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Os imóveis encontram-se apenas parcialmente cercados, mormente a parte que confronta com a estrada Nova Vida Desejando regularizar a situação, os autores encontraram

Ação de Demarcação de Terras Particulares

3. Os imóveis encontram-se apenas parcialmente cercados, mormente a parte que confronta com a estrada Nova Vida Desejando regularizar a situação, os autores encontraram

algumas dificuldades, vez que antigos marcos foram destruídos ou arruinados e não houve acordo entre as partes sobre a correta delimitação dos limites entre as propriedades, mormente entre a propriedade dos autores e a pertencente ao Senhor “L” e seu filho “G”.

Ante o exposto, considerando que a pretensão dos autores encontra respaldo no art. 1.297 do Código Civil, requerem:

a) a citação dos réus para que, querendo, ofereçam resposta no prazo legal, sob pena de sujeitarem-se aos efeitos da revelia;

b) seja, após realização de perícia técnica, determinada a aviventação dos marcos destruídos, indicando-se os corretos limites entre as propriedades, de acordo com o título de cada proprietário.

Provarão o que for necessário, usando de todos os meios permitidos em direito, em especial pela juntada de documentos (anexos), perícia técnica, oitiva de testemunhas e depoimento pessoal dos réus.

Nos termos do art. 319, VII, do CPC, os requerentes registram “que não se opõem à designação de audiência de conciliação”.

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Dão ao pleito o valor de R$ 65.640,00 (sessenta e cinco mil, seiscentos e quarenta reais). Termos em que p. deferimento. Mogi das Cruzes, 00 de setembro de 0000. Gediel Claudino de Araujo Júnior OAB/SP 000.000 A lei não exige forma especial para a concessão da autorização marital ou uxória, podendo esta ser prestada tanto por instrumento público como por instrumento particular. Veja-se nota no capítulo “Declaração de Pobreza”.

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Ação de Despejo por Denúncia Vazia

CABIMENTO

Terminado o contrato de locação, que tenha sido firmado por escrito e por prazo igual ou superior a 30 (trinta) meses, o locador poderá requerer a desocupação do imóvel, fazendo uso, no caso de o inquilino recusar-se a sair amigavelmente, da ação de despejo por denúncia vazia. Embora não seja legalmente exigível, é conveniente que o locador notifique o inquilino de sua intenção de não renovar o contrato de locação a seu término. Caso o referido contrato, por escrito e por prazo igual ou superior a 30 (trinta) meses, já esteja vigorando por prazo indeterminado, o locador deve notificar o inquilino para que desocupe o imóvel no prazo de 30 (trinta) dias.

O prazo para desocupação será de 12 (doze) meses, quando o contrato de locação tenha sido firmado antes da atual Lei do Inquilinato.

BASE LEGAL

A chamada “denúncia vazia”, que permite ao locador denunciar o contrato de locação, firmado por escrito e com prazo igual ou superior a 30 (trinta) meses, sem ter que justificar seu pedido, encontra-se prevista no art. 46 da Lei no 8.245/91 – LI.

PROCEDIMENTO

O art. 59 da Lei no 8.245/91-LI declara que as ações de despejo devem seguir o rito

ordinário, hoje “procedimento comum” (arts. 318 a 512, CPC), com as alterações previstas na própria Lei do Inquilinato (arts. 59 a 66).

Considerando estas premissas, forneço a seguir pequeno resumo do procedimento:

petição inicial (arts. 319 e 320, CPC):

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petição inicial (arts. 319 e 320, CPC):

Obs.: a) formados os autos, esses vão conclusos para o Juiz, que poderá: (1) determinar que o autor emende a inicial no prazo de 15 (quinze) dias (art. 321, CPC); (2) não recebê-la, extinguindo o feito sem julgamento de mérito (arts. 330 e 485, CPC); (3) recebê-la, julgando liminarmente improcedente o mérito (art. 332, CPC); (4) recebê-la, designando audiência de conciliação ou mediação e determinando a citação do réu (art. 324, CPC);

b) nos termos do art. 59, § 1o, VIII (locação “não residencial”), o Juiz pode conceder

liminar para desocupação em 15 (quinze) dias, desde que prestada a caução no valor equivalente a 3 (três) meses de aluguel.

citação (arts. 238 a 259, CPC):

Obs.: a citação deve ser feita pelo correio (art. 247, CPC), com antecedência mínima de 20 (vinte) dias da audiência de conciliação (art. 334, caput, CPC), observando-se que o prazo para oferecimento de contestação só começa a correr “da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação, quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição” (art. 335, I, CPC).

