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Prática No Processo Civil - Cabimento, Ações Diversas, Competência, Procedimento(2016) - Gediel Claudino de Araujo Jr(1)

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Academic year: 2021

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Dedicado à memória de

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Nota à 20

a

Edição

Esta nova edição encontra-se totalmente de acordo com o novo Código de Processo Civil, Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015, já com a redação dada pela Lei nº 13.256/2016; ou seja, todos os capítulos foram reescritos conforme as novas disposições do CPC. As muitas citações a artigos do CPC já se referem ao novo CPC, assim como todos os comentários doutrinários já consideram as novas disposições legais.

Boa leitura.

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Prefácio

Este livro é fruto de minha experiência profissional, seja como Defensor Público do Estado de São Paulo, onde atuo há longa data na área cível e família, seja como professor, lecionando nas áreas de Direito Civil, Processo Civil e Prática Processual Civil.

Meu objetivo não é conceituar, caracterizar ou discutir os temas abordados, mas tão somente passar uma visão prática, invariavelmente já vivida por mim, que forneça respostas simples e diretas às questões mais comuns no dia a dia do profissional do direito. Na busca desse desiderato, procurei organizar conjuntamente as informações, tanto de direito material como de direito processual, de forma a facilitar a consulta e a compreensão dos temas tratados.

Espero, dessa forma, contribuir para facilitar e melhorar o exercício da nossa nobre profissão.

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Agradecimentos

Deixo registrados os meus sinceros agradecimentos às pessoas que ajudaram e incentivaram este trabalho, em especial, meu pai, Gediel, minha esposa Sueli, meus irmãos César, Delcyr, Mauro e Adriana, meus amigos Richard, Marco, Sandra, Nilda, Yêdda e Claudio, os estagiários da PGE de Suzano, em especial, Dennis, José Roberto, Rogério, Luciane, Cleber, Micheline, Renata, Angelita, Lilian, Carla, Gleise e Thaíse.

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Sumário

Aspectos Teóricos e Práticos da Redação Forense Ação de Adjudicação Compulsória Ação de Adoção Ação de Alimentos Ação de Alimentos Gravídicos Ação de Alteração de Regime de Bens Ação de Alvará Judicial Ação de Anulação de Casamento Ação de Arrolamento Ação de Busca e Apreensão em Alienação Fiduciária Ação de Consignação de Aluguel Ação de Consignação em Pagamento Ação de Conversão de Separação em Divórcio Ação de Conversão de Separação em Divórcio Consensual Ação de Dano Infecto Ação Declaratória de Nulidade de Negócio Jurídico Ação de Demarcação de Terras Particulares Ação de Despejo por Denúncia Vazia Ação de Despejo por Falta de Pagamento Ação de Destituição de Poder Familiar cc. Adoção Ação de Divisão Ação de Divórcio Consensual Ação de Divórcio Litigioso Ação Estimatória ou Quanti Minoris Ação Ex Empto ou Ex Vendito Ação de Execução de Alimentos Ação de Execução Arrimada em Título Extrajudicial Ação de Exoneração de Pensão Alimentícia

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29. 30. 31. 32. 33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40. 41. 42. 43. 44. 45. 46. 47. 48. 49. 50. 51. 52. 53. 54. 55. 56. 57. 58. 59. 60. Ação de Extinção de Condomínio Ação de Extinção de Fiança Ação de Homologação de Acordo Ação de Indenização por Perdas e Danos Ação de Interdição Ação de Interdito Proibitório Ação de Inventário Ação de Investigação de Paternidade cc. Alimentos Ação de Manutenção de Posse Ação de Modificação de Guarda Ação Monitória Ação Negatória de Paternidade Ação de Notificação Judicial Ação de Nunciação de Obra Nova Ação de Obrigação de Fazer Ação Pauliana ou Revocatória Ação de Prestação de Contas Ação de Reconhecimento e Dissolução de União Estável Ação Redibitória Ação de Regulamentação de Guarda Ação de Regulamentação de Visitas Ação de Reintegração de Posse Ação de Reintegração de Posse em Comodato Ação Reivindicatória Ação Renovatória de Locação Ação de Rescisão Contratual Ação de Retificação de Registro Público Ação Revisional de Alimentos Ação Revisional de Aluguel Ação de Suprimento de Idade Ação de Suprimento de Registro Público Ação de Tutela

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61. 62. 63. 64. 65. 66. 67. 68. 69. 70. 71. 72. 73. 74. 75. 76. 77. 78. 79. 80. 81. 82. 83. 84. 85. 86. 87. 88. 89. 90. 91. Ação de Usucapião Especial Urbano Ação de Usucapião Extraordinário Ação de Usucapião Ordinário Declaração de Pobreza Embargos à Execução Embargos de Terceiro Habeas Corpus Mandado de Segurança Individual Medida Cautelar de Arrolamento de Bens Medida Cautelar de Busca e Apreensão de Menor (Ação de Busca e Apreensão de Menor) Medida Cautelar de Exibição Medida Cautelar de Justificação (“Ação de Justificação”) Medida Cautelar de Produção Antecipada de Prova (“Ação de Produção Antecipada de Prova”) Medida Cautelar de Separação de Corpos Petição Arrolando Testemunhas Petição Denunciando Acordo (execução de alimentos) Petição Informando Novo Endereço do Executado Petição Oferecendo Memoriais (alegações finais) Petição Requerendo Desarquivamento Petição Requerendo Habilitação Petição Requerendo Juntada de Documento Petição Requerendo Restabelecimento de Sociedade Conjugal Petição Requerendo Sobrepartilha Petição Requerendo Vista Procuração Ad Judicia (mandato judicial) Recurso de Agravo de Instrumento Recurso de Agravo Interno Recurso de Apelação Recurso de Embargos de Declaração Recurso Especial Recurso Inominado – JEC

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92. Recurso Ordinário

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Aspectos Teóricos e Práticos da Redação Forense

INTRODUÇÃO

Não obstante esteja o processo civil sujeito ao princípio da oralidade, na prática forense a atuação do Advogado dá-se quase que exclusivamente por meio da “petição escrita”. Com efeito, é por meio dela que o profissional do direito se dirige ao Poder Judiciário para informar, pedir, explicar, argumentar e, quando necessário, para recorrer.

Diante de tal realidade, fica muito fácil perceber-se a importância que a “petição escrita” tem para o sucesso da demanda submetida a juízo. Uma petição mal apresentada, atécnica, cheia de erros de grafia e exageros dificulta, ou mesmo inviabiliza, a pretensão defendida pelo advogado; de outro lado, uma petição escorreita, técnica, bem apresentada, facilita, ou pelo menos não atrapalha, a obtenção do direito pretendido.

