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Rev. Dent. Press Ortodon. Ortop. Facial vol.14 número5

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Academic year: 2018

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R Dental Press Ortodon Ortop Facial 18 Maringá, v. 14, n. 5, p. 18-19, set./out. 2009

Abordagem cirúrgica da constrição

maxilar unilateral

Os métodos convencionais de expansão rá-pida da maxila visam o seu aumento transversal bilateralmente. Para alcançar uma expansão tanto bilateral quanto unilateral, Al-Ouf e colaborado-res desenvolveram uma técnica e a publicaram no Journal of Craniomaxillofacial Surgery1. O guia da expansão é a estabilidade da sutura palatina me-diana e, assim, emprega-se duas osteotomias de cada lado da sutura. O estudo incluiu 17 pacien-tes, 9 do gênero masculino e 8 do feminino, com média de idades de 30,7 anos. Avaliou-se a quan-tidade de expansão pelas distâncias intercaninos e

intermolares – medidas antes e após o tratamento e aos 6 meses de acompanhamento. Em média, conseguiu-se 7,1 e 9,9mm de expansão nas regiões dos caninos e molares, respectivamente. A quanti-dade de recidiva foi mínima: 0,35mm nos caninos e 0,8mm nos molares. Em seis desses pacientes, foi realizada a expansão unilateral e o tratamento mostrou-se estável no período avaliado. Essa nova abordagem de problemas transversais em adultos, apesar de precisar de um maior embasamento científico, pode ser considerada para a prática clí-nica, uma vez que se mostrou efetiva e estável.

Os benefícios da expansão maxilar na função

respiratória de crianças e na prevenção de otite

média recorrente

Um grupo de pesquisadores publicou recente-mente, na revista B-ENT, a experiência deles em tratar casos de otite média recorrente utilizando a expansão rápida da maxila2. Incluiu-se no estu-do 27 crianças – 15 estu-do gênero masculino e 12 estu-do feminino – com média de idades de 7 anos. Esses apresentavam otite média recorrente associada à hipertrofia das adenoides e à Síndrome de Desen-volvimento Esquelético. Essa síndrome, descrita por Laptook4, consiste na constrição maxilar com elevação do assoalho nasal, mordida cruzada bila-teral e palato ogival. As crianças foram submetidas à avaliação ortodôntica e otorrinolaringológica ao início e após seis e doze meses da expansão maxi-lar – realizada com Hyrax e ativações de um quar-to de volta pela manhã e um quarquar-to à noite. A te-rapia promoveu uma expansão da sutura palatina

mediana e do assoalho nasal, além de reduzir o grau de hipertrofia das adenoides, melhorando a qualidade da respiração nasal. Também estirou os músculos elevador e tensor do véu palatino, o que restaurou a função do tubo auditivo, mesmo na presença de hipertrofia da adenoide. Esse foi um importante benefício, pois, mesmo após a cirur-gia de remoção das adenoides, que normalmente é o procedimento de eleição, a disfunção do tubo auditivo pode permanecer. A expansão rápida da maxila pode, então, ser considerada um tratamen-to preventivo da otite média recorrente em crian-ças com alterações maxilares. Mais do que isso, esse artigo demonstra a necessidade de interação multidisciplinar e que os ortodontistas devem es-tar atentos também, quando examinarem crian-ças, a questões respiratórias.

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R Dental Press Ortodon Ortop Facial 19 Maringá, v. 14, n. 5, p. 18-19, set./out. 2009

BERTO, P. M.

O uso do laser Er:Yag na expansão

cirúrgica da maxila

Em adultos, a diminuição do diâmetro trans-versal em casos de hipoplasia maxilar é tratada com a expansão cirúrgica da maxila. Essa envolve osteotomias, para reduzir a resistência das suturas e facilitar a expansão. As vantagens que o laser Er:Yag pode agregar a essa fase do procedimen-to foram abordadas pelo pesquisador Giordano e seus colaboradores no artiqo que publicaram na revista Minerva Stomatologica, em junho desse ano3. Foi descrito um caso de expansão cirúrgica da maxila com o uso do laser Er:Yag. O laser auxi-liou a promover osteotomias, em alvos específicos, sem induzir danos iatrogênicos aos tecidos moles. O tratamento ortodôntico consistiu na expansão maxilar – com uso de Hyrax – associada à protra-ção maxilar com máscara facial. A protraprotra-ção ter-minou 60 dias após a cirurgia. Depois, o aparelho

ortodôntico fixo foi montado e o tratamento foi finalizado. Os exames radiográficos iniciais foram repetidos ao final da protração maxilar e após a conclusão do tratamento ortodôntico, que, ao todo, durou 18 meses. Os resultados do tratamen-to foram satisfatórios e similares aos relatados na literatura. Assim, o laser Er:Yag, nesse caso, pos-sibilitou cortes mais precisos e menor probabili-dade de efeitos colaterais nos tecidos moles. Isso otimiza tanto o procedimento cirúrgico quanto o pós-operatório do paciente. Certamente, mais estudos são necessários para atestar as vantagens do laser Er:Yag em comparação às brocas e ser-ras convencionais, mas esse relato de caso já tor-na evidente como a tecnologia pode auxiliar nos procedimentos odontológicos e deve estar incluí-da na rotina clínica.

REFERÊNCIAS

1. AL-OUF, K.; KRENKEL, C.; HAJEER, M. Y.; SAKKA, S. Osteogenic uni- or bilateral form of the guided rapid maxillary expansion. J. Craniomaxillofac. Surg., New York, 15 May 2009. Epub ahead of print.

2. DE STEFANO, A.; BAFFA, C.; CERRONE, D.; MATHUR, N.; CASCINI, V.; PETRUCCI, A. G.; NERI, G. Management of recurrent otitis media with rapid maxillary expansion: Our experience. B-ENT, Leuven, v. 5, no. 1, p. 13-17, 2009.

3. GIORDANO, M.; TURATTI, G.; PARODI, G.; LUCIANI, M.; LAGANÀ, D. The maxillary protraction treatment: Description of a laser Er:Yag-assisted surgical technique. Case report.

Minerva Stomatol., Torino, v. 58, no. 6, p. 307-315, June 2009.

4. LAPTOOK, T. Conductive hearing loss and rapid maxillary expansion. Report of a case. Am. J. Orthod., St. Louis, v. 80, no. 3, p. 325-331, 1981.

Endereço para correspondência

SCN Brasília Shopping sala 408 CEP: 70.715-900 – Brasília / DF E-mail: pmberto@ig.com.br

Patrícia Medeiros Berto

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