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que o autor emende a inicial no prazo de 15 (quinze) dias (art. 321, CPC); (2) não recebê-la, extinguindo o feito sem julgamento de mérito (arts. 330 e 485, CPC); (3) recebê-la, julgando liminarmente improcedente o mérito (art. 332, CPC); (4) recebê-la, designando audiência de conciliação ou mediação e determinando a citação do réu (art. 324, CPC).

citação (arts. 238 a 259, CPC):

Obs.: tratando-se de ação de estado, a citação, nesta ação, deve ser feita de forma pessoal (art. 247, I, CPC), com antecedência mínima de 20 (vinte) dias da audiência de conciliação, observando-se que o prazo para oferecimento de contestação só começa a correr “da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação, quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição” (art. 335, I, CPC).

audiência de conciliação ou de mediação (art. 334, CPC):

Obs.: não se pode anular um casamento por acordo das partes; mas entendo ser prudente a designação desta audiência a fim de tentar-se a resolução do conflito, quem sabe convertendo a ação de anulação em divórcio amigável, por exemplo; de qualquer forma, esta audiência só não será realizada se as partes manifestarem o seu desinteresse (art. 319, VII, CPC); não sendo este o caso, a falta injustificada de qualquer das partes será considerando ato atentatório à dignidade da justiça, sujeitando o infrator a multa de até 2% (dois por cento) da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa (art. 334, § 8o, CPC); comparecendo as

partes, o conciliador ou mediador, onde houver, tentará a conciliação que, se frutífera, será reduzida a termo e homologada por sentença.

da contestação (arts. 335 a 342, CPC):

Obs.:

a) o prazo para oferecimento da contestação é de 15 (quinze) dias (art. 335, CPC); b) é na contestação que o réu deve concentrar todas as questões da sua resposta, salvo

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a exceção de impedimento ou suspeição, que devem ser feitos por petição autônoma (art. 146, CPC); ou seja, além de impugnar os fatos e os pedidos do autor, o réu pode, em preliminar, arguir exceção de incompetência, seja absoluta ou relativa (art. 64, CPC), impugnar o valor da causa (art. 293, CPC), impugnar os benefícios da justiça gratuita concedida ao autor (art. 100, CPC), provocar a intervenção de terceiros (arts. 125 e 130, CPC). Por fim, o réu pode na própria contestação reconvir (art. 343, CPC).

das providências preliminares (arts. 347 a 353, CPC):

Obs.: nesta etapa, o juiz manda ouvir o autor quanto a eventuais preliminares (art. 337) ou fatos impeditivos, modificativos ou extintivos levantados pelo réu; na hipótese de o réu não apresentar contestação, o juiz determinará ao autor, considerando que neste tipo de ação não se produz os efeitos da revelia (art. 345, II, CPC), que especifique as provas que pretenda produzir.

do julgamento conforme o estado do processo (arts. 354 a 356, CPC):

Obs.: o juiz deve verificar se ocorre qualquer das hipóteses que possibilitam o julgamento do feito no estado (arts. 354, 355, 485, 487, II e III, CPC), podendo sentenciar total ou parcialmente os pedidos formulados (art. 356, CPC).

do saneamento e da organização do processo (art. 357, CPC):

Obs.: não sendo o caso de julgamento conforme o estado do processo, o juiz proferirá decisão de saneamento e organização do processo, resolvendo questões processuais pendentes e delimitando as questões controvertidas, assim como distribuindo o ônus da prova. Se a causa apresentar complexidade em matéria de fato ou de direito, o juiz pode designar audiência para o saneamento do feito. No caso de ser necessária a produção de prova testemunhal, o juiz designará audiência de instrução e julgamento, fixando prazo para que as partes apresentem rol de testemunhas.

da audiência de instrução e julgamento (arts. 358 a 368, CPC):

Obs.: nesta audiência, o juiz, após tentar novamente a conciliação, deverá colher o depoimento do perito e dos assistentes técnicos, se houverem, depois, se requerido, o depoimento pessoal das partes (autor primeiro, depois o réu), e proceder com a oitiva das testemunhas eventualmente arroladas (primeiro ouvindo as testemunhas do autor, depois do réu), abrindo, em seguida, oportunidade às partes (autor, réu, Ministério Público) para apresentação das alegações finais pelo prazo de 20 (vinte) minutos, prorrogáveis por mais 10 (dez) minutos. Quando a causa apresentar questões complexas de fato ou de direito, o debate

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oral poderá ser substituído por razões finais escritas, com prazo de 15 (quinze) dias para cada parte (autor, réu, MP).

sentença (art. 366, e arts. 485 a 495, CPC):

Obs.: o juiz poderá proferir a sentença na própria audiência de instrução e julgamento ou no prazo de 30 (trinta) dias.

FORO COMPETENTE

A “ação de anulação de casamento” deve ser ajuizada, segundo o art. 53, I, do CPC, no foro: (I) do domicílio do guardião de filho incapaz; (II) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz; (III) do domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal.

QUESTÕES A SEREM RESPONDIDAS PELO AUTOR

Com escopo de viabilizar o melhor resultado possível para o constituinte, o Advogado deve conversar demoradamente com ele sobre o caso, procurando obter resposta para as seguintes questões, entre outras: quando ocorreu o casamento? onde conheceu o outro cônjuge? há quanto tempo conhecia o outro cônjuge? qual a razão do pedido de anulação? por que tal fato lhe é insuportável? quando e como tomou conhecimento do fato? advieram filhos ao casal? qual o regime de bens adotado? há bens a serem partilhados?

DOCUMENTOS

O autor deverá ser orientado a fornecer ao Advogado cópia dos seguintes documentos, entre outros: documento de identidade (RG, CPF); certidão de casamento;

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pacto antenupcial (quando o caso); certidão de objeto e pé do processo criminal (art. 1.557, II, CC); exame médico (quando o caso); fotos, cartas, reportagens ou qualquer outro documento que ajude a demonstrar a causa de pedir; rol de testemunhas (nome, endereço e profissão).

PROVAS

O autor deverá provar o fato que fundamenta seu pedido (arts. 1.550 e 1.558, CC), socorrendo-se, para tanto, da juntada de documentos, perícia médica e oitiva de testemunhas.

VALOR DA CAUSA

Havendo questões patrimoniais (partilha de bens), o valor desses deverá servir de parâmetro para a fixação do valor da causa. Entretanto, se esse não for o caso, o autor, ciente da obrigatoriedade de atribuição de um valor à causa (art. 291, CPC), tem autonomia para fixá-lo segundo critérios subjetivos próprios, desde que compatível com as circunstâncias gerais do caso.1

DESPESAS

Não constando da petição inicial requerimento de justiça gratuita2 (art. 99, CPC; Lei no

1.060/50), o autor, antes de ajuizar a ação, deve proceder ao recolhimento das custas processuais, que, de regra, envolvem a taxa judiciária, o valor devido pela juntada do mandato judicial e as despesas com diligência do Oficial de Justiça. Os valores dessas custas variam de Estado para Estado; o Advogado que tiver dúvida sobre seu montante e forma de recolhimento deve consultar a subseção da OAB em sua comarca.

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