Conhecer e dominar as técnicas que envolvem a redação da petição jurídica é obrigação de todo profissional do direito, afinal “o maior erro que o jurista pode cometer é não conhecer a técnica, a terminologia da sua profissão”.1

ENTREVISTA COM O CLIENTE

Cada profissional tem o seu próprio modo de conduzir a entrevista com o cliente, contudo a experiência mostra que alguns cuidados nos primeiros contatos podem evitar problemas no futuro, seja para o cliente, seja para o advogado. Entre outras atitudes que o caso estiver a exigir, recomendo que o advogado:

escute com atenção os fatos informados pelo cliente, fazendo anotações por escrito (estas anotações devem ser juntadas na pasta do cliente);

no caso de o cliente ter sido citado, indague inicialmente a data de citação, depois leia “com atenção” o mandado e a contrafé (cuidado com o prazo para apresentação da defesa);

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após ouvir o cliente, diga de forma “clara” a sua opinião como jurista sobre o problema, apontando, segundo a lei, as alternativas que se apresentam (neste particular, nunca tome decisões pelo cliente, se limite a orientá-lo; mas não tenha qualquer pudor em pedir algum tempo para estudar melhor o assunto);

após o cliente decidir o que quer fazer sobre o assunto (o que pode acontecer no primeiro ou num segundo encontro), fale abertamente sobre os seus honorários, redigindo, no caso de haver um acerto, o respectivo contrato (veja-se modelo no Capítulo “Procuração Ad Judicia”);

reduza a termo os fatos informados, assim como os seus pedidos e orientações (o documento final deve ser assinado pelo cliente); em seguida, o advogado deve entregar, mediante recibo, lista dos documentos de que irá necessitar (o advogado deve evitar pegar documentos originais do cliente, salvo naqueles casos absolutamente necessários);

entregues as cópias dos documentos requeridos, firmada a procuração e o contrato de honorários, o advogado deve preparar a petição que o caso estiver a exigir, observando as regras técnicas e legais;

preste periodicamente ao cliente contas do seu trabalho e do andamento do processo (pessoalmente, por telefone, por carta ou por e-mail);

antes de qualquer audiência, se reúna com o cliente e lhe explique detalhadamente o que irá acontecer e “como” irá acontecer, discutindo com ele qual a melhor postura a ser adotada, bem como as vantagens e os limites de um possível acordo;

qualquer que seja o resultado da demanda, entregue cópia da sentença para o cliente.

Como alerta geral, peço vênia para reproduzir o art. 31 da Lei no 8.906/94EA, o qual

declara que: “o advogado deve proceder de forma que o torne merecedor de respeito e que

contribua para o prestígio da classe e da advocacia”. Recomendo, ainda, a leitura atenta do

Código de Ética da OAB, mormente o capítulo II (arts. 8o a 24), que trata das relações com o

cliente.

REQUISITOS LEGAIS DA PETIÇÃO INICIAL

Segundo o princípio dispositivo ou da inércia, cabe à pessoa interessada provocar, por meio do ajuizamento de uma ação, o Poder Judiciário (nemo judex sine actore). Em outras palavras, aquele que pensa ter sido violado em seus direitos deve procurar o Estado-juiz, que até então permanece inerte (art. 2o, CPC). A provocação do Poder Judiciário, ou em outras

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palavras, o exercício do direito de exigir a tutela jurisdicional do Estado se dá por meio de um ato processual escrito denominado “petição inicial”. É ela que dá início ao processo, embora a relação jurídica processual só se complete com a citação válida do réu (art. 240, CPC).

Destarte, pode-se afirmar que a petição inicial é o ato processual escrito por meio do qual a pessoa exerce seu direito de ação, provocando a atividade jurisdicional do Estado.

A fim de traçar os exatos parâmetros da lide, possibilitando ao juiz saber sobre o que terá que julgar (art. 141, CPC), o Código de Processo Civil, art. 319, exige que a petição inicial indique: I – o juízo a que é dirigida; II – os nomes, prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu; III – o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; IV – o pedido com as suas especificações; V – o valor da causa; VI – as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; VII – a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.

Além dos requisitos enumerados acima, a petição inicial deve ser instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação, assim como o instrumento de procuração, onde conste os endereços físico e eletrônico do advogado (arts. 287 e 320, 434, CPC). Quando postular em causa própria, o advogado deve ainda declarar na petição inicial os endereços, físico e eletrônico, onde poderá ser intimado (art. 106, I, CPC).

Não são apenas estes os requisitos da petição inicial; há várias ações que têm requisitos próprios (v. g., possessórias, locação, adoção, demarcação, divisão, pauliana, execução etc.), para os quais também se deve estar atento.

A correta compreensão e domínio dos requisitos legais da petição inicial, além do cuidado com sua forma e apresentação, são imprescindíveis para a obtenção do direito pretendido.

ASPECTOS PRÁTICOS DA REDAÇÃO DA PETIÇÃO INICIAL

Do papel e dos caracteres gráficos:

Os cuidados com a petição inicial devem começar pela escolha do papel que será usado. Inexperientes, é comum que advogados iniciantes se deixem seduzir por papéis coloridos e com alta gramatura (grossos). Comum, ainda, a inserção de desenhos, brasões e declarações religiosas ou políticas. Tais fatos afrontam a boa técnica, desqualificando o trabalho do advogado e colocando em risco o direito do cliente.

A aparência da petição inicial deve transmitir ao Juiz, ao Ministério Público e à parte adversa a ideia de “seriedade” e de “competência”; só assim o Advogado proponente terá a

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chance de obter a total atenção dos envolvidos.

Nenhum aspecto da petição deve chamar mais a atenção do que o seu conteúdo, que deve ser apresentado de forma sóbria e escorreita.

Das margens, do tipo e do tamanho das letras:

Nestes novos tempos dominados pela tecnologia, é raro encontrar-se um advogado que ainda faça uso da velha máquina de escrever. Contudo, observando os trabalhos jurídicos que circulam pelos fóruns, percebe-se claramente que muitos advogados ainda não dominam aspectos básicos da redação por meio dos computadores pessoais. Na verdade, parece que o uso desta nova ferramenta de trabalho provocou uma baixa na qualidade dos trabalhos jurídicos, talvez em razão de os computadores oferecerem, ao contrário das máquinas de escrever, uma gama tão grande de opções. Com efeito, os programas de redação oferecem, entre outras coisas, dezenas de estilos, de formatações, de tipos de letras, fato que parece ainda desnortear o usuário comum.

Não obstante estas evidentes dificuldades, o profissional do direito deve zelar para que suas petições sejam elaboradas com estrita observância das técnicas de redação profissional, mormente no que tange ao uso de margens, espaçamento entre linhas e ao tipo e tamanho das letras. Neste particular, recomendo que o advogado mantenha margem de 3 (três) centímetros do lado esquerdo e 2 (dois) centímetros em cima, embaixo e no lado direito da petição; já quanto ao tipo e tamanho de letra, recomendo que se evitem aventuras, preferindo-se os tipos mais tradicionais (“times new roman”, “arial” ou “book antiqua”), no tamanho 12 (doze) ou 14 (catorze), com espaçamento entre linhas de 18 (dezoito) ou 20 (vinte).

O advogado deve, ainda, evitar o uso excessivo de “marcadores”. Alguns colegas ficam tão envolvidos com a questão tratada na ação que acabam exagerando no uso de negrito, letra maiúscula, aspas, grifo etc. A petição fica “suja” e o objetivo das marcações não é atingido (chamar a atenção do julgador). Sendo assim, recomenda-se que o uso de marcadores no texto seja feito apenas excepcionalmente, não mais do que uma ou duas vezes.

Das abreviaturas:

O uso indevido de abreviaturas tem se alastrado, sendo comum encontrar-se em quase todas as petições iniciais ao menos o já famoso “V. Exa.”. Em tempos de computadores pessoais, como se justificar os endereçamentos feitos da seguinte forma: “Exmo. Sr. Dr. J. Direito da __ V. Cível d. Comarca”?

Na redação forense, se deve evitar o uso de abreviaturas, principalmente na petição inicial e na contestação.

Das técnicas de redação:

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primeira simplesmente divide a inicial por tópicos (dos fatos, do direito, da liminar, dos pedidos, das provas, do valor da causa); já a segunda expõe os fatos de forma articulada, numerando-se os parágrafos.

Qualquer das duas formas é perfeitamente adequada, embora pessoalmente prefira, como se vê nesta obra, a técnica que divide a inicial de forma articulada.

Tendo escolhido qualquer das técnicas, o profissional deve tomar o cuidado de manter-se fiel ao estilo escolhido.