audiência de conciliação ou de mediação (art. 334, CPC):

Obs.: esta audiência só não será realizada se as partes manifestarem o seu desinteresse (art. 319, VII, CPC); não sendo este o caso, a falta injustificada será considerada ato atentatório à dignidade da justiça, sujeitando o infrator a multa de até 2% (dois por cento) da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa (art. 334, § 8o, CPC); comparecendo as

partes, o conciliador ou mediador, onde houver, tentará a conciliação que, se frutífera, será reduzida a termo e homologada por sentença.

da contestação (arts. 335 a 342, CPC):

Obs.:

a) o prazo para oferecimento da contestação é de 15 (quinze) dias (art. 335, CPC); b) é na contestação que o réu deve concentrar todas as questões da sua resposta, salvo a exceção de impedimento ou suspeição, que devem ser feitos por petição autônoma (art. 146, CPC); ou seja, além de impugnar os fatos e os pedidos do autor, o réu pode, em preliminar, arguir exceção de incompetência, seja absoluta ou relativa (art. 64, CPC), impugnar o valor da causa (art. 293, CPC), impugnar os benefícios da justiça gratuita

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concedida ao autor (art. 100, CPC), provocar a intervenção de terceiros (arts. 125 e 130, CPC). Por fim, o réu pode na própria contestação reconvir (art. 343, CPC), requerendo, por exemplo, indenização por benfeitorias feitas no imóvel;

c) sendo a ação de despejo arrimada no § 2o, do art. 46, da Lei no 8.245/91LI, o

requerido que, no prazo da contestação, manifestar sua concordância com a desocupação do imóvel, ganhará prazo de 6 (seis) meses para a desocupação, contados da citação, impondo ao vencido a responsabilidade pelas custas e honorários advocatícios de 20% (vinte por cento) sobre o valor dado à causa. Se a desocupação ocorrer dentro do prazo fixado, o réu ficará isento dessa responsabilidade; caso contrário, será expedido mandado de despejo (art. 61, LI).

das providências preliminares (arts. 347 a 353, CPC):

Obs.: nesta etapa, o juiz manda ouvir o autor quanto a eventuais preliminares (art. 337) ou fatos impeditivos, modificativos ou extintivos levantados pelo réu; na hipótese de o réu não apresentar contestação, o juiz determinará ao autor, verificando a inocorrência do efeito da revelia (art. 344, CPC), que especifique as provas que pretenda produzir.

do julgamento conforme o estado do processo (arts. 354 a 356, CPC):

Obs.: o juiz deve verificar se ocorre qualquer das hipóteses que possibilitam o julgamento do feito no estado (arts. 354, 355, 485, 487, II e III, CPC), podendo sentenciar total ou parcialmente os pedidos formulados (art. 356, CPC).

do saneamento e da organização do processo (art. 357, CPC):

Obs.: não sendo o caso de julgamento conforme o estado do processo, o juiz proferirá decisão de saneamento e organização do processo, resolvendo questões processuais pendentes e delimitando as questões controvertidas, assim como distribuindo o ônus da prova. Se a causa apresentar complexidade em matéria de fato ou de direito, o juiz pode designar audiência para o saneamento do feito. No caso de ser necessária a produção de prova testemunhal, o juiz designará audiência de instrução e julgamento, fixando prazo para que as partes apresentem rol de testemunhas.

da audiência de instrução e julgamento (arts. 358 a 368, CPC):

Obs.: nesta audiência, o juiz, após tentar novamente a conciliação, deverá colher o depoimento do perito e dos assistentes técnicos, se houverem, depois, se requerido, o depoimento pessoal das partes (autor primeiro, depois o réu), e proceder com a oitiva das testemunhas eventualmente arroladas (primeiro ouvindo as testemunhas do autor, depois do réu), abrindo, em seguida, oportunidade às partes (autor e réu) para apresentação das

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alegações finais pelo prazo de 20 (vinte) minutos, prorrogáveis por mais 10 (dez) minutos. Quando a causa apresentar questões complexas de fato ou de direito, o debate oral poderá ser substituído por razões finais escritas, com prazo de 15 (quinze) dias para cada parte.

sentença (art. 366, e arts. 485 a 495, CPC):

Obs.: o juiz poderá proferir a sentença na própria audiência de instrução e julgamento ou no prazo de 30 (trinta) dias.

FORO COMPETENTE

A ação de despejo por denúncia vazia deve ser ajuizada no foro da situação do imóvel, conforme previsto no art. 58, II, da Lei no 8.245/91, salvo se outro houver sido eleito no

contrato de locação.