´erico. (a) Vista completa. (b) Amplia¸c˜ao da vista ao

redor do tumor. . . 8 4.1 Compara¸c˜ao entre as solu¸c˜oes num´erica e anal´ıtica. (a) Solu¸c˜ao

num´erica p´os aquecimento. (b) Solu¸c˜ao anal´ıtica p´os aquecimento. (c) Compara¸c˜ao entre as solu¸c˜oes p´os aquecimento. (d) Solu¸c˜ao num´erica p´os resfriamento. (e) Solu¸c˜ao anal´ıtica p´os resfriamento. (f) Compara¸c˜ao entre as solu¸c˜oes p´os resfriamento. . . 23 4.2 Resultado da simula¸c˜ao ac´ustica. (a) Press˜ao ac´ustica para cada

harmˆonico no eixo do ultrassom. (b) Distribui¸c˜ao de press˜ao ac´ustica. (c) Gera¸c˜ao de energia. . . 24 4.3 (a) Temperatura ap´os o aquecimento. (b) Temperatura ap´os o

res-friamento. (c) Dano t´ermico. (d) Regi˜oes correspondentes a 0.53 ≤ Ω < 1 e Ω ≥ 1 representadas em verde e vermelho, respectivamente. . 25 4.4 Resultados da otimiza¸c˜ao. (a) Otimiza¸c˜ao da potˆencia ac´ustica. (b)

Otimiza¸c˜ao do tempo de aquecimento. . . 26 4.5 Resultados para a distribui¸c˜ao de equil´ıbrio 1. (a) Dano t´ermico. (b)

Regi˜ao correspondente a Ω ≥ 1 em vermelho. . . 27 4.6 Resultados para a distribui¸c˜ao de equil´ıbrio 2. (a) Dano t´ermico. (b)

(9)

4.7 Resultados para a distribui¸c˜ao de equil´ıbrio 3. (a) Dano t´ermico. (b) Regi˜ao correspondente a Ω ≥ 1 em vermelho. . . 28 4.8 Diferen¸ca absoluta entre os danos t´ermicos para as distribui¸c˜oes de

(10)

Lista de Tabelas

2.1 Propriedades do meio para a simula¸c˜ao do problema ac´ustico [28] . . 10 2.2 Propriedades do meio para a simula¸c˜ao do problema de

biotrans-ferˆencia de calor [28] . . . 12 4.1 Verifica¸c˜ao da simula¸c˜ao ac´ustica . . . 19 4.2 M´edias e desvios padr˜oes das distribui¸c˜oes de equil´ıbrio . . . 26

(11)

Cap´ıtulo 1

Introdu¸

ao

As c´elulas t´ıpicas que formam os tecidos do corpo humano s˜ao capazes de se multi-plicar por meio de um processo cont´ınuo e natural. A maioria dessas c´elulas cresce e morre de maneira ordenada, por´em nem todas realizam essas etapas igualmente. Os neurˆonios, por exemplo, nunca se dividem, enquanto para as c´elulas do tecido epitelial a divis˜ao ocorre de forma r´apida e cont´ınua. Dessa forma, nota-se que a prolifera¸c˜ao celular pode simplesmente representar exigˆencias naturais espec´ıficas, n˜ao necessariamente indicando alguma anormalidade [1].

Por outro lado, existem casos em que as c´elulas apresentam um crescimento n˜ao controlado e fogem parcial ou totalmente dos mecanismos de autocontrole do organismo, o que gera uma massa anormal de tecido de desenvolvimento quase autˆonomo [2]. Essa forma n˜ao controlada de crescimento celular corresponde `as neoplasias, comumente denominadas de tumores, e podem ser benignas ou malignas. As neoplasias benignas tˆem o seu crescimento geralmente lento e apresentam uma estrutura bem organizada e delimitada, sem normalmente invadir os tecidos vizinhos mas podendo comprimir os ´org˜aos e as regi˜oes adjacentes. J´a as neoplasias malignas manifestam um maior grau de autonomia e s˜ao capazes de provocar met´astase, ou seja, se dividem de forma r´apida, agressiva e incontrol´avel, espalhando-se para outra regi˜oes do corpo e ocasionando transtornos funcionais. Nota-se ent˜ao uma verdadeira perda do controle da divis˜ao celular e uma grande capacidade de invadir outras estruturas orgˆanicas. Essas neoplasias malignas representam o que ´e conhecido como cˆancer [1]. A figura 1.1 ilustra a diferen¸ca entre os formatos de ambos os tipos de neoplasias.

(12)

Figura 1.1: Diferen¸ca entre os formatos de um tumor benigno e um tumor maligno. Fonte: [1].

Os principais tipos de tratamento de cˆancer s˜ao a cirurgia oncol´ogica, a quimi-oterapia e a radiquimi-oterapia, sendo essas t´ecnicas muitas vezes utilizadas em conjunto durante o tratamento [1, 2]. O procedimento cir´urgico ´e um tratamento muitas vezes eficiente para diversos tipos de cˆancer, por´em h´a o risco do surgimento de hemorragias, infec¸c˜oes e rea¸c˜oes `a anestesia utilizada [2]. J´a o tratamento quimio-ter´apico faz uso de medicamentos administrados em intervalos regulares que variam de acordo com os esquemas terapˆeuticos e, apesar de serem eficazes em muitas si-tua¸c˜oes, podem apresentar efeitos colaterais como enjoo, vˆomito, queda de cabelo e anemia [1]. Finalmente, a radioterapia ´e um tipo de tratamento que consiste em irradiar a regi˜ao de interesse at´e que a doen¸ca seja controlada ou at´e mesmo curada, por´em pode gerar desconfortos que variam de acordo com o local irradiado, como altera¸c˜oes no paladar para a regi˜ao da cabe¸ca e altera¸c˜oes no ritmo intestinal para a regi˜ao p´elvica [1, 2].

Apesar de ser evidente que o tratamento mais adequado depende de diversos fatores, sendo fundamental o devido acompanhamento m´edico para estabelecer as diretrizes mais apropriadas, ´e de interesse obter alternativas de tratamento menos in-vasivas, principalmente quando comparadas `as cirurgias oncol´ogicas. O tratamento por Ultrassom Focalizado de Alta Intensidade (HIFU) ´e uma t´ecnica relativamente recente que consiste no uso de um transdutor de ultrassom de geometria cˆoncava, o que possibilita a concentra¸c˜ao da energia ac´ustica em uma regi˜ao espec´ıfica. Essa concentra¸c˜ao de energia, por sua vez, ocasiona o aumento de temperatura do tecido, possibilitando que seja realizado um tratamento por abla¸c˜ao t´ermica minimamente invasivo sem apresentar efeitos colaterais relevantes [3, 4]. A figura 1.2 mostra a ilustra¸c˜ao de um transdutor de ultrassom do tipo HIFU em funcionamento.

(13)

Figura 1.2: Ilustra¸c˜ao de um transdutor de ultrassom do tipo HIFU em funcionamento. Adaptado de [5]

Este trabalho tem como objetivo apresentar o estudo da simula¸c˜ao do trata-mento de um tumor por HIFU, seguido de uma an´alise de otimiza¸c˜ao sob incertezas. Considera-se aqui uma situa¸c˜ao idealizada de uma regi˜ao retangular bidimensional, a qual ser´a utilizada como modelo simplificado. Primeiramente ser´a abordado o estudo da ac´ustica do ultrassom realizado com o aux´ılio do toolbox k-Wave, es-crito em MATLAB, com o objetivo de calcular a gera¸c˜ao de energia proveniente do transdutor. Para isso, ser˜ao apresentadas as equa¸c˜oes resolvidas pelo programa que governam o problema, assim como a base te´orica do m´etodo num´erico utili-zado para trabalhar com frequˆencias elevadas. Em seguida, ser´a apresentado um estudo de transmiss˜ao de calor considerando a gera¸c˜ao de energia j´a ent˜ao obtida, com o objetivo de descobrir a distribui¸c˜ao de temperatura ap´os o aquecimento. A equa¸c˜ao de biotransferˆencia de calor foi resolvida pelo m´etodo de diferen¸cas finitas, e a solu¸c˜ao num´erica obtida foi verificada com a solu¸c˜ao anal´ıtica de um problema similar, por´em considerando um meio homogˆeneo. O modelo de dano t´ermico de Ar-rhenius [6] foi considerado para que, uma vez tendo estabelecido a potˆencia ac´ustica do transdutor e o tempo de aquecimento, fosse poss´ıvel obter o campo de tempera-tura e criar uma estimativa da regi˜ao afetada pela abla¸c˜ao t´ermica. Finalmente, foi realizado um estudo de otimiza¸c˜ao sob incertezas por meio de uma inferˆencia

(14)

Bayesi-ana [7], para que fosse poss´ıvel estabelecer previamente a regi˜ao afetada de interesse e, com isso, selecionar os valores otimizados da potˆencia ac´ustica e do tempo de aquecimento para o tratamento ideal. O m´etodo de Monte Carlo com cadeias de Markov, implementado por meio do algoritmo de Metropolis-Hastings [7, 8, 9], foi utilizado como o procedimento de otimiza¸c˜ao.