Do nome da ação:

O nome da ação não se encontra entre os requisitos legais da petição inicial, contudo alguns advogados têm dado cada vez mais atenção a este aspecto da exordial. De fato, alguns profissionais não só põem o nome da ação em destaque (letras maiúsculas e em negrito) como dividem em duas partes o parágrafo destinado à qualificação, interrompendo-o de forma absolutamente inadequada apenas para anunciar de forma especular o nome da ação, que, como já se disse, não é nem mesmo requisito legal da petição inicial (art. 319, CPC). Tal atitude afronta a boa técnica de redação e deve ser evitada.

Contando os fatos:

Contar os fatos na exordial nada mais é do que informar ao juiz as razões pela qual o autor precisa da tutela jurisdicional. Entretanto, o profissional do direito não pode se limitar a reproduzir na petição inicial as declarações de seu cliente. Com efeito, quando uma pessoa conversa com seu advogado costuma lhe passar de forma emocional um monte de informações, algumas úteis e necessárias para a ação, outras sem qualquer relevância. Não raras vezes, o cliente também tem a falsa ideia de que o ajuizamento da ação é uma maneira de obter vingança contra a pessoa que a ofendeu. Nestes casos, cabe ao profissional do direito ser o fiel conselheiro e orientador, mostrando ao cliente qual exatamente é o papel da Justiça e quais os fatos que são realmente relevantes para a causa.

Ao redigir a petição inicial, o advogado deve ser sucinto, claro e “sempre” respeitoso com a outra parte, não importa quão emocional seja a questão submetida a juízo.

Considerando que para a grande maioria das pessoas escrever é uma atividade difícil, recomendo que o advogado separe um bom tempo para redigir a sua peça, lendo e relendo quantas vezes forem necessárias até que ela se mostre apta a cumprir o seu desiderato. Lembre-se: não só os interesses do cliente estarão em jogo, mas também o seu bom nome.

Da ordem dos pedidos:

É notória a situação caótica em que vive o Poder Judiciário, que já há longa data não se mostra capaz de cumprir a sua missão constitucional. Diante desta realidade, sabemos que o juiz tem muito pouco tempo, e paciência, para ler a petição inicial, mormente quando esta se

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apresenta confusa e cheia de erros. Não obstante tal fato, alguns colegas insistem em apresentar o “pedido”, que é o ponto crucial da petição, escondido no meio dos fatos, normalmente dentro de um longo parágrafo. Comum, ainda, que os pedidos sejam apresentados fora de uma ordem lógica, como se o advogado os redigisse conforme fosse lembrado deles, ou como se simplesmente tivesse preguiça de organizá-los.

Tal fato afronta a boa técnica de redação e deve ser evitado a todo custo. Depois de contar os fatos, o advogado deve organizadamente fazer os pedidos, obedecendo a uma ordem lógica jurídica, conforme a natureza da ação.

Outra questão ligada aos pedidos que atormenta os profissionais do direito é a forma de fazê-lo na prática. Como é consabido, há uma tradição no sentido de iniciar-se o pedido de uma das seguintes formas: I – “Ante o exposto, requer-se a procedência da ação para...”; II – Ante o exposto, requer-se a procedência do pedido para...”. Data venia dos que assim agem, nenhuma das formas está correta. No primeiro caso, já se pacificou na doutrina o reconhecimento da autonomia do direito de ação (direito de demandar), que é, por assim dizer, sempre procedente, mesmo que a petição inicial seja indeferida ou o pedido julgado improcedente, vez que a parte teve garantido o acesso à justiça; ou seja, pediu e obteve, num sentido ou noutro, a tutela jurisdicional. Já no segundo caso, por uma questão de lógica; com efeito, fazendo o pedido desta forma, o autor estará pedindo a procedência daquilo que de fato ainda não pediu, vez que é na petição inicial que efetivamente se faz o pedido.

Entre muitas maneiras, o pedido pode ser feito da seguinte forma: “Ante o exposto, requer-se seja a ré condenada a pagar indenização pelos danos causados ao autor no valor de...”; “Ante todo o exposto, requer-se seja decretado o divórcio do casal, declarando-se ainda que...”.

DA DEFESA DO RÉU

Da mesma forma como garante a todos o direito de ação (demandar perante o Poder Judiciário), a Constituição Federal também garante aos demandados o direito a ampla defesa (art. 5o, LV, CF); isto é, o direito de resistir à pretensão do autor, podendo esta resistência

tomar várias formas no processo civil, tais como: contestação, reconvenção, exceções, impugnações e embargos.

Assim como o autor não está obrigado a litigar, o réu, uma vez citado, não está obrigado a se defender; considerado, contudo, que a citação o vincula ao processo, deve fazê-lo, caso não queira sofrer as consequências por sua omissão (revelia). Destarte, regularmente citado o réu pode: permanecer inerte, sofrendo os efeitos da revelia (art. 344, CPC); reconhecer o pedido do autor, provocando o julgamento antecipado da lide (art. 487, III, “a”, CPC); defender-se, apresentando eventualmente exceção de suspeição ou impedimento (art.

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146, CPC), contestação (art. 335, CPC) ou embargos (art. 701, CPC).

Segundo as disposições do Código de Processo Civil, incumbe ao réu na contestação, além de impugnar o pedido do autor, alegar “em preliminar” (art. 337, CPC): (I) inexistência ou nulidade da citação; (II) incompetência absoluta e relativa; (III) incorreção do valor da causa; (IV) inépcia da petição inicial; (V) perempção; (VI) litispendência; (VII) coisa julgada; (VIII) conexão; (IX) incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; (X) convenção de arbitragem; (XI) ausência de legitimidade ou de interesse processual; (XII) falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar; (XIII) indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça.

Além das hipóteses apontadas pelo art. 337 do Código de Processo Civil, o requerido pode, ainda, em preliminar na contestação, provocar a intervenção de terceiros, seja denunciando à lide (art. 125, CPC) ou chamando ao processo (art. 130, CPC). Pode, por fim, deixar a situação passiva de quem apenas se defende para contra-atacar o autor, oferecendo reconvenção (art. 343, CPC).

Como se vê pelas muitas possibilidades envolvidas, a preparação da defesa é inegavelmente uma tarefa complexa. As dificuldades já começam no próprio trato com o cliente, enquanto o autor normalmente se apresenta de forma positiva, desejando a demanda, a fim de buscar a satisfação do seu direito; o réu, mesmo que nada deva, se vê, a princípio, acuado e assustado, ficando muito mais dependente das orientações do seu Advogado. Não fosse bastante isso, há que se considerar que enquanto o Advogado encarregado de preparar a petição inicial é, de regra, senhor de seu tempo, podendo estudar o problema posto pelo cliente com calma e escolher o melhor momento para ajuizar a ação, o Advogado responsável pela defesa tem prazo fixo e, invariavelmente, mais curto do que o desejável. Por estas e outras razões, a defesa exige muita atenção do Advogado, o que demanda que este aja com muito cuidado, rapidez e determinação.

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Ação de Adjudicação Compulsória

CABIMENTO

Quando um bem imóvel for adquirido mediante pagamento do preço em prestações (compromisso de compra e venda), o compromissário comprador, ultimado o pagamento, poderá exigir do proprietário a outorga da escritura definitiva de compra e venda (escritura pública, passível de registro junto ao Cartório de Registro de Imóveis competente). Todavia, se este, após ser regularmente notificado para tanto, recusar-se injustificadamente a cumprir sua parte no negócio, o adquirente poderá socorrer-se da “ação de adjudicação compulsória”, a fim de que a propriedade do bem lhe seja transferida por força de ordem judicial (art. 536, CPC; art. 16, § 2o, DL no 58/37).

