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6 e noventa e um reais, oitenta e oito centavos), referente a um terço (1/3) da conta poupança

mencionada no item 3, letra d, e vinte e dois (22%) por cento do imóvel descrito no item 3, letra a; Os pagamentos dos quinhões deverão ser realizados em conformidade com as folhas de pagamentos que seguem anexas. Parcela não divisível de R$ 0,01.

Dos pedidos:

Ante o exposto, requerem a homologação da partilha e:

a) expedição de mandado de adjudicação em favor de N. L. de T. quanto ao veículo VW/Kombi, descrito no item 3, letra c, consoante acordo de partilha;

b) expedição de mandado de adjudicação em favor de M. A. de T. quanto ao veículo VW/Fusca, descrito no item 3, letra b, consoante acordo de partilha;

c) expedição de alvará, autorizando as herdeiras N. H. de T., V. R. G. e M. H. de T., a sacarem saldo total da conta de poupança referida no item 3, letra d, consoante acordo de partilha; d) expedição do competente formal de partilha. Termos em que p. deferimento. Mogi das Cruzes, 00 de janeiro de 0000. Gediel Claudino de Araujo Júnior OAB/SP 000.000

FOLHA DE PAGAMENTO

Pagamento que se faz ao herdeiro N. L. de T., já qualificado nos autos, para pagamento de sua legítima, haverá:

– a importância total de R$ 4.791,88 (quatro mil, setecentos e noventa e um reais, oitenta e oito centavos), referente a cem (100%) por cento do veículo VW/ Kombi, camioneta, gasolina, ano 0000, placa G 00000, chassi G 000000, e parte ideal de apenas e tão somente dezessete e meio (17,5%) por cento do imóvel descrito e caracterizado no item três (3), letra a.

1 2 Mogi das Cruzes, 00 de janeiro de 0000. _________________________________ Obs.: Deverá ser feita “folha de pagamento”, igual a esta, para todos os herdeiros, conforme estipulado no plano de partilha, devendo esses, por fim, assinarem as referidas folhas. Veja-se nota no capítulo “Declaração de Pobreza”. CUIDADO: havendo sido organizada no Foro Vara de Sucessões, a ela deve ser endereçada a petição.

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I)

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Ação de Busca e Apreensão em Alienação Fiduciária

CABIMENTO

Alienação fiduciária é negócio jurídico formal1 pelo qual o devedor (fiduciante), para

garantir o pagamento de uma dívida (trato sucessivo), transmite ao credor (fiduciário) a propriedade resolúvel de um bem,2 retendo-lhe a posse direta. A propriedade fiduciária se

constitui com o registro do contrato no Cartório de Registro de Títulos e Documentos do domicílio do devedor, ou, em se tratando de veículos, na repartição competente para o licenciamento, fazendo-se a anotação no certificado de registro.3 Com o pagamento da dívida,

a propriedade do fiduciário se resolve, restabelecendo-se o domínio pleno do fiduciante.

Quando o devedor fiduciante não efetua o pagamento do financiamento, autoriza a lei que o credor fiduciário interponha ação de busca e apreensão,4 consolidando a propriedade

plena em favor dele, que fica autorizado a vender5 o bem judicial ou extrajudicialmente,

dispensada a avaliação, devendo aplicar o preço apurado no pagamento de seu crédito e das despesas de cobrança, entregando o saldo, se houver, ao devedor.

BASE LEGAL

A propriedade fiduciária e a ação de busca e apreensão encontram fundamento nos arts. 1.361 a 1.368-A do Código Civil e no Decreto-lei no 911, de 1o de outubro de 1969.

PROCEDIMENTO

A ação de busca e apreensão se sujeita a procedimento especial previsto no Decreto-lei no 911/69.

