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PIBID biologia UFPE: histórico de uma semente educacional (2007-2010)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO CURSO DE MESTRADO

ROBSON CHACON FERREIRA

PIBID BIOLOGIA UFPE

HISTÓRIA DE UMA SEMENTE EDUCACIONAL (2007-2010)

Recife 2017

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ROBSON CHACON FERREIRA

PIBID BIOLOGIA UFPE

HISTÓRICO DE UMA SEMENTE EDUCACIONAL (2007-2010)

Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Educação da Universidade Federal de Pernambuco como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Educação.

Orientador: Prof. Dr. José Luis Simões.

Recife 2017

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ROBSON CHACON FERREIRA

PIBID BIOLOGIA UFPE: histórico de uma semente educacional (2007-2010)

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Pernambuco, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Educação. Aprovada em: 27/04/2017.

BANCA EXAMINADORA

______________________________________________________________ Prof. Dr. José Luís Simões – UFPE

Orientador

______________________________________________________________ Prof. Dr. Edilson Fernandes de Souza – UFPE

Examinador Interno

______________________________________________________________ Prof. Dr. Fábio da Silva Paiva – UFPE

Examinador Externo

______________________________________________________________ Profa. Dra. Fábia Alexandra Pottes – UFPE

Examinador Externo

Recife 2017

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AGRADECIMENTOS

Agradeço ao meu Deus Pai todo poderoso e ao Senhor Jesus por me permitir estar aqui podendo concluir esta tarefa de valor inestimável para minha vida e acredito de grande valia para a educação básica e universitária.

Agradeço ao professor e orientador, Dr. José Luís Simões, por acreditar e apostar nesse projeto além das contribuições e orientações sem falar de sua paciência comigo ao longo desse trabalho.

Agradeço aos professores(as) Edilson Fernandes, Fábio Paiva, Vilde Menezes, Cristiane Almeida, Rosângela Tenório, por terem contribuído de forma concreta para a construção dessa dissertação.

Agradeço a todos que compõem o Programa de Pós-graduação em Educação – PPGE, em especial a Márcio Eustáquio (in memoriam), “grande amigo”, por terem me auxiliado das mais diversas maneiras para a composição desta dissertação.

Agradeço aos colegas de turma que fiz ao longo dessa minha vida na UFPE não só no programa de pós-graduação, mas em todas as minhas fases na Instituição: O grupo do PIPEx em todas as suas formações; o Grupo do PIBID Biologia-UFPE em especial as duas primeiras formações; Tulane Souza, Henrique Trindade, Hercília Melo, Augusto Bonnaneti, Amanda Gondin, Vinícius Viana, Ana Paula, Jowania Rosas, Laudielcio Maciel, Isis Tavares, Dênis Foster.

Agradeço aos amigos(as) do Departamento de Histologia e Embriologia que me acolheram em suas dependências, bem como me permitiram utilizar de seu tempo e espaço para meus estudos.

Agradeço ao Prof. Dr. Amaro Henrique de Pessoa Lins pela gentileza em conceder entrevista para a confecção deste trabalho.

Agradeço sobre tudo as contribuições dos Profs. Drs. Paulo Antônio Padovan e Isaíras Pereira Padovan, ex e coordenadores respectivamente do Programa PIBID-Biologia UFPE, de onde retiro boa parte das informações para composição desta dissertação.

Agradeço de forma especial aos profs. Paulo e Isaíras Padovan, que desde meu segundo período de graduação me ajudam de todas as formas possíveis, me sinto como se

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tivessem sido presenteado com outra família, tamanha atenção e carinho que eles e todos seus familiares me proporcionaram.

Agradeço a todas as pessoas que contribuíram de alguma forma para que esta dissertação pudesse ser concluída.

Agradeço ao Governo Federal e por conseguinte ao Ministério da Educação e Cultura através da CAPES como órgão de fomento, viabilizando recursos financeiros através de bolsa, custeando nossas despesas, bem como, material de consumo tornando possível a construção desta dissertação.

E por fim, finalizo meus agradecimentos na pessoa de minha esposa Marineide Tertuliano que por dias e noites afim, me acompanhou e me apoiou em toda minha vida nesta universidade tendo paciência e apoiando em todas minhas decisões e ações enquanto estudante desta instituição.

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Dedico este trabalho aos meus familiares: Maria da Paz Alves Ferreira (in memoriam), Lenira Chacon, Geraldo Alves, Rogério Chacon, Fabiano e Fabiana Chacon, Fabiana Chacon, Helton Chacon e Marineide Tertuliano da Silva (do meu lado em todos os momentos) e aos Profs. Isaíras Padovan, Paulo Padovan, Paulo Henrique Padovan e Maria Concepta Padovan.

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“O desenvolvimento de diferentes capacidades - cognitivas, afetivas, físicas, éticas, estéticas, de inserção social e de relação interpessoal - se torna possível por meio do processo de construção e reconstrução de conhecimentos, o que depende de condições aprendizagem de natureza subjetiva e objetiva. O conhecimento prévio, a crença na própria capacidade, a disponibilidade e curiosidade para aprender, a valorização do conhecimento e o sentimento de pertinência ao grupo de colegas são algumas das condições subjetivas que explicam por que, a partir de um mesmo ensino, há sempre lugar para a construção de diferentes aprendizagens”.

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RESUMO

Diante da observação dos baixos índices de desenvolvimento da educação básica no Brasil (IDEB), o governo federal representado pelo MEC/CAPES, em 2007, propôs ações no sentido de restabelecer a qualidade do ensino nas escolas públicas, lançando o edital de chamada visando a formação do PIBID-BRASIL. O presente trabalho tem por objetivos, “Pesquisar a história do PIBID-BIOLOGIA/ Recife/ UFPE, quanto à implementação de atividades práticas no ensino médio em algumas escolas públicas estaduais”. Dentro desta proposta, especificamos: Relacionar a história do PIBID/Brasil com a história do PIBID/UFPE; Pesquisar a origem do PIBID-Biologia na UFPE, além de discutir a partir de teóricos da área de educação a importância do PIBID na educação de base e por ultimo construir um arquivo historiográfico do PIBID/UFPE e o subprojeto Biologia. A metodologia de pesquisa utilizada foi de natureza qualitativa, utilizando-se de entrevista semiestruturada como instrumento principal de coleta de dados e a técnica de análise de conteúdo das entrevistas. Os professores, coordenador geral do PIBID, da ênfase Biologia e supervisores das escolas selecionadas, bem como, os estudantes que formaram a equipe PIBID-BIOLOGIA foram fontes importantíssimas de informações referentes ao programa em tela, devendo ser considerados pelos seus relatos, escritos, verbalizados ou mesmo em audiovisuais, bem como, o acervo disponibilizado pelo MEC/CAPES em suas respectivas páginas eletrônicas. Também tomamos como referencial teórico os vários artigos publicados em congressos, encontros nacionais e internacionais, reuniões, além de livros e periódicos publicados durante o processo de execução do programa neste recorte, destacando-se a obra intitulada “PIBID, Sementes de Esperança para as Escolas Públicas”. Este mesmo livro foi observado no corpo desta dissertação uma vez que simboliza o final da primeira fase do PIBID. Outrossim, no intuito de atingir os resultados objetivados nesta pesquisa, contamos também com as contribuições da Revista Brasileira de Pós-graduação (RBPG) e a Revista Brasileira de História da Educação (RNHE). Em seguida, desdobraram relações os partícipes deste programa e suas interações com a sociedade representada pelos alunos e docentes bem como o corpo de trabalho das escolas, na ocasião atendidas pelo programa. Finalizamos, trazendo à tona a importância da valorização deste programa pelo que foi concluído através das pesquisas e entrevistas realizadas com os personagens participantes, através dessas experiências relatadas, foi sem dúvida alguma uma das ações mais completas no sentido de resgate da educação tanto do ensino de base quanto no ensino superior atuando diretamente nas bases formadoras dos futuros docentes destas mesmas escolas, ou seja, nas IES de todo país.