(15)

Cap´ıtulo 2

Problema F´ısico e Formula¸

ao

Matem´

atica

2.1

Ac´

ustica

Na ac´ustica cl´assica, trˆes hip´oteses fundamentais s˜ao consideradas para a an´alise de um problema: pequenas flutua¸c˜oes de campo, ausˆencia de dissipa¸c˜ao de energia e ausˆencia de campos de for¸ca. Portanto, para um problema linearizado com o meio homogˆeneo e em repouso, ´e poss´ıvel estabelecer as seguintes rela¸c˜oes [10]:

∂ρ ∂t + ρ0∇ · v = 0 (2.1) ∂v ∂t + 1 ρ0 ∇p = 0 (2.2) p = c20ρ (2.3)

Nas equa¸c˜oes acima, ρ ´e a flutua¸c˜ao de massa espec´ıfica, ρ0 ´e a massa espec´ıfica

m´edia, v ´e o vetor de flutua¸c˜ao de velocidade da part´ıcula, p ´e a flutua¸c˜ao de press˜ao e c0, a velocidade m´edia de propaga¸c˜ao do som no meio. As rela¸c˜oes de conserva¸c˜ao

de massa e de quantidade de movimento linear s˜ao representadas pelas equa¸c˜oes (2.1) e (2.2), respectivamente, enquanto a equa¸c˜ao (2.3) representa a rela¸c˜ao entre as flutua¸c˜oes da press˜ao ac´ustica e da massa espec´ıfica proveniente da equa¸c˜ao de

(16)

estado. Essas trˆes rela¸c˜oes acopladas resultam na equa¸c˜ao da onda [10].

No caso do tratamento por HIFU, o aumento da temperatura do tecido ocorre devido `a absor¸c˜ao de energia, o que indica que ser´a necess´ario considerar uma ate-nua¸c˜ao, impossibilitando assim a hip´otese de n˜ao dissipa¸c˜ao de energia. O toolbox k-Wave, utilizado neste trabalho para simular o problema ac´ustico, modela a ate-nua¸c˜ao por meio da lei de potˆencia conforme a equa¸c˜ao (2.4). Nesse modelo, a ´e a atenua¸c˜ao por unidade de comprimento, a0 ´e o fator da lei de potˆencia, f0 ´e

a frequˆencia temporal e z ´e o expoente da lei de potˆencia [11]. Atenua¸c˜oes que obedecem a essa rela¸c˜ao s˜ao observadas em diferentes materiais, incluindo tecidos biol´ogicos [12, 13].

a = a0(2πf0)z (2.4)

Portanto, considerando a dissipa¸c˜ao de energia e a heterogeneidade do meio, ´e poss´ıvel escrever o novo sistema de equa¸c˜oes para o problema de propaga¸c˜ao das ondas de ultrassom nos tecidos da seguinte forma [14, 15]:

∂ρ ∂t + ρ0∇ · v + v · ∇ρ0 = 0 (2.5) ∂v ∂t + 1 ρ0 ∇p = 0 (2.6) p = c20(ρ + d · ∇ρ0− Jρ) (2.7)

Nessa formula¸c˜ao, d representa o vetor de deslocamento da part´ıcula e J , re-presentado pela equa¸c˜ao (2.8), ´e um operador particular que engloba a atenua¸c˜ao modelada pela lei de potˆencia e os efeitos de dispers˜ao [16, 17]. Essas condi¸c˜oes s˜ao satisfeitas considerando os intervalos dos parˆametros da atenua¸c˜ao (a0 e z) que s˜ao

observados nos tecidos biol´ogicos [18].

J = −2a0cz−10 ∂ ∂t −∇ 2z2−1 + 2a0cz0tan πz 2  −∇2z+12 −1 (2.8) Al´em disso, a distribui¸c˜ao de press˜ao na superf´ıcie de um transdutor de ultrassom do tipo HIFU ´e consideravelmente alta, o que resulta em magnitudes elevad´ıssimas de

(17)

press˜ao na regi˜ao focal e assume a n˜ao linearidade do problema [19, 20]. Nesse caso, termos adicionais precisam ser encorporados `as equa¸c˜oes governantes [21]. Ape-sar do k-Wave n˜ao modelar todos os efeitos de n˜ao linearidade que podem ocorrer em um fluido, o programa inclui dois termos que englobam os efeitos acumulativos da n˜ao linearidade, resultando em uma precis˜ao boa o suficiente para modelar di-versas aplica¸c˜oes biom´edicas com ultrassom [22, 23]. Realizando ent˜ao as devidas adapta¸c˜oes, o novo sistema de equa¸c˜oes resolvidas pelo k-Wave se torna conforme representado abaixo [24, 17], onde o termo B/A representa o parˆametro de n˜ao linearidade. ∂ρ ∂t + (2ρ + ρ0)∇ · v + v · ∇ρ0 = 0 (2.9) ∂v ∂t + 1 ρ0 ∇p = 0 (2.10) p = c20  ρ + d · ∇ρ0+ B 2A ρ2 ρ0 − Jρ  (2.11) O modelo de onda plana ´e utilizado para calcular o termo fonte proveniente do transdutor. Para isso, ´e necess´ario computar a gera¸c˜ao de energia para diferentes harmˆonicos, ou seja, considerar atenua¸c˜oes e press˜oes ac´usticas para frequˆencias que s˜ao m´ultiplas inteiras da frequˆencia fundamental. Portanto, a gera¸c˜ao de energia do transdutor pode ser calculada pela equa¸c˜ao (2.12), onde N representa o n´umero de harmˆonicos considerado [23].

Q = N X n=1 a(fn) p2n ρ0c0 (2.12) Ent˜ao, o objetivo principal ser´a encontrar, por meio das equa¸c˜oes (2.9), (2.10) e (2.11), o campo de press˜ao ac´ustica no dom´ınio analisado. Uma vez obtida a distribui¸c˜ao de press˜ao, ser´a poss´ıvel calcular o termo fonte do ultrassom por meio da equa¸c˜ao (2.12), possibilitando assim a an´alise do problema de biotransferˆencia de calor.

A simula¸c˜ao realizada considera um dom´ınio 2D de formato retangular com di-mens˜oes 45 mm x 45 mm, conforme ilustrado pela figura 2.1. A regi˜ao consiste

(18)

em camadas de ´agua (azul claro), pele (epiderme, derme e hipoderme) e m´usculo, com espessuras de 26 mm, 0,1 mm, 1,5 mm, 4 mm e 13 mm respectivamente. A regi˜ao amarela de formato retangular representa o tumor a ser tratado pela abla¸c˜ao t´ermica, o qual possui dimens˜oes 1 mm x 5 mm e est´a localizado no eixo do ultras-som (y = 0). Foi considerado que o ponto focal do transdutor coincide exatamente com o centro da regi˜ao retangular que representa o tumor.

(a) (b)

Figura 2.1: Dom´ınio num´erico. (a) Vista completa. (b) Amplia¸c˜ao da vista ao redor do tumor.

Para o caso analisado neste trabalho, foi observado que a magnitude de press˜ao ac´ustica do quarto harmˆonico era muito pequena quando comparada `as magnitu-des dos trˆes primeiros. Portanto, o somat´orio representado pela equa¸c˜ao (2.12) foi limitado a N = 3. Ap´os ser feita uma an´alise de convergˆencia dos valores obtidos na simula¸c˜ao, a regi˜ao num´erica foi discretizada por uma malha de 216 x 216 pon-tos, o que resultou em uma resolu¸c˜ao espacial de aproximadamente 0,21 mm, valor suficiente para suportar a frequˆencia dos trˆes harmˆonicos considerados.

Um transdutor do modelo SU-142 Sonic Concepts com raio r = 35 mm e diˆametro D = 33 mm operando a uma frequˆencia fundamental f0 = 1, 1 MHz foi considerado

nesta an´alise. A distribui¸c˜ao de press˜ao na fonte ´e uma onda cont´ınua senoidal do tipo pf onte = p0sen(2πf0t), a qual resulta em uma potˆencia ac´ustica P = 15 W.