A ação só pode ser intentada contra o proprietário do imóvel ou eventualmente seus herdeiros; no caso do promitente vendedor não ser o proprietário formal do bem alienado (não ter título registrado), tendo, no entanto, assumido mesmo assim o compromisso de lavrar escritura pública de compra e venda após a quitação do contrato, o interessado poderá fazer uso da “ação de obrigação de fazer” (veja-se modelo em capítulo próprio), a fim de compeli-lo, mediante multa, a cumprir o compromisso assumido.

Informa a Súmula 239 do Superior Tribunal de Justiça que “o direito à adjudicação

compulsória não se condiciona ao registro do compromisso de compra e venda no cartório de imóveis”; no entanto, o art. 1.417 do CC declara que o comprador só adquire direito real à

aquisição do imóvel adquirido mediante promessa de compra e venda, se o instrumento, onde não se pactuou direito a arrependimento, for registrado no Cartório de Registro de Imóveis. Analisando estas disposições, pode-se concluir o seguinte: aquele que registrou o compromisso de compra e venda no cartório de imóveis tem direito real de adjudicação (erga omnes); já aquele que não registrou tem direito pessoal de requerer a adjudicação.

Em qualquer dos casos, se o autor e/ou réu for pessoa física casada, necessário, no primeiro caso, a outorga marital ou uxória, e no segundo caso, a citação de ambos os cônjuges.

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BASE LEGAL

O direito de requerer a adjudicação compulsória encontra respaldo nos arts. 15 e 16 do Decreto-lei no 58, de 10-12-1937, e nos arts. 1.417 e 1.418 do Código Civil.

PROCEDIMENTO

O art. 16 do Decreto-lei no 58/1937 determina que a ação de adjudicação compulsória

deva obedecer ao rito sumaríssimo (rito sumário no CPC de 1973); já o novo CPC determina no seu artigo 1.049, parágrafo único, que quando uma lei remeter ao procedimento sumário será observado o “procedimento comum” (arts. 318 a 512, CPC), com as modificações previstas na própria lei especial.

Sendo assim, fornecemos a seguir um pequeno esboço do “procedimento comum”:

petição inicial (arts. 319 e 320, CPC):

Obs.: formados os autos, estes vão conclusos para o Juiz, que poderá: (1) determinar que o autor emende a inicial no prazo de 15 dias (art. 321, CPC); (2) não recebê-la, extinguindo o feito sem julgamento de mérito (arts. 330 e 485, CPC); (3) recebê-la, julgando liminarmente improcedente o mérito (art. 332, CPC); (4) recebê-la, designando audiência de conciliação ou mediação e determinando a citação do réu (art. 324, CPC).

citação (arts. 238 a 259, CPC):

Obs.: nesta ação, a citação deverá ser feita pelo correio (art. 247, CPC), com antecedência mínima de 20 (vinte) dias da audiência de conciliação, observando-se que o prazo para oferecimento de contestação só começa a correr “da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação, quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição” (art. 335, I, CPC).

audiência de conciliação ou de mediação (art. 334, CPC):

Obs.: esta audiência só não será realizada se as partes manifestarem o seu desinteresse (art. 319, VII, CPC); não sendo este o caso, a falta injustificada será considerada ato atentatório à dignidade da justiça, sujeitando o infrator a multa de até 2% (dois por cento) da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa (art. 334, § 8o, CPC); comparecendo as

partes, o conciliador ou mediador, onde houver, tentará a conciliação que, se frutífera, será reduzida a termo e homologada por sentença.

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V –

VI –

VII –

VIII –

Obs.: a) o prazo para oferecimento da contestação é de 15 (quinze) dias (art. 335, CPC); b) é na contestação que o réu deve concentrar todas as questões da sua resposta, salvo a exceção de impedimento ou suspeição, que devem ser feitos por petição autônoma (art. 146, CPC); ou seja, além de impugnar os fatos e os pedidos do autor, o réu pode, em preliminar, arguir exceção de incompetência, seja absoluta ou relativa (art. 64, CPC), impugnar o valor da causa (art. 293, CPC), impugnar os benefícios da justiça gratuita concedida ao autor (art. 100, CPC), provocar a intervenção de terceiros (arts. 125 e 130, CPC). Por fim, o réu pode na própria contestação reconvir (art. 343, CPC).

das providências preliminares (arts. 347 a 353, CPC):

Obs.: nesta etapa, o juiz manda ouvir o autor quanto a eventuais preliminares (art. 337) ou fatos impeditivos, modificativos ou extintivos levantados pelo réu; na hipótese de o réu não apresentar contestação, o juiz determinará ao autor, verificando a inocorrência do efeito da revelia (art. 344, CPC), que especifique as provas que pretenda produzir.

do julgamento conforme o estado do processo (arts. 354 a 356, CPC):

Obs.: o juiz deve verificar se ocorre qualquer das hipóteses que possibilitam o julgamento do feito no estado (arts. 354, 355, 485, 487, II e III, CPC), podendo sentenciar total ou parcialmente os pedidos formulados (art. 356, CPC).

do saneamento e da organização do processo (art. 357, CPC):

Obs.: não sendo o caso de julgamento conforme o estado do processo, o juiz proferirá decisão de saneamento e organização do processo, resolvendo questões processuais pendentes e delimitando as questões controvertidas, assim como distribuindo o ônus da prova. Se a causa apresentar complexidade em matéria de fato ou de direito, o juiz pode designar audiência para o saneamento do feito. No caso de ser necessária a produção de prova testemunhal, o juiz designará audiência de instrução e julgamento, fixando prazo para que as partes apresentem rol de testemunhas.

da audiência de instrução e julgamento (arts. 358 a 368, CPC):

Obs.: nesta audiência, o juiz, após tentar novamente a conciliação, deverá colher o depoimento do perito e dos assistentes técnicos, se houverem, depois, se requerido, o depoimento pessoal das partes (autor primeiro, depois o réu), e proceder com a oitiva das testemunhas eventualmente arroladas (primeiro ouvindo as testemunhas do autor, depois do

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• • • • • • • • •

IX –

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réu), abrindo, em seguida, oportunidade às partes (autor e réu) para apresentação das alegações finais pelo prazo de 20 (vinte) minutos, prorrogáveis por mais 10 (dez) minutos. Quando a causa apresentar questões complexas de fato ou de direito, o debate oral poderá ser substituído por razões finais escritas, com prazo de 15 (quinze) dias para cada parte.

sentença (art. 366, e arts. 485 a 495, CPC):

Obs.: o juiz poderá proferir a sentença na própria audiência de instrução e julgamento ou no prazo de 30 (trinta) dias.

FORO COMPETENTE

A ação de adjudicação compulsória deve ser ajuizada, de regra, no foro onde se encontra localizado o imóvel, consoante art. 47 do CPC.

QUESTÕES A SEREM RESPONDIDAS PELO AUTOR

Com escopo de viabilizar o melhor resultado possível para o constituinte, o Advogado deve conversar com ele sobre o caso, procurando obter resposta para as seguintes questões, entre outras:

o promitente vendedor é o proprietário do imóvel (registrado)?

as obrigações do autor assumidas no compromisso de compra e venda estão quitadas?

o contrato e compra e venda foi averbado na Cartório de Registro de Imóveis? qual o motivo da recusa do promitente vendedor?

o promitente vendedor foi regularmente notificado para outorgar a escritura? Como? o comprador está em dia com os impostos e taxas?

DOCUMENTOS

O autor deverá ser orientado a fornecer ao Advogado cópia dos seguintes documentos, entre outros: certidão de casamento/nascimento; cédula de identidade (RG) e CPF; comprovante de endereço;

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contrato; quitação final, ou recibos que demonstrem o pagamento total das prestações; certidão de propriedade (vintenária, onde se indica a evolução da matrícula); IPTU atual; comprovante da notificação, constituindo o compromitente vendedor em mora. Como já se disse, trata-se de ação real imobiliária que demanda esteja o autor casado acompanhado de seu cônjuge, ou que este apresente autorização do parceiro quanto ao ajuizamento da ação. A lei não exige forma especial para essa autorização, que poderá ser prestada por instrumento público ou particular.