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ABSTRACT

In view of the low levels of development of basic education in Brazil (IDEB), the federal government represented by MEC / CAPES in 2007 proposed actions to restore the quality of education in public schools, launching the call Formation of PIBID-BRAZIL. The present study aims to "Research the history of PIBID-BIOLOGIA / Recife / UFPE, regarding the implementation of practical activities in high school in some state public schools." Within this proposal, we specify: To relate the history of PIBID / Brazil with the history of PIBID / UFPE; Research the origin of PIBID-Biology in UFPE, besides discussing from the education theorists the importance of PIBID in basic education and lastly to build a historiographic archive of PIBID / UFPE and the Biology subproject. The research methodology used was of a qualitative nature, using a semi-structured interview as the main data collection instrument and the interview content analysis technique. Teachers, PIBID general coordinator, Biology emphasis and supervisors of the selected schools, as well as the students who formed the PIBID-BIOLOGIA team were very important sources of information regarding the on-screen program and should be considered for their reports, written, verbalized Or even audiovisual ones, as well as the collection made available by MEC / CAPES on their respective websites. We also took as theoretical reference the various articles published in congresses, national and international meetings, meetings, as well as books and periodicals published during the program execution process in this clipping, highlighting the work entitled "PIBID, Seeds of Hope for Schools Public ". This same book was observed in the body of this dissertation as it symbolizes the end of the first phase of PIBID. Also, in order to reach the results objectified in this research, we also count on the contributions of the Brazilian Journal of Graduate Studies (RBPG) and the Brazilian Journal of History of Education (RNHE). Subsequently, the participants in this program and their interactions with the society represented by the students and teachers as well as the body of work of the schools, at the time attended by the program, unfolded relations. We conclude by highlighting the importance of valuing this program through what was done through the research and interviews conducted with the characters, through these experiences, was undoubtedly one of the most complete actions in the sense of redeeming education both in the teaching of Base in higher education, acting directly in the training bases of the future teachers of these same schools, that is, in HEIs in every country.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Imagem 01 Escolas atendidas pelo PIBID/UFPE...29

Imagem 02 Posse dos bolsistas...61

Imagem 03 Capacitação dos bolsistas...62

Imagem 04 Camisa adotada pelo grupo PIBID/UFPE...62

Imagem 05 Práticas correspondentes a teoria...59

Imagem 06 Orientação e montagem de feiras de ciências (SNCTe Feira de conhecimentos)...60

Imagem 07 Excursão Didático- prático ao Horto de Dois Irmãos...60

Imagem 08 Confecção de jogos didáticos...61

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LISTA DE QUADROS E GRÁFICOS

Quadro 01 Estrutura do Sistema Educacional Brasileiro – Lei nº

9394/96...42

Quadro 02 Modalidades de Ensino– Lei nº 9.394/96...43

Quadro 03 – Questionário para os alunos e ex-alunos atendidos (10 alunos)...66

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LISTA DE SIGLAS

CAPES Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

CB Centro de Biociências

CE Centro de Educação

CCS Centro de Ciências da Saúde

CNE Conselho Nacional de Educação

DF Distrito Federal

EJA Educação de Jovens e Adultos

ENEM Exame Nacional do Ensino Médio

EREM Escola de Referência em Ensino Médio

FNDE Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação

FUNDEB Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação

FUNDEF Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IES Instituições de Ensino Superior

IFES Institutos Federais de Ensino Superior

IDEB Índice de Desenvolvimento da Educação Básica

INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas educacionais Anísio Teixeira LDB Lei de Diretrizes e Bases

MEC Ministério da Educação e Cultura

OCDE Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico PAR Plano de Ações Articiladas

PARFOR Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica PDE Plano de Desenvolvimento da Educação

PIBID Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência PISA Programa Internacional de Avaliação de Estudantes

PPP Projeto Político Pedagógico

ProAcad Pró-Reitoria para Assuntos Acadêmicos Prova Brasil Avaliação Nacional do Rendimento Escolar RBPG Revista Brasileira de Pós-Graduação

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SAEB Sistema de Avaliação da Educação Básica

SAEPE Sistema de Informação da Educação de Pernambuco SEDUC-PE Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco SESu Secretaria de Educação Superior

SINAES Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior UFPE Universidade Federal de Pernambuco

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 15 2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS... 22 2.1 AS ESCOLAS PARTICIPANTES DO ESTUDO, DE ACORDO COM O RECORTE TEMPORAL ... 29 3 DISCUSSÃO SOBRE EDUCAÇÃO (Paulo Freire, Carlos Brandão e Bernard Charlot) ... 36 4 DISCUSSÃO SOBRE POLÍTICA EDUCACIONAL: QUAL É A DO BRASIL? ... 42 4.1 COMO SE ENCONTRA O PIBID DENTRO DESTA PERSPECTIVA (criação do PIBID) ... 49 5 O PIBID UFPE (Primeiros passos) ... 51 5.1 PIBID BIOLOGIA ... 61 5.2 MEMÓRIA DOS PERSONAGENS (vivências e “aprendências”)/diálogo com Norbert Elias ... 65 5.3 O 1º FRUTO DO PIBID (PIBID, Sementes de Esperança para as Escolas Públicas) 70 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 75 REFERÊNCIAS ... 78

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1 INTRODUÇÃO

O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), iniciado em 2007, visa inserir o aluno de graduação das diversas licenciaturas (Português, Matemática, Biologia, Química, Física, Educação Física, História, etc) no exercício da docência, o mais rápido possível (preferencialmente no 3º período), considerando a carência de professores dessas disciplinas. A partir de 2009, o programa foi ampliado para toda educação básica, incluindo educação de jovens e adultos, indígenas, campo e quilombolas, na perspectiva de

alavancar a qualidade da educação básica nas escolas públicas.

Como consequência desta ação, uma capacitação contínua dos profissionais das respectivas áreas tornariam os alunos egressos do ensino público estudantes bem capacitados, não só cognitivamente, mas também socialmente, tornando-os melhor preparados para os desafios acadêmicos e sociais que, certamente, os aguardam no transcorrer de suas vidas.

Como aluno egresso de escola pública, alcancei, com muito sacrifício, o ingresso na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no segundo semestre do ano de 2009, e, também vivenciei o PIBID, inicialmente, como voluntário no primeiro semestre de 2010, e, a partir do segundo semestre, já como bolsista do projeto. E assim, pude participar ativamente de boa parte das ações e atividades que contemplaram o mesmo. Sendo assim, nesse trabalho, realizara-se um resgate histórico deste programa que se consolida como uma das maiores iniciativas criadas pelo governo federal para melhoramento “real” do ensino público.

A principal motivação desse trabalho se deu pela observação do descaso que circundava o ensino público e ainda o circunda, uma vez que ganha força a cada dia, apesar dos esforços de profissionais das mais variadas esferas da educação. Atualmente, nos deparamos com situações em que é visível o descontentamento público com o tratamento que a educação tem obtido.

Podemos exemplificar isso, em um artigo onde o especialista em Direito Penal e Processo Penal Rodrigo Zoccal Rosa, na página eletrônica da Carta Capital na coluna intitulada “ JUSTIFICANDO – Mentes Inquietas Pensam Direito” em março de 2017, escreve um artigo descrevendo bem os impactos do que ainda se vê refletido sobre nossa qualidade de educação:

A desatenção com o processo educacional ao longo da história da consolidação da sociedade brasileira trouxe, e ainda traz, problemas nos diversos segmentos sociais.

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Construções mal calculadas, produções legislativas inócuas, administrações públicas caóticas, retrocessos de direitos fundamentais conquistados, aumento da criminalidade e até perda de investimentos estrangeiros, são exemplos dos efeitos colaterais do subdesenvolvimento educacional brasileiro. (ROSA, 2017)

Entre as propostas do PIBID estão:

 Incentivar e preparar os alunos das licenciaturas para atuarem na realidade da educação pública, básica, com maior foco no ensino médio;

 Promover uma melhoria do ensino público;  Valorizar o magistério;

 Propiciar experiências e práticas docentes, voltadas para a realidade do nosso país;

 Fomentar metodologias e práticas inovadoras, apoiadas por recursos de TI (Tecnologia de Informação), orientadas para a superação de problemas no processo de aprendizagem.

