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Sem a presença dos moradores, o fiscal da prefeitura disse que nada poderia fazer 10 O autor e sua família não podem descansar, não podem dormir dentro de sua

12 SEGUNDO MODELO (ação contra proprietários de cachorro que está incomodando o vizinho; ajuizada junto ao Juizado Especial Cível – JEC)

9. Sem a presença dos moradores, o fiscal da prefeitura disse que nada poderia fazer 10 O autor e sua família não podem descansar, não podem dormir dentro de sua

PRÓPRIA CASA, enquanto os responsáveis pelo animal tocam a sua vida em outro lugar.

Ante o exposto, considerando que a pretensão do autor encontra arrimo nos arts. 1.277

a 1.313 do Código Civil, requer:

a) a citação dos réus para que, querendo, compareçam em audiência de conciliação, instrução e julgamento, a ser designada pelo Juízo, onde, se quiserem, poderão oferecer resposta, sob pena de sujeitarem-se aos efeitos da revelia;

b) sejam os réus condenados a mudar o local onde fica o canil de sua propriedade, afastando o animal da residência do autor, sob pena de multa diária no valor de ½ (meio) salário mínimo (a ser apurada mediante simples denúncia do autor);

c) sejam os réus condenados à obrigação de fazer no sentido de que EVITEM, pelos meios que se fizerem necessários, que o animal de sua propriedade perturbe a paz e o sossego do autor e de sua família no período de descanso, ou seja, entre as 18h00 de um dia até as 8h00 da manhã do dia seguinte, sob pena de multa diária no valor de ½ (meio) salário

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mínimo (a ser apurada mediante simples denúncia do autor);

d) sejam os réus condenados ao pagamento de indenização por danos morais ao autor no valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais); tal valor se justifica em razão não só da falta de respeito e sensibilidade que os réus demonstraram quanto à paz do autor e de sua família, seus vizinhos, mas também como meio de compensar o aborrecimento, a angústia, o estresse e as muitas noites em branco, em razão dos FORTES, INSISTENTES E DESESPERADOS latidos do cachorro que pertence aos réus. Provará o alegado por todos os meios permitidos em direito, em especial pela juntada de documentos (anexos), oitiva de testemunhas (rol anexo) e depoimento pessoal dos réus. Dá ao pleito o valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais). Termos em que p. deferimento. Mogi das Cruzes, 00 de junho de 0000. Gediel Claudino de Araujo Júnior OAB/SP 000.000 Veja-se nota no capítulo “Declaração de Pobreza”.

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Ação Declaratória de Nulidade de Negócio Jurídico

CABIMENTO

O Código Civil de 1916, no seu art. 81, conceituava o ato jurídico como todo ato lícito de vontade que buscasse adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos. Para expressar a mesma situação, o Código Civil vigente prefere o termo negócio jurídico, observando no art. 104 que para sua validade requer-se: (I) agente capaz; (II) objeto lícito, possível, determinado ou determinável; (III) forma prescrita ou não defesa em lei.

Nos capítulos intitulados Dos defeitos do negócio jurídico, arts. 138 a 165, e Da invalidade do negócio jurídico, arts. 166 a 184, o Código Civil indica as hipóteses que possibilitam a anulação ou mesmo a nulidade do negócio jurídico. Sendo assim, desejando alguém, pessoa física ou jurídica, que seja judicialmente declarada ou reconhecida a nulidade de um negócio jurídico, pode fazer uso da “ação declaratória de nulidade de negócio jurídico”.

BASE LEGAL

Com escopo de poder utilizar-se da ação declaratória de nulidade de negócio jurídico, o autor deve informar na petição inicial a razão pela qual entende ser o negócio anulável (arts. 138 a 165, CC), ou nulo (arts. 166 a 184, CC).