PROVAS

O autor deve demonstrar que quitou suas obrigações, que o réu é o proprietário do imóvel e que se recusa a outorgar a escritura definitiva.

CONTESTAÇÃO

Na chamada defesa contra o processo, o réu deve atentar para as exigências legais a fim de que o autor possa de fato requerer a adjudicação compulsória, como, por exemplo, ter quitado completamente suas obrigações em face do vendedor e/ou a falta de recusa quanto à outorga da escritura definitiva. Neste caso, as questões preliminares podem se confundir com o mérito (carência de ação por falta de legitimidade ou interesse), contudo, no mérito, o réu pode, além de outras questões particulares do caso, informar sobre eventual impossibilidade de cumprir com a sua obrigação, expondo detalhadamente suas razões.

O réu, cuja defesa tenha como arrimo a inadimplência do autor (não quitou todo o preço, por exemplo), pode ainda fazer, em reconvenção, pedido no sentido de que o contrato seja rescindido e o vendedor reintegrado na posse do bem.

O leitor poderá encontrar mais informações sobre o tema “contestação”, assim como outros modelos de petição de contestação, no nosso livro Prática de contestação no processo

civil.

VALOR DA CAUSA

Segundo norma do art. 292, II, do CPC, na ação de adjudicação compulsória o valor da causa será equivalente ao valor do contrato que arrima o pedido, devidamente atualizado, normalmente um compromisso de compra e venda.

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DESPESAS

Não constando da petição inicial requerimento de justiça gratuita1 (art. 99, CPC; Lei no

1.060/50), o autor, antes de ajuizar a ação, deve proceder ao recolhimento das custas processuais, que, de regra, envolvem a taxa judiciária, o valor devido pela juntada do mandato judicial e as despesas com diligência do Oficial de Justiça. Os valores dessas custas variam de Estado para Estado; o Advogado que tiver dúvida sobre seu montante e forma de recolhimento deve consultar a subseção da OAB em sua comarca.

MODELO

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da __ Vara Cível da Comarca de

Mogi das Cruzes, São Paulo.

C. L. de A., brasileiro, casado, comerciante, portador do RG 00.000.000-SSP/SP e do CPF 000.000.000-00, titular do e-mail cla@gsa.com.br, e sua mulher S. R. de A., brasileira, casada, do lar, portadora do RG 00.000.000-SSP/SP e do CPF 000.000.000-00, residentes e domiciliados na Rua José Afonso da Silva, no 00, Vila Nova Fronteira, cidade de Mogi das

Cruzes-SP, CEP 00000-000, por seu Advogado, que esta subscreve (mandato incluso), com escritório na Rua Joaquim de Mello, no

00, Centro, cidade de Mogi das Cruzes-SP, CEP 00000-000, onde recebe intimações (e-mail: gediel@gsa.com.br), vêm à presença de Vossa Excelência propor ação de adjudicação compulsória, observando-se o procedimento comum, em face de M. G. B., brasileiro, solteiro, vendedor, portador do RG 00.000.000-SSP/SP e do CPF 000.000.000-00, sem endereço eletrônico conhecido, residente e domiciliado na Rua Santos do Amaral, no 00, Vila Nova, cidade de Mogi das Cruzes-SP, CEP 00000-000, pelos motivos de

fato e de direito que a seguir expõem:

1. Em 00 de setembro de 0000, os autores firmaram com o réu compromisso de irrevogável de venda e compra de um imóvel situado na Rua das Mercedes, no 00, Vila

Oliveira, cidade de Mogi das Cruzes-SP, CEP 00000-000, matriculado junto ao Cartório de Registro de Imóveis da Comarca sob o número 000.000.00 (documentos anexos).

2. O imóvel foi compromissado pelo valor total de R$ 400.000,00 (quatrocentos mil reais); R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) foram pagos à vista e os outros R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) em 100 (cem) parcelas de R$ 2.000,00 (dois mil reais) fixas, com vencimento para todo dia 10 (dez) de cada mês.

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contrato, pelo índice oficial da inflação.

4. Os autores, na qualidade de compromissários compradores, efetuaram pontualmente todos os pagamentos, conforme demonstram os recibos anexos.

5. O réu, na qualidade de proprietário do imóvel, assumiu, expressamente, o compromisso de passar a escritura definitiva em até 30 (trinta) dias após a quitação da última parcela, consoante cláusula 19 (dezenove) do contrato de compromisso de venda e compra.

6. Após o pagamento da última parcela, os autores procuraram o réu com escopo de que fossem tomadas as providências necessárias para a assinatura da escritura definitiva; contudo, alegando compromissos, este foi adiando a reunião, até, por fim, dizer que só passaria a escritura se recebesse mais R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), em razão da valorização do imóvel.

7. Percebendo as intenções do réu, os autores enviaram, pelo correio, com aviso de recebimento (AR), notificação para que ele providenciasse a lavratura da escritura, como acertado no contrato, no prazo de 30 (trinta) dias, sob pena do ajuizamento da presente ação.

Nem mesmo após regularmente notificado, o réu se dignou a cumprir com a obrigação, fato que não deixa aos autores outra alternativa senão buscar a tutela jurisdicional.

Ante o exposto, considerando que a pretensão dos autores encontra arrimo nos arts.

1.417 e 1.418 do Código Civil, requerem:

a) a citação do réu para que, querendo, ofereça contestação no prazo legal, sob pena de sujeitar-se aos efeitos da revelia;

b) seja o imóvel descrito e caracterizado no item 01 (um) adjudicado ao patrimônio dos autores, expedindo-se o competente mandado para o Cartório de Registro de Imóveis desta Comarca.

Provarão o que for necessário, usando de todos os meios permitidos em direito, em especial pela juntada de documentos (anexos), oitiva de testemunhas e depoimento pessoal do réu.

Nos termos do art. 319, VII, do CPC, os requerentes, considerando que o presente feito trata de questão unicamente de direito (a quitação do contrato está provada documentalmente nos autos), registram que “não tem interesse na designação de audiência de conciliação”.

Dão ao pleito o valor de R$ 400.000,00 (quatrocentos mil reais). Termos em que

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Mogi das Cruzes, 00 de agosto de 0000.

Gediel Claudino de Araujo Júnior OAB/SP 000.000

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Ação de Adoção

CABIMENTO

Desejando uma pessoa, ou um casal, adotar uma criança e/ou adolescente contando com a “expressa concordância” dos pais ou do representante legal do adotando (art. 45, ECA), ou, ainda, no caso do adotando não ter pais conhecidos (não consta filiação, mãe e/ou pai, no registro de nascimento), ou estes já terem sido destituídos do poder familiar por meio de ação própria, deve fazer uso da “ação de adoção”. Entretanto, se, ao contrário, o adotante enfrentar a oposição dos pais ou do representante legal do menor, ou, sendo estes identificados na certidão de nascimento, estiverem em lugar incerto ou não sabido (v. g., desaparecidos), deverá socorrer-se da “ação de destituição do poder familiar cumulada com adoção” (veja-se

modelo no capítulo próprio).

Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos, qualquer que seja o seu estado civil (art. 42, ECA). Os casados e os que vivem em união estável podem adotar conjuntamente, assim como os separados, os divorciados e os ex-companheiros, contanto que acordem sobre a guarda, o regime de visitas e desde que o estágio de convivência tenha se iniciado antes da separação fática do casal. Qualquer que seja o caso, o adotante deve ser pelo menos 16 (dezesseis) anos mais velho do que o adotando. Por fim, cabe registrar que, embora a legislação seja omissa sobre o tema, estão se multiplicando as decisões judiciais que concedem a adoção de menor a casais homossexuais.