O tratamento dispensado aos alunos também evoluiu bastante, da antiga palmatória aos conselhos disciplinares. Paralelamente, acompanhando todas as mudanças acima citadas, houve uma grande revolução do ponto de vista metodológico. Essa mudança não se deu só em termos de técnicas de ensino, mas também na utilização de equipamentos modernos à época, tais como: retroprojetores, impressoras, computadores, projetor multimídia e, atualmente, lousas digitais. Kenski (2007, p. 85) tem a seguinte abordagem sobre as novas tecnologias:

Desde que as tecnologias de comunicação e informação começaram a se expandir pela sociedade, aconteceram muitas mudanças nas maneiras de ensinar e aprender. Independente do uso mais ou menos intensivo de equipamentos midiáticos nas salas de aula, professores e alunos têm contado durante todo o dia com as mais diversas mídias. Guardam em suas memórias informações e vivências que foram incorporadas das interações com filmes, programas, de rádio e televisão, atividades em computadores e na internet.

Parte destas ações se reflete na preocupação com a gama de informações que os alunos, não importando quão novo sejam, recebem das mais variadas e improváveis fontes de comunicação. E logo, surge uma inquietação dos estudiosos da educação: Como trabalhar estas fontes? Como utilizá-las a favor do processo “evolucional” da educação pública? Kenski (2007,p, 85) ressalta que:

Informações que se tornam referências, ideias que são capturadas e servem como âncora para novas descobertas e aprendizagens, que vão acontecer de modo mais sistemático nas escolas, nas salas de aula. Um programa de TV, a notícia no telejornal, a campanha feita pela rádio mensagens pela internet, jogos interativos de todos os tipos são fontes de informações e de exemplos que ajudam a compreensão de conteúdo e a aprendizagem.

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Esperava-se que o binômio ensino-aprendizado também acompanhasse todas as mudanças implementadas. Porém, os Índices de Desenvolvimento da Educação Básica no Brasil (IDEB), os resultados dos vestibulares e todo o desempenho dos alunos egressos de escolas públicas vêm mostrando uma decadência gradativa. As autoridades e todos os estudiosos em educação sempre questionam o porquê desses resultados, afinal de contas era de se esperar uma melhora acentuada, em vez dos resultados desastrosos que têm sido observados pelo MEC (Ministério da Educação e Cultura) em suas avaliações, tais como o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica – SAEB e o Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM. Assim, o Governo Federal passou a analisar e tentar resgatar a qualidade do ensino, visivelmente perdida ao longo dos anos.

É de suma importância observar que um dos principais elementos que determina uma boa qualidade de ensino é a formação inicial dos professores. Contudo, pesquisas recentes revelam que essa formação tem sido insuficiente, porque os professores não se sentem preparados para atuar e lidar com os desafios diários do contexto escolar. Isso porque, de um modo geral, as disciplinas ofertadas na formação estão dissociadas da prática, causando um empobrecimento quanto à inserção do licenciando na escola. Sendo assim, o MEC, em 2007, lançou o seguinte edital:

O Ministério da Educação - MEC, por intermédio da Secretaria de Educação Superior - SESu, a Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES, e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE, tornam público e convocam os interessados a apresentar propostas de projetos institucionais de iniciação à docência no âmbito do Programa de Bolsa Institucional de Iniciação à Docência - PIBID, conforme as condições a seguir estabelecidas (EDITAL PIBID MEC/CAPES, 2007).

Neste momento, começam a serem desenvolvidas as primeiras ações para formação do primeiro grupo PIBID Brasil, e, por conseguinte, os subprojetos que contemplariam, inicialmente, as disciplinas de Ciência, Biologia, Matemática, Física e Química. O corpo que compunha a equipe técnica deste projeto foi constituído:

O MEC (Ministério da Educação e Cultura), como gestor maior, CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), órgão responsável pela fomentação das bolsas a todos partícipes do programa (Coordenador Institucional, Coordenadores de Subprojetos, Professores Supervisores e Licenciandos da Instituição de Ensino Superior (IES), além de ser responsável pelo acompanhamento e desempenho dos programas em todo país; a IES (no caso aqui representado pela UFPE), com a competência de

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constituir a equipe que integrou o programa de sua respectiva Instituição; ProAcad (Pró-Reitoria para Assuntos Acadêmicos), órgão vinculado a IES responsável pelo acompanhamento do programa dentro da mesma; Coordenadoria Geral do PIBID-PE (Representado pelo Coordenador das Licenciaturas, Prof. Dr. José Luis Simões em 2007), com a responsabilidade de coordenar todos subprojetos da IES, sendo principal elo de ligação entre o programa de sua respectiva instituição com a CAPES, por conseguinte o MEC; a SEDUC –PE – Secretaria de Educação (no caso a Região metropolitana de Recife), com a competência de ceder as escolas bem como autorizar a atuação dos componentes do programa a interagir dentro de suas competências nas mesmas em comum acordo com os seus gestores (diretores).

No ano de 2009, um Decreto Presidencial abriu as portas para o desenvolvimento de uma Política Nacional de Formação Docente, com a publicação do decreto n°6.755 de 29 de janeiro:

Fica instituída a Política Nacional de Formação de Profissionais do Magistério da Educação Básica, com a finalidade de organizar, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, a formação inicial e continuada dos profissionais do magistério para as redes públicas de educação básica (PARFOR, 2009).

O decreto citado institui um marco na educação pública brasileira, pois, a partir dele, começou um novo processo de organização, formação inicial e continuada dos profissionais das diversas licenciaturas, as quais o PIBID está vinculado.

Este projeto, Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (PARFOR), teve o apoio não só do Governo Federal, mas também dos Governos Estadual e Municipal, e, com essa base, conseguiu subsídios para alcançar uma melhor qualidade profissional, alavancar o nível na qualidade da formação inicial e inserir os novos e os futuros docentes no dia-dia do ensino público das escolas.

O PARFOR propõe-se a (i) oferta gratuita de cursos de graduação e licenciatura aos professores que atuam nas escolas públicas, sem formação adequada, (ii) orientação e articulação das ações em parceria, o art. 10, do Decreto acima citado, e, (iii) atribui a CAPES a competência de incentivar a formação desses profissionais para atuar na Educação Básica e oferecer a esses profissionais uma compensação financeira em forma de bolsa de estudo.

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articular os sistemas de ensino e, com apoio técnico e financeiro dos seus respectivos órgãos, ofertar, em parceria com as IES, cursos especiais presenciais, de primeira e segunda licenciatura e de formação pedagógica, aos (as) professores (as), que atuam na educação pública, sem a formação adequada e exigida pela Lei nº 9394/96 (BRASIL, 1996).

Este dispositivo fez com que as IES começassem a rever as grades curriculares das licenciaturas. E trouxe algumas mudanças significativas como, por exemplo, no eixo da formação das licenciaturas, o fato de a prática de estágio não ser mais separada da formação de base. Dessa forma, a disciplina de estágio que era oferecida no final dos cursos, com a mudança esta disciplina de estágio e outras ligadas à formação docente, como as de Prática de Ensino, passam a ser ofertadas desde o início da graduação do licenciando, no intuito de promover a consolidação, a formação deste profissional durante sua vida na academia (BRASIL, 1996).

Dento desse contexto, portanto, o programa contempla a inserção dos discentes das IES no cotidiano das escolas públicas já do início da sua formação acadêmica, visando o desenvolvimento didático-pedagógico com a coordenação de um docente da mesma IES e a tutela (supervisão) de um professor da escola que irá ser atendida pelo projeto em questão.

Uma iniciativa desta magnitude empunhada e defendida por tantos ícones das diversas áreas da educação – o PIBID – merece um olhar, ou melhor, um status de maior respeito e visibilidade pela comunidade acadêmica de um modo geral.