Considerando o modelo de onda plana, o valor da amplitude da press˜ao na fonte pode ser calculado pela equa¸c˜ao indicada abaixo, onde If onte e S representam,

(19)

res-pectivamente, a intensidade m´edia na fonte e a ´area da superf´ıcie do transdutor. P = Z If ontedS = p20 2ρ0c0 S ⇒ p0 = r 2P ρ0c0 S ∴ p0 = 222, 5 kPa (2.13) Ao analisar problemas de altas frequˆencias, ´e observado que as t´ecnicas cl´assicas de solu¸c˜ao num´erica de equa¸c˜oes diferenciais, como o m´etodo de diferen¸cas finitas, requerem por volta de 10 pontos por comprimento de onda para obter uma boa precis˜ao, o que resulta em uma demanda computacional elevad´ıssima para compu-tadores convencionais. O toolbox k-Wave resolve numericamente as equa¸c˜oes que governam o problema ac´ustico por meio do m´etodo pseudo-espectral k-space, onde as derivadas espaciais s˜ao calculadas pelo m´etodo de coloca¸c˜ao espectral [25, 24]. Esse m´etodo permite que seja poss´ıvel, por meio da Transformada de Fourier, sair do dom´ınio do espa¸co para um dom´ınio an´alogo `a frequˆencia espacial, ou seja, o dom´ınio do n´umero de onda, que pode ser interpretado como a quantidade de ondas completas por unidade de comprimento. A matem´atica ´e rigorosamente a mesma da convencionalmente usada para sair do dom´ınio do tempo para o dom´ınio da frequˆencia. Essa t´ecnica permite que as derivadas sejam aproximadas pela resolu¸c˜ao de in´umeras FFT’s, o que possibilita o uso de aproximadamente 3 pontos por com-primento de onda, assim reduzindo consideravelmente o tempo de processamento.

Uma vez usando o m´etodo de coloca¸c˜ao espectral de Fourier para calcular as derivadas espaciais, o m´etodo de diferen¸cas finitas expl´ıcito ´e usado para obter a solu¸c˜ao das derivadas temporais, o que implica em conhecer os valores do passo de tempo que garantam a estabilidade do m´etodo. Para isso, o k-Wave utiliza como referˆencia a condi¸c˜ao Courant–Friedrichs–Lewy (CFL) de acordo com a seguinte rela¸c˜ao:

∆t = CFL∆x cmax

(2.14) Na equa¸c˜ao (2.14), cmax representa o valor m´aximo da velocidade do som no

meio. O k-Wave assume como padr˜ao a rela¸c˜ao CFL = 0, 3 com o argumento de que esse valor normalmente resulta em uma boa rela¸c˜ao entre a precis˜ao da solu¸c˜ao num´erica e o tempo de processamento do c´odigo [17, 26, 27], sendo ent˜ao o valor considerado durante a simula¸c˜ao.

(20)

Em rela¸c˜ao `as condi¸c˜oes de contorno do problema ac´ustico, foi considerado o uso da Perfectly Matched Layers (PML) englobando o dom´ınio num´erico. Esse tipo de condi¸c˜ao de contorno aplica uma fina camada perif´erica que promove uma absor¸c˜ao das ondas propagantes suficiente para que elas n˜ao sejam refletidas para o dom´ınio em an´alise. Por padr˜ao, o k-Wave adiciona 40 pontos para cada dire¸c˜ao, gerando uma malha final de 256 x 256 pontos. Nota-se que o n´umero de pontos ´e uma potˆencia de 2, o que ´e de fato proposital, uma vez que as FFT’s s˜ao resolvidas mais rapidamente quando o n´umero de pontos da malha tem menos fatores primos [17]. Para a condi¸c˜ao inicial, foi considerado que a distribui¸c˜ao de press˜ao no in´ıcio da simula¸c˜ao era nula. As propriedades f´ısicas do meio para a simula¸c˜ao ac´ustica est˜ao indicadas na tabela 2.1 [28].

Tabela 2.1: Propriedades do meio para a simula¸c˜ao do problema ac´ustico [28]

´

Agua Epiderme Derme Hipoderme M´usculo Tumor

c0 (m/s) 1500 1480 1480 1480 1580 1560

ρ0 (kg/m3) 1000 1100 1100 970 1070 1070

a0 (dB/cmMHz1.2) 0,0022 0,6000 0,6000 0,6000 0,6700 0,6700

B/A 5,20 7,87 7,87 10,00 7,43 7,43

O intervalo de tempo definido para a simula¸c˜ao foi de 50 µs, valor suficiente para que fosse atingido o regime permanente. Em seguida, as press˜oes ac´usticas referentes a cada harmˆonico foram armazenadas, possibilitando ent˜ao o c´alculo do termo fonte proveniente do transdutor e a an´alise do problema de biotransferˆencia de calor. Os resultados da simula¸c˜ao do problema de ac´ustica est˜ao representados na se¸c˜ao 4.3.

2.2

Biotransferˆ

encia de Calor

Os problemas de transmiss˜ao de calor em tecidos biol´ogicos s˜ao usualmente mode-lados por meio da equa¸c˜ao de Pennes [29]. Essa rela¸c˜ao considera n˜ao apenas a troca de calor por condu¸c˜ao entre os tecidos, mas tamb´em um termo convectivo referente `a perfus˜ao sangu´ınea e uma gera¸c˜ao de energia proveniente das atividades

(21)

metab´olicas do organismo. Caso necess´ario, quaisquer outras fontes de calor podem ser implementadas na equa¸c˜ao. Portanto, a equa¸c˜ao governante do problema de transmiss˜ao de calor pode ser representada por [29]:

ρ0c

∂T

∂t = ∇ · (k∇T ) + wbρbcb(Tb− T ) + Q + Qm (2.15) Na equa¸c˜ao (2.15), o ´ındice b representa o sangue, w representa a taxa de perfus˜ao sangu´ınea e os termos Q e Qm, as gera¸c˜oes de energia provenientes do aquecimento

externo e do metabolismo, respectivamente. No tratamento por HIFU, o termo fonte do ultrassom ´e muito elevado quando comparado `a gera¸c˜ao de energia do metabolismo e ao termo referente `a perfus˜ao sangu´ınea. Portanto, esses dois ´ultimos termos podem ser negligenciados, e a equa¸c˜ao que governa o problema de transmiss˜ao de calor fica representada por:

ρ0c

∂T

∂t = ∇ · (k∇T ) + Q (2.16)

Uma vez obtida a distribui¸c˜ao de temperatura ap´os o tratamento, ´e poss´ıvel es-tabelecer uma estimativa da regi˜ao afetada pelo tratamento de abla¸c˜ao t´ermica. O modelo de dose t´ermica [30], representado pela equa¸c˜ao (2.17), estabelece a quan-tidade de minutos equivalentes de exposi¸c˜ao a uma temperatura de 43 °C. Apesar da sensibilidade ao calor depender n˜ao apenas do indiv´ıduo, mas tamb´em do tipo de tecido biol´ogico analisado, ´e considerado que a partir dessa temperatura a taxa de morte celular aumenta consideravelmente [30]. Esse modelo ´e muito usado em estudos sobre o tratamento de tumores por hipertermia, principalmente quando o per´ıodo de exposi¸c˜ao ´e longo [30, 31].

DT = Z t0

0

R43−T (t)dt (2.17) Em contrapartida, o modelo de Arrhenius [6] ´e adequado para representar os da-nos t´ermicos irrevers´ıveis em experimentos que envolvem r´apidos aquecimentos [32]. Essa rela¸c˜ao ´e bem aplicada em estudos que envolvem processos de desnatura¸c˜ao de prote´ınas [33], sendo um adequado modelo de dano para o tratamento por abla¸c˜ao com HIFU. Portanto, a rela¸c˜ao de Arrhenius foi considerada para calcular o dano t´ermico Ω, conforme a equa¸c˜ao (2.18), onde A indica um fator de frequˆencia, Ea

(22)

re-presenta a energia de ativa¸c˜ao e R ´e a constante universal dos gases perfeitos [6, 34]. Ω = Z t0 0 A exp  − Ea R T (t)  dt (2.18)

Os autores de [6] realizaram estudos sobre queimaduras em pele de porco e assumiram que queimaduras de primeiro grau ocorrem para Ω = 0, 53, enquanto as de segundo grau ocorrem para Ω = 1. Posteriormente, foi estimado que, para Ω = 104, aparecem queimaduras de terceiro grau [35]. Logo, o valor de Ω = 1 ´e um modelo frequentemente utilizado como limiar para contabilizar danos irrevers´ıveis.