Importante atentar-se, ainda, para o fato de que alteração trazida a lume pela Lei no

12.010/2009 impõe aos interessados em adotar a obrigatoriedade de prévia inscrição junto à autoridade judiciária competente (Juízo da Infância e da Juventude da Comarca), salvo os casos excepcionados no § 13o, art. 50, do ECA. O pedido de inscrição deve obedecer ao

procedimento previsto nos arts. 197-A a 197-E do ECA (“Da Habilitação de Pretendentes à Adoção”).

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A adoção encontra-se disciplinada nos arts. 39 a 52-D da Lei no 8.069/90, o conhecido “Estatuto da Criança e do Adolescente”, ou simplesmente “ECA”.

PROCEDIMENTO

A ação de adoção deve seguir o procedimento especial previsto nos arts. 165 e ss. da Lei no 8.069/90-ECA, que pode ser assim resumido: petição inicial; concessão da guarda provisória, quando for o caso; designação de audiência de ratificação, em que os pais naturais deverão confirmar sua concordância com o pedido de adoção, quando for o caso; realização de perícia social; audiência (oitiva do menor e testemunhas, quando for o caso); sentença. O Ministério Público deve intervir em todas as fases do procedimento.

FORO COMPETENTE

A ação de adoção deve ser interposta no domicílio dos pais ou responsável (guardião), ou, na falta destes, no lugar onde se encontre a criança ou o adolescente, conforme norma do art. 147, Lei no 8.069/90-ECA.

QUESTÕES A SEREM RESPONDIDAS PELO AUTOR

Com escopo de viabilizar o melhor resultado possível para o constituinte, o Advogado deve conversar demoradamente com ele sobre o caso, procurando obter respostas para as seguintes questões, entre outras: como teve contato com a criança? há quanto tempo tem a guarda da criança? qual a idade da criança? a criança possui bens ou rendas? Quais? quem são e onde se encontram os pais naturais da criança? os pais naturais concordam com a adoção? por que deseja adotar o menor?

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tem consciência do que representa a adoção de uma criança? sabe que a adoção é irretratável? qual deverá ser o nome do adotando (prenome e sobrenome)?

DOCUMENTOS

O autor deverá ser orientado a fornecer ao Advogado cópia dos seguintes documentos, entre outros:

documentos de identidade do autor ou autores (RG, certidão de nascimento ou casamento);

comprovante de rendimentos;

comprovante de residência (v. g., conta luz, água etc.); carteira de trabalho (CTPS);

fotos e documentos que demonstrem a integração do menor na família do adotante (quando for o caso);

rol de testemunhas (nome, endereço e profissão).

PROVAS

Formalmente, esta ação exige apenas que os pais naturais ratifiquem em juízo sua concordância com o pedido, assim como o menor, quando for maior de 12 anos (art. 1.621, CC); contudo, é costume que o juiz determine a realização de estudo social e/ou psicológico, em que se verificará se o adotante apresenta condições financeiras e morais para cuidar do menor.

VALOR DA CAUSA

Em razão da sua natureza, a ação de adoção dificilmente envolverá questões patrimoniais, que serviriam de parâmetro para a fixação do valor da causa. Diante desse fato e ciente da obrigatoriedade de atribuição de um valor à causa (art. 291, CPC), o autor tem autonomia para fixá-lo segundo critérios subjetivos próprios, desde que compatíveis com as circunstâncias gerais do caso. Neste sentido, a jurisprudência: “A fixação de um valor absurdo, fora da realidade, sem pertinência com os autos, ademais de agredir a lógica do razoável, viola o art. 258 do Código de Processo Civil, base sobre a qual fincou-se o julgado recorrido para admitir o valor indicado pelo autor” (STJ, REsp 167475-SP, DJ 31-5-99, p. 144, Rel. Min. Carlos Alberto Menezes, Terceira Turma, v. u.).

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DESPESAS

Segundo o § 2o, do art. 141, da Lei no 8.069/90-ECA: “as ações judiciais da competência

da Justiça da Infância e da Juventude são isentas de custas e emolumentos, ressalvada a hipótese de litigância de má-fé”.

ADOÇÃO DE PESSOA MAIOR

Informa o art. 1.619 do Código Civil que “a adoção de maiores de 18 (dezoito) anos

dependerá da assistência efetiva do poder público e de sentença constitutiva, aplicando-se, no que couber, as regras gerais da Lei 8.069, de 13 de julho de 1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente”. A adoção de maior pode ser feita por simples acordo, posteriormente

homologado pelo Poder Judiciário, quando, por exemplo, a pessoa a ser adotada não possui registro paterno e/ou materno, conforme o caso. Entretanto, se a pessoa a ser adotada já for registrada (pai ou mãe biológica), é necessário ajuizar “ação de adoção litigiosa” em face do adotando e do pai ou mãe registrária, conforme o caso. Esta ação deve ser endereçada ao juiz cível ou, naquelas comarcas onde se encontra organizada, ao juiz da vara da família.

DICAS

havendo na comarca juízo especializado da infância e juventude, a este deve ser endereçado a petição inicial da ação de adoção;

ao preparar a petição inicial, o Advogado deve estar atento aos requisitos específicos indicados nos arts. 156 a 165 da Lei no 8.069/90-ECA;

o art. 47, § 3o, do ECA, faculta ao adotante requerer que o novo registro do

adotado seja lavrado no Cartório do Registro Civil do Município de sua residência, razão pelo qual o Advogado deve consultar o seu cliente se tem tal interesse nesta possibilidade;

além do sobrenome, também o prenome do adotando pode ser alterado (art. 47, § 5o, ECA), razão pela qual o Advogado deve consultar o adotante sobre o

assunto;

quando o pedido de adoção contar com a concordância dos pais naturais do menor, que, neste caso, passa a ser requisito essencial (art. 45, ECA), é conveniente que o Advogado certifique-se pessoalmente sobre este fato, vez que não é raro os pais naturais negarem o consentimento na frente do juiz, uma vez informados sobre as consequências “definitivas” do pedido de adoção. Por prudência, é melhor conversar pessoalmente com eles antes de ajuizar a ação, com escopo de verificar se realmente entendem a extensão do que estão por

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12

fazer;

a adoção é acima de tudo um ato de amor, definitivo, irretratável, assim o Advogado deve certificar-se de que o adotante entende as consequências do seu pedido e se o está fazendo pelas razões certas. Já presenciei um requerente dizer ao juiz que deseja a adoção do filho de sua companheira a fim de que lhe fosse estendido o plano de saúde que tinha na sua empresa. Obviamente, o pedido foi negado.

PRIMEIRO MODELO (ação requerendo a adoção de menor órfão; pais

desconhecidos)

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara da Infância e

Juventude da Comarca de Mogi das Cruzes, São Paulo.

M. I. de A., brasileira, solteira, professora, portadora do RG 000.00000-SSP/SP e do CPF 000.000.000-00, titular do e-mail mia@gsa.com.br, residente e domiciliada na Rua Frei Bonifácio Harink, no 00, Botujuru, cidade de Mogi das Cruzes-SP, CEP 00000-000, por seu

Advogado que esta subscreve (mandato incluso), com escritório na Rua Adelino Torquato, no

00, Centro, cidade de Mogi das Cruzes-SP, CEP 00000-000, onde recebe intimações (e-mail:

gediel@gsa.com.br), vem perante Vossa Excelência requerer a adoção da menor “J. A. R. de T.”, brasileira, nascida em 00 de setembro de 0000, natural desta Cidade, observando-se o procedimento previsto no art. 165 e seguintes da Lei no 8.069/90-ECA, pelos motivos de fato

e de direito que passa a expor:

1. A requerente conheceu a menor “J” no ano de 0000, quando, após ter ciência de seu histórico, que envolvia orfandade e rejeição (ela vivia há muitos em instituição destinada a cuidar de menores abandonados), requereu sua guarda provisória, transformada, posteriormente, em definitiva, conforme demonstram documentos anexos.