A importância de trabalhar este tema remete a relevância de nossa educação pública, que outrora, das décadas de 60 e 70, até o início dos anos 80, possuía grande status pela qualidade de seu quadro docente, de seus alunos, bem como de seu quadro de servidores. Padovan e Simões (2010,p. 3) fazem o seguinte comentário a cerca da educação pública que tínhamos:

Escolas públicas eram disputadas por todos que desejavam uma educação de qualidade. Personagens de vulto da história brasileira, quando crianças, sentaram em bancos de Escolas Públicas e dali saíram para uma vida de realizações, nas mais variadas áreas. Era com orgulho que se dizia ser egresso como aluno de uma Escola Pública. Uma vaga era disputada através de uma seleção, porque ingressar em uma das escolas era como se conseguir um passaporte para o sucesso.

A partir dos anos 80, testemunhamos uma queda vertiginosa da educação pública brasileira. O declínio se observou em vários setores: os órgãos regulamentadores, os gestores, e, finalmente, nos seus executores, os docentes. Esses últimos, até hoje, ainda sofrem com o

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contínuo descrédito de parte importante do poder público que insiste em discrimina-los das mais vergonhosas maneiras possíveis, das faltas de políticas públicas e condições mínimas estruturais para uma execução de uma aula com um bom nível, incrédulo desrespeito moral por gestores incompetentes, passando pelos. Alunos que na sua grande maioria desprovida da educação doméstica descarregam suas frustrações, anseios e revoltas no profissional que está ali pra antes de qualquer coisa, possibilitar para esses estudantes uma perspectiva de crescimento intelectual, profissional e social.

Neste trabalho, expresso um pouco do desejo do resgate da relação professor X aluno que era tão saudável nas perspectivas dos trabalhos práticos, seja em sala de aula, seja nos outros ambientes em que a escola permitia esta interação. Segundo Lessard (2009), é no trabalho entre professores e alunos há uma condição de liberdade que dá margem a criatividade. Esta relação que ao longo dos anos foi maculada lenta e gradativamente pelos problemas estruturais familiares, reflexo da falta de políticas públicas que preservassem a manutenção da estrutura de família, fazendo com que este indivíduo venha para o âmbito escolar desprovido da disposição e condição psicológica necessária suficiente para interagir no mundo escolar a que ele é submetido, ainda sobre a importância desta interação Chervel (1990,p.184) relata:

Porque são criações espontâneas e originais do sistema escolar é que as disciplinas merecem um interesse todo particular. E porque o sistema escolar é detentor de um poder criativo insuficientemente valorizado até aqui é que ele desempenha na sociedade um papel o qual não se percebeu que era duplo: de fato ele forma não somente os indivíduos, mas também uma cultura que vem por sua vez penetrar, moldar, modificar a cultura da sociedade global.

A partir destas justificativas e a necessidade contínua do ser humano estar sempre passando por um processo de aperfeiçoamento visando seu crescimento educacional, pessoal, político e, sobretudo social, o investimento e o cuidado no processo educacional, está de acordo com Freire (2008, p.86) quando afirma:

Uma educação que se fundamente na unidade entre a prática e a teoria, entre o trabalho manual e trabalho intelectual e que, por isso, incentive os educandos a pensar certo. Uma educação que não favoreça a mentira, as ideias falsas, a indisciplina.

Creio sinceramente que este apanhado histórico será de grande valia para futuras pesquisas sobre os impactos do PIBID na educação, não só na região metropolitana do Recife como também seus reflexos nas esferas estaduais e federais, corroborando com o pensamento de Chartier (2007, p.17) quando enfatiza: “A história pode nos ajudar com a compreensão

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crítica das inovações do presente, as quais sempre nos seduzem e nos inquietam”.

O objetivo geral deste trabalho é pesquisar a história do PIBID-BIOLOGIA/ Recife/ UFPE, quanto à implementação de atividades práticas no ensino médio em algumas escolas públicas estaduais, no período de 2007 a 2010.

Os objetivos específicos são: 1. Relacionar a história do PIBID/Brasil com a história do PIBID/UFPE; 2. Pesquisar a origem do PIBID-Biologia na UFPE, através de questionários , entrevistas e documentos; 3. Discutir a partir de teóricos da educação a importância do PIBID na educação; 4. Construir um arquivo historiográfico do PIBID/UFPE e o subprojeto Biologia.

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2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O estudo terá abordagem quali-quantitativa para seu desenvolvimento, tendo por base seus objetivos estabelecidos, na perspectiva de confirmar e reafirmar a importância do programa PIBID para sociedade. Desta forma aferimos o nível da qualidade do programa e suas diferentes importâncias, tornando-se necessário investigar quais os fatores que, para os estudantes e demais integrantes do PIBID, evidenciam tanto sua importância quanto qualidade. Nesse ínterim, utilizarmos a abordagem qualitativa que, segundo Malhotra (2001, p. 155), “é uma metodologia de pesquisa não estruturada, exploratória, baseada em pequenas amostras que proporcionam insights e compreensão do contexto do problema”.

Corroborando, Roesch (1999), que descreve na pesquisa qualitativa o pesquisador, seguindo suas interpelações, consegue identificar melhor o olhar dos sujeitos ora questionados ora entrevistados. Os personagens (sujeitos) que compõem o universo do PIBID (Coordenadores, bolsistas, supervisores e alunos das escolas selecionadas), bem como os seus respectivos relatos sejam escritos ou audiovisuais, além do acervo disponibilizado pelo MEC/CAPES em suas respectivas páginas eletrônicas que são www.mec.gov.br e www.capes.gov.br, vale a pena resaltar que foram levados em consideração até mesmo os trabalhos publicados durante o período de execução, onde podemos encontrar obras como: “PIBID, SEMENTES DE ESPERANÇA PARA AS ESCOLAS PÚBLICAS” (PADOVAN & SIMÕES, 2010) e “PIBID, GUIA PRÁTICO DE BIOLOGIA” (PADOVAN, PADOVAN & RAMOS, 2012), entre outros trabalhos publicados.

Uma vez que também iremos abordar sua importância para um dos pilares do sistema educacional, é natural que também usássemos como fonte de nossas pesquisas os maiores beneficiados, os alunos das escolas atendidas, bem como..., se possível alguns de seus familiares, isso por que como dito anteriormente essas iniciativas trazem reflexos também no convívio sócio-afetivo. Sob esta perspectiva, Souza (2009,p. 9), faz a seguinte consideração:

A diversidade de temas e problemáticas relacionadas à educação nos permite vislumbrar recortes teóricos metodológicos muito interessantes, tanto na complexidade de interpretação quanto no impacto da produção do conhecimento sobre a realidade social. Tal dinâmica permite, ainda, a descoberta de novas fontes, outros arquivos públicos, e também privados, e novos olhares sobre velhos problemas afetos a nossa área de conhecimento.

Esta afirmação fortalece ainda mais minha escolha pelo tema, a qual, julgamos ter uma relevância sem igual na contínua corrida pela excelência educacional.

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Fizemos uso também da Revista Brasileira de Pós-graduação (RBPG), analisando e trazendo ao corpo do trabalho tudo que concerne ao tema, gráficos, entrevistas, artigos e etc. Em circulação desde agosto de 2004, este periódico é voltado à divulgação de estudos, experiências e debates sobre a pós-graduação, sua situação, desafios, políticas e programas. Possui tiragem semestral, subdividida em quatro áreas: estudos, experiências, debates e documentos. Ele está disponibilizado para todas as bibliotecas, centros de estudos e informações não só do Brasil, como também do exterior, sem falar que está disponível também no portal da Capes, supra citado.

Com uma média de 15 mil acessos por trimestre, à revista firmou-se como um importante veículo para a disseminação de estudos e debates sobre a pós-graduação. A cada número, são tratados temas variados como características da formação pós-graduada em várias modalidades, política da pós-graduação, demandas da comunidade científica e ações das agências de fomento. A RBPG desempenha ainda o papel de instrumento privilegiado para o estudo de temas referentes à colaboração científica internacional, por conta destes fatores achamos por bem utilizar as revista também como fonte de pesquisa sobre ações e perspectivas em que se encontrem o PIBID.