As temperaturas iniciais das camadas de ´agua e de tecido biol´ogico foram consi-deradas iguais a 25 °C e 37 °C, respectivamente. Essas temperaturas foram manti-das constantes no per´ımetro do dom´ınio durante toda a simula¸c˜ao, o que definiu as condi¸c˜oes de contorno do tipo Dirichlet. A equa¸c˜ao (2.16) foi ent˜ao resolvida nume-ricamente pelo m´etodo de diferen¸cas finitas expl´ıcito e, assim como na simula¸c˜ao do problema ac´ustico, foi necess´ario analisar para quais valores de ∆t o m´etodo seria est´avel. Para isso, foi utilizada a rela¸c˜ao indicada abaixo [36], onde αmax indica a

difusividade t´ermica m´axima presente no meio:

∆t ≤ 1 2αmax  1 ∆x2 + 1 ∆y2  (2.19)

Para o c´alculo de Ω, os valores dos parˆametros usados foram A = 1, 82× 1051 s−1, Ea= 3, 27×105 J/mol e R = 8, 31 J/molK [37]. As propriedades f´ısicas do meio

con-sideradas para a simula¸c˜ao do problema t´ermico est˜ao indicadas na tabela 2.2 [28].

Tabela 2.2: Propriedades do meio para a simula¸c˜ao do problema de biotransferˆencia de calor [28]

´

Agua Epiderme Derme Hipoderme M´usculo Tumor

c (J/kg◦C) 4200 3600 3600 3600 3630 3630

k (W/m◦C) 0,61 0,29 0,29 0,29 0,51 0,51

No tratamento por abla¸c˜ao t´ermica com HIFU, o tecido ´e inicialmente aquecido e posteriormente submetido a um per´ıodo de resfriamento. Esse intervalo de tempo ´e de total relevˆancia, uma vez que ap´os a interrup¸c˜ao do aquecimento externo o

(23)

tecido ainda se encontra a elevadas temperaturas, fazendo com que o dano t´ermico seja acumulado at´e que a temperatura m´axima da regi˜ao afetada pela abla¸c˜ao seja reduzida at´e deixar de ocasionar a destrui¸c˜ao do tecido. Para isso, os tempos de aquecimento e de resfriamento foram considerados iguais a 2 segundos e 90 segundos, respectivamente, e o dano t´ermico Ω foi calculado por meio da equa¸c˜ao (2.18). O resultado da simula¸c˜ao do problema de biotransferˆencia de calor est´a ilustrado na se¸c˜ao 4.3.

(24)

Cap´ıtulo 3

Otimiza¸

ao

Durante as simula¸c˜oes num´ericas realizadas neste trabalho, foi notado que a regi˜ao afetada pelo tratamento depende diretamente da potˆencia ac´ustica do transdutor e do tempo de aquecimento. Para os resultados obtidos, os valores desses dois parˆametros foram mantidos constantes, o que resultou em uma distribui¸c˜ao do dano t´ermico Ω espec´ıfica. Isso mostra que a simula¸c˜ao para se obter a estimativa da regi˜ao afetada ´e at´e ent˜ao um processo iterativo, ou seja, s˜ao testados diferentes valores tanto para a potˆencia ac´ustica quanto para o tempo de aquecimento, at´e que seja obtido o dano t´ermico necess´ario para proporcionar a abla¸c˜ao t´ermica da regi˜ao de interesse sem afetar a regi˜ao adjacente.

Portanto, ´e de grande interesse encontrar valores otimizados da potˆencia ac´ustica e do tempo de aquecimento, para que seja poss´ıvel estabelecer previamente a regi˜ao de interesse a sofrer abla¸c˜ao e garantir a efic´acia do tratamento. Para isso, um estudo de otimiza¸c˜ao foi feito por meio de uma inferˆencia Bayesiana, onde foram levadas em considera¸c˜ao informa¸c˜oes a priori dos parˆametros e incertezas toler´aveis para a regi˜ao afetada pela abla¸c˜ao t´ermica [7].

Considerando as equa¸c˜oes que governam o problema direto, ´e poss´ıvel estabelecer o vetor P que cont´em todos os parˆametros da formula¸c˜ao matem´atica, como, por exemplo, as propriedades do meio e as propriedades do ultrassom. Portanto, o vetor P pode ser representado conforme indicado abaixo, onde i equivale ao n´umero de parˆametros considerados [8].

(25)

De maneira an´aloga, ´e poss´ıvel estabelecer o vetor Y que cont´em as vari´aveis que s˜ao o objetivo do processo de otimiza¸c˜ao, incluindo a ent˜ao desejada regi˜ao afetada pela abla¸c˜ao. Portanto, para um total de j vari´aveis, ´e poss´ıvel representar o vetor Y como [8]:

Y = [Y1, Y2, ..., Yj] (3.2)

Logo, ´e poss´ıvel relacionar as vari´aveis que s˜ao o objetivo da otimiza¸c˜ao com a solu¸c˜ao da formula¸c˜ao matem´atica do problema, conforme representado por (3.3). Nessa equa¸c˜ao, f (P) representa a solu¸c˜ao da formula¸c˜ao matem´atica e ε indica as toleradas incertezas do modelo exato [8].

Y = f(P) + ε ε = Y − f(P) (3.3)

Na an´alise de otimiza¸c˜ao sob incertezas por meio de uma abordagem Bayesiana, o m´etodo utilizado para combinar as novas informa¸c˜oes com as medidas adquiridas anteriormente ´e o teorema de Bayes, representado pela equa¸c˜ao (3.4). Nessa rela¸c˜ao, πposteriori(P) ´e a densidade de probabilidade a posteriori, π(P) ´e a densidade a

pri-ori, π(Y|P) ´e a fun¸c˜ao de verossimilhan¸ca e π(Y) ´e a densidade de probabilidade marginal das medidas, a qual assume o papel de uma constante de normaliza¸c˜ao [7].

πposteriori(P) = π(P|Y) =

π(P)π(Y|P)

π(Y) (3.4)

Para a solu¸c˜ao do problema de otimiza¸c˜ao, as densidades de probabilidade s˜ao assumidas como distribui¸c˜oes normais. Portanto, a distribui¸c˜ao dos erros π(ε) pode ser representada como [7, 8]:

π(ε) = (2π)−1/2|W|−1/2exp  −1 2εW −1 εT  (3.5) Na equa¸c˜ao acima, foi assumido que a distribui¸c˜ao π(ε) apresenta m´edia nula. Al´em disso, W ´e a matriz de variˆancia, sendo representada por:

(26)

Aplicando a rela¸c˜ao representada por (3.3), podemos substituir o valor de ε na rela¸c˜ao indicada acima de modo a obter a fun¸c˜ao de verossimilhan¸ca:

π(Y|P) = π(ε) = (2π)−1/2|W|−1/2exp  −1 2[Y − f(P)]W −1 [Y − f(P)]T  (3.7) Uma vez tendo formulado a fun¸c˜ao de verossimilhan¸ca, ´e poss´ıvel, com base no mesmo racioc´ınio, representar a distribui¸c˜ao a priori com um modelo de distri-bui¸c˜ao normal, onde V representa a matriz de variˆancia e µ, o vetor que cont´em as m´edias [7, 8]: π(P) = (2π)−1/2|V|−1/2exp  −1 2(P − µ)V −1 (P − µ)T  (3.8) A solu¸c˜ao anal´ıtica de π(Y) ´e muitas vezes dif´ıcil, e normalmente n˜ao ´e necess´aria para fins pr´aticos durante a an´alise de otimiza¸c˜ao. Portanto, o teorema de Bayes normalmente ´e escrito da seguinte forma [7]:

πposteriori(P) = π(P|Y) ∝ π(P)π(Y|P) (3.9)

A equa¸c˜ao acima mostra que ´e de interesse maximizar a fun¸c˜ao de verossimi-lhan¸ca, sendo ent˜ao necess´ario minimizar o seu expoente [7, 8]. Aplicando o lo-garitmo natural na equa¸c˜ao (3.9), ficamos com a rela¸c˜ao indicada abaixo, onde C representa o logaritmo natural dos termos das equa¸c˜oes (3.7) e (3.8) que aparecem fora do expoente, o qual n˜ao ´e contabilizado durante a simula¸c˜ao computacional [7].

ln[π(P|Y)] ∝ −1

2(P − µ)V

−1

(P − µ)T + [Y − f(P)]W−1[Y − f(P)]T + C (3.10) Neste trabalho, a distribui¸c˜ao a posteriori ´e explorada por meio do algoritmo de Metropolis-Hastings utilizado no m´etodo de Monte Carlo via cadeias de Markov (MCMC) [7, 8, 9, 38, 39]. Uma vez dado o estado atual P(t) da cadeia de Markov, a implementa¸c˜ao do algoritmo come¸ca com a sele¸c˜ao de uma distribui¸c˜ao q(P∗|P(t)),

que ´e usada para selecionar um novo candidato P∗. Para evitar eventuais casos onde πposteriori(P(t))q(P∗|P(t)) > πposteriori(P∗)q(P(t)|P∗), ou seja, o processo sai de P(t)

(27)

´e introduzida para que a condi¸c˜ao de reversibilidade seja satisfeita. Essa rela¸c˜ao pode ser representada pela equa¸c˜ao (3.11).