2. A convivência fez com que nascesse entre a requerente e a menor “J” um forte sentimento de amor e carinho, criando verdadeiro vínculo de mãe e filha entre elas. É este sentimento que agora motiva a requerente a buscar a adoção da menor, com escopo de melhor garantir o seu presente e futuro.

3. Ao que sabe a requerente, a menor “J” não possui qualquer bem ou direitos em aberto, desconhecendo-se, ainda, a identidade e qualificação dos pais naturais.

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disposições da Lei no 8.069/90-ECA, requer:

a) os benefícios da justiça gratuita, uma vez que se declara pobre no sentido jurídico do termo, conforme declaração anexa;

b) intimação do representante do Ministério Público para que acompanhe o feito;

c) seja-lhe concedida a adoção da menor “J”, dispensando-se o estágio de convivência em razão de ela já residir com a requerente há longo tempo, devendo ela passar a chamar-se “J. I. A.”, tendo como avós maternos o Sr. S. A. e a Sra. F. B. A., expedindo-se o competente mandado para o Cartório de Registro Civil desta Comarca, constando expressamente que a averbação deve ser feita “sem custas”, em razão da gratuidade da justiça.

Provará o que for necessário, usando de todos os meios permitidos em direito, em especial pela juntada de documentos (anexos), oitiva de testemunhas (rol anexo) e perícia social e psicológica. Dá ao pleito o valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais). Termos em que p. deferimento. Mogi das Cruzes, 00 de setembro de 0000. Gediel Claudino de Araujo Júnior OAB/SP 000.000

SEGUNDO MODELO (ação requerendo a adoção de menor com a

concordância dos pais naturais)

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara da Infância e

Juventude da Comarca de Mogi das Cruzes, São Paulo.

J. G. T., brasileiro, casado, mecânico de manutenção, portador do RG 00.000.000-SSP/SP e do CPF 00.000.000-00, e J. M. T., brasileira, casada, professora, portadora do RG 000.000.000-SSP/SP e do CPF 000.000.000-00, residentes e domiciliados na Rua Frei Bonifácio, no 00, Botujuru, cidade de Mogi das Cruzes-SP, CEP 00000-000, por seu Advogado

que esta subscreve (mandato incluso), com escritório na Avenida Brasil, no 00, Centro, nesta

Cidade, CEP 00000-000, onde recebe intimações (e-mail: gediel@gsa.com.br), vêm à presença de Vossa Excelência propor ação de adoção da menor “J. A. B.”, brasileira, nascida em 00 de

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abril de 0000, natural desta Cidade, observando-se o procedimento previsto no art. 165 e seguintes da Lei no 8.069/90-ECA, em face de J. A. de B., brasileiro, solteiro, catador de lixo,

portador do RG 000.000.000-SSP/SP e do CPF 000.000.000-00, e T. B., brasileira, solteira, do lar, portadora do RG 000.000.000-SSP/SP e do CPF 000.000.000-00, endereço eletrônico desconhecido, residentes e domiciliados na Rua Antônio de Alencar, no 00, Vila Joia, Distrito

de Brás Cubas, cidade de Mogi das Cruzes-SP, CEP 00000-000, pelos motivos de fato e de direito que passam a expor:

1. Após seu nascimento, a menor Joyce foi “oferecida” aos requerentes pelos pais, que, segundo narraram, não tinham condições de cuidar de mais um filho. Ao verem o bebê, os adotantes ficaram comovidos com sua situação precária e, apesar de já terem 03 (três) filhos, concordaram em ficar provisoriamente com a criança.

2. Alguns meses depois, os requerentes obtiveram a guarda provisória da menor que, após algum tempo, foi transformada em definitiva, como demonstram documentos anexos.

3. Os anos de convivência transformaram a solidariedade inicial em amor. Hoje, a menor Joyce é um membro da família dos requerentes, a filha mais nova, a irmã mais nova, encontrando-se perfeitamente integrada ao ambiente familiar. Desta forma, com escopo de regularizar sua situação de forma definitiva, buscam os requerentes a tutela jurisdicional.

4. Consultados, os pais naturais declararam concordar com o pedido (veja-se documento anexo).

5. Ao que sabem os requerentes, a menor Joyce não possui qualquer bem ou direitos em aberto.

Ante o exposto, considerando que a pretensão dos requerentes encontra arrimo na Lei

no 8.069/90-ECA, requerem:

a) intimação do representante do Ministério Público para que acompanhe o feito;

b) a citação dos requeridos para que compareçam em audiência a ser designada pelo Juízo, onde deverão ratificar, ou não, sua concordância com o pedido exordial;

c) seja lhes concedida a adoção da menor Joyce, dispensando-se o estágio de convivência, que passará a chamar-se “J. A. T.”, tendo como avós paternos o Sr. A. G. T. e a Sra. R. T., e como avós maternos o Sr. S. C. e a Sra. F. C., expedindo-se o competente mandado para o Cartório de Registro Civil desta Comarca.

Provarão o que for necessário, usando de todos os meios permitidos em direito, em especial pela juntada de documentos (anexos), oitiva de testemunhas (rol anexo) e perícia social e psicológica.

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Termos em que p. deferimento. Mogi das Cruzes, 00 de setembro de 0000. Gediel Claudino de Araujo Júnior OAB/SP 000.000

TERCEIRO MODELO (ação pedindo a adoção de pessoa maior; mãe natural

em lugar incerto ou não sabido)

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da __ Vara Cível da Comarca de

Mogi das Cruzes, São Paulo.

1 Autora maior de 60 anos Prioridade de tramitação do feito M. N. de H. F., brasileira, solteira, aposentada, portadora do RG 00.000.000-SSP/SP e do CPF 000.000.000-00, sem endereço eletrônico, residente e domiciliada na Rua Antônio Ferreira de Souza, no 00, Vila Industrial, cidade de Mogi das Cruzes-SP, CEP 00000-000, por

seu Advogado que esta subscreve (mandato incluso), com escritório na Rua Francisco Martins, no 00, Centro, Mogi das Cruzes-SP, CEP 00000-000, onde recebe intimações (e-mail:

gediel@gsa.com.br), vem perante Vossa Excelência propor ação de adoção, observando-se o procedimento comum, em face de R. A. de J., brasileira, com estado civil, profissão e residência ignorados, e W. A. de J., brasileiro, casado, fiscal de transporte urbano, portador do RG 00.000.000-SSP/SP e do CPF 000.000.00000, endereço eletrônico desconhecido, residente e domiciliado na Rua I, Conjunto Eustáquio Gomes, no 00, Cidade Universitária,

cidade de Maceió-AL, CEP 00000-000, pelos motivos de fato e de direito que passa a expor: 1. Em meados do ano de 0000, a ré “R” entregou o seu filho “W”, então com aproximadamente um ano de idade, para a autora que, a partir de então, o criou como se fosse seu filho.

2. Naquela época, a autora morava na cidade de São Paulo, bairro de Vila Mariana; alguns anos depois, a família se mudou para o estado de Alagoas, onde estabeleceram residência na cidade de Maceió. Há aproximadamente 03 (três) anos, a autora se mudou para a cidade de Mogi das Cruzes-SP, onde permanece.

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3. A convivência diária criou entre a autora e o requerido “W” um “forte” vínculo de amor e carinho, assumindo ela formalmente o papel de mãe, sendo este o tratamento que ele lhe dispensa: MÃE.