Achamos de importância relevante sob a mesma importância a observação, a Revista Brasileira de História da Educação, em especial um artigo que fala entre outros temas o da “cultura escolar”, interligado de maneira substancial nas minhas explanações em conexão com o universo do programa em estudo.

Utilizamos as obras de alguns estudiosos da área de teoria e história da educação, como aquelas dos Profs. Drs. Edilson Fernandes de Souza, Flávio Henrique Albert Brayner e José Luis Simões, tendo este ultimo inclusive, a responsabilidade de ocupar o cargo de 1º Coordenador Geral do PIBID-Pernambuco, além de outros autores pertinentes ao tema em questão.

Esta pesquisa conta com os relatos e memórias da Profa. Dra Isairas Pereira Padovan, primeira Vice Coordenadora do PIBID e atual Coordenadora do subprojeto Biologia, lotada no Departamento de Histologia e Embriologia, que está ligado ao Centro de Biociências – CB/UFP, juntamente com o Prof. Dr. Paulo Antônio Padovan, que ao longo de seus mais de trinta anos de atividade docente, coordenou este subprojeto inicialmente.

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opções de acordo com os personagens (sujeitos) do estudo, tendo instrumentos tanto semi estruturados seguindo um roteiro escrito (disponibilizado nos anexos) quanto estruturados, onde todos os entrevistados assinaram um termo de consentimento de entrevista (vide anexo), tendo todo o cuidado ético que envolve as pesquisas com seres humanos (Resolução nº 466 de 2012), e ainda solicitamos aos mesmos a autorização de forma oral, durante as gravações, inicialmente antes dos questionamentos foram devidamente informados do que se tratavam os objetivos da pesquisa, inclusive tendo observado o conteúdo das questões, sendo dado o direito do entrevistado de responder ou não as questões observadas.

Posteriormente, entramos em contato com os mesmos e deixamos a critério dos entrevistados os locais das entrevistas e resposta ao questionário, que foram os mais variados possíveis, entre eles: Sala de orientador, gabinete de trabalho, no departamento a que pertencia inclusive via digital (telefones móveis e redes sociais), tudo isso no intuito de conseguir fazer com que o entrevistado se sentisse o mais tranquilo possível.

As entrevistas foram realizadas pelo pesquisador e tiveram variações nos seus tempos de acordo com a disponibilidade do entrevistado. As mesmas foram gravadas utilizando um aparelho móvel celular da marca Microsoft A-620, tivemos entrevistas com tempos variados de acordo com os entrevistados. Vale dizer que não tivemos a necessidade de repetir nenhuma entrevista.

Após executadas as entrevistas e os questionários neste primeiro momento, fez necessário de quantificar as respostas colhidas na pesquisa qualitativa, ou seja, testar se o que foi relatado pelos entrevistados trazem argumentos significativos para corroborar com nossa visão do programa. No caso do estudo em questão, buscamos dentro da verificação das entrevistas e questionários de acordo com as questões levantadas, fazer um paralelo com o grau de importância atribuído ao PIBID. Malhotra (2001) retrata que a pesquisa quantitativa procura quantificar os dados depois de aplicada alguma forma de análise estatística para a obtenção dos resultados.

Os materiais provenientes das análises obtidas destes questionários e entrevistas podem até gerar propostas intervenções futuras visando a melhoria do programa, não só a nível de regional como possivelmente a nível nacional. Esta pesquisa também do tipo exploratória, pois se faz necessário explorar, entender do cotidiano do programa compreender os processos de funcionamento do programa. Mesmo estando familiarizado com PIBID, uma

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vez que o pesquisador outrora também foi bolsista do mesmo, interado assim, de boa parte da realidade e das inter-relações que constituem a mecânica de trabalho.

Porém tomamos o cuidado importante de se fazer analise do estudo pela ótica de um pesquisador imparcial, comprometido com os objetivos destacados neste estudo, abrindo também a possibilidade de verificar lacunas (se houver) ou pontos críticos, que possam ser explorados. Assim, Gil (2002) cita que uma pesquisa exploratória tem por objetivo o aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições sobre o tema, tornando o pesquisador mais familiar.

Realizamos também, um extenso trabalho de pesquisa oriundos dos mais possíveis locais de capitação de informações ligadas ao tema, tais como, a Biblioteca Digital de Teses e Dissertações de nossa instituição, no caso a UFPE (BDTD/UFPE), que por sua vez está atrelada Biblioteca brasileira de teses e Dissertações (BDTD), associada também ao Instituto Brasileiro de informação Científica e Tecnológica (IBICT), e também conectada á CAPES,Estendemos nossa pesquisa para sites como “SciELO - Scientific Electronic Library Online” e “Google Acadêmico” e por fim a Revista Brasileira de Pós Graduação RBPG.

Destacamos aqui que para dinamizar nossa pesquisa que utilizamos na lacuna de buscas dos links acima citados usamos como critério de pesquisa o título “PIBID Biologia/UFPE”, alcançando os seguintes resultados:

Na plataforma (BDTD/UFPE), ao total foram apresentados 17.400 (dezessete mil e quatrocentos) documentos, observados inicialmente não encontramos nenhum que remetesse ao tema proposto por nós, sendo assim, propusemos na mesma plataforma um filtro ainda maior, e inserimos a pesquisa na plataforma o tema “educação” onde nos deparamos com um resultado equivalente á 112 (cento e doze documentos), mesmo desta forma os resultados apresentados não se detinham em nada com o tema proposto nesta dissertação, os temas que se apresentavam seguiam áreas como as de cidadania, comunicação, filosofia, identidade, ética, alfabetização, desigualdade, abuso sexual, adolescentes, África, AIDS.

Com tudo dentro deste filtro dois temas poderiam apresentar alguma proposta que eram os de “Education” e “formação humana”. Esses dois últimos com 7 e 4 documentos respectivamente, obervamos os mesmos, mas os que estavam enquadrados no tema “Education” tratavam de temas referentes á História dos quadrinhos, educação das relações étnos-raciais, formação do administrador, ensino religioso e diálogo na escola, o papel do

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SENAI no mercado de trabalho, avaliação de consumo alimentar e relação entre receita e despesas públicas, na outra temática a de formação humana encontramos as seguintes vertentes; resiliência e formação humana em professores do ensino fundamental I, a promoção da formação humana, Fenomenologia da metafísica do ser e do ter e uma visão de educação segundo Lévinas.

Dando prosseguimento em nossas buscas entramos na base de dados do IBICT, e utilizamos nas buscas o termo “PIBID Biologia”, não obtivemos nenhum resultado de trabalhos construídos, sendo assim, tentamos ampliar o leque de oportunidades e inserimos na barra de pesquisa no site supracitado o termo “PIBID Biologia UFPE”, e não obtivemos resultado algum, aumentando nossas expectativas quanto a possibilidade da concretização da inéditabilidade de nossa pesquisa.

Chegamos enfim, ao Google Acadêmico, onde pensamos que teríamos uma quantidade maior de documentos uma vez que se trata de uma ferra menta de web mais popularizada podemos assim dizer, sendo assim, partimos ávidos na expectativa do que nos aguardava no que diz respeito as resposta da pesquisa. Repetimos a ação no site anterior e na barra de busca utilizamos o termo “PIBID Biologia”, como resultado, encontramos um montante de 4.010 (quatro mil e dez) resultados.

Observando este quantitativos chegamos á uma conclusão que teríamos um maior aproveitamento do tempo se otimizássemos a pesquisa inserindo mais um filtro no local de pesquisa do site de buscas, então assim procedemos, e anexamos ao termo “PIBID Biologia” a sigla de nossa instituição, ou seja, “UFPE” formando então “PIBID Biologia UFPE” na esperança de obtermos melhores resultado, pois bem, o que se apresentava em seguida como resultado foram um montante de 314 (trezentos e quatorze ) trabalhos.