πposteriori(P(t))q(P∗|P(t))ψ(P∗|P(t)) = πposteriori(P∗)q(P(t)|P∗) (3.11)

Portanto, ψ(P∗|P(t)) pode ser expressada pela equa¸c˜ao (3.12), tamb´em chamada de raz˜ao de Metropolis-Hastings, onde ψ(P∗|P(t)) = 1 quando

πposteriori(P(t)q(P∗|P(t)) = πposteriori(P∗)q(P(t)|P∗). ψ(P∗|P(t)) = min " 1, πposteriori(P ∗ )q(P(t)|P∗) πposteriori(P(t))q(P∗|P(t)) # (3.12) O algoritmo de Metropolis-Hastings pode ser resumido pelas seguintes etapas [9]:

1. Assumir t = 1 e come¸car a cadeia de Markov com a condi¸c˜ao inicial P(1). 2. Gerar o candidato P∗ de uma distribui¸c˜ao q(P∗|P(t)).

3. Calcular a probabilidade ψ(P∗|P(t)) por meio da equa¸c˜ao (3.12).

4. Gerar um valor aleat´orio U (0, 1), o qual ´e uniformemente distribu´ıdo no inter-valo (0, 1).

5. Se U (0, 1) ≤ ψ(P∗|P(t)), estabelecer P(t+1) = P∗. Caso contr´ario, estabelecer P(t+1) = P(t).

6. Assumir t = t+1 e retornar ao item 2 para criar a sequˆencia P(1), P(2), ..., P(n). Dessa forma, a sequˆencia gerada para representar a distribui¸c˜ao a posteriori ´e obtida por meio da inferˆencia das amostras P(1), P(2), ..., P(n) Foi notado que os va-lores iniciais de P(t) devem ser ignorados, uma vez que a cadeia ainda n˜ao convergiu `

a situa¸c˜ao de equil´ıbrio [38, 39].

Como o estudo de otimiza¸c˜ao exige que o problema direto seja resolvido in´umeras vezes, o dom´ınio num´erico foi reduzido o suficiente para que a simula¸c˜ao pudesse ser realizada durante um per´ıodo toler´avel. Para isso, foi considerada a situa¸c˜ao hipot´etica onde um transdutor com diˆametro e raio de curvatura iguais a 2 mm ope-rava a uma frequˆencia fundamental de 3 MHz dentro de um dom´ınio quadrangular com lado igual a 3 mm, o qual foi discretizado por uma malha com 64 x 64 pontos,

(28)

j´a incluindo a PML, proporcionando assim uma resolu¸c˜ao espacial de 0,125 mm. O meio foi assumido como homogˆeneo, com propriedades iguais `as do tecido muscular, e as fun¸c˜oes a priori foram centradas nos valores presentes nas tabelas 2.1 e 2.2, com desvios padr˜oes relativos de 10−4 e 0,05. O maior desvio padr˜ao foi aplicado apenas ao tempo de aquecimento e `a potˆencia ac´ustica, os quais foram os parˆametros de maior importˆancia nesse trabalho. A fun¸c˜ao de verossimilhan¸ca foi centrada em valores unit´arios dentro do tumor, ou seja, admitindo que tal regi˜ao iria sofrer quei-maduras de segundo grau (Ω ≥ 1) e nulos no restante da regi˜ao (Ω < 1). A solu¸c˜ao otimizada foi considerada aceit´avel com desvios padr˜ao de 0,001. Os resultados da an´alise de otimiza¸c˜ao est˜ao indicados na se¸c˜ao 4.3.

(29)

Cap´ıtulo 4

Resultados e Discuss˜

oes

4.1

Verifica¸

ao do Problema de Ac´

ustica

Como forma de verificar as respostas encontradas pelo k-Wave, uma nova simula¸c˜ao foi feita considerando as informa¸c˜oes contidas em [40], onde os autores apresentam os valores da press˜ao m´axima na regi˜ao focal para diferentes potˆencias. Os campos de press˜ao foram gerados por meio de um ultrassom da mesma fabricante, por´em de modelo SU-101. Logo, para o novo problema, foi necess´ario apenas alterar os parˆametros do transdutor, os quais est˜ao especificados no cat´alogo do fabricante ilustrado no Apˆendice A, al´em das propriedades f´ısicas do meio.

Tabela 4.1: Verifica¸c˜ao da simula¸c˜ao ac´ustica

Potˆencia ac´ustica (W) Press˜ao m´axima (MPa) Erro relativo (%) Dados de [40] Este estudo  Eestudo− Eautor

Eautor  15 6,41 6,30 -1,72 25 8,28 8,71 5,19 35 9,79 10,60 8,27 50 11,71 12,82 9,45

A compara¸c˜ao entre os valores da press˜ao ac´ustica m´axima obtidos na nova simula¸c˜ao e os indicados em [40] est´a ilustrada na tabela 4.1. Como esperado, os valores gerados pelo k-Wave mostraram uma rela¸c˜ao aceit´avel com os dados do experimento. E poss´ıvel notar que os valores divergem para potˆ´ encias ac´usticas

(30)

cada vez maiores, o que ocorre principalmente pois, `a medida em que a potˆencia ac´ustica ´e aumentada, as magnitudes de press˜ao crescem e amplificam os efeitos de n˜ao linearidade do problema, o que resulta em uma menor concordˆancia entre valores obtidos por metodologias diferentes.

4.2

Verifica¸

ao do Problema de Biotransferˆ

encia

de Calor

O c´odigo computacional desenvolvido em MATLAB para resolver o problema t´ermico foi verificado por meio da solu¸c˜ao anal´ıtica de um problema similar, por´em considerando um meio homogˆeneo onde foram adotadas as propriedades f´ısicas do tecido muscular. Uma vez considerando as mesmas condi¸c˜oes iniciais e de contorno, o problema assume a seguinte formula¸c˜ao matem´atica:

k α ∂T ∂t = ∇ · (k∇T ) + Q, 0 < x < L, 0 < y < L, t > 0 (4.1) T = f (x), x = 0, 0 < y < L, t > 0 (4.2) T = f (x), x = L, 0 < y < L, t > 0 (4.3) T = f (x), y = 0, 0 < x < L, t > 0 (4.4) T = f (x), y = L, 0 < x < L, t > 0 (4.5) T = f (x), 0 ≤ x ≤ L, 0 ≤ y ≤ L, t = 0 (4.6) Nessa formula¸c˜ao, α e k representam a difusividade t´ermica e a condutividade t´ermica, respectivamente, enquanto L representa o lado do dom´ınio num´erico igual a 45 mm. Al´em disso, f (x) indica a distribui¸c˜ao de temperatura ao longo da dire¸c˜ao x, e pode ser representada pela equa¸c˜ao (4.7), onde T1 = 25 °C e T2 = 37 °C. O

(31)

termo adicional x1representa a espessura da camada d’´agua, de valor igual a 26 mm. f (x) =      T1, se 0 ≤ x ≤ x1 T2, se x1 < x ≤ L (4.7)

Com a substitui¸c˜ao T = θ + f (x), ´e poss´ıvel reescrever a formula¸c˜ao matem´atica de tal forma que as condi¸c˜oes inicial e de contorno sejam nulas. Logo, o problema ser´a matematicamente representado por:

k α ∂θ ∂t = ∇ · (k∇θ) + Q ∗ , 0 < x < L, 0 < y < L, t > 0 (4.8) θ = 0, x = 0, 0 < y < L, t > 0 (4.9) θ = 0, x = L, 0 < y < L, t > 0 (4.10) θ = 0, y = 0, 0 < x < L, t > 0 (4.11) θ = 0, y = L, 0 < x < L, t > 0 (4.12) θ = 0, 0 ≤ x ≤ L, 0 ≤ y ≤ L, t = 0 (4.13)

Na equa¸c˜ao (4.8), Q∗ cont´em tanto a gera¸c˜ao de energia quanto a segunda deri-vada de f (x), como mostrado pela rela¸c˜ao a seguir:

Q∗ = Q + kd

2f (x)

dx2 (4.14)

Como o problema envolve um dom´ınio bidimensional e apresenta uma gera¸c˜ao de energia dependente tanto do espa¸co quanto do tempo, ser´a feito uso da T´ecnica de Transformada Integral Cl´assica (CITT) [41, 42]. De acordo com [41], o problema assume a solu¸c˜ao indicada pela equa¸c˜ao (4.15), onde (4.16) e (4.17) representam termos auxiliares que constituem a solu¸c˜ao anal´ıtica.