PROCEDIMENTO

Na falta de previsão de um procedimento especial, a ação declaratória de nulidade de

negócio jurídico segue o “procedimento comum” (arts. 318 a 512, CPC). Forneço a seguir

pequeno esboço do referido procedimento:

petição inicial (arts. 319 e 320, CPC):

Obs.:

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a) formados os autos, esses vão conclusos para o Juiz, que poderá: (1) determinar que o autor emende a inicial no prazo de 15 (quinze) dias (art. 321, CPC); (2) não recebê-la, extinguindo o feito sem julgamento de mérito (arts. 330 e 485, CPC); (3) recebê-la, julgando liminarmente improcedente o mérito (art. 332, CPC); (4) recebê-la, designando audiência de conciliação ou mediação e determinando a citação do réu (art. 324, CPC);

b) além das medidas supra referidas, o juiz deverá apreciar eventuais pedidos de “tutela provisória” (art. 300, CPC), como, por exemplo, pedido de sustação de protesto.

citação (arts. 238 a 259, CPC):

Obs.: a citação deve ser feita pelo correio (art. 247, CPC), com antecedência mínima de 20 (vinte) dias da audiência de conciliação (art. 334, caput, CPC), observando-se que o prazo para oferecimento de contestação só começa a correr “da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação, quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição” (art. 335, I, CPC).

audiência de conciliação ou de mediação (art. 334, CPC):

Obs.: esta audiência só não será realizada se as partes manifestarem o seu desinteresse (art. 319, VII, CPC); não sendo este o caso, a falta injustificada será considerada ato atentatório à dignidade da justiça, sujeitando o infrator a multa de até 2% (dois por cento) da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa (art. 334, § 8o, CPC); comparecendo as

partes, o conciliador ou mediador, onde houver, tentará a conciliação que, se frutífera, será reduzida a termo e homologada por sentença.

da contestação (arts. 335 a 342, CPC):

Obs.:

a) o prazo para oferecimento da contestação é de 15 (quinze) dias (art. 335, CPC); b) é na contestação que o réu deve concentrar todas as questões da sua resposta, salvo a exceção de impedimento ou suspeição, que devem ser feitos por petição autônoma (art. 146, CPC); ou seja, além de impugnar os fatos e os pedidos do autor, o réu pode, em preliminar, arguir exceção de incompetência, seja absoluta ou relativa (art. 64, CPC), impugnar o valor da causa (art. 293, CPC), impugnar os benefícios da justiça gratuita concedida ao autor (art. 100, CPC), provocar a intervenção de terceiros (arts. 125 e 130, CPC). Por fim, o réu pode na própria contestação reconvir (art. 343, CPC).

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Obs.: nesta etapa, o juiz manda ouvir o autor quanto a eventuais preliminares (art. 337) ou fatos impeditivos, modificativos ou extintivos levantados pelo réu; na hipótese de o réu não apresentar contestação, o juiz determinará ao autor, verificando a inocorrência do efeito da revelia (art. 344, CPC), que especifique as provas que pretenda produzir.

do julgamento conforme o estado do processo (arts. 354 a 356, CPC):

Obs.: o juiz deve verificar se ocorre qualquer das hipóteses que possibilitam o julgamento do feito no estado (arts. 354, 355, 485, 487, II e III, CPC), podendo sentenciar total ou parcialmente os pedidos formulados (art. 356, CPC).

do saneamento e da organização do processo (art. 357, CPC):

Obs.: não sendo o caso de julgamento conforme o estado do processo, o juiz proferirá decisão de saneamento e organização do processo, resolvendo questões processuais pendentes e delimitando as questões controvertidas, assim como distribuindo o ônus da prova. Se a causa apresentar complexidade em matéria de fato ou de direito, o juiz pode designar audiência para o saneamento do feito. No caso de ser necessária a produção de prova testemunhal, o juiz designará audiência de instrução e julgamento, fixando prazo para que as partes apresentem rol de testemunhas.

da audiência de instrução e julgamento (arts. 358 a 368, CPC):

Obs.: nesta audiência, o juiz, após tentar novamente a conciliação, deverá colher o depoimento do perito e dos assistentes técnicos, se houverem, depois, se requerido, o depoimento pessoal das partes (autor primeiro, depois o réu), e proceder com a oitiva das testemunhas eventualmente arroladas (primeiro ouvindo as testemunhas do autor, depois do réu), abrindo, em seguida, oportunidade às partes (autor e réu) para apresentação das alegações finais pelo prazo de 20 (vinte) minutos, prorrogáveis por mais 10 (dez) minutos. Quando a causa apresentar questões complexas de fato ou de direito, o debate oral poderá ser substituído por razões finais escritas, com prazo de 15 (quinze) dias para cada parte.

sentença (art. 366, e arts. 485 a 495, CPC):

Obs.: o juiz poderá proferir a sentença na própria audiência de instrução e julgamento ou no prazo de 30 (trinta) dias.