Realizamos mais uma tentativa e optamos pelo preenchimento do espaço de busca pela expressão- PIBIB Biologia “UFPE” desta maneira restringimos nossa pesquisa documental para 199 (cento e noventa e nove trabalhos), nesta contenda, observamos os dados apresentados mais de perto a fim de verificar como se apresentam estas referências no contexto do tema, encontramos nas seguintes condições:

Encontramos em nossa pesquisa em sua grande maioria, documentos em forma de artigos científicos destinados aos mais diversos eventos e áreas de estudo e pesquisa, algumas delas iremos citar em seguida: Encontro Nacional em Didática e Prática de Ensino (ENDIPE),

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Encontro Nacional de pesquisa em Educação e Ciências (EMPEC), Encontro Regional de Estudantes de Educação Física (EREEF), Simpósio Nacional de Ensino de Ciências e Técnologia, Jornada de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFRPE, Colóquio Internacional de Educação e contemporaneidade, Congresso Nacional de Formação de Professores, Congresso Nacional de Educação (CONEDU), Encontro Nacional de Biologia (ENEBIO), Encontro Internacional de Formação de Professores, Mostra PIBID Biologia, Congresso nordestino de Biólogos, Simpósio do PIBID na UFABC, Encontro Regional de Biologia (EREBIO), Congresso Brasileiro de Extensão Universitária (CBEU), Encontro Nordestino de Biogeografia, Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SBPC), BIA/UFPE, IFPE e Educação a Distancia (EAD).

Encontramos artigos em revistas de diversas áreas como por exemplo: Revista Caderno Pedagógico, Revista EBEM (na área de música), Revista Educacional Interdisciplinar (Redin), Revistas Cadernos de Estudo e Pesquisa na Educação Básica, Revista de Geografia, Revista de Geociências do Nordeste, Revista Metáfora Educacional (temáticas ambientais), Revista Brasileira de Educação (na área de estágio supervisionado), Revista Linha Mestra, Caderno de Ciência e Tecnologia, Revista de Ciência Desportiva, Revista Brasileira de Pesquisa Sobre Formação de Professores, publicações nas áreas de Matemática, Biologia, Ciências e Educação.

Encontramos menções do termo pesquisado em experiências em ensino de ciências, editais, currículo de formação docente, em ações no Ciências sem Fronteiras, em Projetos Políticos pedagógicos (PPPs) de algumas instituições de ensino, em diversos Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs), em relatórios de disciplinas como Etnobotânica, Bioquímica, Citologia, Educação Ambiental, Artes Cênicas, Designe, além de artigos ligados aos Subprojetos; Química, Ciências Sociais, Física, História, Educação Física, Pedagogia, Matemática, Geografia, Artes, Música, Letras e Biologia respectivamente.

Como era de nossa expectativa encontramos também várias dissertações de mestrado nas áreas de Ciências e matemática (5), Mestrado em Física (1), Mestrados em Ciências (3), Mestrado em Letras (1), Mestrados em História (2), Mestrados em Educação (18), Mestrado em Geografia (1), Mestrado em Linguística (1), Mestrados em Psicologia (2), Mestrado em Ciências Biológicas/ Educação Ambiental e por fim Mestrado em Ciência da Informação (1). Por conseguinte encontramos Teses nas áreas de Física (1), Teses em Educação (6), Tese em Letras (1) e Tese em Música (1) e Teses em Ciência da Informação (2).

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Concluímos neste capítulo a nossas buscas e a partir delas mostramos seu caráter inédito, para a comunidade acadêmica e demais segmentos da sociedade, com o intuito de auxiliar em futuras pesquisas do gênero servindo como ferramenta de aporte teórico para consultas e pesquisas futuras.

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2.1 AS ESCOLAS PARTICIPANTES DO ESTUDO, DE ACORDO COM O RECORTE TEMPORAL

As escolas beneficiadas foram selecionadas levando em consideração sua pontuação segundo o IDEB, referentes ao ano de 2008, ou seja, as de menor pontuação encontrada. Porém, outros aspectos também foram levados em consideração para as escolhas das escolas, pois se via necessária a observação de outros fatores não explícitos no edital da CAPES a fim de tornar o projeto o mais eficiente possível, como revela na entrevista com a ex-secretária (voluntária) do PIBID à época, Isis Tavares (2016):

Além disso, agente pegou as escolas que estavam mais próximas da federal que era outra coisa, por que? Por que tinha escolas com IDEB mais baixo? Tinha, mas o problema era que se a gente ia implantar um programa institucional dentro da universidade, e ele assim... delinear visão, e os alunos pudessem ter, eles precisavam não gastar ou então facilitar o deslocamento de professor e de bolsista, entre a universidade e a escola, minimizar gastos e também facilitar a vinda do próprio professor pra universidade.

Percebia-se a época que outros obstáculos deveriam ser levados em consideração para se ter um programa realmente exitoso. Havia a preocupação que os professores e alunos destas escolas pudessem usufruir dos equipamentos e ambientes que a universidade dispunha, de maneira tal, que não interferisse no andamento regular das aulas dos alunos atendidos. Tavares (2016) ainda enfatiza a postura da direção do PIBID/UFPE, no que tange as escolhas das escolas:

“Como faríamos, por exemplo, é...fazer, montar uma aula no laboratório com o professor da escola e ele não vem. Então existem recursos que a universidade oferece de eles precisam vir para aprender e voltar pra escola. Então esse movimento de ida e volta e aí essas escolas foram escolhidas por aqui por perto”

Nesta condição as escolas selecionadas para execução dos trabalhos em 2009 foram as seguintes, as contempladas inicialmente:

ESCOLA DE REFERÊNCIA EM ENSINO MÉDIO DIARIO DE PERNAMBUCO.

Escola Diário de Pernambuco1 está localizada, na Rua Costa Sepúlveda S/N, Engenho do Meio, CEP 50.730-260, Recife/PE, Portaria 3289, telefone da secretaria: 8131.8192, email: esc.diariodepernambuco@gmail.com. Os segmentos que a escola atendia eram: Fundamental: 7ª ano ao 9ª ano, Ensino Médio: 1º ano ao 3º ano. A Escola Diário de

1

Endereço: RUA COSTA SEPULVEDA – SN, Bairro: ENGENHO DO MEIO, Estado: Pernambuco, Município: Recife CEP: 50730-260; Telefone(s): (81) 31812921 – próprio Telefone(s): (81) 34531718 – públicos. E-mail: escdiariodepernambuco@gmail.com. Supervisora: Profa. Ernestina Pereira do Nascimento.

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Pernambuco foi fundada no dia 08 de março de 1975, foi construída em um terreno doado pela SUDENE ao estado de Pernambuco, no governo de Eraldo Gueiros. O bairro é o Engenho do Meio, surgiu em 1946 e tem este nome devido a área onde as casas foram construídas, pertencentes a um engenho de açúcar denominado Usina Meio da Várzea.

O projeto foi elaborado pelo arquiteto Anselmo Luiz Siqueira Campelo com estilo bem diferente das escolas tradicionais, e os recursos para construção foram captadas de convênio firmado entre o Governo do Estado de Pernambuco e o ministério da Educação e Cultura. Na época da inauguração serviu de modelo e foi motivo de orgulho para todo o governo. Foi inicialmente denominada de Escola Sesquicentenária Diário de Pernambuco, em homenagem ao jornal mais antigo em circulação simplificado para América Latina; posteriormente, teve a denominação simplificada para Escola Diário de Pernambuco.

A escola dispõe de uma ótima infraestrutura, com um amplo espaço físico, com biblioteca e três laboratórios (matemática/física, biologia/química e línguas). São 13 salas de aulas o refeitório e cozinha, e um depósito para armazenamento de alimentos, dois sanitários, (um masculino e um feminino), uma sala para a guarda dos instrumentos musicais da banda, sala do apoio, sala dos professores, sala da coordenação, sala da diretoria, a secretaria, sala de arquivo morto e de um almoxarifado.

A escola possui equipamentos áudio-visual, tais como DVD, televisão, dois data show e duas câmeras digitais. Possui também uma máquina própria de Xerox e vários computadores, auxiliando assim o trabalho de todos os funcionários.