Forneço a seguir pequeno esboço do referido rito:

petição inicial (arts. 319 e 320, CPC):

II)

III)

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Obs.:

a) a petição inicial deve informar sobre o contrato de alienação judiciária, especificar o bem dado em alienação e conter pedido expresso de concessão de liminar de busca e apreensão. Deve, ainda, o autor juntar cópia do contrato, prova da constituição em mora do devedor fiduciante e cálculo atual do débito;

b) Obs.: formados os autos, esses vão conclusos para o Juiz, que poderá: (1) determinar que o autor emende a inicial no prazo de 15 (quinze) dias (art. 321, CPC); (2) não recebê-la, extinguindo o feito sem julgamento de mérito (arts. 330 e 485, CPC); (3) recebê-la, julgando liminarmente improcedente o mérito (art. 332, CPC); (4) recebê-la, concedendo a liminar de busca e apreensão do bem (art. 3o, Dec.-lei no 911/69); (5) considerando que o

CPC aplica-se subsidiariamente ao rito especial, pode ainda o Juiz, além da providência anterior, determinar a designação de audiência de conciliação ou mediação (art. 324, CPC).

citação (art. 3

o

, § 1

o

, Dec.-lei n

o

911/69):

Obs.:

a) normalmente a citação nesta ação é feita pessoalmente, no momento em que é executada a liminar, porém se assim não ocorrer se deve aplicar a norma do art. 247 do CPC, que determina a citação pelo correio;

b) executada a liminar, o réu pode, individual ou cumulativamente: purgar a mora no prazo de 5 (cinco) dias; oferecer resposta no prazo de 15 (quinze) dias;

c) não encontrado o bem, o credor poderá requerer seja a ação de busca e apreensão convertida em depósito (art. 4o, Dec.-lei no 911/69), determinando-se a citação do réu nos

termos do procedimento comum (art. 318, CPC).

sentença (art. 3

o

, § 5

o

, Dec.-lei n

o

911/69):

Obs.: na sentença que decretar a improcedência da ação, o juiz condenará o credor ao pagamento de multa em favor do devedor equivalente a 50% do valor originalmente financiado, devidamente atualizado, caso o bem já tenha sido vendido.

FORO COMPETENTE

É comum o contrato de alienação fiduciária prever um foro de eleição (art. 78, CC), onde deve ser ajuizada a ação de busca e apreensão. Todavia, tratando-se de competência relativa, pode o autor optar por ajuizar a ação onde se encontra o bem ou onde se encontra domiciliado o réu (art. 46, CPC)

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QUESTÕES A SEREM RESPONDIDAS PELO AUTOR

Com escopo de viabilizar o melhor resultado possível para o constituinte, o Advogado deve conversar demoradamente com ele sobre o caso, procurando obter resposta para as seguintes questões, entre outras: o contrato de alienação fiduciária foi constituído de forma regular? há quanto tempo encontra-se em mora o devedor? o devedor foi constituído em mora? Como? sabe onde se encontra o bem?

DOCUMENTOS

O autor deverá ser orientado a fornecer ao Advogado cópia dos seguintes documentos, entre outros:

documentos pessoais do autor (RG, CPF), ou, no caso de tratar-se de pessoa jurídica, cópia do contrato ou estatuto social, na qual conste que o outorgante da procuração ad judicia tem poderes para tanto;

contrato de alienação fiduciária;

comprovante de constituição em mora do devedor.

PROVAS

Ao autor cabe provar a existência do contrato de alienação fiduciária e a mora do devedor fiduciante. No primeiro caso, tratando-se de ato formal, a prova exige a apresentação do próprio instrumento do contrato; já no segundo caso, a prova normalmente se faz pela juntada de certidão de Cartório de Notas que efetuou a notificação do devedor ou, ainda, por outro meio que demonstre que o fiduciante foi regularmente constituído em mora.

VALOR DA CAUSA

Entendo que o correto é atribuir a essa causa o valor do contrato de alienação fiduciária, em atenção ao que determina o art. 292, II, do CPC. Entretanto, na prática é comum se atribuir a essa ação o valor do débito, conforme cálculos que costumam acompanhar a inicial.

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Não constando da petição inicial requerimento de justiça gratuita6 (art. 99, CPC; Lei no

1.060/50), o autor, antes de ajuizar a ação, deve proceder ao recolhimento das custas processuais, que, de regra, envolvem a taxa judiciária, o valor devido pela juntada do mandato judicial e as despesas com diligência do Oficial de Justiça. Os valores dessas custas variam de Estado para Estado; o Advogado que tiver dúvida sobre seu montante e forma de recolhimento deve consultar a subseção da OAB em sua comarca.