FORO COMPETENTE

Não havendo foro de eleição, a ação declaratória de nulidade de negócio jurídico deve ser

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ajuizada no foro do domicílio do réu (art. 46, CPC); não se deve olvidar, ademais, que em se tratando de relação de consumo, o autor pode ajuizar a ação no foro de seu domicílio (art. 101, I, CDC).

QUESTÕES A SEREM RESPONDIDAS PELO AUTOR

Com escopo de viabilizar o melhor resultado possível para o constituinte, o Advogado deve conversar demoradamente com ele sobre o caso, procurando obter resposta para as seguintes questões, entre outras: qual a natureza, o tipo de negócio jurídico firmado entre as partes? quando e onde foi firmado? qual é o objeto ou obrigação assumida pelas partes? por que o autor entende que o negócio é nulo ou anulável? como o autor tomou ciência do vício? quais foram os gastos até o momento? há possibilidade de conciliação?

DOCUMENTOS

O autor deve ser orientado a fornecer ao Advogado cópia dos seguintes documentos, entre outros: documento de identidade (RG, certidão de nascimento ou casamento); no caso de pessoa jurídica, o contrato social; o contrato ou outro documento, quando for o caso; documentos que provem a nulidade, quando for o caso; extrato, boleto de cobrança, quando for o caso; correspondência trocada entre as partes; extratos, fotos, quando cabível; rol de testemunhas (nome, endereço, profissão).

PROVA

O autor deverá provar o fundamento de seu pedido, ou seja, o vício que macula o ato jurídico impugnado.

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VALOR DA CAUSA

À causa se dará o valor do contrato ou ato que se quer anular. No caso de a ação envolver apenas um aspecto do contrato ou ato, uma cláusula específica, por exemplo, o valor da causa deve restringir-se à referida questão (art. 292, II, CPC).1

DESPESAS

Não constando da petição inicial requerimento de justiça gratuita2 (art. 99, CPC; Lei no

1.060/50), o autor, antes de ajuizar a ação, deve proceder ao reconhecimento das custas processuais, que, de regra, envolvem a taxa judiciária, o valor devido pela juntada do mandato judicial e as despesas com diligências do Oficial de Justiça. Os valores dessas custas variam de Estado para Estado; o Advogado do Oficial que tiver dúvida sobre seu montante e forma de recolhimento deve consultar a subseção da OAB em sua comarca.

PRIMEIRO MODELO (pedido de sustação de protesto e, no mérito,

declaração de nulidade de títulos)

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da __ Vara Cível da Comarca de

Mogi das Cruzes, São Paulo.

M. M. L. P. LTDA., inscrita no CNPJ sob no 00.000.000/0000-00, titular do e-mail

mmlp@gsa.com.br, situada na Rua Antônio Cavalcanti da Silveira, no 00, Vila Nancy, cidade de

Mogi das Cruzes-SP, CEP 00000-000, por seu Advogado que esta subscreve (mandato incluso), com escritório na Rua Francisco Martins, no 00, Centro, Mogi das Cruzes-SP, CEP 00000-000,

onde recebe intimações (e-mail: gediel@gsa.com.br), vem à presença de Vossa Excelência propor ação declaratória de nulidade de título de crédito, observando-se o procedimento comum, com pedido liminar (art. 300, CPC), em face de B. SERVIÇOS DE TRANSPORTES LTDA., inscrita no CNPJ sob no 00.000.000/000-00, titular do e-mail bst@gsa.com.br, situada

na Rua José Carlos da Silva, no 00, Jardim Iporã, cidade de Mogi das Cruzes-SP, CEP 00000-

000, e do BANCO D. S.A., inscrito no CNPJ sob no 00.000.000/000-00, agência de Mogi das

Cruzes, situado na Avenida Voluntários da Pátria, no 00, Centro, cidade de Mogi das Cruzes-SP,

CEP 00000-000, pelos motivos de fato e de direito que a seguir expõe:

1. Em 00 de abril de 0000, a ré B. Serviços sacou contra a autora três duplicatas,