O laboratório de biologia/química utilizado pelos professores é composto de vários equipamentos: duas chapas aquecedoras, todos os tipos de vidrarias em grandes quantidades, seis peças anatômicas (três esqueletos e três corpos humanos didático), duas balanças de precisão, quatro microscópios, três bancadas cada uma com duas pias, um computador com internet, peças de representação da divisão celular, uma autoclave, uma estufa e uma capela e também tem batas para todos os alunos.

A escola conta com 36 docentes, onde a maioria são funcionários do quadro (efetivo), possui periodicamente capacitações e congressos que são oferecidos pelo Governo do Estado. A escola tinha 997 alunos distribuídos em 31 turmas, sendo elas oferecidas nos horários da manhã, tarde e noite. Segundo informações verbais, o perfil econômico dos alunos é de baixa renda, com os pais ganhando um salário mínimo e uma boa parte dependendo do

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Programa Bolsa Família.

Projetos oferecidos pelo Governo do Estado também tem a participação da escola, como os projetos: Segundo Tempo, Mais Educação, Promatec, Boa Visão e Travessia Médio. O Projeto Político Pedagógico (PPP) foi formado com a visão de educação como solução, solução para reconstrução de um país. Os valores da escola são de excelência, buscando sempre a qualidade em tudo, de solidariedade, valorizar o espírito coletivo, comprometimento e colaboração no alcance dos objetivos, de igualdade, tratando com equidade todos os segmentos da comunidade escolar.

A escola tem como princípio filosófico o desafio de conhecimento científico pautado na formação do aluno. A avaliação está embasada na LDB Nº 9394/96, seguindo os termos: classificação, reclassificação, progressão parcial/plena, recuperação, avaliação contínua e formativa e avaliação de desempenho. O PPP está em mudança, pois é necessária a inclusão da cultura afro, ensino religioso, diversidade cultural e ensino para crianças especiais. Essas atualizações já ocorrem e são trabalhadas na escola.

ESCOLA SENADOR NOVAES FILHO

A escola Senador Novaes Filho2, localizada na Rua Maria Lacerda, S/N, no Bairro da Várzea com CEP 50741-010 Recife/PE, cuja história não foi disponibilizada pela direção escolar, sendo apenas compartilhado pelos os alunos estagiários o ano de 1984 como ano de sua fundação. Atende os segmentos: do Ensino Fundamental e Médio, distribuídos No Ensino Especial (2 Turmas), Educação De Jovens e Adultos do Ensino Fundamental e Médio. Ainda com turmas do Ensino Regular (da quinta à oitava séries do Ensino Fundamental) e turmas do primeiro ao terceiro ano do Ensino Médio. Atendendo também à comunidade nos finais de semana pelo Programa "Escola Aberta". A escola participa do IDEPE, SAEPE, PROVA BRASIL e IDEB.

Em relação à infraestrutura, a escola possui: Biblioteca, Laboratório de Matemática e Física, Laboratório de Biologia e Química, Laboratório de Música, Laboratório de Informática e uma Central de Multimídia. Os laboratórios funcionam com o monitoramento de professores trabalhando com alunos nos três turnos (exceto o de informática). Este tem

2 Endereço: R MARIA LACERDA – SN, Bairro: VARZEA, Estado: Pernambuco, Município: Recife, CEP:

50410-010; Telefone(s): (81) 32719372 – público, Telefone(s): (81) 33026534 – próprio. E-mail: novaesescola@ig.com.br. Supervisor: Prof. Nildo José Silva Ferreira;

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sido utilizado pelos alunos do programa Escola Aberto e para alguns trabalhos realizados por professores e alunos sem ser em datas e horários estabelecidos antecipadamente.

No laboratório de Ciências/Biologia e Química, que é um de nossos objetivos no decorrer da análise, vimos e conferimos dentro do mesmo os seguintes equipamentos: vidrarias, coleção entomológica, acervo biológico, uma lupa, sete microscópios, oito torsos, dois esqueletos, um retroprojetor e dois computadores com Datashow acoplado, três estufas, um destilador de água, um agitador magnético, um aquecedor, uma geladeira, um fogão de uma boca acompanhado de pequenos botijões de gás, cinco armários (sendo que após outras visitas observamos que um foi descartado). Durante outras visitas, foi possível notar que há também materiais ainda guardados e lacrados que foram enviados pelo Governo do Estado.

O laboratório possui duas mesas com duas bancadas e duas pias em cada, para realização de experiências. Além dessas quatro pias, ainda existem mais duas em outro balcão onde ficam expostas algumas vidrarias e almoxarifado para guardar os materiais (soluções, outras vidrarias, equipamento multimídia e outros). O que mais chamou nossa atenção foi que esta escola disponibiliza um laboratório muito bem equipado e em boas condições para uso didático, além de ser climatizado.

A central de Multimídia é um espaço utilizado pelos professores quando há uma necessidade de projetar um filme para complementar o conteúdo visto em sala. Esta central dispõe de cadeiras/bancas, mesa para o professor, quadro branco, televisão de 56 polegadas, aparelho de DVD, caixa de som e microfone, lembrando que assim como o laboratório, esta central multimídia é uma das poucas salas climatizadas.

ESCOLA DE REFERENCIA EM ENSINO MEDIO JOAQUIM TAVORA

O então Grupo Escolar Joaquim Távora3, na sua fundação localizava-se na Rua Carlos Gomes, s/n, no Bairro do Prado. Não encontramos documentos com registro do histórico da escola neste período de construção e inauguração. As informações obtidas foram através de funcionários e professores que trabalhavam e continuaram nesta Unidade de Ensino. Nessa época, teve como diretora a professora Maria Isabel Gonçalves Guerra. A escola foi reinaugurada em 1967, na Rua Real da Torre, s/n no Bairro da Madalena. Em 1971

3

Endereço: RUA REAL DA TORRE – S/N, Bairro: Madalena, Estado: Pernambuco, Município: Recife, CEP: 50710100; Telefone(s): (81) 11891580 – Próprio, Telefone(s): (81) 34453362 –Público. E-mail:

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a escola passou ao Nível de Ensino Ginasial, sendo chamada então Ginásio Estadual Joaquim Távora, tendo como diretor o professor João Batista Lippo Neto.

A Escola passou por uma reforma entre agosto de 2000 a agosto de 2001 em sua estrutura física, passando a ser Escola Jovem4, sendo novamente reinaugurada no dia 06/08/2001. Atualmente conta com cerca de 40 docentes e aproximadamente 1.300 alunos, em turmas do Ensino Fundamental, Médio Regular, Médio Semi-Integral, Travessia e Educação de Jovens e Adultos (EJA) / Médio e turmas formadas no Núcleo de Línguas Estrangeiras.

A escola passou pelo processo de mudança para tornar-se uma Escola de Referência no Ensino Médio (EREM), em turmas dos 1º anos e não oferece vagas para turmas de 5ª série/6º ano com a proposta de gradativamente eliminar a oferta do Ensino Fundamental, ficando ainda da Educação Básica: Ensino Fundamental de 6ª Série (7º Ano), 7ª Série (8ºAno) e a 8ª Série (9º Ano): Travessia Fundamental / Médio, Ensino Médio Seriado: NEL (Núcleo de Línguas) – Inglês e Espanhol. A escola possui uma infraestrutura física bem adequada, oferecendo amplas condições para a realização dos trabalhos propostos, favorecendo assim, o desenvolvimento cognitivo dos alunos.

A escola possui ainda biblioteca e diversos laboratórios bem equipados: laboratório de informática, três laboratórios de pesquisa e estudos sendo estes: biologia/química, matemática/física e três salas especiais para os estudos de inglês, francês e espanhol. Possui também uma área destinada cultivo de algumas espécies de plantas, propiciando o aprendizado na área dos fitoterápicos e ainda possibilitando aulas práticas no campo da botânica.