4. Em face desta realidade, ou seja, a ligação moral entre a autora e o Sr. “W”, ela deseja adotá-lo, com escopo de poder assumir, formalmente, o que de fato já existe há quase 40 (quarenta) anos. 5. Registre-se que após entregar o seu filho, a ré “R” nunca mais teve qualquer contato com ele; na verdade, a autora não sabe informar se ela está viva ou não. Ante o exposto, considerando que a pretensão da autora encontra arrimo no art. 1.619 do Código Civil e na Lei no 8.069/90-ECA, requer: a) os benefícios da justiça gratuita, uma vez que se declara pobre no sentido jurídico do termo, conforme declaração anexa;

b) a prioridade na tramitação do feito, visto que a requerente tem mais de 60 (sessenta) anos (art. 1.048, I, CPC);

c) intimação do representante do Ministério Público para que acompanhe o feito;

d) a citação da ré “R” por edital, para que, querendo, apresente resposta no prazo legal, sob pena de sujeitar-se aos efeitos da revelia;

e) sem prejuízo da citação editalícia, suprarrequerida, seja determinada a expedição dos ofícios de praxe (IIRGD, Serasa, SPC), bem como acesse este douto Juízo, via sistema INFOJUD, o cadastro da Receita Federal e do TER-SIEL, observando-se que a requerida “R” é filha de “A. M. de J.”, com escopo de tentar-se obter o seu endereço atual, possibilitando-se a sua citação pessoal;

f) a citação, por carta precatória, do réu “W” para que manifeste formalmente nos autos a sua CONCORDÂNCIA, ou não, com o pedido de adoção;

g) seja lhe concedida a adoção do requerido “W” para a autora, sendo que este passará a chamar-se “W. de H. F.”, tendo como avós maternos o Sr. A. R. da F. e a Sra. A. de H. F., expedindo-se os competentes mandados para os Cartórios onde foi feito o registro de nascimento e casamento, constando expressamente que a averbação deve ser feita SEM CUSTAS, em razão da gratuidade da justiça.

Provará o que for necessário, usando de todos os meios permitidos em direito, em especial pela juntada de documentos (anexos), oitiva de testemunhas, perícia social e depoimento pessoal do requerido “W”.

Nos termos do art. 319, VII, do CPC, a requerente, considerando que o presente feito trata de matéria que não admite acordo (art. 334, § 4o, II, CPC) e que a ré “R” encontra-se em

(39)

15

lugar incerto ou não sabido, registra que “não tem interesse na designação de audiência de conciliação”. Dá ao pleito o valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais). Termos em que p. deferimento. Mogi das Cruzes, 00 de agosto de 0000. Gediel Claudino de Araujo Júnior OAB/SP 000.000

QUARTO MODELO (ação buscando a adoção de filho da companheira não

registrado pelo pai natural)

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara da Infância e

Juventude da Comarca de Mogi das Cruzes, SP.

J. C. dos S., brasileiro, casado, motorista, portador do RG 00.000.000-SSP/SP e do CPF 000.000.000-00, titular do e-mail jcs@atlas.com.br, residente e domiciliado na Rua Uruguai, no 00, Parque Residencial Castelano, cidade de Biritiba Mirim-SP, CEP 00000-000,

por seu Advogado, que esta subscreve (mandato incluso), com escritório na Rua José Urbano, no 00, Centro, Mogi das Cruzes-SP, CEP 00000000, CEP 00000-000, onde recebe intimações

(e-mail: gediel@gsa.com.br ), vem perante Vossa Excelência propor ação de adoção, observando-se o procedimento previsto no artigo 165 e seguintes da Lei no 8.069/90, do menor “H. M. DE

M.”, brasileiro, menor impúbere, nascido em 00 de janeiro de 0000, filho de I. F. M., brasileira, solteira, do lar, portadora do RG 00.000.000-SSP/SP e do CPF 000.000.000-00, sem endereço eletrônico, residente e domiciliada na Rua Uruguai, no 00, Parque Residencial

Castelano, cidade de Biritiba Mirim-SP, CEP 00000-000, pelos motivos de fato e de direito que passa a expor:

1. Quando o autor e a Sra. “I” resolveram viver juntos, há aproximadamente 3 (três) anos, esta já tinha o menor “H”, fruto de um relacionamento anterior, sendo certo que o pai natural é desconhecido (já teria, inclusive, falecido).

2. A convivência diária criou entre o autor e o menor “H” forte laço de amor e carinho, assumindo o autor formalmente o papel de pai, sendo que o menor lhe dispensa o tratamento de “pai”.

(40)

1 3. Em face desta realidade, ou seja, a ligação moral entre o autor e o menor, ele deseja adotá-lo, com escopo de poder assumir, formalmente, o que de fato já ocorre no lar conjugal há longa data. 4. Registre-se, ademais, que o menor não possui bens ou rendas. Ante o exposto, considerando que a pretensão do requerente encontra arrimo na Lei no 8.069/90-ECA, requer: a) os benefícios da justiça gratuita, um vez que se declara pobre no sentido jurídico do termo, conforme declaração anexa; b) intimação do representante do Ministério Público para que acompanhe o feito;

c) a citação da Sra. “I” para que compareça em audiência, a ser designada pelo juízo, acompanhada do menor, onde, se quiserem, ambos deverão confirmar sua concordância com o pedido abaixo do autor;

d) seja-lhe concedida a adoção do menor “H”, dispensando-se o estágio de convivência; sendo que este deverá passar a chamar-se “H. M. de M. S.”, tendo como avós paternos o Sr. A. I. dos S. e a Sra. J. M. dos S., expedindo-se o competente mandado para o Cartório de Registro Civil desta Comarca, constando expressamente que a averbação deve ser feita SEM CUSTAS, em razão da gratuidade da justiça.

Provará o que for necessário, usando de todos os meios permitidos em direito, em especial pela juntada de documentos (anexos), oitiva de testemunhas (rol anexo), perícia social e psicológica. Dá ao pleito o valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais). Termos em que p. deferimento. Mogi das Cruzes, 00 de agosto de 0000. Gediel Claudino de Araujo Júnior OAB/SP 000.000 CUIDADO: havendo sido organizada no Foro Vara da Família, a ela deve ser endereçada a petição.

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1

2

3

I –

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Ação de Alimentos

CABIMENTO

A ação de alimentos tem cabimento quando o autor, ou autores, necessitar(em) seja fixado judicialmente pensão alimentícia, com escopo de prover suas necessidades fundamentais, tais como: alimentação, moradia, assistência médica, educação, vestuário, remédios etc.

Na maioria das vezes, os autores são crianças e mulheres em face, respectivamente, do genitor e ex-marido ou companheiro. Todavia, é conveniente registrar que a Lei de Alimentos não traz esta limitação, isto é, a ação pode ser intentada por qualquer pessoa, seja criança, idoso, mulher, homem, que precise da pensão alimentícia,1 em face de quem tem a obrigação

de prestá-la, normalmente um parente próximo.

Observe-se, por fim, que a parte obrigada a prestar os alimentos pode tomar a iniciativa de oferecê-los, ajuizando ação em que declare seus rendimentos e requerendo a designação de audiência de conciliação, instrução e julgamento, destinada à fixação da pensão alimentícia a que está obrigado (art. 24, Lei no 5.478/68).

BASE LEGAL

O direito de pedir alimentos aos parentes, cônjuge e companheiro encontra amparo nos arts. 1.694 a 1.710 do Código Civil, sendo que a “ação de alimentos” encontra-se disciplinada na Lei no 5.478/68-LA.

PROCEDIMENTO

A Lei de Alimentos prevê rito especial, sumaríssimo, para ação de alimentos, qual seja:

petição inicial (art. 3

o

, Lei n

o

5.478/68-LA):

Referências

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