(32)

θ =  2 L 2 ∞ X m=1 ∞ X n=1 senmπ L x  sennπ L y  ˜θ (4.15) ˜ θ = α exp  −α tπ L 2 (m2+ n2)  Z t0 0 ˜ Q exp  α tπ L 2 (m2+ n2)  dt (4.16) ˜ Q = Z L 0 Z L 0 senmπ L x  sennπ L y  Q∗dxdy (4.17)

Essa solu¸c˜ao envolve s´eries e integrais que precisam ser resolvidas numericamente. Foi notado que, caso fosse mantida a malha utilizada nos problemas anteriores, os valores obtidos para a solu¸c˜ao anal´ıtica ainda n˜ao iriam convergir para a solu¸c˜ao real. Para que fosse ent˜ao poss´ıvel obter valores devidamente precisos, foi utilizada uma malha inicial de 984 x 984 pontos, gerando uma malha final de 1024 x 1024 pontos com a adi¸c˜ao da PML. Isso resultou em uma resolu¸c˜ao espacial de aproxima-damente 0,05 mm e possibilitou que as integrais fossem numericamente resolvidas de maneira adequada. Al´em disso, para que as s´eries assumissem um pequeno erro de truncamento ao serem numericamente resolvidas, foi adotado o valor m´aximo de 1250 para os ´ındices m e n.

A figura 4.1 mostra a compara¸c˜ao entre as solu¸c˜oes num´erica e anal´ıtica. As figuras 4.1c e 4.1f ilustram, respectivamente, as diferen¸cas absolutas entre ambas as solu¸c˜oes considerando os per´ıodos ap´os o aquecimento e ap´os o resfriamento. Foi notada uma boa equivalˆencia entre as solu¸c˜oes, o que permitiu comprovar a efic´acia do m´etodo de solu¸c˜ao num´erica utilizado para resolver o problema de transmiss˜ao de calor.

4.3

Resultados

´

E poss´ıvel perceber pela figura 4.2a que a press˜ao ac´ustica referente ao terceiro harmˆonico j´a ´e pequena quando comparada `a do primeiro, o que mostra que n˜ao h´a necessidade de computar as informa¸c˜oes do quarto harmˆonico em diante. Conside-rando ent˜ao as press˜oes dos trˆes primeiros harmˆonicos, ´e poss´ıvel encontrar o campo de press˜ao no dom´ınio (figura 4.2b), com valor m´aximo 5,53 MPa. Aplicando os

(33)

(a) (b) (c)

(d) (e) (f)

Figura 4.1: Compara¸c˜ao entre as solu¸c˜oes num´erica e anal´ıtica. (a) Solu¸c˜ao num´erica p´os aquecimento. (b) Solu¸c˜ao anal´ıtica p´os aquecimento. (c) Compara¸c˜ao entre as solu¸c˜oes p´os aquecimento. (d) Solu¸c˜ao num´erica p´os resfriamento. (e) Solu¸c˜ao anal´ıtica p´os resfri-amento. (f) Compara¸c˜ao entre as solu¸c˜oes p´os resfriamento.

efeitos da atenua¸c˜ao, nota-se uma gera¸c˜ao de energia m´axima na regi˜ao do tumor de 102,7 W/cm³, conforme indicado na figura 4.2c.

A temperatura da regi˜ao no final do per´ıodo de aquecimento (figura 4.3a) mostra que o tumor foi aquecido at´e a temperatura de aproximadamente 75 °C e o calor foi difundido pela regi˜ao ao seu redor, tamb´em atingindo elevadas temperaturas. A temperatura decai ap´os a a interrup¸c˜ao do aquecimento, como mostrado pela figura 4.3b, e o tempo de 90 segundos foi suficiente para que a temperatura m´axima fosse inferior a 43°C. O dano t´ermico foi concentrado na regi˜ao do tumor, como mostrado na figura 4.3c, o que foi consequˆencia do posicionamento adequado do transdutor. A figura 4.3d ´e uma estimativa da regi˜ao afetada pela abla¸c˜ao t´ermica, onde a regi˜ao na cor verde representa queimaduras de primeiro grau (0.53 ≤ Ω < 1) e a regi˜ao em vermelho representa queimaduras de segundo grau (Ω ≥ 1).

A figura 4.4 ilustra as cadeias de Markov, obtidas por meio do algoritmo de Metropolis-Hastings, para a potˆencia ac´ustica e para o tempo de aquecimento. Como esperado, essa figura mostra a forte rela¸c˜ao entre as cadeias desses dois parˆametros, o que ´e evidente pelo fato de que o tempo de aquecimento aumenta `a medida em que

(34)

(a)

(b) (c)

Figura 4.2: Resultado da simula¸c˜ao ac´ustica. (a) Press˜ao ac´ustica para cada harmˆonico no eixo do ultrassom. (b) Distribui¸c˜ao de press˜ao ac´ustica. (c) Gera¸c˜ao de energia.

a potˆencia ac´ustica decresce. Al´em disso, h´a per´ıodos em que as cadeias atingem diferentes distribui¸c˜oes de equil´ıbrio. As m´edias desses equil´ıbrios est˜ao ilustradas na figura 4.4 por linhas de diferentes cores. As diferentes distribui¸c˜oes de equil´ıbrio correspondem `as m´ultiplas solu¸c˜oes do problema de otimiza¸c˜ao que satisfazem a fun¸c˜ao objetivo. As m´edias e os desvios padr˜oes das trˆes distribui¸c˜oes de equil´ıbrio observadas na figura 4.4 est˜ao representados na tabela 4.2.

Os danos t´ermicos resultantes obtidos com as m´edias apresentadas na tabela 4.2 est˜ao representados nas figuras 4.5a, 4.6a e 4.7a, respectivamente, enquanto a dife-ren¸ca absoluta entre esses valores est´a ilustrada na figura 4.8. As regi˜oes correspon-dentes a Ω ≥ 1 est˜ao representadas nas figuras 4.5b, 4.6b e 4.7b, respectivamente.

(35)

(a) (b)

(c) (d)

Figura 4.3: (a) Temperatura ap´os o aquecimento. (b) Temperatura ap´os o resfriamento. (c) Dano t´ermico. (d) Regi˜oes correspondentes a 0.53 ≤ Ω < 1 e Ω ≥ 1 representadas em verde e vermelho, respectivamente.

Essas figuras mostram que o dano t´ermico otimizado ´e bem restrito `a regi˜ao do tumor, conforme desejado.

A demanda computacional para o problema de otimiza¸c˜ao com o algoritmo de Metropolis-Hastings foi de aproximadamente 48 horas, para um c´odigo em MATLAB executado em um computador com processador Core i7 e 8 GB de mem´oria RAM.

(36)

(a)

(b)

Figura 4.4: Resultados da otimiza¸c˜ao. (a) Otimiza¸c˜ao da potˆencia ac´ustica. (b) Oti-miza¸c˜ao do tempo de aquecimento.

Tabela 4.2: M´edias e desvios padr˜oes das distribui¸c˜oes de equil´ıbrio

Potˆencia Ac´ustica [W] Tempo de Aquecimento [s] M´edia Desvio Padr˜ao M´edia Desvio Padr˜ao Distribui¸c˜ao de equil´ıbrio 1 0.982 0.0098 0.204 0.0040 Distribui¸c˜ao de equil´ıbrio 2 0.930 0.0094 0.218 0.0041 Distribui¸c˜ao de equil´ıbrio 3 0.884 0.0086 0.232 0.0039

(37)

(a) (b)

Figura 4.5: Resultados para a distribui¸c˜ao de equil´ıbrio 1. (a) Dano t´ermico. (b) Regi˜ao correspondente a Ω ≥ 1 em vermelho.