Os alunos possuem um perfil econômico considerado de baixa renda, com os pais geralmente trabalhando no comércio ou mesmo na indústria e as mães como domésticas apresentando uma faixa salarial pouco maior que um salário mínimo e um percentual considerável recebendo o Bolsa Família. No que diz respeito ao acompanhamento destes

4 Também chamado Programa de Melhoria e Expansão do Ensino Médio, é uma iniciativa da Secretaria de

Ensino Médio Tecnológico do Ministério da Educação (MEC) com o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) cujo objetivo é melhorar a qualidade e a eficiência do ensino médio, garantir maior acesso, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social do País. Criado em 1997, o Projeto Escola Jovem fornece recursos que destinam-se à execução de projetos de ampliação e construção de escolas, capacitação de docentes e gestores educacionais, equipamentos para bibliotecas, laboratórios e adaptações para facilitar o acesso de portadores de necessidades especiais. Seu objetivo também é equipar progressivamente as escolas de ensino médio com kits tecnológicos para recepção da TV Escola.

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alunos por parte das instituições governamentais a escola é avaliada tanto no âmbito Federal como Estadual.

O PPP da escola trabalha no sentido de formar cidadãos conscientes, capazes de compreender e criticar a realidade, atuando na busca da superação das desigualdades e do respeito ao ser humano, na perspectiva de uma escola atualizada, com desafio de preparar seus alunos para uma nova realidade, o desafio maior é ampliar as relações e as experiências históricas, democráticas, através do exercício cotidiano da cidadania.

Outrossim, a escola foi contemplada pelo PIBID/UFPE/CAPES/MEC, sendo oportunizada nas disciplinas de Biologia, Química, Física, Matemática e Ciências e, mais recentemente, Letras, Música, História e Geografia.

Grupo do PIBID-BIOLOGIA que atuava nas escolas, era composta por 5 bolsistas, 1 Professora Supervisora e uma Coordenadora Institucional (Profa. Dra. Isairas Pereira Padovan), docente da UFPE, lotada no Departamento de Histologia e Embriologia que se localiza no prédio, Ala Sul do prédio de Medicina do Centro de Ciência da Saúde (CCS/UFPE).

Imagem 1 – Fotografias das fachadas das escolas Diário de Pernambuco, Joaquim Távora e Senador Novaes Filho

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Fonte: Isairas Padovan

AS ESCOLAS QUE VIERAM EM SEGUIDA

Em 2011, Os relatórios fornecidos pelos grupos de que compunham o PIBID/UFPE (Coordenação de Subprojeto, Professores Supervisores e Bolsistas), e da percepção dos gestores das escolas na melhoria do rendimento escolar dos alunos atendidos pelo PIBID/UFPE, se fez perceber a necessidade da ampliação da atuação do programa nas escolas. Sendo assim em comum acordo com a SEDUC/PE, no processo de renovação do programa foram inseridas duas novas escolas; são elas:

ESCOLA PROF LEAL DE BARROS.

Endereço: RUA ANTONIO BORGES UCHOA – S/N, Bairro: ENGENHO DO MEIO, Estado: Pernambuco, Município: Recife, CEP: 0730230.

Telefone(s): (81) 32726001 – próprio- Telefone(s): (81) 34532879-público. E-mail: esclealdebarros@hotmail.com.

Supervisor: Prof. Francisco de Assis Souza;

ESCOLA DE REFERÊNCIA EM ENSINO MÉDIO MARTINS JÚNIOR.

Endereço: RUA PADRE JOSE REGUEIRA – 136, Bairro: TORRE, Estado: Pernambuco, Município: Recife, CEP: 50710360. Telefone(s): (81) 32270438 – próprio- (81)34450702 – público.

E-mail: romero.prof@yahoo.com.br.

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3 DISCUSSÃO SOBRE EDUCAÇÃO (Paulo Freire, Carlos Brandão e Bernard Charlot)

O PIBID enquanto ferramenta da educação nos faz refletir sobre a importância da mesma para sociedade, na formação dos cidadãos, na interação social de maneira geral. Decidimos então abrir um diálogo sobre o tema e suas conexões com o objeto de estudo, para tal, trouxemos alguns estudiosos do assunto como Carlos Brandão, Paulo Freire e Bernard Charlot, trazendo seus olhares, perspectivas e ideias que interagem com os ideais do programa PIBID.

O livro de Brandão “o que é educação” (2006) apresenta uma linguagem simples e tenta facilitar o entendimento acerca de várias problemáticas da educação e nos leva a uma reflexão de um outro olhar da educação existente atualmente em nosso sistema educacional e traz também grandes contribuições para novas formas de pensamento a respeito do tema.

Segundo Brandão (2006) a educação está presente no cotidiano de todos e que a todo o momento vivenciamos esta educação a partir de tradições, costumes de uma sociedade ou até mesmo crenças de determinados grupos. Esta educação se dá de formas variadas para atender os mais diversos públicos que visa diretamente a manutenção e continuidade dessas crenças e tradições passadas de um para o outro.

Brandão (2006) cita que: “Não há modos de educação, não há uma maneira única para a educação, ela é difusa e ao mesmo tempo é estendida de povo para povo”. Assim se funda uma instituição de ensino, mas não quer dizer que a educação tem ou tinha que ser na escola. A carta que o índio escreveu, sobre a forma como o grupo vê a educação é genial, uma vez que, o mesmo afirma ver suas formações e necessidades diferentes e que, caso tivessem o mesmo aprendizado, não serviriam mais ao seu grupo específico, ou seja, seus costumes e tradições como, por exemplo, atividades específicas de caça e pesca seriam perdidos.

Portanto, não há uma única forma de educação, um modelo, ou mesmo que a escola seja o melhor lugar para prática da educação. Outro ponto de destaque apontado pelo autor é o surgimento do ensino, ou melhor, a mudança da educação em ensino.

O autor enfatiza que esse processo é dado no surgimento de discordâncias de interesses a partir de separações e divisão de poderes de certos grupos e que criam fragmentos em determinadas áreas passando assim a utilizar códigos específicos para transmissão deste

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saber.

Por outro lado, enfatiza que grupos que centralizam o poder de conhecimentos específicos perdem a essência de igualdade.

Carlos Brandão também analisa a educação em outros locais como a Grécia antiga onde a educação era tratada de forma interpessoal e só depois passou a ser obrigação do estado. E que a educação era dividida em duas: o saber técnico e o saber teórico. Afirma ainda que a criança é educada para viver a partir do que eles querem e não como elas realmente são. Chegamos então a comparar este tipo de educação com a tradicional abordada por muito tempo em nosso País onde a criança era vista apenas como uma miniatura do adulto.

O mesmo também direcionou o seu olhar para o Brasil e deixa claro que nossa educação não segue o que está na lei, que não há igualdade em nossa rede de ensino e que esse sistema favorece apenas uma minoria que beneficia um sistema político.

O autor enfatiza que a educação deve partir de vivências reais do cotidiano, uma vez, que se deve justamente enfatizar os valores e ideias de sua sociedade, para preservar a ordem e as tradições nelas contidas. Faz críticas a sociedade meramente capitalista que apenas reproduz e confirma uma grande desigualdade social e consequentemente, econômica.

Sua colocação também é que a educação mesmo reproduzindo a desigualdade pode se reinventada, recriada e quem sabe por grupos sociais como movimentos populares, sindicatos entre outros que se unem com propósito de resguardarem seus tipos de saberes e de preservar suas concepções.

A leitura de Carlos Brandão me remete diretamente ao pensamento de Paulo Freire (2003), em seu livro Política e Educação, onde o mesmo destaca as conservações ou até mesmo as mudanças da educação formando uma imaginável organização ou um falso equilíbrio politicamente falando.

Sabemos que alguns pilares da nossa sociedade como acesso a saúde pública e a educação de qualidade, que deveriam estar no topo como prioridade, se permeiam apenas de forma superficial; contudo, o mesmo, no caso Brandão, enfatiza que não devemos ficar de braços cruzados esperando apenas uma mudança substancial, mas acreditarmos e participarmos, assim como Freire fez e acreditou em uma educação de mundo como uma

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