(a) (b)

Figura 4.6: Resultados para a distribui¸c˜ao de equil´ıbrio 2. (a) Dano t´ermico. (b) Regi˜ao correspondente a Ω ≥ 1 em vermelho.

(38)

(a) (b)

Figura 4.7: Resultados para a distribui¸c˜ao de equil´ıbrio 3. (a) Dano t´ermico. (b) Regi˜ao correspondente a Ω ≥ 1 em vermelho.

(a) (b)

(c)

Figura 4.8: Diferen¸ca absoluta entre os danos t´ermicos para as distribui¸c˜oes de equil´ıbrio: (a) 1 e 2; (b) 1 e 3; (c) 2 e 3.

(39)

Cap´ıtulo 5

Conclus˜

oes

Este estudo apresentou a simula¸c˜ao num´erica e a otimiza¸c˜ao sob incertezas de um tratamento por abla¸c˜ao t´ermica de um tumor, com o aquecimento imposto por um ultrassom focalizado de alta intensidade (HIFU). O problema ac´ustico foi mode-lado com o toolbox k-Wave, onde foram consideradas as rela¸c˜oes de conserva¸c˜ao de massa e de quantidade de movimento linear para um meio heterogˆeneo com dis-sipa¸c˜ao de energia. A distribui¸c˜ao de press˜ao foi computada ap´os o sistema atingir o regime permanente, o que possibilitou o c´alculo da gera¸c˜ao de energia proveniente do transdutor, a qual assumiu o valor m´aximo na regi˜ao focal de 102,7 W/cm3. A equa¸c˜ao de biotransferˆencia de calor foi ent˜ao resolvida pelo m´etodo de diferen¸cas finitas expl´ıcito, onde foi considerado o termo fonte do transdutor obtido anterior-mente. A distribui¸c˜ao de temperatura ap´os o aquecimento de 2 segundos mostrou uma temperatura m´axima na regi˜ao focal de aproximadamente 75 °C, e o tempo de resfriamento de 90 segundos foi suficiente para que a temperatura m´axima se reduzisse a menos de 43 °C. O dano t´ermico resultante mostrou que a regi˜ao onde o tumor est´a localizado ´e atingida pela abla¸c˜ao t´ermica sem apresentar danos rele-vantes `a regi˜ao adjacente, o que foi consequˆencia da escolha correta dos valores da potˆencia e do tempo de aquecimento, al´em do adequado posicionamento do trans-dutor. As simula¸c˜oes foram realizadas em um computador com processador Core i7 2,4 GHz e 8 GM de mem´oria, e os tempos necess´arios para resolver os problemas de ac´ustica e de biotransferˆencia de calor foram de 37 segundos e 4 segundos, res-pectivamente. A solu¸c˜ao proporcionada pelo k-Wave foi validada por meio de uma nova simula¸c˜ao considerando os parˆametros presentes em [40], o que comprovou a

(40)

precis˜ao do m´etodo num´erico. A efic´acia do m´etodo de diferen¸cas finitas utilizado no problema de biotransferˆencia de calor foi comprovada por meio da compara¸c˜ao com a solu¸c˜ao anal´ıtica de um problema similar, considerando um meio homogˆeneo, a qual mostrou uma boa concordˆancia entre os valores obtidos.

Em rela¸c˜ao `a otimiza¸c˜ao sob incertezas, foi utilizado o m´etodo de Monte Carlo via cadeias de Markov (MCMC), implementado por meio do algoritmo de Metropolis-Hastings. Ao todo foram consideradas 300 mil amostras de estado, e a simula¸c˜ao foi finalizada em aproximadamente 48 horas. Apesar de ser evidente que, para aplica¸c˜oes reais, o m´etodo MCMC requer uma demanda computacional elevada para os padr˜oes atuais, este trabalho mostrou que ´e poss´ıvel estimar os parˆametros otimi-zados para uma regi˜ao afetada pela abla¸c˜ao t´ermica previamente estabelecida. Os resultados mostrados acima tiveram como principal objetivo encontrar os valores otimizados da potˆencia ac´ustica do transdutor e do tempo de aquecimento.

A continua¸c˜ao desse trabalho planeja considerar maiores incertezas para outros parˆametros de modelo, al´em de criar um c´odigo espec´ıfico para realizar simula¸c˜oes considerando um dom´ınio tridimensional. As propriedades f´ısicas ser˜ao o foco do estudo, uma vez que, al´em de variar de pessoa para pessoa, podem sofrer altera¸c˜oes mesmo em um ´unico indiv´ıduo caso este esteja sob diferentes condi¸c˜oes fisiol´ogicas.

(41)

Referˆ

encias Bibliogr´

aficas

[1] INSTITUTO NACIONAL DE C ˆANCER, “ABC do cˆancer: abordagens b´asicas para o controle do cˆancer”, 2011.

[2] BRAUNWALD, E., KASPER, D. L., HAUSER, S. L., et al., “Harrison’s princi-ples of internal medicine”, 2001.

[3] HILL, C., TER HAAR, G., “High intensity focused ultrasound—potential for cancer treatment”, The British journal of radiology, v. 68, n. 816, pp. 1296–1303, 1995.

[4] KENNEDY, J. E., TER HAAR, G., CRANSTON, D., “High intensity focused ultrasound: surgery of the future?” The British journal of radiology, v. 76, n. 909, pp. 590–599, 2003.

[5] WIKIPEDIA, “High intensity focused ultrasound”, https://en.wikipedia. org/w/index.php?title=High-intensity_focused_ultrasound& oldid=935642228, 2020.

[6] HENRIQUES JR, F., MORITZ, A., “Studies of thermal injury: I. The conduc-tion of heat to and through skin and the temperatures attained therein. A theoretical and an experimental investigation”, The American journal of pathology, v. 23, n. 4, pp. 530, 1947.

[7] KAIPIO, J. P., FOX, C., “The Bayesian framework for inverse problems in heat transfer”, Heat Transfer Engineering, v. 32, n. 9, pp. 718–753, 2011. [8] KAIPIO, J., SOMERSALO, E., Statistical and computational inverse problems.

(42)

[9] METROPOLIS, N., ROSENBLUTH, A. W., ROSENBLUTH, M. N., et al., “Equation of state calculations by fast computing machines”, The journal of chemical physics, v. 21, n. 6, pp. 1087–1092, 1953.

[10] KINSLER, L. E., FREY, A. R., COPPENS, A. B., et al., “Fundamentals of acoustics”, Fundamentals of Acoustics, 4th Edition, by Lawrence E. Kins-ler, Austin R. Frey, Alan B. Coppens, James V. Sanders, pp. 560. ISBN 0-471-84789-5. Wiley-VCH, December 1999., pp. 560, 1999.

[11] SZABO, T. L., “Causal theories and data for acoustic attenuation obeying a frequency power law”, The Journal of the Acoustical Society of America, v. 97, n. 1, pp. 14–24, 1995.

[12] BUCKINGHAM, M. J., “Theory of acoustic attenuation, dispersion, and pulse propagation in unconsolidated granular materials including marine sedi-ments”, The Journal of the Acoustical Society of America, v. 102, n. 5, pp. 2579–2596, 1997.

[13] BAMBER, J., “Attenuation and absorption”, Physical principles of medical ultrasonics, v. 2, pp. 93–166, 1986.

[14] INSANA, M. F., BROWN, D. G., “Acoustic scattering theory applied to soft biological tissues”, Ultrasonic scattering in biological tissues, pp. 75–124, 1993.

[15] PIERCE, A. D., “Mathematical theory of wave propagation”, Handbook of Acoustics, pp. 21–37, 1998.

[16] CHEN, W., HOLM, S., “Fractional Laplacian time-space models for linear and nonlinear lossy media exhibiting arbitrary frequency power-law depen-dency”, The Journal of the Acoustical Society of America, v. 115, n. 4, pp. 1424–1430, 2004.

[17] TREEBY, B. E., JAROS, J., RENDELL, A. P., et al., “Modeling nonlinear ultrasound propagation in heterogeneous media with power law absorption using ak-space pseudospectral method”, The Journal of the Acoustical Society of America, v. 131, n. 6, pp. 4324–4336, 2012.

(43)

[18] TREEBY, B. E., COX, B., “Modeling power law absorption and dispersion for acoustic propagation using the fractional Laplacian”, The Journal of the Acoustical Society of America, v. 127, n. 5, pp. 2741–2748, 2010.

[19] KHOKHLOVA, V. A., BAILEY, M. R., REED, J. A., et al., “Effects of non-linear propagation, cavitation, and boiling in lesion formation by high intensity focused ultrasound in a gel phantom”, The Journal of the Acous-tical Society of America, v. 119, n. 3, pp. 1834–1848, 2006.

[20] LIU, X., LI, J., GONG, X., et al., “Nonlinear absorption in biological tissue for high intensity focused ultrasound”, Ultrasonics, v. 44, pp. e27–e30, 2006. [21] HAMILTON, M. F., BLACKSTOCK, D. T., OTHERS, Nonlinear acoustics.

v. 237. Academic press San Diego, 1998.

[22] TREEBY, B. E., COX, B. T., “k-Wave: MATLAB toolbox for the simulation and reconstruction of photoacoustic wave fields”, Journal of biomedical optics, v. 15, n. 2, pp. 021314, 2010.

[23] SUOMI, V., JAROS, J., TREEBY, B., et al., “Full modeling of high-intensity focused ultrasound and thermal heating in the kidney using realistic pati-ent models”, IEEE Transactions on Biomedical Engineering, v. 65, n. 5, pp. 969–979, 2017.

[24] TREEBY, B. E., TUMEN, M., COX, B. T., “Time domain simulation of har-monic ultrasound images and beam patterns in 3D using the k-space pseudospectral method”. In: International Conference on Medical Image Computing and Computer-Assisted Intervention, pp. 363–370, 2011. [25] BOJARSKI, N. N., “The k-space formulation of the scattering problem in the

time domain”, The Journal of the Acoustical Society of America, v. 72, n. 2, pp. 570–584, 1982.

[26] TABEI, M., MAST, T. D., WAAG, R. C., “A k-space method for coupled first-order acoustic propagation equations”, The Journal of the Acoustical Society of America, v. 111, n. 1, pp. 53–63, 2002.

(44)

[27] TILLETT, J. C., DAOUD, M. I., LACEFIELD, J. C., et al., “A k-space method for acoustic propagation using coupled first-order equations in three di-mensions”, The Journal of the Acoustical Society of America, v. 126, n. 3, pp. 1231–1244, 2009.

[28] DUCK, F. A., Physical properties of tissues: a comprehensive reference book . Academic press, 2013.

[29] PENNES, H. H., “Analysis of tissue and arterial blood temperatures in the resting human forearm”, Journal of applied physiology, v. 1, n. 2, pp. 93– 122, 1948.

[30] SAPARETO, S. A., DEWEY, W. C., “Thermal dose determination in cancer therapy”, International Journal of Radiation Oncology* Biology* Physics, v. 10, n. 6, pp. 787–800, 1984.

[31] VAN RHOON, G. C., SAMARAS, T., YARMOLENKO, P. S., et al., “CEM43 °C thermal dose thresholds: a potential guide for magnetic resonance ra-diofrequency exposure levels?” European radiology, v. 23, n. 8, pp. 2215– 2227, 2013.

[32] MOURATIDIS, P. X., RIVENS, I., CIVALE, J., et al., “Relationship between thermal dose and cell death for “rapid” ablative and “slow” hyperthermic heating”, International Journal of Hyperthermia, v. 36, n. 1, pp. 229–243, 2019.

[33] PEARCE, J. A., “Relationship between Arrhenius models of thermal damage and the CEM 43 thermal dose”. In: Energy-based Treatment of Tissue and Assessment V , v. 7181, p. 718104, 2009.

[34] WRIGHT, N. T., “On a relationship between the Arrhenius parameters from thermal damage studies”, Journal of biomechanical engineering, v. 125, n. 2, pp. 300–304, 2003.

[35] TAKATA, A., “Development of criterion for skin burns”, Aerospace Medicine, v. 45, n. 6, pp. 634–637, 1974.

(45)

[36] ¨OZIS¸IK, M. N., ORLANDE, H. R., COLAC¸ O, M. J., et al., Finite difference methods in heat transfer . CRC press, 2017.

[37] WEAVER, J. A., STOLL, A. M., Mathematical model of skin exposed to thermal radiation, Tech. rep., NAVAL AIR DEVELOPMENT CENTER WAR-MINSTER PA AEROSPACE MEDICAL RESEARCH DEPT, 1967. [38] ALAEIAN, M., ORLANDE, H. R. B., LAMIEN, B., “Application of the

photo-acoustic technique for temperature measurements during hyperthermia”, Inverse Problems in Science and Engineering, pp. 1–21, 2018.

[39] ALAEIAN, M., ORLANDE, H. R. B., “Inverse photoacoustic technique for parameter and temperature estimation in tissues”, Heat Transfer Engine-ering, v. 38, n. 18, pp. 1573–1594, 2017.

[40] HUANG, C., SUN, M., CHEN, B., et al., “Simulation of thermal ablation by high-intensity focused ultrasound with temperature-dependent proper-ties”, Ultrasonics sonochemistry, v. 27, pp. 456–465, 2015.

[41] ¨OZIS¸IK, M. N., Heat conduction. John Wiley & Sons, 1993.

[42] MIKHAILOV, M., COTTA, R., “Integral transform solution of eigenvalue pro-blems”, Communications in numerical methods in engineering, v. 10, n. 10, pp. 827–835, 1994.

[43] HAUGEN, B. R., ALEXANDER, E. K., BIBLE, K. C., et al., “2015 Ameri-can Thyroid Association management guidelines for adult patients with thyroid nodules and differentiated thyroid cancer: the American Thyroid Association guidelines task force on thyroid nodules and differentiated thyroid cancer”, Thyroid , v. 26, n. 1, pp. 1–133, 2016.

[44] TUNBRIDGE, W., EVERED, D., HALL, R., et al., “The spectrum of thyroid disease in a community: the Whickham survey”, Clinical endocrinology, v. 7, n. 6, pp. 481–493, 1977.

[45] VANDER, J. B., GASTON, E. A., DAWBER, T. R., “The significance of non-toxic thyroid nodules: final report of a 15-year study of the incidence of

(46)

thyroid malignancy”, Annals of internal medicine, v. 69, n. 3, pp. 537– 540, 1968.

[46] TARALDSEN, G., “A generalized Westervelt equation for nonlinear medical ultrasound”, The Journal of the Acoustical Society of America, v. 109, n. 4, pp. 1329–1333, 2001.

[47] O’NEIL, H., “Theory of focusing radiators”, The Journal of the Acoustical Society of America, v. 21, n. 5, pp. 516–526, 1949.

[48] BERENGER, J.-P., “A perfectly matched layer for the absorption of electro-magnetic waves”, Journal of computational physics, v. 114, n. 2, pp. 185– 200, 1994.

[49] GEDNEY, S. D., “An anisotropic perfectly matched layer-absorbing medium for the truncation of FDTD lattices”, IEEE transactions on Antennas and Propagation, v. 44, n. 12, pp. 1630–1639, 1996.

[50] WESTERVELT, P. J., “Parametric acoustic array”, The Journal of the Acous-tical Society of America, v. 35, n. 4, pp. 535–537, 1963.

(47)

Apˆ

endice A

Referências

Documentos relacionados

O estágio de Medicina Interna ficou ligeiramente aquém das minhas expectativas, na medida em que ao ter sido realizado num hospital privado, o grau de autonomia que me

Os principais objectivos definidos foram a observação e realização dos procedimentos nas diferentes vertentes de atividade do cirurgião, aplicação correta da terminologia cirúrgica,

psicológicos, sociais e ambientais. Assim podemos observar que é de extrema importância a QV e a PS andarem juntas, pois não adianta ter uma meta de promoção de saúde se

II - os docentes efetivos, com regime de trabalho de 20 (vinte) horas semanais, terão sua carga horária alocada, preferencialmente, para ministrar aulas, sendo o mínimo de 8 (oito)

Os profissionais da medicina do trabalho que preenchem a ficha de aptidão do trabalhador, ao assinalarem se o trabalhador se encontra apto, apto condicionalmente

Assim, são apresentados os elementos que melhor descrevem este período de estágio - 5 de março a 10 de junho de 2018 -, nomeadamente aqueles que concernem a

O Departamento de Ar Isento de Óleo responde pela comercialização na Nigéria de compressores e equipamentos de ar comprimido, utilizados pela Indústria Pesada, nomeadamente

Para o Planeta Orgânico (2010), o crescimento da agricultura orgânica no Brasil e na América Latina dependerá, entre outros fatores, de uma legislação eficiente